OBRE DIREÇÃO DE ARTE
SUSTENTABILIDADE ....................................................................................................................................................
PECUÁRIA ORGÂNICA DO PANTANAL ALIA PRODUÇÃO E SUSTENTABILIDADE POR GERALDA MAGELA (WWF-BRASIL)
Projeto na planície pantaneira mostra que é possível criar gado sem derrubar árvores para formar pastagens e alimentar os animais Aliar atividade produtiva e conservação dos recursos naturais. A experiência dos pecuaristas orgânicos do Pantanal vem mostrando que a produção sustentável é uma atividade viável que pode trazer benefícios para os dois lados: o produtor e o meio ambiente. A pecuária bovina de corte orgânica tem como objetivo uma produção que mantenha o equilíbrio ecológico englobando os componentes produtivos, ambiental e social, a partir de normas estabelecidas pelas instituições certificadoras. Estas normas exigem, primeiramente, que os produtores cumpram a legislação ambiental, o que garante a proteção das áreas naturais obrigatórias que devem existir dentro de uma propriedade rural, tais como a proteção de nascentes e de corpos d`água. Além do cumprimento da legislação ambiental, a certificação proíbe a utilização de fogo no manejo das pastagens, e por ser um sistema que proíbe o uso de agrotóxicos, evita a contaminação do solo e dos recursos hídricos localizados dentro da unidade produtiva. Desde 2003, o projeto de pecuária orgânica certificada é apoiado pela ONG WWF-Brasil, que viu nessa prática uma alternativa sustentável para o Pantanal. O trabalho envolve o apoio à pecuária orgânica certificada e estímulo a práticas que aliem produção e conservação dos recursos naturais e é feito em parceria com associações de produtores orgânicos do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ligados à Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO).
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O coordenador do Programa Pantanal para Sempre do WWF-Brasil, Michael Becker, diz que a atuação com esse segmento é importante para as ações de conservação no Pantanal, uma vez que a pecuária é a principal atividade econômica da região. “Os pecuaristas do Pantanal são pioneiros nessa iniciativa que, graças a um maior envolvimento do público consumidor, tende a crescer. Principalmente porque haverá uma cobrança cada vez maior por parte dos consumidores quanto aos critérios socioambientais do produto que está comprando”, enfatiza. Na criação orgânica, o gado é rastreado desde seu nascimento até o abate, com registro de peso, alimentação, vacinas, entre outras informações, em fichas individuais. A alimentação dos animais é observada com especial atenção. Além da pastagem, outros ingredientes compõem o cardápio do gado orgânico como suplementação alimentar com grãos e rações isentas de organismos transgênicos. De acordo com o presidente da ABPO, Leonardo Leite de Barros, é importante ter mais políticas públicas para dar mais visibilidade ao segmento da pecuária orgânica e valorizar os produtores que estão comprometidos com a sustentabilidade. Para ele, o consumidor também tem um papel importante nesse aspecto. “Ao eleger um produto de origem certificada, todos podemos contribuir para a sustentabilidade ambiental do País”. Mais informações no site www.wwf.org.br
ENTREVISTA .................................................................................................................................................... Nobre - Por que essa insistência com o Pantanal, sendo que há pelo menos 11 milhões de hectares para o plantio da cana no Estado? Paulo Corrêa - Há 11 milhões de hectares na Bacia do Paraná. Lá, eu posso tudo. Mas qual o preço do hectare em relação ao BAP? Um exemplo são Sonora e Bataguassu. A segunda está perto de São Paulo, e há terras propicias para o plantio. Sonora também há terras propícias, porém, o valor do hectare é menor. Esta região não tem nenhum atrativo que não seja gado e suinocultura. Negar progresso para esta região é renegar o próprio desenvolvimento do Estado. O que acontece, hoje: O sujeito nasce em São Gabriel, estuda em Campo Grande e acaba trabalhando em São Paulo, ou seja, ele é obrigado a sair da sua terra natal porque não existem oportunidades.
Nobre - Houve uma afirmação, na Agência Folha, onde o deputado fala que, tecnicamente, é possível plantar cana no Alto da Bacia do Paraguai sem agredir o meio ambiente. Como isso é possível? Paulo Corrêa - O que corta o Estado de norte a sul é a BR 163 [neste momento, o deputado usa um mapa do Estado para exemplificar]. O meu projeto inicial de Lei, sem saber de carta geotécnica, de Embrapa, ou, até mesmo o que governo investiu para realizar o ZEE/MS, diz o seguinte: Campo Grande, Sonora, no lado direito, na BR 163, é possível plantar cana-de-açúcar. Aí você me pergunta: - Mas lá não é BAP (Bacia do Alto Paraguai)? Respondo: - Sim, e eu conheço o terreno, e sei que ali é possível plantar. Um exemplo seria São Gabriel do Oeste, onde existe a zona de amortecimento. O governo do Estado, por meio de estudos, provou que na Bacia do Alto Paraguai é possível plantar 1,3 milhão de hectares de solo. Se você colocar geomorfologicamente solo, ou seja, plantar cana não tem problema algum. Nobre - E onde está o problema? Paulo Corrêa - O problema é a Lei estadual de 1982. O vinhoto escorria e descia para o solo contaminando o Meio Ambiente. Hoje funciona em circuito fechado. Produz-se o álcool, o vinhoto é escoado para uma lagoa, é resfriado e volta como fertirrigação - tudo que se produz lá é escoado em circuito fechado. Outro ponto é que não há mais a queima da cana, pois já existem colheitadeiras que fazem todo o trabalho, dispensando o boia-fria e deixando de poluir a natureza. Este maquinário custa 1 milhão e meio de reais, mas os empresários preferem investir a serem vistos como passivos ao Meio Ambiente. Nobre - De acordo com a coordenação do ZEE a área que a União barra é possível abrigar pelo menos cinco novas usinas. Qual a posição do ZEE em relação a esta afirmação? Paulo Corrêa - Efetivamente, todas as medidas cautelares estão sendo feitas. Estou afirmando algo que é científico. Não é o Paulo Corrêa que está dizendo que é possível plantar, mas sim, 92 entidades, que por meio de estudos afirmaram isso. Minha tese, inclusive, era tímida perto do que foi concluído. Calculei em 600 mil hectares possíveis, o ZEE liberou 1 milhão e 300 mil hectares.
Nobre - O deputado acredita que esta Lei possa refletir negativamente no Estado. Que medidas tomar para que isso não aconteça? Paulo Corrêa – Isso não acontecerá porque foi provado que é possível desenvolver a cultura. A cota (altura) do Pantanal é 100 e a cota que foi liberada é 200. A discussão que sempre encontramos é que vamos plantar cana dentro do Pantanal e isso não é verdade. A BAP fica em cima do morro. Nobre - Que benefícios o plantio da cana, na BAP, trará para o Estado, visto que, além de comprar “briga” com o governo federal ainda poderá acarretar uma imagem ruim para o Estado? Paulo Corrêa - Houve uma briga política e não científica. O governo federal, sem embasamento técnico, por questões políticas quer barrar o desenvolvimento da região. Se o ZAE (nacional) e ZEE são a mesma coisa, como o Ministro (do Meio Ambiente, Carlos Minc) diz que não pode? Se não permitirem através de uma Lei federal o plantio da cana na BAP, depois de um estudo como este (ZEE). Cabe ao Estado a entrar como uma ação de reparação de perdas e danos, porque estaríamos negando o progresso. Por exemplo, município de Pedro Gomes, onde geraria pelo menos mil empregos para a população. Então a União terá que ressarci-lo. Nobre - Mas não prejudicaria o Brasil em relação à exportação? Paulo Corrêa – Isso que eles dizem (governo federal) é em relação ao Selo Verde que foi criado para certificar um produto ambientalmente correto. Nós vamos agir dentro das regras. A cana recolhe gás carbônico desde o plantio da muda, e vamos usar colheitadeiras ao invés da queima, e finalizamos com a fertirrigação, ou seja, repondo nutrientes ao Meio Ambiente. Então acredito que não há objeções no que se refere ao Selo Verde. Nobre - O que o deputado diria para os ambientalistas, que estão apreensivos com esta Lei? Paulo Corrêa - Tenho um enorme respeito por todos os ambientalistas. Eles podem ficar despreocupados, por que tudo foi minuciosamente estudado. Além de engenheiro estou nesta área (ambiental) há pelo menos 30 anos. Então, peço que se alguém ainda tem alguma dúvida, coloco-me à disposição para eventuais esclarecimentos.
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York Corrêa apresenta a produção de touros da Fazenda São Thomáz 14
FAZENDA.
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Uma referência na produção de touros em Mato Grosso do Sul
POR GRACIELA VIZZOTTO
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Logo na entrada da centenária Fazenda São Thomáz uma figueira imponente. A árvore cresceu no curral e o pecuarista York Corrêa não pensou duas vezes em transportá-la com dois mucks para a entrada da fazenda em Maracaju, interior de Mato Grosso do Sul. O município é o maior produtor de soja do Estado, o primeiro em tecnologia pecuária e ainda, sobra espaço para a raça Nelore.
York Corrêa prepara por ano 150 touros para serem comercializados. Todos avaliados pela Associação Nacional de Criadores e Pesquisa (ANCP), o antigo Programa da USP. Em média, os animais são vendidos com idade entre 20 e 24 meses e pesando 600 quilos. “Eu prefiro vende-los nessa idade, pois não corro o risco de entregar um garrote com problemas. Nessa fase a ossatura e carcaça já estão formados”, comenta o pecuarista.
O selecionador York Correa é da quarta geração de uma família mineira de pecuaristas. Ele recebeu a equipe da Revista Nobre na varanda da casa de madeira construída pelo bisavô. Enquanto conversávamos, as imagens eram muitas: diversas espécies de plantas, animais nos jardins, fotos, objetos antigos e uma bica d´água, no melhor estilo mineiro.
Outro diferencial da produção da Fazenda São Thomáz é que todos os reprodutores são examinados por marcadores moleculares - avaliados através do exame de DNA - onde é medida a capacidade desse reprodutor em transferir para seu descendentes habilidade materna, carcaça e gordura animal.
Na região fértil de Maracaju, York utiliza o sistema de pasto rotacionado com os capins tanzânia e braquiarão, com alta produtividade e corrigido pela lavoura. Tudo isso para imprimir rusticidade nas rezes. Dos 4.250 hectares da fazenda, 500 são destinados à produção de animais. No restante são produzidos soja, algodão e milho com fins comerciais, além de 800 hectares de mata nativa. No plantel, e mais 200 receptoras meio sangue. Os acasalamentos são dirigidos por Arnaldo Borges e nascem anualmente 400 bezerros - um total de seis animais por hectare. As fêmeas são destinadas à reposição de plantel. Nesse sistema, as doadoras são coletadas e as prenhezes separadas para produção de animais de pista e reprodutores - uma nova opção do Instituto Zootécnico. “A fazenda está usando muito sêmen sexado de macho para aumentar a produção de machos com o objetivo de gerar reprodutores para melhorar o rebanho comercial no Estado”, comenta York. Já os machos nascidos destinam a produção de reprodutores, os quais são ofertados em leilões promovidos pela marca YC e também destinados a venda na própria fazenda. O foco da seleção é a produção de touros melhoradores. “Acredito nesse mercado e quero me tornar referência em Mato Grosso do Sul, assim como Cláudio Carvalho se tornou em Uberaba/MG”, explica.
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ELITE York explica que desde que começou a criar Nelore o objetivo sempre foi essa produção. “Agora que alcancei um plantel com genética apurada estou realizando o meu sonho. A praça de MS é boa, mas a demanda de touros ainda é pequena, por isso pretendo produzir 150 reprodutores por ano”. Para alcançar essa meta, York prioriza funcionalidade e carcaça moderna, usando touros com DEPs positivas e animais avaliados para produzir bezerros saudáveis, além de usar inseminação artificial em 100% do rebanho, fazer coleta periodicamente nas melhores vacas do plantel e usar novas tecnologias como a avaliação através do DNA e o ultrassom para avaliar a carcaça dos reprodutores. São touros para quem deseja melhorar o plantel de matrizes, pois aumentam o leite, imprimem musculosidade e melhoram o intervalo entre parto, além de antecipar, nos machos, o abate.
A Fazenda São Thomáz promove quatro remates anuais. O “Leilão São Thomáz”, realizado na fazenda durante a ExpoMara, oferta 10 fêmeas elite e 50 reprodutores PO. E no “Leilão Baby Brasil”, em parceria com a Rima Agropecuária e Fazenda Monte Verde, na Expoinel, em Uberaba, oferta bezerras de pista com até 12 meses. Em Aquidauana realiza o “Leilão Neloaqui”, em parceria com o Nelore IPB e em Campo Grande, com a Agropecuária JB e Geraldo Carvalho, apresenta o “Leilão Nelore Capital”. YORK CORRÊA TAMBÉM PARTICIPA DE 40 REMATES, COMO CONVIDADO. 15 DOADORAS produzem 150 prenhezes por ano. Grama FIV de Raízes - irmã própria da Cripta de Raízes (Campeã Nacional). Herança I TE GC - adquirida em parceria com José Carlos Grubisich e Luciano Garcia Alves. Ameixa Fairani - parceria com Almir Sater e Agropecuária JB. Fortuna POI - uma das melhores fêmeas do País. Abelha da Santa Bárbara - parceria com Agropecuária Santa Bárbara. 40 ANIMAIS integram o time de pista da Fazenda São Thomáz, que está entre os melhores expositores de MS. Os animais também se destacam em outros plantéis brasileiros. Kandpur FIV YC - melhor macho adulto do Ranking MS 2009, ficando em 10º lugar no Ranking Nacional. Magnata FIV GC da SL - melhor macho jovem MS, em parceria com Geraldo Carvalho Júnior. E agora, o selecionador apresenta o mais novo reprodutor de central: Calapur FIV YC, 17 meses, filho do Reno em vaca Fajardo.
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ELFRIDES JUNIOR
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A saga da semente de pastagem ...................................................................... ..................................................................................... .
Germisul
A SAGA DA SEMENTE DE PASTAGEM Conheça mais a empresa que alia tecnologia, qualidade e exporta para mais de 10 países POR ELFRIDES JÚNIOR
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A Germisul é uma empresa que alia tecnologia, qualidade e estratégia através de uma gestão comprometida com os resultados. Esta é a Comercializadora e Exportadora de Sementes Germisul estabelecida há mais de trinta anos em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde desenvolve atividades de produção, industrialização e comércio de sementes de pastagens. Primeira empresa pioneira no Brasil na produção de sementes nucleadas, incrustadas e revestidas em base calcítica e referência em países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, hoje a Germisul exporta para mais 10 países ( Venezuela, Panamá, Colômbia, Costa Rica, Honduras, Nicarágua, Guatemala, El Salvador, República Dominicana e México), com crescimento anual entre 10 e 12%. Os números são reflexo de muito trabalho por meio de uma política rigorosa de reinvestimento na empresa. A Germisul possui Laboratório de Análises próprio, utilizado para o controle de qualidade das sementes produzidas. O foco da empresa está no trabalho realizado lado-a-lado com os clientes, oferecendo como diferencial a assistência técnica.
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Ney Fragelli, cliente desde 1980, realiza uma parceria de sucesso com a Germisul. O pecuarista utiliza sementes em duas propriedades: uma no Pantanal Sul-mato-grossense e outra em Terenos, na região sul do Estado. Juntando as áreas são mais de 30 mil hectares, onde Ney Fragelli cria 12 mil cabeças da raça Nelore. Segundo o criador, o atendimento na fazenda e a assistência técnica da Germisul fazem toda diferença na hora de escolher a melhor pastagem para a produção de gado.
A Germisul conta com um corpo técnico qualificado, formado por profissionais com mais de 30 anos de experiência. Além disso, é associada à Unipasto (instituição parceira da Embrapa) e detém exclusividade na produção e comercialização das mais recentes variedades de pastagens lançadas no mercado. De acordo com o engenheiro agrônomo da Germisul, José Silvio dos Santos, nos últimos 30 anos houve avanços quanto à qualidade de sementes de forrageiras, apesar de ainda existirem problemas a serem resolvidos. Acompanhe agora a entrevista feita pela revista Nobre com José Silvio dos Santos sobre sementes, tecnologia e dicas para os produtores.
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ENTREVISTA COM ENGENHEIRO AGRÔNOMO SILVIO SANTOS
São raras as empresas que aliam a estratégia e a paixão através de uma gestão comprometida com os resultados. Ao fazer isso há trinta anos atrás, a Comercializadora e Exportadora de Sementes Germisul inaugurava dentro do seu segmento uma maneira única de trabalhar, levando o conhecimento, a técnica e a pesquisa como fatores decisivos na qualidade dos prosutos oferecidos.
O foco da Germisul esta é trabalhar lado a lado de seus clientes, oferecendo como grande diferencial a assistência técnica, não só a venda em si. Abaixo o Engenheiro Agrônomo Sr José Silvio dos Santos responde a Nobre uma série de perguntas esclarecedoras sobre sementes, tecnologia e dicas para os produtores.
Saiba como a Germisul mudou o mercado de sementes nas últimas três décadas e como a empresa se prepara para o futuro.
Vista aérea da sede da Germisul.
A Germisul é pioneira no mercado de sementes forrageiras ? Silvio Santos - Fomos uma das primeiras a trabalhar com sementes de alta pureza e escarificadas no ácido sulfúrico e a primeira a fazer o revestimento de sementes e lançar o processo da venda antecipada. Nobre - O que é Semente Nucleada, Revestida ou Incrustada Germisul? Silvio Santos - São sementes de alta pureza, que depois de escarificadas, recebem uma cobertura de macro e micro nutrientes (P, Ca, Mg, S, Zn, Cu, Fe, Mo, Mn, B), juntamente com um fungicida específico.
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Controle de qualidade
Laborat贸rio de sementes
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VALORIZAÇÃO ....................................................................................................................................................
GADO CANCHIM SE DESTACA ENTRE AS RAÇAS DE CORTE FONTE: ABCCAN
A grande demanda pelo Canchim pegou de cheio os criadores da raça, que viram seus rebanhos reduzidos. “Como a procura tem sido grande, não conseguimos reunir quantidade suficiente para um leilão”, afirma Mauro de Carvalho Filho, assessor de eventos da Associação Brasileira de Criadores de Canchim (ABCCAN). Além disso,o preço da arroba tem reagido e é alta a procura pelo gado de corte. Produtores que se dedicam ao cruzamento industrial de qualidade, seja com vacas zebuínas ou com a produção de three-cross a partir de matrizes meio-sangue angus ou de outras raças europeias, também encontram excelentes touros. Demanda Os pastos vazios nas fazendas de Canchim explicam a crescente preferência do mercado pela raça. Com a retomada do cruzamento industrial, os reprodutores passaram a ser mais valorizados. Isso porque, aos poucos, os pecuaristas estão descobrindo que os touros são rústicos e trabalham bem em qualquer região. Sem se intimidar com as condições climáticas, cobrem a vacada faça chuva ou faça sol. Esse é o caso do pecuarista Léo Maniero Filho, da Fazenda do Ipê Amarelo, em Grajaú/MA. Há 20 anos ele começou a formar plantel de Canchim e hoje tem 83 touros da raça que usa na produção de tourinhos para cobrir a campo a vacada comercial da fazenda maranhense. O clima tropical úmido e quente de Rondônia (Estado que ocupou, em 2008, o quinto lugar no ranking brasileiro de exportadores de carne) também não assusta a raça. Tanto é que Valentim Suchek, proprietário da Estância Canta Galo, de Itapetininga/SP, tem abastecido pecuaristas da região com touros rústicos Canchim.
Desempenho O bom ganho de peso da bezerrada dessa raça é atestado também em institutos de pesquisas. Segundo dados do Programa de Melhoramento Genético de Bovinos de Corte (Geneplus/Embrapa), a partir de informações colhidas desde 1990, mostram que a raça está em franca evolução: o trabalho de seleção dos criadores tem aumentado a qualidade da pelagem, tornando-a mais curta e brilhante; o tamanho do umbigo está reduzido em relação à década anterior e a conformação frigorífica avaliada à desmama e ao sobreano também é melhor do que no passado. “Os animais estão mais compridos, bem próximos do que deve ser um novilho de corte, e têm maior musculosidade, arqueamento das costelas e profundidade”, explica o agrônomo e e diretor técnico da ABCCAN, Pedro Franklin. Além dessas características zootécnicas favoráveis, a raça ainda atende às exigências dos consumidores: carne macia herdada do gado charolês que entra na formação do Canchim e baixos teores de ácidos graxos que, quando ingeridos, vão formar as partículas de colesterol ruim no sangue. De acordo com um estudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp, de Botucatu/SP, mostrou que a carne de Canchim é mais saudável para o coração. Expogrande O público que comparecer à Expogrande 2010 terá uma demonstração do melhor gado da raça Canchim produzido no País. Entre bezerros, vacas e touros dos criatórios de Amadeu Furtado Alvim, Deniz Ferreira Ribeiro, Jorge Tupirajá, Luiz Carlos Dias Fernandes e Moacir Boer estarão grandes campeões, como Jazz Calabilu, Lago Calabilu, Mariana Calabilu, entre outros.
Remates Os pregões realizados nos últimos dois anos confirmam a valorização do Canchim. No 3º Leilão Virtual do Centro de Performance CRV Lagoa, realizado em outubro do ano passado, tourinhos ofertados obtiveram média de R$ 11.840. Em novembro, a Fazenda Chapada do Santo Antônio, de Jaguariaiva/PR, realizou seu primeiro remate e vendeu 30 touros rústicos ao preço máximo R$ 5.500, com média de R$ 3.100. Já durante a Feicorte 2009, foram negociados todos os animais Canchim elite, que obtiveram médias de R$ 7.083,63.
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BILÍNGUE
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Dominar a Língua Inglesa é sinônimo de bons negócios POR LAILA CARRIEL
“O tempo passa e as necessidades mudam”. Certamente você já ouviu esta frase em algum lugar. E é verdade! Se há 20 anos, os pais matriculavam os filhos nas escolas de idiomas com o objetivo de aprender a língua apenas para uma possível viagem ao exterior, hoje aprende-se o Inglês para fazer negócios. Com a economia brasileira em expansão é imprescindível que o empresário saiba, não só falar, mas escrever e traduzir documentos com facilidade. Com o agronegócio não é diferente. Por ocupar um lugar de destaque na economia mundial, principalmente, nos países em desenvolvimento (como é o caso do Brasil), é necessário que o Inglês esteja “afiado” para não perder negócios. “O Inglês é essencial para o produtor rural”, diz o diretor da escola de idiomas CCAA (unidade Jardim dos Estados), Carlos Alberto Coimbra. Ele conta que houve uma determinada situação em que um colega precisava traduzir alguns slides para apresentar a um grupo de investidores, e por não ter saber o Inglês, encontrou dificuldades. “As pessoas estão perdendo de ganhar dinheiro pela falta do domínio da língua”, diz o diretor. Hoje as escolas de idiomas não atraem somente as crianças e os adolescentes, mas adultos interessados em aprender uma segunda língua para complementar o currículo. “Na CCAA, eles encontrarão aulas especialmente preparadas para esta faixa etária, com horários flexíveis e professores especializados”. Coimbra ressalta ainda que há uma forte tendência de empresários que procuram a Língua Inglesa. “Inglês não é mais referencial, mas, sim, pré-requisito”, afirma Carlos Alberto. Com a massificação da Internet e a explosão das redes sociais, fica quase impossível sobreviver sem a língua do ‘Tio Sam’. “O mundo se encontra no Inglês”, resume Carlos ao reafirmar o quanto é necessário e útil investir no idioma mais falado no planeta. De acordo com ele, dois eventos mundialmente conhecidos, e que o Brasil sediará nos próximos anos, exemplificam bem essa realidade. “Com a vinda da Copa do Mundo (2014) e das Olimpíadas (2016) para nosso País, não há dúvidas de que quanto antes o profissional se preparar, mais chances de conseguir uma boa colocação no mercado ele terá”, relata. O tempo é o senhor da razão Estar preparado intelectualmente para os desafios é algo que exige, tempo, investimento e dedicação. Mas, nada disso funciona se não houver uma Instituição que promova qualidade no ensino. A concorrência das escolas de idiomas cresceu, e com isso, a promessa de algumas, de que, em que poucos meses o aluno sairá falando Inglês como se estivesse nascido nos Estados Unidos, alastrou-se consideravelmente. “Você pode até falar e entender um pouco, mas nada substituirá a vivência e a dedicação de um aluno que cumpriu com todas as etapas que a metodologia exige”, diz se referindo aos cincos anos solicitados para formação da língua estrangeira. O diretor diz ainda que a escola CCAA está há quarenta anos em Campo Grande e é a única a oferecer o curso preparatório e aplicar os exames internacionais: o Toeic e o Tolfl. Ambos, essenciais para conquistar um bom emprego.
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ALIMENTAÇÃO
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MATURAÇÃO A SECO É LANÇADA EM RESTAURANTE BRASILEIRO ADAPTADO DA FOLHA DE SÃO PAULO - DE LUIZA FECAROTTA
Essa técnica, conhecida como “dry age”, teve origem na época em que caçadores penduravam ao ar livre os animais capturados e os deixavam quase apodrecer, para amaciar a carne. Aprimorada nos Estados Unidos, a técnica chega, em maior escala, em um restaurante de São Paulo, cidade na qual se pratica o método de maturação a vácuo, no qual as peças são embaladas e mantidas em câmaras frias. Para comemorar 50 anos, a churrascaria lançou três cortes maturados a seco: o T-bone, o contra filé e o prime-rib, com preços que variam de R$ 79 a R$ 81. Há quatro meses, Fuad Zegaib, começou a fazer testes em um espaço improvisado para depois montar uma câmara refrigerada projetada especialmente para essa ação, com capacidade para três toneladas de carne. Peças inteiras descansam entre 15 e 20 dias nesse ambiente, intocadas, etiquetadas e acomodadas em prateleiras. Nesse processo, “as enzimas desgastam as proteínas dos músculos que inicialmente são muito duras”, diz Zegaib.
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Um belo dia, Jefrey Steingarten, o crítico gastronômico da “Vogue” americana, tirou tudo de sua geladeira para acomodar um corte de 15 quilos de costela bovina, coberta com gordura e cartilagens. Também colocou ali dentro um ventilador azul de plástico e um aparelho para medir a umidade. Então simulou uma pequena câmara de maturação a seco, na tentativa de potencializar o aroma, maciez e sabor da carne.
Entenda
os pontos principais da maturação a seco
• A carne deve descansar em peças grandes, com as gorduras e cartilagens externas; se tiver gordura marmorizada, promete mais sabor; • Essa técnica exige condições controladas de: | temperatura, entre 1°C e 3°C | umidade, entre 70 e 75% | luminosidade, luz ultravioleta para evitar o desenvolvimento de bactérias | ventilação, ambiente arejado • Com esse método, a ação das enzimas torna a carne mais macia e a perda de água, que reduz em até 30% o tamanho de cada peça, promove concentração de sabor.
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foto por leticia moura
No restaurante a matéria prima é um boi de cruzas britânicas, abatido precoce, com até 24 meses. “E nos últimos quatro meses, são criados a ‘pão de ló’, confinados com custo mínimo de R$ 5 por dia para o pecuarista, para obter a quantidade e a qualidade ideais de gordura”, diz o restaurateur.
CULINÁRIA ....................................................................................................................................................
PINTADO AO URUCUM
Receita Ingredientes: 5 pedaços de filé de pintado 1 xícara de farinha de trigo 2 ovos 1 colher (sopa) de colorau 1 cebola picada 2 tomates sem pele picados 1 pimentão amarelo picado 1 maço de cheiro verde picado 4 dentes de alho socados no pilão de madeira 1 colher (sopa) de óleo de soja 5 colheres (sopa) de leite de coco 5 colheres (sopa) de creme de leite 1 colher (sopa) de queijo ricota (ou mussarela) ralado Sal e pimenta-do-reino a gosto MODO DE PREPARO: Empane os filés de peixe no ovo cru, levemente mexido, passando também pela farinha de trigo temperada com sal e pimenta-doreino. Frite os filés por imersão em óleo de soja e reserve em local aquecido. Numa panela, faça o molho: frite a cebola, os pimentões, o alho e os tomates, acrescente o colorau, o leite de coco e o creme de leite. Numa vasilha de barro disponha um pouco do molho, os filés de pintado e mais molho por cima, coloque o queijo ralado e leve para gratinar no forno previamente aquecido. Sirva em seguida com arroz branco.
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RESERVA ESPECIAL
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Têm coisas que tem que ter. Tem que ter desejo, tem que ter inspiração. A Nobre selecionou ícones que por algum motivo nos faz perder ou ganhar fôlego.
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Um verdadeiro objeto de desejo e de design, o lingote ONE MILLION nos coloca agora perante um cruel dilema: desejamos mais o objeto ou a fragrância? A resposta parece ser clara: ambos. PACO RABANNE
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DICAS NOBRES DE FILMES PARA TODOS OS GOSTOS UM HOMEM SÉRIO
Em “Um Homem Sério” os diretores Joel e Ethan Cohen retratam o universo de sua infância: a comunidade judaica do meio-oeste americano.
Este filme é o décimo sexto longa dos irmãos Cohen, dupla que desenvolve uma das mais aclamadas carreiras do cinema americano.O filme conta a história de Larry, professor universitário cuja vida desmorona do dia para a noite. Um homem certamente sério mas não particularmente atento às coisas do espírito, vê todos os elementos essenciais de sua vida serem retirados um a um. No final do filme, bom, no final, cabe ao espectador decidir o que os personagens farão sozinhos e teimosos em sua orgulhosa humanidade.
ADAM Uma história sobre dois estranhos. Um deles mais estranho que o outro.
Adam (Hugh Dancy) é um jovem meigo e simpático, mas com dificuldade de se relacionar com as pessoas. Ele vive num mundo solitário até que conhece sua mais nova vizinha Beth (Rose Byrne), uma linda moça simpática e muito atenciosa. Ela tenta mostrar o mundo real para Adam, o relacionamento dos dois ilustra o que muitos dizem, que os opostos se atraem.
A DOCE VIDA
“A Doce Vida”(1960), de Federico Fellini, é mais que um filme. É uma experiência.
De um lado um mundo fervilhante, barulhento, mostra a vida mundana de Roma, que é percorrida pelo jornalista Marcello Rubini. O outro, protegido, silencioso, devotado às artes, é habitado pelo intelectual Steiner. Mais do que apenas ver estes dois mundos, o espectador é envolvido por eles, num turbilhão de sons e imagens que revolucionou o cinema. Uma curiosidade de A Doce Vida é que um dos personagens, interpretado pelo ator Walter Santesso, se chama Paparazzo. O nome próprio acabou se tornando sinônimo de fotógrafo indiscreto.
CASAMENTO SILENCIOSO Casamento Silencioso usa a comédia e a ironia como metáfora da sensação de prisão.
O filme é instigante, mas uma sequência em particular torna o longa romeno muito mais que um bom filme. Esta sequência é a que justifica o título em português do filme. Num vilarejo, Nara e Iancu acabam de oficializar o casamento. Grigore, o pai da garota, prepara a festa. Quando todos estão prontos para comemorar, um oficial russo aparece repentinamente e proíbe a realização da celebração. Por que? Era 5 de março de 1953, data da morte de Stálin, então líder da União Soviética. A comédia é usada para tratar de um tema nem um pouco digerível, a impossibilidade de falar e como reagimos à falta de liberdade
Proteção com
design
HIGH .TECH BookBook, uma case que protege o seu MacBook e o disfarça dentro de uma espécie de livro antigo/clássico. A case é feita de couro e traz uma proteção interna macia, protegida por um zíper nas laterais. A concepção do produto, de acordo com o designer Andrew Green, foi toda valorizada em cima de cuidado com a máquina e segurança para o usuário.
Churrasco e música são inseparáveis menos quando o responsável pelo som é aquele amigo que acha que toca violão. Com o iGrill George Foreman você não depende mais do cara. A churrasqueira de 1 metro de altura tem caixas de som de 10 watts, compatíveis com iPod e outros tocadores de MP3.
Churrasco e música
Grelha agora tem caixas acústicas
Cityspeed.
O designer Michael Young criou esta bike para a Giant, a Cityspeed. Desenhada por Michael Young esta linha de bicicletas da gigante Giant será lançada. Este é o segundo trabalho colaborativo entre Young e a Giant depois do lançamento da linha Citystorm, no Japão no ano passado. O grande destaque aqui é a iluminação por LED's, totalmente integrada ao quadro! Finalmente uma evolução nesse aspecto.
Simplicidade inspiradora
A borracha para quem é viciado em tecnologia.
Corta! Este é o despertador mais criativo dos últimos tempos. O mais legal é que para fazer ele parar de despertar, você tem que fazer aquele movimento característico com a parte de cima da placa.
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Mágica na ponta dos dedos Desde que Steve Jobs mostrou publicamente o aparelho pela primeira vez, em janeiro passado, milhares de programadores e centenas de empresas de todo o mundo começaram a criar aplicativos para o iPad.O brinquedinho pesa pouco menos de 700 gramas e tem tela sensível ao toque de 9,7 polegadas, com espessura total de 1,2 centímetro. O usuário pode usar teclas virtuais exibidas na tela sensível ao toque ou ligá-lo a um teclado externo próprio.
a
NEON. O que torna as mulheres Neon adoráveis é que têm um enorme senso de humor e, uma vez que entram na brincadeira, vão até o fim inventando uma festa na floresta.
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Oferecimento:
ESTĂšDIO SACCO R. Bahia, 826 - Jd. dos Estados Tel. (67) 3026-4159
verso na
Manoel Wenceslau Leite de Barros
tarde
É COISA NENHUMA POR ESCRITO:
um alarme para o silêncio, um abridor de amanhecer, pessoa apropriada para pedras, o parafuso de veludo, etc, etc. O que eu queria era fazer brinquedos com as palavras. Fazer coisas desúteis. O nada mesmo. Tudo que use o abandono por dentro e por fora.”
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