Douro Jazz | 2017

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14.º FESTIVAL INTERNACIONAL DOURO JAZZ A 14.ª edição do Douro Jazz segue duas linhas de programação que entretecem vozes femininas com a composição e instrumentação virtuosas de jovens talentos nacionais. Na primeira linha, e a abrir o festival, podemos ver a consagrada cantora Maria João numa colaboração fascinante com o trio Budda Power Blues. Nesta experiência no mágico universo dos blues, Maria João deixa cair o seu registo icónico para se apoderar das canções de Budda, considerado o melhor músico de blues do país. Num segundo momento, vamos conhecer Beatriz Pessoa, cantora e compositora de registo intimista, fresco e suave, entre a pop e o jazz. A fechar esta secção (e o festival) recebemos a visita da surpreendente e prolixa Carmen Souza, baptizada pela imprensa internacional como a 'Ella Fitzgerald de Cabo Verde' ou 'a nova Cesária Évora'. Carmen Souza estabelece um diálogo absolutamente deslumbrante com uma diversidade grande de vozes do jazz (incluindo, não por coincidência, a de Maria João) e de géneros musicais, do jazz à world music, do fado ao samba, da morna à bossa nova, incluindo o 'blues cabo-verdiano'. Pelo meio, o Douro Jazz abre espaço para músicos da região, num concerto do colectivo Os Putos do Jazz, seguido por uma 'jam session' aberta à participação de outros músicos vila-realenses. O virtuosismo de uma nova geração de artistas nacionais tem como representantes o projecto Home, liderado pelo espantoso acordeonista João Barradas, e um dos vários projectos do compositor e multi-instrumentista Bruno Pernadas, presença crescente em palcos de jazz e de grandes festivais de Verão da música em Portugal. O público infanto-juvenil é convidado este ano para um espectáculo sobre jazz, poesia e hip hop. 'Jazzhop!' é uma viagem no tempo e no espaço em busca das ligações entre a música e a palavra. Em complemento aos concertos, o Douro Jazz acolhe a exposição 'Excertos da Colecção de Francisco Vicente de Sousa, Um Amante de Jazz'. Trata-se de uma exposição de discos de vinil de um transmontano por adopção, grande coleccionador, frequentador e divulgador de jazz. No encerramento do festival, aliás, após o concerto da maravilhosa Carmen Souza, alguns dos vinis desta colecção serão postos a tocar, num DJ set com vinho Douro Jazz que prolongará em festa a última noite da edição de 2017. Uma festa aberta a todos.


4/OUT/21h30/GA

BUDDA POWER BLUES ‘BLUES & MARIA JOÃO EXPERIENCE’ 6/OUT/21h30/PA

11/OUT/22h30/CC

OS PUTOS DO JAZZ BEATRIZ PESSOA 7/OUT/21h30/PA

13/OUT/21h30/PA

BRUNO PERNADAS HOME - JOÃO BARRADAS 10/OUT/14h30/PA

JAZZHOP!

PÚBLICO JUVENIL

14/OUT/21h30/GA

CARMEN SOUZA 23h00 / FOYER DO GRANDE AUDITÓRIO

DJ SET ENCERRAMENTO CC: Café-Concerto | GA: Grande Auditório | PA: Pequeno Auditório


4/OUT/21h30/GA M6 | 70 MIN | 7€/5€/

BUDDA POWER BLUES & MARIA JOÃO ‘BLUES EXPERIENCE’ Após alguns concertos juntos, Budda Power Blues e Maria João decidem unir esforços e talentos na criação de um disco "a dois". Budda assume as composições e letras e Maria João empresta a voz e todo o seu talento para um disco intitulado 'Blues Experience'. Trata-se exactamente de uma experiência no mágico universo dos blues onde Maria João deixa cair o seu registo icónico para se apoderar das canções e dar vida às letras, muitas das vezes em dueto com Budda, considerado o melhor músico de blues do país. A rudeza de Budda Power Blues alia-se à delicadeza de Maria João, encontrando-se algures num meio termo para

criar uma sonoridade própria e especial. Falamos de um disco de blues, mas desengane-se quem possa pensar que se trata de um exercício de estilo. Trata-se de blues do século XXI, amplamente influenciado por todas as sonoridades que fazem parte do quotidiano de Maria João, Budda, Nico Guedes e Pedro Ferreira, os quatro intervenientes deste disco. Composto por 10 canções que versam sobre assuntos muito pessoais e frequentemente autobiográficos, 'Blues Experience' é um disco que percorre várias linguagens dos blues, resultado do desafio lançado por Budda a Maria João.


6/OUT/21h30/PA M6 | 60 MIN | 3€/2€/

OS PUTOS DO JAZZ Nascido das 'Jazz Sessions' realizadas no Club de Vila Real, o quarteto Os Putos do Jazz é constituído por jovens músicos vilarealenses que se têm dedicado ao estudo deste género musical ao longo dos últimos anos. A intenção dos "putos" é a de fomentar nos jovens o gosto pelo jazz e manter viva a chama dos melómanos, procurando igualmente captar a atenção da comunidade transmontana e alto-duriense.

JAM SESSION Depois do concerto, Os Putos do Jazz tutelam uma jam session, no Café-Concerto, convidando à participação de outros músicos vila-realenses.

Fábio Almeida saxofones Rui Guilherme Cardoso guitarra eléctrica Daniel Almeida baixo eléctrico Diogo Tildes bateria


7/OUT/21h30/PA M6 | 70 MIN | 5€/3,5€/

BRUNO PERNADAS ‘THOSE WHO THROW OBJECTS AT THE CROCODILES WILL BE ASKED TO RETRIEVE THEM' pretendeu respeitar a composição em tempo real. O novo disco combina vários estilos, tais como west coast jazz dos anos 70, lounge oriental, krautrock, freak folk, pop music, sampling e processamento de electrónica low fi, exótica e soul music. Tal como o seu antecessor, conta com a participação de nomes como João Correia (Tape Junk, Julie & The Carjackers), Afonso Cabral (You Can't Win, Charlie Brown), Francisca Cortesão (Minta & The Brook Trout, They're Heading West) ou Margarida Campelo (Julie & The Carjackers, Real Combo Lisbonense, Minta & The Brook Trout), para citar alguns.

© ANDRÉ GUIOMAR

O novo projecto do compositor/multi-instrumentista Bruno Pernadas parte de uma busca pessoal pela relação entre a mitologia egípcia, no que diz respeito à adoração do crocodilo do Nilo, e o comportamento humano contemporâneo ocidental. É também uma continuação do seu anterior projecto 'How can we be joyful in a world full of knowledge', editado em 2014. O trabalho mais recente reúne composições criadas em 2015 e 2016 e caracteriza-se pela longa duração dos seus temas (8 a 15 minutos), com instrumentação e sonoridade intemporal, tendo como base um processo criativo que

Bruno Pernadas guitarra, sintetizador, sampler e composição | João Correia bateria e sampler Nuno Lucas baixo eléctrico | Margarida Campelo voz, teclados e sintetizador Francisca Cortesão voz e guitarra | Afonso Cabral voz e guitarra | Diogo Duque trompete e flugelhorn João Capinha sax alto/tenor/soprano | Raimundo Semedo sax tenor/soprano/barítono


10/OUT/14h30/PA 10 AOS 14 | 70 MIN |

ENTRADA GRATUITA

JAZZHOP! Viajamos no tempo e no espaço em busca das ligações entre a música e a palavra... Há sempre uma história ou uma canção que contam quem nós somos. Como a palavra é mágica, vamos descobrir como pessoas iguais a nós cultivaram a palavra para comunicarem entre si e com o Mundo todos os sentimentos, desde a mais profunda tristeza até ao riso mais sonoro. Como a música nos transporta para outros mundos, temos licença poética para descobrir outras terras e viajar até ao passado para descobrir mais sobre outros que também colocaram as mesmas questões que nós e que acharam na palavra dita e cantada a forma perfeita para espantar seus males. Maravilha de viagem, esta, em que aprendemos cantando! 'Jazzhop' é um espectáculo que visa propiciar uma experiência rica a adolescentes. Através de uma linguagem musical que hoje é conhecida pela maioria das crianças e jovens, o espectáculo enaltece a magia da palavra e o poder da música enquanto formas de (re)conhecimento do Outro e construção do Eu.

Narração e interpretação: Alexandre Valinho Gigas & David Mendes Texto: Alexandre Valinho Gigas, David Mendes, Catarina Pires e José Miguel Pereira Contribuições musicais: André Carvalho (scratch), José Miguel Pereira (contrabaixo), Tiago Vaz (bateria) Produção: Serviço Educativo do Jazz ao Centro Clube

© JAZZ AO CENTRO CLUBE

UM ESPECTÁCULO SOBRE JAZZ, POESIA E HIP HOP


11/OUT/22h30/CC GRATUITO

BEATRIZ PESSOA Cantora e compositora de registo intimista, fresco e suave, Beatriz Pessoa tece os seus temas originais no universo da pop e do jazz. Disso é prova o seu primeiro EP, 'Insects' (2016), onde se faz acompanhar por um grupo de músicos talentosos que desde cedo fazem parte do seu percurso. 'You Know', tema de avanço do EP de estreia, roda nas rádios nacionais e integra a colectânea NOVOS TALENTOS FNAC 2017. O vídeo contou com a direção de João Pedro Moreira (Branko, Ana Moura, entre outros). 'Disguise', o segundo single, tem um videoclip realizado pela fotógrafa Joana Linda, no ambiente cinematográfico do 1908 Lisboa Hotel. Licenciada em jazz na Escola Superior de Música de Lisboa, vertente canto, Beatriz Pessoa é uma compositora, cantora e instrumentista que tem no jazz um DNA perfeitamente reconhecível, mas também na pop, igualmente assumida, com influências como Lianne La Havas e Laura Mvula. Beatriz Pessoa voz e teclado Margarida Campelo teclado e voz João Hasselberg baixo João Lopes Pereira bateria

© TERESA QUEIRÓS


HOME - JOÃO BARRADAS Os Home são constituídos por João Barradas (acordeão), Mané Fernandes (guitarra), Eduardo Cardinho (vibrafone), Gonçalo Neto (guitarra), Ricardo Marques (contrabaixo) e Guilherme Melo (bateria). João Barradas grava para a editora nova-iorquina Inner Circle Music e tem colaborado com diversos músicos de renome, como Greg Osby, Gil Goldstein, Fabrizio Cassol, Rufus Reid, Mark Colenburg, Jacob Sacks, Philip Harper, Bobby Sanabria, Tommy Campbell, Sérgio Carolino e Pedro Carneiro. É um dos acordeonistas mais influentes da sua geração. A sua individualidade é o resultado de uma experiência pessoal com os acordeonistas mais importantes da história, do estudo sério da tradição e do instrumento e das suas colaborações com os mais eclécticos músicos actuais. Mané Fernandes teve aulas com Nuno Ferreira, Carlos

VENCEDOR DO PRÉMIO JAZZ COMBO, NOS PRÉMIOS JOVENS MÚSICOS 2016 DA ANTENA 2

Azevedo, Abe Rabade. Acabou o seu recital com nota 20. Em 2014 lançou “BounceLab”, pelo carimbo Porta-Jazz, e em 2016 lançou “Root/Fruit” autonomamente. Eduardo Cardinho é licenciado com 19 valores pela ESMAE. Ganhou vários concursos onde se destacam: Concurso Internacional em Fermo, Melhor Instrumentista Festa do Jazz 2014. Em 2016 lança o seu primeiro Album de originais. Gonçalo Neto é licenciado pela ESML e em 2013 é distinguido com o prémio de 2.º lugar ex-aequo no Prémio Jovens Músicos. Em 2014 grava um disco do colectivo Brainstorming. Ricardo Marques venceu o prémio de melhor instrumentista na Festa do Jazz. É licenciado pela ESML. Guilherme Melo é licenciado pela ESML e tem colaborado com nomes como Jeffery Davis, Óscar Graça, Gonçalo Marques e Nelson Cascais.

© ALFREDO MATOS

13/OUT/21h30/PA M6 | 70 MIN | 5€/3,5€/


CARMEN SOUZA Carmen Souza, já baptizada pela imprensa internacional como a Ella Fitzgerald de Cabo Verde ou a nova Cesária Évora, combina uma virtuosa técnica vocal jazzística com uma série de influências lusófonas, que vão do fado ao samba, da morna à bossa nova, incluindo baladas agridoces ou o 'blues cabo-verdiano'. Esta sonoridade híbrida, muito pessoal, tem levado a cantora a actuar em dois circuitos paralelos: o do jazz e o da world music. A par do seu trabalho discográfico, desde 2005 que Carmen Souza percorre o mundo em digressões sucessivas, participando em festivais como North Sea Jazz Festival, San Francisco, Monterrey, Montreal, London African Music Festival ou Laverkusener JazzTage Festival. Vários dos seus concertos foram transmitidos por algumas das mais importantes estações de rádio e televisão. O seu trabalho foi motivo de estudo e investigação por etnomusicólogos. Inquestionavelmente, Carmen Souza é hoje uma personalidade forte da world music e uma das cantoras de jazz de mais sucesso. Em 2017, ano em que edita 'Creology', Carmen Souza volta a afirmar-se como um nome a reter na cena jazzística mundial.

Carmen Souza voz Theo Pas'Cal baixo Elias Kacomanolis percussão © JAZZPILON

14/OUT/21h30/GA M6 | 70 MIN | 7€/5€/


EXPOSIÇÃO DE DISCOS DE VINIL

EXCERTOS DA COLECÇÃO DE FRANCISCO VICENTE DE SOUSA, UM AMANTE DE JAZZ

realizou um programa de jazz na Rádio Brigantia e as famosas "Jazz Sessions" no Bar Bô, nas quais várias gerações de brigantinos tomaram o primeiro contacto com este mundo tão peculiar, que ora se estranha, ora se entranha... Citando o título de um tema/CD da cantora Maria Morbey: um "bichinho esquisito".

4 A 14 DE OUTUBRO Nascido a 30 de Março de 1929 em Mozelos (Santa Maria da Feira), Francisco Vicente de Sousa sempre revelou estar à frente do seu tempo. Licenciou-se em Medicina e exerceu o ofício em Bragança, cidade que o acolheu e na qual fez vida e obra. No entanto dedicouse a inúmeras actividades, sendo o jazz talvez a mais cintilante. Dono de uma vasta colecção de CDs, vinis, recordações, revistas e livros sobre a matéria, foi contemporâneo e conviveu com Luís Villas-Boas, José Duarte (que o cita num dos seus livros) e Manuel Jorge Veloso — com eles viajou aos EUA no início dos anos 70 para assistir ao mítico Festival de Jazz de Newport e conhecer o ambiente único dos bares de jazz novaiorquinos. Em Portugal foi frequentador desde o primeiro momento dos grandes festivais, nomeadamente o pioneiro e revolucionário Cascais Jazz, e chegou mesmo a receber em sua casa em Bragança o músico e contrabaixista Bernardo "Binau" Moreira e os seus filhos, todos grandes músicos de jazz. Entre os anos 80 e 90

ENCERRAMENTO DO DOURO JAZZ 2017

DJ SET - PAULO VICENTE 14/OUT/23h00/FOYER DO GRANDE AUDITÓRIO

Nesta sessão, que prolongará em festa o encerramento do Douro Jazz 2017, poderão ser ouvidos alguns dos vinis da colecção de Francisco Vicente de Sousa.


FESTIVAL INTERNACIONAL

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PARCERIA:

BILHETE GERAL: 18€ (Descontos não aplicáveis)

MECENAS DO TEATRO DE VILA REAL:

Viagens e Turismo

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