Um espectáculo criado por encomenda dos Teatros Municipais de Vila Real e Bragança, no âmbito do projecto Algures a Nordeste, com o apoio do Norte 2020
CLARÃO A PARTIR DO SERAPEUM DE PANÓIAS
ANDRÉ BRAGA E CLÁUDIA FIGUEIREDO / CIRCOLANDO
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‘CLARÃO’ ANDRÉ BRAGA E CLÁUDIA FIGUEIREDO / CIRCOLANDO Projecto integrante do programa Algures a Nordeste, Clarão resulta do convite dos Teatros Municipais de Vila Real e Bragança para criarmos um espectáculo que, tomando por ponto de partida o universo e pistas que encontrarmos em Panóias, desenvolva uma reflexão mais alargada sobre a ideia de ritual. Complexo arqueológico de grande singularidade, situado nos arredores de Vila Real, Panóias é um intrigante espaço ligado aos inícios do sagrado, ‘Clarão’ debruça-se quando as grandes fragas sobre o santuário e os grandes montes milenar de Panóias eram adorados como para desenvolver uma deuses. Templo depois reflexão mais alargada dedicado aos deuses severos e a Serápis fica sobre o tempo dos associado ao mundo princípios dos deuses e subterrâneo e aos cultos a ideia de ritual. mistéricos orientais. O Antigo Egipto, sua cosmogonia e filosofia sobre a iniciação e regeneração da luz, o mundo então evocado. Ísis e Osíris, as divindades incontornáveis na abordagem a Serápis. De Panóias sempre quisemos relevar as dimensões transversais a todos os tempos e lugares, tendo encontrado no núcleo dos seus
> VILA REAL SÁB.24.NOV./21h30 DOM.25.NOV./16h00
rituais as eternas e incontornáveis questões sobre os mistérios da morte e da luz. Pedra, ar, sangue, cinzas, espectros, fantasmagorias, incubação de sonhos, clarões... Interessa-nos muito aprofundar este tempo dos princípios dos deuses, as visões panteístas e outras versões do sagrado difuso. Interessa-nos um universo nocturno, de medos e desconhecidos avassaladores. Interessam-nos os rituais de transe, de iniciação, a energia vermelha, o convite à “ultrapassagem dos seus próprios limites à procura do limiar”. O projecto tem uma forte dimensão transdisciplinar, assentando em diálogos imbricados entre dança, teatro, som, luz e vídeo, e conta com a participação de um grupo da comunidade local. É sempre um privilégio abrir a criação e partilhar o processo com um grande grupo acabado de conhecer. É muito especial a força que se vai construindo no interior do grupo e deixa-nos sempre rendidos a sua disponibilidade e entrega. O modo que escolhemos para agradecer aos novos cúmplices é a abertura total do processo – pensamentos, impressões, dúvidas, opções... –, acreditando poder ser experiência particularmente única esta de acompanhar um espectáculo a nascer. Até sempre Vila Real!
> BRAGANÇA SEX.14.DEZ./21h30 SÁB.15.DEZ./15h00
M/12 | 80 min. | ENTRADA GRATUITA
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FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Co-criação e interpretação: Bruno Senune, Daniela Cruz e Valter Fernandes Participação nos primeiro ensaios: Paulo Mota Estagiária: Luísa Maria Intérpretes da comunidade local: Anabela Nave, Ana Carolina Carvalho, Ana Paula Gomes, Ana Margarida Ferreira, Ana Paula Rodrigues, Alberto Monteiro, Beatriz Rodrigues, Beatriz Vieira, Bruno Loureiro, Carlos Silva, Cecília Barros, Cecilia Silva, Cristina Parente, Flávio Ribeiro, Francisca Teixeira, Francisco Pires, Gisela Parafita, Graça Pinto, Herman José Ribeiro, Iúri Coelho, João Ribeiro, José Luís Correia, Júlia Pereira, Lilia Macieirinha, Lina Carvalho, Luís Costa, Manuela Domingues, Maria da Conceição Rodrigues, Maria Idalina Miranda, Maria João Gonçalves, Maria José Cunha, Mónica Oliveira, Orísia Macedo, Otilia Magalhães, Paulo Barroso, Tiago Silva e Sara Mota
Direcção artística: André Braga e Cláudia Figueiredo Direcção: André Braga Dramaturgia: Cláudia Figueiredo e Gonçalo Mota Composição musical: Pedro Augusto Assistência de direcção: Ricardo Machado Concepção plástica: André Braga e Pedro Azevedo Vídeo: Gonçalo Mota Luz: Cláudia Valente Realização plástica: Pedro Azevedo e Pedro Coutinho Coroas: Sandra Neves Produção: Ana Carvalhosa (direcção), Cláudia Santos e Carolina Cardoso
Agradecimentos: João Ribeiro da Silva, Orlando Sousa (Direcção Regional da Cultura do Norte); Álvaro Pereira, Elisa Gomes (Museu de Geologia/UTAD); Rogério Sousa, João Carlos Batista e Teresa Sousa Co-produção: TEATRO MUNICIPAL DE VILA REAL / TEATRO MUNICIPAL DE BRAGANÇA CIRCOLANDO / TEATRO NACIONAL SÃO JOÃO
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SANTUÁRIO DE PANÓIAS Localizado na Freguesia de Valnogueiras (na estrada Vila Real-Sabrosa), o santuário foi consagrado a várias divindades, sendo a mais referida Serápis, divindade de origem oriental. Antes da utilização romana (sécs. II-III), haveria já culto (primeira fase de utilização na Proto-História), visível em algumas covinhas, aos deuses dos Lapiteas. O Santuário é essencialmente
formado por três grandes rochas, e é único, por nos dizer, ele próprio, quem o edificou, a que divindades foi consagrado e quais os ritos cultuais aí exercidos. Sendo monumento classificado, dependente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, a sua visita é imprescindível, e a vista que daí se desfruta para o Marão é imponente.
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CÂMARA MUNICIPAL DE VILA REAL Presidente: Rui Santos Vereadora da Cultura: Eugénia Almeida
CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGANÇA Presidente: Hernâni Dias Vereadora da Cultura: Fernanda Silva
TEATRO MUNICIPAL DE VILA REAL Equipa de Produção e Técnica Direcção: Rui Ângelo Araújo Produção Artística: Paulo Araújo Produção: Carlos Chaves e João Nascimento Coordenador Técnico: Pedro Pires Cabral Técnico de Luz: Vítor Tuna Técnico de som: Henrique Lopes Manutenção: José Carlos Penelas
TEATRO MUNICIPAL DE BRAGANÇA Equipa de Produção e Técnica Direcção: Helena Genésio Técnicos de Iluminação: José Barradas e Paulo Barrigão Técnicos de Audiovisuais: Nilton Mendonça e Inocência Rodrigues Maquinista: António Ferreira Bilheteira e Produção: Miguel Andrade Divulgação: João Ferreira
FICHA TÉCNICA DA PUBLICAÇÃO: Folha de sala ‘Clarão’ | Novembro de 2018 | Tiragem: 600 exemplares Edição: Município de Vila Real Produção: Teatro Municipal de Vila Real Coordenação: Rui Ângelo Araújo | Design gráfico e fotografias: Paulo Araújo
Co-produção
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