Tela Viva 204 - Maio 2010

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televisão, cinema e mídias eletrônicas

ano 19_#204_mai2010

NOVA DIMENSÃO Produção em 3D foi o maior destaque do NABShow 2010. Tecnologia já deixou os equipamentos mais leves e baratos.

CINEMA Com leis de incentivo, canais de TV investem mais na produção de longas

MERCADO Redes sociais foram o centro das atenções em um MipTV reduzido


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Foto: marcelo kahn

(editorial ) Presidente Diretores Editoriais Diretor Comercial Diretor Financeiro

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m uma conversa recente, na qual se discutiam as mudanças no consumo de mídia das pessoas com as novas possibilidades de plataformas, a executiva de uma grande programadora internacional lançou à mesa a pergunta de ouro: “vocês acham que as pessoas estarão dispostas a pagar pelo conteúdo?” Bem, minha resposta inicial é sim. E as evidências são muitas. Afinal, as pessoas sempre pagaram pelo conteúdo, embora sempre tenha havido também a pirataria (cópias de livros no Xerox da escola, fitas cassete, filmes em VHS etc). E continuam pagando. Serviços como iTunes e Netflix são um grande sucesso nos EUA. Aqui, milhares de pessoas assinam serviços de música online como o Sonora ou pagam para receber mensagens de SMS sobre seu time de futebol ou signo astrológico. Na Europa, os serviços de video-on-demand também têm se saído bem. Muita gente paga para jogar games online e até para ler notícias na Internet. A pergunta, a meu ver, não é “se”, mas quanto e como as pessoas pagarão pelo conteúdo. As ofertas de conteúdos, especialmente de vídeo, estão se multiplicando. Os principais fabricantes de equipamentos de consumo, como LG, Samsung e Sony, estão lançando TVs conectadas (broadband TVs) já a preços acessíveis. A LG anunciou que até o fim de 2010 metade de seus modelos se conectarão à Internet, permitindo acesso a informações, notícias e vídeos. O download de conteúdos, legais e ilegais, é um fenômeno que não pode ser ignorado. Segundo a BitTorrent, a troca de arquivos pelo seu protocolo responde por até 50% do tráfego mundial da Internet! Nos EUA, começa a se falar no fenômeno dos “cable cutters”, pessoas que cancelam suas assinatura de TV e assistem apenas TV aberta (que hoje é digital e em alta definição) e conteúdos adquiridos on-demand. Um estudo do Yankee Group feito com 6 mil usuários nos EUA mostrou que um em cada oito pretende se desconectar ainda este ano (efeito também, deve-se ressaltar, do aumento nos preços das assinaturas). Então, respondendo à pergunta, as pessoas continuarão pagando por conteúdos. A dúvida é se continuarão pagando caro para receber 200 canais lineares de vários gêneros, a maioria dos quais nunca assiste, por falta de tempo ou de interesse. O assinante de TV hoje paga para receber canais com qualidade de imagem muito inferior à da TV aberta digital, e ainda tem que engolir os canais de vendas e religiosos que pagam para ser distribuídos, sem que isso amenize os preços das assinaturas. Com a concorrência dos conteúdos on-demand, pagos ou gratuitos, este modelo em algum momento terá que ser revisto.

capa: editoria de arte/converge

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Ano19 _204_ mai/10

(índice ) NABshow

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Produção em 3D é destaque em evento em Las Vegas

Scanner Figuras TV digital

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ISDB-Tb conquista respeito no mercado internacional

Internacional

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NAB troca de comando para se adaptar ao cenário político

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Audiência Mercado

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Redes sociais e programas para a família são destaque no MipTV 2010

TV por assinatura

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GVT e CTBC preparam entrada no mercado de DTH

Making of Cinema

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Canais de TV investem na produção de filmes

( cartas)

Entrevista

Interessante como em tão pouco tempo os detentores de conteúdo deixaram de ver a Internet como ameaça para pensarem em estratégias específicas para o meio. Concordo com o presidente da BitTorrent: as pessoas precisam ter acesso ao conteúdo e gostar dele para que venha a monetização.

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Getsemane Silva assume a TV Câmara com o desafio de dinamizar as transmissões de sessões plenárias

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Case Diretor desenvolve tecnologia para edição em tempo real na sala de cinema

Tecnologia

José Eduardo Goulart, Ribeirão Preto, SP

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Fabricantes apostam nos modelos de TV com conexão à Internet

Tela Viva edita as cartas recebidas, para adequá-las a este espaço, procurando manter a máxima fidelidade ao seu conteúdo. Envie suas críticas, comentários e sugestões para cartas.telaviva@convergecom.com.br

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Enturmados FOTOS: divulgação

manhã, mas com estreia e A Globo e a Maurício de formato ainda indefinidos. Sousa Produções fecharam um Segundo José Luiz Bartolo, acordo para a TV aberta e para o diretor de licenciamento da TV canal TV Globo Internacional Globo, a previsão de estreia é para a exibição de produções da no mês de julho e a atração Turma da Mônica. O contrato tem deve ter no mínimo 15 minutos duração de três anos e prevê de duração. Segundo Maurício exclusividade de desenhos, filmes de Sousa, a demanda pelos e vinhetas dos personagens das desenhos animados da Turma histórias em quadrinhos. Já estão da Mônica tem sido grande e a garantidos 450 minutos de empresa já tem parceria com conteúdo entre antigas e novas estúdios na China, Índia, Itália e produções, entre elas as inéditas Maurício de Sousa e José Luiz Bartolo, da Globo: acordo Argentina para a produção. Ele séries produzidas pela Digital 21 de três anos para a exibição de desenhos animados no contou que está em andamento sobre o Penadinho (série de 26 canal aberto e na TV Globo Internacional. a produção de uma série de 52 episódios de 11 minutos que deve episódios de sete minutos sobre o personagem estrear ainda no segundo semestre), Turma da Mônica Ronaldinho Gaúcho, produzida por um produtor italiano Jovem e o Astronauta, esta última para a exibição em e executada por um estúdio indiano. 3D. A atração ganhará espaço na grade aos sábados pela

Dramaturgia para jovens

Pelo telefone

O Ministério da Cultura anunciou os três pilotos escolhidos entre os oito projetos finalistas do FICTV/Mais Cultura, uma iniciativa do MinC, da TV Brasil e da Cinemateca Brasileira para o incentivo à produção de teledramaturgia nacional voltada a jovens das classes C, D e E. “Natália”, da Academia de Filmes, “Brilhante Futebol Clube”, da Mixer, e “Vida de Estagiário”, da Glaz Entretenimento, receberão R$ 2,6 milhões cada para o desenvolvimento de uma minissérie de 13 episódios de 26 minutos de duração. As minisséries devem ser concluídas no final de dezembro para exibição na TV Brasil. Durante todo o processo de produção, os projetos terão oficinas de supervisão nas áreas de direção, casting e “Brilhante Futebol Clube”, da Mixer, um dos projetos direção de produção vencedores do FICTV/Mais Cultura. - o mesmo assessoramento que receberam durante a etapa de seleção, que começou em março de 2009. Os oito finalistas receberam R$ 250 mil cada para o desenvolvimento de um piloto. Os episódios foram exibidos na TV Brasil de 8 a 16 de abril. Os oito episódiospiloto também foram submetidos à análise de performance (Screen Test) realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas de Pernambuco (Ipespe). Os resultados analíticos da pesquisa qualitativa serviram para perceber as reações do público pesquisado e, com base nelas, oferecer terreno para correções nos projetos.

A MTV iniciou a comercialização de publicidade de seu aplicativo “MTV ao Vivo” para iPhone, disponível na App Store. O aplicativo, gratuito, transmite a mesma programação da MTV, em tempo real, além de oferecer notícias sobre música, geradas por uma equipe própria. Serão comercializadas quatro cotas de patrocínio no valor de R$ 65 mil cada. A cota inclui uma inserção antes do início da transmissão ao vivo, durante o período de três meses. O diretor comercial da MTV, Cláudio Prado, conta que o aplicativo estará disponível também para smartphones Nokia.

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Para elas Entrou no ar o on air de lançamento do Viva, novo canal da Globosat. O teaser, de 30 segundos, é um aviso aos anunciantes sobre o lançamento do canal no dia 18 de maio. A promo entra em chamadas cruzadas na programação dos canais Globosat. A logomarca Canal é voltado também será divulgada. O Viva para mulheres estreia com uma seleção de de 35 a 54 anos. atrações de temas como culinária, comportamento, bem-estar, realities de saúde e estilo de vida e filmes dublados dos canais Globosat e da TV Globo. O target primário do canal é composto por mulheres que são, em sua maioria, casadas, entre 35 e 54 anos. A ideia é reunir em um só canal programas de interesse deste público. •

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Cinquentona

Direitos esportivos

Brasília ganhou documentários em homenagem aos seus 50 anos. A Discovery e a Mixer coproduziram “Brasília - A Construção de Um Sonho”, que foi ao ar no dia 21 de abril, data em que a capital do País completou cinco décadas. Financiada com recursos incentivados e dirigida por Rodrigo Astiz, a produção local traz depoimentos de personagens que testemunharam a construção da cidade e daqueles que participaram diretamente do projeto, incluindo Oscar Niemeyer, Carlos Murilo Felício (primo e assessor de Juscelino Kubitschek) e Affonso Heliodoro, subchefe do gabinete de JK. O documentário também aborda os desafios da cidade que se vê em uma encruzilhada entre a preservação de seu patrimônio arquitetônico-histórico e as pressões do crescimento. A atração conta com o apoio cultural da construtora Racional. O The History Channel também exibiu o documentário das produtoras brasilienses Videografia e Ligocki

A Liga do Nordeste fechou contrato com o canal Esporte Interativo para a transmissão do Campeonato do Nordeste, competição entre os 16 maiores clubes de sete estados nordestinos entre junho e dezembro. O contrato ainda confere ao Esporte Interativo o direito de negociar, com exclusividade, os direitos de transmissão com redes de televisão abertas no País nos próximos cinco anos. A competição teve sua última edição em 2002, quando gerou receita de R$ 15,5 milhões de reais, entre direitos de transmissão e patrocínio, e foi a maior fonte de renda dos clubes da região. Naquele ano, a competição foi transmitida pela TV Globo e pela DirecTV, que compraram os direitos de TV aberta e paga, respectivamente, e contou com patrocínios de Coca-Cola, TIM, Bavária, Tigre e Sat Combustíveis (atualmente Ale Combustíveis).

Documentário “Brasília – A Construção de Um Sonho”, coproduzido pela Mixer e pelo Discovery Channel.

“Cidades Inventadas”. A produção aborda a formação de três cidades brasileiras: Brasília, Recife e Salvador, que foram criadas para serem capitais geopoliticamente estratégicas para a ocupação do território nacional. A atração também foi ao ar no dia 21 de abril.


( scanner) Canal de marca

Pitching &/4/3 $)65,'! §/

novidade no canal A Dínamo da Oi é que“Os Entretenimento, Buchas”, da carioca produtora do Grupo Pérola Negra Dínamo (que agrega Produções ganhou também a Dínamo segunda temporada. Digital e a Dínamo A atração sobre as Filmes), venceu o desventuras concurso promovido amorosas pela Oi TV para masculinas ganha escolher um novo seis novos episódios programa para o que vão ao ar às canal Oi com Priscila Assum, protagonista sextas-feiras, às 21h exibição também de “Status: Solteira”, da Dínamo Entretenimento e têm reprise na pela Internet e pelo programação. Na celular. “Status: sexta-feira passada, 16, foi ao Solteira” conta ar um episódio de retrospecto e a história de uma mulher que apresentação dos atores. Uma chega aos 30 anos de idade e, semana após a exibição na TV, os cansada dos relacionamentos episódios também podem ser reais, decide encontrar seu amor vistos no site www.canaloi.com. pela Internet. Mais de 130 br/osbuchas. Há ainda seis projetos foram inscritos e “Status: episódios exclusivos para celular, Solteira” venceu a disputa final com finais alternativos aos com “You Rock”, ganhando 54% episódios da televisão e SMS com dos mais de 300 mil votos piadas e dicas de cantadas. “Os recebidos em duas semanas. A Buchas” foi o vencedor do série de 24 episódios de 12 pitching 2008 da Oi para minutos tem direção de Marcus produtores de conteúdo Baldini e direção geral de convergente entre plataformas. produção de Clay Lins. Outra

A Elo Company, empresa com foco em novas mídias e distribuição de conteúdo audiovisual, e a CPFL Cultura criaram o canal branded CPFL Cultura. O canal disponibiliza gratuitamente pela Internet episódios do programa “Café Filosófico CPFL”, patrocinado pela empresa, que vai ao ar pela TV Cultura. Os encontros e as gravações acontecem em várias cidades brasileiras, de maneira que nem sempre podem ser acompanhados ao vivo pelos interessados. O canal branded da CPFL Cultura está disponível na plataforma de vídeos TV blinkxbrasil by Elo Company. A plataforma é resultado de uma parceria entre a Elo e a blinkx, empresa detentora de tecnologia de busca de vídeo, e saiu da versão beta para definitiva. Além do canal brand, os canais Elo estão presentes na plataforma, como Elo Cinema, Elo Sustentável, Elo Raízes, Elo Arte, Elo Anima, Elo Gourmet, Elo Fashion, Elo Leitura, entre outros. O canal Elo Cinema aumentou o portfólio com 13 longas de ficção e cinco documentários da Companhia Cinematográfica Vera Cruz e filmes do cineasta Sérgio Bianchi gratuitamente aos internautas. Estarão disponíveis os longasmetragens “Romance”, “Causa Secreta” e “Maldita Coincidência” e os curtas-metragens “A Segunda Besta”, “Omnibus”, “Divina Previdência” e “Mato Eles?”.

Redes sociais A ESPN lançou seu novo portal (www.espn. com.br). A meta da reformulação é duplicar a audiência, que hoje é de aproximadamente 2,5 milhões de usuários únicos por mês, até o final do ano. As redes sociais ganharam força na nova versão. O Twitter, o Facebook e o Orkut estão na home page do portal com o objetivo de estimular o internauta a utilizar esses novos meios de comunicação e, assim, interagir ainda mais com a ESPN. Por meio do Twitter, os posts dos colunistas serão exibidos na página principal do site e os retuites de fãs do esporte também poderão ser vistos. Pelo Facebook, será possível acompanhar os bastidores da produção de um programa, participar de promoções, entre outros. E no Youtube, a ESPN está presente no canal Palpita Brasil, lançado em parceria com o Google. Nele, é possível enviar vídeos e acompanhar matérias produzidas por talentos da ESPN. O novo portal aumenta a oferta de vídeos e tem área destinada aos resultados dos principais eventos esportivos do Brasil e do 8

mundo. Ele contará também com o conteúdo jornalístico, galeria de fotos, espaço com os destaques da programação dos três canais ESPN, da Rádio Eldorado ESPN e da Revista ESPN, entre outros. Muitas alterações estão diretamente ligadas à Copa do Mundo. O conteúdo inclui tabela dos jogos, história e curiosidades. Uma novidade é o Bolão da Convocação, que entra no ar com o lançamento do novo portal, e o Bolão da Copa, com início previsto para maio. Os espaços para anunciantes também aumentaram e passaram a ser temáticos e modulares. Cada anunciante é único em seu módulo. A área de placares e resultados, por exemplo, tem patrocinadores exclusivos. Além disso, publicidade em vídeos e intervenções na home page complementam o portfólio de soluções para os anunciantes.

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Mudanças O canal Animax apresenta algumas mudanças em maio. Uma delas é o público, que foi ampliado: agora o canal é destinado à audiência entre 14 e 24 anos de idade. Em relação ao conteúdo, o canal promete a cobertura de eventos locais vinculados com o entretenimento mundial. Os destaques ficam com as novas atrações “Gamers TV”, produzida no México e dedicada ao mundo do videogame, e “in the QUBE”, revista eletrônica semanal sobre lazer e entretenimento. O canal também reforça sua presença na web e nas plataformas móveis. Para acompanhar as mudanças, o canal apresenta on air renovado. Canal Animax apresenta renovações e foca na audiência de 14 a 24 anos. “Gamers TV”, uma produção mexicana, é um dos destaques da atração.

Gol com a mão A Claro está oferecendo para seus assinantes um serviço chamado GolMaxx, que envia por SMS alertas de gols e links WAP Push para que o usuário assista o vídeo de cada gol que acontece nas partidas do seu time. A previsão é alcançar 250 mil assinantes até o fim do ano. O GolMaxx foi criado e é gerenciado pelas empresas A&R Mobile - BlueMaxx e PeopleWay. A primeira é responsável pela captação, edição, compressão e adaptação das imagens durante as partidas. A A&R Mobile - BlueMaxx assinou contrato com 17 clubes brasileiros para ter o direito de uso de suas imagens em telefones celulares. A PeopleWay, por sua vez, se encarrega da integração com as operadoras. A Claro tem contrato de exclusividade do serviço até o final do ano para os campeonatos estaduais, Libertadores da América e Copa do Brasil. Nada impede que no Campeonato Brasileiro outras operadoras lancem o serviço. O GolMaxx pode ser assinado enviando uma mensagem com o nome do time para o número 780. Então, o usuário passará a receber alertas quando seu clube jogar. Cada SMS custa R$ 0,31, mais impostos. Se o time jogar em um estádio que ainda não possui filmagem pela A&R Mobile - BlueMaxx, o usuário recebe apenas o aviso do gol por escrito. A receita é dividida entre a operadora, a PeopleWay, a A&R Mobile - BlueMaxx e os clubes.

Venda de mídia A Turner lançou o portal de vendas TurnerMediaPlus (www.turnermediaplus.com.br). A proposta da plataforma, que contém dados de pesquisa sobre os canais, informações sobre projetos customizados e detalhes sobre programação, entre outras informações, é digitalizar o processo de planejamento e compra de mídia.

Segunda temporada de “Samba na Gamboa”, produção da carioca Giros para a TV Brasil.

Estreias A produtora carioca Giros estreia três atrações no primeiro semestre. Uma delas é o “Detetives da História”, com seis episódios de uma hora para o canal The History Channel. Além dessa, segundo o produtor Belisario Franca, outros dois programas da produtora vão ao ar nos próximos meses: “O Estilo Brasil”, segunda temporada sobre manifestações artísticas e comportamentais de personagens vanguardistas para o Fashion TV, e a segunda temporada da série musical “Samba na Gamboa”, apresentada por Diogo Nogueira na TV Brasil. Franca conta que a produtora trabalha em novos projetos para o segundo semestre, entre eles, a série “Sagrado”, para o canal Futura.

Ensino à distância A Sky e a PUC-SP firmaram uma parceria para oferecer serviços de educação à distância para todos os assinantes da operadora. A nova plataforma de ensino foi viabilizada pela unidade de negócio Sky Empresas. A operadora reservou um canal de televisão exclusivo para exibição das aulas, que será liberado para todos os clientes que se inscreverem nos cursos. As aulas acontecerão de um estúdio da TV PUC em São Paulo, uma vez por semana e com duas horas de duração. Os cursos serão oferecidos em módulos de extensão universitária com 40 horas de duração, certificados pela universidade e reconhecidos pelo Ministério da Educação. Além de atividades supervisionadas, os alunos contarão com ferramentas de apoio, como atividades acadêmicas, avaliações, exercícios e resoluções de casos por meio da plataforma de Ensino a Distância da PUC-SP. Para o primeiro semestre de 2010, estão programados os cursos de gestão estratégica empreendedora, gestão estratégica de “carreiras” e “inglês oral”. A Sky tem um programa semelhante com o Grupo Educacional Uninter, de Curitiba, desde maio de 2009.

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( scanner) Play no Rio

Os jornalistas Paulo Markun e Carlos Fino em Portugal.

Lá e cá O programa “Brasil, Portugal - Lá e Cá”, produzido pela TV Cultura e pela Rádio e Televisão de Portugal (RTP) estreou na emissora brasileira no final de abril. Em 13 episódios de 30 minutos, a atração semanal aborda as semelhanças e diferenças entre os dois países por meio de reportagens especiais, conversas descontraídas, reflexões, entrevistas exclusivas e muitas imagens dos arquivos dos dois canais. O programa é apresentado pelo jornalista Paulo Markun e pelo convidado especial do programa, Carlos Fino, conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal no Brasil. Portal A Fundação Padre Anchieta (FPA), mantenedora da TV Cultura, lançou também o portal Cultura Brasil, dedicado à música brasileira. A ideia é aproveitar o acervo de 200 mil vídeos em formato digital da TV e também inúmeras horas de gravação da Rádio Cultura, oferecendo-os no site gratuitamente. Além do acervo, o site também traz programas atuais da TV e da rádio, bem como de programas ao vivo. O portal também terá produções originais, como entrevistas, textos, vídeos, podcasts e fotos. O evento de lançamento, na sede da emissora, acabou virando um ato informal de despedida e desagravo ao presidente da FPA, Paulo Markun, que foi bastante aplaudido pelos artistas e funcionários que lotaram o estúdio onde se deu o anúncio. Markun retirou sua candidatura à reeleição em favor do atual secretário da Cultura do Estado, João Sayad.

FOTO: edu moraes

Informação de bordo A Record News transmitirá via satélite boletins de notícias para os vôos da Avianca, como parte da programação da TV Avianca, serviço de entretenimento de bordo da companhia aérea. O conteúdo será enviado diariamente, com notícias, esportes e variedades, e será exibido nas aeronaves Airbus A319. O processo consiste em cargas diárias, devidamente atualizadas, captadas da programação da grade da Record News. A abertura e apresentação dos programas serão realizadas pelos próprios jornalistas e apresentadores da emissora, de forma personalizada, para a TV Avianca. “Economia & Negócios”, da Record News: canal levará conteúdo para os vôos da Avianca.

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A produtora musical Play it Again, que tem bases em São Paulo, Curitiba e Lisboa, chega ao mercado carioca por meio de uma associação com o estúdio Casa do Mato. A unidade de produção do Rio de Janeiro terá Kiki Eisenbraun como diretora comercial e Dan Lassen como produtor musical. “Agora, contando com todas as unidades, temos oito salas. Ganhamos agilidade e capacidade de lidar com grande volume de trabalho, além de casting diferenciado, o que acrescenta muito no valor Tula Minassian, da final”, explica Play it Again, que inaugura unidade Tula Minassian, no Rio de Janeiro. diretor da produtora, contando que a Play it Again tem feito uma média de 40 jobs por mês. A unidade do Rio de Janeiro deve trabalhar com publicidade, mas também é estratégica para o desenvolvimento da Play RK30, núcleo criado em 2008 para atender às demandas de cinema, televisão e novas mídias, já que o mercado carioca de conteúdo é expressivo. A Play RK30, comandada por Bia Ambrogi (ex-Mega e Teleimage) representa hoje 8,1% do negócio da produtora. A projeção de crescimento da Play it Again para 2010 é de 38%.

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Jovial A Band apresentou em abril as principais atrações da programação do canal em 2010. Além da Copa do Mundo, os destaques da apresentação foram as séries e os reality shows, que chegam para dar uma cara mais jovem à emissora. “Teremos uma Band mais jovem, bem informada e sem medo de ser mais feminina”, disse o vicepresidente da emissora, Marcelo Meira, lembrando que o público da Band é majoritariamente masculino e mais velho. A sitcom “Anjos do Sexo” marca a volta da produção de teledramaturgia na emissora. A produção, que acontece no Rio de Janeiro, terá duas temporadas de 13 episódios Rafinha Bastos em “A Liga”, nova atração da Band produzida pela Cuatro Cabezas. cada. Além desta, a Band prepara a estreia dos programas “Busão do Brasil”, da Endemol; “The também estreia em maio uma nova identidade visual. Phone”, da Fremantle Media; e das produções da Cuatro Como parte desse movimento para se aproximar do Cabezas “A Liga”, “Polícia 24h” e “O Formigueiro”. Ainda público jovem, a Band prepara uma nova série com a na linha de realidade, a emissora produz o humorístico “É Mixer. Trata-se de “Julie e os Fantasmas”, série de ficção Tudo Improviso”, e “Tribunal na TV”, uma mistura de voltada para o público infantojuvenil, que ainda vai entrar jornalismo e dramaturgia com apresentação de Marcelo em pré-produção. Segundo o diretor de programação da Rezende. As séries americanas, com destaque para as Band, Hélio Vargas, a série deve estrear na grade do canal produções HBO, também terão lugar de destaque na em março ou abril do ano que vem. De acordo com programação. “Band of Brothers” será exibida de 3 a 14 de Marcelo Meira, a série contará com recursos do próprio maio, às 21h. Para marcar a nova programação, o canal canal e incentivados.


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Pós-produção

A Discovery Networks Latin America/US Hispanic contratou Elizângela Mariani como gerente de publicidade no Brasil. A executiva ficará baseada em São Paulo e se reportará a Raul Costa, vice-presidente de vendas comerciais da Discovery Networks no Brasil. Elizângela iniciou sua carreira no meio publicitário, com passagens por agências como Taterka e Young & Rubicam, onde chegou a atuar como diretora de Elizângela Mariani pesquisa de mídia. No mercado de TV por assinatura ela integrou as equipes executivas da Warner como gerente de marketing e posteriormente como gerente de publicidade. Também foi gerente de contas da Sony Pictures Television. Na Discovery, Elizângela atuará na comercialização de publicidade para os canais da rede no País, dedicando esforços para a captação de novos anunciantes, gerenciamento e expansão dos atuais clientes. Ela também responderá pelo desenvolvimento de parcerias comerciais e ações integradas junto aos departamentos de marketing, pesquisa e programação a fim de proporcionar aos anunciantes pacotes inovadores em diferentes plataformas.

A mineira Cisup – Companhia de Imagem e Sons completou dez anos e montou nova estrutura de produção e contratou o coordenador de pós-produção Carlos Alberto, conhecido como Cacá. Com 25 anos de profissão, ele tem passagens pela TV Alterosa e pela Alterosa Cinevídeo.

Sócio O Grupo Etc...Participações formado pelas produtores Mixer, Coffee, CB Filmes e Pan Filmes passa a ter Fábio Quinteiro como sócio. A frente da CB Filmes, produtora dedicada exclusivamente à produção para a Casas Bahia, Quinteiro acumula a função de diretor executivo de novos negócios do grupo.

Relações Públicas Maria Daniela Zavala foi contratada como gerente sênior de relações públicas e comunicações corporativas para os canais A&E, The History Channel e The Biography Channel para América Latina. Antes de assumir o cargo na A&E Ole Networks, Daniela foi responsável pela área de relações públicas e comunicação corporativa do Warner Channel na América Latina.

Fotos: divulgação

Foto: arquivo

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Mobile Entertainment Forum O capítulo latino-americano do Mobile Entertainment Forum (MEF-Latam) anunciou os nomes que fazem parte do seu conselho. Compõem o board: o chairman, Ron Czerny (Playphone); o vice-chairman Jorge Partidas (WAU Móvil); o gerente geral Filipe Rosa; e os diretores Rafaela Furtado (Abril Digital), Ana Paula Lima (Spring Wireless), Jose Mannis (Mobint), Eric Nice (Arvato), Paulo Pessoa (TIM we), Luca Ruju (Zero9), Filippo Satolli (Dada.net), Seth Schachner (Sony Music), Pieter van Dijk (KPMG) e Roberto Vilanova (Nokia).O capítulo latino-americano do MEF foi criado em novembro do ano passado com o objetivo de fomentar o mercado de conteúdo móvel na região, com apoio de 41 membros fundadores, entre os quais se destacam fabricantes, como Nokia e Samsung, e operadoras, como Vivo, TIM e Telefônica.

Gerente O Grupo Sony Pictures Television anuncia a contratação de Pedro Barros como novo gerente de vendas no País. O profissional tem 17 anos de experiência no mercado publicitário e já atuou na Rádio Eldorado e MTV Brasil. Barros ficará baseado em São Paulo e se reportará ao vice-presidende de Ad Sales do Grupo SPT, Alberto Niccoli Junior.

Diretor comercial Rafael Grostein é o novo diretor comercial da Conspira Concept, núcleo de webfilmes e branded content do Grupo Conspiração. Há dois anos Rafael estava na área comercial e de desenvolvimento de negócios da Pontomobi Interactive, agência focada no mercado de conteúdo e aplicativos mobile. Desde o início de 2010, trabalhava, pela Pontomobi, na criação e planejamento de ações mobile da Ogilvy Interactive, em São Paulo.

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Atendimento

Som

Marcos Romera

A Ultrassom Music Ideas reforça a equipe com três contratações: Marcos Romera, Erico Theobaldo e Marília Botelho. Romera e Theobaldo assumem como Erico Theobaldo produtores e multi-instrumentistas. Maria Botelho é gerente de novos negócios e tem a missão de desenvolver produtos diferenciados para rádio e novas mídias.

A Dínamo Filmes, produtora de filmes publicitários do Grupo Dínamo, reforça o seu departamento de atendimento com a contratação de Juliana Costa. A profissional passa a integrar a equipe de atendimento da Dimitria Cardoso e Juliana Costa produtora, dirigida por Dimitria Cardoso e que conta também com Claudio Tolentino, Paula Molinari e Raquel Moreno.

Secretaria do Audiovisual Mídia A Neogama/BBH contratou Andréia Abud (ex-Young & Rubicam) como diretora de mídia. A profissional tem 11 anos de experiência na área com passagens pela Novagência/SNBB e Upgrade Comunicação Total.

A equipe de vendas publicitárias da Turner ganhou reforços com a chegada do diretor de vendas Maurício Rollo (ex-Warner Channel), dos executivos de contas William Freitas (ex-Rádio Bandeirantes) e Ellen Biagio (Editora Peixes), e de Suzan Theodoro (ex-TVA e McCann Erickson do Brasil) na equipe de planejamento. O departamento de vendas da Turner é liderado por Rafael Davini, que também Rafael Davini ganha novas atribuições. O vice-presidente de vendas publicitárias e marketing da Turner International do Brasil e Turner Miami comanda também as equipes publicitárias dos escritórios do México, Panamá e Colômbia, liderando um time de 70 pessoas nos cinco escritórios.

Mídias digitais

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Direção de arte Como parte da reestruturação da Matisse, Fábio Onofre foi contratado como head of art e será responsável pela direção de arte da agência. Há mais de 15 anos no mercado, Onofre teve passagens por agências como Artplan, DPZ, Agência 3, Carillo Pastore, EURO RSCG, Publicis e MPM.

Pós-produção

Sérgio Kligin é o novo diretor comercial de Mídias Digitais do Grupo Estado, área responsável por toda a estratégia comercial e de relacionamento com o mercado publicitário nesse segmento. Kligin tem 16 anos de Grupo Estado, sendo dez atuando com Internet. Participou do start up de todas as operações digitais no Grupo desde seu inicio, em janeiro de 2000.

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Foto: ricardo ferreira

Vendas

O Ministério da Cultura informou que o cineasta e roteirista Newton Cannito assume em maio o cargo de secretário do audiovisual. Ele substitui Silvio Da-Rin, que entrega o cargo a pedido do ministro Juca Ferreira As missões do novo secretário, segundo o MinC, serão “debater com a sociedade a criação do canal da Cultura na TV Digital e a implementação, em parceria com artistas e produtores, do Fundo Setorial de Incentivo à Inovação do Audiovisual, além de dar continuidade aos bem sucedidos editais e programas da SAv/ MinC”. Cannito é doutor pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), trabalhou como roteirista de TV na série “9mm” (coproduzida e exibida pelo canal Fox), e no cinema, com “Quanto vale ou é por quilo?”. Atualmente, é diretor da Associação Paulista de Cineastas e membro do conselho da Associação de Roteiristas.

A dupla de diretores Vellas e Laga é a nova contratação da Prodigo Films. Vellas é motion designer e foi diretor de arte na DM9 e Ogilvy. Laga trabalhou como designer e diretor de arte na EuroRSCG, Ogilvy e RMG. Com passagem pela Ioiô Filmes, a dupla cria e dirige filmes desde 2008 com foco em animação e pós-produção.

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Fernando Lauterjung, de Las Vegas

f e r n a n d o @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

O mundo nĂŁo ĂŠ mais plano .!"SHOW MOSTRA QUE O CONTEĂžDO $ NĂŽO Ă? UM MODISMO 0ARA FABRICANTES PRODUTORES TERĂŽO QUE SUPRIR DEMANDA POR CONTEĂžDO RELEVANTE E INVESTIR EM EQUIPAMENTOS

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pontado como tendência em diversos momentos desde a dÊcada de 1950, principalmente para o cinema, a estereoscopia de imagem parece que, finalmente, vem para o cotidiano das pessoas. Este Ê, claramente, o futuro visualizado pela indústria na NABshow, feira promovida pela maior associação de radiodifusores dos Estados Unidos em abril, em Las Vegas. Trata-se do evento que aponta as principais tecnologias para o setor audiovisual e, vez ou outra, tecnologias que ultrapassam a fronteira dos bastidores e mudam a forma como o conteúdo Ê consumido. A edição de 2010 do evento parece ter sido uma das que apontam uma mudança importante na radiodifusão, com impacto em todo o audiovisual: pela primeira vez, o 3D não foi apresentado como tendência, mas como realidade eminente. Todos os tradicionais fornecedores de tecnologia apresentaram solução para produção e difusão de imagens estereoscópicas. Desde a indefectível abertura com o presidente da NAB atÊ o encerramento da feira, o 3D esteve presente. Aos olhos leigos, a novidade Ê ainda mais impactante que a última grande revolução do setor, a alta definição. O que se comentava nos corredores Ê que esta mudança, assim como foi quando as cores chegaram à televisão, Ê autoexplicativa. Não serå necessårio o mesmo esforço despendido para explicar ao consumidor mÊdio porque ele deveria comprar um novo televisor, em alta definição. Desta vez,

a experiĂŞncia visual ĂŠ muito mais significativa. Na feira, a experiĂŞncia estava em quase todos os estandes, que sempre contavam com dezenas de Ăłculos com lentes polarizadas dispostos em uma bancada Ă disposição dos visitantes. A nova tecnologia foi apresentada em soluçþes destinadas Ă produção de entretenimento e de esportes. As primeiras experiĂŞncias, bem como alguns planos, tambĂŠm fizeram parte das apresentaçþes oficiais. Jeffrey Katzenberg, CEO da DreamWorks, foi a grande atração do evento, pelo menos no que se refere ao buzz do momento. O executivo, um dos mais respeitados da indĂşstria cinematogrĂĄfica, fez uma defesa do investimento “corretoâ€?na produção em 3D. Katzenberg, ĂŠ um forte crĂ­tico Ă conversĂŁo de material 2D em 3D por software. Para ele, esse tipo de produto pode interferir negativamente no valor que o consumidor ainda tem sobre o 3D. “Se vocĂŞ quer que as pessoas paguem um valor ‘premium’, vocĂŞ precisa entregar algo correspondenteâ€?, disse o executivo da DreamWorks. Ele usou o termo “golpeâ€? ao falar sobre os lançamentos dos estĂşdios de tĂ­tulos 3D originalmente produzidos em 2D. Katzenberg referia-se ao filme “FĂşria de TitĂŁsâ€?, que jĂĄ havia recebido duras

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crĂ­ticas do executivo em outros eventos. O tĂ­tulo acompanha nos Estados Unidos o sucesso de filmes originalmente criados para exibição 3D, liderados por “Avatarâ€?, “Alice no PaĂ­s das Maravilhasâ€? e “Como Treinar seu DragĂŁoâ€?. Segundo o executivo, o sucesso do filme, apesar das crĂ­ticas negativas, se dĂĄ porque o consumidor estĂĄ ĂĄvido por filmes 3D, por conta do ineditismo da tecnologia. “As pessoas estĂŁo excitadas com o que conseguimos fazerâ€?, disse. Contudo, para ele, o sucesso deste tĂ­tulo ĂŠ negativo para a indĂşstria, uma vez que frustra o pĂşblico que pagou caro pela experiĂŞncia em 3D. “Espero que a indĂşstria invista em fazer 3D ‘direito’â€?. “Direitoâ€?, mas convertido Katzenberg, contudo, nĂŁo descarta a conversĂŁo de filmes 2D para 3D, quando feito da forma que chamou de correta. Para o executivo, nĂŁo adianta usar um software de conversĂŁo automĂĄtica, ĂŠ necessĂĄrio investir para colocar “dimensionalidadeâ€? na obra, com auxĂ­lio de seus autores. A prĂłpria DreamWorks estĂĄ investindo na conversĂŁo de “Shrekâ€?. O executivo


Televisão Centenas de pessoas ficaram frustradas porque não conseguiram entrar em um painel lotado com apresentações da ESPN, que reuniu os executivos da programadora Anthony Bailey, Phil Orlins e Robert Toms, além de Vince Pace, cinegrafista e CEO da Pace, que, ao lado da 3ality, é pioneira na criação de câmeras 3D, bem como no uso destas câmeras. Os executivos

imagens geradas para o 3D não resultariam em uma cobertura 2D eficiente. Segundo ele, os enquadramentos e a dinâmica de edição precisam ser, necessariamente, diferentes. Ou seja, são necessárias duas equipes de produção, não apenas na captação das imagens. Mas a programadora deve continuar investindo esforços para reduzir os custos de produção 3D/2D. “Nossa meta ainda é reduzir o máximo possível estes custos” diz Bailey, apontando que devem um dia chegar próximos aos custos de captação apenas em 2D. Para o cinegrafista e projetista de câmeras 3D e submarinas Vince Pace, devem surgir em breve tecnologias de automação da produção em 3D. Além

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lembrou que George Lucas e James Cameron preparam versões de “Star Wars” e “Titanic”, afirmando que viu os testes com o longa de Cameron, e que são “espetaculares”. Segundo Katzenberg, essa conversão dos títulos deve levar até 18 meses e custar mais de US$ 20 milhões. “Nem todo o mundo terá recursos para fazer ‘direito’”, disse. O executivo fez ainda um adendo, explicando que alguns filmes podem ser rodados em 2D e posteriormente convertidos, desde que tenham isso em mente desde o início da produção. Este foi o caso, por exemplo, de “Alice no País das Maravilhas”, de Tim Burton. Katzenberg também se mostrou entusiasmado com o lançamento de televisores 3D. Segundo ele, a tecnologia 3D deve valorizar significativamente o mercado de home video. Tanto televisores quanto Blu Ray players com essa característica já estão nas lojas nos Estados Unidos. No Brasil, começam a chegar este ano. Para ele, os títulos de cinema não são os únicos que farão sucesso nos televisores 3D. O executivo acredita que os videogames também devem entrar em uma fase importante. Além disso, claro, apostou na transmissão de esportes, embora acredite que apenas algumas modalidades se saiam bem na estereoscopia, como golfe e curling.

Vince Pace, da Pace, com Bailey, Orlins e Toms, da ESPN: experiências em esporte em 3D.

apresentaram algumas das lições que aprenderam com testes realizados ainda em 2009, e apontaram alguns desafios na produção para garantir uma experiência agradável ao espectador. A captação de uma partida da liga universitária de futebol americano e de um jogo de basquete dos

as principais fabricantes apresentaram soluções para produção e distribuição em 3d. Harlem Globetrotters serviram como laboratório para a ESPN, que captou em parceria com a Pace. Segundo Phil Orlins, que coordena a produção em eventos pela ESPN, o desafio era criar uma experiência nova e surpreendente para o telespectador, mas sem deixar de lado as premissas da cobertura esportiva. Uma das lições, apontou Robert Toms, foi posicionar as câmeras mais longe, mantendo um ângulo mais aberto das jogadas. Além disso, a inclusão de mais câmeras, para pegar as jogadas individuais, também foi apontado como algo necessário, o que mostra que a produção de jogos em 3D deve ser mais cara, demandando mais mão de obra e equipamentos. Uma solução para reduzir este custo seria usar apenas a lente esquerda dos equipamentos de aquisição 3D para fazer o feed de sinal 2D. Anthony Bailey, VP de tecnologia da programadora, afirmou que isso não seria possível. Não por uma questão tecnológica, mas porque as

disso, a tendência é que o custo dos equipamentos caia. Segundo Pace, as pessoas veem valor no 3D, por isso há a tendência em investir esforços e dinheiro para resolver as questões ainda pendentes na tecnologia, incluindo o custo. Tecnologia Os principais fabricantes de equipamentos apresentaram suas soluções para a produção em 3D. A Panasonic é primeira empresa a lançar uma camcorder 3D, a AG-3DA1. Ao contrário das outras soluções para aquisição 3D, que consistem em dois conjuntos de câmeras e lentes montados em paralelo ou empilhados, com o uso de espelhos, o novo equipamento da Panasonic conta com lentes integradas e gravação full HD em cartões de memória. A aparência do equipamento, bem como a operação, é semelhante à de uma camcorder convencional. A diferença está na largura do conjunto de lentes, que abriga duas lentes em paralelo, que são operadas de forma conjunta. O equipamento será vendido por US$ 21 mil. O equipamento conta com

“Espero que a indústria invista para fazer 3D ‘direito’.” Jeffrey Katzenberg, da DreamWorks

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FOTOs: divulgação

A Panasonic lançou na feira a primeira dois chips de aquisição de imagens camcorder handheld estereoscópica. 3-MOS de 1/4,1 de polegada de 2.07 megapixel (1920 x 1080). Cada chip é conteúdo, a Grass Valley apresentou uma responsável por um dos canais da nova versão do encoder ViBE EM3000 imagem estereoscópica. A câmera MPEG-4 HD, configurado para pode gravar até 180 minutos em dois comprimir o sinal 3D cartões 32GB SD, podendo ainda usar “lado a lado”, de modo um equipamento de gravação que possa ser recebido externo. Como conta com controle pela base já instalada remoto de foco, zoom, gravação e de set-top boxes da TV ajuste de ponto de convergência (3D), por assinatura. pode ser usada para produções ao A fabricante lançou vivo. Além da camcorder, a Panasonic ainda um upgrade de lançou um monitor profissional de software que permite duplicar o número 25” e um mixer para produção 3D ao de canais nos servidores K2 Solo e nos vivo. O equipamento da Panasonic é o clientes de produção K2 Summit. Com isso, primeiro que pode ser usado por será possível usar o equipamento para qualquer cinegrafista acostumado produção 3D, sem a necessidade de com a produção 2D, sem a hardware adicional. necessidade de um treinamento A Harris também apostou na venda do aprofundado. Basta aprender a workflow end-to-end para 3DTV. “Um lidar com o ponto de convergência da imagem estereoscópica. o esporte deve ser um dos conteúdos A Grass mais valiosos na televisão em 3D. Valley mostrou quarto dos espectadores pretendem no evento que seu workflow já atende investir em um televisor 3D nos próximos às produções estereoscópicas. A três anos, portanto os radiodifusores estão fabricante apresentou uma solução de se equipando para suprir a demanda por transporte de conteúdo 3D tanto para conteúdo”, disse Harris Morris, presidente os links de contribuição quanto para da Harris em entrevista coletiva. A a distribuição final. Além das fabricante garante que boa parte de seus câmeras LDK 8000 montadas para equipamentos de workflow em 1.5 Gb/s e captação em 3D pela 3ality. 3 Gb/s poderão ser convertidos para A aposta em links de contribuição operação em 3D por software, o que é resultado de outra aposta da permite converter a infra-estrutura do empresa: o esporte deve ser um dos canal facilmente, no momento em que a conteúdos mais valiosos na televisão emissora optar por trabalhar em 3D. em 3D. O novo encoder de Os encoders NetVX da fabricante, contribuição ViBE VA5004, que pode bem como outros equipamentos de trabalhar com sinal de 3 Gb/s, aceita processamento de sinal, já foram usados os dois canais captados para o 3D e em diversas transmissões teste nos usa o codec JPEG 2000 para Estados Unidos. Segundo a Harris, compressão sem já estão aptos a trabalhar em 3D perda de qualidade. todos os seus sistemas de O equipamento faz automação, o switcher com que a IconMaster, os geradores gráficos compressão dos dois Inscriber, os encoders NetVX e canais se de dê forma NetPlus, os exibidores Nexio, entre integrada, garantindo outros produtos. a sincronização na Tradicionalmente, a Sony outra ponta. Já para a distribuição para o Hiroshi Yoshioka, da Sony, espera vender 100 milhões de TVs 3D em três anos. consumidor final do

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aproveita a NAB para lançar um switcher de produção. Este ano, obviamente, o switcher apresentado é preparado para produção 3D. O MVS8000X foi apresentado como uma ponte da produção 2D 720p e 1080i para produção 1080p em 3Gbps e 3D. No caso da produção 3D, o equipa­ mento facilita a operação ao permitir que os dois sinais que formam o conteúdo 3D sejam operados como se fossem apenas um sinal. A Sony também apresentou o processador MPE-200 3D, que reduz o número de ajustes mecânicos necessários nas câmeras montadas para captação em 3D, já que analisa os sinais das duas câmeras, aponta eventuais erros e corrige alguns parâmetros nos equipamentos. Além de câmera, também montada pela 3ality, a Sony apresentou a nova versão dos decks de gravação SRW, que passam a lidar com conteúdo 3D. A gigante japonesa teve papel de destaque no evento, com apresentação do presidente mundial da área de produtos de consumo da companhia na abertura. Hiroshi Yoshioka afirmou que “o 3D transformará a forma como o entretenimento é produzido e vivenciado”. Segundo o executivo, a Sony deve vender 100 milhões de unidades de televisores 3D globalmente nos próximos três anos. Além disso, prometeu para breve uma versão 3D do PlayStation 3, com os primeiros games sendo lançados no segundo semestre. A fabricante japonesa demonstra ainda Blu Ray players com a tecnologia.



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Sob a luz dos holofotes )3$" 4B CONQUISTA RESPEITO DOS FABRICANTES INTERNACIONAIS E DEVE AVANÂĽAR PARA FORA DA !MĂ?RICA ,ATINA 2EPRESENTANTES DA INDĂžSTRIA DA RADIODIFUSĂŽO E DO GOVERNO BRASILEIRO APROVEITARAM O .!"SHOW PRINCIPAL EVENTO DA RADIODIFUSĂŽO PARA hVENDERv O PADRĂŽO

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pós ser oficializada em boa parte da AmÊrica do Sul, a versão brasileira do padrão japonês de TV digital, o ISDB-Tb, conquistou respeito internacional, abrindo portas para que os defensores da difusão internacional do padrão possam apresentar suas vantagens em outros territórios. A credibilidade do padrão ficou evidente no NABshow, evento que aconteceu em abril, em Las Vegas, promovido pela principal associação de radiodifusores dos Estados Unidos. Competindo com os grandes fabricantes de equipamentos de transmissão, que anunciaram no evento linhas de produtos destinadas ao mercado ISDB-Tb, estavam os fabricantes brasileiros de transmissores, que demonstravam seus equipamentos com transmissþes-testes realizadas durante a feira. AlÊm disso, a delegação brasileira, formada por representantes do Fórum SBTVD (responsåvel pela harmonização do padrão no Brasil), governo, engenheiros da SET (Sociedade de Engenharia de Televisão) e radiodifusores, era ouvida com atenção por seus pares internacionais. Em um encontro promovido pela SET, na tradicional sala dos engenheiros brasileiros no evento, foi apresentado um panorama da adoção do padrão de TV digital no mundo. Representantes da Venezuela, Peru, Argentina, Guatemala,

Chile, Costa Rica, Paraguai, MÊxico, Nicarågua, Bolívia e Japão participaram do encontro sobre o padrão. Pelo que foi apresentado no evento, a transição da TV digital no Japão estå bastante avançada. Os sinais digitais cobrem 98% dos lares do país. A expectativa Ê que em julho de 2011, quando haverå o desligamento dos sinais analógicos, a penetração chegue a 99,5%. O restante dos lares dependerå de parabólicas, com sinal aberto nos satÊlites. No Brasil, a cobertura chega a 28 localidades, com 74 emissoras operando digitalmente. O mais interessante, no

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h/S AFRICANOS ESTĂŽO DISPOSTOS A REVER A RECOMENDAÂĽĂŽO DA )45 PELO $6" v AndrĂŠ Barbosa, da Casa Civil

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entanto, ĂŠ acompanhar a digitalização em alguns dos outros paĂ­ses que recĂŠm adotaram o padrĂŁo. Aparentemente, por terem adotado o padrĂŁo em fase mais estĂĄvel que os paĂ­ses anteriores e tendo as experiĂŞncias anteriores como lição, os “entrantesâ€? na era digital da TV aberta estĂŁo conseguindo implantar mais rapidamente. Segundo Luis Silva Tapia, do canal ChilevisiĂłn, mesmo ainda sem uma canalização definitiva, seu canal começa a transmitir cinco horas diĂĄrias em alta definição em Santiago, usando uma frequĂŞncia temporĂĄria. Segundo ele, desde janeiro existem receptores digitais, com saĂ­da HDMI, por US$ 80 dĂłlares no paĂ­s. Desde fevereiro, a LG vende televisores com recepção integrada e, desde março, hĂĄ receptores 1seg no mercado. Sony, Panasonic e AOC


anunciaram equipamentos para os próximos meses. No Peru, segundo José Aguilar, da TV pública peruana, há transmissões em Lima desde o dia 30 de março. O canal já transmite duas horas diárias de programação em alta definição, ainda com algumas reprises. A expectativa é que até o final do ano as três horas do prime time sejam tomadas por conteúdos em HD. Dúvidas A interatividade é o principal argumento de venda do padrão por parte dos brasileiros, sem desconsiderar a robustez do sinal e a mobilidade. Os questionamentos da plateia apontaram quais são ainda as preocupações em relação ao padrão. A interatividade através do DTVi (ex-Ginga) ainda levanta algumas questões daqueles que cogitam a adoção do padrão. Duas questões técnicas foram levantadas no encontro: que rede é usada como canal de retorno e a compatibilidade com outros padrões de TV, usados para TV por assinatura. Em relação ao canal de retorno, a resposta é simples e satisfatória: qualquer rede pode ser usada, cabendo ao fabricante do equipamento receptor de TV decidir quais portas estarão disponíveis. Em outras palavras, o mercado tende a se autorregular neste sentido, conforme a disponibilidade de redes de telecom e a oferta dos serviços de dados. Em relação à compatibilidade com outros padrões, a questão é mais complicada. David Britto, membro do Fórum SBTVD e diretor de interatividade da SET, provocou ao dizer que não há compatibilidade, “o que traz desconforto aos operadores de TV paga, já que as aplicações da TV aberta são muito mais sofisticadas que as da TV por assinatura”. Liliana Nakonechnyj, presidente da SET, disse crer que os operadores venham a implantar o middleware da TV aberta em algum momento. Alguns desenvolvedores

de soluções e aplicativos DTVi começam a se articular para tentar levar o middleware a outros padrões. Contudo, conforme apurou esta reportagem, não se trata de algo simples. Isto porque o custo dos set-top boxes é uma questão crucial nas operações de TV por assinatura. Mesmo as caixas mais sofisticadas no Brasil, que contam com recursos de gravação de programação e alta definição, não contam com processamento suficiente para rodar os aplicativos Ginga mais sofisticados. Não se trata apenas de trocar o middleware embarcado, mas investir no hardware. Outro questionamento recorrente é em relação ao financiamento. Perguntam se foi necessário ou não financiamento público no Brasil. Vale lembrar, no início da implantação houve isenção fiscal para a importação de equipamentos. Além disso, há uma linha de financiamento do BNDES para a digitalização das emissoras. Para os países que adotarem o padrão, o Brasil acena com

financiamento semelhante do BNDES para a compra de equipamentos brasileiros e até para a construção de plantas locais de fabricantes brasileiros. O Japão também promete linhas de crédito aos países que adotarem o padrão. Disputa Estes questionamentos não surgiram de forma aleatória, são resultado de uma disputa entre padrões internacionais. Desde que o ATSC Forum, entidade que defendia a adoção maciça do padrão norteamericano, desistiu de vender o padrão internacionalmente, sobraram na disputa o ISDB-T e o DVB, europeu. Os argumentos de convencimento estão em apontar a própria virtude, bem como os defeitos do concorrente. E o que brasileiros e japoneses apontam como a maior virtude do ISDB-Tb, o DVB defende ser um defeito. Para os defensores do padrão europeu, a falta de compatibilidade no middleware dos padrões terrestre, de cabo e satelital é algo que deve ser considerado, pois acaba segmentando a audiência de um mesmo conteúdo, o que pode ter impacto tanto na produção de conteúdo quanto na publicidade em si. Sem a harmonização das plataformas de TV, um anunciante não consegue explorar a interatividade em todas as plataformas, alegam. Além disso, o conteúdo teria que ser reescrito para garantir que a informação dada à audiência da TV aberta chegue também aos outros espectadores. O preço também é algo que vem sendo explorado pelo concorrente europeu. O DVB-T conta com equipamentos mais baratos, principalmente na recepção. Isto porque o custo da tecnologia já foi amortizado, já que o padrão é mais antigo, e o middleware, bem mais simples, demanda menos investimento em hardware. Em entrevista a TELA VIVA, o

Sinais brasileiros O NABshow, maior evento de equipamentos e soluções de radiodifusão e de produção audiovisual do mundo, voltou a ter a presença de um pavilhão de brasileiros. Quinze empresas expuseram no evento soluções tecnológicas, principalmente as voltadas ao padrão de TV digital ISDB-Tb. Três fabricantes fizeram demonstração de transmissões experimentais de baixa potência no evento, capazes de cobrir com seus sinais o pavilhão Sul, o maior do Las Vegas Convention Center. A Linear, a RF Telavo e a STB são as responsáveis pelas transmissões, que contam com conteúdo da radiodifusão brasileira, incluindo aplicações interativas e transmissão para dispositivos móveis. Além disso, fabricantes internacionais anunciaram soluções para ISDB-Tb, além da Harris, que prepara uma fábrica no Brasil, e NEC, que também já conta com transmissores instalados no país, a Thomson e Screen Service apresentaram seus transmissores para o padrão brasileiro.

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( tv digital) diretor executivo do DVB, Peter Siebert, confirmou, no entanto, que os países em desenvolvimento que estão adotando o DVB-T estão implantando uma versão já considerada defasada do padrão. A segunda versão do padrão de TV terrestre, a DVB-T2, já está começando a ser implementada em alguns países, como o Reino Unido. Contudo, conforme explicou o executivo, os custos mais elevados dos receptores na versão atualizada do padrão ainda são proibitivos para os países em desenvolvimento. No Reino Unido já há transmissões no novo padrão, sendo que a BBC transmite quatro programações HD (1080i) em uma única frequência, usando a compressão H.264 MP@L4.0. A banda dedicada ao conteúdo audiovisual é de 36 Mbps, sendo que cada conteúdo usa, em média, 9 Mbps. Contudo, explica Siebert, a alocação de banda não é fixa, permitindo realocar conforme o tipo de conteúdo transmitido. A expectativa é que a transição para a nova versão do padrão não leve menos que cinco anos, explica Siebert. As novas transmissões são feitas nas frequências que eram da TV analógica, uma vez que o Reino Unido já fez o desligamento das transmissões digitais. Se um país adotar agora o DVB-T, levando-se em conta o tempo de transição até o desligamento do analógico para liberar novas frequências, provavelmente levará mais de dez anos para começar a implantar a TV terrestre em alta definição.

15 países africanos. “Os africanos estão dispostos a rever a recomendação da ITU pelo DVB”, previa o assessor especial da Casa Civil, André Barbosa, ainda antes dos testes. Para ele, as características do padrão nipo-brasileiro vão ao encontro das necessidades dos países africanos, que não contam com grande penetração da TV por assinatura e nem da banda larga. “É a possibilidade de fazer a inclusão digital, sem descartar a futura difusão da banda larga”, diz, lembrando que os receptores com middleware DTVi têm potencial para buscar mais conteúdos quando equipados com canal de retorno ligado na banda larga. A reunião, conforme apurou esta reportagem, foi marcada para ser uma ratificação da adoção do DVB, o que já estava acordado, ainda que de forma precária. Operações com o padrão europeu chegaram a ser montadas na Namíbia e nas Ilhas Maurício, para mostrar o sistema em funcionamento. A delegação brasileira conseguiu, no entanto, derrubar o acordo anterior. Isso não significa que o padrão nipo-brasileiro foi o escolhido, mas que os países

TV rural premiada A Globo recebeu no NABshow um prêmio da publicação norteamericana Broadcast Engineering. O prêmio, na categoria “New studio or RF technology”, foi pelo desenvolvimento, em parceria com a Nagra, da TV Digital Rural, produto criado para levar o sinal de alta definição do satélite às regiões não atendidas pelos sinais terrestres. Equipados com um sistema de acesso condicional e um GPS, os receptores percebem automaticamente se estão em região coberta pelo sinal de emissora terrestre digital, liberando ou não a visualização do sinal do satélite.

Novos territórios No final de abril, testes comparativos dos padrões DVB-T e ISDB-Tb foram realizados em Lesoto, no continente africano. Os testes foram conduzidos pela Sadec, associação dos reguladores das comunicações dos 11 países da África setentrional, com a presença de reguladores e radiodifusores de

africanos, após pressão dos governos da África do Sul, de Angola e de Moçambique, aceitaram rever a decisão, exigindo testes comparativos. Além disso, pedem propostas dos padrões envolvidos para o desenvolvimento social, exigindo transferência de tecnologia e investimentos locais. Segundo André Barbosa, o Brasil já acenou com a conversão dos transmissores instalados na Namíbia e nas Ilhas Maurício e uma proposta completa está sendo formulada em conjunto com o Japão. Além disso, há a possibilidade de a Anatel auxiliar na canalização das frequências digitais. O governo brasileiro pretende levar o padrão também à Índia, que, “embora tenha optado pelo padrão DVB, ainda não implementou a TV digital”, diz Barbosa. Além da Índia, o governo brasileiro vem prospectando a adoção do padrão por parte do comitê de assuntos indígenas nos Estados Unidos. Como o comitê teria liberdade para adotar padrões diferentes em suas transmissões dentro dos territórios indígenas, a ideia é que sejam colocados no mercado receptores híbridos, capazes de receber os sinais ATSC e ISDB-Tb, permitindo que os indígenas recebam os sinais abertos comerciais, além de canais voltados às suas comunidades, em dialetos indígenas. “Comercialmente, não há valor nesta adoção”, diz André Barbosa, “mas seria uma ótima ferramenta de marketing para padrão, inclusive no México e no Canadá”. As investidas brasileiras parecem estar surtindo efeito. Um fabricante estrangeiro afirmou a TELA VIVA que já recebeu um pedido de orçamento de transmissor ISDB-Tb de uma emissora de Angola. “No mínimo, estão estudando a adoção”, disse. FOTO: DIVULGAÇÃO

Liliana Nakonechnyj, presidente da SET: operadores de TV paga devem implantar o middleware DTVi, da TV aberta, em algum momento.

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FĂ´lego renovado .!" TROCA DE COMANDO PARA BRIGAR PELOS INTERESSES DOS RADIODIFUSORES NO CENÉRIO PĂ˜S "USH

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Super Bowl, ‘American Idol’ redistribuição de Para o presidente da NAB, e ‘Lost’. Mas a TV paga nĂŁo frequĂŞncias para suprir o hĂĄ chances de o plano de banda quer nos compensar, apesar plano nacional de banda larga ficar obsoleto antes de de sermos responsĂĄveis pela larga, a disputa pelo ficar pronto. “Um ano e meio se espinha dorsal de qualquer direito de cobrar da TV passou desde o inĂ­cio das pacote de TV paga por assinatura pela disponibilização dos discussĂľes sobre o Plano. oferecidoâ€?, disse Smith. sinais da TV aberta e a batalha Imagine quantas inovaçþes O terceiro ponto sangrenta com as grandes gravadoras, tecnolĂłgicas foram criadas neste levantado pelo presidente da que querem cobrar das rĂĄdios pela perĂ­odoâ€?, disse. associação, no entanto, veiculação das mĂşsicas, foram os temas Em resposta ao discurso de parece contradizer os polĂ­ticos desta edição do NABshow, que Smith, o chairman da FCC, argumentos usados para aconteceu no final de abril, em Las Julius Genachowski, afirmou em Gordon Smith, presidente da NAB exigir o pagamento por Vegas. Nas trĂŞs questĂľes, a National palestra no evento que os EUA parte das operadoras de TV Association of Broadcasters, principal sĂŁo o 15Âş paĂ­s do mundo em paga. Trata-se da disputa com as associação de radiodifusores dos EUA, adoção de banda larga e 18Âş em velocidade, gravadoras, que exigem das emissoras perdeu vĂĄrias batalhas, o que acabou justificando a necessidade do Plano. de rĂĄdio uma compensação pela levando Ă troca no comando da Segundo ele, os smartphones consomem 30 veiculação de seu conteĂşdo. â€œĂ‰ o que associação. Falando pela primeira vez vezes mais banda que os celulares nĂłs chamamos de ‘taxa pelo sucesso’. na tradicional abertura da feira em predecessores, o que jĂĄ exigiria esforços As gravadoras chamam de ‘direito’â€?, Las Vegas, o novo presidente, Gordon para ampliação da capacidade de banda ironizou. As gravadoras querem Smith, se colocou como um das operadoras mĂłveis. Netbooks com receber parte do faturamento das republicano com modem 3G integrados, TVS TEMEM PLANO afirmou, consomem 450 vezes rĂĄdios, repassando parte do montante trânsito no meio aos seus artistas. Ou seja, as democrata e DE BANDA LARGA mais dados. O consumo de gravadoras recolheriam o que no experiĂŞncia no cenĂĄrio dados deve aumentar 40 DA FCC, QUE QUER Brasil ĂŠ chamado de direito por polĂ­tico de Washington. vezes nos prĂłximos cinco REDISTRIBUIR execução pĂşblica, e ĂŠ cobrado pelo O presidente da anos, previu. Genachowski FREQUĂŠNCIAS PARA tranquilizou os radiodifusores Ecad (EscritĂłrio Central de NAB foi duro ao OPERADORAS Arrecadação). A proposta das criticar a forma como ao afirmar que nĂŁo pretende MĂ“VEIS. gravadoras ĂŠ que elas fiquem com a FCC, responsĂĄvel tirar nada do setor, mas 50% do montante arredado, pela regulação dos prometeu vantagens aos que repassando 45% para os artistas setores de comunicaçþes nos Estados devolverem parte de suas frequĂŞncias. principais e 5% para os mĂşsicos de Unidos, conduz o plano de banda apoio. Caso nĂŁo encontrem os larga norte-americano. A FCC Taxa pelo conteĂşdo mĂşsicos, as gravadoras ficariam com pretende realocar e compartilhar as Gordon Smith lembrou que a batalha 100% do valor arrecadado. Smith frequĂŞncias dos radiodifusores para com as operadoras de TV por assinatura ironizou a proposta dizendo que â€œĂŠ liberar espectro para a banda larga. para que as emissoras recebam pela incrĂ­vel que na ‘era Google’ as “Nossa preocupação ĂŠ que o plano de transmissĂŁo de seu conteĂşdo nas redes gravadoras tenham tanta dificuldade banda larga tire mais de um terço do pagas ĂŠ longa. “A realidade ĂŠ que os em encontrar seus talentosâ€?. espectro usado para transmissĂŁo de radiodifusores criam a programação com Gordon Smith fechou seu discurso TV, para que as empresas de banda maior apelo popular na televisĂŁo. Nossa prometendo uma nova abordagem nas larga mĂłvel tenham ainda maisâ€?, programação proporciona um valor real aos disputas da associação. A abordagem disse. Smith lembrou que a nossos parceiros da TV por assinatura, e de um “ex-senador republicano pelo radiodifusĂŁo jĂĄ devolveu espectro nĂłs merecemos uma compensação justa por estado ‘muito’ democrata do Oregonâ€?. com o fim do analĂłgico e investiu prover aos espectadores do cabo e do bilhĂľes na transição para o digital. satĂŠlite programação como OlimpĂ­adas, o FERNANDO LAUTERJUNG &/4/ $)65,'!—§/

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internacional

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(audiência - TV paga)

Sem feitiços de alcance diário médio e tempo médio diário de audiência de 22 minutos. Além do Multishow, outros nove canais da Globosat aparecem entre os 20 com melhor alcance, com destaque para o SporTV e o Globo News, em terceiro e quarto lugares, respectivamente, e de três canais Telecine. Na vice-liderança aparece o TNT e em quinto lugar o canal Fox. No total, os canais pagos tiveram entre o público acima de 18 anos alcance diário médio de 46,9% e tempo médio diário de audiência de duas horas e oito minutos (universo: 7.761.100 indivíduos). O levantamento do Ibope Mídia considera as praças Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Distrito Federal, Florianópolis e Campinas.

Foto: divulgação

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om destaque para a estreia da terceira temporada de “Os Feiticeiros de Waverly Place”, o Disney Channel ocupou em março o primeiro lugar no ranking dos canais com melhor alcance entre o público de quatro a 17 anos. O canal, que mantém a posição desde janeiro, registrou em março alcance diário médio de 14,68% e 59 minutos de tempo médio diário de audiência. Em seguida, aparecem Cartoon Network, Discovery Kids, Nickelodeon e Multishow. No total, os canais pagos tiveram entre o público infantojuvenil 46,77% de alcance diário médio e duas horas e 15 minutos de tempo médio diário de audiência (universo: 1.554.300 indivíduos). Entre o público adulto, o líder do ranking de alcance foi o

“Os Feiticeiros de Waverly Place”, do Disney Channel: canal teve o melhor alcance entre público infantojuvenil em março.

Multishow. O canal de variedades manteve o primeiro lugar no ranking, conquistado desde janeiro, com 11,5%

Daniele Frederico

Alcance* e Tempo Médio Diário – março 2010 46,90 11,50 9,86 9,44 8,54 7,54 7,39 6,93 6,73 6,40 6,22 6,07 6,07 5,76 5,44 5,36 5,06 4,86 4,41 4,29 4,18

3.639,73 892,60 765,25 732,27 663,11 585,14 573,15 537,84 521,93 496,47 482,58 471,30 471,32 446,71 422,44 415,76 392,75 377,55 341,92 332,79 324,69

02:08:31 00:22:02 00:25:29 00:35:31 00:27:17 00:24:35 00:21:36 00:27:35 00:31:07 00:16:55 00:31:42 00:30:50 00:46:42 00:19:28 00:26:26 00:30:53 00:15:54 00:22:40 00:23:09 00:21:19 00:18:36

Total canais pagos Disney Channel Cartoon Network Discovery Kids Nickelodeon Multishow Fox Disney XD TNT SporTV Telecine Pipoca Universal Channel Discovery Warner Channel Boomerang SporTV 2 Globo News Telecine Premium Telecine Action National Geographic Megapix

(Das 6h às 5h59)

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo Médio 46,77 726,98 02:15:58 14,68 228,23 00:59:43 13,72 213,34 00:49:36 12,91 200,61 01:09:48 11,96 185,79 00:44:40 10,04 156,09 00:24:26 8,18 127,05 00:27:32 7,55 117,42 00:40:50 6,91 107,40 00:20:38 6,36 98,82 00:29:21 5,88 91,32 00:27:45 4,64 72,12 00:22:18 4,57 71,08 00:14:23 4,34 67,51 00:18:31 4,31 66,99 00:20:52 3,63 56,39 00:14:04 3,60 56,05 00:15:37 3,60 56,00 00:19:22 3,44 53,48 00:22:36 3,38 52,54 00:09:55 3,06 47,61 00:18:18

*Alcance é a porcentagem de indivíduos de um “target” que estiveram expostos por pelo menos um minuto a um determinado programa ou faixa horária.

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**Universo 1.554.300 indivíduos Fonte: IBOPE Media Workstation – Tabela Minuto a Minuto - Mar;o/2010

Total canais pagos Multishow TNT SporTV Globo News Fox Discovery Warner Channel Universal Channel National Geographic Telecine Pipoca Cartoon Network Discovery Kids SporTV 2 AXN Disney Channel GNT Telecine Premium Telecine Action ESPN Brasil Megapix

De 4 a 17 anos**

(Das 6h às 5h59)

**Universo: 7.761.100 indivíduos

Acima de 18 anos**


16 E 17 DE JUNHO, 2010

CENTRO DE CONVENÇÕES FREI CANECA SÃO PAULO, SP - BRASIL

Um mercado em ação.

0/.4/ $% %.#/.42/ $% %8%#54)6/3 $% 4%,%6)3ª/ 02/$54/2%3 $)342)"5)$/2%3 $% #/.4%·$/3 % /0%2!$/2%3 $% 46 0!'! % 4%,%#/-

$IRETORES DE PROGRAMAÀâO E AQUISIÀâO NACIONAIS E INTERNACIONAIS APRESENTAM SUAS DEMANDAS AOS PRODUTORES E DISTRIBUIDORES

%XPOSIÀâO

3EMINÖRIOS

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( mercado) André Mermelstein e Daniele Frederico, de Cannes

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Siga essa tendência MipTV tem como temas de destaque as redes sociais e seu impacto no mundo do vídeo. Nomes como Twitter e YouTube viraram frequentadores habituais do evento de TV. FOTO: © 360 Medias/Image & Co

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unca em um evento de televisão falou-se tanto em Internet quanto no último MipTV, mercado internacional de conteúdo audiovisual, que aconteceu entre os dias 12 e 16 de abril em Cannes, na França. Entre as tendências de programação apresentadas pela consultoria The Wit, que a cada evento mostra novidades em programas do mundo todo, duas delas estavam diretamente ligadas à Internet: shows que envolvem as redes sociais e os flashmobs (mobilizações relâmpago feitas pela Internet). Além dessas, a consultoria apontou os programas voltados às famílias como uma tendência de programação. “Não sei qual será o próximo sucesso, mas certamente será algo voltado para toda a família”, confirma o CEO da Fremantle Media, Tony Cohen, em entrevista exclusiva à TELA VIVA. Segundo ele, os programas que têm tido mais resposta são justamente aqueles que permitem que a família assista junta, como “American Idol”, maior audiência da TV americana atualmente. Essas tendências, em especial as possibilidades de integração entre TV e as redes sociais, foram bastante discutidas durante todo o congresso. A presença de executivos de alguns dos principais nomes da web 2.0, como Facebook, Twitter e You Tube, serviram para confirmar a curiosidade e o interesse das produtoras e das emissoras nas redes sociais. De acordo com Kevin Slavin, da empresa Area/code, cerca de 60%

Executivos de alguns dos principais nomes das redes sociais, como a diretora de parcerias de mídia do Twitter, Chloe Sladden (esq.), participaram do MipTV 2010.

dos norte-americanos usam a Internet enquanto assistem TV, e 90% dos britânicos usam o celular e a TV simultaneamente. Segundo ele, grande parte dos 50 milhões de mensagens postadas diariamente no Twitter são sobre o que as pessoas estão assistindo. E as pessoas querem compartilhar a experiência de ver TV. A diretora de parcerias de mídia do Twitter, Chloe Sladden, chegou a questionar se esses comentários no microblog podem substituir a medição de audiência tradicional. Em sua apresentação, a executiva explicou os motivos pelos quais as estratégias que incluem o microblog são importantes para os veículos de mídia. “Em primeiro lugar, a sua audiência está no Twitter e está falando de seu programa. Segundo, o Twitter é, muitas vezes, a maneira como as pessoas encontram o que assistir. É como um EPG (guia de programação) em tempo real”, comparou. Ela falou sobre uma experiência realizada em parceria com a MTV americana durante a premiação Video

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Music Awards 2009. Em um site, fotos de determinados artistas ganhavam destaque conforme seus nomes eram mencionados no Twitter. Esse site foi mostrado durante a premiação, para que os espectadores fossem levados a interagir. “Tivemos um milhão de ‘tweets’ durante a transmissão”, diz. Ela questionou também a importância do Twitter em relação à medição de audiência tradicional, e se é possível aumentar a audiência de um programa por meio de seus comentários no Twitter. “Foi a maior audiência do VMA em seis anos”, conta. Quem também está disposto a fazer parcerias e trabalhar mais próximo dos provedores de conteúdo é o YouTube. Segundo o diretor de parcerias de vídeo do portal, Patrick Walker, o desejo do YouTube é estabelecer parcerias com os provedores e “monetizar” o conteúdo. Ele diz que o portal conta hoje com 500 milhões de usuários globais, e exibe um bilhão de vídeos ao dia, e


“Este é o ano da negociação entre provedores de conteúdo e distribuidores. É o ano em que os termos do negócio serão definidos.”

FOTO: © 360 Medias / Image & Co

Novos modelos Embora o modelo de negócios baseado em publicidade tenha funcionado há muito tempo para a televisão, e seja o favorito dos produtores de conteúdo também para outras mídias, ele pode não ser o mais indicado para a Internet. Para Jonathan Miller, chief digital officer do digital media group da News Corp, o volume de conteúdos na Internet se expande mais rapidamente do que a publicidade aguenta absorver. Por isso, para haver remuneração da produção, diz Miller, os conteúdos serão cada vez mais separados entre os gratuitos e os premium, pagos. “Veremos surgir diferentes formas de receber conteúdos, e as pessoas pagarão para receber em formatos mais cômodos, como os tablets”, disse. Segundo Miller, o mercado deve passar nos próximos dois anos por um período de revisão e adaptação dos contratos de conteúdo, de forma a acomodar a nova realidade digital. “Este é o ano da negociação entre

número de estandes vazios, substituídos por terminais de acesso à Internet ou salas de reuniões e descanso. Serviços que antes ocupavam áreas externas, como a sala de imprensa e o buyer’s club, foram transferidos para dentro do pavilhão, ocupando espaços onde em anos anteriores havia expositores. O evento, que aconteceu de 12 a 16 de abril, estava praticamente vazio já na tarde da quarta-feira, dia 14. A delegação brasileira, que no MipCom em outubro de 2009 foi destaque em número, contou com poucos participantes - ainda que o programa Brazilian TV Producers tenha garantido um estande maior do que em edições anteriores. Entre as TVs, as únicas que tiveram estandes no MipTV foram a Globo e a Record. O SBT, que teve um estande no Mipcom, não repetiu a dose neste evento. Segundo um conhecedor do

Jonathan Miller, da News Corp

provedores de conteúdo e distribuidores. É o ano em que os termos do negócio serão definidos”, disse. No final, afirmou, os conteúdos serão melhor pagos. “Tem que ser assim, porque só a publicidade não será suficiente”. Redução de movimento A sensação geral que se teve este ano no MipTV foi a de que o mercado está tímido, possivelmente ainda sofrendo os reflexos da crise financeira mundial desencadeada ao final de 2008. Chamou a atenção de quem caminhava pelo pavilhão central do Palais des Festivals o

Frango xadrez com tequila Em uma parceria à primeira vista inusitada, a mexicana Televisa anunciou no MipTV a coprodução de uma novela com a CCTV, emissora estatal da China. É mais um passo na internacionalização da Televisa, que vem coproduzindo também com países europeus, em uma estratégia de “por o pé” em novos territórios. A estratégia é fruto, entre outras coisas, do momento pelo qual passa a venda de enlatados, em especial as telenovelas latinas. Nos últimos anos, países sem tradição no gênero, como Coreia e Alemanha, entre outros, deram início à sua produção local de dramas seriados, que têm uma boa aceitação em seus territórios. Muitas emissoras latinoamericanas passaram a vender seus scripts para que as novelas fossem produzidas localmente. A Televisa optou pelo modelo de coprodução, em que entra como sócia, investindo no produto final. A Globo também aposta na coprodução internacional para responder a essa realidade, mas com um modelo um pouco diferente. Em sua parceria com a Telemundo para produzir “El Clon”, a brasileira entrou com o roteiro e o know-how de produção, mas o conteúdo produzido

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FOTO: tela viva

um bilhão de vídeos “monetizados” por semana (ou seja, vídeos que agregam receitas de publicidade, divididas entre o YouTube e o dono do conteúdo). Walker busca acordos com provedores de conteúdo para que usem a plataforma. O mais recente foi fechado com o grupo francês Lagardére, que fornecerá seis mil horas de programação. Buscando apagar a imagem de inimigo dos direitos autorais, Walker diz que o site está comprometido com a proteção destes direitos. Tanto que oferece hoje três opções aos detentores dos conteúdos, quando identificam suas propriedades na rede: bloquear, monitorar (para medir a popularidade) ou monetizar, ou seja, vender publicidade. Segundo ele, 50% dos provedores escolhem a terceira opção.

Chineses e mexicanos no MipTV: com coprodução de novela, Televisa põe um pé no mercado asiático.

será de propriedade da emissora americana. Embora a Globo chame de coprodução, o modelo se assemelha mais a um licenciamento de formato. Isto deve mudar nos acordos que a Globo firmou com emissoras internacionais. A próxima produção será “Louco Amor”, remake do sucesso da década de 80, e já há acordos fechados com Portugal e mais um país europeu. Nestes acordos, a emissora deve entrar com uma participação mais efetiva, sendo sócia na propriedade do conteúdo gerado. (André Mermelstein)

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( mercado) FOTO: tela viva

mercado, dois fatores foram determinantes: a proximidade com os LA Screenings e a contenção de custos, que fez com que as empresas concentrassem o investimento no MipCom, em outubro. Apesar do esvaziamento do evento, os radiodifusores brasileiros mostram-se satisfeitos com a recepção de seus produtos no mercado internacional. O diretor de vendas internacionais da Globo, Raphael Correa Netto, diz que desde o Mipcom de outubro de 2009 o mercado tem se mostrado mais aquecido. O estande da Globo teve como tema a novela “Caminho das Índias”. No entanto, foram outros produtos, como o folhetim “Viver a Vida”, ainda em exibição no Brasil, que se destacaram no evento. Isso porque, segundo o diretor da área internacional da Globo, Ricardo Scalamandré, “Caminho das Indias” já havia sido vendida para 90 países. “Normalmente demoramos dois anos para chegar a esse número. ‘Caminho das Índias’ o alcançou em apenas 90 dias”, diz. Ele lembra ainda que a novela mais vendida até hoje pela Globo foi “Da Cor do Pecado”, para cerca de 100 países. Outro destaque entre as novelas globais no MipTV foi “Paraíso”, atração que foi exibida no horário das 18h no Brasil. A Record também comemorou a boa receptividade de seu produto no MipTV. O foco foi no lançamento

Raphael Correa Netto, da Globo, e Diana El-Osta, do National Geographic, participaram de painel sobre coprodução com o Brasil. Mecanismos de incentivo e qualidade de produção foram elogiados.

da minissérie “Ester” para o mercado internacional. Embora com menos representantes, uma delegação de produtores brasileiros também marcou presença no MipTV e chamou a atenção ao promover um painel sobre coprodução com o País. O destaque da apresentação, que reuniu não só produtores, mas também canais brasileiros e estrangeiros, ficou para os mecanismos de incentivo à produção audiovisual. Os produtores e representantes de canais estrangeiros não pouparam elogios aos incentivos e à qualidade de produção no Brasil. Para Diana El-Osta, do canal National Geographic, foi a chegada dos mecanismos que alavancou a produção local. “Desde 2004 estamos fazendo mais produções nacionais. Alguns desses programas nos ajudaram a entrar no mercado local”, diz. No momento, o canal está desenvolvendo algumas propostas apresentadas durante o

PicDoc (Programa Internacional de Capacitação de Documentários), do Brazilian TV Producers. Uma delas é uma série de quatro episódios com a produtora BossaNovaFilms. Além dessa, está em desenvolvimento, com a Conspiração, a série documental “Zootrópolis”. Bilai Joa Silar, da Discovery, também afirmou que agora é mais fácil coproduzir com o Brasil do que era em 1999, quando o canal começou a produzir localmente. “Há uma paixão e uma criatividade que nunca vi fora do Brasil”, afirma. Entre as produções em andamento no Discovery está a série de documentários “Especiais Médicos”, para o Discovery Home & Health. São nove episódios no total, sendo oito de 22 minutos e o documentário de estreia, focado em câncer de mama, de uma hora de duração. A série conta com recursos do Artigo 39. Quem também exaltou o mercado brasileiro de produção foi o presidente da produtora americana Little Airplane Productions, Josh Selig, para quem o Brasil é “o próximo Canadá” em termos de qualidade de produção em animação. “Visitei várias produtoras brasileiras e achei melhor do que muitas de Los Angeles ou Nova York”, disse. Do lado brasileiro, participaram do painel Francisco Mistrorigo, da TV Pinguim e vice presidente da ABPI-TV; André Breitman, da 2D Lab; e Raphael Correa Netto, da Globo.

Marketing multimídia O criador da série “Heroes”, Tim Kring, desvendou durante o MipTV os segredos de uma das mais bem sucedidas iniciativas de “transmedia storytelling” realizadas até hoje. Segundo Kring, as ações que envolviam diferentes plataformas no programa foram sempre vistas como ferramentas de marketing e não como fonte de receita. Ele disse ainda que quando a estratégia foi pensada, há quatro anos, a NBC queria entrar na área digital e deu o espaço necessário para os criadores. “Não havia senso de certo ou errado”, diz. “Com o sucesso da nossa métrica, conseguimos encontrar patrocínio para isso”, completou. Questionado sobre o futuro da “storytelling”, Kring explica que o público é muito mais importante hoje do que costumava ser. “Sou fascinado por pegar uma história 2D e transformá-la em algo tridimensional. Temos que incluir o público na criação das histórias”, diz. Para isso, ele diz ser necessário colocar a história, independente do meio em que será explorada, no centro de tudo, e não o programa de TV.

“Heroes”: case de “transmedia storytelling”

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Você sabe o que está por trás das melhores estratégias de negócio: INFORMAÇÃO. Informação customizada como a sua empresa necessita sobre o mercado de TV paga, você só encontra nos relatórios da PTS ON DEMAND. A PTS faz o mapeamento das operadoras, programadoras e canais que atuam no Brasil. Números relevantes do mercado, projeções anuais e informações exclusivas das pesquisas Ibope são alguns dos serviços que estão nos relatórios PTS. Você também escolhe o formato que quer receber: eletrônico e/ou impresso.

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( tv por assinatura)

Samuel Possebon, de Brasília

s a m u c a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

CTBC e GVT são as próximas Depois que Telefônica, Oi e Embratel conquistaram mais de um milhão de clientes de TV paga com suas operações de DTH, agora é a vez da CTBC e da GVT entrarem na onda. E com novos modelos.

O

mercado de TV por assinatura vem crescendo a taxas de mais de 15% ao ano desde 2003. Um fator decisivo para essa expansão foi o início das operações das empresas de telecomunicações com serviços de TV paga via satélite (DTH), a partir de 2007. O resultado dessa onda de expansão pôde ser medido em março, com as empresas de telecom ultrapassando a barreira de um milhão de assinantes de TV paga. Só a Embratel, que começou a operar em janeiro de 2009, deve chegar a maio com 500 mil clientes. A Oi estima chegar ao final de 2011 com um milhão de assinantes. E a Telefônica e a Embratel trabalham para oferecer, até o final do ano, conteúdos em alta definição. Mas um segundo lance do movimento das teles no setor de TV paga se aproxima, com a iminente entrada em operação da CTBC e os planos da GVT para uma oferta híbrida, que envolverá TV por assinatura via satélite e IPTV. Tudo isso em um ambiente em que o PL 29, o projeto de lei que cria novas regras para o setor de TV por assinatura, finalmente termina a sua tramitação na Câmara e segue para mais uma rodada de debates e votações no Senado. Segundo dados da Anatel referentes a março, o mercado de TV por assinatura no Brasil chegou a 7,9 milhões de assinantes. A Anatel considera tudo, inclusive FOTO: divulgação

aqueles assinantes que contratam o serviço apenas para receber os canais abertos e os serviços de banda larga. A CTBC pretende lançar até o final do ano (mas trabalha para conseguir fazê-lo até julho) o seu serviço de DTH, chamado provisoriamente de CTBC TV. Segundo Oswaldo Carrijo, diretor comercial e de serviços, a empresa quer oferecer um pacote de serviços aos clientes da classe A à classe C, que inclua telefonia, banda larga e TV paga. “Hoje percebemos que existe uma grande demanda na nossa região por esse bundle de serviços”, diz. A CTBC já opera TV por assinatura com as operações de TV a cabo da Image TV de Uberlândia e Araguari, e foi inclusive uma das pioneiras na oferta de banda larga e telefonia. “Mas são só duas cidades, contra 87 que temos em nossa área de atuação”, explica Carrijo. Compartilhamento A CTBC utilizará a mesma plataforma que a Telefônica e a Oi adotaram, ou seja, acesso condicional Nagra e os mesmos

”Queremos entrar com todas as inovações da IPTV.” Amos Genish, da GVT

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fornecedores de set-top. O uplink também será feito pela Telefônica a partir do Peru, como já acontece com a Oi. O sinal, na verdade, será o mesmo disponível aos clientes das outras duas operadoras nos satélites Amazonas 1 e 2. Outra operadora de telecomunicações que seguirá o caminho do DTH é a GVT, mas nesse caso com uma estratégia mais arrojada, pois a caixa será híbrida, também com serviços de IPTV integrados. A GVT é uma operadora de telecomunicações que tem se destacado na oferta de banda larga, e considera que o IPTV seja uma tecnologia madura e viável para empresas que tenham redes como as dela. “Muitas operadoras na Europa estão fazendo isso, com grande sucesso”, diz Amos Genish, presidente da empresa, que recentemente foi adquirida pelo grupo de mídia e telecomunicações francês Vivendi. “A TV por assinatura de hoje é o que era a banda larga há alguns anos”, diz, referindo-se ao potencial de crescimento, às baixas penetrações, poucos competidores e poucas diferenças entre os produtos existentes. “Queremos entrar em TV por assinatura com todas as inovações do IPTV, com vídeo sob demanda, com serviços over the top, como YouTube e games, time shifting e com interatividade”, disse a Tela Viva. A estratégia das caixas híbridas a ser adotada pela GVT tem uma razão regulatória: como não há impedimento para que empresas de telecomunicações tenham uma outorga para o serviço de satélite, a empresa não precisaria esperar pelo PL 29 para entrar nesse mercado. E


não precisaria abrir mão do IPTV, que se fosse prestado de forma pura, poderia ser entendido como a prestação de TV a cabo, hoje proibido para empresas de telecomunicações. “A oportunidade para entrar em TV por assinatura é agora. Não podemos mais esperar o PL 29, e esse modelo nos permite entrar rapidamente em operação”, diz Genish. A empresa ainda está nos momentos iniciais dessa estratégia. O plano de negócios será apresentado no final de maio aos acionistas (Vivendi), e a licença de DTH ainda não foi pedida à Anatel. Tanto GVT quanto CTBC, ao entrarem no mercado de TV paga, passam a viver os desafios da negociação de conteúdo. A CTBC, ao que tudo indica, seguirá um caminho com programação Globosat. Programação “Já estamos bem avançados com os programadores, mas o problema agora é o tempo de fabricação e entrega dos equipamentos”, diz Carrijo. Em relação à programação, o produto da CTBC será mais parecido com o da Telefônica, Sky e Embratel. “Mas queremos ter uma oferta que contemple todos os bolsos, e um pacote combinado de Internet, TV e telefonia de menos de R$ 100”. A CTBC, ao contrário da Embratel, não está focando suas vendas no público de banda C. “Temos uma presença muito forte nessas 87 cidades e uma relação muito boa com o nosso consumidor, e temos certeza de que ele terá a CTBC como primeira opção para TV por assinatura também”, diz Carrijo. Nestas cidades em que a CTBC opera há cerca de 3 milhões de pessoas e um bom nível de renda. A experiência da operadora de cabo da CTBC está sendo aproveitada na complexa negociação de programação, afirma Oswaldo Carrijo. “Há uma complementação de cobertura, porque o cabo tem uma atuação limitada. Por outro lado, no cabo temos os canais abertos, que não estão no DTH”, explica Cristiano Mendes Franco, executivo responsável diretamente

pelos serviços de TV. A GVT acredita que a Vivendi também terá um papel importante no relacionamento com os programadores, mas não espera que o conteúdo do grupo de mídia francês seja um diferencial na oferta do serviço de TV paga no Brasil. “O conteúdo do Canal + não é o mais adequado para o Brasil”, brincou Amos Genish, referindo-se ao serviço de TV paga da Vivendi, na França. “Mas um canal de culinária com chefs franceses pode ser uma boa”, completou. A GVT também acredita que os preços e pacotes oferecidos no Brasil possam ser melhorados. “Sabemos que a programação nacional de qualidade é muito cara”, disse. Ele também reconhece que o modelo de negócios praticado pelos programadores com as operadoras atuais está muito consolidado e que esse será um grande desafio. “Mas quando falamos em VOD, em serviços over the top, os modelos precisarão mudar, porque haverá uma demanda dos usuários por novos serviços”.

O desempenho das operadoras de DTH, no entanto, não parece ameaçar a Net Serviços, principal operadora de TV a cabo. Segundo José Felix, ao anunciar o resultado dos balanços da operadora no primeiro trimestre, o aumento do churn da operadora de 15% para quase 16% não se deve à concorrência com o satélite. “Estamos fazendo um estudo muito detalhado dos motivos das desconexões e não há nada que aponte que isso esteja acontecendo por causa de competição”, diz. “Até porque as operadoras de DTH crescem sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, onde há uma demanda reprimida. Já nas regiões Sul e Centro-Oeste e, principalmente, na Sudeste, nosso crescimento é igual ao do mercado”, acrescenta. Segundo dados da Anatel, o DTH cresceu 32,9% no País em 2009, contra 13,2% do cabo. Só em março, a TV via satélite respondeu por 85% das adições líquidas.

O pós-PL 29, segundo os operadores Com o PL 29/2007, que cria novas regras para o setor de TV por assinatura, praticamente concluído no fechamento desta edição (faltava apenas a votação na Comissão de Constituição e Justiça, que deveria ocorrer na primeira quinzena de maio), o projeto deve ir para o Senado, onde passa por uma nova tramitação e debate por comissões. Isso significa que estas novas regras não devem afetar o mercado antes do final do ano, considerando que o Congresso deve parar no segundo semestre por conta das eleições. Operadores de TV por assinatura, contudo, já começam a fazer a conta de como será a adaptação à nova legislação, sobretudo no que diz respeito às cotas de conteúdos nacionais. Um estudo realizado pela NeoTV (associação que representa operadores independentes na compra de programação) aponta que a viabilização das cotas pode ser complicada. O levantamento apresentado no final de abril tomou por base uma pequena operação no Rio Grande do Norte, que não distribui os canais Globosat. Segundo o levantamento, para aplicar integralmente as cotas “Não tem como previstas no PL 29 em cima cumprir as cotas sem da estrutura atual de pacotes praticada, essa pequena que isso signifique teria que colocar aumentar os custos.” operadora 12 canais brasileiros na Neusa Risette, da NeoTV grade, sendo três no pacote básico. No pacote imediatamente acima, seriam mais cinco canais, e nos pacotes temáticos, mais quatro. Hoje, essa operadora tem três canais que podem ser considerados qualificados para as cotas, o que significa que seriam necessários mais nove canais. “A gente quer e precisa de conteúdos nacionais, mas não tem como cumprir as cotas sem que isso signifique aumentar os custos e abrir mão de conteúdos que já oferecemos aos nossos usuários”, disse Neusa Risette, diretora executiva da NeoTV, lembrando que foram estas operadoras independentes associadas à NeoTV que viabilizaram a distribuição de canais nacionais, como BandNews, BandSports, TV Rá-Tim-Bum e CinebrasilTV.

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( making of )

Daniele Frederico

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Pilotagem de fogão

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fotos: divulgação

expressão “pilotar fogão”, utilizada para descrever a atividade de cozinhar, foi traduzida em imagens no novo comercial da Nissin para sua marca de macarrão instantâneo Miojo. No comercial, produzido pela Hungry Man, com direção de Brian Billow e Gualter Pupo, as pessoas “pilotam” seus fogões em meio a uma plantação, colhendo alimentos frescos. Essas pessoas colhem tomates, cebolas e temperos e os preparam ali mesmo, em seus fogões móveis. Billow conta que a produtora teve a oportunidade de participar do processo criativo, já que a agência precisava de um fogão “andando” no campo, mas não sabia exatamente como ele seria ou como funcionaria. “Pesquisamos, avaliamos referências, consultamos técnicos em construção de brinquedos e eletroeletrônicos para darmos uma solução possível e real para a agência fazer o fogão andar de verdade”, conta o diretor. As filmagens, tanto externas quanto internas (ao final, o fogão entra em uma casa onde é servido o jantar com os alimentos recémcolhidos), foram realizadas em uma fazenda no interior de Teresópolis, Rio de Janeiro. A cozinha da casa foi construída dentro de um dos galpões de armazenagem de ração dentro da própria fazenda. “Com sorte tivemos muito sol, mas tivemos também momentos de chuva, que até nos favoreceram de certa forma, pois deixaram a plantação mais verde e bonita”, diz Billow. Uma das exigências da agência era que os fogões móveis fossem reais. Assim, todas as cenas que mostram os “carrinhos” andando pela plantação foram feitas com fogões verdadeiros, feitos por uma equipe de efeitos. Os fogões foram

Fogões que “passeiam” pela fazenda movem-se com a ajuda de motor ligado a baterias de carro.

construídos a partir de carcaças de fogões usados, vazios em seu interior. Para o movimento, os fogões foram dotados de um motor, ligado a baterias de carro que ficavam dentro do espaço onde ficaria o forno. “Tudo estava ligado aos eixos criados na parte de baixo do fogão, que davam tração nas rodas e faziam os fogões se movimentarem como verdadeiros carrinhos”, conta o diretor. Nenhuma das cenas contou com composição. Os fogões-carrinhos foram pensados para rodar até mesmo nos terrenos mais irregulares, como os caminhos da plantação. “O pneus foram pensados em ser mais ‘offroad’ exatamente por causa do terreno. A potência também foi calculada para essa situação, por isso foram usadas várias baterias para a movimentação do fogões”, diz o diretor. Apesar do preparo cuidadoso dos fogões especiais e da checagem da previsão do tempo, a incerteza sobre o funcionamento dos carrinhos foi a

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principal preocupação dos diretores. “Precisávamos de situações onde tínhamos o fogão/carrinho e a atriz andando por vários lugares difíceis como uma ponte, no meio da plantação etc”, diz Billow. “Mas, no final, isso tudo resultou em um filme muito interessante e inesperado”, conclui.

ficha técnica Título Fogão Cliente Nissin Produto Nissin Miojo Agência F/Nazca S&S VP de criação Fabio Fernandes e Eduardo Lima Criação André Faria e Keka Morelle Produtora Hungry Man Direção Brian Billow e Gualter Pupo Edição Ricardo Mehdeff Pós-produção Tribbo Post (Rodrigo Oliveira e Aron Vasconcelos) Atend. produtora Diego Melo Prod. de som Dr. DD


Baixas de guerra

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m campo de batalha. Mortos, feridos e mutilados. Apenas um soldado sobrevivente move-se no cenário de destruição. A cena descrita, que parece ser parte de um filme de guerra é, na verdade, a história do comercial “Toy Soldier”, produzido pela Vetor Zero/ Animatório para o Cartoon Network Latin America. O filme, que será veiculado na região e também em outros territórios, como a Austrália, mostra um boneco de soldado, sem as duas pernas, arrastando-se em direção ao controle remoto de uma TV. Ao seu redor, uma série de brinquedos quebrados compõe o cenário de destruição. Na assinatura, “Cartoon Network. Salvando brinquedos desde 1993”. Embora o roteiro estivesse muito bem definido quando chegou à produtora, os diretores PG Santiago e Gabriel Almeida, da Animatório, tiveram liberdade estética para definir o que seria animação e o que seria live action. Com exceção do soldado, o cenário é todo real, com brinquedos novos e velhos, alguns trazidos de antiquários, que foram quebrados ou desmontados pela produção.

O soldado, que teve a aparência baseada no personagem G.I. Joe e o tamanho no boneco Falcon, foi construído em 3D. “Um boneco real foi utilizado apenas para uma experiência fotográfica”, diz Gabriel Almeida. Com a intenção de tornar o boneco 3D o mais real possível, os diretores optaram por não ter troca de expressão no rosto ou movimento nas mãos do boneco. “Fizemos uma única expressão para o filme todo, mas é uma feição sofrida”, diz PG. “E a mão está sempre semifechada”. Para os diretores, o desafio desse comercial foi fazer com que a presença do boneco 3D fosse crível diante do cenário filmado. “Queríamos que parecesse stop motion”, conclui PG.

Boneco do filme do Cartoon foi construído em 3D, inspirado nos brinquedos G.I. Joe e Falcon.

ficha técnica Título Toy Soldier Agência Cartoon Network LA Criação Daniel Xavier e Eduardo Bragança Direção de criação Hernán La Greca Produtora Vetor Zero/Animatório Direção Animatório Dir. de fotografia Will Etchebehere Direção de CG Paulo Pinho Modelagem Danilo Enoki Animação Alexandre Martins Composição Paulo Pinho, Paulo Ferreira, Guilherme Ferreirinha Som Soap Box Studios (Atlanta)


( cinema)

Ana Carolina Barbosa

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A telinha abraça a telona Canais pagos e abertos têm experimentado diferentes mecanismos de apoio à produção de filmes, visando a garantia de conteúdo diferenciado para a grade de programação e novas oportunidades de negócios.

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FOTO: Wilson Santos/ CPDoc – JB

fato que o tempo entre a estreia de um filme nas salas de cinema e o lançamento nas janelas subsequentes é cada vez mais curto. No que depender de iniciativas dos canais de televisão, a defasagem tende a diminuir ainda mais ou, em alguns casos, até desaparecer, com a TV encabeçando as premieres. Novas estratégias dos grandes grupos de mídia e acesso a recursos incentivados, em especial do artigo 3ºA, são os grandes responsáveis pela aproximação entre a produção cinematográfica e os negócios da televisão. Neste ano, as primeiras produções da Record Entretenimento, braço da Record focado em projetos de cinema, teatro, licenciamento, novas mídias e eventos, começaram a despontar no circuito de festivais. A empresa completa dois anos em julho de 2010, mas alguns projetos começaram a ser esboçados há três anos, com a extinta Record Filmes. “Mamonas, o Doc”, uma coprodução com a Tatu Filmes sobre o grupo musical Mamonas Assassinas, e “Uma Noite em 67”, coprodução com a Videofilme, acerca do festival de música de 1967, foram exibidos nos festivais In Edit e É Tudo Verdade, respectivamente. “Tropicália”, documentário sobre o movimento musical de mesmo nome, a terceira produção em andamento, em parceria com a BossaNovaFilmes, está em finalização. A empresa ainda analisa a exibição promocional no Rio de Janeiro do filme “Rio dos

“Uma Noite em 67”, documentário coproduzido pela Record Entretenimento, estreou no festival É Tudo Verdade e deve virar especial de fim de ano na emissora.

Esportes”, produzido em parceria com a Guanabara Filmes, com captação em 3D. “Nossa intenção é dar à sociedade a oportunidade de conhecer um pouco mais do cinema brasileiro”, afirma João Luiz Urbaneja, diretor executivo da Record Entretenimento. Segundo o executivo, muitas produtoras têm buscado a empresa com projetos embrionários, que são submetidos à avaliação do coordenador do núcleo, José Amâncio. O único conteúdo

com a Tatu Filmes era para a produção de um documentário e de um longa-metragem de ficção sobre o grupo musical. Para este último, deve haver distribuição comercial. No modelo de negócio de todos eles está prevista a produção de DVD pela Record Entretenimento e a venda de conteúdo no mercado internacional pela equipe da Record. Urbaneja conta que a Record

O aporte financeiro dos canais à produção é geralmente baixo. A maior contrapartida é a mídia de divulgação. imediatamente vetado é aquele que envolve pornografia. “Produto e qualidade não faltam. A dificuldade é conseguir distribuir isso tudo”, conta. Por enquanto, “Tropicália” é o único com exibições comerciais nos planos. “Uma Noite em 67” deve virar um especial de fim de ano na emissora e “Mamonas, o Doc”, será exibido primeiro na MTV e depois na Record. Desde o início, o acordo

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Entretenimento ainda negocia com uma produtora americana a produção de um longa-metragem baseado na série “A Lei e o Crime”, que já foi ao ar pela emissora. A empresa também avalia modelos de negócio para apoio a filmes já concluídos. Há negociação para o colombiano “García”. O executivo explica que a maior contribuição de um grupo como a


“Viajantes Radicais – Pelos Caminhos de Lévi-Strauss”: primeiro documentário de produção independente que será exibido pela ESPN foi financiado com recursos do artigo 3ºA.

No entanto, existem projetos em andamento na ESPN que devem ganhar outras janelas de exibição. Renata Netto, diretora do núcleo de radicais da ESPN, conta que já há um documentário aprovado pela Ancine e que se encontra em fase de pesquisa de personagens. Trata-se de “Sem Limites”, uma coprodução com a Gullane Filmes, que tem como proposta contar a história dos esportes de ação com foco nas modalidades skate, BMS e motocross. Parte do documentário deve ser gravada durante o X Games, uma espécie de olimpíada dos esportes radicais promovida pela ESPN em

recursos do 3ºA. Será o primeiro documentário feito em parceria com a produção independente exibido pelos canais. Segundo Jaber Lago, produtor da ESPN e diretor de “Viajantes Radicais”, o canal já planejava há algum tempo uma atração que relacionasse a passagem do antropólogo Claude Lévi-Strauss no Brasil com os esportes de aventura. Com a possibilidade de financiamento, a proposta

Para o Canal Brasil, que produziu e distribuiu o documentário “Loki – Arnaldo Baptista”, coprodução ainda é o modelo mais viável. foi apresentada à Canal Azul. O documentário, que aborda tribos indígenas e seus rituais, além da prática esportiva no caminho percorrido por Lévi-Strauss, foi filmado nas regiões onde o antropólogo esteve como Paraná, Mato Grosso do Sul e Amazonas. A equipe também foi à França entrevistar intelectuais sobre a importância de Lévi-Strauss e conseguiu imagens inéditas na TV brasileira de entrevistas do antropólogo. Por enquanto, afirma Lago, está planejada apenas a exibição do documentário nos canais e um pré-lançamento para a imprensa com material extra.

várias cidades do mundo, que deve ter a segunda edição mundial no Brasil em São Paulo, em setembro de 2010. A ideia para esta produção, ainda sem previsão para a finalização, é que antes da exibição nos canais ESPN a produção seja exibida nas salas de cinema. Segundo Ana Luiza David, advogada da ESPN, há ainda mais um projeto em andamento, e com o grande volume de direitos internacionais comprado pela programadora, haverá recursos de 3ºA disponíveis para novas produções. “Este incentivo tem sido muito produtivo para a ESPN. É uma relação ganha-ganha. Todo o mundo sai ganhando: a produtora, a ESPN e o espectador”, analisa. Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine, destaca que, com um ano em operação efetiva, o artigo 3ºA tem recebido importante adesão de programadoras nacionais, internacionais e televisão aberta. “A Ancine tem tido diálogos com as

FOTO: Estevam Avellar

Recursos disponíveis Devido ao grande volume de aquisições de direitos de transmissão de eventos internacionais e, consequentemente, recursos disponíveis pelo artigo 3ºA, a ESPN, cujo negócio principal é a programação esportiva, tem experimentado novas linguagens audiovisuais. No segundo semestre, logo após a Copa, estreia nos canais ESPN, ESPN Brasil e ESPN HD o documentário “Viajantes Radicais – Pelo Caminho de Lévi-Strauss”, coproduzido com a Canal Azul. Orçada em R$ 500 mil, a produção foi totalmente financiada com

FOTO: divulgação

Record, que tem um canal de televisão, à produção cinematográfica, é o apoio de mídia e o cross mídia para a divulgação. “Fica mais fácil para o produtor conseguir parceiros que disponibilizem recursos pelas leis de incentivo. Isso abre o horizonte de divulgação e credibilidade”, destaca. De acordo com Urbaneja, nenhum projeto apoiado até agora recebeu aporte financeiro, mas existe um comprometimento do grupo em disponibilizar para os próximos projetos recursos do artigo 3ºA, mecanismo regulamentado no final de 2008, que permite que os canais de televisão invistam 70% do imposto devido devido sobre a remessa de recursos enviados ao exterior – derivados da aquisição de direitos de transmissão de obras audiovisuais ou eventos internacionais – em coproduções com produtores independentes brasileiros. “Neste ano, ainda haverá muitas novidades na área de cinema da Record Entretenimento”, afirma. Conforme apurou TELA VIVA existe ainda a possibilidade de um acordo entre a Record Entretenimento e a Riofilme em breve.

“Olhos Azuis”, filme coproduzido pelo Telecine por meio do selo Telecine Productions, criado para levar os sucessos do cinema com exclusividade para o canais da rede.

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( cinema ) FOTO: divulgação

“Corpo Presente”, um dos telefilmes resultantes da parceria entre a TV Cultura e a Secretaria de Cultura de São Paulo. Novo edital deve render outros filmes para 2010.

programadoras e televisões para que elas atinjam o máximo de possibilidades de 3ºA. Não fazemos estímulo específico a determinado formato. O estímulo é ao trabalho com a produção independente”, explica. Os dois projetos que utilizaram 3ºA até o momento, enquadrados nas categorias telefilme e longa-metragem, respectivamente, foram “Uns Braços”, exibido como especial de fim de ano da Record, e “Não se Preocupe, Nada Vai Dar Certo”, pela conta do Telecine.

Já foram produzidos com o selo Telecine Productions filmes como “Budapeste”, “Entre Lençóis”, “A Casa da Mãe Joana”, “Show de Bola”, “Os Normais 2”, “Herbert de Perto” e “Jean Charles”. Estão previstas ainda as estreias de “Olhos Azuis”, “Capitães de Areia” e “Bruna Surfistinha - O Doce Veneno do Escorpião”. De acordo com Pereira, até 2008 a modalidade mais praticada foi o prélicenciamento. Em 2009, começou a aumentar o volume de coproduções com o selo Telecine Productions. O aporte financeiro se dá por meio de recursos próprios e incentivados. O Telecine já abriu conta específica para uso do artigo 3ºA. “Nunca fomos os maiores investidores, o investimento é pequeno e não apostamos fichas em um só filme, preferimos apostar em vários”, conta. “A gente quer estar junto dos filmes nacionais

Sucesso no cinema Se canais abertos, com programação mais abrangente, e canais que não têm foco em cinema encaram a produção de filmes como mais uma possibilidade, para os canais essencialmente programados com filmes, estas iniciativas são uma necessidade. “Interessa para a gente exibir aquilo que faz sucesso no cinema. Olhamos como poderíamos estar com os filmes nacionais, apoiar o crescimento da indústria e garantir a exibição no Telecine quando ele chegar à TV por assinatura”, observa Sóvero Pereira, gerente de marketing dos canais Telecine. Por “sucesso no cinema” leia-se: bom desempenho na bilheteria. Pereira conta que os canais desenvolveram três modelos de apoio à produção de filmes: mídia para o lançamento, com a divulgação do filme nos canais Telecine, aproveitando a audiência interessada em filmes; pré-licenciamento, compra dos direitos de um filme ainda na fase de produção; e coprodução, por meio do selo criado em 2008, o Telecine Productions, em parceria com a distribuidora Imagem Filmes. Os filmes são exibidos com exclusividade na rede Telecine quando chegam à janela de TV paga por no mínimo um ano.

Recolhimentos pelo artigo 3ºA (em R$ mil)* Empresa investidora

2009

Brasil Distribution LLC Radio e Televisão Record S.A. Fox Latin American Channel Inc Espn do Brasil Eventos Esportivos Ltda Telecine Programação de Filmes Ltda Globo Comunicação e Participações S.A. Turner Broadcasting System Latin America Inc. Topsports Ventures S.A. Elo Audiovisual Serviços Ltda

5.329,7 3.548,6 3.273,1 784,2 698,5 520,2 381,9 138,0 1,5

Total

14.675,6

Fonte: sistema de informações da Ancine em 05/03/2010 (*) empresas detentoras da preferência na utilização dos recursos decorrentes do benefício fiscal.

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com potencial de bilheteria. No fundo, é o desdobramento dos nossos negócios. Não estamos virando produtores. O negócio continua sendo trazer o filme o mais rápido possível para a casa dos assinantes. No caso do cinema nacional, temos como ajudar”. Outro que faz investidas no cinema nacional, devido à natureza de sua programação, mas que quer manter o foco no negócio da televisão é o Canal Brasil. Já acostumado a coproduções, o canal lançou há dois anos o documentário longa-metragem “Loki – Arnaldo Baptista”, sobre o ex-Mutante. Dirigido por Paulo Henrique Fontenelle, o material virou um filme por acaso. Era para ser um episódio do programa “Luz, Câmera e Canção”, mas o material bruto era tão rico que foi editado com viés de longametragem e apresentado em festivais para testar a receptividade. Fez uma carreira de sucesso e distribuidores procuraram o canal para levar a produção às salas de cinema. Mendonça conta que os direitos das músicas do filme haviam sido adquiridos somente para festivais e um eventual lançamento em DVD. Para o cinema, os preços se elevaram demais e foi necessário cortar e substituir canções. O próprio canal cuidou da distribuição, o filme fez 18 mil espectadores em exibições comerciais e lançado em DVD, pelo selo do Canal Brasil no ano passado. “Nosso foco é TV. Essa foi uma


totalmente pensado para a televisão, está de acordo com as funções de uma TV pública de fomentar o audiovisual e a experimentação. Além disso, a produção de filmes independentes, porém em torno de uma temática, permite a formação de uma série, o que facilita o empacotamento para licenciamento e vendas no mercado internacional. Pelo contrato, a TV Cultura fica com 60% da receita advinda dos direitos de comercialização do filme pelo período de dez anos, além da exclusividade de exibição no período de um ano. “O projeto é completo. O dinheiro público é aplicado com a garantia de que o público vai assistir”, conclui La Bella. Para 2010, uma nova série de quatro filmes será selecionada novamente por meio de um edital da Secretaria de Cultura em parceria com a emissora. Dessa vez, os telefilmes terão como tema o bairro paulistano da Luz.

circunstância e exigiu esforço”, conta Mendonça. O diretor do Canal Brasil observa que o modelo mais viável para filmes é a coprodução. Os direitos e a contribuição do canal são avaliadas caso a caso. A maioria dos projetos coproduzidos pelo Canal Brasil são documentários, mas existem algumas ficções em vista, como “Bodas de Seda”, de Fábio Barreto, e a transformação da série de ficção “Amorais”, de Fernando Ceylão, em um longa-metragem. A ideia, como explica Mendonça, é que as produções passem por festivais antes de chegar na TV. Especialmente para a televisão A TV Cultura experimentou no ano passado um modelo para a produção de telefilmes, filmes feitos exclusivamente para a grade da televisão. Em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, que lançou o edital Concurso de Apoio à Realização de Telefilme Inédito, a emissora selecionou dez projetos que contemplassem a criação e o desenvolvimento de um roteiro inédito sobre a temática São Paulo, uma metrópole. Entre estes dez projetos, a TV Cultura escolheu quatro para a produção. Eles receberam um prêmio de R$ 600 mil cada, além de suporte técnico para a produção. A primeira série de telefilmes, com os títulos “Para Aceitá-la, Continue na Linha”, de Anna Mulayert, “A Queda do Dinheiro”, de Ugo Giorgetti, “Corpo Presente”, de Marcelo Toledo e Paulo Gregório, e “Carro de Paulista”, de Ricardo Pinto e Silva, estrearam na televisão no ano passado. Segundo Wagner La Bella, diretor de prestação de serviços, produção independente e documentários da TV Cultura, a experiência foi bem sucedida. “O resultado foi muito legal. Os filmes tiveram uma excelente repercussão”, comemora. Ele explica que este projeto,

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Veterana Com 12 anos de mercado, a Globo Filmes já produziu mais de 90 filmes que levaram às salas de cinema cerca de 90 milhões de espectadores. Carlos Eduardo Rodrigues, diretor executivo da Globo Filmes, destaca que um dos objetivos é gerar sinergia entre cinema e televisão. “Os filmes que coproduzimos devem ter boa possibilidade Carlos Eduardo de gerar audiência Rodrigues na TV aberta”. Assim como a Record Entretenimento, o fato de pertencer a um grupo de mídia com uma emissora de televisão é um elemento importante para as atividades de cinema. “Nossos melhores resultados se deram nos projetos onde houve equilíbrio de nossa participação nos trabalhos de coprodução e divulgação”, conta. Segundo o executivo, dez filmes coproduzidos pela Globo Filmes devem ser lançados em 2010. No momento, a empresa comemora o desempenho de “Chico Xavier”. As próximas apostas são “Quincas Berro D´Água”, “O Bem Amado”, “5 Vezes Favela” e “Amazônia Caruana”.

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( entrevista)

O“Big Brother”da política Getsemane Silva assume a direção da TV Câmara com desafios como dinamizar as transmissões das sessões plenárias.

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FOTO: divulgação

omo transformar uma transmissão de sessão plenária da Câmara dos Deputados em uma programação interes–sante? Essa é apenas uma das perguntas para as quais o novo diretor geral da TV Câmara, Getsemane Silva, tem buscado resposta. As mudanças em curso na TV Câmara vão desde a tentativa de dinamizar as transmissões das sessões plenárias, até um realinhamento do jornalismo e o lançamento de editais para a produção e para o licenciamento de documentários. A TV, que lançou seu sinal digital em São Paulo em 29 de abril, prepara-se ainda para a expansão do sinal digital para outras cidades onde a Câmara possui outorgas, e ainda para a utilização da interatividade do canal digital. Hoje o canal está na TV a cabo, UHF em São Paulo e Distrito Federal, e na parabólica. Getsemane Silva conversou com TELA VIVA sobre as mudanças em curso e os principais desafios de programar uma TV pública com foco em política em tempos de interatividade.

Getsemane Silva, da TV Câmara

Acho que cheguei aqui nessa função em um momento em que nós já tínhamos vencido vários desafios tecnológicos, de penetração do canal, inauguramos um canal digital aberto em São Paulo, e temos vários outros acordos em andamento. Esses desafios já foram vencidos, mas há novos desafios pra vencer. Por exemplo, um realinhamento da nossa cobertura jornalística enquanto canal público, que tem como tema específico a participação política, a política partidária, a política pública, e as políticas de governo. O que vamos fazer em maio é parar a produção de jornalismo e fazer um seminário interno. Vamos tentar encontrar qual a narrativa e a linguagem jornalística mais adequada à TV. Porque a maioria das coisas que transmitimos nos telejornais não são factuais, não são notícias terminativas. Fizemos um estudo e vimos que de 70% a 80% do conteúdo dos telejornais são muito relevantes,

TELA VIVA Quais foram os principais desafios que você encontrou ao assumir a direção geral da TV Câmara, em 22 de abril, e quais serão as suas prioridades? GETSEMANE SILVA A TV Câmara é uma TV pública, é uma construção pública. Então a todo o momento ela evolui, vão se vencendo velhos desafios e vão aparecendo novos desafios.

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informativos, mas são coisas que estão sendo debatidas, estão sendo discutidas. A notícia, no caso, é que uma comissão fez uma audiência pública sobre o Plano Nacional de Banda Larga, por exemplo. O que está sendo discutido na audiência é uma informação relevante, mas ela precisa ser mais bem trabalhada jornalisticamente. Precisamos preparar melhor um VT pra que ele vá ao ar dois dias depois, três dias depois, só que muito mais aprofundado, muito melhor produzido e com uma validade no ar muito mais ampla. Se você prepara uma reportagem mais bem acabada, com mais tempo, mais aprofundada e inclusive mais longa, você tem conteúdo no canal sobre aquele tema ao longo de duas, três semanas garantido. E como é hoje? O jornalismo trabalha muito com a pressão do factual e do velho, o jornalista acha que tem que dar a notícia hoje, e a matéria acaba ficando com passagens muito grandes, com imagens muito repetidas, apenas com o pessoal que compareceu à audiência, que muitas vezes são especialistas bacanas, mas que estão sempre dentro daquele espaço restrito do Plenário da comissão. Visualmente e, às vezes, até informativamente a matéria fica fraca. Na pressa de dar a notícia no dia, perdemos em qualidade. Vamos tentar fazer esse realinhamento. E aí o que for realmente do dia, uma notícia que amanhã vai ficar velha, vamos passar a dar nos telejornais com muitos links, muitos vivos. O telejornal, hoje, entra uma vez


só no dia. Vai passar a entrar três vezes, com informações quentes do que está acontecendo. O Congresso é cheio de gente a toda hora, tem muito lobista, legítimo, tem muita pressão popular, muitos movimentos. Vamos entrar com eles ali no calor da negociação. Em 15 de maio, estreia a nova temporada de “Olhares”, programa que exibe documentários sobre temas diversos, selecionados a partir de um edital. Esse será o foco de vocês na nova programação? É um foco, porque estamos querendo trabalhar com o conceito de que uma parte da nossa programação precisa ser o que chamamos de “programação contextualizadora”. Não podemos trabalhar só com informação do que tem acontecido dentro do Congresso, precisamos contextualizar essa informação. Achamos que documentários são sempre a melhor maneira de contextualizar situações de realidade. Promovemos esse concurso para comprar 42 filmes de uma vez. Separamos o edital em seis eixos temáticos: saúde, política, cidadania, comunicação, economia e educação. Dentro desses eixos temáticos, temos subtemas. Então temos documentários sobre praticamente tudo. Quando estivermos cobrindo alguma coisa especifica do Congresso, que está discutindo, por exemplo, Plano Nacional de Banda Larga, democratização da informação, contamos com documentários que tratam esse tema. Então, além de exibir informação, jornalismo e debate de parlamentares sobre isso, programamos um documentário que mostra a experiência de uma rádio dentro de um presídio, por exemplo. Vamos oferecer uma contextualização pro espectador. E o fato de termos pago pelos filmes - foi um concurso e os produtores receberam premiação de

licenciamento - garantiu que a qualidade técnica e narrativa desses filmes fossem boas. Já exibíamos documentários produzidos por nós ou por independentes, mas os documentários independentes eram sempre cessões sem ônus. O realizador muitas vezes não tinha onde passar seu produto e dentro de uma temática específica, abríamos espaço para ele. O fato de ter pago é um reconhecimento importante e também eleva a qualidade do produto que vamos exibir.

vamos publicá-lo. Esse edital é pensado para a programação do ano que vem.

Entre os conteúdos que estreiam na nova grade do canal estão programas e documentários de outras TVs da América Latina. Conte-nos um pouco sobre essas parceiras e qual é o modelo de negócios com essas emissoras. Temos como parceiros o canal 22 do México, que é um canal público de cultura; o Canal Del Congreso, que é nosso homólogo no México; e Vocês devem lançar um edital de o canal Encuentro, da Argentina, produção em breve. Para quando é que é um canal educativo, cultural e esse edital e que tipo de programação público também. ele vai selecionar? Com esses canais Ele vai ser para públicos, o modelo é o Planejamos documentários e de troca de conteúdo. colocar no ar, em Há documentários que programas. Não vamos 1° de junho, uma pertencem à TV fazer séries, não teremos um orçamento para bancar transmissão mais Câmara que uma série. Portanto são interessam a eles. dinâmica da episódios únicos. Pode ser O canal 22 do México sessão do uma linguagem mais de vai exibir 20 edições plenário. grande reportagem, com da nossa série apresentador, ou mais “Talentos”, um cinematográfica. programa de músicos que está no O que vamos buscar são programas ar há cinco anos. Eles escolheram com narrativas interessantes sobre 20 músicos conhecidos brasileiros, participação política nas comunidades, e vão exibir 20 edições dessa nas cidades. série. Em contrapartida, vamos Vamos receber projetos que exibir uma série deles chamada contenham histórias de iniciativas de “Tratos e Retratos”, uma série de participação política, de envolvimento da entrevistas com grandes artistas e sociedade, do bairro, da rua, da pequena pensadores, como Umberto Eco, comunidade em algo que teve efeito em Gabriel Garcia Bernal, Benicio Del uma lei municipal, estadual e até federal. Toro e Eric Hobsbawm. O objetivo é que os produtores Vamos exibir alguns independentes apresentem novidades documentários deles sobre a sobre esse tema. Porque somos uma TV cultura mexicana. Entre os nossos, de política, essa é a nossa marca. eles vão começar com um sobre O projeto pode ser, por exemplo, sobre Oscar Niemeyer. uma maneira interessante com que um Trocamos conteúdo. Não determinado grupo conseguiu de fazer gastamos nada para ter esse pressão em sua assembleia estadual. Ou, conteúdo a mais, e ainda tem essa de repente, a maneira com que um grupo troca latino-americana. conseguiu fazer pressão na sua câmara Também acabamos de fechar um municipal e isso resultou em alguma convênio com a TV ONU para exibir mudança efetiva de normas. conteúdo deles. Com a TV ONU não Não posso precisar para quando é o é uma troca. Neste caso, foi um edital, mas sairá no segundo semestre. convênio. A ONU oferece os Creio que em setembro ou outubro programas para alguns canais no

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( entrevista ) mais. Vai haver mais interação entre site e transmissão. Além disso, ele poderá fazer comentários no site sobre o que acha daquilo e alguns desses comentários vão passar na barra de notícias. É uma tentativa de levar o calor do Plenário e deixar de ser uma coisa aparentemente burocrática e chata. Essa vai ser minha outra prioridade: inaugurar a interatividade via canal digital, que está prevista para o segundo semestre. A interação entre a transmissão que já temos e o site vai ser um exercício para os menus e fórmulas de interatividade via canal digital.

FOTO: divulgação

mundo. Não pagamos nada pelo conteúdo, temos apenas o custo de legendagem e dublagem. Eles produzem vários programas, e entre eles nos interessamos por um programa chamado “Século XXI”, que traz mensalmente quatro reportagens especiais sobre temas importantes naquele mês, produzidos ao redor do mundo. No Brasil, o canal Futura exibe esse programa também. Como está dividida a programação hoje? Dividimos nossos programas em cinco categorias: as sessões do Plenário e as comissões (ao vivo) representam 25% da nossa programação; os programas informativos, que são basicamente os telejornais e os programas que têm reportagem, são 17% da programação; programas de reflexão e debate são 42% da programação; programas culturais são 12%; e os interprogramas de quatro a cinco minutos representam 4% da programação. Dentro da categoria de reflexão e debate são nove programas diferentes com participação de parlamentares que, com linguagens e narrativas diferentes, debatem temas que estão sendo discutidos no Congresso. Os documentários também estão nessa categoria, já que servem para reflexão e contextualização. Na programação inteira, há participação parlamentar em 70% dos programas. O deputado é o representante eleito, que está aqui negociando e debatendo aquele tema. Um dos objetivos da TV é a transparência do poder legislativo federal.

câmeras no Plenário, com pelo menos três novas câmeras, um novo ângulo de visão de cima do Plenário com uma grande angular, o que vai dar uma visão fantástica das votações mais quentes. A ideia é dar ao diretor de TV mais possibilidades de ângulos de visão. Às vezes tem um deputado discursando, defendendo uma opinião, e há um grupo de seis outros deputados no Plenário comentando, rindo, ou prestando atenção. Precisamos dar esses feedbacks, mostrar que o Plenário é muito mais que três câmeras cortando em corte seco, sem movimento. Além disso, vamos começar a interagir o Plenário com nosso site. Vamos colocar alguns videografismos de vez em quando em cima do Plenário. Assim, quando estiverem discutindo determinado tema, vamos mostrar as frases “quer saber mais sobre isso? Entre no nosso site agora”. Vale lembrar que nós não temos autorização para cortar o Plenário. É uma transmissão totalmente “Big Brother”, sem cortes. Vamos oferecer mais estrutura pro espectador, que pode estar vendo uma votação de um crédito suplementar para a criação da Universidade Federal do Mato Grosso, por exemplo, e ter interesse em conhecer

Nas transmissões das sessões do Plenário, o que muda? Planejamos colocar no ar, a partir de 1° de junho, uma transmissão mais dinâmica, tentando reproduzir o que o deputado vive lá dentro. Vai haver um incremento de

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O canal estreia ainda uma nova programação visual. O que vocês estão buscando com essa reformulação visual? Estávamos buscando, primeiro, mais unidade no canal todo. Somos um canal segmentado, precisamos de certa unidade. Mas também estávamos buscando clareza, objetividade de informação visual, transparência e diversidade. Essa mudança na interprogramação, ao longo do tempo, vai se refletir nas vinhetas dos programas, nos cenários. Além do modelo de editais e parcerias, que outros modelos vocês podem usar para coproduzir ou financiar produções? Temos troca de conteúdo com o canal Futura e com algumas TVs legislativas estaduais, mas nunca fizemos coprodução. É uma evolução constante, em algum momento devemos fazer coprodução. O que às vezes nos trava é que a Câmara, como poder federal que tem sua burocracia própria. Aos poucos a Câmara vai respondendo. Nunca tínhamos feito uma compra de filmes dessa maneira, por exemplo. Fizemos uma, e foi novidade não só pra gente, mas pra todo mundo que trabalha na Câmara. É um contrato assinado com a própria Câmara. A TV Câmara não existe como


personalidade jurídica. Todas as nossas compras são dentro do processo normal de compra da Câmara. A detentora dos direitos autorais de transmissão é a Câmara dos Deputados. Qual é o orçamento para produções externas em 2010? Para este ano, dispomos de R$ 500 mil no orçamento para investimento em produções independentes. Para 2011, esse valor subirá para R$ 800 mil. A TV Câmara inaugurou as transmissões digitais em São Paulo, em parceria com a TV Assembleia. Como é essa parceria? Ela deve migrar para outros estados? Temos outorga de canal digital em oito regiões metropolitanas, entre elas São Paulo. Em São Paulo, a Câmara comprou o transmissor, porém o aluguel da torre onde está instalado e os custos mensais de energia e manutenção desse transmissor cabem à Assembleia. A Câmara entra com um investimento grande inicial, porque esse transmissor é caro, mas não tem custos mensais para manter esse transmissor funcionando. Em contrapartida, fazemos a multiprogramação, ou seja, carregamos o canal da Assembleia estadual. No caso de São Paulo, também foi colocada a TV Senado. O certo é que a parceria sempre vai ser Câmara Federal e assembleia estadual. A Câmara faz um investimento inicial e a assembleia estadual se responsabiliza pelo custeio e manutenção e os dois canais vão juntos na multiprogramação. Os próximos estados que devem ter o mesmo tipo de convênio são Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Já estamos com o processo de compra de dois novos transmissores em andamento. Os sinais devem entrar no ar até o final do ano, ou inicio do ano que vem.

Vocês estão trabalhando com o Ibope para conhecer melhor a audiência. Já existem dados sobre o público da TV Câmara? A TV Câmara é vista em sua maioria por pessoas com mais de 35 anos. Porém, a depender do horário, dia, conteúdo, tem uma faixa de 25 a 34 anos e até de 18 a 24 anos, que chega a ser grande. Às vezes tem um percentual de 30% de pessoas de 25 a 34 anos assistindo. Essa descoberta foi interessante porque nos leva a levantar uma hipótese de que a TV Câmara, por ser uma TV segmentada, atinge um público que é “transidade”, mas que deve ter em comum o interesse pelos temas políticos. E apesar da TV por assinatura estar muito concentrada na classe A/B, temos um percentual grande de classe C que nos assiste. A classe C está crescendo entre os assinantes. Também pesquisamos o UHF no Distrito Federal e tem um bom percentual, que chega entre 20% a 30% de pessoas, das classes D e E que nos assistem. A descoberta desse público foi muito interessante pra nós. E perceber que estamos no mesmo patamar de alguns outros canais privados, inclusive canais de notícias, que achávamos que tinham um alcance muito maior do que o da TV Câmara. Tem um nicho ali para o canal da Câmara. Nos programas, o que posso dizer é que vários programas passaram e estão passando por uma adaptação de linguagem visando maior retenção. Uma outra coisa: os programas com melhor performance em termos de retenção são programas de debate e de temas que estão na mídia. Antes nós pensávamos: “programa de debate é meio chato, é melhor pôr filme”, e não é. Parece que as pessoas quando passam e ficam na TV Câmara estão buscando exatamente isso, a troca de ideias.

Isso já faz parte do planejamento estratégico da Câmara, construído há dois anos. O plano é de implantar aos poucos, dois ou três canais por ano, para chegar em 2016 com essas oito regiões metropolitanas com sinal da TV Câmara e da TV Assembleia. O que vocês estão preparando de interatividade para o canal digital? Queremos metadados sobre o que está sendo discutido. Queremos que as pessoas acessem informações sobre o deputado. No site já temos informações sobre tramitação, mas queremos colocar isso na TV. Ou seja, quando o espectador está vendo a criação da Petrosal, por exemplo, ele se pergunta se já está terminado, ou se vai para o Senado. Ele vai acessar a tramitação daquele projeto, ao invés de precisar entrar no site. Vai ter um pouco de canal de resposta também, para que o espectador possa interagir não só com os deputados, mas com os produtores de conteúdo da redação.

com o ibope, percebemos que estamos no mesmo nível de outros canais, inclusive privados. Você coordenou a implantação do projeto Baixe Use, sistema que permite ao usuário baixar pela Internet documentários e séries de reportagens. O que acontece com esse projeto nessa nova fase? Há outros projetos para Internet? A segunda fase desse projeto é o aumento do catálogo, que começou com 150 títulos. Vamos acrescentar mais 30, 40 títulos. Além disso, vamos entrar em uma rede com duas mil escolas para divulgar esse material em parceria com uma organização chamada Todos pela Educação. A força agora vai ser para divulgar esse serviço. Ele funciona, mas precisa chegar mais aos professores, às escolas. Apesar de ele existir online em PDF, vamos enviar o catálogo em papel, para que possam ver o que tem disponível, saber como baixar.

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Ressaca Diretor escolhe a sequência de cenas na sala de cinema, na frente da plateia, montando um filme novo a cada sessão graças à tecnologia desenvolvida na Universidade Pompeu de Fabra, em Barcelona.

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FOTO: Paula Lyn

m filme novo a cada sessão, editado na hora, na frente da plateia a partir de 129 cenas prégravadas. Esta é a experiência diferenciada de cinema que o diretor Bruno Vianna propõe com o longa-metragem “Ressaca”, que estreou no Festival do Rio de 2008 e ficou em cartaz de 14 de abril a 5 de maio de 2010 no Oi Futuro, no Rio de Janeiro. “A ideia inicial era fazer um filme linear, mas com o desenvolvimento da tecnologia de edição, já começamos a pensar em um projeto não-linear desde o roteiro. Tanto é que não existe uma versão fechada do filme ou um projeto de DVD”, conta o diretor. Vianna é cineasta com carreira ligada às artes digitais. Fez um mestrado sobre o tema em Nova O diretor Bruno Vianna monta sequência do longa-metragem durante a exibição. York e ganhou uma bolsa da Universidade Pompeu de Fabra, licença Creative Commons. Bjork e outros artistas em em Barcelona, juntamente com a O diretor solicitou à amiga Maíra apresentações ao vivo, Maíra criou poetisa Orit Kruglanski, para Sala, que cursava o Master em Artes a tela tátil que permitiria a edição desenvolvimento de projeto de Digitais na Universidade Pompeu de em tempo real no cinema como literatura interativa para PDAs – Fabra, que desenvolvesse um sistema trabalho de conclusão de curso. PalmPoetry. Além disso, o diretor que tornasse possível a tem projetos de Engrenagem narrativas em A tela tátil, que edição de “Ressaca” em tempo real na sala de A tela tátil, que recebeu o realidade recebeu o nome de cinema. Ele queria algo nome de Engrenagem, permite aumentada para Engrenagem, que pudesse ser movimentar os elementos do celulares e seu permite observado pelo público e filme com os dedos. Como a tela primeiro longanão ficasse restrito à tem um metro de diâmetro e fica metragem, “Cafuné”, movimentar os cabine de projeção. Com posicionada ao lado da tela de 2006, foi o elementos do filme o apoio do centro de principal do cinema, a plateia primeiro longa com os dedos. artes Hangar, também de pode acompanhar todo o processo comercial brasileiro Barcelona, e da equipe de edição. A interface criada a ser lançado que desenvolveu a Reactable, uma permite a visualização de todo o simultaneamente nas salas de interface de síntese musical usada por material do filme, e sua cinema e na Internet com uma

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organização, através de links que definem a ordem das sequências. Além disso é possível manipular cada plano de cada sequência, mudando sua posição no filme, além de escolher o tipo de corte e fusão. Segundo Vianna, existem três telas deste tipo, uma no Rio de Janeiro, uma em Barcelona e uma em Recife. Entretanto, o único filme já exibido desta forma foi o “Ressaca”. “Ela foi feita especificamente para este projeto, mas a tecnologia está disponível para o uso”, conta. O filme, com produção orçada em R$ 340 mil, foi patrocinado pela Oi por meio de leis de incentivo. A história que se pretende contar é a de um garoto que vive a adolescência e juventude nos anos 80, período em que o Brasil viveu instabilidades políticas e econômicas. Sua família sofre com as mudanças de planos econômicos, moedas e crises. A ideia é que o esquema de exibição proposto pelo filme espelhe o quebra-cabeça social vivido naqueles tempos. De acordo com o diretor, cada sessão tem em média 1h40 de duração. “Escrevi o roteiro pensando nestas possibilidades e os atores gravaram algumas vezes a mesma cena, mas com diferentes entonações. Esta ideia de montar na sala é muito boa. A cada montagem eu descubro um novo significado. As pessoas voltam para ver”, conta. Depois da estreia no Festival do Rio, em 2008, ele participou de vários festivais. Foi apresentado em centros de arte como o Hangar, em Barcelona. Abriu o festival Mecal, na mesma cidade, e o PureData, em São Paulo. Foi exibido no festival Piksel, na Noruega, e no festival Electrofringe, na Austrália. Foi finalista no concurso Transitio, MX, no México, e ficou em cartaz em Belo Horizonte, no Festival de

SINOPSE: A história que se pretende contar é a de um garoto que vive a adolescência e juventude nos anos 80, período em que o Brasil viveu instabilidades políticas e econômicas. Sua família sofre com as mudanças de planos econômicos, moedas e crises. A ideia é que o esquema de exibição proposto pelo filme espelhe o quebra cabeça social vivido

RESSACA Formato Direção Produção Fotografia

Arte Digital, e no Recife, na Fundação Joaquim Nabuco. No CineEsquemaNovo, em Porto Alegre, único festival em que pôde participar da mostra competitiva, o filme ganhou quatro prêmios: melhor filme pelo júri, melhor filme pelo júri popular, prêmio da crítica e melhor ator para João Pedro Zappa. Após as exibições no Oi Futuro, no Rio, o filme será apresentado no Sesc Birigui, em São Paulo; no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília e no Festival de Tecnologia de Petrópolis (RJ). O diretor ainda negocia a apresentação de “Ressaca”

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Longa-metragem Bruno Vianna Daniel Scatena Andrea Capella

em Fortaleza e na Espanha em julho. O diretor conta que tem vontade de desenvolver novos projetos como o do longametragem “Ressaca”, com múltiplas possibilidades narrativas. No entanto, seu próximo filme de ficção deve ter estrutura linear. Atualmente, o diretor trabalha em um longametragem baseado em fatos reais relacionados ao Movimento dos Sem-Terra (MST). ANA CAROLINA BARBOSA


( tecnologia)

André Mermelstein

a n d r e @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Juntou de vez Broadband TVs chegam ao mercado a preços acessíveis e dão início a um processo sem volta: a convergência total da televisão com a Internet.

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FOTOS: divulgação

hega às lojas este ano o equipamento que, com o celular, representa a materialização do que seja a convergência de meios. São as broadband TVs, ou TVs conectadas, que além da recepção tradicional, contam com entradas de rede, para receber e transmitir dados e informações da Internet. No início, os modelos contam com serviços básicos, como aplicativos de notícias, previsão do tempo e alguns clipes de vídeo. Mas a porta está aberta para serviços avançados, como vídeo on-demand em alta definição. A LG, por exemplo, entrou com tudo na tendência, com a linha Infinita. A empresa afirmou que até o final deste ano 50% de seu line-up de modelos trarão a funcionalidade, batizada de NetCast. Embora a novidade chegue primeiro aos modelos mais avançados, como as telas de LED, os preços ao consumidor devem ser bastante atrativos desde o primeiro momento. “Uma tela de 32”, com broadband, recepção digital (DTV) e middleware Ginga já deve estar disponível por menos de R$ 3 mil”, diz Fernanda Summa, gerente de produto da LG. As telas se conectam à rede via cabo ou Wi-Fi (através de um adaptador USB oferecido gratuitamente). O lançamento se baseou em pesquisa nacional feita pela LG que apontou que 69% dos consumidores preferem ver vídeos na Internet do que na TV, sobretudo pela maior gama de opções e pela comodidade de assistir o conteúdo quando quiser. Dos entrevistados, 57% declararam que não têm tempo de ver TV. No modelo desenvolvido pela LG, e também pelos demais fabricantes,

Menu do Yahoo! Connected TV: vídeos on-demand em alta definição.

somente conteúdos formatados pela fabricante poderão ser acessados. Não há um browser na TV, para se acessar qualquer conteúdo da web. Assim, a LG fez parcerias com alguns provedores de conteúdo nacionais e internacionais, como UOL, Terra e YouTube, que proverão notícias, informações de tempo, trânsito entre outras, e vídeos, tanto noticiosos quanto de entretenimento. O Terra cedeu conteúdos do Terra TV, como clipes de basquete, de futebol, do

Ainda não há nenhum serviço de video-on-demand de conteúdos premium, como já acontece em mercados como os EUA. Mas segundo apurou TELA VIVA, a LG planeja ainda este ano o lançamento de um serviço de “locadora virtual” no Chile, com uma subsidiária da operadora de cabo VTR. Não deve demorar para um serviço similar chegar ao Brasil. Um detalhe da broadband TV da LG é que ao se acionar o sistema de Internet, a tela da TV é substituída inteiramente por uma tela de navegação online, sem que a imagem da TV permaneça no background. Isso foi feito depois que emissoras questionaram o serviço de broadband TV, dizendo que a sobreposição de conteúdos online aos vídeos da TV seriam uma “interferência” no conteúdo das emissoras. Para evitar conflito, a LG oferece os serviços online como se fossem uma “entrada”

além dos conteúdos, tvs também se conectarão ao skype e às redes sociais. Esporte Interativo, e documentários. Segundo Fernanda Summa, novas parcerias estão sendo negociadas e serão anunciadas ao longo do ano. Além dos parceiros de conteúdo, a plataforma terá também outros serviços, como visualização de fotos e, a partir do segundo semestre, acesso ao Skype, para ligações telefônicas e videoconferências. Sob controle A executiva explica que o “filtro” feito pela fabricante para o ingresso de conteúdos se dá pela formatação e usabilidade. Há um manual para a formatação dos conteúdos. Outra preocupação é a garantia de que os conteúdos sejam legalizados do ponto de vista de direitos de imagem e autorais.

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separada da TV, assim como o set-top box da TV paga ou o DVD. A Samsung também lançou este ano novos modelos conectados. A parceria entre o Terra e a fabricante, anunciada no ano passado, foi ampliada. Desde abril, os aparelhos com a função internet@TV têm acesso a conteúdos do Terra TV (incluindo conteúdos disponíveis na TV paga) e à galeria de fotos do portal. Quando a parceria foi lançada, o conteúdo era de informações do tempo e notícias. Agora, estão disponíveis vídeos de notícias do Terra TV, Campeonato Alemão de Futebol, jogos da NBA e da Liga de Baseball dos EUA, além da programação de


esportes radicais. Na área de diversão, estará disponível o conteúdo dos canais Discovery. A parceria será ampliada para Chile, Argentina, Colômbia, Venezuela e Peru com o conteúdo notícioso do Terra. A Sony também apresentou em abril os 25 novos modelos de aparelho de televisão (quinze de LED e dez de LCD) da linha Bravia que chegam ao mercado neste ano. Fabricados no Brasil, todos os modelos têm receptor digital integrado e hardware preparado para o DTVi (Ginga), além da tecnologia Bravia Internet Video, que permite ao consumidor acessar os conteúdos de Internet dos parceiros nacionais e internacionais da Sony. Entre os parceiros estão Flickr, YouTube, Yahoo!, Sony Pictures, UOL, SBT, Terra e iG. Portais Se para os fabricantes a broadband TV significa, assim como o 3D, um

Vídeos em televisor da LG. Em 2010, metade dos modelos da fabricante terão conectividade.

novo argumento de venda, para os portais de Internet elas são mais um canal, assim como os consoles de videogame e os monitores de elevador, para atingir o público onde quer que ele esteja. Terra e UOL fecharam parceria com os principais fabricantes e serão responsáveis por boa parte do conteúdo oferecido inicialmente. Já em 2010, também chegam ao Brasil as primeiras broadband TVs com a plataforma de TV do Yahoo!, a Connected TV, que neste caso funciona como um

agregador de todo o conteúdo oferecido, inclusive por outros parceiros. A plataforma é uma interface que permite que o usuário instale widgets, que são aplicações similares às que se vê em smartphones, como o iPhone. Podem ser aplicações para consulta de cotações, notícias, meteorologia etc, ou até mesmo serviços mais avançados, como video-on-demand em alta definição. A TV também dá acesso às redes sociais. Na Europa, o Yahoo! embarca sua plataforma em TVs da Sony, LG e Samsung. No Brasil, deve chegar inicialmente pelas mãos da Sony, contou a TELA VIVA Russ Schafer, diretor sênior de produtos de TV conectada e desktop da Yahoo!. Os aparelhos estão disponíveis hoje em 16 países e segundo a empresa já existem 2,6 milhões de usuários, número que deve triplicar este ano, diz Schafer.


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COBERTURA

Fernando Lauterjung

f e r n a n d o @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Capacidade ampliada

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m upgrade de software traz novas possibilidades para a linha K2 Summit e K2 Solo, da Grass Valley. Apresentado no NABshow, em abril, como uma solução para a produção estereoscópica (veja matéria na página 16), o ChannelFlex, upgrade que fica disponível neste mês de maio, permite também que os servidores sejam usados para super slow-motion e amplia os recursos de gravação de câmera. Isto porque o software duplica o número de canais dos servidores, chegando a até oito streams de vídeo HD/SD, dependendo da configuração do hardware. Segundo a fabricante, os servidores K2 podem agora gravar em super slowmotion de 2X ou 3X. Atuando como servidor de câmera, é possível gravar, simultaneamente, de duas a seis câmeras, com pelo menos um canal disponível para playback. Os servidores K2 Summit e K2 Solo contam com processamento independente para cada canal. Ou seja, a gravação de cada canal se dá maneira independente, ainda que permitindo trabalhar de forma integrada. Com o ChannelFlex, cada canal passa a gravar mais de um stream

Servidores K2 passam a suportar slow-motion, 3D e multi-câmeras. &/4/3 $)65,'! §/

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upgrade

de vídeo, permitindo a gravação das câmeras direita e esquerda, no caso da estereoscopia; mais de um ângulo de câmera; ou até três fases de uma câmera de super slow-motion. Para a empresa, a novidade é particularmente interessante para o mercado brasileiro, que conta com uma base significativa de servidores K2 Solo instalada. O upgrade é possível para todos os equipamentos no mercado. “Agora podemos oferecer uma solução completa de slow-motion por US$ 39 mil” diz Felipe Andrade, gerente da fabricante baseado no Brasil. O preço se refere ao K2 Solo, que conta originalmente com dois canais de vídeo, mais o upgrade ChannelFlex e um controle do slow-motion.

35 mm digital

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imagem gerada pelo cinema digital está cada vez mais próxima daquela do cinema de película. Há no mercado número crescente de câmeras compatíveis com lentes de cinema e com sensores de captura de imagens com 35mm de área. A Sony lançou no NABshow, em abril, uma segunda câmera da linha CineAlta com CCD de 35mm. Trata-se da camcorder SRW-9000PL, um modelo semelhante ao anterior (SRW-9000), mas com CCD de 35mm e bocal para lentes PL. O novo modelo é similar ao topo da CineAlta, a F35, por conta da óptica avançada, mas mantendo a portabilidade da linha SR. Além do novo modelo, a Sony lançou um upgrade para SRW-9000 (que contava com CCD de 2/3”), que ganha também o chip de 35mm e suporte de lentes PL. Tanto a nova camcorder quanto sua predecessora com upgrade contam com captura bruta RGB e velocidade de captura variável. A gravação pode ser 4:2:2 10-bit com 1080 linhas e 23.98, 24, 25, 29.97 e 50 quadros por segundo com varredura progressiva; ou ainda 1080 linhas com 50 ou 59.94

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quadros por segundo com varredura entrelaçada. O novo modelo também é compatível com as placas existentes para a SRW-9000, como a HKSR-9001 HD-SDI, que adiciona duas saídas HD-SDI e uma entrada auxiliar (que funciona como entrada de áudio HD-SDI) à camcorder. A HKSR-9002 permite que a camcorder grave em velocidade variável de 1 a 50 quadros por segundo. A HKSR-9003 RGB 4:4:4 adiciona à camcorder gravação e saída HD em RGB 4:4:4. A nova camcorder, bem como o upgrade para modelo predecessor, devem estar no mercado no segundo semestre, custando US$ 125 mil e US$ 60 mil, respectivamente. No lançamento do equipamento, o vicepresidente sêmior da divisão de broadcast e produção da Sony anunciou que um terceiro modelo da linha CineAlta com sensores de 35mm deve ser apresentado no mercado nos próximos meses. Tratase de uma camcorder handheld, adiantou o executivo.

s 4 % , ! 6 ) 6 ! s - ! )

Sony lança upgrade para a SRW-900, que ganha CCD de 35 mm e suporte a lentes PL.


GRAPHIQUE DESIGNER: JESSE CHAPMAN / EMAIL: CHAPMAN.JESSE85@GMAIL.COM / TEL: 33 6 62 85 78 88


( agenda ) 13 a 16 Banff World Television Festival, Banff, Canadá. Tel: (1-403) 678-1216. E-mail: info@achillesmedia.com. Web: www.bwtvf.com 16 e 17 de junho 11º Fórum Brasil - Mercado Internacional de Televisão, Frei Caneca Convention Center, São Paulo, SP. Tel: (11) 3138-4660. E-mail: info@ convergecom.com.br. Web: www. forumbrasiltv.com.br. Ponto de encontro de executivos de televisão de vários países, além de produtores independentes, distribuidores de conteúdo e operadores de TV paga e Telecom.

19 e 20 de maio 9º Tela Viva Móvel, Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP. Tel: (11) 3138-4660. E-mail: info@convergecom.com.br. Web: www.telavivamovel.com.br. Evento com discussões sobre conteúdo para celular e entretenimento móvel, além de conceitos técnicos e de negócios aplicáveis ao setor.

JUNHO

Ambiental, Cidade de Goiás, Goiás. Web: www.fica.art.br.

7 a 13 Femina 2010 - Festival Internacional de Cinema Feminino, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: program@feminafest.com.br. Web: www.feminafest.com.br.

11 a 18 14º Florianópolis Audiovisual Mercosul - FAM 2010, Florianópolis, SC. Tel.: (48) 3334-9212. E-mail: mostra@panvision.com.br. Web: www.audiovisualmercosul.com.br

8 a 13 XII Fica - Festival Internacional de Cinema e Vídeo

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