Ano 7 | nº 65 | janeiro/fevereiro de 2011
www.tiinside.com.br
Tablets reconfiguram o mercado de PCs Rio ganha centro de administração virtual Gartner: a nova geografia do offshore
liderança na web Redes sociais ditam o sucesso ou o fracasso dos negócios e inspiram inovações
>editorial
Presidente Rubens Glasberg Diretores Editoriais André Mermelstein Claudiney Santos Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski
Ano 7 | nº 65 |janeiro/fevereiro de 2011 | www.tiinside.com.br
Editor Claudiney Santos
A web foi reformada
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rimeiro os sites estáticos deram lugar a páginas mais dinâmicas que foram se multiplicando até o conceito de portal. Mas a maior revolução da web dos últimos tempos, se é que podemos pontuar apenas um fenômeno, é a interatividade. Se em conversas virtuais os internautas opinam sobre diferentes assuntos, elegem políticos, influenciam negócios e lançamentos de produtos e até derrubam governos, o que mais podemos esperar? Na verdade, pouco se sabe sobre o futuro da Internet. Mas conversamos com alguns especialistas para entender o que as empresas devem fazer para, considerando o atual cenário, serem bem-sucedidas na internet em 2011. As respostas foram variadas, mas convergem em ações corporativas e bem orquestradas nas redes sociais, seja para atrair, reter ou mesmo recuperar clientes. A conexão web-cliente-corporação por meio de ferramentas 2.0 segue como a equação de maior sucesso na web, dada a crescente sofisticação dos projetos e o crescimento exponencial que uma ação virtual pode gerar em base de dados e, consequentemente, possíveis novos clientes. Uma delas, registrada na reportagem de capa desta edição, produzida pelo jornalista Claudio Ferreira, e a iniciativa da Rede Ipiranga, batizada de KM de vantagens Ipiranga, e que rendeu 1,5 milhão de clientes
Redação Jackeline Carvalho (Comunicação Interativa)
cadastrados no site e 40 milhões de negócios. Nessa edição também registramos outros fatos igualmente relevantes para a indústria TIC em 2011. Um deles é a repercussão do estudo do Gartner que coloca o Brasil, definitivamente, na rota de serviços offshore mundiais, acrescentando que dos 30 países de maior relevância na prestação de serviços de TI, os países em desenvolvimento predominam, o que aumenta as chances brasileiras de conquistar importantes negócios internacionais, apesar de algumas barreiras, como o baixo domínio da língua inglesa, a confusa política tributária do país e a carência de mão de obra qualificada. E em se tratando de produção, trazemos também uma análise de especialistas de RH sobre o perfil e as demandas das empresas em relação aos profissionais de TI. Vimos que há espaço inclusive para estudantes e que as organizações estão lançando mão da criatividade não só para atrair mas, principalmente, para reter talentos. A triste constatação é que ainda não há uma política pública para incentivar a formação de profissionais nesta área, o que leva a crer que o país está atrasado no papel de potencial exportador de produtos e serviços TIC. Boa leitura. Claudiney Santos Diretor/editor csantos@convergecom.com.br
Colaboradores Claudio Ferreira TI Inside Online Erivelto Tadeu (Editor) Pedro Canário (Repórter) Victor Hugo Alves (Repórter) Arte Edmur Cason (Direção de Arte); Débora Harue Torigoe (Assistente); Rubens Jardim (Produção Gráfica); Geraldo José Nogueira (Edit. Eletrônica); Alexandre Barros e Bárbara Cason (colaboradores) Departamento Comercial Manoel Fernandez (Diretor) e Francisco Cesar Jannuzzi (Gerente de Negócios); Marco Godoi (Gerente de Negócios Online) e Ivaneti Longo (Assistente) Gerente de Circulação Gislaine Gaspar Marketing Elisa Leitão Gisella Gimenez (assistente) Gerente Administrativa Vilma Pereira TI Inside é uma publicação mensal da Converge Comunicações - Rua Sergipe, 401, Conj. 603, CEP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP. Sucursal SCN - Quadra 02 - Bloco D, sala 424 - Torre B Centro Empresarial Liberty Mall - CEP: 70712-903 Fone/Fax: (61) 3327-3755 - Brasília, DF. Jornalista Responsável Rubens Glasberg (MT 8.965) Impressão Ipsis Gráfica e Editora S.A. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização da Glasberg A.C.R. S/A CENTRAL DE ASSINATURAS 0800 014 5022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira Internet www.tiinside.com.br E-mail assine@convergecom.com.br REDAÇÃO (11) 3138-4600 E-mail cartas.tiinside@convergecom.com.br PUBLICIDADE (11) 3214-3747 E-mail comercial@convergecom.com.br Instituto Verificador de Circulação
>sumário NEWS
Grupo VR investe em autenticação forte para acesso à rede corporativa
Pesquisa revela que CEOs e Geração Y têm visões distintas sobre gestão de negócios
5 Temporada MVNO
8 Rumo aos mundiais
Centro de Operações no Rio de Janeiro automatiza planejamento da cidade para grandes eventos
26 Identidade corporativa
Tablets: segmento corporativo ainda busca aplicações
12 Crédito facilitado
Porto Seguros Telecomunicações é a primeira operadora virtual do País. Banco do Brasil revela estudos
GESTÃO
MERCADO
10 Acesso remoto
4 Papo cabeça
Sicoob renova ambiente de TI e comunicação para acompanhar crescimento do setor cooperativista
28 Offshore
Como o Brasil pode brilhar entre os melhores provedores de serviços offshore
SERVIÇOs
INFRAESTRUTURA
32 Mercado de trabalho
14 Fermento no QI
Nova plataforma SAP melhora desempenho de consultas em tempo real
INTERNET 16 Capa Os caminhos que levam um site à condição de protagonista na internet Capa: editoria de arte/converge
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Especialistas desvendam os rumos do emprego no setor
>news Segurança redobrada
Terra adota solução da Juniper Networks para garantir acesso seguro de dispositivos móveis a sistemas corporativos
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portal Terra, um dos maiores provedores de conteúdo online da internet brasileira, acaba de implantar o cliente de rede Junos Pulse, da Juniper Networks, para acesso remoto seguro dos seus funcionários aos sistemas corporativos e dados confidenciais a partir de smartphones, iPads e outros dispositivos móveis. O acesso remoto viabiliza comunicação entre funcionários de campo e a empresa, aumentando a produtividade. O cliente de rede Junos Pulse da Juniper, juntamente com a VPN SSL série SA, já em operação, oferece aos funcionários do Terra acesso seguro aos aplicativos e informações disponíveis na rede da companhia, onde e quando necessário. O Terra também está implantando o Junos Pulse para uso com iPhone, iPod touch e iPad, da Apple. A empresa começou com o Junos Pulse nos smartphones, em setembro de 2010, e pretende padronizar a solução entre todos os funcionários que acessam os aplicativos e recursos corporativos remotamente, a partir dos dispositivos VPN SSL série SA.
Conflito de gerações Pesquisa revela que CEOs e Geração Y têm visões distintas sobre gestão de negócios
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pesquisa Global Student Study, realizada pela área de consultoria da IBM, mostra que a “Geração Y” está mais preocupada e comprometida com a globalização e sustentabilidade do que os CEOs (Chief Executive Officer) que participaram do Global CEO Study 2010. Esta é a primeira vez que este estudo é aplicado ao público universitário. A pesquisa teve a adesão de 3,6 mil estudantes de 40 países, incluindo o Brasil. Enquanto 31% dos presidentes acreditam que as empresas deveriam otimizar suas operações globalizando e não centralizando suas ações, entre os estudantes esse número sobe para 48%. Globalização também foi considerada por 55% dos estudantes entrevistados como a força externa que deverá ter maior impacto nas empresas durante os próximos cinco anos, enquanto os CEOs elegeram para a posição “fatores de mercado”, com 56% dos votos. Os estudantes também citaram “questões ambientais” como uma das principais forças externas de impacto aos negócios. Enquanto 65% deles demonstram preocupação relacionada à escassez de recursos naturais, apenas 29% dos CEOs se mostraram atentos a esse fator. Para os presidentes que participaram da pesquisa, “globalização” e “questões ambientais” não deverão causar o impacto sugerido pelos estudantes. Os CEOs acreditam que “fatores tecnológicos”, “macroeconômicos”, questões relacionadas a “mão de obra” e “regulatórias” devem ser considerados como forças mais expressivas que as identificadas pelos universitários. Segundo Alejandro Padron, consultor da IBM Brasil, apesar dos estudantes terem opiniões em comum com os CEOs em termos de visão sobre o novo ambiente econômico e como as organizações devem se comportar nesse cenário, algumas divergências mostram que as atitudes, comportamento e estilo de liderança dessa geração devem ser claramente diferentes das anteriores. “A preocupação com a sustentabilidade é uma característica típica dessa geração, que já nasceu em um ambiente de valorização do consumo consciente. Eles querem mais do que um produto ou serviço de qualidade, querem se identificar com os valores da empresa. Os futuros líderes devem olhar esse tema com muito mais atenção do que os atuais olham atualmente”, completa.
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Consumo desenfreado
Temporada mvno
Brasil atinge o quarto lugar no ranking mundial de PCs
Após anúncio da Porto Seguros Telecomunicações, Banco do Brasil revela estudos para também iniciar serviços como Operador Móvel Virtual (MVNO)
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o dia 18 de novembro de 2010, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deliberou a entrada das operadoras móveis virtuais (MVNO) no Brasil, mas apesar de toda a organização das operadoras de telecomunicações e os projetos pré-anunciados pelas empresas, somente na segunda-feira, 14 de fevereiro, foi oficializada a primeira operadora MVNO do País. A Porto Seguro Telecomunicações oferecerá serviços de telefonia móvel a clientes e corretores da seguradora. As operadoras virtuais móveis, ou Mobile Virtual Network Operator (MVNO), são novidade, principalmente para as grandes empresas que buscam promover inovação, convergência de produtos e serviços com mobilidade, geração de novas receitas e fidelização da base de clientes. Com o modelo de autorizada, a operadora virtual ficará responsável pela operação, gestão de tráfego, emissão de contas, atendimento a clientes e acordos de interconexões. Para a oferta dos serviços da Porto Seguro Telecom serão utilizadas as redes da TIM e da Datora Telecom. O objetivo da seguradora é otimizar a gestão interna de custos com telefonia celular, além de aproveitar a possibilidade de convergência com seus produtos para agregar mobilidade a clientes e corretores. A companhia possui 8,5 milhões de itens segurados, dos quais 3,8 milhões são veículos. Também no segmento financeiro, o Banco do Brasil avalia a possibilidade de atuar como MVNO, com a sua marca. Mas o gerente executivo de TI do BB, Angelino Caputo, é cuidadoso ao comentar o interesse, e garante que não há nada fechado. "No momento, estamos só olhando, mas ao que parece faz sentido", disse em seminário organizado pela Network Eventos. O interesse do banco é disponibilizar mais um canal de comunicação por meio do qual os clientes possam realizar transações bancárias. "A MVNO do Banco do Brasil deveria ser fortemente baseada em dados, porque para o banco, a MVNO só faz sentido se for com conectividade", afirma ele. Hoje 92% das transações bancárias do BB são feitas pelos próprios clientes em diversos canais inclusive o celular. Para explorar melhor a fidelização dos clientes, Caputo não descarta o fechamento de parcerias com outras empresas, como supermercados, por exemplo. Os clientes da MVNO do banco teriam descontos na compra dos produtos de determinada rede. Caputo lembra que o BB teria que abrir uma licitação para a escolha da operadora e do MVNE (Mobile Virtual Enabler – espécie de integrador) para lançar a operação de MVNO. Entretanto, o executivo não sabe ainda se essas duas contratações seriam feitas separadamente ou não. *Com informações de TI Inside Online
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s vendas de PCs no mercado brasileiro alcançaram 13,7 milhões de unidades no ano passado, o que representa um crescimento de 23,5% na comparação com 2009, segundo dados da IDC. O resultado colocou o país no quarto lugar do ranking mundial em vendas, ficando atrás de Estados Unidos, China e Japão. O volume de PCs comercializados, inclusive, superou as expectativas da consultoria, cuja estimativa, feita no início de 2010, apontava para 13,2 milhões de computadores vendidos. Com isso, o saldo foi 3,6% maior do que o projetado. "Se somássemos o número de tablets comercializados no Brasil, cerca de 100 mil unidades, chegaríamos ao total de 13,8 milhões de equipamentos", acrescentou o gerente de pesquisas da IDC, Luciano Crippa. Do total de PCs vendidos no país no ano passado, os desktops representaram 55%, enquanto que os laptops, que incluem notebooks e netbooks, responderam pelos 45% restantes. A IDC revela, ainda, que 65% das vendas de PCs foram para usuários domésticos e 35% para o mercado corporativo, incluindo os segmentos de educação e governo. Crippa ressalta que a influência dos tablets no mercado de PCs é certa, principalmente no que diz respeito ao segmento de netbooks. Somente no último trimestre de 2010 as vendas de PCs tiveram expansão de 15%, alcançando 3,6 milhões de máquinas, sendo 52,5% desktops e 47,5% laptops. O gerente de pesquisas da IDC aponta, no entanto, que, ao contrário de como tradicionalmente acontece, o quarto trimestre não foi o período mais forte em vendas de PCs. “Com a antecipação do varejo nas compras de fim de ano, o terceiro trimestre foi o período mais forte em vendas de PCs do ano passado”, enfatizou.
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>gestão Claudio Ferreira
Rumo aos mundiais
E imagem da sala do Centro de Operações, com o telão composto por 80 monitores de 46 polegadas
nquanto os cariocas, fluminenses e os turistas aguardavam a festa do reveillon no Rio de Janeiro, foi inaugurado horas antes, naquele mesmo dia 31 de dezembro de 2010, pelo prefeito Eduardo Paes, o Centro de Operações Rio, localizado no bairro de Cidade Nova – zona administrativa da capital. O Centro, que integra cerca de 30 órgãos municipais e concessionárias, e tem como objetivo monitorar, administrar e otimizar o funcionamento da cidade contabiliza recordes, e sinaliza como pode ser o Rio que o mundo verá na Copa em 2014 ou mesmo nas Olimpíadas de 2016. “O Centro foi montado em tempo recorde e está em contínua evolução para atender à cidade”, garante Alexandre Cardeman, assessor Especial do Centro de Operações (CORio), que coordenou a viabilização técnica do empreendimento. Em apenas 4 meses, tempo necessário para que a obra civil ficasse pronta, uma verdadeira parafernália eletrônica estava instalada para a operação. Entre os principais provedores de tecnologia estão a Samsung, que cedeu sem custos os 80 monitores usados na montagem de um videowall, e a IBM, que auxiliou na integração de bases de dados e agora faz o desenvolvimento, ainda em processo, do sistema PMAR (Previsão de Meteorologia de Alta Resolução), que poderá prever chuvas na cidade com 48 horas de antecedência em quadrantes ou áreas de até um quilômetro (veja mais detalhes no Box: Chuvas de março). Entre outros parceiros é possível citar: Cisco, 6
foto: divulgação
Com a inauguração do Centro de Operações (CORio), do Rio de Janeiro, que integra informações e imagens de cerca de 30 órgãos municipais e concessionárias da cidade e ajuda na coordenação de ações, a capital de todos os fluminenses caminha para uma melhor administração e para recepcionar e planejar, da melhor forma possível, os eventos da Copa do Mundo, em 2014, e das Olimpíadas, dois anos depois
Cyrela, Facilities, Mauell e Oi. Na prática, ao agregar informações, imagens em tempo real e integrar informes e inputs dos 30 órgãos municipais e concessionárias, é possível – como foi provado no início de fevereiro com o incêndio na Cidade do Samba, próxima da zona portuária da cidade – disparar alertas para bombeiros e defesa civil e ainda coordenar ações de trânsito na região com grande rapidez. Assim como mitigar os problemas de outras emergências como acidentes de trânsito, chuvas, alagamentos ou deslizamentos em morros. “A gênese do projeto, elaborado em março/abril de 2010, partiu de
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problemas com chuvas pesadas na cidade naquele período. A partir dali começamos a pensar o Centro e vimos que era possível ocupar um terreno livre próximo ao centro administrativo da cidade para sua alocação”, garante Cardeman. Com o Centro pronto e em operação, a partir das informações disponíveis é possível projetar ou mesmo simular o que será necessário fazer em eventos para gerenciar a cidade, a exemplo da estratégia que será traçada para março, durante o Carnaval. Infraestrutura em detalhes O Centro funciona em regime 24x7 – 24 horas por dia, sete dias por d e
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semana – interconectando informações de vários sistemas do município para visualização, monitoramento, análise e atuação em tempo real. A tomada de decisões é baseada em 215 situações já mapeadas. No total, são mais de 300 mil metros de cabos de telecomunicações que auxiliam na integração e tratamento de forma inteligente de todas as informações recebidas e geradas (Veja mais informações no Box: Todos juntos e no mesmo lugar). Na ponta, são 300 monitores espalhados por 100 salas que transmitem e geram informação sobre todo o funcionamento da cidade. Apenas na Sala de Controle, centro de inteligência do projeto, que possui um telão com 80 metros quadrados, estão reunidos mais de 70 controladores de órgãos municipais e empresas de serviços públicos, que monitoram a cidade, em tempo integral, com imagens em alta resolução, captadas pelas cerca de 200 câmeras cabeadas diretamente na rede do prédio. O supertelão, capaz de reproduzir qualquer matriz, é composto por monitores de 46 polegadas, e transmite imagens dos pontos de crise através de marcações identificadas pelas cores verde, amarelo e vermelho, conforme o grau de risco, em mapas feitos por meio de ferramenta do Google. O sistema, que opera a partir da sala-cofre do Iplan Rio, acompanha e agrega informações de transporte, trânsito, índice pluviométrico e outras ocorrências que podem impactar a rotina do cidadão. Em alguns meses, serão cerca de mil as câmeras integradas, desde as de trânsito, como as da CETRio, até outras da polícia civil e mesmo de concessionárias como o Metrô. Assim, os controladores conseguirão ampliar a visualização da cidade, contactando e interagindo imediatamente com os agentes envolvidos. Por exemplo, se faltar energia elétrica em Ipanema, a Light repassará a informação ao Centro de Operações e este enviará aos órgãos competentes para que tomem as providências necessárias – como CETRio por causa dos sinais de trânsito, a Guarda Municipal para organizar o trânsito, e a Secretaria Municipal Educação para avisar as escolas e creches. Outro espaço que chama a atenção é a Sala de Crise, que oferece tecnologia de última geração em um
ambiente de imersão, com sistema de telepresença para tomada de decisões em situações de emergência. Em parceria com a Cisco foram instaladas três salas neste formato: no Centro de Operações; na residência oficial do prefeito, na Gávea Pequena; e no prédio da Defesa Civil. O Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado, também está conectado à Sala de Crise. A solução permite reuniões virtuais com funcionalidades avançadas de áudio e vídeo, com
reatroalimentação do sistema com novas informações que podem ser usadas em futuros casos. Também é parte do acordo o desenvolvimento do sistema PMAR (veja mais detalhes no Box: Chuvas de março). A iniciativa é parte da estratégia mundial das “Cidades Inteligentes”, que tem como objetivo desenvolver tecnologias que ajudem as cidades a funcionar de forma mais eficiente. Projetos similares já foram implementados em Nova Iorque e em
Centro de Operações Rio integra cerca de 30 órgãos municipais e concessionárias, e tem como objetivo monitorar, administrar e otimizar o funcionamento da cidade capacidade para mais de 40 salas em reuniões multiponto, facilitando o diálogo entre todos os participantes como se estivessem no mesmo local e dando ainda mais agilidade à tomada de decisões. The Big Blue, teoria e prática Parceiro no projeto, que faz todo o sentido com sua ideia de “Cidades Inteligentes” – um desdobramento da filosofia do “Planeta Mais Inteligente” – a IBM integrou as fontes de informações e participa da montagem das etapas do gerenciamento de crise: desde a antecipação, mitigação e preparação, até a resposta imediata aos eventos e
Gauteng, na África do Sul, pela IBM, porém este é o primeiro centro do mundo que irá integrar todas as etapas de um gerenciamento de crise. “O contato inicial conosco ocorreu a partir de um workshop que fizemos na Prefeitura, em maio de 2010. Depois de uma semana de conversas eles consolidaram a ideia de ter uma ferramenta para contornar as crises após as enchentes ocorridas em abril daquele ano”, conta Teresa Nascimento, IT Specialist da IBM Brasil, que participou do projeto. Na montagem do plano carioca estiveram também outros dois profissionais globais da IBM, um consultor ligado ao projeto de
Todos juntos e no mesmo lugar
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ntre os órgãos públicos representados no Centro estão: Iplan Rio, Guarda Municipal, Rio Águas, CET-Rio, Geo-Rio, Secretaria de Ordem Pública, Secretaria de Conservação, Comlurb, Rioluz, Secretaria de Saúde, Secretaria de Assistência Social, Defesa Civil, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Educação, Secretaria de Habitação e Riotur, além das concessionárias de serviços públicos CEG, Cedae, Light, Metrô, Supervia, Ponte Rio – Niterói, Linha Amarela e Rio Ônibus, entre outros. Além de estar fisicamente com representantes, que trazem informações e alarmes, o “grupo dos 30” também serve como contato para que ações sejam disparadas. São 400 profissionais que trabalham diariamente em três turnos, além de uma equipe de jornalistas que transmite as informações à imprensa e à população em tempo real via twitter e através de três boletins diários (6h, 11h e 18h). Em caso de grandes eventos ou situações de emergência, boletins especiais são enviados em tempo real. O “quarto poder”, a imprensa, pode comunicar a opinião pública os problemas garantindo que a população possa fazer as suas ações complementares. “Tem sido de grande utilidade. Quando temos um desvio no trânsito ou gargalos, as rádios, por exemplo, divulgam a informação na hora e isso ajuda a gerenciar os problemas”, aponta Cardeman.
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imagem da fachada do CORio, instalado no bairro de Cidade Nova
reconstrução de Nova Orleans e outro que desenvolve processos de emergência em Nova Iorque. Os processos precisam ter a contrapartida de agregar o máximo de fontes de informação possível para responder as questões do plano de crise. “A receptividade foi rápida e entusiasmada, tanto internamente como das fontes como as concessionárias de serviço. Dentro de todo o processo o que demorou mais foi a obra física do Centro, que acabou também sendo rápida”, relembra Cardeman. Desdobramentos em curso O executivo do CORio revela que o governo estadual também está construindo o seu próprio centro, que ficará próximo do irmão mais velho, no centro administrativo da cidade. “Existe um contato constante, mas não tenho ideia de quando ficará pronto o Centro do estado. Assim como outras cidades e mesmo universidades norteamericanas nos visitam constantemente”, completa Cardeman. Outro desdobramento é a visita prevista para os dias 9 e 10 de novembro deste ano do Chairman da IBM, Sam Palmisano, à cidade para, junto com o Prefeito do Rio, Eduardo Paes, reunir líderes com visão de futuro para a 4a edição do Forum Smarter Cities. Com foco especial na América Latina e nos mercados em crescimento acelerado, a IBM dará continuidade às discussões iniciadas em Berlim, Nova Iorque e
foto: divulgação
>gestão
Shanghai sobre como as cidades podem enfrentar problemas urbanos de forma inovadora e que melhorem a qualidade de vida de seus cidadãos. Cardeman não entrou em detalhes quanto ao investimento, mas fontes da prefeitura dão conta de um custo operacional de R$ 1,5 milhão por mês, embora muitas funcionalidades ainda não tenham um contrato de serviços. “Para acelerar o processo de instalação, os equipamentos e soluções foram doados e, depois de um certo período, a Prefeitura fechará os contratos de serviços de manutenção”, admite o gestor, sem precisar datas ou valores. Uma premissa que levantou uma série
de críticas públicas, inclusive do ex-prefeito César Maia. Independente das dúvidas e críticas, o Centro tem como meta tornar a cidade mais ágil para resolver os problemas de uma grande metrópole que terá que gerenciar eventos importantes como a Copa do Mundo em 2014, na qual deve sediar jogos em geral e também a final do mundial, e as Olimpíadas de 2016. “A cidade vai mudar sua cultura para obter mais agilidade na resolução dos problemas. A solução das crises em si tende a ser a menor etapa do futuro, o planejamento que o Centro pode trazer já resolverá algo como 60% ou 70% das questões”, finaliza Teresa.
Chuvas de março
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PMAR (Previsão de Meteorologia de Alta Resolução), sistema de previsão meteorológica que entrará em operação ainda no primeiro semestre deste ano é considerado o grande diferencial do Centro de Operações Rio. Trata-se de um modelo matemático unificado e exclusivo para a cidade do Rio de Janeiro. “O modelo é fruto do nosso Centro de Pesquisa, o nono da IBM no mundo, que entrou em operação no país e extrapola as questões de TI”, explica Teresa Nascimento, da IBM. O sistema envolve a reunião de dados da bacia hidrográfica, o levantamento topográfico, o histórico de chuvas do município, assim como informações de satélites e radares. É ele que terá a missão de prever a incidência de chuvas e possíveis enchentes. O diferencial do sistema criado pela IBM é o que vem depois da previsão de chuvas: após detectarem a incidência, o PMAR fará a modelagem das possíveis inundações e, com ela, numa próxima fase, também
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será possível avaliar os efeitos no trânsito da cidade. O PMAR foi o pedaço que não entrou em operação junto com o Centro em dezembro, porque precisava de calibrações. “Ele deve entrar em produção em maio. Mas agora, durante o verão, ele está tendo seu modelo matemático calibrado a partir dos dados captados no período. Ele foi parametrizado apenas para a cidade do Rio de Janeiro neste primeiro momento, assim como seu entorno, mas pode até chegar à região serrana, embora a previsão de alta resolução seja apenas para a cidade do Rio”, argumenta Teresa. Para complementar as informações do PMAR um novo radar meteorológico, adquirido pela prefeitura recentemente, já foi instalado no Sumaré, ponto alto da cidade, e será uma das fontes de informações para o sistema integrado. Este equipamento auxilia no monitoramento das chuvas, com detalhamento do volume e local, e possui alcance operacional de 250 km.
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Túnel seguro para a rede corporativa Grupo VR investe em autenticação forte para acesso remoto à rede corporativa
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redução do risco de acessos indevidos aos sistemas da empresa; grande receptividade do público interno por conta dos investimentos em novas tecnologias e segurança; e consolidação da imagem por ser uma companhia que preza pela segurança.
foto: divulgação
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tendência do trabalho remoto, seja em casa, em clientes ou durante viagens, se faz cada vez mais real para as organizações no Brasil. Prova disso, é que o Grupo VR – organização com mais de 30 anos, que iniciou a sua atividade na área de benefícios e ampliou os negócios para “A autenticação outros quatro segmentos (Gestão de forte é mais Ativos, Serviços Financeiros, Serviços e e Empreendimentos uma camada de Tecnologia Imobiliários) buscou no mercado uma proteção. Um solução de autenticação forte, para ambiente que possibilitar a troca de informação entre está em linha empresa e colaboradores, com maior com a filosofia segurança nos acessos aos aplicativos e adotada pelas aos dados corporativos. empresas do A organização selou contrato com a Grupo. O EZ-Security, integradora de soluções em projeto foi segurança da informação e fundamental disponibilidade, optando pelo investimento para maior em tokens físicos e lógicos, acessados via segurança em plataforma móvel (smartphones), após nossos avaliação minuciosa das várias soluções processos”, presentes no mercado. O projeto foi concluído no segundo Rogério Gonçalves, do semestre de 2010, entre os meses de Grupo VR agosto e setembro, sendo a integradora responsável pela implementação do mecanismo de autenticação forte da fabricante Vasco. A etapa de instalação, configuração, testes e documentação foi realizada em cinco dias. Em duas semanas, todos os usuários envolvidos nessa fase do projeto já estavam com os equipamentos em mãos, que foram implementados sem que a rotina da empresa tivesse que ser alterada. Atualmente, 130 colaboradores acessam os sistemas da empresa com mobilidade. O Grupo VR conta com dois tipos de usuários com acesso remoto a aplicativos. Aqueles que utilizam BlackBerry, o smartphone adotado pela companhia, e os que
Parceria renovada Não é a primeira vez que o Grupo VR firma uma parceria com a EZ-Security. No início do ano passado, o grupo optou pela solução Connectra, da Check Point, para potencializar a segurança requerida pela mobilidade de seus profissionais e, ao mesmo tempo, garantir a continuidade dos negócios. “Desejávamos uma solução que proporcionasse a segurança de um receberam uma versão em software da link dedicado, porém sem o alto custo solução (Token Lógico). Os demais que essa ferramenta emprega”, utilizam o Token Físico. explica Rogério Gonçalves. O produto Para Rogério Gonçalves, supervisor escolhido foi um gateway de segurança de Security Officer do Grupo VR, uma para internet, que proporciona acesso das maiores preocupações da empresa SSL VPN (rede virtual), segurança e da Smart.Net - marca de soluções endpoint e prevenção integrada integradas de prestação de serviços em contra invasões. tecnologia da informação do Grupo VR De acordo com Gonçalves, ao - é a segurança em seus produtos, combinar conectividade e segurança em uma mesma solução, o Grupo VR 130 colaboradores acessam pôde abrir uma rede remotamente os sistemas do virtual de maneira grupo vr sem o risco de violação confiável para diversos usuários e, ao mesmo das informações da empresa tempo, garantir a serviços e ambiente tecnológico. “A confidencialidade e a integridade autenticação forte é mais uma camada das informações críticas. de proteção. Um ambiente que está em Para a organização, a principal linha com a filosofia adotada pelas vantagem de adotar o Connectra foi a empresas do Grupo. O projeto foi facilidade de utilização. Segundo o fundamental para maior segurança em executivo de segurança, a solução nossos processos”, frisa. superou a complexidade dos demais Entre os resultados alcançados, a sistemas: “basta acessar o portal na empresa constata o ganho em melhoria internet e clicar nos aplicativos da segurança e, consequentemente, necessários”, aponta.
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A Converge traz para você os melhores eventos de TI do ano. 16a18Mar
06Abr
10a12Mai
Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP
Hotel Paulista Plaza, São Paulo, SP
Centro de Exposições FIERGS, Porto Alegre, RS
A maior feira e congresso da indústria brasileira de TIC terá como foco: inovação em TI, gestão empresarial, logística e distribuição, agribusiness, telecom, mobilidade, web 2.0 e negócios digitais.
As estratégias das empresas de telecom na área de TI. Os caminhos para a oferta de cloud computing, unified communications, virtualização e serviços gerenciados.
Feira, seminários, workshops e palestras discutem e analisam as tendências da WEB 2.0 no mais importante e completo evento do setor no Brasil.
Fórum Saúde Digital
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08e09Jun
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Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP
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Hotel Paulista Plaza, São Paulo, SP
Fórum Palestras e workshops com conteúdos que abordam as novas tecnologias para Call Center, novas ferramentas de CRM e as regulamentações do setor.
Soluções, novas tecnologias e experiências no uso da TI para melhorar os sistemas de gestão do ecossistema da saúde.
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25Out
09Nov
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>gestão Jackeline Carvalho
Soluções para suportar o crédito facilitado
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ano era 2000, e as organizações concluiam as mudanças em suas estruturas de TI na tentativa de se preparar para o Bug do Milênio, fenômeno que acabou não ocorrendo, não se sabe se pela organização das corporações ou se pelo superestimado impacto apregoado por consultorias e fornecedores do universo TIC ao redor do mundo. Aqui no Brasil, uma organização em particular, o Sicoob - Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, responsável pela integração de cooperativas, que concedem desde pequenos empréstimos até grandes valores a produtores rurais, empresários e profissionais autônomos, também estava de olho nos acontecimentos internacionais e contratou uma consultoria, cujo nome foi preservado, para desenvolver um sistema que lhe permitisse atuar de forma unificada. Até aquele momento, as cooperativas ligadas ao Sicoob tinham os seus próprios, e diferentes, sistemas. Mas a consultoria falhou na entrega do projeto, e o Bancoob (Cooperativo do Brasil S/A), entidade financeira da Cooperativa, decidiu internalizar o projeto, centralizando toda a operação em Brasília. A pequena equipe de TI e o então diminuto CPD, com apenas quatro servidores, foram aos poucos sendo substituídos pelo novo ambiente, composto por rede de alta velocidade, servidores de alta disponibilidade e sistema de armazenamento de última geração. Já em 2004, com a evolução da economia e os benefícios concedidos pelo governo ao sistema cooperativista, a primeira sala cofre apresentava sinais de esgotamento, e o atualizado CPD da época pedia um novo upgrade, o que despertou a possibilidade de implementação de um data 1 2
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Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) renova data center, infraestrutura de rede e sistemas de comunicação para atender ao crescimento do setor na última década
center, aproveitando inclusive a mudança do Sicoob do prédio alugado e antigo para a sede própria, com espaço preparado para receber as inovações. Os sistemas não foram desligados, mas o CPD montado em 2000 passou a funcionar como um ambiente de backup. O Sicoob colocou em operação um data center que hoje reúne 322 servidores, e que chegam a 400 máquinas quando são contabilizados os servidores virtuais e os mainframes. Casamento Ricardo Antonio de Souza Batista, profissional com mais de 30 anos de experiência na área de TI, ex-diretor do Banco do Brasil, diretor setorial da Febraban, presidente da Felaban e Presidente do Ciab, assumiu a área de tecnologia do Sicoob em 2005 para orquestrar o casamento entre TI e negócios, pois o ambiente deveria, então, suportar tanto a ampliação dos pontos de
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presença da instituição, quanto o maior volume de crédito ofertado, de forma que os imprevistos e o aumento do processamento não causassem um descompasso à organização. “Durante o governo Lula houve um apoio grande às cooperativas de crédito. O Sicoob, particularmente, vem crescendo muito, tanto em número de pontos de atendimento quanto em valores de créditos concedidos, e a infraestrutura cresce junto com isso”, conta Adriano Carmo, gerente de infraestrutura de redes e segurança, ao dizer que para o associado (o consumidor) a cooperativa pratica juros em torno de 4 a 4,5% ao mês, muito menores do que a média adotada pelos bancos que, em alguns casos, chega a 10% mensais. Outro diferencial do modelo cooperativista, segundo Carmo, é o relacionamento entre a instituição e os seus associados, que colaboram e participam da gestão da cooperativa. Um fator que orientará as decisões de TI a partir de 2011, quando a prioridade de investimento será a virtualização de servidores, a interconexão de rede e a instalação de sistemas de comunicação. O gerente Adriano Carmo conta que, em 2010, aconteceram os primeiros testes de virtualização dos servidores, nos quais foram comprovadas a eficiência do modelo, com maior desempenho de processamento, economia de espaço e redução de custos com refrigeração de ambiente e, consequentemente, no consumo de energia elétrica. Na primeira fase da virtualização dentro do Sicoob serão trocados os servidores de pequeno porte, comprados à época da instalação do Sisbr, sistema que unificou a base de aplicativos da cooperativas ligadas ao Sicoob. Carmo informa que a expectativa é de que, ao final de 2011, d e
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cerca de 20% do total dos servidores já estejam virtualizados. Tráfego redobrado Um projeto elaborado pelo Centro Nacional de Automação Bancária (CNAB), órgão técnico da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a compensação de cheques por imagem (conhecida no setor como Compe por imagem) também irá exigir esforços da área de TI, ao substituir a movimentação diária de 400 mil cheques por 400 mil imagens trafegando pela rede corporativa. “A compensação de cheques será feita sem transitar o documento físico. Isso vai aumentar o tráfego de todas as instituições financeiras do País”, argumenta Carmo. Dentro do Sicoob a preparação da infraestrutura será feita a partir da instalação de soluções de otimização de rede, estudadas primariamente para atender à necessidade de melhoria da infraestrutura, mas que serão extremamente importantes na adaptação do Sicoob ao novo modelo estabelecido pela Febraban, porque evitará um investimento mais alto na troca dos dispositivos de rede; No estudo feito para avaliar as vantagens da otimização de rede comparativamente à substituição completa dos equipamentos, a equipe técnica do Sicoob identificou que a aceleração de rede se paga em 18 meses, dependendo do tamanho do circuito. “Temos uma rede corporativa com preços pré-fixados. Quando avaliamos o upgrade, vimos que a diferença paga um equipamento em 12 a 18 meses”, explica Carmo. “Além disso”, prossegue ele, “como o equipamento dá uma banda a mais por economizar no transporte, o benefício do upgrade se soma à melhoria de desempenho. A percepção do usuário na ponta é muito melhor com a solução de aceleração do que com o upgrade. Estamos tendo uma boa adesão a esta solução, por conta das melhorias que as cooperativas alcançam”, relata. Em fevereiro, o Sicoob implantou os equipamentos de otimização de rede, já instalados no data center, nos pontos remotos. Aliás, o ambiente de telecomunicações ainda será alvo de inovação ao longo do ano, a começar pela renovação da rede de satélites. “Temos um contrato vencendo em abril, e abriremos uma concorrência para renovar a rede de satélites, que tem 438 pontos”, diz Carmo, ao explicar que esta infraestrutura foi criada para atender a regiões onde não haviam links terrestres e posteriormente passou a ser utilizada como contingência. “Hoje são 134 pontos em produção e os demais são de contingência.
O projeto é expandir a contingência, aumentando a disponibilidade dos pontos de atendimento”, pontua o executivo. Trancando as portas Com um orçamento anual de TI que saltou, de R$ 80 milhões, em 2009, para R$ 100 milhões, em 2010 e, provavelmente R$ 120 milhões, em 2011 (o orçamento final ainda não tinha sido aprovado até o fechamento desta reportagem), o Sicoob institucionalizou a sua política de segurança em janeiro de 2010. Ao longo do ano elaborou as normas que apoiam a política e os processos que ajudam a fazer cumprir a política. Agora em 2011, o projeto é implementar ferramentas que suportem as normas e os processos, de forma a garantir a inviolabilidade da política de segurança.
No quesito voz e dados, o Sicoob já possui um PABX IP e trabalha, em 2011, na expansão do projeto VoIP (voz sobre IP) para os pontos de presença. “Até o ano passado ainda considerávamos o projeto VoIP experimental. Ele está instalado no data center central e em algumas cooperativas que estão muito satisfeitas com a solução. Hoje o Sicoob possui 600 ramais IP no ambiente central e pouco mais de 300 instalados nos pontos de atendimento. As cooperativas utilizam apenas alguns ramais IP, segundo Carmo, mas este ano, um dos projetos é a ampliação desse ambiente. “Antes não tínhamos infraestrutura preparada para suportar esta migração, mas hoje, com servidores virtualizados e rede otimizada, viramos o jogo”, finaliza.
Perfil
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Sistema Sicoob, em setembro de 2010, estava presente em 23 unidades da Federação. A organização é composta de cooperativas centrais e singulares de crédito e a Confederação Nacional de Cooperativas de Crédito (Sicoob Brasil), como entidades cooperativas que visam à solidez e à fortificação dos processos operacionais e de controles. O Banco Cooperativo do Brasil S/A (Bancoob) e o Fundo Garantidor do Sicoob (FGS), entidades não-cooperativas, exercem função importante e complementar no que tange à operacionalização dos processos e à qualidade dos serviços financeiros necessários às atividades do cooperado. As atividades realizadas, de modo complementar, pelas cooperativas singulares e centrais, pela confederação, pelo Bancoob e pelo FGS, entidades jurídicas autônomas, visam principalmente atender às necessidades financeiras e à proteção do patrimônio do cooperado, verdadeiro dono e cliente do sistema Sicoob.
Sistema siccob balanço patrimonial consolidado Confederação Banco Centrais Singulares PAC’s Pontos de Atendimento Associados Funcionários Dirigentes Operações de Crédito (R$ Milhões) Depósitos à Vista (R$ Milhões) Depósitos à Prazo (R$ Milhões) Depósitos Totais (R$ Milhões) Patrimônio Líquido (R$ Milhões) Resultado (R$ Milhões) Ativos Totais (R$ Milhões)
1 1 14 576 1.324 1.895 1.943.147 15.702 7.177 13.195 2.608 10.672 13.280 5.841 195 23.963
Fonte: Área de comunicação e marketing do Sicoob Confederação. Base: set/10. Valores em Reais.
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>infra-estrutura
Claudio Ferreira
Fermento no QI das empresas A SAP lança o HANA (High-Performance Analytic Appliance), um dispositivo que combina hardware e software e que pretende garantir que as empresas com entrada de dados em grande volume consigam fazer análises e consultas em tempo real
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ada melhor do que um exemplo para se entender algo novo. Então vejamos: normalmente, um grande supermercado com inúmeras filiais faz a entrada de dados de vendas em altíssimo volume e qualquer análise, seja de estoque ou mesmo de “encalhe” de produtos, que pode levar a promoções acaba sendo verificado apenas no final do dia, depois que as lojas fecham. Afinal, a ação de extração e consolidação dos dados para a montagem de um relatório analítico exige isto ou o que se verificará é um impacto nocivo à performance do sistema. Mas este problema deve ficar no passado para as organizações adeptas às soluções SAP. A empresa, que também fornece a suíte de gestão empresarial (ERP) de mesmo nome, anunciou a plataforma HANA (HighPerformance Analytic Appliance), cuja finalidade é fazer cruzamentos e 1 4
análises de informação em tempo real, sem prejuízo ou queda de performance no transacional. A lógica da criação de janelas de extração de dados até que eles virem relatórios analíticos, algo que se feito em horários comerciais naquele supermercado traz prejuízos e gargalos no transacional, garante a SAP, muda totalmente. O que estaria por trás é a compressão e a forma de guardar as
o cruzamento das informações. O resultado final é que as decisões podem ser tomadas com muito mais velocidade”, garante André Petroucic, vice-presidente comercial da SAP Brasil. A combinação da técnica “in-memory” ou computação em memória e seus algoritmos com hardware e software embarcado do HANA – que tem como parceiros IBM, HP, Cisco e Fujitsu – é que garantem
Dados oriundos da “família” SAP podem ser consultados em tempo real, enquanto aqueles armazenados em fontes distintas têm desempenho próximo ao tempo real, segundo a SAP informações. “Tradicionalmente, os bancos de dados relacionais utilizam tabelas, algo que ocupa espaço e exige a navegação de uma tabela para outra para fazer uma querry (uma solicitação). No HANA tudo é armazenado em colunas e, quando já comprimido, facilita
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essa dinâmica na conversão. Para todo o universo de aplicações da SAP, como ERP, CRM etc, já existem conectores, os data services, que fazem a extração e o carregamento dos dados dessas fontes para as colunas. Isso faz com que dados oriundos da “família” SAP possam ser d e
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consultados em real-time, enquanto nas demais fontes de extração, garante Petroucic, tudo fica near real-time ou quase em tempo real. No mercado “Não inventamos o in-memory (veja ainda o Box: Voltada para o in-memory), mas não existe nada que trabalhe como o HANA”, completa. A plataforma, que foi anunciada no final do ano passado e desde então está em fase de prélançamento, já têm clientes no mundo e mesmo no Brasil, devendo chegar ao mercado como um todo em março. Na fase atual de liberação controlada da solução, já existem dois projetos em terras brasileiras, como revela Petroucic sem entrar em detalhes - um no setor financeiro e outro em uma indústria com alto volume de produção. Partindo do pressuposto que o HANA, pelas suas funcionalidades e, claro, custos, é voltado para empresas com alto volume de transações que desejam ter mais inteligência analítica, os mercados-alvo da SAP são os setores financeiros, varejo, de alto consumo, telecom e utilities. Portanto, pelo menos no primeiro momento, ele não é para todo mundo. A estratégia da SAP leva em conta essa segmentação por verticais. “Qualquer empresa pode adquirir a solução, mas vamos empacotar o HANA com visões por indústria. Podemos, por exemplo, ver algo importante para o setor de telecom como a medição de churn (retenção e consumo do cliente) e customizar a plataforma para tratar essa questão, com templates prontos que acelerariam a adoção da tecnologia”, explica Petroucic. HANA e seus irmãos Mesmo antes do HANA, a SAP já teve outras experiências com a computação em memória com o NetWeaver Business Warehouse Accelerator e o BusinessObjects Explorer, em sua versão acelerada. Estas experiências permitiram que a SAP desenvolvesse tanto o HANA como o BusinessObjects Strategic Workforce Planning em um prazo de apenas 70 dias – pelo menos é que garante a fornecedora. Como estratégia de desenvolvimento, o HANA tira proveito de avanços em hardware em termos de processadores (núcleos múltiplos) e sistemas operacionais (64 bit). Assim é
possível processar grandes quantidades de dados usando computação “in-memory” com um motor de cálculos que permite executar o processamento da aplicação diretamente da memória. A SAP defende que com o HANA é montado em um pilar com o qual é possível construir uma nova geração de aplicações, permitindo que os clientes analisem grandes quantidades de dados a partir de praticamente qualquer tipo de fonte em tempo real. E o primeiro deles é o BusinessObjects Strategic Workforce
Planning, um BI voltado para o controle, gerenciamento e otimização da mão-deobra das empresas. Com ele é possível a simulação de cenários de recursos humanos em tempo real, assim como análises de relacionamentos complexos e o impacto de mudanças organizacionais propostas “Tradicionalmente, os bancos de dados nos negócios, por exemplo. “Um relacionais utilizam cruzamento de informações que duraria uma semana será feito em tempo real ou tabelas, algo que ocupa espaço e exige próximo disso, mesmo que sejam a navegação de uma múltiplas as fontes”, garante Petroucic. Trabalhando em conjunto com seu tabela para outra para fazer uma ecossistema de clientes e parceiros, a querry (uma SAP pretende introduzir neste ano novas aplicações com base no HANA. E solicitação). No a empresa cita alguns exemplos: HANA tudo é sistemas que ajudarão as organizações armazenado em de utilidade pública a administrar o colunas e quando já fornecimento de energia em tempo real comprimidos elas ou que fornecerão aos varejistas facilitam o análises dos dados nos pontos de cruzamento das vendas o mais cedo possível e ainda informações” que permitam projeções mais precisas André Petroucic, do pipeline de vendas para todos os da SAP Brasil tipos de empresas. “No futuro, tudo da SAP, até mesmo o ERP, será “in-memory”. Já temos um cliente em piloto, nos Estados Unidos. Mas não posso dizer quanto anunciaremos isto”, admite Petroucic. (Por Claudio Ferreira)
Voltada para o in-memory
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MicroStrategy, empresa conhecida pelos seus sistemas de Business Intelligence, também está investindo na tecnologia in-memory, vendo a plataforma de acesso em alto velocidade aos dados como uma forma de expansão da capacidade de aplicações móveis, sua nova fronteira com o desenvolvimento do BI MicroStrategy Mobile. Com a funcionalidade in-memory, garante a empresa, seria possível suportar dados diretamente dos bancos de dados multidimensionais, como por exemplo, Microsoft Analysis Services, SAP BW e Oracle Essbase. Essa melhoria será desenvolvida para aumentar a amplitude de dados que podem ser utilizados em aplicações de BI de alta velocidade e escala, assim como os dashboards. O in-memory em conjunto com funcionalidades de exploração de dados, algo que está previsto para ser incluso no produto MicroStrategy Report Services, possibilitará às companhias criar datamarts de áreas de assuntos específicos extraídos de data warehouses ou sistemas operacionais. Os usuários de negócios também estariam, assim, capazes de importar os seus próprios dados dos computadores pessoais, em planilhas ou pequenos bancos de dados, e utilizar a funcionalidade de exploração de dados para rapidamente analisar e compartilhar visualizações interessantes dos dados com os colegas, sem o suporte de TI. “Estamos muito satisfeitos em apresentar um amplo conjunto de produtos que em breve estará no mercado, além de diversas e importantes melhorias tecnológicas em nossa plataforma”, apontou Sanju Bansal, COO da MicroStrategy. E ele continuou: “a MicroStrategy continua abrindo novos caminhos no mercado de BI com essas mais recentes inovações que permitirão aos nossos clientes trabalhar de forma mais eficiente”.
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>internet
Claudio Ferreira
Como ser relevante na web em 2011
Os caminhos que levam um site à condição de protagonista na internet são muitos. Embora as conexões com as redes sociais sigam na proa desse processo, assim como o uso do ferramental 2.0, não é possível desprezar a presença ou influência dos sites de compras coletivas, do novo e-commerce ou mesmo a entrada avassaladora do consumidor de Classe C na rede. Ou mesmo acompanhar a forte tendência do e-marketing, que pode saltar de 4,5% para 6,5% de todo o bolo publicitário. Sua empresa está preparada? 1 6
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negócios, dentro do conceito de revisões, números ou troca de pontos por consumo na a velha frase: “2011 rede de postos de abastecimento será o ano da em prêmios. tecnologia XYZ”, Empresas que possuem todo mundo já está profissionais especializados ou cansado de ouvir, recorrem a provedores ou consultores mas que tal reunir especialistas do “A empresa precisa do setor tendem a entender melhor o mercado web para analisar não traçar um objetivo tamanho e a forma de uso das apenas o comportamento e as antes de atuar na ferramentas 2.0. Assim como é neste tendências como indicando os rede social. caminho que a direção das investimentos e o foco que as Primeiro corporações vai discernir se deve corporações devem ter e seguir enxergando o investir em marketing ou nos canais nos próximos meses? Ou ainda mercado, se de acesso, como redes sociais e falar sobre as novas e possíveis blogs, direto ao consumidor-cliente-fã avaliando ondas de negócios na internet? internamente e aos de sua marca. “A empresa precisa Repense ou agregue às suas ideias concorrentes, para traçar um objetivo antes de atuar na e depois veja o resultado concreto depois montar uma rede social. Primeiro enxergando o dessas indicações na prática. mercado, se avaliando internamente e estratégia. E Todos os profissionais de web aos concorrentes, para depois montar também é têm ou terão uma pergunta que uma estratégia. E também é interessante se tem clientes como Oi, Ipiranga, resume todas as suas angústias: interessante se questionar sobre seu Peugeot, Bradesco Saúde, Globo e como ser relevante na web em questionar sobre papel ou presença nas redes sociais”, seu papel ou Editora Abril, entre outras. 2011? E a respostas não são nada admite Fernando Tassinari, general complexas, embora o seja na presença nas redes manager da Razorfish Brasil, agência sociais” Exemplos e modelos prática: 2.0, 2.0 e 2.0. Marcar interativa com tentáculos globais. Exemplo de trabalho com presença nas redes sociais, Fernando Tassinari, Nessa radiografia ou elementos 2.0 é o da Rede Ipiranga estreitar as pontes entre as da Razorfish BrasiL planejamento é importante que as com o “Km de vantagens Ipiranga”. corporações – suas marcas, corporações aproveitem os dados e “Integramos o mundo virtual com o produtos e conceitos – e os os inputs oriundos dos canais ou real e também fizemos uma união clientes e responder aos seus ferramentas 2.0. Assim é possível desejos são orientações formular uma política que alimente que seguem como algo marcar presença nas redes não apenas o “canal” web, mas todos importante neste ano. os demais meios de comunicação O engajamento dos sociais, estreitar as pontes entre envolvidos no contato com o público consumidores na as corporações e os clientes e externo, o cliente, do call-center ao construção das marcas, responder aos seus desejos são vendedor da loja física, etc. Ações como caixa de eco e as orientações para este ano como o lançamento prévio de um também como produto ou protótipo pode indicar sua “co-produtores” das penetração no mercado. dos canais trazendo valor para a políticas das corporações na rede Independente do ferramental 2.0 empresa, para os clientes que e mesmo fora dela, seja por meio ou mesmo em conjunto com ele, participam da promoção e os das redes sociais, blogs ou outras todos os executivos que parceiros da rede de postos”, ferramentas de cunho 2.0, mantém conversamos falam da ideia de enumera Póvoa. E os números são sua trilha como um diferencial priorizar a análise em cima dos alentadores: 1,5 milhão de clientes neste campo. Em alguns casos e indicadores, dos famosos “analitycs”, cadastrados no site e 40 milhões de para algumas empresas, não todas, o investimento em 2.0, leiase redes sociais, pode ser até mais relevante que nas mídias Exemplo de ferramenta tradicionais. E para as demais empresas ganha mais importância. mensuração das ações realizadas na internet, como enfatiza a Razorfish, é um dos A conexão web-clienteprincipais desafios do marketing digital. Ao contrário dos parâmetros utilizados pela corporação por meio do aparato televisão, como o GRP (Gross Rating Points), a web requer a aplicação de conceitos de “behavioral targeting”, que analisam o comportamento de um usuário dentro de um site. 2.0 segue como a equação de Uma das formas de medição no mundo digital é por meio da plataforma SIM (Social maior sucesso na web. “Os Influence Marketing). projetos estão cada vez mais No caso da Razorfish, a empresa traz a metodologia SIM Score, voltada para mídias sofisticados, porém toda empresa sociais e que proporciona uma análise mais abrangente de uma marca e não apenas de quer entender o meio e o impacto sua força na web social. “Para complementar, utilizamos softwares que fazem uma das redes sociais antes de varredura em redes como Facebook, Twitter e YouTube. Ao associar determinada marca a investir”, garante Marcello Póvoa, palavras-chave específicas, monitoramos as reações do usuário, ou seja, se ele está sócio diretor da MPP Solutions, falando bem, mal ou se está neutro”, detalha Tassinari. empresa de marketing digital que
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>internet para alimentar o ciclo de negócios das empresas. Na fotografia que se pode fazer do mercado, aliás, existe um desnível em verticais da economia mais amadurecidos no tema e também entre players do mesmo segmento. “Os projetos Um mais um estão cada vez Agregado aos componentes 2.0 mais sofisticados, de contato direto com o clienteporém toda internauta-consumidor, aspectos empresa quer como a navegabilidade ou a entender o meio usabilidade dos sites não podem ser e o impacto das desprezados. Sites amigáveis, apesar redes sociais do conceito não ser novo, são antes de investir” sempre bem-vindos. E não basta planejar e executar um projeto, é Marcello Póvoa, da MPP Solutions preciso pensar e exercer o seu monitoramento, sempre vislumbrando a sua continuidade. Grande febre em 2010, os sites de compras coletivas já são hoje algumas dezenas no mercado
brasileiro, mas existem modelos e modelos de compras coletivas. Alguns mais tradicionais, se é que podemos nos referir desta forma
sobre algo extremamente novo, e outros que começam a se diferenciar da “matilha” pelo seu formato. O Compra3, por exemplo, já despertou a cobiça e os olhares de empresas como Microsoft e IBM, que o apoiam, e de um grupo de empresas bem sucedidas no e-commerce como Americanas, Submarino e Ponto Frio, entre outras. (veja mais no Box: Radiografia do modelo coletivo). As compras coletivas seguem em alta, seja pela continuidade do que vimos em 2010, com a consolidação dos players, ou pela disposição de gigantes como Google e Facebook de entrarem neste jogo. Mas quais os seus desdobramentos para o mercado em geral? Para José Gonçalves, líder da área de interactive da consultoria Accenture, 2011 será marcado pela consolidação dos projetos, mas não apenas isto. “Em paralelo, veremos mais sites novos
Publicidade online, agora vai!
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valor a ser gasto pelas empresas em marketing online com anúncios deve chegar ao montante de R$ 1,55 bilhão este ano, o que representa 25% a mais que os valores de 2010, de acordo com projeção da Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil), uma das principais fontes de informação e pesquisa do setor. Em termos percentuais, a fatia do bolo do canal de web em toda a publicidade saltaria de 4,5% para 6,5%. “Essa é uma projeção mínima se levarmos em conta o potencial ainda a ser explorado. Se forem somados os investimentos feitos em outras mídias como os links patrocinados, a internet já conta hoje com cerca de 10% da verba que circula pelo País”, admite Fábia Juliasz, CEO do Ibope/NetRatings e vice-presidente de fornecedores do IAB Brasil. Esses números, no entanto, seja 6,5% ou 10% ainda estão distantes dos 15% do mercado norteamericano ou mesmo do inglês, com mais de 30% do total. Entre os fatores para esse gap estão desde a cultura de investimento na mídia televisiva até o conservadorismo das empresas, e mesmo a inércia calculada – para quê mexer em algo que sempre deu certo no Brasil – das agências de propaganda. Estas, as agências, que fundaram ou adquiriram braços especializados em online, ainda sofrem dessa “mesmice” em alguns casos.
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Convivendo com pesquisas que indicam que o brasileiro é o internauta que fica mais tempo na web e a curva ascendente e constante do número de pessoas com acesso, que pode ultrapassar os 80 milhões, talvez mais de 81 milhões de acordo com a previsão da IAB – com a ressalva de que se contabilizadas as crianças entre 6 e 16 anos é possível bater os 85 milhões. Esses indicadores são turbinados pela ascensão da Classe C ou nova classe média assim como pela replicação de estratégias e percentuais de verbas de marketing por parte da multinacionais que “empurram” o mercado como um todo. “Para melhorarmos nossos indicadores locais é preciso, ainda, que os diretores de marketing das corporações façam pressão sobre as agências, tirando-os da “zona de conforto” que se traduz em anúncios na tevê”, argumenta José Gonçalves, líder da área de interactive da consultoria Accenture. Na prática, para fugir dessas “correntes”, algumas empresas de peso como Fiat, Nokia e a gigante Unilever já investem percentuais maiores que a média brasileira, algo que pode chegar até mesmo aos 15% ou 20%, e a razão é bem simples, esta é a orientação estratégica e ponto final. Mas apenas aumentar o investimento não basta. “É preciso medir as ações, e a web propicia isto com o arsenal de ferramentas analíticas que existem atualmente. Quando não se mede e não se analisa, a desinformação tem efeito contrário”, aponta Felipe Dáguila, gerente da everis consultoria.
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com ideias evolucionárias do conceito, mas também teremos outras ondas interessantes. Os grandes anunciantes vão avançar ainda mais no meio digital e veremos novas vertentes de e-commerce, como o de roupas, que já começa a ter alguma relevância no exterior, mas ainda é incipiente por aqui”, garante. Diga um número Henrique Iwamoto, country manager da Groupalia no Brasil – site de descontos de origem espanhola, que soma 2 milhões de assinantes e é do mesmo grupo do Privalia, também posicionado nesta área – também acredita no início da consolidação dos players de compras coletivas, mas com ressalvas. “Acho hype há tempos. “O meu receio é que que teremos mais players por aqui do mobile vire um modismo, porém que em outros países menores, espero que não, porque alguns devido a geografia do Brasil. Em projetos estão sendo consolidados e outros países ficarão dois, três ou podem gerar a certeza de retorno do mesmo cinco players. Já aqui investimento”, assegura. poderemos ter de cinco a oito ao final A mesma premissa de que o do processo”, contabiliza. mercado de mobilidade, Mas quem deve continuar ou principalmente calcado nas vendas prevalecer? “O player precisa ter uma aquecidas de smartphones, pode ter boa estrutura comercial e tecnológica um 2011 promissor faz parte do associada ao volume de assinantes discurso de Póvoa, da MPP. Para ele, para realizar boas campanhas. O o uso de equipamentos móveis para mercado exige uma boa qualidade de acessar sites de internet banking, de atendimento além da oferta em si”, adianta. A seu favor, ele acredita na capacidade da As compras coletivas seguem Groupalia de troca de em alta, seja pela experiências com outros países consolidação dos players, ou aonde o site se faz presente assim como na vivência de pelo interesse de gigantes seus sócios e investidores. como Google e Facebook A convergência entre o sucesso e o número expressivo compras ou redes sociais, que tende de players de compras coletivas pode a crescer ainda mais, pode gerar ainda trazer subsídios para o novos projetos ou a consolidação do e-commerce em geral repensar ou que já é feito nessas plataformas. consolidar estratégias. “Vejo o varejo “Veremos novas interfaces de online aprendendo muito e bem rápido compras e serviços diferenciados com essa experiência. Até porque eles para o mobile”, completa. fazem um “meio-campo” importante Outros indicadores de mercado, entre as redes sociais e o processo de não apenas o da venda de telefones compras. Não é por acaso que o inteligentes, mostram que veremos Google e o Facebook estão de olho e um ano extremamente promissor para podem construir modelos a web e seus co-irmãos. Uma prova diferenciados”, garante Felipe Dáguila, é o de investimento em e-marketing gerente da everis consultoria. (veja mais no Box Publicidade online, agora vai!), que promete taxas altas Mobilidade na cabeça de crescimento, ou mesmo o Tassinari, da Razorfish, aposta em acréscimo de alguns milhões de outra tendência: maior investimento novos internautas, com a entrada em sites voltados à mobilidade. Algo avassaladora da Classe C. que não é tão novo e que ensaia seu j a n e i r o / f e v e r e i r o
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Minha classe, sua classe A Classe C ou nova classe média como preferem alguns, segue como fermento no aumento do número de internautas no país. E, para entender este contingente se chega à questão da social media. “É lá que está a fonte para explorar e contextualizar esse público, para criar uma comunicação de acordo com o que ele deseja”, argumenta Gonçalves, da Accenture. O quesito customização dos sites, que indica ou se comunica com o novo cliente é mais do que possível e está, monetariamente falando, mais acessível. Sem que com isso o endereço virtual perca outros públicos, mas sim falando com todos, do consumidor AA ao C. O ferramental existe, porém é preciso melhorar suas regras na prática, para que não se crie algo sem sentido ou mal construído. Tassinari, da Razorfish, revela que sua empresa fez uma pesquisa sobre esse novo público em 2010, o que gerou inputs para nortear estratégias no mundo digital. “Não apenas com mudanças no e-commerce como no marketing. A ideia de segmentação é cada vez mais clara, com serviços, canais e mesmo dentro das redes sociais. O problema é que as corporações, como acontece em web como um todo, ainda colocam pessoas inexperientes e acabam não consolidando suas políticas”, explica. O varejo online é quem caminha mais rápido para o modelo de personalização dos sites para o cliente. Não se pode ter a mesma oferta para todos, assim como não se pode ter uma estrutura única de atendimento para o sujeito da classe C e outro da A, é preciso detectar o perfil de seus interesses. O Orkut, por exemplo, tem muita gente da classe C, então é preciso ter ofertas específicas e diferentes de outro social media com perfil diferenciado. Muito se fala que a cultura da classe C na web ainda está em fase de construção, porém Póvoa, da MPP, pensa diferente. “Acredito que os internautas com perfil de classe C já estão educados, os
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José Gonçalves, da Accenture: em 2011 serão lançados mais sites novos com ideias evolucionárias; os grandes anunciantes vão avançar ainda mais no meio digital; e novas vertentes de e-commerce, como vestuário, que já começa a ter alguma relevância no exterior, mas ainda é incipiente por aqui, ganharão o mercado
>internet “O varejo online faz um “meio-campo” importante entre as redes sociais e o processo de compras. Não é por acaso que o Google e o Facebook estão de olho e podem construir modelos diferenciados”
demais, das Classes D e E, é que não estão. No geral, brinco que para um projeto chegar a todos ele deve ser fácil para a sua avó usar”, brinca. Meu querido ROI Resultado da maturidade do mercado ou da fome por demonstrar resultados, os roadmaps dos projetos de implementação ficaram menores. Um estudo que não pode extrapolar algo como 8 semanas e com etapas Felipe Dáguila, da de entrega que cheguem ao seu final everis Consultoria em, no máximo, 6 meses. “O desenvolvimento dos sites tem que ser interativo, mas meio beta, no bom sentido, de algo em constante evolução. O consumidor sabe e entende isso agora”, admite Gonçalves, da Accenture. Esse assunto remete à discussão sobre o ROI ou retorno do investimento dos projetos da web, algo ainda polêmico. “Existem desafios para tornar algo viável no meio digital, mas levamos vantagem no Brasil devido a fase pela qual passa a economia do país e pelo aumento do poder de consumo, além do que o brasileiro adere rápido às novidades”, assegura Iwamoto, do Groupalia. Como suporte à avaliação do ROI há, atualmente, as ferramentas de análise e acompanhamento dos projetos, que ajudam na mensuração do retorno. “A minha dica é começar
problemas. Na história, TI sempre precisou justificar tudo que era gasto e a web pode dificultar ainda mais a questão. “É preciso subir o nível do interlocutor, o ROI hoje é plenamente mensurável, mas precisa estar alinhado com os objetivos da corporação”, pondera Tassinari. Existem os ganhos de imagem, por exemplo, que podem estar associados ao business, que é sempre o objetivo principal. Resultado, o ROI na web não pode ultrapassar um ano. Mas, claro, é desejável fatiar o projeto e definir retornos concretos em etapas. Porém, no meio do caminho tinha uma agência, e muitas delas não possuem a cultura de ROI e sim de outros parâmetros, como exposição da marca, o que traz novos elementos de O varejo online caminha rápido dificuldade. Veja mais para o modelo de personalização no Box: Exemplo de ferramenta. dos sites para o cliente Até dezembro, a expectativa é de um mercado por avaliações pequenas e depois aquecido – como é falado por todos aumentar as fontes e a análise, os nossos entrevistados –, que pode cruzando informações internas e gerar mais projetos com resultados externas”, ensina Dáguila, da everis. claros e ROIs comprovados. “Veremos Mesmo assim, se o executivo da uma mudança na comunicação com o corporação não tem intimidade com o uso das redes sociais, falando bem ou tema web, as “conversas” encontram mal das corporações. Esses discursos barreiras. Assim como é desejável precisam e vão ser ouvidos”, projeta que TI e marketing trabalhem bem Póvoa, da MPP. próximos para minimizar os
RADIOGRAFIA DO MODELO COLETIVO “Trouxemos a realidade do atacado para o varejo, em termos de organização e volume. Lançamos seis protótipos do nosso sistema, antes mesmo do Groupon. E depuramos o modelo até a condição atual. O cliente compra, instiga outras pessoas a comprar e todos têm uma parte do valor investido retornado” André Luiz Monteiro, do Compra3
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ascido do esforço de dois empreendedores, o administrador André Luiz Monteiro e o economista Bruno Medeiros, ambos formados pela Universidade Federal do Paraná, o Compra3 reúne investidores nacionais e internacionais e tem como conceito o uso de inteligência coletiva, cooperação e redes sociais. E para quem acha que o projeto veio na “onda” do último ano, ele é de 2008. Sites de e-commerce como Americanas, Submarino, Ponto Frio, Walmart e Sacks, entre outras, aderiram ao Compra3. Seu modelo trabalha em conjunto com essas lojas e, de acordo com o volume de vendas dos consumidores, que é fomentado por eles próprios nas redes sociais, gera “cash backs” ou retorno de dinheiro – uma forma de desconto reverso, claro – da compra. “Trouxemos a realidade do atacado para o varejo, em termos de organização e volume. Lançamos seis protótipos do nosso sistema, antes mesmo do Groupon. E depuramos o modelo até a condição atual. O cliente compra, instiga outras pessoas a comprar e todos têm uma parte do valor investido retornado”, explica Monteiro. Como o empreendedor argumenta, é uma forma de atribuir poder aos consumidores, na qual ele fixa as prioridades e dita as
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regras. Na prática, o cliente continua a comprar direto nas lojas, com as mesmas condições de pagamento, recebimento e garantia, porém, ao cadastrar-se no Compra3, ele pode receber parte do valor pago de volta ao final do mês, em dinheiro. Trata-se de um resultado direto da promoção de suas compras pelos mecanismos de redes sociais com um reembolso progressivo. Modelo este que começa a ser replicado pela empresa em outros ambientes do e-commerce. Quanto mais pessoas compram na mesma loja, durante um mês, maior o valor retornado. Ao todo são 250 mil os cadastrados na modalidade. Na outra ponta, o Compra3 negocia previamente com as lojas os descontos progressivos sobre as vendas mensais indicadas pelo site. Esse desconto se transforma no reembolso proporcional da compra de cada consumidor e é transferido para a conta corrente dos mesmos no mês seguinte. “O mercado de compras coletivas casou com a cultura do brasileiro. No nosso modelo tudo acontece organicamente, nas redes sociais, não fazemos nenhum investimento em marketing”, finaliza.
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Jackeline Carvalho
Em busca de uma identidade
no meio empresarial
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ano de 2010 foi, sem dúvida, um marco para a indústria de PCs e, particularmente, para a Apple, que recuperou a popularidade ao colocar no mercado um novo conceito de computação pessoal, com dimensões reduzidas, leve e especialmente prático. As vendas do tablet iPad, da Apple, chegaram a 14 milhões de unidades em 2010 e devem saltar para 36 milhões em 2011. Mas a empresa vem sendo rapidamente perseguida por outros lançamentos como o Galaxy Tab, da Samsung; o Streak, da Dell; o Cisco Cius; o Flare Experience, da Avaya; o TouchPad, da HP; e mesmo o Xoom, da Motorola. Em 2011, os anúncios e as promessas de competição na indústria prometem se multiplicar. Porém, as aplicações de tablets ainda derrapam, principalmente quando o alvo é o mercado corporativo. A própria Apple,
foto: divulgação
Os tablets ingressam no País pelas mãos de fabricantes e também de viajantes ao exterior. Já somam cerca de 100 mil unidades, segundo a IDC, porém no segmento corporativo ainda busca aplicações que vão além do modismo e superem as habilidades dos early adopters
à época do lançamento do dispositivo, dizia ser este um novo aparato “que ninguém sabe para que serve, mas que é fantástico”. Uma coisa, no entanto, é consenso: um computador fino, leve, prático, com recursos multimídia e de
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interatividade, no entanto, não deve tardar a encontrar o seu espaço. A Avaya, por exemplo, posicionou seu Flare Experience no segmento de comunicações unificadas, como forma de ampliar a mobilidade e a produtividade de executivos, ao potencializar a capacidade de colaboração intra e entre times de funcionários. A IDC mediu a aceitabilidade dos dispositivos no Brasil e constatou que entraram 100 mil unidades no País, no ano passado. O número engloba tanto a comercialização oficial quanto o mercado cinza, composto por consumidores que trouxeram o aparelho do exterior ou o importaram ilegalmente. Para este ano, a consultoria estima que a comercialização dos tablet PCs no país tenha plena ascensão e mais do que triplique, superando a casa dos 300 mil aparelhos. A explosão deverá acontecer principalmente no segundo semestre, quando tablets dos
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“Grandes empresas estão avaliando adotar o equipamento para força de vendas e há outros exemplos de aplicações, como apresentação de produtos e divulgação online e remota de informações para equipes. O tablet está sendo visto com boas expectativas” Rodrigo Vidigal, da Motorola Brasil
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concorrentes da Apple tendem a desembarcar no país, como os equipamentos da Motorola, LG, RIM, Asus, Dell, HTC, entre outros, cita a IDC. Luciano Crippa, da IDC: área educacional foi grande influenciador das vendas em 2010 e deverá ganhar ainda mais volume este ano, já que os tablets estão sendo usados como ferramenta em escolas e faculdades
Oportunidades Observando o mercado corporativo, a Frost & Sullivan avalia que as empresas no Brasil não ficaram atrás das organizações instaladas em outros países, e muitas já começaram a estudar a implementação dos tablets para otimização da produtividade e aumento dos níveis de receita. Em uma recente avaliação qualitativa sobre e os projetos, a F&S concluiu que a primeira grande demanda deve ser originada pelas aplicações de comunicações unificadas - que inclui desde email (leitura e envio) até conexões de web e videoconferência - alvo do produto desenvolvido pela Avaya. “A próxima geração de tablet virá com câmeras, e isso será realmente uma feature muito importante”, pondera Fernando Belfort, analista de mercado Sênior da Frost & Sullivan. A segunda atratividade, segundo ele, são as redes sociais corporativas. “Há uma tendência crescente de os profissionais de marketing carregarem os seus tablets não apenas para atualizar informações nas redes sociais corporativas, mas também fazerem o uploud de conteúdo”, explica. O uso de aplicações corporativas mais tradicionais aparece no estudo como a terceira alavanca de compra de tablets pelas empresas, e identifica como principais aplicações a integração com sistemas corporativos, como o CRM (Customer Relationship Management) e o Business Intelligence.
foto: divulgação
>mercado
Belfort aponta que as empresas também estão investindo em aplicações específicas que exploram o recurso de vídeo e foto. “Grandes empresas estão avaliando adotar o
Sedução
Para o mercado corporativo, as aplicações que alavancam o uso de tablet são: • Aplicações de comunicações unificadas •Redes sociais corporativas • CRM (Customer Relationship Management) •Business Intelligence •Uso de vídeo e foto Fonte: Frost&Sullivan
MERCADO GLOBAL
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s vendas mundiais de tablet PCs devem registrar expansão de mais de 12 vezes nos próximos cinco anos, saltando dos 19,7 milhões de equipamentos comercializados em 2010 para 242,3 milhões de aparelhos em 2015, segundo projeção da IHS iSuppli. Desse total, a consultoria avalia que as vendas de mídia tablets devem crescer de 17,4 milhões para 202 milhões, na mesma base de comparação, enquanto que os embarques de tablet PCs, que têm todas as funcionalidades de computadores pessoais, aumentará de 2,3 milhões para 39,3 milhões de unidades. O iPad, da Apple, manterá a posição de liderança no mercado até 2012, mas em 2013 começará a perder esse domínio, com sua participação de mercado caindo para menos de 50%. Isso porque, aponta a IHS iSuppli, a companhia passa a enfrentar a disputa acirrada com tablets equipados com o sistema operacional do Android, do Google.
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equipamento para força de vendas e há outros exemplos de aplicações, como apresentação de produtos e divulgação online e remota de informações para equipes. O tablet está sendo visto com boas expectativas”, completa Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da Motorola Brasil. A Serasa Experian, por exemplo, lançou, em fevereiro, um aplicativo para iPad, iPhone e iPod touch, com o qual o internauta pode visualizar gratuitamente as pesquisas e os indicadores econômicos divulgados diariamente pela empresa. A ferramenta, disponível para download na App Store ou no portal da companhia, pelo endereço serasaexperian.com.br/mobile, será disponibilizada também para as plataformas Android, Windows Mobile e BlackBerry até o fim deste ano. “Estamos interligados com as novas mídias e tecnologias”, afirmou Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian e Experian América Latina, na ocasião do lançamento. “No futuro próximo, outros conteúdos e novos estudos poderão ser acompanhados por meio deste e de novos aplicativos”, acrescentou. Os segmentos farmacêutico e de construção civil também são apontados pelo analista da Frost & Sullivan como potencias early adopters da plataforma tablet, principalmente em aplicações que substituam brochuras em papel, para demonstração de medicamentos e lançamentos de novos empreendimentos, respectivamente. “Hoje as principais construtoras estão usando iPad com aplicativos para apresentar o empreendimentos. Inclusive as aplicações geográficas para cálculo de distância estão sendo um diferencial interessante”, pontua Belfort. A esses a IDC inclui a área educacional como grande influenciador das vendas em 2010. “Este segmento deverá ganhar ainda mais volume este ano, já que os tablets estão sendo usados como ferramenta em escolas e faculdades”, diz o coordenador de pesquisas da IDC, Luciano Crippa. O curso do pré-vestibular Integral, instalado em Campinas, a 93 km de São Paulo, decidiu dar o tablet a seus alunos para uso na classe e em casa a partir de março, no início das aulas. Como moeda de troca, a instituição de ensino aumentou a mensalidade quase d e
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50% em relação ao cobrado no ano anterior, mas a direção informa que o reajuste inclui também uma nova composição das salas de aula, nas quais o número de alunos caiu de 90 para 30, além do uso do iPad. Outra iniciativa parte do Sistema Educacional Brasileiro (SEB), que comprou 15 mil tablets para usar em sala de aula a partir de abril, em todas as escolas do Grupo, que inclui os sistemas COC, Pueri Domus e Dom Bosco. Player do segmento de tecnologia da informação, a Cyberlynxx adquiriu meia dúzia de tablets, aproximadamente, para estudar a aplicação que teria maior aderência ao seu negócio. Marcelo Astrachan, presidente da empresa, diz que em pouco tempo foi possível perceber que, certo ou errado, os iPad fazem com que a empresa seja vista como
BARREIRAS
A Frost & Sullivan lista ainda como obstáculos ao uso de tablets no mercado corporativo brasileiro: •Altos preços •Baixa oferta em termos de variações •Poucas parcerias tecnológicas •Falta de subsídios das operadoras de Telecom •Risco de roubo •Dificuldade de adequação às regulamentações de segurança •Falta de clareza nas aplicações •Ausência da cultura de investimento em tecnologias inovadoras todo o material divulgação da companhia e a apresentação de propostas comerciais para a plataforma tablet, explorando os recursos multimídia do dispositivo.
os segmentos farmacêutico, de construção civil e de educação são apontados como potenciais early adopters da plataforma tablet inovadora. “O tablet substitui o notebook. Não precisamos mais dos dois quando saímos a uma reunião”, observa. Para otimizar e dar mais brilho às visitas comerciais, a Cyberlynxx estuda a transferência de
Não há qualquer estudo de mercado que negue a possibilidade de sucesso dos tablets no Brasil e no mundo. Mas apesar da multiplicação dos players e modelos de equipamentos, o crescimento da demanda (veja Box
“Mercado Global) e das aplicações iniciais, analistas de mercado identificam algumas barreiras para os produtos no Brasil. “O baixo número de planos de dados 3G e a ausência de subsídios das telcos específicos para tablets é hoje a principal barreira”, diz Belfort. A Frost & Sullivan lista ainda como obstáculos os altos preços no Brasil; baixa oferta em termos de variações; poucas parcerias tecnológicas; o risco de roubo; a dificuldade de adequação às regulamentações de segurança; falta de clareza nas aplicações de tablet para o mundo corporativo; e a barreira cultural no investimento e aquisição de tecnologias inovadoras.
CORRIDA DO OURO
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além de 32GB de capacidade interna. Será o primeiro a vir com processador de dois núcleos 1GHz e também terá conexão 3G e Wi-Fi, com a possível atualização para a rede 4G no final do primeiro semestre, e suporte ao Flash. Logo após a feira, a HP voltou ao mercado internacional para anunciar o lançamento do “TouchPad”, em junho, rodando o sistema operacional do Google, Android. O tablet com tela de 9,7 polegadas roda o software webOS, da Palm, empresa adquirida pela HP em 2010 por US$ 1,2 bilhão. Com o lançamento, a HP mostra acreditar que ainda há espaço para outro sistema operacional para dispositivos móveis no mercado – depois de notícias de que a Nokia deve abandonar seu próprio software para usar o sistema da Microsoft ou do Google. “Atualmente, estamos aplicando todo nosso potencial para construir produtos que nos coloquem como líderes em criar conectividade”, disse Todd Bradley, vice-presidente da HP em evento realizado em San Francisco (EUA). O novo tablet da empresa conta com rápido acesso a e-mails e dispõe de aplicativos para adquirir e ler livros digitais. O preço e outros detalhes do “TouchPad”, que possui chips da Qualcomm e suporta videochamadas, ainda não foi anunciado.
ma série de empresas de hardware utilizou a Consumer Electronics Show, feira de eletrônicos que aconteceu em janeiro último, em Las Vegas (EUA), como um baile de debutantes para internet tablets. Pesos pesados da computação como a Hewlett-Packard e a Dell confirmaram planos de produção dos equipamentos, para se juntar ao vasto volume de dispositivos que chegarão ao mercado ao longo de 2011. Os tablets passarão a oferecer recursos de mobilidade junto com as facilidades das telas sensíveis ao toque. Muitos dos primeiros aparelhos vão usar o sistema operacional Android, mas a Microsoft está trabalhando para permanecer no jogo e tentando empurrar o Windows 7 como uma opção para os dispositivos emergentes, como os HP Archos e Pegatron, que serão equipados com o sistema operacional. Do lado oposto, a Motorola anunciou durante o evento seu novo tablet Xoom, que virá com o mais recente sistema operacional Android Honeycomb (3.0), desenvolvido pelo Google especificamente para este tipo de portátil. O Xoom possui tela de 10,1 polegadas com resolução 1280x800 pixels (similar ao iPad), câmera frontal de 2MP para videochamadas e outra câmera traseira de 5MP que tirar fotos em HD (1080p),
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A geografia do offshore Boa parte dos 30 melhores provedores offshore, no estudo feito pelo Gartner de 2010/2011, são emergentes: Bangladesh, Bulgária, Colômbia, Ilhas Maurício e Peru estrearam no ranking. Panamá, Sri Lanka e Turquia voltaram, e Uruguai saiu, porque o mercado busca regiões com crescimento mais acentuado
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ada país tem pontos fortes e fracos diferentes na avaliação da capacidade de prover serviços de TI. Mas será que isso pode influenciar a escolha do fornecedor? Marco Stefanini, sócio e diretor da consultoria Stefanini; Ian Marriot, vicepresidente de pesquisa do Gartner; e Dalton Luz, vice-presidente sênior e Corporate Affairs da Politec; acham que é possível dividir o offshore – exportação dos serviços de TI - em várias regiões e tirar partido das qualidades de cada local. “Mas no máximo em três países”, diz Stefanini. “Com a pulverização temos fôlego para aprimorar”, completa Dalton Luz. Apenas Ricardo Barone, diretor da SondaProcwork, discorda: “esse modelo só é ideal em 2 8
megaoperações. Melhor aproveitar a capilaridade de um fornecedor global”. Avaliando os diferentes países que prestam serviços de offshore, Stefanini aponta algumas desvantagens: “a Índia tem muito turnover e risco de guerra contra o Paquistão. A China tem escala, mas economia e política imprevisíveis uma loja ia investir 20 anos lá, mas o governo a tirou do país por interesses próprios. A legislação é instável”, pondera. Para ele, a América Latina conquistou mais espaço e pode atrair o maior cliente, os Estados Unidos. “Mas temos problemas de desvalorização do dólar, no ensino, na infraestrutura e na política tributária aqui; já na Argentina, a instabilidade política a torna menos atrativa”. Qualificação Como a tendência nos países
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desenvolvidos é outra, com a população economicamente ativa se aposentando, a mão de obra ainda é necessária e virá dos emergentes. Pelos critérios do Gartner, o apoio do governo no México e no Chile é muito bom; do Brasil e Costa Rica, bom. A força de trabalho do México é muito boa, dos demais países da região, boa. A infraestrutura do Brasil e Chile, melhor; da Argentina e Colômbia, pior. A educação do Chile, México e Costa Rica é boa; do Panamá, pobre. O custo do México e Argentina, muito bom, dos demais, bom. A política e economia brasileira, excelentes. Segurança dos dados, propriedade intelectual e privacidade só são justas no México. Já na Ásia, o apoio do governo da Índia, China e Malásia é forte; na Indonésia, pobre. A habilidade e escala d e
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Referências Stefanini relata itens importantes na decisão pela compra de serviços offshore: “margem de risco, burocracia, afinidade cultural e fuso. Dos EUA à Índia são 12 horas; já da Europa para lá, cinco”. À frente da Brasscom – Associação Brasileira de Empresas de
foto: divulgação
no Vietnã, China, Malásia e Filipinas são boas; na Indonésia, justas. A infraestrutura de Bangladesh é pobre. O custo da Indonésia, excelente; da Malásia, bom; e do Vietnã e dos demais países, muito bom. Maturidade global e legal são boas na Índia e Malásia. Propriedade intelectual, segurança e privacidade de dados só são boas na Índia. No Leste Europeu, Oriente Médio e África, o apoio do governo do Egito é muito bom; África do Sul, bom. O ensino na Rússia é bom; na Romênia e Hungria, justo. A mão de obra local não foi além da classificação boa. O custo no Egito, Eslovênia e Ucrânia é bom; e na Rússia, justo.
Tecnologia da Informação e Comunicação, Antonio Carlos Rego Gil, acredita que na escolha de onde alocar o offshore, é preciso avaliar o país como um todo. “O Brasil é o 8º maior mercado de TI, com eleições e sistema bancário sofisticados”, diz ele. Além
disso, o executivo pontua que o fuso “A burocracia, os horário local está a duas horas de Nova impostos, a Iorque e a três de Londres. Outro capacidade de ponto positivo é a disponibilidade da inovação, o custo mão de obra em estender o Brasil e o domínio expediente, a simpatia e a habilidade da língua inglesa em negociações. têm que melhorar. “Mas a burocracia, os impostos, a Seremos a 5ª capacidade de inovação, o custo economia até 2020 Brasil e o domínio da língua inglesa devido à Copa e têm que melhorar. Seremos a 5ª Olimpíadas. O País economia até 2020 devido à Copa e Olimpíadas. O País já é o 3º produtor já é o 3º produtor de de aviões comerciais, além de sermos aviões comerciais, além de sermos os os maiores em cerveja, papel e maiores de cerveja, minério de ferro, e TI se desenvolveu papel, minério de muito neste cenário”, diz Gil. Barone ferro e TI se elogia outro aspecto: “as desenvolveu muito multinacionais de TI com filiais aqui neste cenário” têm que seguir políticas externas, já nós somos flexíveis, atendemos Antonio Carlos múltiplas culturas e missões críticas”, Rego Gil, da Brasscom argumenta. Para um caminho mais seguro com prestadores de serviços offshore, na visão de Gil, “é preciso alguma experiência com a região para evitar
Dalton Luz, da Politec: TI acelera a produtividade, cresce independente do PIB e impacta a indústria
Ricardo Barone, da SondaProcwork: priorizar só custo pode precarizar a mão de obra. Protestos contra as condições de trabalho na fabricação dos iPad e iPhone fizeram a Apple intervir junto aos fornecedores
problemas futuros”. Já Barone, da SondaProcwork, acredita que é preciso avaliar idoneidade, resguardo legal, qualidade técnica, preço final e segurança na entrega. “Priorizar só custo pode precarizar a mão de obra. Protestos contra as condições de trabalho na fabricação de iPad e iPhone fizeram a Apple intervir junto aos fornecedores”, exemplifica. Países que oferecem custos baixos apresentam problemas adicionais, segundo os entrevistados para esta reportagem. “Fomos procurados para cobrir orçamento, e só depois de sofrer com turnover, atraso na entrega e atendimento ruim, a empresa se tornou nossa cliente”, diz Dalton Luz. Segundo ele, os clientes precisam de tradição no offshore, além de contar com um fuso horário mais próximo da sua realidade. “Em infraestrutura, o fuso não tem peso; mas ele precisa favorecer as interações em desenvolvimento, e boa parte do nosso relógio ‘bate’ com o dos EUA”. Avanços Numa análise do setor de TI, Marriot, do Gartner, vê melhora na qualidade dos serviços e pouco impacto das crises. Já Dalton Luz ressalta que TI acelera a produtividade, cresce independente do PIB e impacta a indústria. Gil analisa que “TI representa 5% da receita empresarial e pode ampliar as vendas”, além de destacar o potencial da área: “em 2010 o setor movimentou US$ 1 trilhão. Em 2020, triplicará com a melhora da economia dos emergentes e atendendo saúde, educação e segurança, pois são subaproveitadas. Cloud computing e aplicativos móveis devem criar serviços para estas áreas”. Para dar conta de todo este mercado serão necessários recursos humanos, vistos como caros pela maior parte dos entrevistados. Gil estima que precisaremos no Brasil de 750 mil profissionais até 2020. A mão de obra deve onerar ainda mais, segundo Barone. “Nossos profissionais já estão absorvidos e o mercado, inflacionado”. Dalton Luz dá uma pista da especialização que talvez encareça este mercado: “são exigidos certificações, padrões e Sarbanes Oxley. A atualização não pára”. Barone analisa ainda as academias corporativas, que “aprimoram os talentos internos e põem os recém3 0
fotos: divulgação
>mercado empreendedores: não temos ajuda do governo como na China ou Índia. Nos destacamos na pesquisa devido ao nosso esforço. Pleiteamos no Congresso, mas os impostos não caem.” Barone e Gil avaliam que o imposto mais leve e a força de trabalho mais barata tornam a Índia competitiva. Apesar desta forte concorrente, Chile e Brasil têm infraestruturas bem avaliadas. “Por isso atuamos em ambos. Começamos no Chile, expandimos e os negócios já se dividem em 50% cada. Estamos em nove países da América Latina e atendemos 13”, acrescenta Barone. Ainda analisando a América Latina, estabilidades política e econômica da região atraíram aportes, melhora na infraestrutura e prestação de serviço mais competitivo. “Aqui o governo formados com a mão na massa. As melhorou os serviços de empresas apostam neles, que telecomunicações com a privatização, vislumbram uma carreira”. mas ainda estamos longe do ideal”, Segundo ele, a ampliação do afirma Barone. acesso à banda larga permitirá que Com relação às melhoras novos profissionais despontem: “temos necessárias, Dalton Luz os recursos humanose a política vê limites dos fornecedores. “Não tributária ainda são apontados podemos equilibrar como barreira à expansão do política e economia ou agilizar o domínio de offshore brasileiro idiomas da equipe”. Mas apesar dos entraves, ele elogia o apoio fortes usuários de celular, novas da Apex: “temos programas de tecnologias e redes sociais; mas o subsídio à exportação dos serviços de acesso à banda larga é restrito, ao TI e participações em feiras globais”. contrário de outros países”. Para tentar agilizar as melhorias O executivo da SondaProcwork necessárias, o estudo do Gartner é analisa que estes problemas são usado para cobrar do governo apoio na contornados pelos próprios formação de mão de obra, por exemplo. empresários do setor: “somos “O incentivo à melhoria aprimorou a mão de obra na Índia”, justifica Barone. Dalton Luz avalia que a pesquisa comprova que os impostos altos no Brasil fazem gerar menos empregos. Na Politec, a presença dos países emergentes entre os 30 melhores do offshore de 2010/2011 é vista como positiva. “O offshore democratizou. Há mais entendimento sobre o setor, padronização dos processos e conquista de certificações. Falaremos a mesma língua, e o próprio mercado vai selecionar aqueles que não estiverem preparados”, diz Dalton Luz. Para ele, o offshore e a relação com o cliente amadureceram: “se uma crítica circula nas mídias sociais, chama a atenção da grande imprensa, que apura e difunde. Uma reclamação pode potencializar crises e impacto nos
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Telecom e Ti:
unidas pelo futuro.
Venha entender como as tecnologias e o mercado de telecom e TI estão convergindo.
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TemaS: • a oferta de serviços de cloud computing e virtualização por operadoras de telecom • a oferta de serviços em redes por operadoras móveis e fixas • a convergência de serviços e seus reflexos na convergência de sistemas • a preparação dos sistemas das operadoras de celular para o mercado de operadoras virtuais (mVNo) • adaptação e integração de sistemas legados no processo de consolidação das grandes operadoras de telecom • Segurança de dados para redes de banda larga. • monitoramento, qualidade de serviço e application awareness no cenário da ultra-banda larga • a disputa pelo mercado de unified communications e serviços gerenciados.
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Os caminhos do emprego em TIC São reconhecidas as dificuldades de ocupação de vagas de maior ou mesmo média especialização no Brasil, e TIC é um dos casos mais evidentes. TI Inside conversou com especialistas para conhecer os rumos do emprego no setor e balizar como empresas e profissionais devem administrar este momento
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unca foi tão complicado preencher vagas, mesmo de segundo ou terceiro escalão, sem falar de direção, no mercado de TIC. O crescimento da economia nacional – com os mais de 7% de aumento do PIB em 2010 – que se reflete no mercado de tecnologia com a profusão de novos projetos e a evolução de plataformas como a de mobilidade e cloud computing, entre outras razões, não é acompanhada pelos cursos universitários e profissionalizantes ou mesmo pela atividade dos trabalhadores. Fatores que se aceleraram ainda 3 2
mais no ano passado. “A demanda por projetos foi explosiva e esquentou a busca por profissionais. Cada vez mais o perfil exigido é o de quem entende dos negócios da empresa ou traga uma nova visão. Outro ponto é que tenha atribuições de um consultor”, garante Carolina Verdelho, diretora da Fesa, empresa de recrutamento e seleção de executivos. A consultoria, ela revela, registrou um aumento de 110% no recrutamento de altos executivos em 2010 comparado com o ano anterior, e a previsão para este ano não é de números modestos. Carolina aponta ainda que fatores externos, como a ideia corrente de que os países emergentes são a “bola
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da vez” da economia mundial também contribuem neste sentido. Muitos fabricantes, fornecedores de tecnologia, canais e provedores, não por acaso, criam novas definições geográficas com cargos específicos, como aconteceu com a criação da divisão de “emerging markets” da IBM, que mesmo localizada fisicamente na China tem um bom contingente de executivos “brazucas”. O aquecimento do mercado não afeta apenas o topo da pirâmide dos empregos de TI. “Até mesmo para estudantes aparecem oportunidades bem interessantes e melhor remuneradas. Para quem tem um bom nível e experiência, como aqueles que d e
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foto: divulgação
possuem competências técnicas e vivência como gestor, a procura é grande. Ter fundamentos e conseguir atribuir significados às propostas dos gestores corporativos em TIC garante boas posições no mercado”, aponta Janete Dias, que entre as suas muitas atividades é coordenadora da área de gestão de carreiras da FIAP e da Faculdade Módulo e sócia-proprietária da consultoria Global Coaching. Sobrou pro RH Essa ebulição pode ser comprovada até mesmo quando se descobre que a figura do profissional de RH na área de TIC, que tenha experiência neste mercado, é uma “avis rara” com oportunidades amplas. Um reflexo direto da onda de investimentos em pessoas ou colaboradores, como se fala no RH, no setor como um todo. Outras funções, como a de gerente de data center – entre provedores de tecnologia e em qualquer vertical da economia – e de profissionais de maior caráter consultivo também estão entre as mais procuradas. Assim como especialistas em web e mobilidade, gestores de projetos, BI – pela grave falta de pessoas capacitadas – ou no mais que emergente mercado de Cloud, também ganham muito espaço (veja mais no Box Perfil do “clouder”). “Já há algum tempo se fala em oportunidades para especialistas em Cloud, mas agora é que surgem cases em maior número, e é possível dizer que não é um modismo, o que se reflete na busca por profissionais que conheçam ou tenham experiência na plataforma”, admite Júlio Graziano Pontes, gerente de serviços da True Access Consulting e certificado como CSA (Cloud Security Alliance). Para o especialista em segurança na “nuvem”, as vagas começam a surgir tanto nos provedores como nas corporações, interessadas em criar nuvens privadas. Janete, da FIAP, concorda com o início de uma maior procura por especialistas em Cloud, principalmente oriundos de áreas como segurança, gestão de redes e mesmo no desenvolvimento de aplicações voltadas para a “nuvem”, porém faz uma ressalva. “Essa especialização ou migração exige investimento, tanto por parte das empresas como do
profissional. Muitas corporações estão na construção de áreas de gestão de projetos, e Cloud tem ligação estreita com essa prioridade”, garante. Outra vertente levantada por Janete, como uma tendência de futuro em TI, é a da busca por profissionais que associem a tecnologia da informação com a necessidade dos eventos macros que o Brasil sediará, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, seja em práticas como gerenciamento de redes, integração
patronal acena com apenas 6%. Esse verdadeiro abismo é um reflexo da valorização do profissional, do avanço da economia como um todo e da desempenho das corporações do setor, mas também das práticas, digamos assim, heterogêneas do mercado. “As empresas do setor são bem criativas para bolar estratégias de remuneração, bônus e contratação. A regulamentação do setor é deficiente, e não existe um salário definido para os mais variados cargos em TI, com diferentes nomenclaturas para a mesma função”, diz Janete, da FIAP. Sem contar as diferenças de remuneração entre provedores de serviço e corporações em geral, com vantagem para os primeiros, claro. Com um cenário assim, o que se vê são diferentes médias salariais e o uso indiscriminado – embora já com filtros de ações do Governo – do recurso das notas fiscais fazendo do trabalhador uma pessoa jurídica. Para melhorar ou piorar, está em tramitação uma lei que prega a redução da jornada de trabalho no setor, o que pode azedar de vez a relação entre patrões e empregados. Ironicamente, a especialista da Fiap aponta que não apenas o salário
falta de mão de obra qualificada inibe acordo entre patrões e empregados nas negociações salariais. empregados pedem 13,41% de reajuste ou mesmo em entender o business do esporte e suas possíveis conexões com o mundo de TIC. “É ainda mais evidente a formação técnica aliada aos aspectos de negócios atualmente, ao informar também quem entende dos mercados de energia, como óleo e gás, terá ainda mais oportunidades”, enumera Janete. E o salário, companheiro Neste início de ano, algumas questões passam a ser discutidas no segmento, como a falta de acordo entre patrões e empregados no setor de TI em relação aos salários. Enquanto os trabalhadores, representados pela Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação), desejam 13,41% de aumento, a entidade
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que move os profissionais do setor. A posição deve trazer um desafio e uma oportunidade de crescimento profissional, mais até que a remuneração. “E quem está começando é ainda mais exigente neste sentido, ele não quer se frustrar”, argumenta a professora e consultora. O ovo ou a galinha? Colocando esses problemas de lado, voltamos a questão inicial: como resolver o gargalo da falta de gente capacitada em TIC. O caminho mais lógico e óbvio, embora não de curto prazo, é que os Governos investissem na criação de novos cursos, vagas e mesmo no incentivo aos estudantes. No entanto, setores do Governo começam a articular opções polêmicas para a resolução, no médio prazo, do problema, por meio da abertura ou
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“Ter fundamentos e conseguir atribuir significados às propostas dos gestores corporativos em TIC garante boas posições no mercado”, Janete Dias, da consultoria Global Coaching
>serviço estímulo a entrada de trabalhadores estrangeiros em nosso mercado, desde que em setores carentes e previamente mapeados por uma pesquisa que seria encomendada. Mas será que os critérios e mesmo a radiografia serão produtivos ou paliativos que acabarão criando uma nova classe de trabalhadores em TI? “Acho que temos problemas graves de infraestrutura no setor, como a universalização da banda larga, por exemplo, que deveriam ser sanados antes de tudo. Mas por quê não priorizar o investimento em capacitação antes do próprio censo? Sabemos que esse mapeamento vai demorar, e vai todo mundo ficar esperando?”, reage indignada Carolina, da Fesa. Ela não descarta a possibilidade do censo, porém deseja que, no mínimo, as coisas sejam feitas em paralelo com o investimento em novas vagas. Mas será que é preciso mapear para saber o quão grave é essa questão? “Chegamos a ter 700 ou 800 vagas sendo divulgadas na Fiap ao mesmo tempo, e muitas demoram semanas para ser ocupadas”, adianta Janete. Ela até admite a importância do censo, para ter algo mais estruturado em um cenário grave, porém também é favorável ao estímulo
mapa da mina
Áreas e atividades mais carentes de mão de obra: Data center WEB e BI Gestão de projetos Cloud computing de abertura de cursos. E quanto a entrada de estrangeiros? Para Carolina, da Fesa, já existe essa corrente migratória mesmo sem apoio formal do Governo. “Essa rota já está inflacionando os salários. Fazemos a busca de contratação de executivos para o Brasil no exterior e as empresas sabem que terão que oferecer salários altos. O imposto aqui é “salgado” e a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é complexa”, garante. Não é raro que entre as vantagens ou bônus as viagens ou a entrada em hotéis sejam diferenciais. Portas abertas No entanto, sem filtros claros se torna algo prejudicial para o florescimento de novos profissionais ou mesmo para a sua ascensão a
chegada dos estrangeiros. O que se vê hoje é que aqueles que chegam para ocupar cargos respondem na maioria à falta de mão de obra local em número ou qualidade suficientes. “Acredito que é preferível investir e incentivar a formação e informação para que mais pessoas ingressem na área de TI. Abrir o mercado é algo que exige seriedade, equilíbrio e muita reflexão”, alerta Janete. Para quem quer se recolocar no mercado as opções crescem na mesma proporção que a demanda por profissionais. A presença de consultorias de RH no Brasil, voltadas ou não para TI, tanto locais como estrangeiras, tem se acentuado assim como o uso das redes sociais como instrumento de captação de talentos. Desde a oferta de vagas até a pesquisa por quem atenda aos prérequisitos do cargo. Entre as redes, as mais utilizadas são o Linkedin, que possui perfil executivo, e que permite a visão de um curriculum com boa extensão; o Plaxo, com perfil quase igual; e ainda o Twitter e até mesmo o Facebook, de caráter mais abrangente e genérico, porém com rápida circulação de informações. Enfim, as oportunidades e a possibilidade de as encontrar aumentou de forma significativa. Claudio Ferreira
Perfil do “clouder”
Júlio Graziano Pontes, da True Access Consulting: o profissional precisa estar sempre um passo à frente do que o mercado está falando quando se trata de cloud, assim como ocorre com o tema segurança
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uais as atribuições que possibilitam que um profissional de TI possa migrar e bem para ser um “clouder”, o especialista na plataforma de cloud computing? Para Júlio Graziano Pontes, gerente de serviços da True Access Consulting, um dos quatro profissionais brasileiros a receber o Certificate of Cloud Security Knowledge da CSA (Cloud Security Alliance), o ponto inicial é possuir uma visão multidisciplinar. E mais: “para trabalhar com a ‘nuvem’, o profissional deve conhecer temas como análise de risco e relacionar a tecnologia com o business. Cloud é um novo modelo de negócios e precisa de pessoas de mente aberta. Entender e conhecer o conceito é o mínimo”, completa. No caso de Pontes, ele precisou agregar a essa condição a sua especialização em segurança – sua base de experiência no mercado. Para ser um CSA então é algo ainda mais complexo. “É preciso estar sempre um passo à frente do que o mercado está falando quando se trata de cloud, e a segurança também exige isto”, compara. Na sua trajetória, em 2009, ele começou a tentar
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entender a plataforma e a ligação com o mundo da segurança, depois de 8 anos de mercado na época. Após falar com especialistas, principalmente no exterior, Pontes viu que existiam grupos de estudos até entrar em contato com a certificação de CSA. “A organização queria montar um capítulo brasileiro da CSA, em português, de um guia voltado para o mercado local. Participei da adaptação, e estudei muito. A partir da bibliografia, li muito, fiz uma prova online em inglês e obtive a certificação”, relembra. Ele revela que não existem pré-requisitos para se tornar um CSA, mas diz ser importante conhecer arquitetura de redes, análise de risco e, claro, inglês. Para se ter uma ideia de quão raro e especial é o CSA, há apenas 80 no mundo, dos quais quatro no Brasil. “A computação em nuvem traz novas oportunidades e também novos riscos. Por isso, para ganhar maturidade é necessário que o mercado tenha profissionais qualificados a orientar e guiar as empresas na adoção segura da plataforma”, lembra.
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