TV Tem investe em marca única para atender mercado local
Nova rede quer espalhar o cinema digital pelo País
Mudanças na legislação de comunicação ficam para daqui a dois anos
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ano12nº129julho2003
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editorial
A partir desta edição de TELA VIVA, com o apoio das produtoras, emissoras de TV, entidades organizadas do setor e fornecedores de equipamentos, daremos início a uma campanha pública pela redução da carga tributária sobre os equipamentos de produção e pelo fim do contrabando. Entendemos que a atividade audiovisual, seja em cinema, publicidade ou televisão, tem um caráter fundamental para a formação cultural do País, bem como
rubensglasberg
para a educação, informação e integração nacionais. Mais que isso, é grande
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fomentadora de emprego e renda, além de potencial geradora de divisas internacionais, pela exportação tanto de serviços quanto de conteúdos acabados, sem mencionar a importância da difusão da cultura brasileira no exterior. No entanto, boa parte dos insumos para esta atividade que se pretende industrial, mesmo não tendo similares nacionais, são onerados com uma carga tributária violenta, que prejudica a competição interna, o aumento nos investimentos e a democratização dos meios de produção. A importação de equipamentos de áudio e vídeo, bem como de acessórios, iluminação etc., sofre uma enxurrada de impostos em cascata, além dos custos de transporte e seguro, que podem aumentar em até 70% o valor de um bem, sem falar na conversão cambial. Peguemos um exemplo hipotético: um determinado equipamento de vídeo que custe US$ 100 mil no exterior (preço FOB) chegará ao País por US$ 110 mil, aproximadamente, após pagamento de frete, seguro e outras despesas. Sobre este valor incide o Imposto de Importação (cerca de 13,9%). Em cima do novo valor, paga-se IPI (14%). Ao total, soma-se o ICMS, que no caso do Rio de Janeiro, por exemplo, chega a 18% mais 1% para o Fome Zero. Arredondando, o equipamento chega ao usuário por nada menos que US$ 170 mil. O resultado: muitas produtoras e até emissoras acabam apelando para o contrabando, que não oferece garantias, seguro, assistência técnica ou suporte, além de não poder ser financiado ou adquirido na forma de leasing. Sem mencionar as questões éticas e o risco de quem comete uma contravenção. TELA VIVA quer ajudar a mudar este quadro. Com uma tributação mais justa, as perdas para os estados e a União seriam mínimas, pois o contrabando não paga impostos, os volumes destas importações são irrelevantes na balança comercial brasileira, e seriam amplamente compensadas pela geração de renda, emprego e divisas proporcionados pela atividade audiovisual. E no final sairemos com uma indústria de conteúdo nacional mais madura, sadia, profissional e transparente.
Diretor e Editor Rubens Glasberg Diretor Editorial André Mermelstein Diretor Editorial Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski Gerente de Marketing Mariane Ewbank Administração Vilma Pereira (Gerente), Gilberto Taques (Assistente Financeiro)
Editora de Projetos Especiais Sandra Regina da Silva Redação Lizandra de Almeida (Colaboradora) Sucursal Brasília Carlos Eduardo Zanatta (Chefe da Sucursal), Raquel Ramos (Repórter)
Arte Claudia G.I.P. (Edição de arte e Projeto gráfico), Douglas Turri (Assistente e Ilustração de Capa), Rubens Jardim (Produção gráfica), Geraldo José Nogueira (Editoração eletrônica) Departamento Comercial Almir Lopes (Gerente), Alexandre Gerdelmann e Cristiane Perondi (Contatos), Ivaneti Longo (Assistente)
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zona Norte A Tec Cine produziu o comercial do dia dos namorados para o Norte Shopping, dando continuidade à campanha de valorização da Zona Norte carioca, criada pela Resende & Resende. A protagonista foi a atriz Flávia Alessandra, que morou na Tiju ca. Dirigida por Ronaldo Uzeda, ela gravou o comercial em frente à fachada, na Praça Xavier de Brito, do lado de fora do Maraca nã e dentro do próprio shopping. A criação é de Sérgio Resende, que também assina a direção de criação. O filme foi telecinado e finalizado na Link Digital. Ronaldo Uzeda e Flávia Alessandra
Inverno com cappuccino O primeiro filme da campanha do cappuccino Três Corações, “Convi te”, foi dirigido por Claudio Borrel li, da Companhia de Cinema, com cenas que mostram um homem inábil, num bar, tentando seduzir várias mulheres com convites inde corosos. Até que, num lampejo, ele convida uma delas para um cappuccino e o convite é pronta mente aceito. A estratégia da campanha, criada pela Fallon PMA, é aproveitar a che gada do inverno, período em que cresce consideravelmente a deman da do produto.
Cultura japonesa
Off road
A Radar TV começa a gravar no segun do semestre uma nova série sobre gas tronomia. Trata-se do especial “Raízes Fortes: uma viagem com Jun Sakamo to”. A série irá ao ar ainda este ano no canal de TV por assinatura GNT. Serão seis episódios inéditos com 25 minutos de duração cada, que misturarão o requinte da culinária japonesa com a cultura, hábi tos e peculiaridades do Japão. Com direção de Gil Ribeiro, fotografia de Cristian Lesage e direção de arte de Ricardo Van Steen, a série será apresen tada pelo mestre da culinária japonesa Jun Sakamoto. O documentário terá também imagens de importantes cida des do mundo gastronômico, como Los Angeles, Barcelona e São Paulo.
A Lowe foi a responsável pela criação da campanha de lan çamento do Xterra, veículo produzido pela Nissan do Brasil. A montadora está investindo R$ 7 milhões na publicidade do novo veículo, R$ 2 milhões só para o varejo. A campanha estréia no próxi mo dia 15 nas redes Globo, SBT, Record e Bandeirantes. Todo o conceito da campa nha foi desenvolvido a partir da idéia de que o modelo utilitário esportivo é destina do a pessoas ousadas, com estilo de vida outdoor, que gostam de viver intensamen te junto à natureza. O filme foi produzido pela O2 Filmes com direção de Renato Rossi e direção de fotografia de André Modugno.
Dez anos A Casablanca comemorou em junho dez anos com a festa “Cannes Predictions”. Com decoração inspirada na década de 50, o evento con tou ainda com outra atração: o cantor Supla cantando “As Time Goes By”, acompanhado por uma big band.
tela viva julho de 2003
Rap jovem Produzido pela Academia de Fil mes, o comercial para o dia dos namorados da Vivo mostrou jovens em belas locações com muita música - na voz do rapper Gabriel, o Pen sador. A peça tem linguagem de videoclipe e foi dirigida por Hugo Prata, com trilha sonora de Julia Petit. A criação é da agência DPZ.
Fotos: Divulgação
Eventos high-tech Uma nova empresa de eventos come çou a atuar em São Paulo em junho, a CorpE Eventos Corporativos. Sociedade de Celso Antunes, da área de criação, e Eliana Santa Rita, do atendimento, que vêm da AV Produções, a empresa contou com investimento inicial de R$ 2 milhões, e pretende se destacar na produção de even tos que envolvam todos os tipos de mídias, incluindo projeção, iluminação, sonoplas tia e interatividade. “Estamos pesquisando todos os tipos de fornecedores e tentan do estabelecer parcerias sólidas com os melhores do mercado”, explica Celso. A empresa conta com 12 funcionários fixos, e expectativa de faturamento de R$ 3,5 milhões. O andamento dos trabalhos poderá ser acompanhado pelos clientes diretamente no site da empresa, em área restrita com senha. Os dois sócios são parceiros de longa data. Trabalham juntos desde 1997, tendo se conhecido na Miksom. Mais tarde foram para a AV Produções. Em ambas as produtoras, desenvolve ram trabalhos para grandes indústrias de segmentos como automóveis, alimen tos, bebidas, tecnologia, tele comunicações e outros.
Nação Zumbi A Dínamo Filmes é a responsável pela produção do novo videoclipe da banda Nação Zumbi, com a música “Blunt of Judah”. O vídeo estreou dia 23 de junho na MTV e é inspirado em “Rockers”, filme jamaicano da década de 70 e nas produ ções dos diretores David Lynch e Spike Lee. O clipe é um dos indicados ao VMB — Video Music Brasil 2003, o qual concor re nas categorias “edição de videoclipe”, “direção de arte em videoclipe” e “video clipe de rock”. Filmado em Recife e em São Paulo duran te o mês de maio, o vídeo foi dirigido por Ricardo Carelli, diretor de arte e anima ção da Dínamo Filmes. A co-direção é de Edu Cama e a direção de fotografia é de Carlos Zalasik.
Celso Antunes e Eliana Santa Rita
Biodiversidade em documentário
Apoio holandês Cinco projetos cinematográficos brasileiros foram selecionados pelo Hubert Bals Fund, fundo holandês de fomento ao cinema liga do ao Festival de Roterdã. Anualmente, o fundo seleciona projetos que recebem apoio em dinheiro e este ano, entre os 30 esco lhidos, estão: “Dead Girl’s Party”, do ator Matheus Nachtergaele; “Fim da Linha”, do diretor gaúcho Gustavo Steinberg; e “Miguilim”, da videomaker carioca radicada na França Sandra Kogut, premiados com o incentivo ao desenvolvimento de roteiro e projeto. “Nina”, de Heitor Dhalia, em fase de finalização pela produtora Gullane Filmes, recebeu o prêmio de pós-produção; e “33”, do diretor e antropólogo Kiko Goifman, obte ve incentivo em distribuição.
A GW Comunicação, produtora com sedes em São Paulo, Brasília e Curitiba, foi anunciada vencedora do 1º Concurso Biodiversidade Brasil Documentário, promovido pela TV Cultura e Natura Cosmé ticos. Concorrendo com outros 153 projetos, a GW apresentou o projeto “Bioconexão — A Vida em Fragmentos”, que será gravado em cinco estados. O documentário terá direção musical de Nelson Ayres, direção de arte de Guto Lacaz e narração de Paulo Goulart. A previsão é a de que o programa seja exibido em Cinema e tecnologia dezembro. A ASC, associação que reúne os direto res de fotografia para cinema nos EUA, está preparando uma série de recomendações sobre o uso de tecnologias emergentes relacionadas à cinematografia. A iniciativa visa estabelecer padrões para os profissionais de cinema e conta com um fórum de discussões onde alguns nomes da indústria cinematográfica debatem sobre a convergência de filme e tecnologias digitais. As recomendações da associação devem partir destes diálogos. Entre os temas abordados nas recomendações estão a evolução das câmeras de pelícu la e digitais, intermediação digital e tecnologias para cinema digital.
Palavras ao vento Discagem à distância
Premiado como destaque de expressão poética na últi ma edição do Festival de Cinema Universitário de Nite A Telemar está veiculando uma campanha para estimular o rói, de 28 de maio a 8 junho, o curta “História Alegre”, uso do 31 nas ligações de longa distância agora pelo celular. de Claudia Pucci, é uma adaptação de conto homônimo Para isso, conta com o humor e a imagem irreverente do ator do escritor russo Anton Tchekov. O desafio do filme Pedro Cardoso. São dois — realizado como trabalho de conclusão de curso da filmes, criados por Erfilio ECA-USP — foi, nas palavras da diretora, “dizer o indizí Tranjan, André Havt e vel”. No conto, o casal de protagonistas desce uma mon Renata Giese, da Next, tanha em um trenó, na neve. Durante a descida, a garota e dirigidos por Paula Tra tem a impressão de ouvir o rapaz dizer “eu te amo”. bulsi, da JX Plural. A dúvida permanece no curta, que transfere a ação da Rússia nevada para uma ladeira, e o trenó para um carrinho de rolimã. “Tentamos contar a história apenas através das imagens e da edição de som, sem deixar tudo explícito”, afirma Claudia. Para chegar ao resulta do, passaram-se anos desde a filmagem, concretizada em 98. “Já que não conseguimos concluir Advertainment latino-americano rápido, resolvi que tinha de sair o melhor pos sível.” O curta agora deve percorrer os princi Seguindo a linha do advertainment — que une publicidade e entreteni pais festivais brasileiros. mento —, a Synapsys International fechou contrato com a Whirlpool para produzir programas com as marcas Brastemp e Consul. O projeto deve abranger toda a América Latina, com ações simultâneas em TV a cabo e satélite, redes de TV locais e regionais, Internet e pontos-devenda. O lançamento das ações está previsto para agosto.
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Preocupação com Globopar [26/06]
Florisbal ainda é o princi pal executivo [30/06]
expectativa era de que o martelo fosse bati do em favor do MinC.
A leitura dos balanços da Globopar e da TV Globo referentes a 2002 mostra alguns deta lhes da complicada situação financeira por que passa o principal grupo de mídia brasilei ro. Não se trata apenas da dívida contratada ou garantida diretamente pela Globopar ou pela TV Globo (que totalizou US$ 1,35 bilhão em 2002) ou o prejuízo acumulado no grupo que chegou a R$ 5,7 bilhões no ano passado (por conta de todo o custo da desvalorização cambial de 2002). A preocupação maior mani festada pelos auditores da Globopar é com relação à sobrevivência do grupo. Ao que parece, as situações financeiras da Globopar e de suas subsidiárias não trazem confiança aos auditores de que as operações serão mantidas. Sobre a TV Globo, que garantia R$ 4,9 bilhões das dívidas da Globopar no final de 2002, segundo o balanço, a previsão dos auditores é também negativa. Eles não acredi tam que a TV tenha condições de bancar as dívidas da Globopar e mesmo assim manter suas operações. Outra preocupação manifestada por audi tores que analisaram os números da Globo par é com relação à Net Brasil. Segundo um parecer citado no balanço cuja autoria não é revelada, o problema da Net Brasil está em algumas pendências e na dificuldade de alguns de seus clientes em quitar as dívidas existentes (o relatório fala nominalmente da Net Serviços, cuja pendência chegaria a R$ 113 milhões em 19 de março). Vale lembrar que todos os dados do relató rio financeiro da Globopar são de 2002. De lá para cá, a holding entrou em processo de renegociação de suas dívidas, e busca jus tamente mais prazo para o cumprimento de obrigações. Os balanços de 2002 não fazem referência a que tipo de proposta foi feita aos credores. Dizem apenas que a renegociação deve ser concluída ainda em 2003, mas não se comprometem com datas mais precisas. A Net Serviços também está em processo de renegociação de sua dívida.
Segundo fonte altamente graduada do grupo Globo, Marluce Dias da Silva não cuidará do processo de reestruturação da dívida do grupo, tampouco reassumirá o cargo de dire tora geral das organizações. Para este ano e para o próximo, a executiva, que prossegue em tratamento contra o câncer, será asses sora de Roberto Irineu Marinho. O principal executivo operacional do grupo é, e conti nuará sendo em 2004, Octávio Florisbal, explica a fonte. O principal ponto estratégico agora é o equacionamento da dívida da Globopar com seus credores internacionais, uma dívi da de US$ 1,35 bilhão, da qual a TV Globo é a principal fiadora. Assim, a Globo terá de se empenhar para explicar a esses credo res que as crescentes margens de lucro da TV, resultantes dos fortes ajustes de custos somados a uma agressiva política comer cial, permitem pagar sem problemas os juros da dívida. Portanto, se essa dívida for alongada, a Globo terá condições de pagar também o principal, por meio de um IPO (lançamento de ações), assim que o mercado mundial de bolsas con seguir se recuperar. Comenta-se no merca do que a proposta envolva uma carência de dois anos para começar a pagar a dívida e dez anos de alongamento nos prazos. A difi culdade, segundo os mesmos comentários, está principalmente no grande número (e diferentes perfis) de debenturistas.
R$ 9 milhões
Futuro da Ancine
[12/06]
Em reunião realizada entre os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Cultura (MinC) e Casa Civil para deci dir o futuro da Ancine, chegou-se a apenas uma conclusão: a palavra final será do pre sidente Lula. A surpresa foi a manifestação do ministro do Desenvolvimento no sentido de que há entidades do cinema que desejam que a Ancine fique sob o MDIC. Até então a
[11/06]
As programadoras estrangeiras de TV por assinatura já têm depositados, nas contas referentes aos 3% sobre as remessas ao exterior, R$ 9 milhões. Estes recursos ficam depositados em contas em nome das empre sas, mas supervisionadas pela Ancine. Cabe à agência a liberação dos recursos para pro jetos de co-produção, o que pressupõe apro vação prévia.
Economia
[12/06]
A Portaria 493/03 da Casa Civil estabeleceu uma série de limites aos gastos de recursos provenientes de dotações orçamentárias dos órgãos ligados ao gabinete de José Dirceu. Com a medida, a Ancine terá um novo limite de uso de suas dotações orçamentárias esse ano. Segundo as tabelas anexas à portaria, a Ancine poderá movimentar ou empenhar apenas R$ 16,13 milhões de sua dotação orçamentária em 2003. O previsto em lei era R$ 53,8 milhões.
Projeto Jandira
[26/06]
Foi rejeitada a redação final do projeto 256/91, de autoria da deputada Jandira Feg hali (PCdoB/RJ), que trata da regulamenta ção do artigo 221 da Constituição e estabe lece critérios e regras para a regionalização da programação de televisão. O texto estava na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) apenas para ter sua redação final aprovada antes de seguir para o Senado. O novo relator, o deputado Roberto Magalhães Melo (PTB/ PE), prometeu entregar a mesma redação. Se houver atraso na nova votação, o encaminha mento do texto ao Senado corre o risco de ficar apenas para agosto, quando o Congresso volta do recesso, já que durante o mês de julho serão tratados apenas temas referentes às reformas previdenciária e tributária.
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Pacote pós-produção
Liquid Chrome: quatro streams de vídeo em tempo real e número ilimitado de layers.
Nas alturas A DMS lançou a nova grua Lança 4,8/5,3. Semelhante ao modelo anterior, Grua DMS, o novo produto ganhou um tripé mais alto e um quarto segmento na lança. Com isso, pode atingir de 4,8 metros a 5,3 metros. A grua é toda feita em alumínio e, desmontada, pode ser transportada em bolsa acolchoada de 1,5 metro de comprimento. Na extremidade, pode-se acoplar uma cabeça com interface de 100 mm ou ainda uma girocam. Além disso, para facilitar sua locomoção no estúdio, a grua pode ser montada sobre um dolly. O equipamento já está disponível para comercialização e custa RS 5.670. www.dmsvideo.com.br
A Pinnacle já está distribuindo o sistema de edição e pós-produção Liquid Chrome, apresentado em abril na NAB. O Chrome completa a linha de softwares para trabalho em rede Liquid, também composta pelo Blue, para ambientes broadcast com multi-formatos; Silver, para edição em formato MPEG-2; e Purple, para edição em DV. O Chrome foi criado para o mercado de pós-produção e conta com codecs para MPEG-2 para compressão 4:2:2 em até 50 Mbps, formato DV25 sem compressão. Conta ainda com quatro streams de vídeo em tempo real, número ilimitado de layers e um processo de renderização de efeitos capaz de processar várias layers sem interromper o trabalho. O pacote traz também o gerador de caracteres TitleDeko Pro, o compositor e editor de imagens Commotion Pro, o software de autoração Impression DVD Pro e o corretor de cores Pinnacle Liquid CX. O preço do produto nos Estados Unidos varia, conforme a configuração, entre US$ 14.995 e US$ 24.995. www.pinnaclesys.com
Novo Power Mac
A Apple apresentou o novo Power Mac G5, que incorpora o primeiro processador desktop de 64 bit do mundo. O computador pode ter até 8 Gb de memória e é capaz de processar em 64 bit, enquanto roda aplicações existentes de 32 bits de maneira nativa. Além disso, a memória usada pelo computador é O Power PC G5 Dual traz dois DDR SDRAM 128 bit de 400 MHz. processadores de 2 GHz com A linha Power Mac G5 traz processabus frontal de 1 GHz. dores PowerPC G5 dual de 2 GHz, cada um com um bus frontal independente de 1 GHz. Além disso, traz como padrão a placa NVIDIA GeForceFX 5200 ou a ATI Radeon 9600 Pro. O novo gabinete de alumínio conta com sistema de refrigeração controlado pelo computador para operação silenciosa. A expansão do hardware pode ser feita através de uma interface PCI de 133 MHz e duas interfaces de 100 MHz. Para conectividade externa o Power Mac G5 oferece uma porta Gigabit Ethernet, uma FireWire 800, duas portas FireWire 400, três portas USB 2.0 e suporte para dois monitores, enA Lança 4,8/5,3, trada e saída de áudio digital e analógico e saída para fones de ouvido. A versão quando desmontada, bi-processada vem com disco rígido de 160 Gb Serial ATA e SuperDrive de pode ser transportada quatro velocidades. em case de 1,5 metro de O Power Mac G5 estará disponível no Brasil em meados de outubro. comprimento. www.apple.com.br
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SOFTWARE ANIMADO Novo Maya traz novidades para web e criadores de jogos, além de renderização mais eficiente. A Alias|Wavefront lançou a versão 5 do Ferramentas software de animação Maya. Além de novas Outro destaque está na área de modelagem, ferramentas, o produto conta com mais agili que passou por mudanças nas ferramen dade no processo de renderização. Trata-se da tas de extrusão de faces e edges. Agora a oitava evolução do produto. Segundo Carlos ferramenta extrude também pode ser usada Menezes, gerente de vendas da AWBr, res em superfícies curvas, tornando-se mais A ferramenta de fluídos gera ondulações ponsável pela política de comercialização da eficiente na criação de caudas, trombas, e espuma na supercície de líquidos pela Alias|Wavefront no Brasil, a maior parte das tentáculos, galhos etc. movimentação de um objeto sobre a água. inovações do software visa atender os merca Já o Paint FX ganhou novos brushes, mais dos de jogos e web. rápidos e com qualidade superior, devi objetos; e o Axes Constraint, que permite Entre as novidades está uma maior integra do aos novos algoritmos de render que restringir o vínculo de um objeto a outro em ção com o renderizador Mental Ray, que foram incorporados à ferramenta. Assim é apenas um ou dois eixos se for necessário. agora acompanha o software. Além disso, possível fazer cabelos e pêlos mais realis Outra novidade importante é a possibilidade o Maya traz dois novos tipos de render: o tas com menos tempo de renderização, de alternar a animação dos personagens de Vector Render e o Hardware Render. O “pintar” uma cidade com texturas como cinemática direta para cinemática inversa, primeiro possibilita prédios, além de em qualquer ponto da animação, sem sofrer a saída de imagens novas plantas e pincéis perdas e ainda contando com um recurso de e animações dire de efeitos especiais de transição entre a mudança. tamente do Maya fogo e fumaça. Agora O produto já está disponível na versão nos formatos Flash, também é possível Complete para as plataformas PC, Mac, Adobe Ilustrator EPS converter o Paint FX Linux e Irix e custa US$ 2 mil ou US$ 900 ou Scalable e Vector em objetos poligonais, para o upgrade a partir da última versão. Graphics (SVG). O mantendo o histórico Já a versão Unlimited, que conta com as Vector Render tam e seu vínculo com o ferramentas Fur, Live, Fluid e Clothe, está bém trabalha com Paint FX original. disponível para PC, Linux e Irix. A versão recursos de sombra, O Paint FX pode converter para polígonos, Com isso, pode-se para Mac deve ser lançada em breve. A possibilitando o uso dos pincéis em outros reflexão e gradien criar interações entre Unlimited custa US$ 7 mil ou US$ 1,3 mil renderes, como o Mental Ray. tes na criação das este recurso e outros para o upgrade. Os usuários de ambas as imagens em vetor. O objetos, mesmo que versões que estejam em dia com a taxa de Hardware Render, diferente do Hardware haja personagens, dinâmicas, renderização manutenção anual têm upgrade gratuito. Render Buffer que acompanhava o Maya, com o Mental Ray. Já o Maya PLE (Personal Learning Edi usa as funções de pixel shading da nova Quanto à animação de personagens, o Maya tion), versão gratuita voltada apenas para geração de placas de vídeo, tornando possí também passou por mudanças. Foram estudos e treinamento, está previsto para vel a renderização de cenas com qualidade introduzidos ao software três novos tipos de o início de setembro. broadcast numa velocidade próxima a constraints: o Parent Constraint, que facilita a Por enquanto, a AWBr conta com duas tempo real. Além disso, ele está integrado interação de personagens com objetos; revendas no Brasil, a Tecnovídeo e a Media com os shaders, luzes, partículas, geome o Offset Constraint, recurso presente em Place, esta última também responsável pelo tria, reflexão, bump todos os tipos de treinamento oficial, com entrega de certimapping, sombras, constraints e que pode ficado da Alias|Wavefront. todos os tipos de high controlar a posição, www.aliaswavefront.com lights, motion blur, rotação e escala de obje entre outros efeitos. tos vinculados a outros fernandolauterjung
O Paint FX possibilita a criação de pincéis com a aparência quadrada e sem cantos arredondados.
Mais conhecido como intérprete de grandes eventos, principalmente depois que começou a fazer tradução simultânea de prêmios como o Oscar e o Grammy, Malcolm Forest tem um currículo e uma gama de atividades de tirar o fôlego. Em sua empresa, a MDK, presta serviços de tradução e intérpre te para todos os tipos de eventos, e também atua como apresen tador de televisão e vídeos institucionais. Mas seus interesses culturais são tantos que desenvolveu uma carteira invejável de projetos. E, além de todos os projetos audiovisuais e do trabalho com idiomas, ainda se dedica a causas ambientais e à música, sua grande paixão. Filho de um americano e uma brasileira, sempre teve facilidade com idiomas. Mas desde a época de colégio participou de bandas de rock. Aos 13 anos, tocava em festinhas e clubes aos fins de semana. Na escola tive aulas de música, mas o professor era tão rigoroso que aca bei ficando meio bloqueado em escrita musical.
Quando terminou a escola, decidiu estudar matemática. Entrou na USP, mas em pouco tempo resolveu ir para os Estados Unidos. Matri culou-se em engenharia, só que em pouco tempo se envolveu com grupos de teatro e viu que a música poderia ser uma opção, muito mais do que um hobby. Naquel a época a música não era uma ativida
Malcolm orest F Doug Sweetland, diretor inglês de filmes da Pixar, é um dos convida dos do 11º Festival Internacional de Animação Anima Mundi, que acontece neste mês de julho. Sweetland fará um workshop no Rio, nos dias 17 e 18, e outro em São Paulo, no dia 23. Podem participar do workshop pessoas com experiência em computação gráfica e animação 3D. Mais informações no site www.animamundi.com.br.
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de ‘séria’, então decidi optar por uma carreira ‘útil’, imaginava que o Brasil era carente de profissionais. Mas a paixão falou mais alto:
trocou então as exatas pela música, na Universidade da Califórnia - Los Angeles (UCLA). Ao voltar para o Brasil, estava decidido a se dedicar à música. Lançou o selo Pirate Records, distribuído pela CBS. Começava a tentar se lançar como cantor. Nessa época, as novelas já eram o
Foi formada no dia 25 de junho último a representação paulista da ABPI-TV (Associação Bra sileira das Produtoras Independentes de TV). 1 2 3 4 5 Representantes de cerca de 20 produtoras partici param do encontro, no Museu da Ima Fernando Dias (Grifa) (5), que assumiu a gem e do Som (MIS), além do presidente função de representante da ABPI-TV pau da associação, Marco Altberg (3), que lista, e mais Cacá Vicalvi (Documenta veio do Rio para o evento. Foi criada uma Vídeo Brasil) (1), Roberto D’Ávila (Moons comissão para conduzir a formação da hot Pictures) (2), Fábio Ribeiro (Radar) e associação em São Paulo, composta por Ricardo Aidar (Canal Azul) (4). Fotos: Gerson Gargalaka (Malcolm Forest) e Divulgação
grande veículo de divulgação de novos talentos musicais. E a moda de gravar músicas americanas com pseudôni mo também estava no auge. Morris Albert gravara “Fee lings”, e na seqüência, Malcolm lançou “Ecstasy”, que fez parte da trilha sonora da novela “Gina”, da Rede Globo. Ganhou um compacto de ouro com a música, e depois ainda emplacou uma série de sucessos, incluindo “We”, da novela “Meu Bem, Meu Mal”. Mas manter um selo musical não era tão simples. Con versando com um amigo, foi convidado para trabalhar na área de projetos acústicos da Gradiente, mas acabou não pegando a vaga. Só que foi indicado para trabalhar no Anhembi, que precisava de alguém com perfil parecido. Mais uma vez a vaga tinha sido preenchida. Entretanto, descobriu a profissão de tradutor. Por sua experiência com línguas e sua facilidade em transitar no mundo das exatas e das humanas, além dos cursos de teatro, foi convidado para ficar na área de tradução para eventos. Minha experiência com a música e o estudo de voz e inter pretação para teatro foram essenciais, pois não basta o conhecimento do idioma. É preciso ter mais do que reper tório e vocabulário.
Em paralelo, sempre esteve atento a questões culturais e ambientais. Lançou livros como “Cinemúsica”, que fala de trilhas sonoras de filmes, e “Automóveis de São Paulo”, uma pesquisa histórica que resultou em um livro repleto de imagens da cidade. Na área ambiental, é responsável por diversos projetos. O mais recente é a instituição do Dia da Reserva da Biosfera do município de São Paulo, cujo objetivo é alertar para a necessidade de preservação de áreas verdes da cidade, como a Serra da Cantareira e o Cinturão Verde. Idéias não faltam. Desde pequeno, tem um caderno delas, no qual vai anotando seus projetos. Dentro de cada uma de suas principais áreas de inte resse — cinema, história, meio ambiente, música, literatura — tem projetos audiovisuais, para os quais vem buscando patrocínio.
O diretor Rodrigo Lewkowicz é o novo contratado da produto ra carioca TV Zero. Ele vem da Movi&Art, de São Paulo, onde dirigiu recentemente a campa nha “Banco da Sua Vida”, para o Banco Real.
A GW contratou um novo diretor exe cutivo para a região Sul: o publicitário Dino Camargo. Ex-diretor de atendi mento das agências de publicidade DM9 e Master Comunicação, Camargo responde pelos negócios da produtora nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de Argenti na, Uruguai e Chile. O Grupo Seqüência — que inclui Seqüência Cinematográfica, Manufactura de Filmes, uebtv e Canal Kids — tem novo diretor comercial. É Eduardo Vergeiro, também conhecido como Sabiá, que vem da Sardinha Produções, produtora de Ana Sardinha. No grupo, ele assume a parte comercial das quatro produtoras, voltadas para as áreas de publicidade, Internet e produção de conteúdo interativo. “Estamos finalizando vários produtos que vamos oferecer prontos para o mercado, sempre unindo imagens e interatividade. Estamos nos preparando para a TV digital e interativa”, afirma. A diretora Lea Van Steen (foto) e o atendimento Marcio Carrilho são os novos reforços da equipe da Armazém de Fil mes, produtora de
Sergio Horovitz A TV1.Com anunciou a indicação de Nagib Nassif Filho para o cargo de diretor de aten dimento. A promoção do executivo faz parte do novo modelo de negócios da empresa que redefine o orga nograma com foco na integração do atendimento ao clien te com o gerencia mento de projetos. O profissional está na TV1.Com desde de 2002, e já passou pelo atendimento de empresas como Volks wagen, Microsoft e Saint Gobain.
instalada no Rio de Janeiro. Fundada em 2001, a produ tora já trabalhava com Eduardo Vaisman na direção, com coordenação de produção de Isabela De Napoli.
O engenheiro Alfonso Aurin pediu demissão do SBT no início de junho. Aurin foi, durante anos, diretor de tec nologia e mais recentemente atuava como consultor de Sílvio Santos. Ele também era responsável por progra mas como o “Show do Milhão”.
Flavio Fernandes assumiu a direção executiva da y2knetwork multimídia, empresa do grupo Casablanca, no qual atua desde 2001. Flavio, que começou a carreira como assistente de pro dução em cinema publicitário no inicio da década de 80, pas sou também pela Bandeirantes, onde foi produtor executivo, e pela Rede Mato-grossense de Televisão. Em 99 voltou a São Paulo para trabalhar na então TV Senac, atual STV. “Meu obje tivo agora é tornar a produção do vídeo digital mais próxima do mercado publicitário.” A y2knet work é a divisão do grupo volta da às produções para a Internet e multimídia, responsável entre outros pelos websites da Suzuki, Nickelodeon, Cerveja Cerpa e Young Creatives.
política
Vespeiro, só em 2005
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Crise nos grupos de mídia joga
todas as iniciativas importantes Se em algum momento pareceu que o governo do PT daria mais prioridade às questões de comunicação do que o gover do governo na área de comunicações no anterior, já é hora de pensar diferente. O balanço do para daqui a dois anos. primeiro semestre da gestão Miro Teixeira deixa claro uma coisa: Lei de Comunicação Social, se vier, será só daqui a dois anos. TV digital só virá depois de uma longa série de (creditwatch) negativa a avaliação do risco do grupo gaúcho. estudos (leia matéria nesta edição), também para daqui a Para os analistas da S&P, a dívida total da RBS, de US$ 158 dois anos. A vinculação e reformatação da estrutura da milhões em março de 2003, passa a ser preocupante em fun Ancine estão em outro tema que não é para já, assim como ção do desempenho operacional ruim nos primeiros meses, os projetos de regionalização da TV aberta. colocando sob ameaça inclusive a capacidade da RBS de Como pano de fundo para todos estes fatos, segundo honrar seus compromisso este ano. O leituras de integrantes do governo, está uma grupo teria que pagar até o primeiro crise sem precedentes nos grupos de mídia e trimestre de 2004 cerca de US$ 47 uma delicada relação entre estes grupos e o milhões em dívidas. A S&P destaca o governo. impacto do aumento do PIS e o mer Na questão da revisão da regulamentação cado publicitário ainda sem sinais de de comunicação, o que sempre foi uma ban recuperação desde 2001. deira dentro de diversos segmentos do PT, Outro sinal de alerta veio da o recado de Miro Teixeira dado no início de Globo. O balanço referente ao ano junho foi claro: “só daqui a um ano e meio ou 2002 é preocupante. Tanto que os dois, quando tivermos clara a questão da TV auditores da Ernst & Young, que ana digital”. Por trás dessa afirmação do ministro lisaram os números para a própria no Congresso está, na visão de analistas, a Globopar (holding do grupo) foram preocupação de não mexer com a regulamenta bastante taxativos: a situação financei ção do setor de televisão. Alguns dias depois, Miro Teixeira: regulamentação só ra do grupo e de suas subsidiárias não também no Congresso, representantes das será revista depois de definida a traz confiança aos auditores de que emissoras de TV aproveitaram para tornar TV digital. as operações serão mantidas. Sobre mais claras as suas posições. Paulo Machado a TV Globo, que garantia R$ 4,9 de Carvalho Neto, presidente da Abert, falava b ilhões das dívidas da Globopar no final de 2002, segundo especificamente sobre um projeto em tramitação no Sena o balanço, a previsão dos auditores é também negativa. Eles do, de autoria do senador Saturnino Braga (PT/RJ), que não acreditam que a TV tenha condições de bancar as dívi pede a destinação de 2% da receita das TVs para compra e das e ainda manter suas operações. co-produção de conteúdo nacional. Mas acabou retratando A situação financeira do grupo Globo fez com que a sua a forma como os grupos de mídia se vêem hoje no cenário diretora superintendente, Marluce Dias da Silva (afastada econômico brasileiro: “as TVs vivem hoje o aumento nas por questões de saúde), fosse alocada apenas para resol alíquotas de PIS, Cofins e ISS, enfrentam a crise no merca ver o problema da dívida do grupo. Ela buscará explicar do publicitário, não têm linhas de crédito, não têm aportes aos credores do grupo que as crescentes margens de lucro financeiros externos e enfrentam a pulverização das verbas da TV Globo permitem pagar sem problemas os juros da de publicidade com outras mídias”. Em resumo, dizia o diri dívida. Portanto, se essa dívida for alongada, a Globo terá gente, não era hora de criar mais uma dor de cabeça para os condições de pagar também o principal, por meio de um grupos radiodifusores. IPO (lançamento de ações), assim que o mercado mundial de bolsas conseguir se recuperar. Em 2002, contudo, o Crise lucro da TV Globo chegou a apenas um quarto do que a As palavras do dirigente da Abert encontram respaldos em empresa precisa ter neste ano (cerca de R$ 800 milhões). O números. O primeiro sinal de alerta de 2003 veio com a faturamento total da TV Globo no ano passado foi de R$ 3 análise de risco da RBS feita pela agência de classificação de bilhões, contra R$ 2,77 bilhões em 2001. Líquida (ou seja, risco Standard & Poor’s (S&P) que colocou em perspectiva Foto: Carlos Humberto/BG Press/AJB
descontadas as comissões e pagamentos de agências), a receita da Globo foi de R$ 2,55 bilhões em 2002. O lucro da emissora ficou em R$ 220 milhões (contra R$ 156 milhões em 2001). As maiores despesas foram com produção (R$ 1,53 bilhão), vendas (R$ 314,6 milhões) e com a Copa do Mundo (R$ 243,5 milhões). Acesso A crise nos grupos de mídia nacionais, con tudo, também se reflete em outra discussão: estabelecer critérios para tornar a TV aberta mais acessível à produção independente ou a grupos de mídia competidores. Miro acha que a TV brasileira não é concentrada, já que há pelo menos cinco grandes redes nacionais em condições de competir. O problema, colocam alguns analistas (inclu sive do governo), é que estas grandes redes produzem seu próprio conteúdo, não dando espaço para que o mercado audiovisual dis ponha desta audiência. Portanto, a concen tração, se existe, não está no controle das concessões, mas na grade. A própria Globo declara que produz 70% de seu conteúdo, sendo que 100% do horário nobre (quando a audiência é maior) são feitos “in house”. Projetos como os da deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), que propõe a regiona lização do conteúdo da TV aberta, ou do senador Saturnino Braga são focos de forte resistência por parte dos radiodifusores e, por isso, não andam no Congresso. Alegam as TVs que estas propostas não encontra riam viabilidade nos carentes mercados publicitários regionais. Dizem ainda, no
caso da destinação de 2% do faturamento em produção independente, que isso cau saria uma transferência de recursos das redes regionais para os grandes centros, onde existe esta produção. Paulo Tonet Carvalho, assessor da Abert e da RBS, declarou em evento recente que “produ ção independente tem que ter qualidade e preço para ser adquirida”. Não é a posição de Orlando Senna, secretário do Audiovisual do MinC, nem de Gustavo Dahl, presidente da Ancine. Senna aposta que o melhor caminho seria criar uma agência do audiovisual (Ancinav) para substituir a Ancine. Dahl defende a tese de que a TV tem a conces são não só de uma freqüência, mas do olhar do cidadão, e que esse “olhar” preci sa ser democratizado. Por incrível que pareça é justamente a questão da TV que, no fundo, atrapalha a definição sobre a vinculação da Ancine. Explica-se: o MinC quer ter sob si a agên
samuelpossebon samuca@paytv.com.br
cia de cinema e, para isso, busca formas de convencer o governo de que a Ancine é necessária. Um dos principais argumentos é que a Ancine seria o embrião de uma agência audiovisual. É essa bandeira que foi levada ao presidente Lula no final de junho. O movimento de resistência vem de alguns cineastas, que temem duas coisas: que a preocupação do MinC em transformar a Ancine em Ancinav crie novo embate com a TV, prejudicando o funcionamento da agência como ela é hoje; e que o MinC não desenvolva o cinema como, acredita-se, o Ministério do Desenvolvimento teria con dições de fazer. É por estas razões, inclusi ve, que, mesmo depois dos seis primeiros meses de governo, não se sabe ainda o fim que será dado ao único mecanismo de Estado capaz de fomentar e regular a atividade audiovisual: a Ancine.
Nos EUA, concentração
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No Brasil, a opinião do governo é de que não existe concentração na mídia, como manifestou o ministro Miro Teixeira. Nos EUA, a opinião é de que essa con centração existe, em alguma escala, e vai se tornar ainda maior na medida em que as regras de controle à propriedade cru zada foram flexibilizadas. Mesmo assim, pensa o governo norte-americano, é pre
ciso afrouxar as regras para garantir a sobrevivência dos grupos de mídia. No mês passado a FCC (órgão regula dor das comunicações nos EUA) tomou uma decisão para lá de polêmica: tornou mais flexíveis algumas das regras histó ricas que impediam a concentração dos meios de comunicação naquele país. O argumento é de que os grupos de mídia
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As novas regras de propriedade nos EUA Controle das redes Nenhum grupo pode controlar mais de uma das quatro redes nacionais de TV abertas (ABC, NBC, CBS e Fox). Controle de rádios Para o limite de propriedade de rádios, vale o seguinte critério: 1) em mercados com mais de 45 emissoras, uma mesma empresa pode ter oito, mas apenas cinco em uma mesma classe (AM ou FM); 2) em mercado com um total de emissoras variando de 30 a 44, uma mesma empresa pode controlar sete, mas apenas quatro em uma mesma classe (AM e FM); 3) em mercados com um total de emissoras de rádio variando entre 15 e 29, uma mesma empresa pode ter seis emissoras, sendo apenas quatro em uma única classe; 4) em mercados com menos de 14 emissoras, uma mesma empresa pode controlar até cinco delas, mas apenas três na mesma classe (AM ou FM). Controle de diferentes meios As regras de propriedade cruzada entre diferentes meios de comunicação (TV, rádio e jornais) foram flexibilizadas. Elas agora seguem os seguintes critérios: 1) em mercados com menos de três emissoras de TV não é permitida a propriedade cruzada de TVs, rádios ou jornais, mas uma exceção pode ser aberta se a empresa provar que a cobertura desses meios não atinge a mesma área de uma mesma localidade; 2) em mercados com número de emissoras de TV variando entre quatro e oito, o controle cruzado de meios por uma mesma empresa é permitido nas situações em que a empresa tenha participação em: a) uma emissora de TV, um jornal e metade do limite permitido de rádios; b) um jornal e o número máximo de rádios permitidas; c) duas TVs (desde que dentro dos limites previstos) e o número de rádios permitido. 3) em mercados com mais de nove emissoras de TV, os limites de propriedade TV-jornal e TV-rádio estão eliminados. Fonte: FCC
precisariam se fortalecer diante de situações financeiras complicadas e das novas tecnologias. As regras revistas pela FCC (veja tabela) são tão polêmi cas que despertaram um intenso debate nos EUA sobre o risco que representa va para a liberdade de expressão daque le país a possibilidade de concentração.
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Até parlamentares republicanos (portan to, da base de apoio ao presidente Bush, que indica o presidente da FCC) estão se opondo à ampliação da flexibilidade. No Brasil, contudo, todas as regras de concentração de meios de comunica ção cabem em poucas linhas. Elas estão na Constituição, no Decreto-lei 236/67 e na Lei 10.610/2002. Por aqui, permite-se que até 100% do capital das empresas
pertença a pessoas jurídicas, até 30% a estrangeiros e, no caso de investidores finan ceiros com participações inferiores a 15% do capital, não se aplicam as restrições à propriedade cruzada de outorgas de radiodi fusão, que são no máximo dez TVs, sendo até cinco em VHF e duas por estado. Além disso, a gestão das empresas e o controle editorial sobre o conteúdo têm que per tencer a brasileiros.
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Força-tarefa digital
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Se tudo correr como espera o Ministério das Comunicações, neste mês de julho será formalmente criado, por decreto, o grupo de trabalho que se empenhará sobre o estudo da TV digital no Brasil. A equipe tem um nome oficial: Grupo Exe cutivo do Projeto de TV Digital (GET). Uma minuta do decreto de criação do GET, do anexo com as diretrizes de trabalho e da exposição de motivos para a criação do grupo foi colocada em con sulta pública no final de junho. O tempo de consulta, de apenas uma semana, sugeria que o Minicom já tinha certeza do que estava preparando. Na prática, a criação do grupo subs titui uma ambição mais ampla do minis tério de Miro Teixeira que havia sido manifestada em abril: criar um decreto com a “política de TV digital”. O que o Minicom fez foi transpor os itens previs tos para aquela política para as diretri zes a serem seguidas pelo GET. As funções do grupo de trabalhos são acompanhar “o desenvolvimento dos estu dos e pesquisas, propor aos interessados ou encaminhar à decisão dos poderes compe tentes e ainda implementar, se estiver em sua alçada, as iniciativas ou procedimentos que permitam decisões públicas ou priva das no sentido de criar condições que pos sibilitem o desenvolvimento de sistema tec nológico, modelo de negócios, alternativas regulatórias e demais aspectos necessários à implementação da tecnologia digital no serviço de radiodifusão de sons e imagens”, segundo o decreto. Na prática, o GET vai alimentar uma decisão política, posterior, a ser tomada pelo Executivo. É esta decisão que importa, pois é dali que sairá o sistema tecnológico, o modelo a ser seguido pelos radiodifusores etc. Na opinião de Marcos Dantas, subsecretário de planejamento do Ministério
Minicom prepara criação de grupo de trabalho que iniciará as pesquisas do atual governo sobre TV digital.
das Comunicações e também responsá vel pela coordenação dos trabalhos rela tivos às questões de TV digital, em qua tro anos o Brasil realizará as primeiras transmissões de TV digital, ainda como experiências-piloto. Para o ministro Miro Teixeira, faltam ainda de 18 meses a dois anos para que os aspectos políticos da TV digital estejam decididos. De fato, assim que o GET for criado, ele terá 12 meses para apresentar suas conclusões, sobre as quais o Minicom trabalhará. Facultativo A princípio, a idéia do Ministério das Comunicações é colocar no GET represen tantes do próprio Minicom, Casa Civil, Secom, ministérios da Justiça, Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia e Cultura, além do BNDES, Finep, CPqD e Inatel. Entram ainda no GET um consórcio de universidades ainda a ser formado e um segmento industrial relacionado à pesqui sa e ao desenvolvimento de TV digital no Brasil (possivelmente o Instituto Genius). Também entram entidades exploradoras de serviço de radiodifusão de sons e ima gens além de, “facultativamente”, Anatel,
Abert e um representante do Conselho de Comunicação Social. Trata-se de uma mudança relevante, já que no texto divulga do em abril, quando o Minicom ambiciona va um decreto para estabelecer “políticas”, a Anatel nem era citada. A participação da agência no processo é relevante por dois motivos: é ela quem faz o gerenciamento do espectro e quem viabilizou os canais necessários para a fase de transição, que prevê que cada concessionária tenha um canal adicional. Também é a Anatel quem tem o acervo de pesquisas, troca de informações, nego ciações, relatórios e estudos realizados nos últimos anos. Um outro aspecto que foi duramente questionado quando o Minicom tornou públicas suas intenções sobre o processo de estabelecimento de uma política de TV digital dizia respeito à propriedade do conhecimento acumulado nos estudos a serem realizados. As universidades coloca ram sua preocupação com o tema. Agora, o Minicom deixa claro que tudo o que for pro duzido no âmbito do GET e todo o conheci mento que ali for aportado pelos diferentes participantes pertencerá à União. Com essa iniciativa, o ministério acaba com a dúvida das universidades sobre como ficaria a dis tribuição de royalties sobre o que vier a ser desenvolvido. Por outro lado, o Minicom corre o risco de ter tirado o principal atrati vo para que centros de pesquisa colaborem com o governo no levantamento de dados para TV digital. A intermediação entre as universidades e o governo será feita pelo CPqD, pelo Instituto Genius e por outras instituições reconhecidas, segundo a exposi ção de motivos, mas isso não está no texto do decreto ou no seu anexo colocado em consulta pública.
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Som para todas Com a proliferação do DVD, mixagem tem que considerar todas as condições de exibição de um filme.
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O Brasil tinha cerca de dois milhões de aparelhos de DVD no final de 2002, e a expectativa é de que este valor dobre em 2003. Com isto, abriu-se praticamente uma nova jane la na exibição de filmes no País. Pelo menos no quesito áudio, ao contrário do limitado VHS, o DVD permite, especialmente se acoplado a um equipamento adequado, a reprodução de um som tão bom ou até melhor que o dos cinemas. Isso porque a maioria dos aparelhos traz embutida a capacidade de decodificar os sinais de áudio Dolby Digital 5.1 ou DTS, os padrões de codificação mais usados em cinema (há ainda o SDDS, da Sony). No Brasil, o primeiro é de longe o mais utilizado em cinema. Uma das diferenças essenciais é que enquanto no Dolby a informação de áudio é gravada na própria película, como nos sistemas tradicionais, no DTS a tri lha fica em um CD, que é reproduzido em um aparelho separado, sincronizado com a imagem pelo time code. Entre as eventuais vantagens do sistema DTS estaria a
Para José Luiz Sasso, da JLS, é preferível fazer uma mixagem mais simples, que possa ser
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reproduzida em qualquer ambiente.
flexibilidade. Pelo fato da trilha ser gravada em um CD, e não na película, em tese é mais fácil fazer mudanças “de última hora”, a poucos dias do lançamento. A separação entre som e imagem também permitiria, por exemplo, usar cópias exibidas em outros países, trocando apenas o CD de áudio, sem a necessidade de se fazer cópias locais apenas para substituir a banda de som. Ainda assim, a maioria das produções no País usa o Dolby, seja pela facilidade de uso (e de exibição), seja pelo menor custo de uso e manutenção. Além disso, a empresa é a única que mantém no Brasil uma estrutura para manutenção e consultoria da tecnologia. Reprodução ruim Que impacto este novo cenário trouxe à produção de filmes com som 5.1 que serão exibidos em mídias tão diferentes quanto salas de cinema (das mais diferentes qualidades), DVD, VHS, TVs estéreo de última geração e até mesmo antigos aparelhos de TV mono? Segundo o especialista José Luiz Sasso, da JLS Faci lidades Sonoras, o Brasil enfrenta uma realidade muito peculiar neste aspecto: enquanto nos grandes centros se encontram salas de exibição de alta qualidade, capa citadas para reprodução em Dolby Digital 5.1 e DTS, na maioria dos casos o que existe são salas com equipa mentos mais antigos, ou muito mal calibradas, que con seguem reproduzir apenas o Dolby estéreo analógico Fotos: Arquivo
s as mídias andrémermelstein andre@telaviva.com.br
ou simplesmente o sinal mono. “Aquela história de que filme bra sileiro tem som ruim não existe mais, é coisa do passado”, diz Sasso. “O que existe”, completa, “são salas mal preparadas. A prova é que quando você assiste ao mesmo filme no DVD, percebe que o som é bom, e é feito a O que é 5.1 Quando se fala em uma mixagem em 5.1, significa que o som de um filme será enviado para cinco canais e mais um subwoofer, que reproduz as faixas mais baixas de freqüência. Os cinco canais principais são o central, que normalmente reproduz os diálogos, os laterais esquerdo e direito, e os canais surround esquerdo e direito, normalmente reservados para ruídos de fundo, ambientação e efeitos panorâmicos e de tridimensionalidade.
partir da mesma master”. Segundo Sasso, a mixagem tem que levar em conta as possíveis deficiências na hora da exibição. Não adianta, expli ca, usar um monte de recursos sofistica dos que em uma sala ruim ou em uma TV mono não vão aparecer. É preferí vel, completa, fazer uma mixagem mais “certinha”, mais simples, que possa ser reproduzida em qualquer ambiente. Isto acontece porque no Brasil (outra peculiaridade) não se faz como no exterior, onde se cria, após a mixa gem “completa” para cine ma, uma segunda mixagem, específica para a TV (que conteria, por exemplo, uma banda internacional, para dublagem). Como em geral os recursos são escassos, fazse uma única mixagem que tem que servir para todas as mídias. De qualquer forma, Sasso diz que usa os recursos de surround do 5.1, mas considera isso um “bonus track”, uma melhoria para quem vai ver o filme em uma sala (ou um home theater) de qualidade. “O que não pode é colocar no surround uma fala com o nome do assassino, porque aí quase nin guém vai ouvir”, explica. Simulação A editora de som Miriam Biderman, da Effects, segue outra linha. Para ela, o trabalho em 5.1 é feito considerando uma condição ideal de exibição. “Quan do esse filme for para uma sala ruim, ou uma TV mono, alguns detalhes serão
mesmo perdidos”, conforma-se. Ainda assim, ela costuma usar no estúdio um aparelho para simular a exibição em Dolby analógico ou mono, “para evitar perder alguma coisa nas situa ções-limite”. Com um currículo que inclui filmes como “Carandiru”, ela diz que o 5.1 tornou o trabalho de edição muito mais interessante, porque per mitiu uma riqueza de detalhes muito “O trabalho é feito para as condições ideais de exibição. Se a sala for ruim alguns detalhes serão mesmo perdidos” diz Miriam Biderman, da Effects.
maior. “Podemos trabalhar muito mais com a tridimensionalidade dos sons, criar ambientes”, conta. “O espectador consegue usufruir com muito mais clareza a música do filme, os efeitos, tem muito mais envol vimento”, complementa José Moreau Louzeiro, técnico de som e editor res ponsável, entre outros, por “Xuxa e os Duendes 2” e “A Partilha”. Louzeiro concorda quanto à técnica de mixagem: “o surround é um plus, você coloca lá sons que se o sujeito assistir em mono não vai perder nada essencial”. Miriam Biderman conta que desde a adoção do 5.1, há cerca de três
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anos, mudou muito a expectativa dos diretores e produtores em rela ção ao áudio. “Antes não se dava tanta importância, não havia dinhei ro, tempo e interesse em fazer uma coisa mais trabalhada.” Isso melho rou muito, explica, e a prova é que surgiram neste tempo mais estúdios e editores. Também acabou, segundo ela, a quase obrigatoriedade de se mixar fora do País, pois com a tecno logia atual já se conseguem excelen tes resultados aqui. Louzeiro aponta ainda a vantagem da confiabilidade dos equipamentos. No analógico, conta, problemas de regulagem, de azimute, prejudicavam o resultado. No digital “ou é ou não é”, quer dizer, ou se tem o som perfei to, ou não aparece nada. Informação Para Carlos Klachquin, consultor para aplicações em cinema da Dolby no Brasil, ainda há muita desinformação no uso da tecnologia. “Muita gente ainda mixa para cinema como se fosse para música (CD), e são coisas com pletamente diferentes”, explica. “Um show gravado para DVD pode ser mixado em 5.1 em uma sala pequena, pois vai ser exibido na TV, em uma reprodução doméstica. Mas quando se mixa para cinema, a faixa dinâmica é muito maior. A sala de cinema é gran de, com níveis de ruído mais baixos que em casa, e a potência do som é muito maior. Então a mixagem tem Dolby em números ›› 47 países mixam filmes em Dolby. ›› Há no mundo 139,02 milhões de aparelhos de DVD com decodificação Dolby Digital. ›› 39,5 mil salas de cinema no mundo estão equipadas com sistemas 5.1. No Brasil são cerca de 400 salas (e mais cerca de 400 com Dolby SR). ›› Foram lançados 4,54 mil filmes com codificação Dolby Digital. No Brasil, foram 35 longas no período de julho/02 a maio/03. Fonte: Dolby, números de junho/03.
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a questão dos royalties No modelo de negócios da Dolby, para cada produ ção são cobrados royalties, de acordo com o tipo de filme. Um longa, por exemplo, paga US$ 3 mil. Isso inclui o uso da tecnologia, da marca e dois dias de consultoria. Mas há uma pressão no mercado para que a empresa baixe os custos para curtas, filmes de arte e produções de baixo orçamento. A Dolby já reduziu de US$ 500 para US$ 250 a taxa para curtas (inicialmente este valor seria apenas para pacotes Carlos Klachquin, de pelo menos cinco filmes. Hoje vale para filmes da Dolby isolados também). Agora, a Secretaria do Audiovi sual do Ministério da Cultura quer negociar com a empresa para que haja um desconto maior ou mesmo uma isenção para os curtas e filmes de arte finaliza dos no CTAV. Segundo o chefe de gabinete da SeAV/MinC, Leopoldo Nunes, a iniciativa de reduzir os custos com a mixagem em Dolby começou na ABD (da qual é ex-presidente), e agora deve ser assumida pela Secretaria. Do outro lado, o consultor da Dolby Carlos Klachquin diz que o valor de US$ 250 já é bem baixo, cobrindo apenas os custos operacionais da empresa, e que não dá para fazer “de graça”. Ele diz, no entanto, que pode sim oferecer cursos e seminários gratuita mente para a SeAV ou outras entidades.
que ser feita em uma sala grande, em do que separar”, brinca. O tamanho outras condições.” da sala também conta muito, diz o Falando tecnicamente, ele conta consultor. Para se mixar para cinema, que em uma sala de cinema hoje se explica, a sala de mixagem tem que trabalha com picos de 103 dB em cada ser grande, para que se tenha a mesma canal, 113 dB no subwoofer. Soman percepção da sala de exibição, com as do-se tudo, chega-se a 122 dB no total. reverberações etc. Como o ruído da sala atinge cerca de Outro problema freqüente apon 25 a 30 dB, tem-se tado por Klachquin está uma faixa de mais no material que é enviado ou menos 90 dB. Em para a mixagem. “Muitas casa, onde o ruído é vezes mandam uma DAT maior e a potência ou Beta gravada em esté menor, tem-se uma reo. Só que não existe esté faixa de cerca de 40, reo (com dois canais) em 50 dB. Ou seja, se a cinema. Desde o primeiro mixagem para a TV filme chamado de estéreo é feita com toda a (“Fantasia”, 1940) o cine potência, o transmis ma tem pelo menos três sor vai cortar, com canais: esquerdo, direito e primir o sinal, mas JoséMoreauLouzeiro,editor centro”, explica. Isso por é possível assistir. Já e técnico de som que, ao contrário do que o contrário, a mixa acontece em casa (onde gem para TV ou CD que vai para a com dois canais pode-se obter um sala de cinema, fica ruim, pois os terceiro canal “virtual”, já que o espec chiados ficam evidentes e o som fica tador está bem no centro da sala), na “chapado”. “É o que acontece com os sala de cinema quem não está sentado comerciais que passam no cinema”, no centro não vai ouvir os diálogos conta Klachquin. A dica, explica, é saindo da tela, mas sim do lado em que fazer a mixagem sempre em 5.1, e está sentado. “Nesse casos, é melhor depois adaptar para a exibição domés mandar o material em mono que em tica. “É mais fácil misturar (os canais) dois canais”, diz o consultor.
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Chuva de filmes
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A Rain Networks, uma sociedade entre os EstudiosMega, Fabio Lima e José Eduardo Ferrão, está criando no Brasil um novo conceito de distribuição e exibição digital. A empresa criou um sistema de distribuição, gerenciamen to e exibição de cinema digital, o KinoCast. Baseada na plataforma Microsoft.Net, a solução distribui via satélite conteúdo em formato Windows Media 9 com tecnologia DRM (Digital Rights Management), gerencia as licenças de exibição de conteúdo e ainda é capaz de agendar remo tamente sessões de cinema, criar playlists automatizadas e até controlar da projeção à iluminação das salas. Tudo isso através de uma rede VPN que pode ser acessada por qualquer computador ligado à Internet. O que a empresa pretende é reverter a situação do mercado de exibição de filmes no Brasil, que hoje conta com cerca de 1,7 mil salas, pouco menos da metade do que havia no final dos anos 70 (3,5 mil). Segundo Fabio Lima, COO (diretor de operações) da Rain, não se trata apenas de uma “empolgação com a tecnologia digital”, mas uma maneira de viabilizar as salas de cinema para as classes C e D dos grandes centros e para as cidades do interior. Para Lima, o número reduzido de salas no País devese ao preço das cópias em película: cerca de US$ 2 mil por unidade. “A transmissão digital é a única maneira de levar o cinema aos que não são atendidos atualmente”,
Tecnologia de distribuição de cinema via satélite, com gerenciamento de licenças online, chega com a responsabilidade de viabilizar o mercado exibidor nacional.
diz o COO. A idéia é que o KinoCast reduza os custos de distribuição de filmes e que os lançamentos ocorram simultaneamente em todo o País. Assim, as pequenas salas ou aquelas do interior podem exibir o filme enquan to a campanha de lançamento está sendo veiculada e não precisam esperar que o filme saia de cartaz nas grandes salas para receber uma cópia. Além disso, a tecnologia pode ajudar a reduzir o preço do próprio ingresso. “Espe ramos trabalhar com ingressos custando entre R$ 3 e R$ 5”, afirma Lima. No início, a empresa pretende fazer frente ao merca do dos multiplex, atraindo, principalmente, os pequenos exibidores e distribuidores. O projeto prevê investimento de U$ 100 milhões e um custo de implantação por sala inferior ou igual a uma implantação de 35 mm. Mas o benefício está no baixo custo de distribuição e, posterior mente, na inclusão de um mercado maior no circuito lan çador. A expectativa é atingir, em curto e médio prazo, cerca de 300 cidades no Brasil, e em longo prazo cerca de duas mil localidades. Outro ponto importante é que estas salas estarão preparadas para eventos como ensino à distância, trei
José Eduardo Ferrão e Fabio Lima, CEO e COO da Rain Networks, respectivamente, querem levar o cinema às classes C e D.
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Foto: Arquivo
fernandolauterjung fernando@telaviva.com.br
namento corporativo, teleconferências e eventos esportivos ou musicais. Apesar de ser uma empresa nacional, a Rain Networks começou a negociar sua tecnologia nos EUA. Ela será fornecedo ra de software para a rede de salas de cinema norte-americana Landmark, que está transformando 200 de suas salas em digitais. Tecnologia O sistema KinoCast distribui filmes via satélite a servidores localizados nas salas de cinema. A compressão Windows Media 9 é suportada pelo novo servidor de streaming contido no Microsoft Windows Server 2003, e pelo servidor de DRM, responsável pelo controle de direito autoral. Usando essa compressão, é possível arquivar lon gas-metragens em alta definição em apenas 5 Gb. Além disso, graças à tecnologia DRM, é possível fazer o gerenciamento remoto de agendamento de sessões, playlists auto máticas, filtros de perfil de propaganda, relatórios em tempo real e ainda o controle de direito autoral. O conteúdo criptografado, após ser enviado para os servidores via satélite, só pode ser reproduzido após o envio das licenças DRM, através da VPN. Além dos servidores das salas, está conectado na rede um servidor central, localizado na sede da Rain, em São Paulo. Assim, a Rain poderá visualizar e controlar remo tamente as salas, dispondo de todas as
informações locais: qual filme está sendo exibido, as grades de horário ou quando a licença vai expirar. Graças a este gerenciamento remoto e ao baixo custo por cópia, as salas pode rão ser cobradas por período (compram o filme para exibir durante uma semana, por exemplo) ou por número de exibições. Tudo depende da negociação entre as salas e os distribuidores. Outra vantagem é que o sistema pode apagar o conteúdo do HD sempre que as licenças expiram. Outro ponto importante é que o exibi dor pode saber com certeza se os trailers estão sendo exibidos ou não. Além disso, a venda de publicidade também sai ganhan do, já que é possível veicular em salas de todo o País sem ter o alto custo das cópias em película. Se e quando as salas quiserem exibir um filme que está em película, o ser vidor pode exibir os trailers e a publicidade pelo projetor digital e, automaticamente, ligar o projetor de película. Através de relatórios gerados periodi camente, os distribuidores e as agências de publicidade podem ter certeza do que foi veiculado e quando. “Hoje, os distribui dores ficam sabendo da programação das salas através dos jornais”, diz Lima. Para garantir o baixo custo de instala ção das salas e graças à simplicidade do Windows Media 9, os servidores locais serão PCs comuns, equipados com placas de áudio SoundBlaster 5.1 e processado res AMD de 2,5 GHz, que se conectam
diretamente ao projetor, fornecido pela Panasonic. O custo final por sala, segun do Fabio Lima, ficará entre US$ 40 mil e US$ 50 mil (mais as instalações físicas da sala em si). Conteúdo Para o COO da Rain, a tecnologia de dis tribuição digital é uma maneira eficiente de difundir o cinema nacional. “A grande massa gosta de teledramaturgia nacional, está acostumada a ver telenovelas. Só precisamos levar o conteúdo nacional até eles”, argumenta. Quanto aos filmes internacionais, os lançamentos para as salas populares devem ser dublados, para satisfazer o público acostumado à televisão. A Rain Networks e os EstudiosMe ga devem relançar nas salas digitais 43 filmes brasileiros que já estão fora de cartaz. “‘O Invasor’ (de Beto Brant) teve público de cem mil pessoas com apenas oito cópias. Imagine como seria com uma distribuição maior”, empolga-se Fabio Lima. Além disso, a Rain e os Estudios Mega pretendem investir em co-produ ções de filmes nacionais. Ainda no que se refere a relançamen tos, a empresa vislumbra a possibilidade de fazer exibições temáticas, como sessão Vera Cruz ou Carlitos, por exemplo. “É claro que o número de relançamentos deve cair conforme cresça a oferta de títulos nacionais inéditos”, finaliza Fabio Lima.
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m aking of Na moda até debaixo d’água A nova campanha de ofertas da C&A para veiculação no Nordes te durante as férias de julho inova na apresentação das modelos e dos modelitos. Estão todos embaixo d’água, exibindo biquínis, maiôs e roupas de praia. As filmagens foram feitas no Conjunto Baby Barioni, da Secretaria de Esportes de São Paulo, em uma piscina com profundidade entre três e quatro metros. Como num balé subaquático, homens, mulheres e crianças - ao todo 20 mode
los - mostram as roupas entre sorrisos e bolhas, num cenário irreal e plasticamente elegante. A idéia, explica a diretora Dainara Toffoli, era valorizar o efeito da água sobre os corpos, brincando também com a falta de gravi dade. Mesmo embaixo d’água, os modelos dançam sorrindo, com pletamente submersos, ao som de uma trilha animada, inspirada em canções de Dean Martin dos anos 50.
Fundo infinito Justamente para destacar os produtos, a diretora optou por forrar
o fundo e as laterais da piscina com pano preto, criando um fundo infinito e favorecendo o contraste entre os corpos dos modelos e as roupas contra o cenário. O pano foi fixado no fundo com pesos, que o mantinham bem ajustado. Para agregar um pouco de cor ao fundo, além do pano preto foram incluídos elementos cenográficos, como longos cordões de pérolas e estandartes de retalhos colo ridos, inspirados no maracatu. “O objetivo maior do filme é valorizar e mostrar bem as peças, mas achamos interessante colocar um pouco mais de cor em algumas peças”, diz Dainara Toffoli.
Escolha do casting f icha técnica Cliente C&A • Produto institucional • Agência Avanti • Produtora O2 Filmes • Criação e direção Dainara Toffoli • Direção de arte Cláudia Aze vedo • Direçao de fotografia André Modugno • Montagem Tamis Lustre • Trilha Dr. DD/Raw • Finalização O2 • Finalizador José Beluzzo
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A seleção dos modelos privilegiou pessoas que se sentissem à vontade na água. O teste incluiu profissionais de nado sincronizado, mas nem sempre o resultado tinha a ver com a proposta do filme. “Não estávamos procuran do tanto alguém que fizesse piruetas, mas alguém que se sentisse à vontade para fazer movimentos com elegância, com os olhos bem abertos e uma expressão bonita, sorridente”, explica Dainara. Por isso, a maioria dos esco lhidos acabou sendo mesmo de modelos, que sorriem até debaixo d’água. O trabalho subaquático foi feito por uma equipe de quatro mergulhado res profissionais, que também participou das filmagens para atender os modelos, caso alguém se atrapalhasse dentro da água. Na piscina, foi montada uma estrutura de ferro a meio metro de profundidade, na qual os modelos podiam se apoiar para descansar entre os planos. Isso facilitava a retomada das fil magens, pois evitava que os mode los saíssem de suas marcações.
lizandradealmeida lizandra@telaviva.com.br
LiberdSobre ada piscina e efoi m o b ilid ad e Além da caixa, dois refletores subaquáticos montada uma caixa de luz de 3 x 9 metros, que delimitava o espa ço da cena e pratica mente iluminava todo o set. A marcação dos modelos embaixo da água era feita com o uso de box trans, estruturas metálicas usadas normalmente na montagem de eventos. Os mergulhadores deslocavam os box trans, instalados sobre tripés, no fundo da piscina, orientando os movimentos dos modelos.
de tungstênio foram posicionados dentro da piscina, e três do lado de fora. A câmera foi operada na mão, com bas tante liberdade. O diretor de fotografia, André Modugno, que também é mergulha dor, revezou na operação da câmera, diver tindo-se com a mobilidade. “Dentro da água, podemos virar a câmera à vontade”, diz D’Aguiar. Em uma das cenas, inclusive, três meninas nadam paralelas, horizontalmente ao vídeo. Na realidade, as três fizeram um movimento ascendente, tanto que um olhar mais atento percebe que as bolhas também correm numa direção improvável.
Dif i cu l d ades Toda a captação de imagens foi feita de uma vez, mas para definir as posições de cada um, houve um ensaio geral na véspera das filmagens. Dainara, equipada de máscara e snorkel, acompanhou as evo luções de cada um, para determinar suas posições. No dia da filmagem, porém, ficou fora da piscina, acompanhando tudo pelo videoassist. “A dificuldade de comunicação foi um dos maiores problemas. O operador de câmera podia ouvir as instruções, mas não responder. E do videoassist, a imagem é muito diferente”, explica a diretora. Na verdade, o grande gargalo era mesmo a troca dos chassis da câmera. O blimp para filmagem subaquática só comporta um chassis normal, de quatro minutos. O filme, porém, foi rodado a 48 quadros por segundo, e por isso terminava em dois minutos. Só que a troca de chassis exigia que a câmera fosse removida da água e tirada de dentro do blimp, que depois tinha de ser enxuto e lacrado novamente. “Esse processo todo leva va cerca de 20 minutos, e rodamos 18 rolos...”, comenta Dainara.
Logos f lut u an t e s A finalização, feita na própria O2, contou com os recursos do After Effects para valorizar as bolhas e realçar as imagens. Na maioria das cenas, junto com as bolhas - criadas pelo próprio movimento das pessoas e também por uma máquina especial - surgem pequenos logotipos da C&A, flutuando junto aos modelos.
televisão
Presença local
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emissoras do empresário J. Hawilla juntam-se em uma mesma marca, a TV Tem,
e trabalham em rede para dar maior As afiliadas da Rede Globo compradas das Organizações Globo em setembro do ano passado pelo empresário J. visibilidade ao anunciante local. Hawilla, dono da empresa de marketing esportivo Traf fic e da produtora TV7, inauguraram no mês de maio suas novas marcas, logomarca e programação visual. TV mídia do interior paulistano, principalmente as agências Tem passa a ser a denominação das antigas TV Progres de publicidade, visando a permanência do anunciante so (São José do Rio Preto), TV Aliança (Sorocaba) e TV na região. Outra ação é a compra de cotas de produção Modelo (Bauru), além da nova emissora em Itapetininga junto às produtoras locais para vender aos pequenos que inaugurou sua operação oficialmente no dia 29 do anunciantes. Outra iniciativa para atrair mais anuncian mês passado. tes é mostrar a importância desses mercados na capital. A idéia foi juntar as quatro TVs em uma rede, poden do oferecer maior escala para os anunciantes do interior Produção local paulista. As quatro retransmitem o sinal da Globo com Com o objetivo de aumentar a identificação com o públi inserções de programação local para 47% da área do co e com o anunciante, a rede está produzindo cada Estado de São Paulo, atingindo 7,5 milhões de habitan vez mais localmente. Quanto ao jornalismo, a rede vem tes. A cobertura abrange cerca de 5,5% do IPC (Índice noticiando os problemas do dia-a-dia local. No estilo do Potencial de Consumo) nacional. “Com a estruturação “SPTV”, produzido pela TV Globo de São Paulo, o jor em rede, podemos fazer vendas interpraças. Antes não nalismo da TV Tem faz cobranças junto às havia foco para o anunciante médio autoridades locais sobre política, problemas poder se desenvolver na região”, expli sociais e de infra-estrutura etc. Além disso, ca André Barroso, diretor executivo as pautas buscam também levar otimismo da TV Tem. para a região e ainda participar dos noticiá Para poder atingir o mercado rios nacionais. anunciante diluído em 318 municí Ainda em fase experimental, Barroso pios, a rede criou unidades de pro diz estar criando uma equipe de vídeodução e vendas nas principais cida repórteres. Todos eles recebem um treina des que estão distantes do município mento que abrange o trabalho de redação, gerador. Além de uma unidade que já produção e até o manuseio dos equipamen existia em Marília, a rede está abrin tos. Trabalhando com um “kit-repórter”, do unidades em Ourinhos, Botucatu, formado por câmeras digitais e ilhas de Jundiaí, Araçatuba e Votuporanga. edição portáteis Vaio, da Sony, os repórte Segundo Barroso, a TV Tem preten “Com a estruturação em res podem chegar à redação com a matéria de abrir ainda mais unidades. “Dessa rede, podemos fazer vendas já editada e finalizada. “Queremos quebrar maneira as equipes comerciais estão interpraças. Antes não havia alguns paradigmas. Não adianta trabalhar mais próximas do empresário local, foco para o anunciante se com equipamentos modernos num processo têm maior afinidade com o mercado”, desenvolver na região” antiquado”, explica o diretor executivo. diz. Também para aumentar a cober André Barroso A rede também desenvolve conteú tura comercial, 14 novos contatos dos que tenham força na região, como os foram contratados, juntando-se aos r odeios. Outro exemplo de peculiaridade local é a cober 22 que já estavam na rede. tura de eventos ligados ao vôo de asa delta — Bauru é a Enquanto isso, a TV Tem vem trabalhando junto à
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Foto: Divulgação
capital nacional do vôo a vela. Também para reforçar sua marca e sua presença na região, a TV Tem está criando núcleos esportivos para o público jovem, além de outras ações esportivas, e realiza cada vez mais eventos. Cada emis sora da rede realiza, no mínimo, cem eventos por ano. Além disso, a concessão da nova emissora, em Itapetinin ga, exige 3,5 horas diárias de programação local, sem especificação de horário. A regra passa a valer a partir de agosto. Para cumpri-la, Barroso diz que deve lançar mão de produções terceiri zadas, “além de muita cria tividade”. Segundo o empresário e proprietário da rede, J. Hawilla, a produtora TV7 e a promotora de eventos esportivos Traffic, ambas de sua propriedade, devem come çar a trabalhar com a rede TV Tem em
breve. Além da produção de conteúdo, por parte da TV7, a Traffic deve promover eventos esportivos locais. Investimentos A nova emissora de Itapetininga, que retransmitia o sinal da Rede Globo desde o dia 6 de maio, iniciou no dia 30 de junho sua programação com a segunda edição do jornal “Tem Notícias”. A sede, localizada no Shop ping Itapetininga, integra num mesmo ambiente de trabalho engenharia, operação, estúdio e ilhas de edição. Segundo o gerente regional Valdir Reis, foram investidos R$ 4 milhões nas instalações e equipamentos da emissora. A Floripa Tecnologia foi a fornecedora do sistema integrado digital de jornalismo da emis sora, o E-News. O sitema é composto de duas ilhas de edição Velox/Incite integra
das a dois vídeo servidores redundantes NewsWare e um gerador de caracteres Inscriber. As câmeras são DVCAM Sony e o controle mestre e a exibição operam com dois vídeo servidores SpotWare e a mesa mestre MCM8000Pro, também da Floripa Tecnologia. Para atingir todos os objetivos, serão investidos R$ 6 milhões só neste ano. Parte do dinheiro deve ser usada para refazer o parque técnico. Outra parte do investimento vai para a contratação de pessoal (para a nova emissora foram contratados 39 profissionais) e para infra-estrutura. Como o investimento ainda não é o ideal, já que, para André Barroso, o valor deveria ser de R$ 30 milhões, a rede deve buscar alternativas menos custosas e fazer uma programação do investimento. “Vamos rever os modelos de trabalho”, diz.
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Estrutura e diversão
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Quem olha de fora a fachada cor-de-abóbora da casa no bairro do Brooklin, em São Paulo, não imagina a estru tura que se esconde por trás. Depois dos escritórios de praxe, logo de saída, um estúdio, uma oficina e um ateliê acolhem o trabalho de cerca de dez profissionais. O que eles estão fazendo? Desenhando, construindo bonecos e cenários para clipes e comerciais de animação. O trabalho do desenhista industrial Paolo Conti e do publicitário Arthur Medeiros começou há mais de cinco anos, quando se encontraram na Trattoria di Frame. Paolo vinha da área de desenho animado, tendo passa do por vários estúdios, e Arthur trabalhava com edição. Lá tomaram contato com os elementos em 3D, dentro e fora do computador.
O comercial da rádio 89 agradou tanto que acabou gerando uma banda virtual feita em animação.
Um tempo depois, cada um foi para um canto, mas d epois se reencontraram na Toro Filmes, produtora montada por diversos profissionais egressos da Tratto ria. A produtora combinava animação com produção ao vivo e casa de edição. Nessa época, fizeram um clipe premiado para a banda Charlie Brown Jr. e o vídeo de segurança que ainda pode ser visto nos aviões da TAM. Já estavam começando a se dedicar ao que seria o gran de foco da atual Animaking: a animação stop motion, com bonecos e outras técnicas. Dentro da Toro, a dupla sentiu que a produtora começava a viver uma crise de identidade. Arthur
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Os sócios da Animaking encontraram uma fórmula para unir seus talentos criativos e produzir comerciais e videoclipes em stop motion.
começou a trabalhar como atendimento, e percebeu a dificuldade visitando agências. “Comecei a batalhar as agências e quando mostrava nosso rolo, o pessoal per guntava: ‘mas onde devo colocar a fita, em animação, produção ou edição?’ Daí percebemos que precisávamos achar um foco”, diz Arthur. Dois anos e meio de Toro depois, Paolo e Arthur resolve ram partir para o vôo próprio. Investiram em equipamentos de finalização e na montagem de oficinas que permitissem a produção completa dos filmes, desde a criação dos perso nagens até a fita de exibição. “Nosso trabalho exige muito tempo e cuidado, para a modelagem e estrutura dos bone cos, mas também de filmagem. Muitos orçamentos acaba vam inviabilizados por causa do número de diárias. Então investimos no estúdio, com iluminação para a filmagem de animação, em uma câmera 35 mm e outra de vídeo, tripés... Também fizemos as oficinas, com todas as ferramentas”, conta Paolo. O equipamento mais diferenciado da produtora, porém, é bastante preciso, mas passa longe dos bits e chips. É, na verdade, um grande hardware: uma grua cons truída especialmente para a filmagem de animação qua dro a quadro. Construída com projeto de Paolo e seu pai, que é engenheiro, a “jabiraca” é uma grua que sobe a até 4,5 metros de altura, com controle de velocidade, altura e movimentos de rotação horizontal e vertical. Funciona também como ligeirinho, e permite ao todo oito movi mentos diferentes. “A idéia é transformar aos poucos a ‘jabiraca’ num mini-motion control para filmagem quadro a quadro. Toda a estrutura mecânica está pronta e já fun ciona muito bem, mas agora estamos começando a criar a parte eletrônica, para poder programar os movimentos sincronizados com o computador”, explica Paolo. Além dos estúdios, estão as duas oficinas onde traba lham as equipes que criam os cenários, as estruturas inter nas dos bonecos e sua aparência final. Em geral, os bonecos têm estrutura metálica, formada por segmentos encaixa dos de ferro. “Fazemos muita pesquisa e desenvolvemos
lizandradealmeida lizandra@telaviva.com.br
Muitas das técnicas de construção de bonecos foram desen volvidas internamente.
algumas técnicas. Para a parte externa dos bonecos, por exemplo, usamos foam látex e silicone, e já fazemos moldes que produzem bonecos quase sem emendas”, conta Paolo. Um dos projetos em andamento é a animação em stop motion dos bonecos da Turma do Pererê, do cartunista Ziraldo. Depois de uma apresentação de repertório na O2 Filmes, no qual conheceram a dire tora Fabrizia Pinto — filha do cartunista —, a equipe da Animaking foi convidada a desenvolver o projeto. Grande parte dos bonecos já está pronta, tendo passado pelo crivo rigoroso de Ziraldo. A série deve render 51 episódios de sete minutos e está começando a ser rodada. Outro projeto que promete trazer fru tos é um desdobramento dos comerciais que a produtora vem desenvolvendo para a rádio paulistana 89 FM, que também tem retransmissoras em outras cidades. A
direção da rádio pensou em produzir um comercial com bonecos, depois de a emis sora ficar vários anos afastada da mídia. Como a rádio não tinha agência, os conta tos foram feitos diretamente entre clientes e produtora, assim como a criação. A princípio, seria apenas uma banda que cantasse o jingle da rádio. Durante o processo, os integrantes da banda acaba ram refletindo as várias tribos que ouvem a rádio, especializada em rock e pop. O sucesso do filme no ar motivou outro filme e uma idéia: e se criassem um clipe e uma banda virtual a partir desses perso nagens, como a banda Gorillaz, em que os integrantes são de desenho animado?
Paolo e Arthur propuseram o projeto para a rádio. A idéia foi pegando e a 89 FM apresentou-a para o produtor Rick Bona dio, na época na Sony Music, que adorou. “De cara, ele produziu sete músicas e gra vou um CD, criando o demo da banda”, diz Arthur. Agora, a banda já tem integrantes, músicas próprias e até uma certa exposição na mídia. Falta só a gravadora para come çar suas turnês. Segundo Paolo e Arthur, as negociações estão avançadas e em pouco tempo a nova banda deve estourar.
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JULHO 11 a 20 Anima Mundi - XI Festival Internacional de Cinema de Animação Rio de Janeiro - RJ. Fone/fax: (21) 2543-8860. E-mail: info@animamundi.com.br. Internet: www.animamundi.com.br. 15 a 20 XVI Mostra do Audiovisual Paulista São Paulo - SP. Fone/fax: (11) 3032-3057. E-mail: audiovisual@uol.com.br. Internet: www.mostraaudiovisual.com.br. 23 a 27 Anima Mundi - XI Festival Internacional de Cinema de Animação São Paulo - SP. Fone/fax: (21) 2543-8860. E-mail: info@animamundi.com.br. Internet: www.animamundi.com.br 27 a 31 Siggraph 2003. San Diego Convention Center, San Diego, USA. Fone: (1-719) 599-3734. E-mail: cmg@siggraph.org. Internet: www.siggraph.org.
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28 a 06/09 14º Festival
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São Paulo São Paulo - SP. Fone: (11) 3034-5538. Fax: (11) 3815-9474. E-mail: spshort@kinoforum.org. Internet: www.kinoforum.org.
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[ Minuto para a mãe ] Estão abertas as inscrições para o X Festival Mundial do Minuto, que acontece entre os dias 17 e 22 de novembro. Inscrições até o dia 20 de setembro. Informações no site www.uol. com.br/minuto.
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