Valores Próprios 2014-002

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VALORES PRÓPRIOS JAN/FEV 2014



Técnico reconhecido pela qualidade Como refere Alfredo Bensaude nas suas Notas Histórico-Pedagógicas, “o Instituto Superior Técnico foi criado com o intuito de fornecer ao País engenheiros que possuam não só o saber, mas também qualidades necessárias para que, prosperando na vida profissional, contribuam ao mesmo tempo para o nosso progresso económico”. É desta forma, sempre com renovada satisfação e com sentimento de dever cumprido, que a Escola acompanha os sucessos profissionais dos seus alumni e se regozija com os prémios e distinções que frequentes vezes lhes são atribuídos como reconhecimento pelo seu relevante contributo para a Sociedade. Esta responsabilidade histórica que o Técnico assume na formação dos seus estudantes obriga a uma constante preocupação com a monitorização e a melhoria contínua da qualidade do ensino. O Conselho Pedagógico, órgão de gestão do Técnico onde docentes e alunos se encontram em paridade, assume esta missão como a sua tarefa prioritária. Em estreita colaboração com os restantes órgãos de gestão da Escola e com o contributo empenhado de estudantes e funcionários, foi em anos recentes implementado um sistema interno de garantia de qualidade, o qual foi auditado e certificado pela A3ES (Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior). No âmbito deste sistema de gestão da qualidade, foi desenvolvido o Sistema de Garantia da Qualidade das Unidades Curriculares (QUC), o qual tem como objetivos centrais a monitorização em tempo útil do funcionamento de cada disciplina e a promoção da melhoria contínua do processo de ensino e aprendizagem. O que se destaca no sistema QUC é o envolvimento de toda a comunidade académica, o processo adotado para a disseminação dos resultados, a valorização dos desempenhos excelentes e o seguimento e a definição de processos de retroação face aos resultados insatisfatórios. Esta procura de melhoria contínua foi também uma das preocupações de Bensaude, que há um século já dizia que “seria um erro julgar que o Instituto já atingiu o grau de perfeição compatível com a qualidade dos seus professores e alunos. Muito há que dizer ainda para que a Escola seja o que pode e deve ser”. Raquel Aires-Barros Presidente do Conselho Pedagógico Luís Castro Vice-Presidente do Conselho Pedagógico

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Editorial


Instantâneos 2013

Cerimónia

JOSÉ SANTOS / TÉCNICO

SARAH SAINT-MAXENT / TÉCNICO

Alunos SARAH SAINT-MAXENT / TÉCNICO

Empreendedorismo

Três novas empresas na comunidade Spin-Off

Professor Arlindo Oliveira toma posse como presidente

Tuna Feminina comemora 19 anos de existência

Decorreu no final do mês de novembro o 5.º encontro da comunidade Spin-Off do Técnico, onde três novas empresas receberam, das mãos do presidente da Escola, professor Arlindo Oliveira, o diploma de novos membros: a Orange Bird, a HeartGenetics e a Codacy. O professor Luís Caldas de Oliveira, vice-presidente para o Empreendedorismo e Ligações Empresariais, explicou que o objetivo do evento é “reconhecer o espírito empreendedor de pessoas ligadas ao Técnico e que tiveram a coragem de abraçar um novo desafio e formar a sua própria empresa”. “O Técnico gosta de usar estas pessoas como exemplo para os alunos atuais, porque o empreendedorismo é um caminho que podem seguir, agora ou mais à frente na sua vida. Além disso, para as próprias empresas é uma forma de pertencerem a uma comunidade e poderem partilhar experiências.” Durante o evento, os representantes das três spin-offs fizeram pequenas apresentações e responderam às questões dos alunos (e não só) presentes no Centro de Congressos. Do Técnico, referiram, receberam “grande apoio” e uma “garantia de credibilidade” que provavelmente não teriam de outra forma. !

O professor Arlindo Oliveira tomou posse como presidente do Técnico no passado dia 18 de novembro, depois de na semana anterior ter sido reeleito pelo Conselho de Escola para cumprir novo mandato. Num discurso muito crítico em relação à atual conjuntura nacional, Arlindo Oliveira explicou que a maioria dos desafios que o Técnico tem que ultrapassar “resultam de interferências exteriores”, e deu alguns exemplos: o governo, a Comissão Nacional de Eleições ou a Fundação para a Ciência e Tecnologia, “tomada subitamente de assalto por um ímpeto revolucionário”, foram algumas das instituições citadas. Lembrando que o objetivo do Técnico é “continuar a ser a melhor escola de Engenharia do país, e uma das melhores da Europa”, o presidente comparou a história da escola à de J. R. R. Tolkien, “Senhor dos Anéis”, afirmando que o IST terá que “derrotar os inimigos à custa da coragem, argúcia e um pouco de magia”. Sem esquecer docentes e funcionários, Arlindo Oliveira deixou uma palavra especial de apreço aos alunos do Técnico, “que representam o que de melhor existe na juventude deste país” e pediu a colaboração de todos para cumprir os objetivos de excelência da escola. “O presidente do

A TFIST – Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico, inaugurou no dia 2 de dezembro a exposição comemorativa do 19.º aniversário, numa cerimónia que contou com a presença do presidente do Técnico, professor Arlindo Oliveira, e de muitos ex-membros da Tuna, que voltaram à escola para recordar “bons momentos”. “19 anos de palco” é o nome da exposição que preencheu todo o átrio do pavilhão central e que deu o mote, nas palavras do professor Arlindo Oliveira, para “iniciar as comemorações dos 20 anos da TFIST”. Numa cerimónia que contou com muita música e boa disposição, um dos momentos altos do fim de tarde foi a apresentação da primeira presidente da TFIST, Mónica Conceição, que fez questão de não faltar. “Na verdade, isto é mesmo uma comemoração dos 20 anos. Há 20 anos começámos a falar numa Tuna feminina… mas não me sinto velha”, começou por dizer. “Passaram muitas gerações, passaram muitas pessoas por aqui. A Tuna… É a Tuna. Por mais que queiramos explicar, não se consegue. A Tuna fica em cada uma de nós”. !

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Técnico é como um maestro de uma orquestra bem afinada”, lançou. O professor António Cruz Serra, reitor da Universidade de Lisboa, também marcou presença na cerimónia, onde também tomaram posse os novos membros do Conselho de Gestão, e disponibilizou-se para ajudar “o Técnico e todas as outras escolas da ULisboa” naquilo que for preciso para tornar a Universidade a melhor do país e uma das maiores da Europa. Os novos membros do Conselho de Gestão do Instituto Superior Técnico, que cumprirão mandato nos próximos quatro anos são o professor Rogério Colaço (vice-presidente [VP] para a Gestão Administrativa e Financeira); a professora Teresa Vazão (VP para a Gestão do Campus Taguspark); o professor José Santos-Victor (VP para os Assuntos Internacionais); o professor Jorge Manuel Morgado (VP para os Assuntos Académicos); o professor Miguel Ayala Botto (VP para os Assuntos de Pessoal); o professor Fernando Mira da Silva (VP para as Tecnologias de Informação e Comunicação); o professor Luís Caldas de Oliveira (VP para o Empreendedorismo e Ligações Empresariais); a professora Palmira Ferreira da Silva (VP para a Comunicação e Imagem); e o Dr. Nuno Alexandre de Brito Pedroso (Administrador). !


Instantâneos 2013

Tema do artigo

Investigação

Bronze para equipa do Técnico na SWERC’2013

Jantar da AAAIST junta alumni no Salão Nobre do Técnico

A equipa “Lutadores do Foo”, única representante do Técnico na mais recente edição da SWERC, foi a Valência arrecadar o 11.º lugar na conhecida competição de programação, entre 44 participantes. Esta foi a segunda melhor posição alguma vez alcançada por uma equipa do IST, depois de em 2009 outra equipa ter assegurado o 9.º lugar. O objetivo da competição é solucionar dez problemas, explica o professor Alexandre Francisco, responsável pelo acompanhamento da equipa. “Têm que ler e interpretar o problema e pensar numa solução que depois implementam numa linguagem de programação.” Há, claro, constrangimentos de tempo e “espaço” (neste caso, memória disponível), o que faz com que os participantes tenham que “ter bons conhecimentos e combinatória, algorítimica e matemática”, na opinião do docente. Francisco Huhn, Rafael Schimassek e Raúl Penaguião cumprem os requisitos e formam “a mais consistente” equipa do Técnico neste momento. Mesmo com pouco treino, e a competir contra equipas “quase profissionais”, “portaram-se bem”, afirma Alexandre Francisco. Por isso mesmo, o 11.º lugar, e consequente medalha de bronze (atribuída aos classificados entre o 9.º e o 12.º lugar), é uma “vitória”. !

“O que é essencial na formação não é a matéria que se estuda, mas o tipo de formação que se tem. E melhor formação do que a que tive no Técnico, não podia ter tido.” As palavras do engenheiro António Guterres, convidado de honra no jantar da Associação de Antigos Alunos do Instituto Superior Técnico (AAAIST), refletem o espírito que pairava no jantar comemorativo do passado dia 20 de dezembro. O Encontro de Antigos Alunos do Técnico decorreu no Salão Nobre e juntou cerca de uma centena de alumni, que aproveitaram o momento para matar saudades da escola e relembrar os “bons tempos” passados no Técnico. “A verdade é que só tenho boas recordações”, afirmou Guterres no pequeno discurso que proferiu durante o jantar, em que fez questão de referir a importância da “disciplina mental” adquirida durante o curso. “Estamos num mundo confuso, em que a imprevisibilidade passou a ser a característica fundamental. Temos

que ter grande rigor e capacidade de análise. Por isso, a disciplina mental que adquiri no Técnico é a coisa mais importante que tenho”, explicou o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados. O presidente do Técnico, professor Arlindo Oliveira, abordou o mesmo assunto, afirmando ter “grande confiança na formação” que é dada pela escola. Além disso, falou do objetivo de criar uma comunidade alumni capaz de contribuir para o desenvolvimento da escola, e lançou um desafio: “No próximo ano, cada um de nós pode tentar convencer um colega a juntar-se à iniciativa”. O Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, engenheiro Carlos Moedas, foi um dos antigos alunos que este ano aderiu à iniciativa, que pretende, entre outras coisas, dar a conhecer o Fundo Solidário AAAIST – dos Antigos para os Atuais Alunos. No final do jantar, que marcou o primeiro regresso desde o final dos estudos em 1993, não deixou de expressar a vontade de “voltar a contribuir” para o sucesso daquela que foi a sua “primeira casa” em Lisboa. “Uma pessoa nunca se esquece da primeira casa.” !

SHEILA THOMSON / FLICKR

JOÃO PARGANA / TÉCNICO

DUARTE DONAS-BOTO / TÉCNICO

Competição

Três bolsas Gulbenkian para investigadores do Técnico O Programa de Estímulo à Investigação Científica da Fundação Calouste Gulbenkian selecionou no final do ano três projetos de investigadores do Técnico, nas áreas de Física, Matemática e Ciências da Terra e do Espaço. Richard Pires Brito, do Centro Multidisciplinar de Astrofísica, CENTRA, foi escolhido pelo seu trabalho “Pesando os Mensageiros de Einstein”, supervisionado pelos professores Vitor Cardoso e Paolo Pani, também do CENTRA. O projeto identifica os gravitões, partículas elementares da gravidade, como “mensageiros de Einstein” e pretende estudar as consequências de gravitões poderem ter massa para a teoria da relatividade geral. Paulo Alves, do Grupo de Lasers e Plasmas do IPFN (GoLP) foi distinguido este ano pelo estudo das propriedades não lineares de metamateriais, projeto que irá avançar sob orientação do professor Luís Oliveira e Silva e em colaboração com o professor Ortwin Hess, do Imperial College, London. O último investigador do Técnico condecorado foi Carlos Oliveira, do Centro de Matemática e Aplicações (CEMAT), pelo trabalho “Otimização estocástica em Opções Reais”. !

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Instantâneos 2013

Mobilidade Internacional

Competição

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DIOGO HENRIQUES / TÉCNICO

Empreendedorismo

Startup de alumnus financiada pelo Seedcamp

International Day celebrado no Técnico

Alunos do Técnico arrecadam 4.º lugar em jogo de gestão

A Popcorn Metrics, uma startup criada por um ex-aluno do Técnico, Luís Correia, vai ser financiada pelo Seedcamp, o maior fundo de investimento europeu na área do capital semente. Além da Popcorn Metrics, cujo objetivo é facilitar o processo de análise de dados web sem utilizar código, também as startups portuguesas Zercatto e Cashtag foram escolhidas no Seedcamp Berlim, um dos eventos promovidos pelo fundo para escolher os projetos em que investirá, para serem financiadas. Estas empresas terão agora acesso a um montante máximo de 50 mil euros, integrarão um programa de aceleração que facilitará a entrada no mercado e têm direito a três meses na incubadora do Seedcamp em Londres. A Unbabel, que opera na área da tradução e foi fundada por outro alumnus do Técnico, Vasco Calais Pedro, também esteve presente em Berlim, depois de ter participado na edição deste ano do Seedcamp Lisboa, mas acabou por não ser financiada pelo fundo de investimento. !

O I-Day, International Day do Técnico, decorreu no dia 5 de novembro, no átrio do pavilhão central, e deu a conhecer aos alunos as várias opções de mobilidade internacional que têm disponíveis para complementar os estudos. Ao longo de todo o dia, que abriu oficialmente com a atuação da Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico (TUIST), os estudantes tiveram a oportunidade de falar com vários representantes de universidades estrangeiras, parceiros internacionais e grupos de estudantes, além de um stand da Área Internacional onde puderam ver respondidas as suas dúvidas. “Temos experiências disponíveis em Erasmus, China, Japão”, explica uma das responsáveis pelo evento ao grupo de alunos que a rodeia, acrescentando: “Temos duplos graus... Há tantas opções!” Numa altura em que a experiência internacional é cada vez mais valorizada pelas entidades empregadoras, são muitos os interessados em estudar “lá fora”. João é um desses: está junto do stand da École Polytechnique Féderale de Lausanne, na Suíça, e quer saber informações sobre a escola. Em inglês, porque é essa a língua rainha da feira, conta que já passou pelas “barraquinhas” da Universitat Politécnica de Catalunya e da Universitè Catholique de Louvain, mas

Uma equipa formada por três alunos do Técnico alcançou o 4.º lugar no Global Management Challenge, um jogo em que o objetivo é gerir uma empresa num simulador interativo. A edição portuguesa de 2013 contou com 448 equipas, compostas por 1139 estudantes e 712 quadros de empresas, e o grupo de André Pinheiro, Pedro Franco e João Apura foi o melhor dos estudantes na final que decorreu a 27 de novembro. Os estudantes de Engenharia Biomédica “estrearam-se” no jogo há dois anos, venceram a competição interna do Técnico e o campeonato que se seguiu, onde conquistaram o patrocínio da EDP para participar nesta edição nacional. “Somos formados para resolver problemas, e é isso que fazemos neste jogo”, explica André. “É por isso que continuamos, apesar de dar mais trabalho do que qualquer cadeira do curso.” A equipa – que pode vir a ter mais elementos – já garantiu patrocínio para a edição de 2014 e garante que vai jogar este ano. “Além de tudo o resto, também dá ‘pica’ ganhar”, brinca Pedro. !

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pretende “visitar todos” e “saber o máximo possível” sobre cada uma das escolas presentes. Ao todo, são 15 os parceiros do Técnico presentes no I-Day, onde há representantes franceses, belgas, suecos, polacos e espanhóis, entre outros. Além disso, os alunos também podem saber mais sobre os programas do MIT Portugal e da CMU Portugal, da Associação dos Estudantes e do BEST Lisboa - Board of European Students of Tecnology. Rita chega “meio atrapalhada” ao átrio do pavilhão central, e dirige-se imediatamente ao local onde se lê “Erasmus Mundus”: “Quero estudar lá fora durante uma temporada, mas ainda não sei se quero acabar a tese lá ou cá”. Luís Moreira, do Núcleo de Relações Internacionais, explica que há vários casos desses - e que nalgumas dessas situações faz sentido pensar em graus duplos do Técnico e universidades estrangeiras. O final da tarde foi festejado em grande, com um magusto onde não faltaram as castanhas e a tradicional jeropiga, que aqueceu a fria tarde de novembro. Além dos alunos “nacionais”, foram muitos os estudantes de Erasmus a marcar presença num evento que primou pela boa disposição. !



Destaque Frederico Fiúza

“Sem o excelente grupo de trabalho do GoLP nada disto seria possível” Frederico Fiúza é um dos novos grandes físicos portugueses. Condecorado pela Sociedade Europeia de Física em 2012, está neste momento no Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, a estudar “interação de lasers intensos com matéria” Texto Sarah Saint-Maxent

Porquê a Física? Sempre gostei muito de Matemática e de resolver problemas que envolvessem raciocínio lógico. No secundário comecei a interessar-me também pela Física e decidi que gostava de ter uma carreira científica. Queria fazer investigação que pudesse ter impacto. E porquê o Técnico? Estava indeciso entre o Técnico e a Universidade de Aveiro. Lembro-me de ter tido uma conversa com uma professora que me disse que o Técnico era a faculdade de referência em Portugal. Aquela conversa no final do secundário marcou-me. Como foi a passagem pela Escola? Foi uma experiência de 10 anos fantástica a todos os níveis. Os meus colegas de Física tinham uma diversidade de interesses muito grande que não passava só pela Ciência, mas também pelas Artes ou pela Política, o que criava um ambiente extraordinário. Foi convidado para integrar o Grupo de Lasers e Plasmas (GoLP) no terceiro ano do curso e decidiu aceitar… Aceitei imediatamente. Tinha ficado, durante o curso, com muita curiosidade de saber como era fazer investigação usando modelos numéricos como uma das ferramentas principais. Sabia que o grupo trabalhava com este tipo de ferramentas e queria ter a possibilidade de saber como era

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2002

Ano de entrada no curso de Engenharia Física Tecnológica fazer “investigação a sério”. Foi muito fácil dizer que sim. Tinha uma visão bem definida de como seria a sua vida depois de terminar o mestrado? Em certa medida sim. A minha experiência no GoLP nos últimos anos do curso tinha sido excelente e tinha confirmado ainda mais o meu interesse em seguir uma carreira científica. Continuou no Técnico para fazer o doutoramento… Estava a aproveitar ao máximo a oportunidade de estar no GoLP. Foi claro para mim decidir que queria continuar a fazer investigação e seguir uma carreira científica e académica, pelo que era importante fazer o doutoramento num sítio que me

permitisse trabalhar ao mais alto nível. Cheguei a ponderar concorrer para fazer o doutoramento nos Estados Unidos, mas ao mesmo tempo sentia-me muito bem no GoLP e no Técnico. Surgiu a oportunidade de fazer um doutoramento misto, entre o Técnico e a Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) que tem um dos grupos mais conceituados a nível mundial em Física dos Plasmas e que me daria essa experiência internacional que eu também procurava. Decidiu aproveitar. Sim. Estive um ano na UCLA, onde contactei de perto com o nível de ensino, de investigação, e de recursos das universidades e dos centros de investigação nos EUA. Há um ambiente especial que se deve à proximidade entre os principais laboratórios e investigadores de diferentes áreas científicas – e, claro, da Física dos Plasmas. Podemos acompanhar de perto a sua investigação, colaborar e discutir o nosso trabalho com eles. É uma localização única para fazer investigação. Entrar no mercado de trabalho “tradicional” nunca foi opção? Não, nunca encarei essa possibilidade de forma muito séria. No último ano do curso tive alguns convites por parte de consultoras, mas sabia que queria continuar a minha carreira científica e fazer um doutoramento. Atrai-me a possibilidade de poder escolher os problemas em que quero trabalhar e estudá-los de forma aprofundada.


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Tem trabalhado sempre na área dos lasers intensos. Porquê essa área? O meu trabalho tem sido sempre na área da interação de lasers intensos com a matéria. Foi a área em que comecei a trabalhar quando cheguei ao GoLP e, apesar de poder parecer algo muito específico, é uma área que envolve problemas e aplicações muito distintas. Por exemplo? Tento perceber como é que podemos usar vários feixes de luz laser para comprimir e aquecer a matéria a níveis tão elevados que ela se funde e liberta energia. No fundo, é tentar imitar os processos que acontecem no Sol e produzem toda esta energia que nos aquece, mas no laboratório e de forma controlada. Se percebermos como fazer isso podemos ter uma fonte de energia limpa e praticamente inesgotável. Outro dos problemas que estudo é a aceleração de feixes de partículas carregadas (neste caso iões) para uso em aplicações médicas. Os feixes de iões permitem depositar energia de forma muito localizada e são importantes no tratamento de tumores profundos. No meu dia-a-dia uso simulações numéricas de grande escala para estudar estes problemas. E, por esse trabalho, recebeu em 2011 o seu primeiro grande prémio, o Oscar Buneman Award for Visualization of Plasmas… Chamar-lhe “grande prémio” é sempre muito relativo. É um prémio internacional que distingue a melhor visualização científica na área dos plasmas que tenha tido um impacto importante para a compreensão de um fenómeno físico. No meu caso foi uma simulação que permitiu perceber como reproduzir certos fenómenos astrofísicos que estão relacionados com a aceleração de raios cósmicos no laboratório, para que os possamos estudar directamente. É sempre bom vermos o nosso trabalho ser reconhecido, ainda por cima por especialistas internacionais da área em que trabalhamos. Quando estamos a começar uma carreira, sobretudo, isso dá-nos motivação extra e faz-nos sentir que estamos a caminhar no sentido certo. Mas é um trabalho alicerçado num grupo de investigação… Seguiu-se o Seed of Science Junior’12, atribuído pelo Ciência Hoje, e finalmente o prémio de melhor tese de doutoramento de 2012 em Física de Plasmas, pela Sociedade Europeia de Física. O tema da minha tese de Doutoramento foi a simulação multi-escala de cenários de alta densidade de energia, tanto no laboratório como em astrofísica. Desenvolvi e usei modelos

numéricos avançados para perceber melhor os fenómenos físicos extremos associados à interação de lasers intensos com a matéria. O prémio atribuído pela Sociedade Europeia da Física é bastante prestigiante e o facto de reconhecer a qualidade do meu trabalho de doutoramento deixa-me obviamente muito feliz e honrado. Mas sem o excelente grupo de trabalho que encontrei no GoLP nada disto teria sido possível… Neste momento está nos EUA, ao abrigo de uma bolsa de estágio, o Lawrence Fellow, atribuído aos candidatos “de excecional talento e currículo científico”, durante 3 anos. Que trabalho tem desenvolvido? A Lawrence Fellowship é uma bolsa especial atribuída pelo laboratório que financia o trabalho da pessoa que a recebe e lhe dá liberdade total para fazer investigação. Esta bolsa foi muito importante para mim. O Lawrence Livermore National Laboratory (LLNL) é reconhecido com um dos melhores, senão o melhor, laboratório do mundo na minha área. É um laboratório com uma escala completamente diferente daquela a que estava habituado no Técnico. O LLNL tem o sistema laser mais avançado do mundo, o “National Ignition Facility”, e tem o maior supercomputador do mundo com 1.6 milhões de processadores, o Sequoia: para alguém cujo trabalho é fazer simulações numéricas de grande escala da interação de lasers intensos com a matéria, este é obviamente um sítio único. Não só tenho acesso a um grande poder computacional como as experiências mais importantes da área estão a acontecer aqui ao lado e posso contribuir diretamente para o seu estudo. Para além disso esta bolsa dá-me liberdade total para trabalhar nos tópicos que mais me interessam, que foi um dos atrativos que mais me incentivou a concorrer à bolsa. O que prevê para o seu futuro? Para já quero tirar o máximo proveito desta experiência na Califórnia que me está a permitir trabalhar num dos melhores laboratórios do mundo. É uma fase importante em que tenho oportunidade de trabalhar nos projetos que mais me interessam, de explorar as minhas ideias, e de colaborar e de aprender com pessoas muito experientes na minha área. No futuro gostava de continuar a fazer investigação científica e de ver o meu trabalho ter um impacto positivo na sociedade. Gostava também de contribuir para a formação de novas gerações dando aulas numa universidade e tendo um grupo de investigação onde jovens estudantes possam ter contacto com a investigação científica da forma enriquecedora que eu tive. !

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Alumni Cristina Fonseca

Talkdesk: a aplicação que revolucionou os call centers Cristina Fonseca e Tiago Paiva são os fundadores da startup que tem dado que falar em Portugal e lá fora. No final do ano, o projeto dos alumni do Técnico foi considerado uma “rising star para 2014” pela Sales Force, “um gigante do software” Texto Sarah Saint-Maxent

O Talkdesk opera, neste momento, na Califórnia e em Oeiras, na Incubadora do Taguspark A co-fundadora do Talkdesk fala-nos sobre o ano que passou a “fazer coisas” incompreensíveis para família e amigos, de como arranjou coragem para recusar um lugar numa grande empresa e do processo de criar uma startup que, neste momento, é considerada uma das mais valiosas do mundo. O Talkdesk surgiu porque queriam ganhar um computador… Sim, foi em 2011, um ano depois de sairmos do Técnico. Soubemos do concurso e decidimos participar, mas o nosso único objetivo era ganhar um computador. Tínhamos dez dias para fazer uma aplicação que usasse comunicações telefónicas e dedicámos dez dias, como alunos empenhados do Técnico, a fazer a melhor aplicação que conseguíssemos. E acabou por ser mais do que isso. Por incrível que pareça, aquilo saiu bonitinho. No fim, publicámos uma página a anunciar o que tínhamos criado e começámos a receber muito

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bom feedback. Percebemos que tinha potencial para ser uma coisa maior e começámos a trabalhar naquilo. Um mês depois saiu o resultado do concurso: ganhámos. E depois? Candidatámo-nos a um fundo e esquecemos o assunto. Passadas duas ou três semanas, disseram-nos que éramos finalistas e que estávamos notificados para apresentar a ideia em São Francisco na semana seguinte. O que até ali era eu e o Tiago em casa, com portáteis a programar, passou a ser visto como uma empresa com potencial. Só que na altura não era empresa nenhuma, não era nada. Em dois ou três dias tivemos que fazer um website, business cards, transformarmo-nos numa empresa… e comprar dois bilhetes para São Francisco. Lá, garantiram a presença num programa de aceleração em Silicon Valley. Na conferência havia dez empresas,

todas americanas exceto nós. Além da barreira da língua, ninguém nos conhecia. E são coisas que importam: saber de onde é que as pessoas vêm, o que já fizeram antes, se são fiáveis ou não. Nós não tínhamos referências, a única coisa que tínhamos era um produto que parecia ter potencial e muita vontade. Passámos o tempo a treinar e acabámos por ganhar também a competição. Mas os convites deveram-se ao que tinham feito antes… Antes de tudo isto, estivemos um ano “a fazer coisas”, como nós dizíamos, sem ninguém perceber muito bem o quê: estávamos a tentar usar o que tínhamos aprendido para criar um produto que as pessoas quisessem usar. Esse ano acabou por ser muito importante, porque fizemos três ou quatro coisas que depois nos deram credibilidade perante investidores e todo o ecossistema de Silicon Valley. No dia a seguir à conferência, tínhamos um convite para integrar

dois dos programas de aceleração de Silicon Valley. Quando foi isso? Estivemos no acelerador de outubro a fevereiro de 2011-12. O objetivo é acelerar um bocadinho a fase inicial, que tipicamente é a mais difícil: descobrir como é que vou vender, a quem... há ali muitos ajustes que têm que se fazer. E conseguir tudo isso da forma mais escalável e sustentável. Depois, através da rede de contactos, arranjar investidores que possam financiar o projeto, o que fizemos. Há seis meses voltaram a passar por essa experiência. Sim, há uns seis meses participámos noutro programa de aceleração, desta vez promovido pela Orange Telecom. O objetivo da empresa era juntar-se a empresas mais pequenas, da área, e perceber como é que podiam inovar no mercado. Fizemos mais um programa de aceleração em São Francisco e pronto, agora somos o Talkdesk.


JOSÉ SANTOS / TÉCNICO

E o que é o Talkdesk? O Talkdesk é um serviço que permite a qualquer empresa criar o seu call center em menos de cinco minutos, com a grande vantagem que quando um cliente liga, eu sei tudo sobre ele sem ele ter que me dizer. O objetivo é darmos às pessoas que estão a atender a chamada todo o histórico daquele cliente, coisa que tipicamente estaria acessível apenas às grandes empresas. As grandes empresas de que não queriam fazer parte. O Tiago esteve uns meses na Procter & Gamble (P&G), e acabou por sair para acabar a tese. Eu fiz investigação no INESC-ID durante os meus dois anos de mestrado. Estava um bocadinho saturada daquele tipo de trabalho. Também acho que precisava de experimentar outras coisas, e houve um episódio mais ou menos, em que estive internada no hospital, quase a morrer. Tirei uma lição daqueles dias: faço o que acho que devo fazer e não aquilo que os outros esperam de mim.

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Dias disponíveis para criar a “melhor aplicação” possível E assim se arranja a determinação para dizer “não” aos pesos-pesados. Sim. Eu até era boa aluna, uma menina mais ou menos certinha, e estava no caminho de fazer aquilo que era suposto. Acho que isso teve um peso muito grande na minha decisão. O Tiago também saiu de vez da P&G, onde tinha emprego assegurado, o que chocou um

bocadinho os pais dele… Nós não queríamos saber. Ninguém percebia o que nós fazíamos. Valeu a pena? Claro que valeu. Acho que se nunca seguirmos um caminho diferente, não aprendemos mais, não enfrentamos novos desafios e não exploramos outras coisas. Existem muitas oportunidades para começar coisas novas, para inovar e se calhar não é numa grande empresa que isso se consegue. Eu estava um bocadinho à procura de sentir o impacto do meu trabalho e não era óbvio para mim que isso acontecesse numa grande empresa. Como é que o Técnico faz parte dessa história? Obviamente que o Técnico acabou por ser o meu pilar. Noto muita diferença entre as pessoas do Técnico e as outras. Não ao nível de skills tecnológicas, mas a nível de conseguir pensar, desenrascar… saem do Técnico verdadeiros engenheiros. E não tenho dúvi-

da nenhuma, pelo menos em Portugal, que o Técnico é a melhor escola. Como é a equipa da Talkdesk? Neste momento a equipa tem oito pessoas, sete engenheiros do Técnico e uma designer. Mas estamos muito à procura de pessoas. Isso é um convite aos alunos? É um convite a toda a gente que queira fazer parte de um projeto que está a crescer. Nós precisamos muito de pessoas, e não só engenheiros: designers, pessoas de marketing, de business, tudo. É a antevisão de um grande futuro? É a previsão de um grande futuro para o Talkdesk, comigo ou sem mim. Obviamente que tudo tem um ciclo, as coisas nascem, crescem e eventualmente acabarão por morrer, mas acho que o Talkdesk está numa posição bastante agradável. Agora se vou ser eu a estar aqui para sempre, não sei, até porque não sei o que me vai acontecer amanhã. !

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Alunos Miguel Aleluia

“Ser empreendedor não depende do que se estuda, mas de como se pensa” Miguel Aleluia participou no Programa de Formação de Estudantes em Empreendedorismo no Babson College durante o verão. O curso, diz o aluno de Física, “mudou a maneira” como vê o mundo, e pode ter mudado também o seu futuro Texto Sarah Saint-Maxent

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Miguel Aleluia é, desde 2009, aluno do mestrado integrado em Engenharia Física Tecnológica no Técnico. Aos 22 anos, diz que o futuro está “em aberto” e que gosta “do leque de possibilidades” que tem à sua frente. É um dos melhores alunos do seu ano e, por isso mesmo, foi incitado pelos professores a candidatar-se à 6.ª edição do Programa de Formação de Estudantes em Empreendedorismo: um curso de verão no Babson College, em que os alunos têm a oportunidade de estudar e aplicar fundamentos de empreendedorismo em casos reais. “Gostei imenso de participar no programa, deu-me uma perspetiva diferente sobre o empreendedorismo, que mudou drasticamente a maneira como olho para os problemas com que me deparo”, explica Miguel. Durante duas semanas, juntou-se a vários estudantes de todo o mundo para receber aulas de introdução à resolução de problemas estratégicos, metodologia de design, testes de mercado, negociações, financiamento, modelos de negócio e empreendedorismo sustentável. No final, foi posto à prova num pitch de 3 minutos, em que o “mais importante” foi “captar a atenção da audiência nos primeiros 15 segundos”, diz. Afirma que aprendeu


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muito com a experiência, que mudou o seu ponto de vista. “Agora, quando vejo algo incómodo ou algo que poderia ser melhorado facilmente, começo a pensar em soluções. Apesar de terem sido só duas semanas, aprendi muito”. “Além de tudo o resto, [o curso] também acabou por mudar a minha opinião sobre como dar aulas…”, lança, atirando para o ar a possibilidade de ingressar na carreira académica. O bichinho pode ter nascido com a distinção que recebeu dentro do Babson College, como um dos melhores estudantes presentes no programa de formação em empreendedorismo. Criar uma empresa ou montar um negócio próprio é apenas uma das opções que tem para depois do mestrado. E não seria necessariamente na área da Física: “Ser empreendedor não está dependente do que se estuda ou se sabe, mas sim de como se pensa. Para ser um empreendedor não é necessário usar diretamente os conhecimentos adquiridos durante os estudos. É ser adepto de diminuir e espalhar o risco e ser capaz de manter a determinação em atingir um objetivo enquanto nos adaptamos às barreiras e oportunidades”. Juntar-se a uma empresa ou seguir a via académica seriam opções

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Duração em semanas do programa de empreendedorismo do Babson College viáveis. “Ingressaria no mercado de trabalho “tradicional” se gostasse bastante de uma hipótese em particular”, começa por dizer. “Também tenho um tema – System Dynamics – que me apela o suficiente para considerar fazer um doutoramento nessa área, e tenho algumas ideias e conhecimento de várias metodologias para construir desenvolver e avaliar ideias de negócio. O meu futuro está em aberto, apesar de gostar do leque de possibilidades à minha frente.” Está, como muitos jovens estu-

dantes, a fazer Erasmus neste momento. O destino escolhido, a Universidade Técnica de Eindhoven, na Holanda, teve que ver com o tema da tese de mestrado e com o “mestrado bastante completo em Gestão de Inovação” oferecido por aquela escola. “Quis complementar a formação que iniciei no curso de verão em empreendedorismo”, explica. Como muitos outros, recomenda a experiência a todos os alunos, porque a considera “enriquecedora” e afirma que “comunicar com gente de culturas diferentes dá uma perspetiva diferente sobre os assuntos”: “tenho estado a gostar imenso”. Há quatro anos no Técnico, diz que sabe ter feito a “escolha certa” quando pensa nas “pessoas” que encontrou e na “flexibilidade mental” que o estudo da Física lhe trouxe. A “metodologia de trabalho” que adquiriu na escola, e a “habilidade de não desistir perante os desafios” são outras das competências que os últimos anos no Técnico lhe trouxeram, e que considera fundamentais. “Encontrei pessoas que me têm levado a alcançar mais do que alguma vez teria feito sozinho”, afirma categórico. “Agora sei que, no fim, todos [os problemas] acabam por ser ultrapassados.” !

Marcos Soares Ribeiro Alumnus do Técnico Diretor Coordenador Responsável do Santander Universidades em Portugal “O Banco Santander Totta, através da sua Divisão Global Santander Universidades, tem um vasto programa de apoio às Universidades. Um dos eixos fundamentais desse programa é o empreendedorismo. Desenvolvemos várias iniciativas que visam reforçar as competências empreendedoras da comunidade académica, diretamente ou através do RedEmprendia, uma rede internacional de empreendedorismo constituída por Universidades IberoAmericanas. Estabelecemos uma parceria com o Babson College, visando a criação e ministração de um programa ao mais alto nível para jovens com potencial empreendedor. Através dele, conseguimos enviar os estudantes portugueses mais empreendedores para uma das melhores escolas de empreendedorismo do mundo.

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Momento

Fachada do pavilhĂŁo central, no campus Alameda, durante a dĂŠcada de 70

S/D

Fotografia Autor desconhecido



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Iniciativa QEM

Bolseiro do Técnico é o melhor aluno do programa Quero Estudar Melhor Dinis Santos, aluno de Engenharia e Gestão Industrial, foi o melhor aluno bolseiro no ano letivo 2012/13 Texto Sarah Saint-Maxent


Iniciativa QEM

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Número de bolsas atribuídas em 2012

30 estudantes de Design, Marketing, Gestão Industrial e Engenharia de Materiais, receberam no final de novembro as bolsas conquistadas na segunda edição do programa QEM – Quero Estudar Melhor, que financia os estudos dos “melhores entre os melhores” nas quatro áreas. Este ano, além da bolsa, os alunos veem-lhes também atribuído um tutor, uma novidade em relação à primeira edição. Martim Avillez Figueiredo, do Grupo Impresa, que promove a iniciativa, explica que a novidade “que pretende não apenas ajudar os alunos a serem mais performantes na sua atividade académica, mas também ajudá-los a entender as nuances do mundo das empresas, que é algo que as universidades têm dificuldade em fazer”. Em 2012, Dinis Santos foi um dos vencedores desta bolsa, que agora viu renovada até ao final deste ano letivo, com motivação reforçada: foi o melhor de todos os alunos bolseiros no primeiro ano do programa. Agora no segundo ano de Engenharia e Gestão Industrial no Técnico, decidiu candidatar-se no ano passado “pela experiência de fazer um vídeo” e influenciado pelo irmão: “Fiz o vídeo só mesmo para ver no que dava”. Em novembro de 2012, depois de ter passado por várias etapas, incluindo entrevistas e testes presenciais, soube que a “brincadeira” tinha valido uma bolsa para pagar as propinas. “Não foi um mau resultado”, brinca. Mais a sé-

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Idade de Dinis Santos, o melhor bolseiro do programa

16,6 2 Média final no ano letivo de 2012/13

DIOGO HENRIQUES / TÉCNICO

Dinis é aluno de Engenharia e Gestão Industrial no Instituto Superior Técnico rio, diz que não deixaria de estudar se não recebesse a bolsa, mas que é “um grande alívio” para os pais, com dois filhos a estudar na Universidade. Muito bom aluno já no secundário, encarou a bolsa como um incentivo para ser ainda melhor: “Vou continuar a empenhar-me ao máximo. Sempre gostei de ter boas notas, sempre gostei de me empenhar, a bolsa é só mais uma ajuda”. Apesar disso, diz que “não podemos viver só para os estudos”. “Os empregadores hoje não contratam só por médias, mas sim por todo um currículo que devemos ter.”

Por isso, continua a conciliar as aulas com as corridas noturnas, o hóquei em patins ao fim de semana (joga numa equipa de Leiria, onde nasceu), os amigos e a banda. “Também tenho concertos ao fim de semana!”, acrescenta. “Acho que é possível conciliar tudo.” E “tudo” implicou também a entrada no Ensino Superior, a mudança para Lisboa e as aulas no campus do Taguspark. “Não vale a pena esconder, a mudança foi difícil no início. Nunca é fácil quando temos que deixar os pais e passar a morar sozinho”, explica. Numa entrevista ao jornal

Número de edições do programa QEM

Expresso, conta como se assustou com o primeiro teste: teve 11 a Química, nota que “não correspondia às horas de estudo dedicadas”. A mudança de estratégia que se seguiu foi o passo necessário para terminar o 1.º ano com média de 16,6 valores. “Não se trata de uma missão impossível nem de uma tarefa para super-heróis.” O Taguspark ajudou a que se tornasse mais fácil. “Além do espaço novo e das ótimas condições, o pessoal é todo muito unido, há um ambiente quase de secundário. Não é uma diferença assim tão grande, o que ajuda, e os professores também são muito disponíveis.” O curso, que foi escolhido por ser “bastante diversificado”, está a corresponder às expectativas. Não se arrepende, portanto, de ter seguido a Engenharia e Gestão Industrial em prol da área da Saúde, que chegou a considerar no final do 12.º ano. “Resolvi arriscar, até porque tinha muito boas recomendações do Técnico.” A um ano e meio de terminar a licenciatura, ainda não sabe o que vai fazer depois, mas também não tem pressa. “Quero ver as oportunidades que aparecem entretanto”, diz. Nos planos está um estágio no próximo verão e uma aventura ao abrigo do programa Erasmus, “num país com uma cultura distinta”, afirmou ao Expresso. Entretanto, vai vivendo (e estudando) segundo o lema “trabalhar para não ser apenas mais um”: “Quero fazer a diferença.” !

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Carreira João Paulo Girbal

“Parece que foi tudo acontecendo por acaso” João Paulo Girbal, antigo diretor-geral da Microsoft é um exemplo de sucesso entre os alumni do Técnico

Texto Sarah Saint-Maxent


Carreira João Paulo Girbal

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Anos a trabalhar na Microsoft

João Paulo Girbal é a personificação do sucesso entre os alumni do Técnico. O antigo diretor-geral da Microsoft abandonou uma carreira de sucesso dentro da multinacional para abraçar alguns projetos pessoais: a Centromarca, a Oeiras International School e Aerolazer. “Parece que foi tudo por acaso, as coisas foram acontecendo no momento certo”. A frase, proferida por João Paulo Girbal a meio da entrevista, pode dar a entender que o sucesso do antigo aluno do Técnico é fruto do acaso. Pelo contrário, é fruto de trabalho árduo e de uma mentalidade que, afirma, o marcou “durante o primeiro ano nos Estados Unidos”. Em 1978 embarcou rumo a uma pequena cidade no norte dos EUA, com 7000 mil habitantes, para fazer o 12.º ano “lá fora”, ao abrigo do programa AFS – American Field Service. Conheceu o programa, que existe “desde os tempos em que se viajava para os Estados Unidos de barco”, através de um cartaz onde se via o Calimero e a frase “Sai da casca!” – decidiu aproveitar. “A minha ida para os EUA teve muito a ver com o tempo que se vivia em Portugal, depois do 25 de abril, em que o último ano do liceu ainda era muito indefinido”, explica. Foi selecionado, fez toda a preparação e partiu. “A experiência marcou-me profundamente para o resto da vida”: o sorriso que faz enquanto conta a história mostra isso mesmo. “Perce-

1978 1994 2009 Ano da primeira experiência nos EUA

Ano em que ingressou na multinacional

JOSÉ SANTOS / TÉCNICO

No último ano, João Paulo Girbal esteve presente na antiga escola para falar da sua experiência nos Estados Unidos ber o orgulho que têm em tudo o que fazem, ver a importância do mérito… Isso ficou-me para a vida.” Teve a oportunidade de ficar do lado de lá do Atlântico a estudar, depois de terminado o 12.º, mas “as saudades” trouxeram-no de volta a Lisboa. Da aventura pelos EUA, além da “família americana”, que continua a visitar regularmente, ficou a paixão pelo computador que descobriu no canto de uma sala de aulas. “Dediquei imenso tempo por lá àquele computadorzinho – fazia os meus trabalhos e os do meu ‘irmão’ americano – e quando voltei decidi que queria estudar computadores.”

O Técnico era a única escolha “para quem queria ir para a melhor escola”, e o curso de Engenharia Eletrotécnica era o mais aproximado para quem queria estar perto da novidade que eram os computadores. “Apesar de ser um curso muito teórico, na altura, tudo aquilo que aprendi na área da tecnologia foi imprescindível para o meu futuro”, explicou. Ainda durante o curso, juntou-se à NCR que, nessa altura, estava a lançar o seu PC. “As coisas vão acontecendo…”, sorri. Depois da NCR, passou pela Informix e acabou por ser convidado para a Microsoft, onde esteve entre 1994 e 2009. Recomen-

Ano em que decidiu abraçar novos projetos pessoais

daria todas essas empresas a alguém que quisesse trabalhar na área: “Tive sempre excelentes experiências, trabalhei em empresas que tratavam muitíssimo bem os seus empregados e devolviam muito à sociedade, e acho que isso também foi uma coisa que me marcou, que continuei a tentar fazer depois”. Apesar disso, em 2009 abandonou a multinacional para se dedicar a projetos próprios. “Tinha projetos pessoais e profissionais que queria prosseguir, e o que podia fazer na Microsoft, ou já tinha feito, ou era mais do mesmo… e não ia poder voltar a Portugal.” Novamente, as “saudades” – e, neste caso, o tempo para a família – foram fundamentais na escolha da nova etapa. Passou por vários projetos e neste momento divide o tempo entre a Centromarca, associação que pretende garantir o direito à propriedade intelectual, a ‘marca’; a Oeiras International School (OIS), uma escola de nível internacional que pretende preparar estudantes “para o mundo” - e onde estuda o seu filho; e o projeto Wings, com a empresa Aerolazer, cujo objetivo é promover a aviação de lazer. Nestas, conjuga a paixão e o interesse por várias áreas, de forma mais “sustentável”. Está contente com a sua situação presente, mas não sabe o que o futuro lhe reserva: “Já passei por muitos sítios desde que saí da Microsoft, e sabe-se lá o que pode vir a seguir”. !

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Homenagem Professores

Professor Abreu Faro: o docente que “marcou indelevelmente” o Técnico Um dos docentes mais queridos da escola foi homenageado no dia 26 de novembro, data em que se cumpriria o 90.º aniversário do seu nascimento Texto Sarah Saint-Maxent


Homenagem Professores

DR

Professor Abreu Faro durante uma aula no Técnico Uma cerimónia de homenagem ao professor Abreu Faro, que culminou com a inauguração de um anfiteatro com o seu nome no Complexo Interdisciplinar, decorreu a 26 de novembro, no dia em que se cumpriria o 90.º aniversário do seu nascimento. O Salão Nobre do Técnico é o local escolhido para o evento, que junta amigos, família, colegas e alunos daquele que é considerado pelo presidente “uma das figuras da escola”. “Penso que é muito importante que uma escola com a cultura e a história do Técnico não esqueça as suas figuras”, uma delas Abreu Faro, refere o professor Arlindo Oliveira, lembrando ainda as qualidades como “docente”, “investigador” e “político, no sentido mais lato do termo” de um dos professores mais marcantes da história do Técnico. “Manuel José Castro Petrony de Abreu Faro nasceu em Lisboa a 26 de novembro de 1923 e faleceu a 22 de maio

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De novembro foi a data escolhida para a homenagem de 1999, um dia antes do 88.º aniversário da fundação da escola que marcou indelevelmente”: as palavras que se ouvem logo no início da noite, num pequeno vídeo realizado para o evento, estabelecem essa relação profunda que Abreu Faro tem com o Técnico.

O professor Carlos Salema, um dos oradores da tarde, exemplifica: “Era um professor que tinha uma energia, uma facilidade de comunicação, uma empatia, uma paixão por aquilo que ensinava, que atraía todos os alunos... Foi dele que aprendi e bebi aquilo que sei da Teoria da Informação.” Num tom algo emocionado, mas feliz, lembra o mês de “outubro de 1963, na cadeira de Telecomunicações III”, em que conheceu o professor Abreu Faro: “Fiquei fascinado.” O fascínio e a paixão pela engenharia e a ciência marcaram e foram transmitidos a toda uma geração. “Foi com ele que finalmente percebi o que queria fazer na vida”, lança o professor José Fonseca Moura. “Uma aula chegou-me para abrir os horizontes do que era a Engenharia Eletrotécnica. Foi o despertar da paixão que me definiu para o resto da vida.” Apesar de recordado como “um dos professores mais extraordinários

do Técnico”, o legado do professor ultrapassa as fronteiras da escola e Abreu Faro é considerado “um dos motores de mudança do panorama científico nacional”. O vice-reitor da Universidade de Lisboa, professor Eduardo Pereira, afirma mesmo que “Abreu Faro foi um dos responsáveis pelo lançamento das bases científicas da Escola de hoje.” Por isso mesmo, ao longo de todo o ano de 2014, o professor Abreu Faro será homenageado numa série de iniciativas promovidas por várias entidades, desde a Academia das Ciências ao Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores. Este é o reconhecimento de um professor que “ajudou a criar uma geração fundadora”, explicou o professor José Mariano Gago, também presente na cerimónia. “Difícil é falar de quem já não está vivo, como se estivesse. Difícil, mas necessário, é evocá-lo como se estivesse vivo.” !

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International CLUSTER

Being global… With the CLUSTER Network Since joining the CLUSTER Network in 2005, IST has substantially increased its international branding and activities and actively contributed to the network Texto José Santos-Victor, IST VP International Affairs, Secretary General of CLUSTER (2010-12)

As one would expect, universities did not remain aside from the process of globalization of several sectors of human activity like economy, culture or sports. In fact, the ability to attract, nurture and retain talented students, professors, researchers and collaborators is the ultimate holy grail for the success of modern academic institutions, like IST. The Bologna process was a catalyst of this process as it greatly facilitated the swift circulation of students across different European Universities. If we look at research and innovation it is also clear that most societal or scientific challenges can only be tackled by teams of researchers of different institutions, backgrounds and, of course, nations. This internationalization strategy actively pursued by IST in the past 8-10 years was thus not an option but, instead, a real pre-condition for survival and success in an increasingly more competitive and globalized (academic) world. Amongst other activities for internationalization, the involvement

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of IST in international academic networks (like CLUSTER, CESAER, TIME and MAGALHAES) has been of the utmost importance in the dynamics of “competiton” with the main universities and schools in technological areas. The CLUSTER Network (www. cluster.org) is perhaps the most strategic European Network for Técnico’s internationalization activities. CLUSTER’s 12 members are amongst the very top engineering and science schools in Europe and represent a “distributed European Technical University” with more than 142,000 students, 3,000 professors and 14,000 PhD students. CLUSTER institutions attract a large amount of research funding both from the European funding agencies and from industry, run a record number of Erasmus Mundus Master and Doctoral Schools and have the most successful participation in the European Institute of Innovation and Technology (EIT) KICs. Since joining the CLUSTER Network in 2005, IST has substantially

Trinity College Dublin

Institut National Polytechnique de Grenoble

Instituto Superior Técnico

Technical University of Catalonia

increased its international branding and activities and actively contributed to the network. In 2010, IST was invited and eventually elected to hold the presidency of CLUSTER from July 2010 to June 2012 (President António Cruz Serra, Secretary General José Santos-Victor), boosting the promotion of activities with Chinese Universities and the development of CLUSTER Joint Master and Doctoral Schools under Erasmus Mundus. The participation in the CLUSTER activities has substantially contributed to foster a stronger, global mind-set at IST, where many activities are now routinely benchmarked against the best international practices and discussed with our premier partners. Finally, the significant increase in the number of international students (about 1,000 students from nearly 70 different nationalities) and institutional, international partnerships and projects, have made IST a more diverse and global ecosystem to nurture the future professionals and leaders in Engineering, Science and Architecture. !

Arlindo Oliveira IST President “The ability to regularly meet and exchange experiences between the top management of the best technical universities in Europe that comes from being active members of the CLUSTER and CESAER networks provides extremely valuable input to the management of these universities. The official information exchanged at the meetings helps in the definition of the strategy, provides essential benchmarks for what should be the long term objectives of the schools and enables them to take coherent positions in many topics of common interest. Additionally, the informal meetings that take place during these events foster the exchange of information that only with great difficulty can be obtained by other means, regarding the organization, strategy and objectives of Europe’s technical universities. The progressive but systematic increase on the number of international students at IST is, in large part, a consequence of our membership in these networks and only one (but probably the most visible) sign of the truly international school that Técnico has become.”


TELMA BAPTISTA / TÉCNICO

Royal Institute of Techonoly

Helsinki University of Technology

Technische Universiteit Eindhoven

Katholieke Universiteit Leuven

Technische Universitat Darmstadt Karlsruhe Institute of Technology

École Polytechnique Fédérale de Lausanne Politecnico di Torino

Associate Members Georgia Institute of Technology (USA) École Polytechnique de Montréal (Canada) Tsinghua University (China) Tomsk Polytechnic University (Russia Fed.) Universidade de São Paulo (Brasil) Technion - Israel Institute of Technology

Carlos Matos Ferreira IST President 2001-2009, in charge when IST joined CLUSTER in 2005 “When I took office as President of IST in January 2001, I had many ideas on how to best serve my school but only one major dream: to promote the internationalization of IST and its recognition as one of the top schools of science and technology in Europe. IST was already involved in many European and international RD&I collaborations and educational networks, as CESAER and TIME, for example, but concerning the latter ones this was more formal than effective. I felt that we needed a deeper involvement in such networked educational activities and that we also needed to join a selected club of top level European schools and universities. Obviously, CLUSTER was such a club, and so my dream got a definite objective: to join CLUSTER. This became true in 2005. Eight and a half years elapsed since then. CLUSTER strongly developed its activities in the meantime, increasing the number of students exchanged, of joint diplomas, of participation in

European and international initiatives (EIT advanced educational programs, Erasmus Mundus, collaborations with universities of P.R. of China, etc.). For IST, the active participation in most of these initiatives has been an extremely enriching experience, making us more effective and competitive in our globalized world, and more visible and recognized internationally. When I left the presidency of IST in July 2009, I felt that our integration in CLUSTER and the participation in its joint activities there of had been one the most significant accomplishments of IST during my presidency times. I know that many colleagues share the same idea and hope that IST will keep deeply committed to collaborate with its CLUSTER partners, heading to excellence together.” Ramon Wyss KTH vice President and CLUSTER Secretary General (July 2006- June 2010) “CLUSTER has developed from a network of universities collaborating within education to a network that com-

prises strategic partnership in research, education and innovation. Starting with focused alliances and workshops within the Erasmus Mundus programs, a platform was created enabling meetings and cooperation between faculties across all fields of Science, Engineering and Architecture. For our university, KTH, it resulted in increased number of Erasmus programs and a deepening collaboration at the European level. The network also provided a learning platform for university leaders, discussing topics of Bologna process for Engineering Education and challenge driven learning. Exchange of best practice has largely contributed to the development of the network as well as individual university learning process. Highlight was the close collaboration of the network for the EIT calls in 2009, resulting in a strong participation of CLUSTER universities in the three knowledge and innovation communities of the EIT.” Juergen Becker KIT Chief Higher Education Officer till 2012 and CLUSTER Secretary General July 2012- June 2014

“CLUSTER is a leading network and platform and has been a key driver of the knowledge triangle (research, education and innovation) in Europe. This resulted, especially also for KIT, in the leadership of the EIT KICInnoEnergy, exploring new ways to combine education, research and innovation in the field of Energy. CLUSTER plays a major role in education of the highly-demanded “Global Engineers of the Future“. We have launched several dual degree programs, not only between CLUSTER universities, but also with top Chinese partners, promoting the mobility of Master and PhD students in a global world. CLUSTER also supports the exchange of young scientists and researchers, including the use of common infrastructures and equipments, boosting Europe’s RD&I competitiveness. The members of CLUSTER realize a strong interface to the European industry, raising the awareness for the important role of European technical universities within the knowledge triangle: research, education and innovation.”

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Loja Merchandising

FICHA TÉCNICA Direção Editorial: Arlindo Limede de Oliveira, Luís Caldas de Oliveira, Palmira Ferreira da Silva Editores: André Pires, Sarah Saint-Maxent Direção de Arte: Tiago Machado Designers: Patrícia Guerreiro, Telma Baptista, Tiago Machado Assinaturas e publicidade: Sofia Cabeleira scabeleira@tecnico.ulisboa.pt Website: valoresproprios. tecnico.ulisboa.pt Editora: Instituto Superior Técnico Av. Rovisco Pais, 1 1049-001 Lisboa Tel: (+351) 218 417 000 Fax: (+351) 218 499 242

€20 €15 Guarda-chuva

Moleskine

€3

Garrafa de desporto

Impressão: Rainho & Neves Rua do Souto, 8 4520-612 S. João de Ver Edição Número 2 janeiro/fevereiro 2014 Periodicidade: Bimestral Tiragem: 10.000 exemplares

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Sweat-shirt com capuz

Saco

Lista completa dos artigos de merchandising: http://gcrp.tecnico.ulisboa.pt/relacoes-publicas/

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€8 T-shirt



KOYA979 / SHUTTERSTOCK

VALORES PRÓPRIOS JAN/FEV 2014


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