Nº110 OUTUBRO 2001 www.telaviva.com.br
universidades são bom mercado
LEGISLAÇÃO: A POLêMICA MP DE
para a venda de equipamentos
INCENTIVO AO CINEMA NACIONAL
N達o disponivel
w w w . t e l a v i v a . c o m . b r
E D I T O R I A L
Ô G u i a Tela V iva Ô F i c h as técnicas de comerciais Ô E d i ç ões anteriores da Tela Viva Ô L e g i slação do audiovisual Ô P r o gramação reg ional Í N D I C E SCANNER
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CAPA
Negócios internacionais de programas
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MERCADO
Equipamentos para universidades
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LEGISLAÇÃO
MP 2.228/01
18
MAKING OF
FIGURA
COMPUTAÇÃO GRÁFICA
LEGISLAÇÃO AUDIOVISUAL
AGENDA
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Lídia Perez
22
Kaya
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França
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As eleições de 2002 começam a alterar os ocupantes da Esplanada dos Ministérios. O ministro das comunicações, Pimenta da Veiga, anunciou que vai deixar o cargo em dezembro, para se candidatar, provavelmente, a governador do Estado de Minas Gerais. Nestes sete anos do governo de Fernando Henrique Cardoso pouca coisa foi feita para modernizar o broadcasting. Sergio Motta alterou o sistema de concessões, mas nem de longe conseguiu cumprir suas próprias metas. Quanto a Pimenta da Veiga, a tentativa de marcar sua gestão com a promulgação da Lei de Radiodifusão está fadada ao total fracasso. O texto colocado em consulta pública conseguiu desagradar gregos e troianos. O sucessor de Pimenta terá muito pouco tempo para fazer algo de vulto em prol da radiodifusão. O mais provável é que o cargo seja ocupado por Juarez Quadros. Uma substituição técnica e não política, para evitar, inclusive, que o próximo chefe do Minicom fique com os louros do processo de digitalização da TV. Se por um lado o broadcasting viveu à margem de todo o processo de modernização dos meios de comunicação que o País atravessou nos últimos dez anos, por outro demonstrou que mesmo sem um projeto consistente, encontra forças suficientes para evitar que mãos aventureiras se lancem sobre ele. Os desentendimentos entre as entidades setoriais e os aparentes desmandos induziram alguns a imaginar que a hora era propícia para “atacar” o cobiçado segmento. Mas as diferenças explícitas entre os players de TV aberta foram substituídas por uma súbita união para evitar que o broadcasting fosse incluído na MP do cinema. O lobby conseguiu livrar as emissoras de TV da taxação sobre o faturamento, pretendida inicialmente pelo Grupo de Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica (Gedic), que assessorou a Casa Civil na elaboração do projeto. A demonstração de força causou até um certo ressentimento nos outros setores ligados à atividade audiovisual, que (por enquanto) têm de pagar a conta. Os horripilantes ataques terroristas aos Estados Unidos expuseram que até as grandes potências são vulneráveis. O controle da radiodifusão vive sendo alvo de disputa entre o Minicom e a Anatel. A subordinação da produção e distribuição de conteúdo é um tremendo imbróglio. Esse impasse não deve ser resolvido nesse apagar do governo FHC. Não basta só trocar de ministros. As sucessões ocorridas até agora foram inócuas para fortalecer o segmento. Sem um projeto consistente de produção e distribuição de conteúdo audiovisual todos os setores destes mercados continuarão vulneráveis.
Edylita Falgetano
s c a n n e r
ACÚMULO Antônio Carlos Tardeli, diretor do Departamento de Outorga e Licenciamento de Serviços de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, está acumulando interinamente o cargo de Secretário de Radiodifusão desde 18 de setembro. Tardeli substitui Paulo Roberto Menicucci, que passou a dar expediente nos Correios.
TESTEMUNHOS mexicanos A diretora e sócia da produtora da On Film, Denise Costa, viajou para terras mexicanas em setembro para realizar a nova campanha do sabonete Dove, que dá continuidade `a série de testemunhais da marca em vários países. Denise traduzirá em comerciais as experiências de usuárias mexicanas, mostrando os benefícios do produto dentro do contexto do cotidiano de cada uma delas. Ela participou da seleção do elenco para os três filmes da campanha.
NOVO DIRETOR Alfonso Sort foi nomeado diretor geral da Adobe Systems para a América Latina. Sort, que era responsável pelo desenvolvimento dos negócios da companhia na região ibérica, acumulou agora o cargo da supervisão regional dos programas de vendas e do controle sobre a implementação das estratégias de comercialização para a América Latina.
NOVOS ARES Após muitos anos circulando pela região de Pinheiros, em São Paulo, Kiko Mazziotti está curtindo os ares do Itaim-Bibi, bairro da zona sul da capital paulistana, onde montou o novo escritório de sua produtora Imagem Paulista.
COM LEGENDA A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicações e Informática da Câmara dos Deputados aprovou no mês passado o projeto de lei nº 709/99 do deputado Dr. Hélio (PDT-SP), apensado ao projeto nº 4679/98 do deputado Agnelo Queiroz (PCdoB-DF), que obriga as emissoras de televisão aberta e por assinatura a aplicar legenda ou outro procedimento para auxílio aos portadores de deficiência auditiva aos programas culturais (inclusive os de divulgação musical), educativos, noticiosos e de divulgação política. As peças publicitárias não estão obrigadas a exibir legendas e os noticiários transmitidos ao vivo podem apresentar apenas um resumo da notícia ao final do programa. As empresas podem inserir legendas ocultas (closed caption) ou exibir sinais da linguagem para deficientes auditivos. De acordo com o texto já aprovado também na comissão de Seguridade Social as empresas terão dois anos para se adequar ao projeto, mesmo período em que todos os televisores vendidos no Brasil com tela de mais de 50 cm medidos na diagonal deverão dispor do dispositivo para decodificação das legendas ocultas. Essa exigência também se aplica aos videocassetes e assemelhados produzidos no País ou importados. Como o projeto ainda precisa ser apreciado na Comissão de Constituição e Justiça e depois em Plenário da casa antes de ser encaminhado ao Senado, essas regras não devem valer para o horário gratuito das eleições de 2002.
PRODUTOS JOVENS A V Filmes assinou contrato com o canal de TV por assinatura AXN para realizar uma série de 11 programas mostrando a preparação da equipe brasileira que irá participar do Eco Challenge 2001, a ser realizado em outubro na Nova Zelândia. As primeiras imagens foram captadas na 5ª etapa do Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura, que aconteceu entre os dias 4 e 5. Foram 28 horas de adrenalina com mountain bike, rappel, cavalgada, escalada, caminhada, trekking e tirolesa não só para os atletas mas também para a equipe da produtora, formada por Rinaldo Lima, Wiland Pinsdorf, Marcelo Miyao e Ricardo Azevedo.
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CURTA EDUCATIVO A Imagina e a Documenta Produções, do Rio de Janeiro, uniram-se para produzir o desenho animado de curta-metragem “As aventuras de Pedro, Rita e Bentinho”, para a empresa processadora de bauxita e fabricante de alumínio BHP Billiton. O curta tem dez minutos de duração e foi dirigido por Clewerson Saremba e produzido por Ângela Zoe, com trilhas do Vital Studio. O filme discute aspectos de educação para o trânsito e será distribuído em vídeo para as escolas próximas às instalações da empresa, em vários Estados, Canal Futura, TVE e Rede Estação de Cinemas.
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UNIFICAÇÃO
A Rede Record reuniu suas
responsabilidade e produção de
afiliadas em Natal (RN) no mês
material para inserção nacional
passado para afinar as diretrizes
estiveram na pauta do encontro.
das emissoras. “Queremos ter
A rede conta hoje com 64
uma participação mais efetiva
emissoras. De acordo com Pedro
das regionais na programação
Luis Gonzalez a regionalização
da rede”, preconiza Pedro Luis
do satélite foi o meio encontrado
Gonzalez, diretor de rede, da
para superar o menor número
Record. Redemocratização da
de emissoras e concorrer nos
cultura, criação e renovação de
mercados regionais. A próxima
talentos, relação mais interativa
convocação está marcada para
entre cabeça-de-rede e afiliadas,
março do ano que vem, em Vitória
AGENDA CULTURAL Durante o encerramento do Encontro de Cinema Paulista, dia 24 de setembro, o presidente da Fundação Padre Anchieta, Jorge da Cunha Lima, anunciou a criação do plim-plim cultural. Em todos os breaks da programação da TV Cultura, haverá a divulgação de eventos culturais, peças, exposições e programação dos filmes nacionais nos cinemas. A intenção é criar um espaço permanente de divulgação da cultura paulista.
CORPO PRESENTE
curta na tv Depois de oito anos nos palcos gaúchos, a peça “Pois é, vizinha!”, de Deborah Finocchiaro virou um curtametragem. O filme foi praticamente todo rodado em estúdio, além de outras locações em Porto Alegre. A produção é da Clip Produtora, com direção de Leo Sassen, e integra o projeto de incentivo ao curtametragem da RBS “TV histórias curtas”, que está patrocinando oito filmes no formato. O curta será exibido dia 10 de novembro pela emissora.
PLÁSTICO Fotos: Divulgação
Vânia Santi responde desde o mês passado pela Gerência de Marketing da Rede Bandeirantes. Há sete anos na empresa, Vânia ocupava o cargo de gerente de pesquisa e trabalhou anteriormente em diversas agências de propaganda e veículos. Dentro do processo de reestruturação que está sendo posto em prática na Band, os dois núcleos (pesquisa e planejamento comercial) que eram tutelados pela direção de marketing foram unificados. Vânia agora se desdobra para por em prática toda a sua experiência no departamento unificado.
A série de animação “Vida de plástico”, gravada com a utilização de bonecos manipuláveis misturando técnicas de stop motion e computação gráfica, ganha novamente as telinhas com exibição diária Cena de “Zé, o tecnero” na MTV Brasil. Foram produzidos quatro novos episódios: “Zé, o tecnero”, “Juvenal, o paranormal”, “Dona Jacira, a carpideira” e “Cerqueira, o veado”. A série conta com roteiro e vozes de Felipe Xavier e direção de Doca Corbett e foi produzida e finalizada pela Prodigo Films.
Dez partes do corpo humano. Um grupo de videoartistas reuniu-se para criar um trabalho coletivo para o Festival do Minuto. A partir do mesmo tema, o corpo humano, cada um selecionou uma parte e desenvolveu sua idéia em um minuto. Juntos, os vídeos do projeto “Corpo presente” formam um apanhado de linguagens e idéias. Para Almir Almas, um dos integrantes do grupo, o melhor da experiência foi a troca de idéias ao longo do processo. A cada semana, o grupo fazia reuniões para que cada um apresentasse seu ponto de vista e recebesse críticas e sugestões. Segundo a coordenadora do grupo, Lucila Meirelles, o projeto criou um pequeno Frankenstein formado de “Dentes”, por Kiko Goifman e Claudia Andrade; “Audição”, por Inês Cardoso; “Língua”, por Paulo César Soares; “Olhos”, por Marcelo Garcia; “Coração”, por Gabriela Greeb; “Coluna Vertebral”, por Ricardo Pichi Martirani; “Seios”, por Victor Lema Riqué; “Umbigo”, por Lucila Meirelles; “Quadril”, por Tata Amaral e Rozenblit; e “Pés”, por Almir Almas.
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ANIVERSÁRIO CINEMATOGRÁFICO Para comemorar o aniversário da capital goiana, o Instituto de Cultura e Meio Ambiente (Icumam), presidido pelo cineasta João Batista de Andrade, em parceria com a Prefeitura de Goiânia vão promover a primeira edição do festival Goiânia Mostra Curtas, entre 19 a 24 de outubro, com filmes de até 30 minutos em 16 mm, 35 mm e Betacam. A seleção dos filmes está a cargo da equipe do Icumam, sob a coordenação da produtora Assunção Hernandes, e de Leopoldo Nunes, presidente da ABD Nacional, e Eduardo Benfica, presidente da ABD Goiás.
WALTER AVANCINI O nome de Walter Avancini está intimamente ligado à história da TV brasileira. O diretor de novelas, que morreu em 26 de setembro, iniciou sua carreira aos nove anos como ator de radionovelas nas Emissoras Associadas. Famoso como diretor de atores, lançou grandes nomes da dramaturgia brasileira como Tarcísio Meira e Regina Duarte. O veterano diretor trabalhou na área de dramaturgia das TV Tupi, Rede Globo, Record, SBT, TV Manchete e Fundação Roquete Pinto. Entre as inúmeras telenovelas que dirigiu destacam-se “Selva de pedra”, “Gabriela, cravo e canela”, “Beto Rockfeller”, “O cravo e a rosa” e a minissérie “Grande sertão: veredas”, todas exibidas pela Globo. Avancini teve de abandonar a direção de “A padroeira” para se dedicar ao tratamento de câncer na próstata, que encerrou sua vitoriosa carreira.
VÁRIAS RESOLUÇÕES A Pinnacle Systems anunciou
recursos de pintura intergrada,
o lançamento da versão 1.2 do
composição e efeitos especiais. Os
CinéWave, solução de criação de vídeo
clientes que compraram a versão 3.1
baseada em hardware e software. Para
após o dia 19 de abril têm direito à
plataforma Apple Power Mac G4, o CinéWave trabalha com vários formatos HD e inclui o Commotion Pro 4, o Final Cut Pro 2, o Knoll Light Factory, e o TARGA Ciné Engine.
atualização gratuita. A Pinnacle Systems comprou a divisão de software de vídeo da alemã Fast Multimedia. O negócio, no valor de US$ 15 milhões, estava previsto, até o fechamento desta edição, para ser
Outro produto que a empresa está
concretizado no início de outubro. Com
lançando no Brasil é o Commotion
a aquisição, a Pinnacle vai ampliar sua
Pro 4.0, para pós-produção. O
participação no segmento profissional
produto vem agora com novos
de edição de vídeo não -linear.
MAYA EM MAC A Alias|Wavefront anunciou o lançamento da nova versão do software de animação 3D Maya para o Mac OS X, o mais recente sistema operacional da Apple. Tecnologias como Animação de Personagens, IPR - Interactive Photorealistic Rendering, a linguagem de programação MEL, além das ferramentas de partículas e dinâmica, também estão disponíveis para esta versão, incluindo-se o suporte para QuickTime. O software está disponível por US$ 7,5 mil (impostos não inclusos), que é o mesmo preço do Maya para as plataformas IRIX, Linux e Windows NT/2000.
INTEGRAÇÃO DE IMAGENS Rosa Jonas anunciou em setembro a criação do Grupo Espiralcom, que integra quatro empresas da área de produção de imagens.
de imagens digitais para web; e a Estação 8, produtora de vídeo voltada para o mercado de varejo.
Segundo a diretora executiva Rosa Jonas, o objetivo da formação do batizada de Enefilmes, fazem parte grupo é ampliar a especialização do grupo a RPJ Estúdios, que conta de cada segmento atendido com três estúdios para locação; a pelas empresas e criar uma Show Livre Company, associação coordenação geral, que permita da produtora com o canal de ao mercado melhor compreender entretenimento para Internet Show os serviços prestados pelo Livre e especializada na produção conjunto das empresas. Além da produtora de comerciais
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PAIXÃO VELOZ Apaixonados pela F1, os jornalistas Eduardo Correa e Luiz Alberto Pandini - que há muitos anos dedicam horas à pesquisa histórica deste esporte - colocaram na web o site GPtotal (www.gptotal.com.br), criado para levar ao público histórias curiosas e opiniões sobre as aventuras em alta velocidade.
missões
INCENTIVOS DIGITAIS O presidente da Anatel, Renato Guerreiro, disse que a agência está estudando, com os ministérios de Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio, medidas de incentivo fiscal e financiamentos para a implantação da TV digital no Brasil. Estas medidas já foram discutidas com empresas de radiodifusão como Bandeirantes, Record, Globo, SBT e TV Cultura, e com as associações de fabricantes de transmissores e receptores. Segundo Guerreiro, é importante que haja fabricação de transmissores e receptores no Brasil, por isso estudase um financiamento, possivelmente pelo BNDES, para a indústria. O financiamento deve ser estendido aos usuários e às empresas de radiodifusão, para que possam instalar transmissores digitais.
Trabalhando ao lado da produtora executiva Rosa Jonas há seis anos, a produtora Tatiana Shibuya Depois que a Anatel terminar a análise da consulta pública ao relatório tem uma nova missão. Agora ela é diretora executiva da de TV digital, colocará outros dois documentos para comentários do Enefilmes, o braço dedicado mercado, provavelmente, ainda neste mês. Um deles trará os modelos à produção comercial do de negócios que serão possíveis com a plataforma digital. O outro grupo Espiralcom (leia documento é o modelo de transição da TV analógica para a TV digital, Scanner). As mudanças na que trará como novidade o “plano de indução da digitalização”, que Enefilmes, atingiram sua Rosa Jonas nada mais é do que a definição das áreas onde a digitalização deve estrutura interna. Agora cada diretor passa a ter ocorrer primeiro. Os documentos devem ficar em consulta pública por um sob sua coordenação uma equipe de mês. Encerrado esse processo, a agência anunciará o padrão escolhido, o produção e atendimento, composta modelo de negócios adotado e como será a transição. Guerreiro espera que por pessoas escolhidas por eles. Além o anúncio possa ser feito em dezembro. “Mas se não for em dezembro, pode de Tatiana, outra pessoa fundamental ser no início do ano que vem, porque isso não prejudicará o processo.” na nova estrutura é Rodrigo Pedreira. Idealizador do site ShowLivre.com, que tem o maior acervo musical da web, PAULISTAS UNIDOS Rodrigo transformou sua idéia em uma PELE DE BEB produtora especializada na criação Durante a realização do I Encontro A Johnson’s está ampliando o de tecnologia e imagens. Além de do Cinema Paulista, entre os dias público alvo de seus sabonetes veicular uma ampla agenda de shows 21 a 24 de setembro, na infantis com uma nova campanha na Internet, a produtora Assembléia Legislativa, está oferecendo soluções criada pela Lowe Lintas. O filme em crossmedia para em São Paulo, os cineastas pretende atingir adolescentes agências, com tecnologia paulistas buscaram e pré-adolescentes mostrando desenvolvida para o site. recolocar o cinema nos várias garotas em uma festa. Tatiana e Rodrigo trilhos. Mais do que Chega um menino e começa a solicitar recursos os profissionais cumprimentá-las com beijinho. e entidades querem estabelecer Até que encontra aquela que CONSULTORIA políticas consistentes e regras claras usa o sabonete e não resiste: para o setor, que estejam vinculadas a não consegue mais parar de Sergio Dourado acaba de montar a pastas além da Cultura. O documento Media Solutions, em São Paulo, para beijar. A direção é de Rodrigo atender ao mercado de broadcasting final com as sugestões - entregue ao Pesavento, da Companhia e distance learning baseado em vídeo. deputado Walter Feldman, presidente Ilustrada, e a criação de Maurício Além disso passou a representar o da Assembléia Legislativa - está Machado e Marco Cremona. software Maya, da Alias|Wavefront. disponível no site da Tela Viva.
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C A P A Mônica Teixeira*
OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS Exportar, importar e
crise econômica, aliada à incerteza quanto à nova taxação baixada por decreto no co-produzir. Filmes, séries, mês passado, são as causas mais prováveis seriados, documentários e da deserção. Mas as emissoras alegam outros motivos. A Gazeta, por exemplo, novelas estão nas prateleiras diz que a feira coincide com a estréia da nova programação. No da MIPCOM, uma das maiores final de setembro, a emissora estreou um feiras de programação de novo segmento em sua programação noturna. Através de televisão que acontecem ao um acordo com a Fox, passou a exibir os redor do mundo e que reúne episódios do ano I das séries “Ally McBeal” e “Millennium”. os principais produtores A Bandeirantes e a Globo confirmaram de vários cantos do planeta. presença na feira. Para a Globo é mais uma oportunidade de promover a venda de novelas no exterior. Apesar de disponibilizar todo o acervo de produções para a comercialização, os lançamentos para o mercado externo são a série “Os Este mês, a cidade francesa de Maias”, adaptação de Maria Adelaide do Cannes sedia a MIPCOM, onde muitos Amaral do romance de Eça de Queiroz, e a acordos internacionais na área de novela adolescente “Malhação”, que já foi programação de TV são fechados. batizada em inglês como “Young hearts”. “Grandes feiras como a MIPCOM Para o diretor da Globo Internacional, a reúnem representantes de toda a expectativa é grande: ‘“Os Maias’ indústria audiovisual internacional. São é uma superprodução e esperamos que grandes vitrines e constituem excelente conquiste o horário nobre de vários oportunidade para troca de informações países”. Os preços não são revelados, pois e negócios”, avalia Carlos Alberto dependem de algumas variáveis, como Simonetti, diretor de vendas da Globo o tamanho do mercado publicitário no Internacional. país, a audiência do canal, o horário de A participação das emissoras brasileiras veiculação em TV aberta ou fechada. no evento este ano não vai ser tão Dentro da filosofia que FHC vem efetiva quanto em edições anteriores. A pregando nos últimos tempos, 10
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“exportar para não morrer”, a TV Globo Internacional tem até um departamento responsável pela adequação das produções brasileiras ao mercado externo, incluindo a edição, titulação e, em alguns casos, a dublagem (normalmente para o espanhol). “Além disso, estaremos oferecendo também os direitos de transmissão do carnaval 2002”, complementa Simonetti. “Por enquanto, a maioria dos produtos comercializados através da Divisão Internacional da TV Globo pertencem ao gênero dramaturgia, mas estamos investindo em outros formatos para oferecer novos produtos baseados em informação e entretenimento de um modo geral, como por exemplo documentários e grandes eventos.” A emissora já está produzindo uma série com 20 documentários de 40 a 45 minutos cada, chamada “Documento Brasil”, atualmente em fase de edição. Os programas vão enfocar importantes aspectos da natureza brasileira como as bacias hidrográficas do São Francisco, do Parnaíba e do Paraná, a fauna e a flora do Brasil. Não é só a TV Globo que exporta suas produções. A série “Castelo Rá-Tim-Bum” da TV Cultura, produzida em 1995, foi vendida para vários países da América Latina. Walter Silveira, diretor de programação
P R O D U T O
da emissora afirma que a TV Cultura vai continuar buscando mercados internacionais. “Todos os nossos documentários e alguns programas foram produzidos com banda internacional vislumbrando uma possível comercialização no mercado externo. A Rede Record também já exportou para Portugal. Agora, está em busca das comunidades de língua portuguesa nos Estados Unidos e Japão e estuda uma parceria de produção com um grupo lusitano. Marcus Vinícius Chisco, diretor de novos negócios, diz que a emissora pretende aproveitar, ao máximo, o seu casting. “Temos um elenco fantástico e uma programação estruturada. Partiremos agora para a expansão e fortificação da marca Record no Brasil e no exterior, com a criação de uma emissora a cabo para comunidades de língua portuguesa.” O programa Raul Gil já é exibido na África do Sul pela TV Miramar com excelentes índices de audiência. E a novela “Marcas da paixão”, produção de 2000, também foi vista pelos portugueses.
terreno fértil Já para a Bandeirantes, outra tradicional participante das feiras internacionais de programação, a venda de produtos não é o principal objetivo. Nos últimos anos, a emissora não tem participado como vendedora. Este ano, o interesse maior está voltado para a compra de filmes de longa-metragem. Mas não descarta a busca de parcerias. “A busca por boas parcerias é constante, especialmente bons distribuidores de filmes e demais programas de TV. Geralmente, durante as feiras, as negociações evoluem, mas a Bandeirantes não tem o hábito
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E X P O R T A Ç Ã O
O Brasil é um dos maiores exportadores
Ruy Barbosa, alcançou altos índices de
de telenovelas do mundo. Milhares de
audiência nos mercados em que foi exi-
russos, hispânicos, portugueses e até
bida. Nos EUA, a Telemundo, superou
povos de países desconhecidos pela
por várias vezes a concorrente Univi-
maioria ligam diariamente a televisão
sion, com quem disputa o público his-
para acompanhar as histórias em capítu- pânico, e até a rede americana ABC, em los produzidas com o jeitinho brasileiro.
Miami. Na Itália, conquistou a audiência
O gênero começou a fazer sucesso no
italiana, levando a emissora Retequat-
exterior há muito tempo. A
tro do sexto para o terceiro
novela “O bem amado” foi
lugar no horário.
comercializada em 1973
Na Espanha, exibida pela TVE,
para o Uruguai e México. Foi a primeira incursão da TV Globo no mercado internacional. De lá pra cá, as nove-
Cenas de “Terra nostra” e “Escrava Isaura”
à tarde e com duas horas de duração, o capítulo com a morte do filho do casal Matteo e Giuliana, vítima
las brasileiras conquistaram o
de difteria, teve audiência média
mundo: de países conhecidos
de 32 pontos, atingindo 36 pontos
como Canadá, Estados Unidos,
de pico.
Cuba e Rússia aos longínquos
Mas até agora, nenhuma novela
Latvia, Mali e Oman, que muitos
fez tanto sucesso quanto “Escra-
de nós nem sabem onde ficam.
va Isaura”,
Atualmente, as produções brasileiras
de 1976, exportada para 78 países.
estão em exibição em mais de 150
E ainda não dá sinais de envelhecer.
países. “Terra nostra”, de Benedito
Recentemente, ela foi vendida
de fechar negócio em uma única reunião”, esclarece o departamento de comunicação da emissora. Na área jornalística, a Bandeirantes fechou, em julho passado, uma parceria com a agência internacional de notícias Reuters. A emissora brasileira recebe material internacional e, em contrapartida, cede imagens de fatos jornalísticos brasileiros. Para a Globo, a feira também é uma oportunidade para identificar parcerias. “As co-produções, como a que estamos realizando com a Telemundo, visando o lançamento de produções voltadas exclusivamente para o mercado internacional, são um exemplo do que pretendemos”, diz Simonetti. Recentemente, a Globo fechou um acordo com a empresa holandesa Endemol Entertainment para a produção de programas para o mercado brasileiro de televisão.
A Globo passou a ter direitos exclusivos de produção, no Brasil, de programas do catálogo da Endemol, que conta com mais de 400 títulos. Entre eles, programas da chamada TV realidade, como o “Big brother”. A nova empresa, Endemol-Globo S/A, é uma companhia com participação igualitária entre a Globo e a Endemol. Inicialmente, a empresa está focada no mercado brasileiro, mas no futuro deverá ampliar seus negócios com o desenvolvimento de programas para o mercado externo. “Encontros internacionais como o MIPCOM são férteis em termos de idéias e, por este motivo, não descartamos a possibilidade de acontecerem novas parcerias”, diz Simonetti. São o primeiro passo para que novas produções brasileiras sejam vistas, em breve, por telespectadores do outro lado do mundo. * Colaborou Felipe Catão
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mercado Lizandra Almeida *
LABORATÓRIOS HIGH-END A venda de equipamentos
é a expansão da TV a cabo. Com a possibilidade de abertura de canais profissionais de vídeo vem universitários estabelecida pela Lei crescendo com as exigências do Cabo, muitas universidades estão criando verdadeiros complexos do MEC para os cursos de profissionais que visam atender os comunicação. As universidades alunos e também colocar no ar os canais. particulares de todo o País têm se É o caso, por exemplo, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), no Rio Grande revelado um mercado promissor do Sul, que inaugurou em setembro para as empresas revendedoras o segundo prédio de laboratórios audiovisuais de seu campus. Os de equipamentos audiovisuais. investimentos somaram cerca de US$ 600 mil apenas em equipamentos, sem contar os O crescimento da oferta de cursos custos das obras do novo prédio. de comunicação e as exigências do A universidade começou a investir em Ministério da Educação e Cultura (MEC) equipamentos em 1996, construindo quanto à qualidade das aulas práticas três estúdios e adquirindo câmeras e nestes cursos, com equipamentos ilhas JVC analógicas. Com o aumento atualizados, têm feito com que do número de alunos - que era de 600 e universidades de todos os portes agora chega a 980, divididos nos cursos invistam grandes montantes na criação de Jornalismo, Relações Públicas e e atualização de seus laboratórios Publicidade - aliado audiovisuais. ao interesse em explorar a TV Segundo Sady Ros, gerente de marketing universitária e a projetos de ensino e vendas da Tecnovídeo, empresa à distância, a universidade criou o Centro representante da JVC, “as universidades de Teledifusão Educacional (Cetel). que mais têm investido não são as mais Em seu parque, o Cetel conta com um tradicionais, mas as de pólos econômicos caminhão para externas, do interior”. Além disso, a maioria dos seis câmeras, ilhas não-lineares e cinco investimentos tem sido canalizada para laboratórios de informática equipados equipamentos digitais de alta qualidade, com micros iMac. de captação, edição e animação gráfica. Os alunos utilizam as instalações em Outro motivo que tem estimulado a projetos curriculares e participam da TV aquisição de equipamentos de ponta universitária como estagiários. Segundo
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o coordenador do Cetel, Paulo Renato Cancian, a universidade também está fechando um acordo com a Câmara Municipal de Caxias do Sul para operar a TV Legislativa, aproveitando a estrutura já existente. A equipe da TV universitária produz cinco horas diárias de programação, que vai ao ar do meio-dia às 14 horas e das 19h30 às 22h30. Nos demais períodos, entra no ar a programação da STV (Senac). Com o caminhão de externas com transmissão por microondas, a universidade ainda presta serviços a terceiros.
pacote completo Para as empresas que vendem equipamentos, o novo mercado aberto pelas universidades representa mais do que um novo nicho. Em geral, as empresas são chamadas a elaborar um projeto completo, começando do zero, o que permite a total integração entre os diversos equipamentos e o uso de uma linha única de produtos. Meire Braga, do departamento de vendas da AD Vídeo Tech, diz que vem sentindo o crescimento dessa demanda há cerca de um ano. “De lá para cá, já elaboramos uns cinco projetos completos. O bom é que vendemos os equipamentos, instalamos, deixamos tudo funcionando e ainda treinamos o pessoal.” Sady Ros concorda: “Costumamos vender o pacote todo, ao contrário do que acontece com as emissoras, que vão comprando aos poucos”. Para Jaime Fernando Ferreira, gerente de vendas da Thomson Multimídia (ex-Philips), o ano passado foi muito bom em vendas para o setor. Entre as universidades que mais investiram em equipamentos da empresa está a Universidade do Vale do Sinos (Unisinos), de São Leopoldo, Rio Grande do Sul. “Esse foi realmente um caso especial. Os equipamentos adquiridos são top de linha, com saída broadcast. Com eles, é possível fazer projetos culturais e programas para TV aberta e cabo”, comenta. Alexandre Kirin, coordenador dos cursos de comunicação da Unisinos, explica
que o projeto é mais abrangente: “Criamos um verdadeiro complexo de teledifusão, que abrange os laboratórios e a TV universitária”. Para o curso de Jornalismo, foi implantada a primeira redação eletrônica brasileira. “Estamos desenvolvendo um novo conceito, que pretende fazer com que nossos alunos sejam ao mesmo tempo repórteres e editores. Para isso, colocamos 25 micros em rede, que servem tanto para a edição de texto quanto de imagens, rodando com Adobe Premiere, nos quais os alunos podem editar suas próprias matérias”, explica Kirin. O projeto da Unisinos pretende adequar a tecnologia às necessidades de cada momento da vida universitária. Assim, no primeiro semestre eles têm acesso a câmeras de estúdio VHS e aprendem noções básicas de corte e câmera. No terceiro semestre, passam a usar as câmeras digitais DSR-300 da Sony. O parque adquirido para a TV universitária, por sua vez, utiliza o sistema digital da Philips, com central técnica, masterização, software para manter a programação no ar e câmeras DVCPRO50, com alta resolução de vídeo e qualidade broadcast. Como a TV a cabo ainda não chegou a São Leopoldo, a TV universitária já está em funcionamento na forma de um circuito interno de TV que percorre os 90 hectares do campus. São 300 pontos de recepção que, segundo Kirin, atingem um público de 35 mil pessoas. “Temos uma audiência concentrada, com um público extremamente crítico. Assim, vamos desenvolvendo nossos programas com qualidade técnica e de conteúdo e colocando no ar para a apreciação desse público. Quando pudermos veicular nosso material amplamente, já teremos uma programação consolidada”, acredita. As primeiras experiências têm sido bem sucedidas. O programa “Zinco quente”, dirigido ao público jovem, vem sendo exibido pela TV PUC de São Paulo. Além dos equipamentos de captação e edição, a TV universitária tem um estúdio com três câmeras, grid de iluminação quente e fria,
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me r cad o
isolamento acústico, switcher Philips DD10 (com entrada para 16 canais de vídeo), equipamentos de efeito e geração de caracteres, mesa de áudio digital, duas ilhas off line e duas online, todas digitais. A operação da TV universitária, porém, é feita por profissionais. Alexandre Kirin acredita que os alunos têm de ser preparados paulatinamente. “Eles vão avançando a partir do VHS até chegar ao nível do estágio, no último ano, quando têm a chance de participar da TV universitária. Os estágios são curriculares ou remunerados e cumprem um programa que deve ser seguido à risca.”
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A Universidade do Vale do Paraíba (Univap), em São José dos Campos (interior de São Paulo), também remodelou recentemente suas instalações com equipamentos Philips. As novas aquisições visam principalmente atender à produção de programas de TV, que já são veiculados na Rede Vida e na Rede Canção Nova, ambas via satélite e de caráter religioso. Os alunos contam com laboratórios equipados com câmeras e ilhas Beta e S-VHS. Quem se interessa em ingressar na equipe de produção faz um curso prático especial, fora do período de aulas. Fernando Moreira, coordenador dos laboratórios e da produtora, conta que a TV a cabo só chegou a São José dos Campos no ano passado e que a divisão dos espaços ainda não está definida. A Univap pretende produzir novos programas para essa mídia, mas enxerga além do formato vídeo. Entre os novos equipamentos adquiridos, estão uma câmera portátil, três VTs e um player para a ilha nãolinear, que se somam às oito câmeras digitais já existentes. A intenção é explorar todas as mídias possíveis. O núcleo de novas tecnologias está ligado diretamente à reitoria da universidade e também pretende produzir materiais em DVD, CD-ROM e Internet, além
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de organizar eventos com o uso da videoconferência e do uplink que a Univap já possui. Em Campo Grande (MS), a Universidade Dom Bosco (UCDB) também fez aquisições para os laboratórios que atendem seus cursos de rádio e TV, publicidade, jornalismo e relações públicas. Investindo em tecnologia digital JVC, a UCDB adquiriu uma ilha digital não-linear, duas câmeras para externas e mais duas estações de edição Media 100. A estrutura já contava com outras três câmeras de externa e três de estúdio, uma ilha digital e uma estação Silicon Graphics com Adobe Premiere. A UCDB também participa da TV universitária local, gravando à tarde - fora do período de aulas - os programas que contam com a participação de alunos. A AD Video Tech representa diferentes marcas de equipamentos, entre elas Sony, Pinnacle e Panasonic. Um de seus projetos mais recentes foi a implantação do laboratório de TV da Unifieo (Centro Universitário Fundação Instituto de Ensino para Osasco). O laboratório foi desenvolvido todo em formato digital, com várias câmeras DVCAM Sony para estúdio e externas, acessórios, teleprompter, switcher, mesa de efeitos, gerador de caracteres e mixer de áudio e luz fria. A estrutura também incorporou um sistema de pósprodução Crypton, rodando em PC com placa de captura Pinnacle. A faculdade tem cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Com a cobrança constante estabelecida pelo Provão e devido ao fato de muitas cidades ainda não contarem com infra-estrutura de TV a cabo, os investimentos em equipamentos por parte de universidades ainda deve continuar. Sem contar a necessidade de atualização, diante de uma tecnologia que em pouco tempo se supera. Mesmo diante da crise econômica, o mercado acaba encontrando saídas. *Colaborou Paulo Boccato
N達o disponivel
legislação Edylita Falgetano e Samuel Possebon
MP DA DISCÓRDIA A publicação da medida provisória para incentivar a produção cinematográfica no Brasil desagrada a maioria dos segmentos envolvidos no texto. Entidades e associações começam a definir estratégias para minimizar os efeitos que as pesadas taxações teriam nos setores.
Para que a promulgação da medida provisória para a criação de incentivos à produção cinematográfica se enquadrasse dentro das regras que permitem sua ilimitada reedição até que o Congresso aprove o texto final, a Casa Civil excluiu o broadcasting do texto. Mas a edição da MP 2.228/01, publicada no dia 6 de setembro passado, continua suscitando polêmica pela imposição de pesadas taxas às programadoras e operadoras de TV paga, ao setor de distribuição, exibição e também de homevideo. E nada impede que a radiodifusão volte a ser incluída na lei de proteção ao cinema, embora a expressão “audiovisual” tenha sido eliminada do texto. A medida criou a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Conselho Superior de Cinema (Concine). A Ancine ficará sob a égide da Casa Civil nos 12 primeiros meses de sua criação e após este período será subordinada ao Ministério do Desenvolvimento. O Concine terá sete membros do gov-
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erno (representando Casa Civil, ministérios do Desenvolvimento, Cultura, Comunicações, Fazenda, Relações Exteriores e Justiça) e cinco representantes da indústria cinematográfica e videofonográfica, nomeados pelo presidente por decreto. As políticas aprovadas pelo conselho serão aplicadas pela Ancine, que tem poder normativo sobre as atividades de produção, programação, distribuição, promoção, publicidade, exibição, difusão e veiculação das obras cinematográficas e videofonográficas no Brasil; e tem também poderes de fiscalização e sanção (poderá aplicar multas). Cabe à agência a atividade de autorizar a veiculação de obra publicitária estrangeira (necessariamente adaptada); autorizar a produção de obra cinematográfica e videofonográfica estrangeira no Brasil; certificar produtos audiovisuais e cinematográficos brasileiros; e registrar empresas nacionais ou estrangeiras de produção,
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distribuição e exibição de obras cinematográficas e audiovisuais. A Ancine terá cinco diretores, com mandato de quatro anos não coincidentes, indicados pelo presidente e ratificados pelo Senado. O presidente da Ancine será escolhido pelo presidente da República. Qualquer obra cinematográfica e videofonográfica, comercial ou publicitária exibida no Brasil, pagará uma contribuição, a Condecine (Contribuição Nacional para o Desenvolvimento da Indústria do Cinema), e são estes recursos que financiarão as atividades da Ancine e ajudarão a compor o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Cinema Nacional (Prodecine). A Condecine será paga por mídia onde a obra for exibida e também haverá a cobrança de 11% sobre as remessas de rendimentos obtidos com obras estrangeiras em território nacional. Mesmo as obras constantes em canais estrangeiros exibidos no Brasil pagarão a Condecine, qualquer que seja o veículo de entrega. Quem paga a taxa é a empresa detentora dos direitos de exploração comercial ou exibição. E aí começa a confusão.
quebradeira As empresas ligadas à exibição de cinema, distribuição de filmes e para homevideo e as locadoras de vídeo estão se articulando para apresentar a propositura de emenda à medida assinada por Fernando Henrique Cardoso. A alegação é a mesma dos programadores e operadores de TV por assinatura: a ameaça a esses segmentos devido às taxas impostas. Embora esses grupos tenham a esperança de reverter o quadro realizando um trabalho em nível legislativo, não estão descartadas medidas judiciais para derrubar a lei. “As empresas de pequeno e médio porte do setor de exibição, distribuição e locação não têm como arcar com as absurdas taxas e multas previstas na MP 2.228/01”, alega Alberto Bitelli, presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas, Vídeo e Similares do Estado de São Paulo, engrossando o coro comandado por Abel
Puig, diretor geral da Fox do Brasil e presidente da TAP Brasil (associação que congrega programadores que não produzem localmente, mas que são a principal fonte de conteúdo para cerca de 1,4 milhão de assinantes de TV), que considera que “a situação é gravíssima, uma vez que a medida provisória do cinema inviabiliza a presença dos programadores internacionais no País”. Do alto de seus 50 anos de atuação no mercado cinematográfico, Alberto Bitelli diz que a MP é um retrocesso e que vai gerar a quebra de muitas empresas e conseqüente desemprego. “Já assisti a este filme antes, quando a protagonista era a Embrafilme.”
debate O setor publicitário também será afetado. Comerciais cujo custo de produção exceder a R$ 500 deverão pagar a Condecine para serem veiculados em cada uma das mídias. Embora contatadas, as associações representa-
tivas dos publicitários e anunciantes - Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) e Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) - não revelaram como pretendem reagir às imposições legais. Adilson Borges de Queiroz, presidente da Associação dos Profissionais de Propaganda (APP), pretende endossar a decisão da Abap, presidida nacionalmente por Sergio Amado. A MP do cinema já tramita na Câmara dos Deputados para ser transformada em lei. A tramitação permite alterações de texto, que serão votadas pelas comissões de análise do texto (ainda não está oficialmente criada a comissão mista de análise) e pelo plenário. Até agora, foram propostas uma emenda do deputado Carlos Batata (PSDB-PE), uma do deputado Luiz Piauhylino (PSDB-PE) e três do deputado Geraldo Magela (PT-DF). As emendas do deputado Magela propõem que a sede da Ancine seja em Brasília (e não no Rio, como prevê a MP), que as salas de exibição sejam
obrigadas a exibir curtas nacionais quando não estiverem exibindo longas brasileiros e que 15% da Condecine (a contribuição para o desenvolvimento da indústria cinematográfica) sejam destinados às atividades de fomento do Ministério da Cultura. A proposta do deputado Piauhylino revê a redação do artigo 39 da MP, que dá isenção da Condecine para casos em que a programação seja obrigatória. As cotas de tela tanto para as salas de exibição quanto para as locadoras de vídeo serão definidas por decreto. Mas o texto da MP não isenta as outras mídias. O texto da MP do cinema foi aprovado pela Presidência da República sem que diversos segmentos do mercado audiovisual nacional tivessem sido ouvidos. Eles agora querem debater com os parlamentares as implicações e o impacto que as medidas apressadamente aprovadas terão caso a redação final não leve em consideração as suas propostas.
( making of )
Lizandra de Almeida
Maridos irreais Com o sugestivo nome de “Maridos ideais”, o filme feito pela Movi & Art para o sabão em pó Ariel atinge em cheio as mulheres cujos maridos reais não estão nem aí para o trabalho doméstico. Depois de concluir que a mulher do filme é um desses casos, o locutor pergunta se o caso é de separação. Como ela (meio em dúvida) acha que não, o locutor sugere que ela use o sabão Ariel com “maridos ideais”. Assim que ela joga o sabão na água, entra a trilha musical. Ao som de “Macho men”, hit dos anos 70 do
grupo Village People, cada grão se transforma em um homenzinho, que nada em direção a uma rede de trama aberta. A rede, na verdade, é o tecido de uma camiseta, que os micro-homens têm de esfregar. São muitos, que vão esfregando com escovas e outros objetos. Antes escuros (representando uma mancha existente na camiseta) os cordões vão se tornando brancos. “Os maridos ideais têm um cinto de mil utilidades que inclui tudo o que é usado para lavar roupa além do sabão. Isso mostra
que não é preciso usar nada além do Ariel”, explica um dos criadores do filme, Eduardo Martins. “A camiseta também tem uma lista vermelha, para mostrar que o sabão preserva a cor”, completa. Os homenzinhos estão todos vestidos com um macacão branco, cheio de utensílios pendurados, e botas brancas de borracha. Um misto de frentista com açougueiro - todos são musculosos e bonitões. Segundo o diretor Ricardo Van Steen, muitos são mergulhadores e outros são lutadores que também têm bom desempenho aquático.
ficha técnica
E S T R U T U R A
F I R M E
As filmagens subaquáticas foram
muitas vezes ampliadas. Foi pre-
feitas em uma das piscinas do
ciso criar uma estrutura externa
complexo do Ibirapuera, em São
de aço e ferro para suportar as
Paulo. A piscina, usada para
duas toneladas de rede, criada em
saltos, tem cerca de oito metros
espuma e fio de náilon. “Recebe-
de profun-
mos quatro sug-
didade. Seu
estões e escol-
fundo foi
hemos esta, que
revestido
nos pareceu bem
com um teci-
real. Na verdade,
do azul para
são apenas ped-
esconder
aços de espuma
os azulejos
cortados com
e parecer o
estilete”, conta
interior da máquina de lavar.
Van Steen. Depois de submersa,
Além do tratamento visual, a
a trama se tornou ainda mais
piscina foi preparada para susten-
pesada. “O mais difícil foi manter
tar a imensa trama, que simula
as fibras esticadas, criar uma ten-
as fibras de algodão da camiseta
são”, explica o diretor.
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TELA VIVA outubro DE 2001
Cliente Procter & Gamble Produto sabão em pó Ariel Agência F/Nazca Dir. de Criação Fábio Fernandes Criação Fábio Fernandes e Eduardo Martins Produtora Movi & Art Direção Ricardo Van Steen Direção de Arte Marcos Sachs Fotografia André Motugno Montagem Umberto Martins Pós-produção Casablanca
Trilha Estúdio Tesis
S E M
S U J E I R A
Para filmar embaixo da água, foram
das com dezenas de layers
utilizados equipamentos especiais
adicionais. Bolhas, espuma,
que permitiam ao diretor estabel-
partículas em 3D e até
ecer alguma comunicação com os
mesmo a sujeira da camiseta
atores aquáticos. Apesar do uso de
foram criadas em computa-
alto-falantes, a comunicação ainda
ção gráfica para dar mais
foi bastante difícil. “Fora do País
realismo à idéia. “No planeja-
existem piscinas adaptadas como
mento, estávamos em dúvida
estúdio, nos quais é possível falar
se deveríamos filmar a trama
e ouvir. Fizemos as adaptações
suja e limpar na computação
possíveis para conseguirmos nos
ou o contrário. Decidimos
comunicar embaixo d’água. No fim,
filmar a trama limpa e sujar
sempre conseguimos fazer o que é
depois. Assim, conforme
pedido, mas com um pouco mais de
os homens iam limpando,
sofrimento”, diz Van Steen.
apagávamos o que nós mes-
As cenas filmadas foram planos mais
mos tínhamos criado”,
fechados, onde apareciam poucos
diz Bibinho. Até mesmo a sujeira
personagens. Os planos mais abertos
pesada que os homens removem -
foram compostos em computação grá-
parecendo verdadeiras cracas -
fica, pela equipe da Casablanca.
foi modelada em 3D.
“A filmagem concentrou-se em cada personagem, perto da trama, esfregando ou, no início, nadando em
PACIêNCIA HERÓICA
direção a ela. Depois colocamos todos
Outra dúvida que complicou o tra-
em que eles surgem”, explica.
eles na mesma cena, em planos mais
balho da equipe de computação
Como o dia estava muito nubla-
abertos”, explica Bibinho, que coord-
gráfica, foi a maneira como os
do e frio, as imagens também
enou o processo de finalização.
homenzinhos deveriam surgir.
tiveram de ser trabalhadas
As cenas ainda foram enriqueci-
A princípio, cada homem saía de
quanto à cor. “Telecinamos em
dentro de um floco de sabão em
vários tons para escolher qual o
pó. O resultado, porém, não agra-
mais próximo do desejado”, diz
dou. “Parecia que os
o finalizador. “Esse trabalho de
flocos eram pequenos
finalização foi heróico”, comenta
ovos”, conta Bibinho.
o diretor. “Além de gerar várias
“Mas depois chegou-se
imagens do zero e trabalhar
à conclusão de que os
com água, que é sempre muito
próprios flocos eram os
difícil, tivemos muitas alterações
homens, então tivemos
que foram feitas com a maior
de refazer toda a cena
paciência e qualidade”, conclui.
TELA VIVA outubro DE 2001
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Fotos: Gerson Gargalaka
F I G U R A Lizandra de Almeida
APRODUÇÃOZENDE LÍDIA PEREZ
Q
uem trabalha ao lado da produtora Lídia Perez não acredita. Como ela pode estar tão calma? Afinal, quem faz produção está sempre correndo, tem de resolver imprevistos de última hora e correr atrás daquele negócio fantástico para realizar a idéia brilhante que o diretor acabou de ter. Em produção, lidamos com muitas variáveis — prazo, orçamento, qualidade, necessidade de viabilizar o que foi pedido. Por isso, temos de tratar com um monte de fornecedores. Se estivermos estressados, passamos isso para os outros e aí não sai nada mesmo.
Lídia começou sua carreira de produtora na década de 80, na Miksom. No começo, nem imaginava ter uma atividade free lance e correr de um lado para o outro, como faz hoje. Suas atividades atuais vão da produção de eventos à redação de artigos para uma revista de música. Da organização de cerimoniais com o presidente da República à divulgação de eventos underground, como uma convenção de tatuagem. A faculdade não ensina
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você a se organizar para ter um trabalho que não seja um emprego. Estudei publicidade e sempre achei que fosse trabalhar num lugar só, registrada. Quando temos de encarar o mercado e viver a incerteza de ser frila, não tem a mínima idéia do que vai encontrar. A faculdade não ensina à pessoa que ela pode ter de administrar sua própria vida, sozinha. Um dentista precisa saber contabilidade e finanças para ter seu consultório, um médico também. A faculdade não oferece outra opção que não seja ser empregado.
Depois de quatro anos na área, veio o momento de ruptura que interrompeu os planos de praticamente todos os que trabalhavam em audiovisual. É até redundante falar do Plano Collor. A Miksom tinha uns 300
Lídia começou como funcionária. Em seu primeiro emprego, era produtora de audiovisual. Trabalhava com multivisão, aquele conjunto de projetores de slides que há pouco mais de dez anos era o auge da tecnologia e hoje parece ser absolutamente primitivo. Fazíamos
Diante da tragédia, Lídia mudou de lado. Como tinha feito pós-graduação em marketing, foi trabalhar no departamento de marketing da Dunkin’ Donuts.
apresentações nas quais era preciso sincronizar até 30 projetores. Não havia computação gráfica e toda a truca era feita no próprio slide, com recursos fotográficos. O vídeo tornou tudo mais fácil e rápido.
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funcionários registrados na época, nada era terceirizado. Então demitiram 80% do pessoal. O mercado simplesmente parou. Fiquei chocada, sem emprego, mas sabia que não tinha nada a ver comigo, pessoalmente. Estava todo mundo em um auditório, foi mesmo uma demissão coletiva.
Foi muito divertido virar cliente e ainda trabalhar com a DM9, quando o Nizan [Guanaes] estava no auge e criou uma campanha superpolêmica para a marca, gozando as dietas.
Outros quatro anos se passaram e então Lídia mudou novamente de área. Passou a trabalhar com
produção artística e de eventos, na produtora de Luís Schiavon (ex-RPM). Ao mesmo tempo em que produzia shows de Agnaldo Rayol, organizava conferências para grandes empresas. Essa incursão pelo mundo dos eventos trouxe a experiência que hoje permite que ela produza qualquer coisa. Em um evento, o produtor pode ter de fazer produção executiva de um vídeo, produção de objetos, pesquisa, contratar serviços de Internet ou multimídia e ainda integrar todas as outras partes: local, decoração, comida. A maior preocupação é que corra tudo bem. Quem vai assistir ao evento não sabe de toda a loucura que vai pelos bastidores. E nós temos de contornar todos os problemas. Se eu não mantiver a calma, não consigo achar a saída.
Mulher agenda — Lídia espe-
cializou-se em resolver problemas. E foi reunindo contatos e mais contatos em sua agenda. Tanto que hoje amigos a procuram para pedir dicas para as coisas mais prosaicas. O que para muita gente é complicado, para quem faz produção é fichinha. Então tem gente que me liga para saber se conheço alguém que pode ajudar a encontrar um apartamento. Aí eu indico um outro amigo, que tem uma imobiliária. Já tive um monte de clientes e outro tanto de fornecedores. E sempre fico amiga de todo mundo. Então sempre posso colocar pessoas com interesses comuns em contato. O que eu gosto mesmo é de ver as pessoas felizes. Se posso unir dois amigos e fazer os dois felizes, tem coisa melhor?
Mas a adaptação a essa vida louca, sem horário, não foi tão simples. Essa vida de frila tem vantagens e desvantagens. Demorei para me encaixar, porque é difícil não saber se vai dar para pagar as contas. Mas hoje estou realizada assim. Às vezes tenho um
dia livre e posso almoçar com uma amiga, passar a tarde visitando uma exposição. Depois, trabalho uma semana inteira quase sem dormir. É muito diferente de bater o cartão.
Na maioria das vezes, a verba é mesmo curta. As pessoas acumulam funções, desdobram-se e conseguem cumprir a gincana.
Esse novo estilo de vida bateu à sua porta depois que saiu da produtora de Schiavon. Ele perdeu o
Falando esperanto — Mas
maior cliente e eu ganhava um fixo pequeno e comissão. Com isso, os rendimentos caíram muito. Até que alguém me chamou para fazer um frila e abri o jogo. Ele foi muito legal e me incentivou, dizendo que eu poderia voltar depois. Cheguei a receber algumas outras propostas de trabalho, mas sempre ruins. Comecei então a avisar as pessoas com quem tinha trabalhado, onde já tinha sido funcionária. E fui conseguindo meu espaço. Até que voltei inclusive para a Miksom.
Sua primeira experiência de volta à nova casa foi na produção de um evento para a Microsoft. Talvez por seus conhecimentos de marketing,
qualquer que seja o tipo de trabalho, o produtor tem de lidar com pessoas muito diferentes e materiais os mais diversos. A cada dia, há um novo aprendizado. O trabalho tem de ser bom o dia inteiro. Não consigo nem imaginar trabalhar com stress a semana inteira para me divertir só no fim de semana. E para isso você tem de tratar todo mundo bem, porque cada um é importante para o resultado final. Não adianta tratar bem quem tem poder porque se o eletricista for maltratado e fizer a instalação errada, o todo fica comprometido. Se você gritar com o boy, ele vai fazer corpo mole e não vai chegar a tempo.
A parte humana do trabalho também inclui falar a língua de todos os envolvidos. O produtor também tem de ser intérprete. Temos de entender a língua de cada profissional. O carregador fala uma língua, o marceneiro outra. Um dia você descobre que os pregos são vendidos por quilo. No outro, que a madeira do cenário tem de ser sempre do mesmo lote — senão, absorve a tinta de um jeito diferente e cada parte fica de uma cor.
Lídia conseguiu combinar interesses e produzir todos os objetos imaginados pela criação. O evento teria uma exposição de vários objetos exclusivos. Uma jóia, um carro, uma guitarra. Consegui todos eles, sem custo, porque mostrei que o público do evento era importante para quem estava emprestando os produtos. Às vezes trabalhamos justamente com o público que a empresa visa, mas que não sabe como conquistar. Para mim, ser criativo é isso: viabilizar sem grana.
E no meio de tanto trabalho, o produtor ainda tem de administrar a vida pessoal. Mas Lídia tira de letra. A vida da gente é uma produção constante. Fui casada durante dez anos com um fotógrafo. Quando nos separamos, pensei que nunca mais ia conseguir arrumar um namorado. Quem ia querer uma louca que passava uma semana no pé, carente, e depois viajava 15 dias e falava: Te ligo na volta? Não é todo mundo que entende que seu trabalho exige ir a festas, varar a noite. A vida é muito complicada.
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computação
gr á fica
Letícia de Castro
KAYA: A CANTORA VIRTUAL A primeira cantora virtual brasileira nasceu como hobby e já começa a receber propostas de emprego. O Maya foi o software de computação gráfica que gerou a modelo, que por enquanto, é apenas um rosto na
Em meados de 99, Alceu Baptistão, sócio da produtora Vetor Zero, começou a criar uma cantora virtual. A proliferação de modelos virtuais na Internet foi uma espécie de incentivo para o publicitário. “Eu queria fazer algo diferente, que se aproximasse mais da realidade, que atraísse os homens por sua semelhança com as mulheres comuns”, comenta Baptistão. Na idéia inicial do publicitário, a cantora virtual ganharia vida ao lançar um disco. Familiarizado com a tecnologia a partir de seus trabalhos em efeitos especiais, o diretor valeu-se exclusivamente do software Maya para dar origem à sua personagem. Não foi feito nenhum desenho preliminar para chegar às feições, apenas o computador. “O
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trabalho foi muito mais um desafio artístico do que tecnológico”, conta o diretor geral de efeitos. Desde 99, sempre que tinha alguma brecha nas atividades da produtora, Baptistão corria para o computador e se dedicava às feições de Kaya (leia box). Como se tratava mais de um hobby que qualquer outra coisa, os trabalhos não obedeciam a uma rotina programada. “Às vezes eu ficava uma semana trabalhando pelo menos uma hora por dia nela, e depois passava meses sem tocar”, admite. Foi apenas em junho e julho deste ano que Kaya começou a ganhar atenção especial. Motivado por colegas da produtora que acompanharam todo o processo de criação, Baptistão decidiu inscrever sua cantora virtual em um concurso de stills (imagens estáticas de computação gráfica) da revista americana IC3D, especializada no software Maya. Passou a trabalhar diariamente no projeto e lançou até um site com uma animação da cantora (www.vetorzero.com/kaya). A resposta foi quase imediata. Os sites especializados em animação www.cgchannel.com e www. highend3d.com colocaram links em suas homepages para o endereço de Kaya. “Comecei a receber muitos
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e-mails elogiando o trabalho.” Ainda em agosto, pouco tempo depois de o site estar no ar, Baptistão venceu o concurso da revista IC3D. Foi então que começaram algumas sondagens de trabalho para a recémnascida cantora virtual de 21 anos. O representante da Vetor Zero em Nova York recebeu telefonemas de revistas, produtoras de comerciais e até agências de propaganda interessadas em contratar os serviços de Kaya para uma campanha. P ERS O NA L I D A D E Ao contrário de algumas outras modelos virtuais, Kaya não tem uma história de vida. Ela nasce no momento em que é esculpida nas telas de computador, já com 21 anos. Mas personalidade o criador garante que ela tem. “É bemhumorada, encantadora, graciosa. Prefere as coisas simples à sofisticação, mas pode ser agressiva se precisar”, alerta Baptistão. Apesar do sex appeal, ele garante que Kaya
N達o disponivel
C O M P U T A Ç Ã O
G R á F I C A
na Internet. Todas ‘barbies’, sem nenhuma semelhança com o real.” Por isso, ao contrário da simetria que a tecnologia propicia, Kaya tem uma série de imperfeições, que costumam deixar até mesmo algumas mulheres de carne e osso ávidas por cosméticos e corretivos. Bocas grandes, lábios grossos, Apenas um dos contatos resultou dentes grandes e proeminentes, em uma negociação efetiva, embora sardas, olhos afastados, pouco promissora. Mesmo assim, foi sobrancelhas grossas e a pele interrompido com a série de atentados brilhante e oleosa são algumas terroristas aos Estados Unidos no dia 11 das características que dão o grande de setembro. diferencial de Kaya: a proximidade Agora, Kaya vai ter de esperar até com real. ter suas atividades retomadas. “Vou Chegar a esse rosto harmonioso e voltar ao ritmo normal de trabalho e imperfeito foi a tarefa mais árdua deixar a Kaya para as brechas entre os do trabalho. Partindo da modelo compromissos”, afirma Baptistão, que dos anos 60 Barbie Benton como ainda não criou o corpo da cantora. inspiração, Baptistão também buscou Os investimentos na conclusão da referências em outras personalidades cantora virtual, no entanto, podem ser e até em colegas de trabalho. A intensificados caso apareça algum cliente boca saiu da cantora Carly Simon e interessado em contratá-la. Aí, ela passa a os olhos são de uma funcionária da ser prioridade. Os trabalhos, no entanto, terão certos critérios. “Quem quiser usar a Kaya em alguma campanha terá de ser do jeito que ela é, não vou mudar nada”, avisa o criador.
realidade Na opinião de Alceu Baptistão, o grande diferencial de sua criação é a proposta de um trabalho realista. “Há centenas de modelos virtuais
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própria Vetor Zero. “O rosto da Kaya é fruto de uma série de tentativas e erros. Eu não sabia exatamente o que queria quando comecei, fui experimentando as possibilidades”, conta Baptistão. Pronta a escultura do rosto, o trabalho com texturas e luz para colorir as feições da modelo foi o mais trabalhoso. Nessa hora, o Photoshop foi imprescindível. “Foram necessários alguns truques, mas nenhum retoque foi feito”, confessa. A única parte do rosto da personagem que não foi criada originalmente na escultura digital é a dentadura. Baptistão usou um modelo pronto, que a Vetor Zero havia comprado para outro trabalho, um comercial de pasta de dente. A complexidade de fazer o cabelo próximo à realidade fez o autor optar por uma boina, que foi desenvolvida por Karla Ornellas, para disfarçar a ausência de cabelos. No futuro, ele pretende se dedicar a criação dos fios de cabelo, por mais que simpatize com a boina.
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l e gi s l a ção a udiovi s u a l
frança Emissoras de TV e taxas sobre o mercado sustentam
Paulo Boccato
audiovisual francês.
Um amplo mecanismo de apoio estatal, vinculado à intensa participação das emissoras de TV e de taxações sobre a própria atividade, explica a vitalidade do setor audiovisual francês. A França é o maior produtor em número de filmes de longametragem da Europa e o sétimo país do mundo neste quesito - perde, nesta ordem, para Índia, China/Hong-Kong, Filipinas, Estados Unidos, Japão e Tailândia. A França é pioneira na questão da proteção do estado à atividade. As primeiras discussões sobre o assunto começaram já nos anos 30, tomando corpo imediatamente após a Segunda Guerra, durante o governo
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de Charles De Gaulle, que criou, em 1946, o Centro Nacional de Cinematografia (CNC), instituição sem similares no mundo que persiste até hoje como o pilar central da indústria audiovisual francesa. Inicialmente concebido para a regulamentação econômica, o CNC evoluiu, nos anos 50, para um órgão cuja missão é desenvolver toda a política industrial do setor. Já em 1948, foi instaurado um mecanismo que constitui a base do sistema hoje vigente: uma taxa sobre a venda de ingressos que reverte para um fundo voltado ao apoio à produção. No ano seguinte, foi criado um fundo para difusão internacional das obras
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cinematográficas do país, base da distribuidora Unifrance. Em 1959, o sistema ganhou um mecanismo automático de apoio estatal ao desenvolvimento da indústria. Nos anos 60, a dimensão cultural da atividade ganhou corpo, com incentivos às primeiras obras e aportes para a preservação do patrimônio. A concorrência da televisão gerou um princípio de crise no setor nos anos 70, levando os franceses a perceber que, sem a parceria das emissoras de TV, a atividade cinematográfica poderia naufragar. A questão foi resolvida nos anos 80, durante o governo de François Mitterand, quando as emissoras passaram a ser
obrigadas a investir na produção de filmes, além de terem seu faturamento taxado em benefício do desenvolvimento do setor. Em 1999, o sistema foi aprimorado pela redefinição do conceito de “produtor delegado”, única figura jurídica passível de ter acesso aos apoios financeiros. Essa figura passou a ser, obrigatoriamente, uma companhia produtora - antes, podia ser também uma pessoa física -, numa forma de garantir o desenvolvimento do lado empresarial da atividade.
mercado interno O mercado de salas do país é um dos mais prósperos do mundo. Com 60 milhões de habitantes, a França teve 166 milhões de espectadores nos cinemas em 2000, com arrecadação total de cerca de US$ 823 milhões. Os 145 filmes franceses exibidos no ano (produzidos a um custo médio de US$ 4,3 milhões), abocanharam US$ 235 milhões, ou 28,5% do mercado. O campeão de bilheteria do ano foi um filme francês - “Taxi 2”, de Gérard Krawczyk, fez 10,2 milhões de espectadores (o segundo maior
público para filmes nacionais na década, só perdendo para “Les visiteurs”, de Jean-Marie Poiré, que, em 1993, levou 13,8 milhões de pessoas às salas de cinema do país) - e dois outros ocuparam as dez primeiras posições do ranking. No ano anterior, a França também ocupou o topo da bilheteria, com os 8,9 milhões de espectadores que assistiram a “Astérix & Obélix contre César”, de Claude Zidi, e teve um
O mercado de salas na França é um dos mais prósperos do mundo. Com 60 milhões de habitantes, o país teve 166 milhões de espectadores nos cinemas em 2000. share ainda maior (32,4%). Somadas as arrecadações em exibições no exterior (os filmes franceses só perdem, no mercado europeu, para o cinema dos Estados Unidos, embora tenham uma participação relativamente pequena no resto do mundo) e as vendas para os mercados de TV e vídeo, pode-se dizer que a atividade cinematográfica no país é, em geral, lucrativa. Estima-se
que um em cada cinco filmes franceses dê lucro, uma boa média para uma atividade conhecida pelo seu alto risco. Em 2000, foram gastos US$ 740 milhões na produção de longas-metragens na França. A origem desses recursos ajuda a compreender o funcionamento do sistema audiovisual do país. As produtoras francesas entraram com 31,9% desse montante (cerca de US$ 236 milhões). Muitos desses recursos são provenientes de créditos bancários. A França conta com um interessante facilitador para a busca desses créditos, o IFCIC (Instituto de Financiamento do Cinema e das Indústrias Culturais), criado em 1983 para fazer a ponte entre o CNC e o sistema bancário. O instituto avaliza até 50% das operações de empréstimo para o setor. Como só desembolsa recursos quando todos os outros meios de quitar um determinado empréstimo estão esgotados, tem uma capacidade de aval de até 30 vezes o valor disponível em seu fundo de garantia. O IFCIC, na verdade, é uma empresa de crédito estabelecida de acordo com as normas bancárias. Entre seus acionistas, estão o próprio estado e diversos bancos franceses. Outra parte dos recursos para
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a produção de longas vem de mecanismos alheios ao sistema de apoio estatal: 5,5% (cerca de US$ 41 milhões) são recursos colocados por empresas distribuidoras do país e 6,5% (US$ 48 milhões) são aportes de produtores estrangeiros, a co-produção internacional é comum entre países europeus, sendo que, dos quatro principais parceiros estrangeiros da França na produção de longas, três são da Europa (Itália, Bélgica e Alemanha) e o outro é o Canadá.
cinema e tv As emissoras de TV são parte fundamental do sistema. Em 2000, investiram cerca de US$ 231 milhões (31,2% do total gasto com longas) em pré-compras de projetos e mais US$ 67 milhões (9%) em coproduções, num total de US$ 298 milhões. São, assim, diretamente responsáveis pelo financiamento de mais de 40% dos recursos gastos em longas-metragens no país. Indiretamente, a conta sobe ainda mais, pois cerca de 70% do orçamento do CNC vem de taxações sobre o faturamento publicitário das emissoras. O sistema criado busca a simbiose entre os dois segmentos: as emissoras participam nos lucros dos filmes, ganham audiência com a exibição dos mesmos (filmes franceses são comuns na grade de programação) e ainda são beneficiadas pelo COSIP (Fundo de Apoio à Indústria de Programas) que, gerido pelo CNC, financia diretamente a realização de telefilmes, documentários, animações, programas de TV e videoclipes. O Canal + é, de longe, o mais importante parceiro do cinema: em 2000, participou de 115 filmes, investindo US$ 134 milhões. Em seguida, vêm os canais estatais TF1 (20 filmes, US$ 33 milhões), France
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frança 2 (33 filmes, US$ 22 milhões), France 3 (16 filmes, US$ 12 milhões), Arte (22 filmes, US$ 6,5 milhões) e M6 (9 filmes, US$ 5,2 milhões), além do canal por satélite TPS (19 filmes, US$ 16 milhões). Claro, há filmes que contam com a participação de mais de uma emissora. O capital privado também participa ativamente do financiamento à atividade, através dos SOFICAs (Companhias de Financiamento para a Indústria de Filme e TV), fundos de investimento criados em 1985. Esses fundos são carteiras de filmes (onde, obrigatoriamente, um mínimo de 35% dos projetos deve ser de produtores independentes) cujas ações podem ser compradas por pessoas físicas ou jurídicas. Os investidores que mantiverem a posse das ações por um período mínimo de oito anos passam a gozar de benefícios fiscais; além disso, participam dos lucros dos filmes da carteira. Em 2000, 5,7% dos recursos gastos para a produção de longas veio dos SOFICAs, num total de aproximadamente US$ 42 milhões.
apoios diretos O sistema não estaria completo sem o apoio estatal direto à atividade, todo operacionalizado a partir do Centro Nacional de Cinematografia. O orçamento do CNC em 2000 foi de cerca de US$ 342 milhões. O dinheiro vem de taxas sobre o faturamento das emissoras, a venda de ingressos em salas de cinema e os negócios do mercado de homevideo; de subvenções do estado; dos resultados comerciais dos projetos em que o órgão participa; de taxas para a emissão de certificados de obra cinematográfica (sem os quais os filmes não podem ser exibidos no país), entre outras fontes. São aplicados em vários níveis: apoio a projetos de curtas, documentários, programas de TV, vídeo e multimídia; desenvolvimento de roteiros; avanços para opção
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de compra de direitos e custos de equipe em fase de preparação de filmes; subsídios para o uso de novas tecnologias na produção de filmes e para a composição de trilhas sonoras originais; prêmios; apoios para distribuição, difusão em mercados externos, renovação e construção de salas, aquisição e modernização de equipamentos por empresas de infra-estrutura; ensino, pesquisa e preservação do patrimônio. São, principalmente, aplicados diretamente na produção de longas, em forma de apoio automático (foram US$ 49 milhões investidos nessa modalidade em 2000 - 6,6% do total investido em longas no país) ou seletivo (US$ 27 milhões em 2000, ou 3,6% do total). O apoio automático tem seu valor calculado com base nos resultados comerciais de um “projeto de referência” (normalmente, o filme anterior da produtora) no box office, na TV e
no mercado de vídeo. A empresa pleiteante tem direito a uma porcentagem do valor resultante que varia conforme o número de pontos conseguido pelo projeto
O CNC distribui seu orçamento na forma de apoio automático, calculado com base nos resultados do último filme da produtora, ou seletivo, que deve ser reembolsado. num sistema de pontuação que leva em conta aspectos técnicos, artísticos e financeiros (com pelo menos 80 pontos, num total de 100, já leva 100% dos recursos a que tem direito, que não podem exceder, entretanto, 50% do orçamento total do filme). A soma é depositada numa conta em nome da produtora, administrada pelo
frança CNC e o produtor tem um prazo máximo de cinco anos para investila em um novo filme. Se o filme for inteiramente ou quase inteiramente falado em francês, a soma é acrescida de mais 25%. Além disso, cresce mais 1% para cada dia de filmagem em estúdio realizada no país (até um determinado limite). O apoio automático é dado a fundo perdido. Mas o produtor pode ter de devolver todos ou parte dos recursos se esses não forem devidamente aplicados segundo apreciação da Direção Geral do CNC. O apoio seletivo funciona como um empréstimo, tendo de ser reembolsado, no todo ou em parte, conforme o caso. Pode ser pedido antes do início das filmagens ou após a conclusão do filme. Nesse caso, o produtor precisa ter em mãos um contrato de distribuição. Vários mecanismos de apoios regionais completam a gama de opções de recursos públicos para a produção de um filme.
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15 a 26 Curso: “Treinamento de Locução para TV”. Centro de Comunicação e Artes do Senac - SP, São Paulo, SP. Fone: (11) 3872-6722.
15 a 27/11 “Oficina de Roteiro para Documentários”. Centro de Comunicação e Artes do Senac - SP, São Paulo, SP. Fone: (11) 3872-6722.
15 a 01/11 Curso: “Produção para TV e Vídeo”. Centro de Comunicação e Artes do Senac - SP, São Paulo, SP. Fone: (11) 3872-6722.
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19 a 01/11 Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. São Paulo - SP. Fone: (11) ) 3141-2548 / 3141 1068 / 3141-0413. Fax: (11) 3266-7066. E-mail: info@mostra.org. Internet: www.mostra.org.
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