Revista Tela Viva 177 - Novembro 2007

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televisão, cinema e mídias eletrônicas

ano 16_#177_nov2007

Locação

tem futuro? Mercado de home video aposta na alta definição e na distribuição online para retomar mercado perdido para a pirataria

TV POR ASSINATURA Operadoras de cabo e DTH registram crescimento recorde

TV DIGITAL Set-top boxes não chegam antes do início das transmissões



Foto: marcelo kahn

(editorial ) André Mermelstein

a n d r e @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

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Os mitos da TV digital

O

s debates sobre a TV digital terrestre lembram a fábula do grupo de homens que, com os olhos vendados, tinham que descrever um elefante. Um segurou a pata, outro a tromba, outro a cauda, e assim por diante, e cada um descreveu um bicho diferente. Analogamente, a TV digital toma várias formas, dependendo do interlocutor. Se uns falam em alta qualidade de imagem, outros lembram a inclusão digital. Alguns vibram com a interatividade, outros acreditam na criação de novos canais, com conteúdo rico e variado. Em nosso papel de tentar ver o elefante todo e descrevê-lo a um público perplexo diante de tantas novidades, percebemos que foram criados mitos em torno da TV digital, alguns por excesso de credulidade e boa vontade, outros com não tão boas intenções. Agora, com a experiência digital já amadurecendo em muitos países e com o sistema brasileiro bem desenhado e prestes a estrear, a realidade começa a se delinear com mais clareza. Ao contrário do que gostaria o ministro Hélio Costa, a TV digital não será uma “TV a cabo dos pobres”. O número de canais não deve aumentar (à exceção dos públicos e estatais, que passam a ter distribuição terrestre). A qualidade melhorará muito, mas apenas para quem tiver dinheiro e disposição para comprar, além do set-top box de R$ 700, um monitor adequado, com 1080 linhas e entrada digital HDMI. Com acessórios, a brincadeira deve ficar em torno dos R$ 10 mil, sem falar em home theater e todo o equipamento para usufruir o áudio 5.1. Não é exatamente um preço popular, ao menos até o volume de vendas criar uma economia de escala que reduza os preços. A interatividade é outro “mito” que deve demorar a se concretizar. Nenhum set-top a ser lançado agora trará o middleware Ginga. Ainda que tragam, dificilmente um broadcaster lançará uma aplicação até que haja uma base significativa de set-tops instalados, sob o risco de gerar frustração nos espectadores. Além disso, a interatividade terá que encontrar um modelo muito bom para substituir a fantástica receita das emissoras com as mensagens de SMS. Finalmente, a tal “inclusão digital”, que ninguém sabe exatamente o que quer dizer, passará longe da TV digital, que é acima de tudo televisão. Pode até ser que o set-top box vire um dia um computador multifuncional na casa da população. Mas quando, e se, isto acontecer, o celular e o PC já terão feito toda a inclusão possível na vida digital, com muito mais sucesso. Teremos uma TV de melhor qualidade, com mais cobertura, melhor imagem e som. Talvez seja esse o nome verdadeiro deste elefante: Televisão, aberta e gratuita, uma ótima fonte de entretenimento e informação. E nada mais.

ilustração de capa: carlos fernandes/gilmar


Ano16 _177_ nov/07

(índice ) Distribuição

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Mercado de locação aposta na tecnologia para retomar crescimento

Scanner

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Figuras

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TV digital

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Às vésperas da estréia, varejo ainda não recebeu os set-top boxes

( cartas)

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Making of

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Evento

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Congresso TV 2.0 debate o futuro das plataformas digitais

TV ameaçada? Como antecipou o editorial da TELA VIVA de outubro, a vida real vai ficando mais interessante que a ficção e o blog do alegadamente ameaçado Aguinaldo Silva apresenta uma trama mais instigante que a própria novela das oito, ou melhor, nove. Que a Globo responsabilize duplamente o autor por qualquer eventual queda de audiência. Leonardo Góes, de Brasília

Audiência

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TV por assinatura

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Operadoras de cabo e DTH têm crescimento recorde

Programação

Conteúdo barato Uma equação ainda não está resolvida, pelo menos para mim e para os roteiristas em greve nos EUA: como remunerar de modo justo o usuário que provê conteúdo para os novos formatos, na mão dos grandes players de sempre. Repassar centavos sobre centavos a cada view não vai encher a barriga do autor, mas certamente é uma maneira convenientíssima de a indústria economizar com produção. Bruno Kenji, de São Paulo

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Discovery anuncia metas para distribuição internacional e novas mídias

Artigo 40

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O rationale econômico da TV pública, por Mario Gordilho

Cinema

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Produtoras se unem para ganhar escala e reduzir custos

In loco Excelente a cobertura do Mipcom, na França. Não recordo de ter lido em outro veículo despacho de algum jornalista brasileiro que tenha estado de fato no evento. Parabéns. Ricardo Cordeiro, de São Paulo

Upgrade

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Agenda

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Acompanhe as notícias mais recentes do mercado

Tela Viva edita as cartas recebidas, para adequá-las a este espaço, procurando manter a máxima fidelidade ao seu conteúdo. Envie suas críticas, comentários e sugestões para cartas.telaviva@convergecom.com.br

telavivanews www.telaviva.com.br 4

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MIXER. PRÊMIOS EM DOCUMENTÁRIOS, DOCUDRAMAS, PROGRAMAS DE TV, PUBLICIDADE E UMA DAS 4 MELHORES SÉRIES DO MUNDO NO EMMY. CONTEÚDO QUE REALMENTE TEM CONTEÚDO.

PA PAULIS TAN EURO

DIÁRI O

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FOGO BOTA DE

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Cada vez mais, o padrão Mixer é destaque nos principais prêmios internacionais de publicidade, e agora de televisão. “Mothern”, criado e produzido pela Mixer, em co-produção com o canal GNT, é uma das 4 melhores séries dramatúrgicas do mundo no Emmy Awards 2007. No mesmo prêmio, o docudrama “Europa Paulistana” foi semifinalista na categoria Minisséries. Além disso, o documentário “Diário de Naná” entrou no Top 12 do VII Festival Internacional Documental de Barcelona, e o curta-metragem “Balada das 2 Mocinhas de Botafogo” é finalista do AXN Film Festival.


fotos: divulgação

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“Dando uma Geral”

Curiosidades incentivadas

“Diário de Sofia”

Aproveitando o sucesso do programa “Nick TôNicko”, o Nickelodeon estréia em 3 de dezembro a série especial “Dando uma Geral”, uma co-produção entre o canal e a produtora GW. A série terá 20 episódios de 1h30 cada, exibidos diariamente, com foco no target de 7 a 12 anos. Segundo o canal, a co-produção, que utiliza recursos do Artigo 39 da MP da Ancine, é a primeira de várias séries especiais que pretende colocar no ar. Na série, Drico, ex-integrante do “Nick TôNicko”, vive entre seus livros e, dentro de seu quarto mágico, conta histórias revelando a origem das coisas e curiosidades que fazem parte do imaginário infantil, como as melhores invenções do século passado, o corpo humano, experimentações absurdas, etc.

Links superam intervalos comerciais Segundo levantamento do jornal britânico Times no final de outubro, as receitas do Google com links patrocinados ultrapassaram as da ITV1, principal emissora comercial do Reino Unido, no terceiro trimestre do ano. O site de buscas gerou 327 milhões de libras no país, de julho a setembro, ante 317 milhões de libras da ITV1 no mesmo período. No acumulado dos primeiros três trimestres de 2007, o Google faturou 925 milhões de libras, devendo fechar o ano com receitas de 1,25 bilhão de libras. Ainda assim, a ITV1 deve fechar o ano à frente do Google, com receitas de 1,3 bilhão de libras. Mas as receitas da emissora vêm caindo. No ano passado, o site de buscas já havia superado o Channel 4, outro canal comercial.

Investindo na divulgação Com US$ 4 milhões destinados à campanha de lançamento da nova temporada da série “Mandrake”, co-produção da HBO e da Conspiração Filmes, a divulgação “Mandrake” volta à HBO. da atração saiu mais cara do que a sua produção. A segunda temporada da série, que estréia no dia 18 em toda a América Latina, foi produzida com recursos do Art. 39 e custou cerca de R$ 900 mil por episódio, em um total de cinco episódios. A verba de lançamento não é computada no valor incentivado pela Ancine. Como parte da promoção, a HBO terá um “canal virtual”, já acertado com as principais operadoras, no qual serão exibidas seis horas de reprises de programas originais do canal, em “looping”. O canal HBO também será aberto a todos os assinantes na semana do lançamento, para degustação da nova fase da série.

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Novela no celular Com elenco e roteiro nacionais, a novela interativa móvel “Diário de Sofia” estreou no Brasil em 12 de novembro. A atração infanto-juvenil já está em cartaz em outros países, incluindo Portugal, EUA, Canadá e Alemanha. O projeto foi criado em Portugal, pela empresa beActive, e chega ao Brasil pela Aitec Brasil, que faz parte do mesmo grupo. A versão brasileira tem roteiro recriado para a realidade cultural do País e a produção, a cargo da Aitec Brasil, contou com equipe local. A primeira temporada terá 21 episódios, com duração de cerca de 2 minutos cada, disponibilizados às segundas, quartas e sextas-feiras. Ao final de cada episódio será apresentado um dilema vivido por Sofia, cabendo aos fãs votarem via SMS qual será a decisão da protagonista. Segundo a empresa produtora, a novela deve ser oferecida no Brasil pela operadoras Vivo, Tim, Claro e Oi. O serviço estará disponível via navegação WAP e/ou envio de SMS para o recebimento de WAP-Push. Os episódios podem ser pagos por vídeo ou por tráfego de dados, com valores a partir de R$ 3, dependendo da política de comercialização de cada operadora de celular. Em Portugal, a atração está na quarta temporada com exibições na emissora de televisão RTP2, de segunda a sexta-feira, tendo licenciados livros, CD, DVD, revistas, tatuagens descartáveis, capas para iPod e para celular e roupas íntimas para adolescentes. No mercado brasileiro, a expectativa é de 20 mil downloads por episódio do “Diário de Sofia”. Segundo a empresa produtora, serão investidos R$ 500 mil na promoção da novela até o final de 2008.

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Operadora investe em conteúdo vídeos. A solução de TV móvel foi desenvolvida em parceria com a brasileira M1nd Corporation. A transmissão é feita pela rede EDGE da operadora. IPTV Além da TV móvel, a Oi anunciou o seu serviço de video-on-demand por IPTV para o primeiro trimestre de 2008, começando pela cidade do Rio de Janeiro. Inicialmente, serão ofertados aproximadamente 200 títulos. A plataforma de IPTV foi fornecida pela Nokia Siemens Network e o headend está localizado na Barra da Tijuca, em um prédio da operadora distinto daquele usado para TV no celular. A idéia inicial da empresa, segundo o diretor de novos negócios da Oi, José Luis Volpini, é cobrar uma assinatura básica que dará direito ao assinante a assistir um determinado número de filmes por mês, com o conteúdo disponível para o usuário durante 24 horas. Lançamentos e outros conteúdos premium poderão ser cobrados à parte. Também serão vendidos programas de TV que já tiverem sido exibidos, como noticiários e jogos de futebol. A princípio, o decoder será entregue em comodato para o cliente.

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Notícias brasileiras no Japão Um resumo das notícias do “Primeiro Jornal”, noticiário matutino da Band, ganhou espaço na emissora NHK. A partir de uma parceria com o canal japonês, as notícias brasileiras são exibidas no programa “Ohayo Sekai” (“Good Morning World”) do canal BS1, centrado na transmissão de jornalismo mundial. O conteúdo brasileiro é editado pela NHK e dublado.

O segmento responsável pelo conteúdo jovem da RBS, o Kzuka, lançou em novembro o seriado interativo “Nãts”, criado e produzido pela TGD Filmes, com direção de criação e de cena de Cláudio Fagundes e Gustavo Fogaça. A atração é focada no mundo “teen”, na fase em que os jovens terminam o colégio. Para criar uma maior interação, além de poder votar no destino da trama, o Kzuka tem utilizado as mídias disponíveis na RBS (jornais, revistas, site e televisão) para criar mais proximidade com o seu público. O modelo de negócios é baseado em publicidade, tendo a Pepsi como a principal parceira. A publicidade é inserida no conteúdo do programa, como merchandising. “A idéia é fazer a marca interagir com o roteiro de maneira sutil”, explica Fernando Tornaim, do Kzuka. O pacote de mídia inclui ainda outros veículos da RBS, como os cadernos jovens dos jornais do grupo. Inicialmente, esse pacote não prevê a mídia TV. A primeira temporada da série tem 16 episódios de cinco a seis minutos cada. Segundo Tornaim, o primeiro capítulo teve cerca de duas mil visualizações nos primeiros dias de transmissão.

“Nãts”, atração multimídia da RBS.

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Karyn Bravo, Fernando Vieira de Mello e Nadja Haddad, apresentadores do Primeiro Jornal.

Escolhas para o mundo teen

foto: daniel sasso/Estúdio Fotorama

Na segunda quinzena de novembro, a Oi lança comercialmente seu serviço de TV no celular, batizado de “Oi TV Móvel”. O serviço oferecerá o streaming de vídeo de pelo menos nove canais: MTV, ESPN Brasil, Play TV, Woohoo, Discovery Móvel, Cartoon Netowork, Band Internacional, Sexy Club e Humanóides (canal com conteúdo exclusivo para a Oi criado pela produtora Raccord). A maioria dos canais funcionará em “looping” de até seis horas. A cobrança deverá ser por evento, ou seja: o usuário pagará um determinado valor para assistir à TV no celular por uma determinada quantidade de horas. Serão duas opções: R$ 5,90 por duas horas ou R$ 9,90 por 24 horas. Os preços já incluem o custo de tráfego de dados. Inicialmente, o serviço estará disponível apenas para clientes pós-pagos com modelos da Nokia nas cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Além de assistir a esses canais em streaming, o serviço permitirá que o usuário compre conteúdo avulso, via download, e compartilhe seus próprios

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( scanner ) fotoS: divulgação

Nova diretoria da ABTA A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) elegeu em novembro o seu novo corpo diretivo. Alexandre Annenberg, atual diretor-executivo da entidade, foi indicado para o cargo de presidente-executivo. Ele atua no segmento desde 1990, tendo exercido cargos de direção na Net e na TVA, além de ter sido sócio em operações de TV a cabo e de ter participado do Comitê Consultivo do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD). Annenberg acumula também o cargo de presidente do Sindicato das Empresas de TV por Assinatura (Seta). Confira abaixo a nova formação dos conselhos diretor e fiscal da ABTA.

Tudo ao mesmo tempo Com o objetivo de democratizar o acesso ao seu novo filme, a Casa de Cinema de Porto Alegre lança no dia 7 de dezembro o longa-metragem “3 Efes” simultaneamente no cinema, na TV, na Internet e no home video. O filme de Carlos Gerbase contou com a co-produção das produtoras gaúchas Vortex, Regra Três, Low Filmes e Kiko Ferraz Studios, e distribuição da própria Casa de Cinema. O lançamento está marcado para acontecer em quatro mídias: nos cinemas, durante sete dias, em salas digitais da Rain (com sessões em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba); na televisão, pelo Canal Brasil e TV-Com, do Rio Grande do Sul; na Internet, pelo Portal Terra; e em DVD. “3 Efes” é uma comédia dramática que aborda as dificuldades afetivas, financeiras e culturais enfrentadas por um grupo de personagens urbanos, que encaram dilemas como: até onde se pode ir para manter um emprego ameaçado, sustentar uma família na fronteira da fome, ou dar vazão a desejos que a sociedade condena. A produção contou com apenas nove pessoas no set. A gravação foi feita com uma câmera Mini-DV e um kit de luz portátil.

Conselho diretor: • Vice-Presidente Cabo: Francisco Valim (Net Serviços), suplente Fernando Magalhães • Vice-Presidente DTH: Luiz Eduardo Baptista (Sky), suplente Adir de Souza Matos Alexandre Annenberg • Vice-Presidente MMDS: Carlos André Albuquerque (ITSA), suplente Carlos Barreiros (ACOM) • Vice-Presidente Jurídico: André Muller Borges (Net Serviços), suplente Antônio Roberto Sales Baptista • Vice-Presidente Programação: Anthony Doyle (Turner), suplente Edmar Souza • Vice-Presidente Banda Larga: Luis Carlos Balieiro (TVA), suplente Leila Loria • Vice-Presidente Tecnologia: Antônio João Filho, (Tele Design), suplente Antônio Carlos Martelleto • Vice-Presidente Marketing: Fernando Ramos (Nnet Brasil), suplente Ana Maria Gemigniani (Globosat) • Vice-Presidente Relações Institucionais: Fernando Mousinho (Net Serviços) • Vice-Presidente Administrativo-Financeiro: Paulo Cézar Martins (Viacabo), suplente Antônio Salles Teixeira Neto • Vice-Presidente: Gustavo Leme (Fox), suplente Marcio Fonseca • Vice-Presidente: Ricardo Rihan (Abril), suplente Lara Andrade. Conselho fiscal: • Márcio Lúcio Pimenta (Brasil Telecomunicações), suplente Regina Maria Guimarães Figueiredo • Júlio de Andrade Maia Jr (Cabletech), suplente Antonio Prazeres • Neusa Maria Risette (Neo TV), suplente Mônica Carvalho Gandolphi.

Trabalho escolar em HD Os alunos do Curso Superior de Audiovisual da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP poderão contar, temporariamente, com equipamentos da linha Broadcast da Sony, a partir de uma parceria da empresa com a universidade. Os estudantes farão a captação de imagens para seus trabalhos de conclusão de curso (TCC) com a camcorder PDW-F330 da linha XDCAM HD. Eles receberam também um treinamento para utilizar o equipamento. Esse é o segundo ano da parceria da Sony com a USP. Em 2006, a empresa disponibilizou uma camcorder da linha HDV, HVR-Z1N.

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(figuras )

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os 15 anos, Aurora Duarte era atriz de rádio em Olinda, Pernambuco. Foi quando o diretor e produtor Alberto Cavalcanti chegou à cidade em busca de atores para seu filme “O canto do mar”, de 1954. Aurora não chegou a ser testada: no próprio teste, contracenou com todos os candidatos. Assim que o elenco foi escolhido, virou manchete de jornal. Nas palavras de Cavalcanti, nascia ali uma estrela. Muitas pessoas comentam sobre a dificuldade de se tornarem atrizes, da dificuldade dos testes, mas felizmente comigo tudo foi muito fácil. Nem percebi e já tinha sido escolhida. Mas a estrela sapeca (como ela mesma se define ainda hoje) não se contentou em ficar na frente das câmeras. Fui atriz precoce, e mais precoce ainda ao colaborar com a produção dos meus filmes e, principalmente, na preocupação com a distribuição e exibição. Com o sucesso do filme, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em seguida, para São Paulo, às voltas com a divulgação do filme e em outros papéis como atriz. Em pouco tempo, começou a produzir “A Morte Comanda o Cangaço”, de Carlos Coimbra, filme do qual também foi protagonista. Lançado em 1961, o filme foi um sucesso de bilheteria, sendo inclusive candidato ao

Foto: Marcelo Kahn

A distribuidora dos filmes difíceis

Aurora Duarte Seu segundo filme foi “Riacho de Sangue”, que não teve o mesmo êxito. Era um filme difícil. Enveredei e me apaixonei pela escalada desse tipo de filme, porque acho que toda obra pode ter seu público. Desde então, seu trabalho como distribuidora tem sempre privilegiado o que ela chama de “filme difícil”. Entre os longas que distribuiu estão “A Margem”, de Ozualdo Candeias, “Esse Mundo é Meu”, de Sérgio Ricardo, “Viagem ao Fim do Mundo”, de Fernando Coni Campos e vários filmes japoneses. Quando esses filmes encontram seu

“Acredito na volta do cinema de rua e na recuperação do público”. Oscar. Por causa do filme, viajei o mundo inteiro fazendo divulgação, participando de festivais. Quando voltei a São Paulo, dois anos depois, o filme quase não tinha renda porque a distribuidora tinha produzido outro filme de cangaceiro e deu prioridade para a produção dela. Foi aí que eu mergulhei no mecanismo de distribuição e consegui manter o filme nas telas por 20 anos, em todo o país.

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público, sempre dão retorno. Com o surgimento da Embrafilme, Aurora achou que não tinha mais sentido continuar nessa área. Eles entraram com muito dinheiro, não tinha como concorrer. A partir daí, começou a produzir uma grande série de documentários sobre pintura brasileira. Mais recentemente, está voltando à distribuição e à produção. Idéias não faltam, muito menos energia. Atualmente,

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está começando a produzir o longa “Um Filme Sobre Mulheres”, em parceria com o diretor Galileu Garcia e com o produtor Walter Webb. O roteiro, de sua autoria, foi premiado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Também está retomando a distribuição dos filmes de sua carteira. Já fechei um acordo com o Itamaraty para levar esses filmes para fora do Brasil. Seu projeto mais ousado é de exibição: moradora do Centro de São Paulo, Aurora Duarte quer levar o cinema brasileiro de volta aos cinemas de rua da região. Já estou em entendimentos muito avançados com o dono do Cine Dom José, na Rua Dom José de Barros, para que eles deixem de exibir filmes pornô e passem a ser lançadores de filmes brasileiros. Acredito na recuperação do Centro, na volta do cinema de rua – com preços mais salutares – e principalmente na plena recuperação do público para o nosso cinema, hoje bastante diversificado. (Lizandra de Almeida)

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O Núcleo de Inteligência para Conteúdo (Nic Meios) contratou a ex-diretora do Universal Studios Television no Brasil Andrea Fucciollo para reforçar a sua área de prospecção. Nic Meios é uma agência focada no desenvolvimento de formatos para conteúdo audiovisual multiplataforma. A executiva terá como foco o mercado nacional, com a missão de distribuir os projetos da agência, e também de realizar uma prospecção reativa, para conhecer as necessidades dos clientes. Além do mercado nacional, Andrea deve atuar para fortalecer a agência no mercado internacional.

Fotos: divulgação

Prospecção nacional e internacional

Diretor contratado

Produtora ganha nove artistas de computação gráfica.

Tribbo vitaminada

O paranaense Carlão Busato, ex-sócio da Corporação Fantástica, é o novo diretor da Margarida Flores e Filmes. Em mais de dez anos, Busato já dirigiu filmes para clientes como Tim, Marisol, Pfizer, Ministério da Saúde, Guia Mais (Listel), GVT e Editora Globo (Revista Marie Claire).

Uma nova equipe de artistas de computação gráfica chega à Tribbo Post. Ao todo, são nove pessoas, sete delas saídas da Pix Post. “Precisávamos ampliar nossa equipe de 3D e composição para poder atender melhor a demanda do mercado, que vem crescendo”, explica André Pulcino, sócio da Tribbo. Entre os contratados está Luciano Neves, artista de 3D com portifólio especializado em trabalhos hiperrealistas. Neves estudou na Inglaterra e traz na bagagem a passagem por produtoras européias. Além do investimento em máquinas para a equipe, a Tribbo está procurando uma nova sede, para onde deve se mudar no início do próximo ano. “Queremos continuar na Vila Olímpia (São Paulo), perto da maioria das agências, e estamos procurando um lugar que acomode todo mundo”, diz Pulcino.

Em todas as mídias

Versatilidade na direção

O diretor Andre Ferezini é o novo contratado da produtora Maria Bonita Coisas. Há cinco anos, Ferezini atua na direção de documentários e filmes publicitários, além de ter projetos autorais como o médiametragem “Grassroots”, rodado no Camboja, e o curta “Bocadamata”, rodado em Macapá. Na produtora, Andre Ferezini assume o cargo de diretor de publicidade e conteúdo, realizando também trabalhos audiovisuais para Internet.

A CaradeCão Filmes tem um novo diretor de cena. Cesar Netto, que acaba de lançar o curta-metragem “Exite”, chega à produtora para dirigir filmes publicitários, projetos diferenciados de conteúdo, Internet e cinema. Antes da CaradeCão, o diretor passou por produtoras como Cena 1, Lux Filmes e mais recentemente a Estação 8. Na publicidade, dirigiu comerciais para clientes como Ford, Bradesco, Omo, Banco Real e Cataflan. Para 2008, Netto tem planos para um novo curta, intitulado “Projeto 6”.

Mudanças na criação

Adriano Gehres

Nova gestão Rogério Lima é o novo diretor de vendas da Universal Pictures. O executivo chega à empresa para fortalecer a gestão dos negócios de rental e varejo e estruturar uma equipe focada em DVD. Lima tem dez anos de atuação na área comercial em empresas como Nestlé, Natura e Warner Home Video.

A Euro RSCG Brasil aposta na área de criação com a contratação de dois novos diretores. O gaúcho Adriano Gehres assume o cargo de diretor de criação após passar quatro anos atuando na Lew Lara nesta função e como diretor geral do escritório de Brasília. Gehres teve passagens ainda pelas empresas Propaganda Registrada, Neogama, Leo Burnett e DM9DDB. Além de Gehres, chega à agência Fábio Victória, para ocupar o cargo de diretor de criação da equipe liderada pelo VP Jader Rossetto. Fábio tem passagens por Ogilvy, DM9DDB, MPM, Duda Propaganda, Carillo, Pastore e Africa.

Fábio Victória

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( capa )

Daniele Frederico

d a n i e l e @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Locação de vídeo busca segunda fase de ouro O setor de home video sofreu uma queda nas vendas de DVDs para locação no primeiro semestre de 2007. Distribuidoras e locadoras apostam no combate à pirataria e nas novas mídias para recuperar mercado.

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segmento de locação, parte importante do negócio de distribuição de home video no Brasil – onde atingiu maior sucesso que em outros países –, passou por uma crise sem precedentes durante o primeiro semestre de 2007. A queda no número de DVDs vendidos para locação, atribuída a fatores como a pirataria, a mudança nos hábitos do consumidor, as altas temperaturas e a falta de títulos de sucesso, tem feito com que todos os participantes da cadeia tenham de pensar em soluções para impulsionar o home video e combater os problemas que assolam o mercado de locação em seus 25 anos de existência. A venda de DVDs para locação sofreu uma queda de 21,8% no primeiro semestre de 2007 (de janeiro a julho) em relação ao mesmo período de 2006: foram 3.503.721 unidades vendidas, quase um milhão a menos que o número do ano anterior – no qual foram vendidas 4.481.210 unidades para locação. “A queda de 21,8% quando representada por números exatos apresenta o déficit de 977.489 unidades, ou seja, quase um milhão de DVDs deixou de circular nas locadoras”, diz a diretora executiva da União Brasileira de Vídeo (UBV), Tânia Lima. A entidade defende os direitos das distribuidoras, além de laboratórios e de uma editora. A queda do mês de fevereiro colocou o mercado em alerta, ainda que o

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Pirataria – a vilã da história A pirataria de filmes e séries é o problema que mais preocupa os players do mercado de home video. Com o crescimento da venda de hardware, o baixo preço da mídia e a facilidade de compra em camelôs e outros pontos de venda ilegal, a pirataria cresceu e tomou conta das grandes cidades do país. Filmes já lançados em DVD, outros que ainda estão nos cinemas e até mesmo os totalmente inéditos – como o “Tropa

“Acho que, antes da Internet, teremos as novas mídias de alta definição e, posterior a elas, o VOD deve imperar por muito tempo.”

dinheiro usado na compra de DVD pirata é o mesmo que movimenta o crime organizado, ou seja, o tráfico de drogas e de armas”, afirma o diretor da Europa Filmes, Wilson Feitosa.

FOTOS: divulgação

mês não seja tradicionalmente bom para vendas. “A queda em fevereiro foi um susto para todos. Foi de 33,7% em relação a fevereiro de 2006”, diz Tânia. Em janeiro, a queda havia sido de cerca de 20% e em março, houve um equilíbrio. Esses resultados – que também puderam ser notados em menor proporção quando comparado 2006 a 2005 – contrastam com os resultados de 2003 a 2005, quando os números se mantiveram altos, devido, especialmente à evolução do suporte da fita VHS para o DVD. “O ano de 2005 foi considerado o ano de ouro para as distribuidoras, já que foi neste período que o mercado absorveu o DVD, com a compra de novos títulos e a substituição dos antigos”, diz Tânia. Embora a queda já fosse, em certa medida, esperada, já que o DVD é uma mídia mais durável que a fita, ou seja, demanda menos reposição, alguns fatores têm influenciado negativamente o mercado de locação na primeira metade de 2007. A falta de bons títulos, as altas temperaturas (que fazem com que as pessoas passem menos tempo em casa), a variedade de opções de entretenimento e, principalmente, a pirataria tem sido problemas encontrados por distribuidores, locadores e entidades ligadas ao setor de home video.

Wilson Feitosa, da Europa Filmes

Diversificação de serviços Embora a queda nas vendas para locação tenha afetado o mercado como um todo, as grandes vítimas da situação são as locadoras de vídeo, que devido a uma queda no movimento deixaram de comprar DVDs. “Com o problema no movimento, as locadoras tiveram de reduzir as compras. Isso passou para a distribuição, que, por investir menos no Artigo 3°, afetou o cinema nacional”, analisa Tânia. Embora a pirataria seja apontada como um dos principais problemas para a diminuição do movimento, o presidente do Sindicato das Empresas Videolocadoras do Estado de SP (Sindemvídeo), Pedro Ricardo, admite que há três anos (quando o “boom” do DVD acabou) o mercado vem sentindo essa queda. “O número excessivo de lojas, que tinham de ‘dividir’ o bolo de clientes entre si, camuflava a queda nas compras individuais das locadoras. Foi então que começamos a alertar os distribuidores”, afirma. Ele diz ainda que existem hoje, oficialmente, cerca de 2,5 mil locadoras no estado de São Paulo. Segundo Tânia Lima, das cerca de dez mil locadoras existentes no País, aproximadamente três mil fizeram compras diretamente das distribuidoras nos últimos dois meses. “Quando você tem esses 30% de queda de vendas nas distribuidoras, isso representa 60% da queda do faturamento das locadoras de vídeo. De três anos para cá, essa tem sido a média”, explica Ricardo. Para contornar o problema, os donos de locadora têm procurado

de Elite”, do diretor José Padilha, que ficou conhecido por ter-se tornado público antes mesmo de sua estréia no cinema – podem ser encontrados com facilidade tanto nos meios físicos quanto virtuais. A pirataria na Internet, porém, ainda não é considerada como o grande problema, até mesmo pela necessidade do suporte doméstico para a sua realização. “A pirataria na Internet existe sim, mas pelo volume, não a grade vilã da história”, diz Tânia. No caso da pirataria realizada no meio físico, as ações têm sido intensificadas. Segundo a diretora executiva da UBV, além de audiências com autoridades e do trabalho da polícia no combate à pirataria, tem acontecido um combate nas fronteiras do País, por parte do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP) para que mídia DVD não entre subfaturada ou ilegalmente. Ela alerta, no entanto, que o trabalho deve ser conjunto. “Não acho que uma só ação resolva o problema. Ao governo cabe desmantelar o esquema; à indústria, cabe a conscientização”, afirma. Ela alerta: “é mais fácil combater o problema agora do que tentar inventar o mercado depois que ele estiver morto”. Com este objetivo, a UBV lançou duas campanhas: uma para incentivar a ida a locadoras de vídeo e outra que trata da criminalidade embutida na pirataria. “Estamos unidos, UBV e FAC, promovendo uma campanha para mostrar às pessoas que o

“A queda de 21,8% nas vendas significa que quase um milhão de DVDs deixou de circular nas locadoras.” T e l a

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diversificar os seus serviços. Além de oferecer DVDs, é possível encontrar hoje em locadoras todos os tipos de serviços de conveniência, lan houses, recarga de celular e de bilhete de transporte, entre outros. “O DVD está deixando de ser o principal produto das lojas”, afirma o presidente do sindicato. Pedro Ricardo diz que muitas locadoras compram de revendas ao invés de comprar diretamente das distribuidoras. Ele afirma ainda que embora as pequenas locadoras tenham sido as mais afetadas, as grandes também têm comprado menos e focado seus esforços nos títulos de linha. “Os títulos de suporte poderiam ser mais baratos”, diz. Além dos esforços para diversificação dos produtos, os donos de locadora têm estudado a possibilidade de utilizar as novas mídias, como a Internet, para impulsionar os seus negócios, oferecendo, por exemplo, a possibilidade de gravar o DVD na própria loja. Segundo Ricardo, esse tipo de estudo tem sido feito de forma individual. “Esperávamos isso para daqui a uns cinco anos, mas a pirataria está apressando esse processo”, afirma o presidente do sindicato.

“Acreditamos que de outubro em diante, com novos títulos, haverá uma recuperação.”

FOTO: divulgação

( capa )

Fábio Vianna, da Paramount

perdemos e perdemos para a Internet”, afirma Tânia Leite. Para o segundo semestre do ano que vem a Paramount prepara a distribuição digital de conteúdo, em formato de video-on-demand, mas o tipo de oferta a ser realizada ainda não está definida. “Poderão ser oferecidos filmes como uma locação, ou seja, o filme permanece por um tempo determinado no computador, ou para ‘download to own’, que custaria mais caro, mas o cliente poderia ficar com o vídeo”, diz o vice-presidente da Paramount Home Entertainment para a América Latina, Fábio Vianna. A Warner tem oferecido o serviço de venda do conteúdo por meio do portal Eonde e estuda possíveis acordos com varejistas. Wilson Feitosa vê com cautela a utilização da Internet como canal de distribuição. “Acho que a Internet ainda vai demorar um pouco para emplacar já que ainda dependemos de mais tecnologia para que as pessoas não fiquem esperando cinco, dez minutos ou mais para baixar um filme”, diz. “Acho que, antes da Internet, teremos as novas mídias de alta definição e, posterior a elas, acredito que o VOD deve imperar por muito tempo”. A chegada das mídias em alta definição HD-DVD e Blu-ray são as

Novo impulso Assim como o DVD substituiu a fita cassete, levando a uma fase dourada da distribuição de home video, as distribuidoras têm apostado na evolução tecnológica para alavancar os negócios. Há duas possibilidades ligadas a essa evolução: a distribuição via Internet e as mídias em alta definição (HD-DVD e Blu-ray). Algumas distribuidoras já se preparam para disponibilizar seu conteúdo online. Trata-se do mesmo negócio que já é feito hoje com as redes de varejo pontocom, porém, ao invés de receber o conteúdo físico, o usuário recebe o filme no formato digital. “A Internet mudou muito o jovem. Pode ser o público que mais

de volta às origens Em matéria da publicação Video Business de 11 de setembro, a Blockbuster anuncia a sua volta ao negócio principal da empresa: o aluguel de vídeos nas lojas. Desde 2006, a Blockbuster se distanciou da locação “in-store” para alavancar o serviço por assinatura Total Access e concorrer com outros serviços de delivery, como o Netflix. Um dos motivos para essa retomada, segundo a empresa, é o fato dos consumidores de lojas serem duas vezes mais rentáveis que os assinantes do Total Access.

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grandes apostas das distribuidoras para aquecer o mercado em 2008. A Paramount, que deve começar a sua distribuição em alta definição no início de 2008, disponibilizará primeiramente os lançamentos para depois ter os principais filmes catálogo em HD. Segundo Vianna, o valor da locação não deve aumentar com a mudança de mídia. A Warner também aposta nas mídias em alta definição no final deste ano. “Nos próximos anos isso vai otimizar os negócios. A qualidade digital é diferenciada”, diz o diretor de operações da Warner Home Video, Carlos Canhestro. Enquanto essa tecnologia não chega, as distribuidoras podem contar com os bons resultados relativos ao sell through (ou venda direta). “Hoje o sell through é uma boa alternativa. Não tem a mesma rentabilidade, mas você aprende a ser eficiente no ganho por escala, além também de adquirir novos conhecimentos no trato com o consumidor final, melhorando a qualidade de apresentação do seu produto, qualidade de produção, divulgação no ponto de venda etc”, diz Feitosa. Uma safra de filmes bons também anima o mercado. “No primeiro semestre tivemos um período sem títulos muito fortes na locadora e no cinema. Acreditamos que de outubro em diante haverá uma recuperação”, afirma Vianna. Entre novas formas de distribuição, mídias em alta definição, combate à pirataria e novos títulos, a perspectiva para o setor de locação é positiva. “Hoje o grande objetivo é recuperar mercado. Ele existe, é saudável, mas não atinge seu potencial por causa da ilegalidade”, diz Tânia. “Há filmes fortes vindo por aí, não tem porque não melhorar”, conclui.



( tv digital) André Mermelstein*

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Quem vai assistir? Às vésperas da estréia do sinal comercial, varejo ainda não vende as (caras) caixinhas digitais.

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m 1950, quando inaugurou o sinal da TV Tupi, em São Paulo, Assis Chateaubriand teve que importar aparelhos de TV e colocá-los em pontos estratégicos, em locais públicos, para que o povo pudesse admirar a novidade tecnológica. Não fosse isso, a TV iria ao ar sem ser vista por ninguém. Cinqüenta e sete anos depois, em plena era digital, pode acontecer algo parecido. Até meados de novembro, no fechamento desta edição, não havia um único set-top box de recepção do sistema brasileiro de TV digital à venda no país. No início de outubro, durante o lançamento da campanha de TV informativa sobre o novo sistema, os principais fabricantes expunham seus protótipos e suas estratégias de comercialização. A Semp Toshiba, por exemplo, prometia ainda para outubro dois modelos de set-top box para a TV digital terrestre, um mais básico, com recepção apenas em definição padrão (SD), e um modelo avançado, com recepção HDTV, porta HDMI e saída de áudio digital óptica. O modelo básico custaria cerca de R$ 700 ao consumidor, e o avançado sairia por algo entre R$ 900 e R$ 1000, dependendo ainda, segundo a fabricante, do que será acertado com o governo em relação a possíveis incentivos à produção. A fabricante japonesa demonstrou também um receptor móvel (apenas de TV, sem celular), trazido do Japão, mas disse que não será possível importar este produto no primeiro momento, pois funciona

apenas nas especificações do sistema japonês ISDB original, ou seja, com compressão MPEG-2. Segundo o gerente de grupo de produtos da Semp Toshiba, Deniz Lozano Junior, a fabricante terá o produto nas lojas até o lançamento oficial, no dia 2 de dezembro. O atraso no cronograma inicial se deve ao desenvolvimento dos produtos e das estratégias. “A maioria das emissoras ainda estão transmitindo sinais de teste, sem a potência máxima, então não temos como fazer testes de campo precisos para saber, por exemplo, quais serão as melhores áreas de cobertura. Isto é importante na hora de definir em que regiões serão vendidos os produtos inicialmente”, conta Lozano. Mesmo assim, ele garante que os settops (hardware) já estão plenamente desenvolvidos, e que o produto chega às lojas no início de dezembro. A Philips também anunciou que teria um modelo de set-top nas lojas, provavelmente em novembro. Será um modelo high-end, com todos os dispositivos de saída em alta definição. A fabricante não informa o possível custo do equipamento. A empresa não quis dar entrevistas até o lançamento oficial do set-top box.

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A declaração oficial da Philips é que terá o conversor de alta definição, com lançamento e distribuição depois do dia 20 deste mês. Ainda faltam algumas definições, de preço e técnicas. A Samsung já anunciou que não produzirá set-top boxes, apenas televisores com receptor integrado. A fabricante colocará no mercado uma linha com televisores de três tamanhos, a partir de 40 polegadas. A Panasonic, embora já tenha um protótipo de set-top box funcionando, ainda não decidiu se lançará o equipamento ou trabalhará apenas com televisores com recepção digital integrada. A Gradiente anunciou, em meados de novembro, que seu modelo DHD-800, equipado com o processador STi7100 da STMicroeletronics estará disponível “até o Natal”. A Sony lançará em dezembro um receptor de R$ 1.000 que funcionará apenas com televisores com entrada digital. Segundo o diretor de um dos mais importantes fornecedores de suprimentos para os set-tops e televisores, como placas e microprocessadores, os fabricantes já receberam os primeiros lotes de componentes necessários para a fabricação dos set-tops. Ou seja, na parte industrial, a produção está acontecendo plenamente. Na opinião do executivo, o que vem atrasando a entrega é a falta de algumas definições na norma, como o closed caption e o HDCP, o protocolo de proteção que impede as cópias digitais a partir das portas HDMI. Nenhum set-top box ou televisor com receptor integrado chegará ao


A briga do preço O ministro das Comunicações, Hélio Costa, voltou a ser duro no início de novembro com os fabricantes de equipamentos de

tops do sistema brasileiro, ainda. O ministro lembrou também (pelo mesmo raciocínio) que em outros países, a caixa de decodificação dos sinais da TV digital está sendo vendida a US$ 100 ou menos, e que “um aparelho de DVD no Brasil custa R$ 100, e tem muito mais tecnologia do que o set-top”, disse o ministro. Para ele, “isso dá uma bela CPI”. Ele admitiu que algumas caixas mais sofisticadas poderiam chegar ao mercado a R$ 500. Costa também fez um paralelo entre a TV por assinatura e a TV digital, lembrando que a TV paga (ele usou o termo TV a cabo) “é um grande avanço na TV, porque tem melhor imagem, tem mais opções de canais e canais de interesse público”, mas que por isso o assinante é obrigado a pagar R$ 140 por mês. “A TV digital é a TV a cabo do pobre, porque rico já tem (a TV por assinatura digital). A TV digital vem para atender a essa demanda, é um instrumento de comunicação popular”, disse Costa. Ele voltou a pedir que algum “empresário de visão” invista

“Um iPhone, que é o que existe de mais avançado hoje nos EUA, custa US$ 240, e vão me dizer que uma simples caixinha que só recebe o sinal custa R$ 700?”

FOTO: Marcelo Kahn

mercado em dezembro com o middleware Ginga instalado. Os primeiros modelos terão apenas versões muito simples de aplicativos, como um EPG no modelo “Now and Next”, ou seja, um barra de informações com o nome do programa atual e do próximo, mas sem uma grade de programação completa. Apenas as versões seguintes de caixas trarão recursos de interatividade. Todos os equipamentos de empresas ligadas ao Fórum de TV Digital trarão o selo com o logotipo da DTV, criado pela entidade, que garantirá que são compatíveis com toda a normatização nacional. “É uma garantia para o consumidor”, conta Walter Duran, da Philips. Ele explica que o selo garante que o aparelho será compatível com todo o desenvolvimento feito de agora em diante no sistema, o que não acontece com um aparelho vindo de fora, por exemplo, que atenda apenas a uma parte do padrão. “Esse usuário pode depois ficar sem acesso às novas funcionalidades”, complementa.

Ministro Hélio Costa

recepção de TV digital. Falando a deputados da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, disse que o preço que está sendo colocado pela indústria de eletroeletrônicos para as primeiras caixas, em torno de R$ 700, é “caso de polícia e CPI”. “Um iPhone, que é o que existe de mais avançado hoje nos EUA, custa US$ 240, e vão me dizer que uma simples caixinha que só recebe o sinal custa R$ 700?”, ironizou Costa. Na verdade, o preço do iPhone é US$ 399, conforme mostra pesquisa no site da Apple nos EUA. O aparelho da Apple com custo aproximado de US$ 240 é o iPod Touch. Costa também não levou em conta uma questão essencial, colocada por todos os executivos das empresas fabricantes: escala. É o volume de iPhones vendidos que permite que se pratique este preço, e o produto usa tecnologias que existem também em outros aparelhos, e têm portanto seu valor amortizado. Isso não acontece com os set-

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( tv digital) FOTO: DIVULGAÇÃO

na produção de set-tops baratos para TV digital. “Há uma campanha insidiosa para impedir que a TV digital seja um sucesso no Brasil”. O ministro também parece não levar em conta que, para aproveitar o maior benefício da TV digital, a alta definição, o espectador precisará, além do set-top, de um monitor de plasma ou LCD, hoje na faixa dos R$ 7 mil (para cima), sem falar nos acessórios, como um cabo HDMI, que pode custar até R$ 200. “Não adianta nada o cara ter um set-top HDTV e ligar no seu televisor por um cabo coaxial, ou pela saída de vídeo composto. O resultado final não será HDTV”, conta uma fonte da indústria. Os fabricantes por sua vez usam o discurso do preço e da falta de escala para pressionar o governo por redução na carga de impostos sobre os receptores. Ainda assim, seria difícil hoje, com as condições de mercado, baixar o preço muito mais do que o anunciado. Segundo fonte da indústria, apenas um dos processadores do set-top custa cerca de R$ 120. E ainda há custos de placas, outros componentes, fonte, interfaces, caixa, embalagem, transporte, vendas etc. Se está difícil resolver o nó do settop box, pior ainda com relação aos terminais móveis. Não existe no mercado mundial um celular com a combinação GSM/ISDB-T (os padrões da rede celular e da TV digital brasileira). Ou seja, os fabricantes teriam que desenvolver o aparelho, inicialmente apenas para o mercado brasileiro. Nenhum fabricante de celular se mostrou até agora disposto a criar o aparelho. E a explicação é simples: os aparelhos são subsidiados pelas operadoras de celular. E não interessaria às operadoras subsidiar um aparelho que captasse gratuitamente sinais de TV aberta, que não passam pela rede das operadoras, e portanto não geram receitas.

Set-top da Semp Toshiba: modelo com HDTV chega só em dezembro, por R$ 1.000.

travam a queda-de-braço sobre o preço do receptor, a indústria de TV por assinatura resolveu tirar o atraso e antecipar suas ofertas de HDTV para o início de 2008, o que só agrava a equação do ganho de escala do broadcast. A Net Serviços enviou carta em outubro a todas as geradoras da cidade de São Paulo informando sobre seu interesse em distribuir os sinais em alta definição tão logo estejam disponíveis. “Se os canais estiverem disponíveis, nós os distribuiremos, desde que atendidos alguns critérios técnicos”, disse o CEO da operadora, Francisco Valim. Ele explica que são questões com relação a interatividade, qualidade do sinal e outros aspectos que precisam ser ajustados para a TV por assinatura, onde o padrão de TV digital é diferente. Segundo Valim, a Net não tem a intenção de distribuir sinais apenas de uma geradora (a Globo, por exemplo). Segundo o diretor de uma importante emissora, até agora a Net não o procurou nem ele procurou a Net. A condição que a emissora exige de qualquer operador de cabo, segundo o executivo, é a manutenção integral da qualidade do sinal digital. Esta condição já havia sido exposta também durante o Congresso da ABTA pelo diretor de tecnologia da Globo, Fernando Bittencourt. A TVA anunciou que oferecerá a seus assinantes a partir de janeiro um set-top box HDTV, diferente da caixa distribuída pela operadora durante a Copa do Mundo do ano passado. O set-top HD da TVA funcionará com compressão MPEG-4 (o anterior era MPEG-2) e terá saídas HDMI e vídeo componente, além de saída de áudio digital. O hardware está sendo integrado por fabricantes de Taiwan, com software Nagra. Os assinantes que compraram a caixa da Copa poderão trocá-la pelo novo set-top sem custo. Para quem quiser adquirir o novo set-top, o preço será “muito mais

Só no cabo Enquanto governo e fabricantes

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baixo” que os dos set-top boxes da TV digital aberta, garante o diretor de estratégia e tecnologia da operadora, Virgílio Amaral. Amaral garante que a operadora não terá problema de banda para transmitir os sinais HDTV das redes abertas. “Só teremos que adequar a rede dentro de alguns condomínios”, afirma. Ele também não acredita que os broadcasters cobrarão pelo direito de transmissão do sinal HD. “É do interesse deles que o sinal chegue aos assinantes”. Quanto aos canais pagos em HDTV, há um problema ainda de escala. “Os custos de satélite são muito mais altos, então não vale a pena trazer estes canais enquanto não houver uma base mínima de assinantes capazes de receber os sinais em HD”, conta o executivo. Além do sinal HDTV MPEG-4, o set-top também lerá arquivos de computador, como fotos, músicas e filmes. A operadora promete ainda um novo DVR (Digital Video Recorder, ou gravador digital, com hard-disk embutido), mais avançado que seu modelo anterior, que foi descontinuado, e também com HDTV, para o próximo ano, bem como um media center integrado, inclusive com conexão WiFi, da TopField. O prazo depende, segundo Amaral, da redução de preços dos equipamentos, à medida que haja ganhos de escala. “O que vai dar escala são os aparelhos de DVD de alta definição, como o HD-DVD e o Blu-Ray, que usam o mesmo processador destas caixas. Conforme eles se popularizem, o custo dos componentes cairá”, conclui Amaral. *Colaborou Samuel Possebon



( making of )

Lizandra de Almeida

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Pimba na gorduchinha fotos: divulgação

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undada em setembro de 2006, a revista Trivela – publicação mensal especializada em futebol – lançou em outubro seu primeiro comercial. Voltada para um público qualificado e interessado não só nas principais divisões do futebol brasileiro, mas em campeonatos de outras divisões e no futebol internacional, a revista traz reportagens também sobre marketing esportivo. Esses diferenciais permitiram que a agência optasse por uma animação com linguagem gráfica mais sofisticada. O filme mostra um leitor folheando as páginas da publicação. Conforme as páginas vão sendo viradas, as imagens que estariam na revista começam a formar uma animação que se transforma no próprio filme. “Decidimos fazer uma animação que fosse realista nos movimentos, com cenas de futebol-arte, mas não na imagem”, explica o diretor de animação Daniel Zante. Os diretores partiram, então, de imagens reais coletadas em uma ampla pesquisa de cenas de dribles e jogadas de craques. “Não nos preocupamos em escolher cenas que pudessem formar uma seqüência, apenas escolhemos cenas de jogadas bonitas e movimentos inusitados.” A partir dessas imagens, toda a equipe se envolveu num trabalho de rotoscopia. “Desenhamos frame a frame por cima das cenas, com toda a paciência. Tínhamos feito os desenhos com um contorno e por acidente alguém desligou o layer do contorno no Photoshop. Aí percebemos que ficaria ainda mais interessante se não usássemos um contorno definido. Usamos também

Desenho das jogadas foi feito frame a frame, em rotoscopia.

muita transparência do corpo dos jogadores com os elementos do fundo, invadindo as áreas de animação.” Para reforçar os movimentos dos jogadores, foram criados outros elementos gráficos, com setas e grafismos. “Em geral usamos cores leves no filme, nos fundos e nos elementos, mas os personagens tinham cores mais escuras para que se destacassem.” A finalização reuniu as imagens da animação com as imagens filmadas da mão flipando a revista, com o efeito 3D do virar de páginas. “Criamos máscaras também quadro a quadro, recortando o dedo do leitor e inserindo as imagens das animações, como se fossem as páginas da revista. As folhas foram criadas em 3D e aplicadas sobre as páginas da revista, pois o cliente não queria que o filme tivesse a ver com a revista real.”

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ficha técnica Produto Revista Trivela Agência Fala Direção de criação Marcelo Prista Produção Cinema Animadores Direção Lila Rodrigues Planejamento e Direção Daniel Zante de animação/arte Animação e Composição Adler Zambelli, Daniel Zante e Gustavo Fantini Rotoscopia Adler Zambelli, Gustavo Fantini e Murilo Dias 3D Fabricio Navarro


Seis anos no ar

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ara comemorar seus seis anos de fundação, a companhia aérea Gol encomendou esta campanha, composta por um filme em versões de 30 e 60 segundos. Toda a campanha é estrelada por crianças de seis anos. “Ao todo, fizemos um casting de 120 meninos e meninas, dos quais 15 eram principais”, conta o diretor Mario Peixoto, da Delicatessen Filmes, que acompanhou o processo. “O que significa que trabalhamos também com mais ou menos 120 mães, todas querendo que seu filho brilhasse.” A filmagem aconteceu no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. A maioria das crianças era da capital mineira, mas alguns foram escolhidos em São Paulo. Vestidas com o uniforme da empresa, as crianças atuam como se fossem os funcionários, mostrando os aviões, o centro de manutenção, as lojas e o check-in da companhia. Ao fundo, as próprias crianças, com suas vozes originais, falam sobre a empresa, destacando as novidades implementadas pela Gol na aviação civil, como check-in pela Internet e o barateamento do custo das passagens.

No final, as crianças todas aparecem na pista, ao lado do avião. “A idéia era usar as crianças para reforçar a idade da companhia, mas sem dar a impressão de que fosse uma brincadeira”, diz o diretor. Para garantir a verossimilhança das cenas, o figurino foi confeccionado pelo mesmo fornecedor dos uniformes reais e consultores técnicos (comissários e mecânicos) acompanharam as filmagens para orientar os movimentos dos pequenos atores. Além da equipe de mais de 80 pessoas, a produtora contratou 13 monitores para entreter as crianças durante os dois dias de trabalho – um deles dedicado às fotos da campanha impressa e outro à filmagem. A produção ficou instalada em uma área reservada no aeroporto, onde foi montada uma sala de recreação com DVD, brinquedos e brincadeiras. Os equipamentos de filmagem, especialmente o parque de luz, foi transportado de São Paulo para Belo Horizonte em dois caminhões. “Não utilizamos recursos especiais, mas precisamos levar a maior parte dos equipamentos de São Paulo.” O filme também não exigiu muitos recursos de computação gráfica e pós-produção além da correção de cores e de alguns itens que tiveram de ser apagados das cenas.

Casting teve 120 crianças.

ficha técnica Cliente Gol Linhas Aéreas Produto Institucional Agência AlmapBBDO Dir. de criação Marcello Serpa, Cássio Zanatta Criação Marcello Serpa, Eduardo Andrietta, Marcus Kawamura, Renato Fernandez, Cássio Zanatta, Giba Lages Produtora Delicatessen Filmes Direção Gustavo Leme Fotografia Hebling Jr. Montagem Gustavo Leme Finalizadora Casablanca Trilha Tentáculo


Os eventos mais importantes de 2008 têm data marcada. E uma assinatura comum: Converge Comunicações. Telecomunicações. Comunicação e Conteúdo. Tecnologia da Informação.

Fev

As três vertentes da convergência total de produtos e serviços fazem parte do nosso dia-a-dia há mais de 15 anos.

Dia

Brasília, DF. Auditório da Finatec/UnB 7ª edição. Principal encontro sobre tendências políticas e regulatórias do setor de telecomunicações e mídia.

Dias

São Paulo, SP. 2ª edição. Na esteira do sucesso da 1ª. Conferência Web 2.0, realizada em 2007, as implicações e a evolução da internet.

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Programe-se para estar conosco em 2008.

Mar Dias

5e6

Brasília, DF. Hotel Blue Tree 2ª edição. Encontro oficial da Associação Nacional das Operadoras Celulares, incluindo congresso e espaço de exposições.

EVENTO NOVO!

Dia

2

Dias

13e14

Dias

3a5

São Paulo, SP. Hotel Paulista Plaza Um debate pioneiro sobre as transformações na indústria de software e sua forte repercussão no orçamento e contração por parte das empresas.

São Paulo, SP. Centro de Convenções Frei Caneca 7ª edição. Maior evento latino-americano dedicado ao mercado de serviços de valor adicionado e serviços convergentes para dispositivos móveis.

São Paulo, SP. Centro de Convenções Frei Caneca 9ª edição. Maior mercado independente de conteúdos para TV da América Latina. O evento que colocou o Brasil no mapa-múndi da produção audiovisual.

18e19

Abr

4

Dia

São Paulo, SP. 4ª edição. As novidades e diferentes características da prática que mais tem beneficiado empresas que querem competir no mercado global.

Dia

São Paulo, SP. Hotel Paulista Plaza 2ª edição. Uma visão sobre o gerenciamento de arquiteturas de TI, incluindo tendências e benchmarks, com os maiores nomes do mercado.

Dias

São Paulo, SP. 3ª edição. Discussão sobre as novas aplicações baseadas em IP e as alternativas de flexibilidade e aumento de produtividade para as empresas.

23

Mai

20

Jun

25e26


Jul Dia

17

Todos estes eventos são promovidos pelas revistas

São Paulo, SP. 3ª edição. O mais importante evento nacional sobre a Arquitetura Orientada a Serviços e seu impacto nas empresas.

Ago

Dia

27 Dias

11a13

São Paulo, SP. Transamérica Expo Center 15ª edição do encontro oficial da indústria de TV por assinatura. Todo o mercado de serviços convergentes reunidos em três dias de exposição e congresso com mais de 12 mil participantes.

Seminário de Serviços Gerenciados de TI e Telecom

Set Dias São Paulo, SP.

16e17

2ª edição. As novas maneiras de ver TV e de fazer negócios. A atuação dos principais grupos do segmento, o impacto das novas tecnologias e as tendências para as novas mídias, num evento internacional.

Dias

2e3

Rio de Janeiro, RJ. 8ª edição. Regulamentação, desafios e perspectivas de mercado no único evento brasileiro sobre a indústria satelital, que atrai participantes de todo o continente.

EVENTO NOVO!

Dia

São Paulo, SP. Hotel Paulista Plaza Um olhar pioneiro sobre as implicações da crescente demanda de empresas pelo gerenciamento externo de sua infra-estrutura de TI e telecom.

Dias

São Paulo, SP. 4ª edição. Dois dias de debates sobre o amplo cenário das soluções, serviços e produtos móveis e seu impacto no aumento de produtividade empresarial.

25

Out 21e22

Nov

Dia

25 Dia

12

São Paulo, SP. 2ª edição. Os maiores especialistas do setor debatendo a implantação do acesso sem fio no Brasil: o potencial do mercado, as implicações políticas, os desafios tecnológicos, a regulamentação e as novas soluções.

Informações 0800 014 5022 info@convergecom.com.br

São Paulo, SP. 2ª edição. Abordagem aprofundada e perspectivas do segmento que mais recebe investimentos em tecnologia da informação: o das operadoras de telefonia.

Para patrocinar 11 3138.4623 comercial@convergecom.com.br

www.convergecom.com.br

São Paulo, SP. Hotel Paulista Plaza 2ª edição. O grande e cada vez mais emergente afluxo de consumidores e sua repercussão nas empresas num seminário de forte repercussão.


( evento)

Da redação

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O futuro bate à porta Congresso TV 2.0 debate as possibilidades das novas plataformas e o futuro dos modelos tradicionais de distribuição de vídeo.

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lém de uma mudança significativa na vida do usuário e da entrada de novos players no setor, as plataformas emergentes de distribuição podem impor mudanças significativas no mercado da comunicação e causar forte impacto nas empresas deste mercado. Esta é a conclusão de especialistas em novas mídias que apontaram o futuro do audiovisual com a chegada das novas mídias no Congresso TV 2.0, promovido por TELA VIVA nos dias 30 e 31 de outubro. Segundo Chris Deering, chairman do portal de distribuição de vídeo Jalipo, baseado na Inglaterra, “todas as mudanças na mídia, desde o cinema falado, acontecem por conta de uma ruptura tecnológica.” Para ele, se o mercado sobrevive ou não a esta mudança, tudo depende do valor de seu conteúdo ao usuário. “A ruptura na indústria musical cortou pela metade o valor deste mercado. Tínhamos que comprar 12 músicas mesmo que quiséssemos apenas cinco, o que não é mais necessário”, explica Deering. Uma boa amostra do potencial das novas mídias é a preocupação do maior grupo de comunicação brasileiro. A Globo já começa a “trazer a magia da internet e do celular para dentro da plataforma criativa e de produção de conteúdo que a Globo tem”, afirmou Juarez Queiroz, diretor do portal Globo.com e um dos responsáveis pelas estratégias de novas mídias da Globo. Segundo ele, o percentual de 95% do conteúdo produzido internamente que hoje vigora para a

TV aberta deve se manter nas novas tecnologias, embora haja dificuldade em encontrar as linguagens adequadas. “O que queremos (com a internet e o celular) é aumentar o envolvimento do telespectador com a nossa programação”, diz Queiroz. Em outras palavras, a Globo quer as novas mídias para fortalecer a programação da Globo, e não o inverso. “A grande preocupação é capturar a atenção das pessoas no mundo da Internet, onde a audiência é fragmentada. Estamos na fase de experimentar”, explica o executivo. Ao ser questionado sobre as razões pelas quais o Globo.com não disponibiliza os conteúdos exclusivos de esportes detidos pela Globo para acesso ao vivo na Internet, Queiroz explicou que existe uma preferência do usuário de assistir esses jogos nas opções tradicionais, quando elas estão disponíveis simultaneamente. “A audiência seria muito pequena”, disse o executivo, que explicou que existe um modelo de negócios da TV aberta e da TV paga (que vende os jogos em pay-perview) a ser preservado.

FOTOs: marcelo kahn

Para todos Não são apenas os “cachorros grandes” que podem brigar nestas novas

plataformas. Alguns conteúdos brasileiros já começam a fazer parte do acervo do primeiro serviço de video-on-demand por IPTV do Brasil, o Videon, da Brasil Telecom. Conforme apresentou Carlos Watanabe, diretor de operação móvel e desenvolvimento de negócios da tele, a operadora já tem contratos assinados com alguns dos grandes estúdios internacionais, programadoras de TV por assinatura, além de TV Cultura, Ministério da Educação e Lumiére. Para Watanabe, a IPTV abre uma nova janela para a produção independente. “Estamos conversando com estes produtores de conteúdo para podermos oferecer a quantidade mais variada possível de produtos”, disse o executivo da Brasil Telecom, apostando no conceito de long tail. Segundo ele, na IPTV não há limitação de espaço no line-up das operadoras e na grade das programadoras, já que o conteúdo é recebido pelo usuário por streaming. “Nossa limitação é o espaço disponível em nossos servidores”, explica. Dentro das novas plataformas, Deering, da Jalipo, aposta que deve haver um aumento de demanda por conteúdo long tail com exibição ao vivo. “Há mais de 10 milhões de fãs de vôlei na Europa, mas virtualmente nenhuma

“O vídeo pela Internet pode trabalhar com menos escala de público, criando novos mercados.” Chris Deering, da Jalipo

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transmissão comercial na televisão”, justificou. Já Juarez Queiroz, do Globo.com, diz que a teoria do “long tail” não tem encontrado comprovação na experiência da Globo. Segundo ele, apenas 5% do conteúdo do Globo. com gera 80% do total de acessos. “A grande dificuldade do modelo de cauda longa é o custo de armazenamento do conteúdo de baixo acesso. Isso vai acontecer, mas ainda precisamos encontrar uma maneira de viabilizar a infraestrutura”, explicou, citando o exemplo da necessidade de digitalização e armazenamento para web de novelas mais antigas, que também enfrentam a questão dos direitos de imagem que precisam ser renegociados. Queiroz apresentou alguns números importantes do que significa a Globo na internet hoje: já foram vistos mais de 481 milhões de vídeos no Globo.com de janeiro até setembro, sendo 40,5 milhões só em setembro (o site YouTube tem 120 milhões de vídeos assistidos por dia com 60% da audiência de vídeo em toda a web). O tempo que o internauta passa assistindo a vídeos na internet, na experiência da Globo, em média, não passa de 1 minuto e 33 segundos, com máximos de 15 minutos para programas na íntegra e 16 minutos para transmissões ao vivo. Durante a Copa, foram assistidos 12,5 milhões de vídeos, sendo que 2,4 milhões de pessoas assistiram a jogos ao vivo. O último “Big Brother” gerou 237 milhões de acessos a seus vídeos. Distribuição As plataformas IP não têm limites de players, como acontece com a radiodifusão (limitada pela disponibilidade freqüências em uma mesma praça) e a TV por assinatura por cabo, DTH ou MMDS, que têm capacidade limitada em seus lineups. Para Chris Deering, do Jalipo, a grande revolução dos modelos de

“O video-on-demand, quando disponível, vende oito vezes mais que o pay-per-view”

encontra a sua TV. Finalmente, para 14%, o motivo é a TV da casa estar “ocupada”. Em levantamento realizado nos usuários da Espanha (que somam cerca de 500 mil) foi constatado que 81,7% dos usuários são homens e 18,3% são mulheres, e a faixa etária predominante (37,2%) é aquela entre 25 e 34 anos. O serviço conta com 1,1 usuários nas áreas onde atua. O serviço faz a transmissão de canais de TV convencionais ao vivo pela Internet, sendo que o usuário deve instalar um player em seu computador. O Zattoo conta com duas grades de canais: a grade básica, que é gratuita e sustentada por publicidade; ou a premium, que é paga. Alan Sawyer, da consultoria canadense Two Solitudes, atentou para uma questão ainda não entrou em discussão no Brasil, mas que pode definir o futuro da TV 2.0. “A questão da neutralidade de redes pode ser um problema para alguns provedores de conteúdo”, disse Sawyer. Segundo ele, “o custo para se tornar um distribuidor de conteúdo na Internet pode ser baixo, mas pode haver uma briga a caminho”. Vale lembrar, a neutralidade de redes está em discussão nos EUA, onde os provedores de infra-estrutura de rede ameaçam cobrar de serviços da Internet, como o YouTube, por exemplo, pelo tráfego em suas redes.

Antonio Barreto, da DLA

distribuição de vídeo que usam a Internet é a possibilidade de trabalhar com menor escala de público. “Distribuir conteúdo por satélite tem um custo fixo, não importa para quantas pessoas esse conteúdo seja distribuído. Na Internet, o custo de distribuição é variável”, disse. Para o executivo, com as novas plataformas, os oligopólios de distribuição devem ser quebrados, abrindo oportunidades para novos players, como o próprio Jalipo. A empresa se apresenta como uma infraestrutura de distribuição, mas que não compra os direitos do conteúdo que distribuí. “O detentor vende seu conteúdo diretamente ao usuário, sem ter de ceder direitos para terceiros”, explicou. A Jalipo cobra 20% de comissão sobre o conteúdo comercializado em sua rede. Contudo, as novas formas de acesso ao usuário não devem acabar os as tecnologias atuais. É o que pensa Daniel Ilar, diretor do serviço de vídeo pela Internet Zattoo. Segundo ele, 80% a 90% dos usuários do serviço o utilizam de forma adicional à televisão. Ilar apresentou uma pesquisa sobre os hábitos dos usuários do Zattoo revelou que a 29% utilizam o serviço porque querem assistir TV enquanto fazem outras coisas com o computador. Ou seja, é um serviço complementar à TV paga, uma espécie de “TV paga no computador”. Para 22%, o motivo é não ter uma televisão, enquanto 18% afirmaram usar o Zattoo porque estão em um lugar diferente daquele onde se

Novas receitas Para as empresas que já atuam no mercado de comunicação eletrônica, as novas plataformas podem significar novas receitas. Para Antônio Barreto, CEO da Digital Latin America (DLA), o video-on-demand, modelo

“O que queremos com as novas mídias é aumentar o envolvimento do telespectador.” Juarez Queiroz, da Globo

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( evento) oferecido pela Brasil Telecom, é a conseqüência natural da evolução das redes digitais. Segundo ele, a modalidade de venda de conteúdo, assim como o pay-per-view, alavanca a plataforma de TV por assinatura. Segundo ele, o video-on-demand, quando disponível na rede de TV por assinatura, vende oito vezes mais que o pay-per-view. Para Deering, do Jalipo, a IPTV “está dirigindo a próxima onda de crescimento da banda larga para conteúdos de alta qualidade, com direitos controlados”. Segundo o executivo, a IPTV pode diminuir o churn da banda larga das redes de telecom, que representam, como mostrou, um mercado de 38 bilhões de libras no Reino Unido, contra um mercado de televisão de 11 bilhões de libras. “Veremos uma presença mais forte das operadoras de telecom neste mercado com o tempo”, disse. Mas ele ressaltou que as operadoras de IPTV estão apenas reproduzindo os modelos existentes de TV por assinatura. “Por enquanto, é apenas outra forma de entregar o conteúdo”. Além destes serviços, a mobilidade também é aposta, tanto dos radiodifusores quanto dos operadores de telecom. Juarez Queiroz, do Globo.com, diz acreditar que a TV digital móvel é o serviço que mais exigirá dos atuais produtores de conteúdo. “Isso nos obriga a pensar na forma de fazer televisão”, explicou. Ele aponta também o celular como a principal ferramenta de interação com a TV. “Hoje, 80% da nossa interatividade com a programação vem do celular, em programas como ‘Big Brother’, por exemplo”. A IBM também apontou suas apostas na tecnologia móvel “A killer application das operadoras (de telecomunicações) sempre foi voz”, disse Glauciene Bentes, da IBM. “Mas o transporte de dados deve ser a segunda onda”, destacou a executiva. Para a IBM, a TV móvel tem apelo para quase toda a base de

Marco Quatorze, da Claro: 500 mil dowloads por mês.

FOTOs: marcelo kahn

usuários da telefonia celular. “TV é massa, é todo mundo”, disse a executiva. Para ela, as operadoras têm duas grandes vantagens nesta modalidade de distribuição de conteúdo: conhecimento ímpar do usuário final e facilidade de billing. Segundo pesquisa da IBM, 59% dos brasileiros querem ter acesso à TV móvel, “como um serviço complementar à TV convencional”, explica Glauciene. Contudo, vale ressaltar, a apresentação da IBM não contemplou a transmissão aberta de TV para receptores móveis que deve começar em dezembro deste ano, com o início da TV digital. A pesquisa da IBM mostrou como deve ser o crescimento do mercado de TV móvel no mundo e como é o comportamento dos usuários nos países onde já existe este serviço. A expectativa é que este mercado movimente US$ 8,1 bilhões nos Estados Unidos até 2011, chegando a 125 milhões de usuários. Uma pesquisa em alguns países mostra que o usuário está disposto a pagar entre 5 euros (na Espanha) e 10 euros por mês (na Finlândia). A Ericsson também aposta nos conteúdos móveis nas redes das operadoras de celular. “O dispositivo móvel vai permitir a distribuição de mídia na conveniência do usuário – onde quiser e no tempo que quiser”, disse Jesper Rhodes, vice-presidente de produtos multimídia da Ericsson. Segundo o executivo, em dois anos, 10% do mercado brasileiro utilizará dispositivos com 3G, com potencial de crescimento exponencial a partir da queda do preço dos

“A questão da neutralidade das redes pode ser um problema para os provedores de conteúdo.”

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Alan Sawyer, da Two Sollitudes

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aparelhos celulares. Outra aplicação do celular, na opinião de Rhodes, é como coadjuvante da IPTV, como meio de interação com os programas. Ele pode ser usado quase como um novo controle remoto, permitindo que o telespectador envie comentários, participe de pesquisas, faça compras etc. Para a operadora Claro, o crescimento do vídeo no celular já é uma realidade mesmo antes do advento das redes 3G. A operadora, que começou sua oferta de conteúdo há três anos, já contabiliza 500 mil downloads por mês no portal Claro Idéias, apesar da limitação do número de usuários que acessam os serviços: apenas 1% da base da operadora tem recursos para streaming de vídeo. Marco Quatorze, diretor de serviços de valor agregado, lembra que a empresa começou com alguns clipes de músicas e making of de eventos e diversificou sua oferta para filmes curtos. O crescimento só é limitado pelos handsets. “Dos 110 milhões de usuários brasileiros de celulares, apenas 25% têm aparelhos com recursos para vídeo”, diz o executivo. Na Claro, 500 mil assinantes da base de telefones da operadora podem receber vídeo e a média de tempo de audiência no celular para conteúdos on demand é de 30 segundos. Outro serviço que cresce na Claro é o Idéias TV que conta com 3 mil assinantes e dez canais disponíveis entre eles a CNN, ESPN, Climatempo, Fashion TV e History Channel. Nesse serviço existem horários de pico em dias de trânsito ou de grandes tragédias, como a da queda do avião da TAM, em julho. O crescimento do serviço, segundo Quatorze, vai depender de uma maior oferta de conteúdo, queda do preço dos aparelhos e

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( evento) modernização da rede, com a 3G. Outro serviço que tem surpreendido a operadora pela receptividade do público é o Claro Videomaker em que os próprios assinantes enviam conteúdos de vídeo e são remunerados pela operadora. Em dois meses foram enviados 3 mil vídeos e realizados 150 mil downloads que custam R$ 1,10 para o usuário. “Um dos participantes do Videomaker chegou a ganhar R$ 1 mil, outro ganhou uma viagem a Londres por ter seu vídeo mais baixado naquela semana”, diz Quatorze. FOTOs: marcelo kahn

“Os anunciantes estão inquietos diante das novas opções, e insatisfeitos com os serviços recebidos.” Pedro Martins Silva, da Procter & Gamble

caso dos anunciantes, há ainda um descontentamento com as agências. “Os anunciantes estão inquietos diante das novas opções, conscientes da necessidade de comunicação integrada, e insatisfeitos com os serviços recebidos”. Ele acredita que tanto as agências tradicionais quanto as especializadas não estão completamente preparadas para enfrentar os novos desafios e que há espaço hoje no mercado para um player integrador. “As agências tradicionais estão inseguras quanto à remuneração de seus serviços e hoje não existe uma só agência que cuide de todos os canais de comunicação”, diz. “No entanto, as agências especializadas não conseguem a neutralidade desejada em relação aos meios”. Silva acredita que modelos como o de patrocínio de conteúdo são opções a serem expandidas nas novas plataformas. “É um modelo que liga o gerador de conteúdo diretamente ao patrocinador, sem necessariamente estar ligado ao distribuidor”, diz. “As agências não estão preparadas, os veículos também não e nem mesmo nós, anunciantes”, concluiu Silva.

Publicidade Em relação à publicidade, a conclusão é que os modelos de negócios aplicados hoje na televisão não podem ser os mesmos da TV 2.0. Para o diretor de relações externas da Procter & Gamble, Pedro Martins Silva, o modelo de remuneração das agências, baseado na compra de mídia e na bonificação de volume (conhecido como BV) é questionável. O diretor de novos negócios da NeogamaBBH, Maurício Mansur, afirmou que a prática do BV já permeia também os canais da Internet. “Os grandes portais já nos oferecem BV”, afirma o diretor. Silva lembra que para investir em uma mídia, é necessário apresentar métricas que comprovem o investimento. “É fundamental que não seja só a boa idéia, já que as empresas precisam prestar contas a seus acionistas”, afirma. O diretor da Procter & Gamble afirma que todos os players das novas plataformas estão inquietos e que nenhum deles sabe ao certo o que fazer. No

TV digital 1.0 Quando o assunto é interatividade na TV digital aberta, ainda não se sabe quais aplicações podem funcionar, qual deve ser a interface utilizada, e nem mesmo se o usuário quer interagir com a televisão. Por enquanto, a TV digital deve estrear com um modelo muito próximo da TV analógica, sem nenhuma das

“Os grandes portais já começam a trabalhar com BV.” Mauricio Mansur, da Neogama BBH

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características da TV 2.0. Carlos Ferraz, do CESAR, ressaltou que o espectador de TV e os usuários de PC têm expectativas muito diferentes quanto à interatividade. “Existem serviços, como o Internet banking, que talvez não funcionem bem na televisão, já que é um momento de menos privacidade, no qual a família toda está reunida na sala de estar”, exemplifica. Ele apresentou as conclusões de uma pesquisa realizada na Escócia, em 2005, que indicava, entre outros resultados, que os serviços interativos não podem competir com funções normalmente executadas no PC e têm de ser simples e claros. Além disso, ressaltou que são os mais interessados que tendem a interagir com um programa, não necessariamente os mais jovens. A pesquisa indicou ainda que os problemas apontados estavam centrados basicamente em facilidade de uso e confiabilidade, com 63% do entrevistados que acharam os serviços interativos difíceis de usar, e 51% que acharam que os serviços simplesmente não funcionavam. “Podemos concluir que é preciso ter muita criatividade na definição de serviços interativos”, diz Ferraz. A dificuldade na realização e no acerto dos serviços interativos pôde ser constatada pela operadora de TV por assinatura Sky, que já testou alguns modelos em sua operação digital. Segundo Cláudio Zylberman, da Sky, aplicativos como home-banking para a TV e a utilização de teclado de computador para acesso a serviços como e-mail, foram tentativas que tomaram muito investimento e que não foram bem aceitas pelos usuários, tendo de ser canceladas. “O que fizemos mais próximo da Internet deu errado. Multi-câmera, enhanced TV e todos os outros aplicativos de televisão deram certo”, afirma.


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(audiência - TV paga) HBO conquista seis posições

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anos, o alcance diário médio dos canais também foi o menor do ano: 46,6%, ou 475 mil indivíduos, de um universo de 1.019.700. Nas mesmas praças mencionadas acima, o canal com maior alcance entre o público infantojuvenil foi o Cartoon Network, com 16,2% do alcance diário médio, ou 165 mil indivíduos, e tempo médio de audiência de 59 minutos. Em seguida no ranking aparecem Nickelodeon, Multishow, Discovery Kids e Disney Channel. O tempo médio diário de audiência do total de canais em setembro (tanto entre o público adulto quanto o infantil) foi de uma hora e 58 minutos.

Foto: divulgação

om filmes como “Superman – O Retorno” e “Instinto Selvagem 2” e a estréia da segunda temporada de “Big Love”, o canal HBO subiu seis posições do ranking dos canais de TV paga com maior alcance entre o público adulto. Passou do 17° lugar em agosto para o 11° em setembro. É a primeira vez no ano que o HBO ocupa essa posição, tendo a sua melhor colocação anteriormente em fevereiro, quando ocupou o 15° lugar. O canal registrou 5,9% de alcance diário médio, ou 290 mil indivíduos, e tempo médio diário de 24 minutos. Setembro foi o mês com o menor alcance diário médio no total dos canais de TV paga este ano, com 47,4%, ou 2,346 milhões de indivíduos (de um total de 4.946.300). O levantamento do Ibope Mídia considera as praças Grande São Paulo, Grande Rio de

“Superman – O Retorno”: destaque na programação de setembro do canal.

Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Distrito Federal. Nesses locais, o canal mais assistido foi o TNT, com 12% de alcance diário médio, seguido de Multishow, SporTV, Globo News e Discovery Channel. No ranking do público entre 4 e 17

(Daniele Frederico)

Alcance e Tempo Médio Diário

Total canais pagos TNT Multishow SporTV Globo News Discovery Universal Channel Fox AXN Warner Channel Cartoon Network HBO GNT National Geographic Telecine Premium Discovery Kids Sony Telecine Pipoca SporTV 2 ESPN Brasil People & Arts

De 4 a 17 anos*

(Das 6h às 5h59)

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo Médio 47,4 2.346 1:58:29 12,0 591 0:24:00 9,8 484 0:17:13 8,8 433 0:39:03 8,6 423 0:32:02 8,2 407 0:20:22 8,1 400 0:30:05 7,8 383 0:23:17 7,6 374 0:21:46 7,3 363 0:25:14 6,5 319 0:31:24 5,9 290 0:24:50 5,8 287 0:20:59 5,6 276 0:12:08 5,6 276 0:26:28 5,5 271 0:51:41 5,3 263 0:22:14 5,1 252 0:25:57 4,8 236 0:22:02 4,6 229 0:24:21 4,6 225 0:16:22

Universo 4.946.300 indivíduos

Total canais pagos Cartoon Network Nickelodeon Multishow Discovery Kids Disney Channel TNT Jetix Boomerang SporTV Fox Telecine Pipoca Discovery Warner Channel Universal Channel AXN HBO Telecine Premium ESPN Brasil Animal Planet National Geographic Universo 1.019.700 indivíduos

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(Das 6h às 5h59)

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo Médio 46,6 475 1:58:09 16,2 165 0:59:09 10,4 106 0:38:22 10,3 104 0:20:04 10,2 104 1:04:36 7,9 80 0:52:47 7,4 75 0:25:44 6,6 67 0:36:14 6,4 65 0:36:11 5,9 60 0:29:00 5,7 58 0:25:58 4,6 47 0:23:20 4,6 46 0:16:36 4,4 45 0:18:19 4,2 42 0:19:56 4,0 41 0:23:17 4,0 41 0:16:28 3,9 40 0:22:30 3,8 39 0:21:31 3,7 38 0:19:43 3,1 31 0:14:30

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Fonte: IBOPE Telereport – Tabela Minuto a Minuto – Setembro/2007

Acima de 18 anos*


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Edição

Brasília, 19 de fevereiro. O principal encontro sobre as tendências políticas e regulatórias do setor.

UM EVENTO QUE É REFERÊNCIA PARA QUEM PLANEJA ESTRATÉGIAS, ESTÁ ATENTO À COMPETIÇÃO E FIGURA ENTRE O SELETO GRUPO QUE ANTECIPA OS RUMOS DO SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL. CERCA DE 300 AUTORIDADES, ACADÊMICOS, CONSULTORES, ADVOGADOS E PRESIDENTES DE OPERADORAS DE TELECOM, BROADCASTERS, CANAIS E PROGRAMADORES DE CONTEÚDO, FORNECEDORES E INTEGRADORAS, REUNIDOS EM DISCUSSÕES ALTAMENTE PRODUTIVAS E DE GRANDE REPERCUSSÃO ENTRE OS AGENTES REGULADORES.

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Antecipando tendências. Discutindo regulamentações. Falando com quem decide. PROMOÇÃO

ORGANIZAÇÃO E VENDAS


( tv por assinatura )

Samuel Possebon

s a m u c a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Mantendo território Crescimento recorde das principais empresas de TV por assinatura e desempenho modesto da Telefônica mostra que a disputa pelo assinante de TV ainda pende para o lado de quem tem experiência.

O

tema predominante em 2007 no mercado de TV por assinatura foi a entrada das empresas de telecomunicações neste setor. Debates regulatórios, políticos, as grandes negociações entre empresas... tudo de alguma forma passou por isso. Mas o maior feito da indústria de TV paga vem dela mesma: uma expansão da base de assinantes e resultados das empresas como ainda não havia se visto nessa década, e a consolidação definitiva do setor de TV por assinatura na oferta de serviços de telecomunicações. O maior exemplo disso é a principal operadora do país, a Net Serviços. A empresa fechou o terceiro trimestre do ano com um total de 2,4 milhões de assinantes de TV por assinatura, contra 2,3 milhões no trimestre anterior e contra 2,05 milhões no terceiro trimestre de 2006. Isso significa um crescimento de 4% no trimestre ou 17% no período de um ano. A base de assinantes do serviço digital conectados chegou a 419 mil, contra 322 mil no trimestre anterior e 135 mil no terceiro trimestre de 2006 (crescimento de 210% em um ano, portanto). Seriam números impressionantes, se não viessem acompanhados de um outro ainda mais expressivo: o crescimento da banda larga. A Net chegou a 1,288 milhão de clientes com Internet em alta velocidade conectados no final do terceiro trimestre deste ano, contra 1,120 milhão no trimestre anterior (crescimento de 15%), ou 751 mil no terceiro trimestre de 2006 (crescimento de 71%). Isso significa

dizer que metade dos assinantes da Net, ou mais precisamente 53%, usam a operadora como provedora de serviço de dados. E como a base do serviço de Internet serve para os serviços de telefonia, é daí que vem outro dado significativo: o Net Fone via Embratel chegou a 469 mil clientes, comparada a 354 mil no trimestre anterior. A Net já é hoje a terceira maior empresa competitiva de telefonia do país em número de clientes, e torna-se a segunda se os seus acessos de telefonia forem somados aos que a Embratel (acionista da Net) tem também. Vale lembrar ainda que a Net cresce muito mais no serviço de banda larga, em números não só relativos como também absolutos: no serviço de TV paga, a Net teve 98 mil adições líquidas, contra 168 mil registradas no mesmo período no serviço de Internet. Francisco Valim, CEO da operadora, diz não acreditar que as vendas de banda larga estejam próximas de um ponto de saturação. “Em números absolutos, vamos continuar vendendo nos patamares atuais”.

FOTO: ARQUIVO

Mercado em expansão Mas a Net não é a única a crescer no mercado, avançando sobre a seara das telecomunicações. Mais do que isso, ela parece estar alinhada com um momento

geral da indústria de TV por assinatura. O presidente da Sky no Brasil, Luiz Eduardo Baptista (Bap), operadora que não tem banda larga e não tem serviço de voz próprio, comemora o crescimento no ano. “Nunca crescemos tanto e nunca tivemos um churn (desligamento) tão baixo, ainda mais se considerarmos que estamos vendendo ‘só’ TV por assinatura”, diz o executivo, ironizando o fato de os operadores de cabo venderem pacotes combinados de TV com banda larga e voz. Bap diz que chega ao final do ano com um crescimento acima de 12% e uma base de 1,63 milhão de clientes, o que mantém a Sky como a segunda maior operadora de TV paga do Brasil. Mas vale lembrar que também a Sky se beneficia do conceito de venda combinada de TV paga, serviços de telefonia e Internet em banda larga. Parte significativa das vendas da operadora vem de operações conjuntas feitas com a Telemar e com a Brasil Telecom, em uma ação de marketing combinada. Até mesmo a TVA, que tem uma rede de acesso mais limitada do que a da Net, não pode reclamar. A operadora chegou a uma base total de 370 mil assinantes de TV paga e 75 mil de banda larga (crescimento de 21% nos nove primeiros meses do ano). Na cidade de São Paulo, a TVA tem 260 mil assinantes ante 211 mil no começo do ano, o que significa um

“Em números absolutos, vamos continuar vendendo banda larga nos patamares atuais” Francisco Valim, da Net Serviços

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ASSINANTES NET SERVIÇOS 2,4 2,3 Em milhões

crescimento de 23%. Aliás, para a TVA o ano foi excelente também em outro sentido: vendeu uma parte de seu capital para o grupo Telefônica pela “pequena” quantia de R$ 922 milhões, e ainda abriu espaço para que a Abril começasse a vender alguns canais de produção própria. Assim como a Sky, a TVA teve a ajuda de uma oferta combinada com a Telefônica. Assim, a operadora, na cidade de São Paulo, pôde oferecer serviço de banda larga mesmo onde não tinha rede de cabos. A alternativa nesses casos foi fazer o empacotamento junto com o serviço Speedy, da tele. O resultado foi um aumento expressivo nas vendas. Estes resultados da indústria se revertem em resultados financeiros igualmente expressivos: a receita bruta da Net Serviços no terceiro trimestre foi de R$ 967,9 milhões, o que significa 28,8% a mais do que no mesmo período de 2006. No segundo trimestre deste ano, a receita bruta havia sido de R$ 906 milhões. Já a receita líquida totalizou R$ 744,5 milhões no terceiro trimestre, contra R$ 545,8 milhões no segundo trimestre deste ano. Tudo isso graças a uma equação que inclui a venda de vários produtos para o mesmo assinante, e que gera uma receita média por cada usuário da

2,2 2,1

2,3

2 1,9

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2,05

1,8 3º trimestre 2006

2º trimestre 2007

operadora na casa dos R$ 128. Surpreendentemente, a empresa que registrou resultado menos significativo no segmento foi a Telefônica, que este ano passou a explorar o mercado de TV paga com uma licença própria de DTH. Essa licença, na verdade, acabou complicando as variáveis, pois tornou muito mais complexa a forma de venda da Telefônica, que ao mesmo tempo tinha a parceria com outra operadora de DTH, a DTHi, e a TVA em seu portfólio. Com isso, as vendas, que passaram os 140 mil usuários no primeiro semestre, se estagnaram desde então. Com uma oferta complexa, em que o assinante tem opções de TV por assinatura com empacotamentos e canais diferentes, a venda ficou mais lenta.

3º trimestre 2007

Fonte: operadora

Por exemplo: se vende um pacote de TV por assinatura por meio do seu DTH, a Telefônica pode oferecer os canais da Globosat. Mas se vende um pacote de TV paga com a TVA, o mesmo não acontece. Outro fator que contribuiu para a perda de ritmo da Telefônica foi o fim de uma agressiva política de subsídios praticada nos primeiros meses da parceria com a DTHi. A expectativa é sobre como será a política e o desempenho da empresa a partir de 2008, passada a fase de aprendizado com o mercado de TV paga. Por enquanto, as empresas que já estão nesse mercado estão em vantagem.


( programação) Daniele Frederico, de Silver Spring*

d a n i e l e @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Foco internacional e em novas mídias Discovery aposta as suas fichas na distribuição internacional e no aproveitamento do conteúdo em novas mídias; presença no celular e na Internet são destaque no mercado brasileiro.

Q

ressaltou que a sua intenção é que, em dois anos, 50% do faturamento venha de fora dos Estados Unidos. “Queremos ter mais pessoas de vendas e conteúdo local no mercado internacional”, afirma. Hoje, segundo a empresa, os canais Discovery na América Latina tem 20% de sua programação constituída de produções locais. Das grandes programadoras, a Discovery é uma das que menos utiliza mecanismos como o Artigo 39, que incentiva a produção local. No balanço do terceiro trimestre do ano, o faturamento da Discovery Communications cresceu 6%, chegando a US$ 745 milhões. O faturamento do segmento internacional cresceu 11%, chegando a US$ 259 milhões, sendo que o faturamento com publicidade cresceu 19%, enquanto o crescimento com distribuição foi de 6%. FOTOs: divulgação

uando o mercado interno já atingiu a maturidade, está na hora de focar em novos produtos e serviços e expandir os negócios em mercados internacionais. Essa tem sido a idéia dominante nas ações do CEO do Discovery Communications, David Zaslav, que assumiu o comando da empresa em janeiro deste ano. Durante evento que reuniu a imprensa mundial na sede do Discovery, em Silver Spring, nos Estados Unidos, o CEO e os principais executivos ressaltaram a importância de explorar mercados em crescimento, como o da América Latina. “Hoje há uma distribuição internacional significante. No caso do continente latino-americano, há um crescimento no número de assinantes, na receita publicitária e no valor da assinatura”, afirma Zaslav. A região registrou um aumento de assinantes de 75 milhões em 2005 para 100 milhões em 2007, se considerados os assinantes dos nove canais do grupo presentes na América Latina. “A distribuição internacional cresceu 70% nos últimos três anos, com destaque para Europa Oriental, América Latina e Ásia. Foi dessa distribuição que saiu cerca de um terço do faturamento da companhia em 2006”, afirma o presidente e CEO da Discovery Networks International, Gregory Ricca. O CEO Zaslav ainda

Conteúdo migra para outras mídias Além da expansão para mercados emergentes, a companhia aposta também nas novas mídias para distribuir especialmente o conteúdo de sua “biblioteca” que soma mais de cem mil horas. “Por sermos donos da maior parte do nosso conteúdo, podemos oferecer os programas tanto na TV quanto na Internet, no DVD, em VOD e outros”, afirma o presidente de

“A distribuição internacional cresceu 70% nos últimos três anos. Dessa distribuição saiu um terço do faturamento da companhia em 2006.” Gregory Ricca

negócios e operações mundiais, Mark Hollinger. A estratégia da companhia para as novas mídias conta com três frentes: a expansão dos sites dos canais, para se tornarem sites de conteúdo, não apenas dos próprios shows; distribuição do conteúdo em portais, em formato de clipes; e ações relacionadas ao portal How Stuff Works, adquirido pela Discovery Communications por US$ 250 milhões em outubro. O portal de conhecimento – uma espécie de enciclopédia ilustrada – deve ter, em breve, vídeos dos canais Discovery como parte do conteúdo. No Brasil, há uma versão em português para o site, através do portal UOL. A Discovery é sócia minoritária no negócio brasileiro. Quando o assunto é oferecer conteúdo na íntegra pela Internet, porém, os planos ainda não são claros. Segundo o presidente de mídia digital, redes emergentes e desenvolvimento corporativo, Bruce

“A América Latina apresenta um crescimento no número de assinantes, na receita publicitária e no valor da assinatura.” David Zaslav

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Campbell, existem alguns episódios de programas disponíveis para streaming, mas somente como uma experiência. “Queremos trabalhar em parceria com os operadores e disponibilizar serviços que aumentem o valor dos canais”, diz. Ele ainda afirma que não acredita que o formato download-to-own (no qual os usuários baixam os vídeos para o computador e permanecem com eles) tenha potencial. “O modelo de negócios está evoluindo para o VOD. Para a banda larga, aposto no modelo de publicidade”, afirma. Enquanto isso, no Brasil... A chegada do novo CEO David Zaslav em janeiro teve reflexos na América Latina e especialmente no Brasil. No mesmo mês, foi criado o cargo de gerente geral para a programadora no País, ocupado por Fernando Medin. Além de vendas e publicidade (que já eram realizados localmente) a nova sede, localizada em São Paulo, passou a ter distribuição, programação, licenciamento de produtos (sob o comando de André Bogsan, como gerente de Publicações e Home Video) e novas mídias – os dois últimos funcionando como centrais para toda a América Latina. O departamento de novas mídias, comandado por Peter Rodrigues, tem

No segmento de videoon-demand, há conteúdo disponível no portal Terra, com um título novo por mês. Ainda na Internet, os episódios mais recentes da série “The Tudors”, do canal People & Arts, podem ser assistidos na íntegra por streaming. “Estamos oferecendo este serviço para testar o sistema de ‘catch up’, ou seja, para que as pessoas possam assistir ao episódio daquela semana que perderam”, diz Medin. “Isso pode até se tornar um negócio, baseado em publicidade. É algo em que temos pensado”. Na distribuição dos canais, Medin acredita que exista espaço para expandir, já que o mercado como um todo está crescendo. Um dos principais motivos para esse crescimento é a entrada das operadoras de telecomunicações no mercado (os canais Discovery estão na operação DTHi, da Telefonica). Há ainda 20 novos programas sendo produzidos na América Latina, sendo que destes, oito tem o Brasil como tema e três são produzidos aqui – com as produtoras Mixer, Rex e TV Pingüim.

Fernando Medin, gerente geral da Discovery no Brasil: departamentos novos e conteúdo para celular e Internet.

trabalhado de maneira bastante próxima das operadoras de telefonia celular: a programadora tem parceria com Claro, Brasil Telecom, Vivo e CTBC para oferecer downloads de vídeos, imagens e ringtones dos canais. Para este ano, eles também disponibilizam conteúdo do Discovery Channel e do Discovery Kids para as TVs móveis da Oi e da Claro. Até o momento, são mais de 50 mobisodes – programas que duram de cinco a dez minutos – produzidos na sede da Discovery para a América Latina, em Miami, a partir de programas como “No Reino dos Suricatos”, “American Chopper” e “Caçadores de Mitos”.

Tudo verde A Discovery Communications prepara para o início de 2008 um novo canal com programação dedicada exclusivamente ao meio-ambiente, o Planet Green. O canal não será lançado na América Latina, em um primeiro momento, mas haverá um bloco de programação dedicado ao “estilo de vida verde”, chamado “Descubra o Verde”. Além do canal, a companhia adquiriu o site Treehugger.com, como parte de sua iniciativa para promover o estilo de vida ecologicamente correto.

*A jornalista viajou a convite da Discovery.

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( artigo) Mário Sérgio Rocha Gordilho Jr.*

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TV Brasil: rationale econômica e controle social

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FOTO: divulgação

endo como pano de fundo a crescente convergência dos diversos meios de comunicação e o lançamento da TV digital terrestre em dezembro deste ano, tivemos, no mês passado, a definição do novo modelo de TV pública para o país, com a edição da Medida Provisória n° 398 e do Decreto n° 6.246, criando a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Muito foi discutido a respeito desse novo modelo, principalmente após a realização do I Fórum Nacional de TVs Públicas e, um pouco antes, com a formação de diversos grupos de trabalho, reunindo, em ambos, diversos stakeholders dessa política, tanto do governo quanto da sociedade, visando colher subsídios para a criação de uma rede pública de radiodifusão que contemplasse uma visão mais ampla, que nascesse já legitimada pelo suporte de todos os envolvidos. E a EBC, ou TV Brasil, como ficou conhecida, entra em um mercado economicamente relevante para o país, além de bastante consolidado, com a imensa força da TV aberta frente às outras mídias. O mercado mundial de mídia se encontra em uma fase de sólido crescimento, devendo crescer a uma taxa anual de 6,6 %, atingindo US$ 1,8 trilhão em 2010. Na América Latina, a previsão de crescimento é ainda maior, na faixa de 8,5%, devendo chegar a US$ 60 bilhões em 2010. No Brasil, no segundo trimestre de 2007, o sub-setor “Sistema de Informação”, no qual se insere a indústria de radiodifusão, obteve um expressivo crescimento de 7,5% em relação ao segundo trimestre de 2006.

*Assessor técnico da Coordenação Geral de Comunicação e Mídia da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. Esta é a opinião pessoal do autor e não reflete, necessariamente, a opinião da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.

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Além da importância econômica da TV aberta no país, há que se considerar o relevante papel social a ser desempenhado por uma TV pública “puro sangue”, ou seja, independente tanto do mercado (caso das TVs comerciais) quanto dos governos (caso das TVs estatais). Aliás, essa independência é a principal bandeira empunhada pelos defensores da presença do Estado no mercado de radiodifusão. Outras bandeiras não menos relevantes residem na qualidade da programação, que privilegie o público não somente como consumidor, mas, sobretudo, como cidadão, objetivando sua emancipação; e também o fomento de outros mercados, principalmente o de produção independente e regional, mostrando todos os “Brasis” a um Brasil infelizmente pouco acostumado a essa diversidade. Há, ainda, outras características desejáveis em uma TV pública: universalidade (a TV pública deve ser acessível a toda a população, tanto em termos de linguagem quanto de tecnologia); imparcialidade de programas; e preocupação com cultura e identidade nacional (criar um senso, nos telespectadores, de identidade nacional, fomentando sua participação nas decisões públicas). Ronald Coase, um dos economistas que mais contribuíram para o desenvolvimento da “economia da mídia” como uma sub-disciplina dentro da Economia, afirmou que


“ninguém pode argumentar que está ofertando ao público o que este deseja, ao menos que o público conheça todo o leque de possibilidades que a televisão pode oferecer e, a partir desse “cardápio de opções”, escolher o que ele quer assistir. Pois uma escolha somente é livre se o campo de opções não for desnecessariamente restringido...o que o público quer e o que ele tem o direito de obter é a liberdade de escolher considerando o maior leque possível de opções de programação. Menos do que isso é privação”. Coase, naquela ocasião, afirmou que há falhas de mercado na TV comercial, financiada via comercialização de espaço publicitário, havendo rationale para políticas públicas que visem aumentar a qualidade e a diversidade da programação. Todavia, será que ainda há rationale econômica que justifique essa intervenção? A resposta é sim. O mercado de radiodifusão, além da sua indiscutível relevância social, é marcado por diversas falhas de mercado que levam a uma alocação ineficiente de recursos, reduzindo o bem-estar social. Essas falhas são, principalmente, a presença de externalidades (positivas e negativas); a sua característica de bem público; a tendência ao monopólio; e a assimetria de informação característica do setor. Tudo isso em uma indústria marcada pela escassez do seu principal insumo, o espectro radioelétrico. Os objetivos dessa intervenção devem assegurar que o telespectador-cidadão receba da TV pública programas que gerem externalidades positivas (e os afastem das negativas, tão difundidas pela programação das TVs comerciais, na eterna luta por audiência de massa – traduzida em lucro), que sejam bens meritórios, com maior valor social e que, em geral, minimizem ou mesmo neutralizem as falhas citadas acima.

Entretanto, destaque-se que essa intervenção estatal deve satisfazer certos critérios. Um dos principais é a busca pela efetividade dessa política, ou seja, uma quantidade considerável de pessoas deve assistir à programação da TV pública (não confundir com busca desenfreada por audiência, emulando a TV comercial; este não é seu papel!) e, sobretudo, ser afetada por essa. Além disso, os custos dessa política, inclusive eventuais distorções no mercado de radiodifusão, devem ser compensados por seus benefícios. Focando na efetividade dessa política, a palavra de ordem utilizada em todo o mundo para uma boa TV pública é “accountability”. A sua independência dos governos e das pressões do mercado deriva da sua capacidade de ser, constantemente, cobrada pelo seu público, seu financiador, e de dar algo valioso em troca. Para isso, em primeiro lugar, é necessária transparência total de seus atos. Em segundo lugar, é imperiosa a

Para isso, seria válida a construção de uma série de indicadores, visando ao monitoramento e avaliação dessa política. Entretanto, há que se considerar também as várias implicações relacionadas à TV pública, o seu caráter multidimensional, para que o desenho do monitoramento e da avaliação dessa política seja realizado da forma mais correta e funcional possível. Assim, essa estrutura de controle social deveria ser construída tal como a própria concepção da TV Brasil, reunindo seus diversos atores como, por exemplo, suas diretorias e conselhos, especialistas do governo em monitoramento e avaliação de políticas (Ipea, TCU, Casa Civil etc.), entidades civis ligadas ao setor, dentre outros. O controle social da política de radiodifusão pública é um valor que, incontestavelmente, deve estar presente no debate atual.

o mercado de radiodifusão é marcado por falhas que levam a uma alocação ineficiente de recursos. construção de uma boa estrutura de governança corporativa, de modo que o interesse público sempre esteja colocado em destaque. A CBC (Canadá) e a BBC (Reino Unido) são bons exemplos de estruturas de governança corporativa desenhadas com o propósito de garantir um alto grau de “accountability” e participação da sociedade nas suas administrações. Apesar da politização presente em qualquer discussão sobre como deveria se realizar o controle social das TVs públicas, não resta dúvidas de que há interesse público em se exercer o melhor controle possível, haja vista, sobretudo, o caráter público do financiamento dessa política. É salutar à sociedade, e dever do administrador público, buscar sempre a efetividade dos gastos públicos, ponderar os custos com os benefícios gerados, analisar o custo de oportunidade de suas políticas.

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O momento ideal para se iniciar esse controle, entretanto, deve ser debatido entre os atores envolvidos, haja vista a necessidade de um tempo de maturação para que a TV Brasil, primeiramente, torne-se conhecida dos brasileiros para, após, poder ser avaliada quanto à sua eficácia, eficiência e efetividade. Contudo, deve-se ter em mente que esse controle social, acima de tudo, servirá para legitimar cada vez mais a TV Brasil, que poderá utilizar os resultados das avaliações para eventuais correções de rumo, criando, assim, um círculo virtuoso que, todos nós esperamos, reverta-se, nesse novo cenário digital que se inicia, em uma maior democratização das comunicações no Brasil.

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( cinema )

Letícia Cordeiro

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Produção sustentável Abepc estrutura carteira de produção com roteiros de baixo orçamento para fomentar indústria nacional e fazer a conta “fechar”.

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investimento”, diz Moreno. O projeto prevê a formação de grupos de dez produtoras para a realização de um filme de até R$ 1 milhão por produtora ao ano; a industrialização da produção para aproveitamento de mão-de-obra, insumos e serviços em escala anual e descontos significativos; e a captação de recursos de forma conjunta, embora os projetos audiovisuais sejam individuais. Entre os benefícios da carteira de produção estão a otimização do uso de equipamentos e insumos comuns, economias de escala de canais de distribuição e redução do risco dos negócios. Moreno explica que “com fornecedores e parceiros fidelizados, os custos de produção serão reduzidos de 50% a 70% e assim será possível realizar produções de qualidade com orçamentos individuais de apenas R$ 1 milhão”. A execução O primeiro grupo que está sendo formado inclui as produtoras FAM Filmes, Casa de Cinema, Araçá Azul, Design Produções, Leão Filmes, Andrade Produções, Santo Filme, Amílcar Produções, Penna Produções e Raiz Produções, e a idéia é que os dez projetos escolhidos resultem em diferentes produtos para os investidores. “Não priorizaremos apenas longas para exibição em salas de cinema. Podem não ser a primeira janela. Há um mercado que podemos atingir como o de filmes para a TV ou homevideo”, detalha o vice-presidente da Abepc. A associação iniciou as primeiras conversas com as distribuidoras para identificar as principais demandas e, com base nisso os

“Não priorizaremos apenas longas para exibição em cinema” Jorge Moreno, da Abepc

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dez primeiros projetos devem ser escolhidos até o final do ano. A produção será regionalizada (as produtoras do grupo são da BA, MG, SC, SP e RJ), e prevê ainda 15% do faturamento para reinvestimento na carteira de produção. Na segunda quinzena de outubro foi realizada a primeira reunião da Abepc com a Ancine e o setor de desenvolvimento industrial para discutir as questões legais da formação dos grupos de produtoras. O formato havia sido desenhado inicialmente como uma joint venture entre as dez produtoras, mas talvez não seja legalmente viável. Não está descartada a possibilidade de que os projetos sejam apresentados individualmente para captação de cada uma das produtoras e que a associação se dê na execução. Essa questão deve ser resolvida também até o final de 2007. A fase seguinte será a captação de recursos. A estimativa é de que sejam captados até R$ 6,6 milhões através da Lei do Audiovisual e outros R$ 1,5 milhão com o Artigo 3º, além de recursos próprios das produtoras, sejam de co-produção com fornecedores ou através do Procult do BNDES. “Acredito que até a metade de 2008 daremos início ao processo das 52 semanas de filmagem desta primeira carteira”, estima Moreno. Segundo ele, depois que esta primeira carteira estiver formatada e em execução, a Abepc partirá para a criação de carteiras específicas para a produção de documentários, para animações, para homevideo etc. FOTO: DIVULGAÇÃO

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m estudo realizado pelo IPT demonstrou que quase a totalidade das produções nacionais não consegue apresentar lucro. Mesmo filmes que apresentam uma bilheteria competitiva ficam no vermelho, porque o tamanho da produção acaba sendo muito maior do que o número de ingressos que o parque exibidor brasileiro consegue atingir. De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Cinema (Abepc), Jorge Moreno, “o circuito exibidor é pequeno, e a colocação de produtos nacionais depende do interesse das grandes companhias, apoiadas por um esquema de mídia com bom recall”. Em 2005, apenas sete dos 42 filmes lançados superaram 300 mil ingressos vendidos, 11 produções superaram os 100 mil expectadores e somente um, “Dois Filhos de Francisco”, conseguiu superar o valor captado. Já em 2006, embora o número de filmes lançados tenha aumentado para 70, a situação não melhorou. Novamente apenas um filme, “Se Eu Fosse Você”, superou o valor captado, nove tiveram mais de 300 mil ingressos vendidos e 12 foram vistos por mais de 100 mil expectadores. “O valor investido está fora dos parâmetros para se conseguir uma produção sustentável”, avalia Moreno, que é diretor da FAM Filmes. Para fomentar a indústria nacional, a Abepc está estruturando um projeto de carteira de produção para execução de dez roteiros de baixo valor por ano. “Estamos trabalhando em cima de um formato economicamente mais adequado para o setor para criar condições sustentáveis de


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FotoS: divulgação

(upgrade )

Encoder para VOD

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oluções para as plataformas IPTV começam a ganhar destaque. A Digital Rapids lançou uma plataforma para codificação H.264 visando a distribuição de Video on Demand (VOD) em redes IP: a StreamZ. Com o módulo Studio AVC Encoder é possível adicionar ferramentas como inclusão de closed caption e multiplexação do stream.A plataforma StreamZ combina ainda hardware para captura de áudio e video e pré-processamento do conteúdo para uso com a interface em software.

Studio AVC Encoder: H.264 em redes IP.

Viagem no tempo

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Splitter da Gefen adotará HDMI 1.3.

rafegar conteúdo HD em um ambiente de trabalho agora pode superar a transferência em tempo real. A Thomson, em parceria com a Pathfire, desenvolveu uma solução para trafegar o conteúdo em velocidades superiores ao tempo real (cinco a dez vezes mais rápido) em servidores Grass Valley K2. Trata-se do software Capture Service, que manipula o conteúdo HD na rede como arquivos de dados. Para usufruir do benefício, basta fazer o upgrade (de software) dos servidores. A solução suporta a transferência de conteúdo SD e HD. Com o upgrade via software, não é mais necessário usar soluções de terceiros, que exigem um segundo servidor para fazer a transcodificação do conteúdo para as redes de dados, o que garante uma velocidade de tráfego de cerca de metade do tempo real.

HDMI renovado

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formato HDMI 1.3 será adotado pela Gefen em quatro de seus produtos. As próximas gerações de seus switchers HDMI 3x1 e 4x1 passarão a suportar o novo formato. Ambos apresentam a possibilidade de conectar respectivamente três ou quatro fontes de áudio/vídeo a um único monitor, com integração plug and play. Com um controle remoto ou o painel frontal, o usuário pode selecionar qual fonte de vídeo quer visualizar. O equipamento suporta resoluções 1080p e áudio multicanal. O novo formato HDMI será adotado ainda pelos splitters 1:4 e 2:4. Os equipamentos permitem conectar uma única fonte de vídeo a quatro monitores, ou duas fontes de vídeo a quatro monitores, respectivamente. No segundo modelo, é possível definir qual das duas fontes vai para quais monitores. Ambos contam com resolução de até 1080p.

Conversor HD

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Harris apresentou neste mês de novembro o conversor HDTV XHD-3903 para sua plataforma modular Neo. Trata-se, segundo a fabricante, do primeiro conversor existente com processamento e capacidade de conversão de 3 Gb por segundo para os formatos 1080p com 50 e 59.94 quadros por segundo, podendo trabalhar com seu roteador que suporta esta mesma quantidade de banda. O equipamento conta com diferentes configurações, podendo fazer

Conversor HDTV para redes a 3 Gb por segundo.

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up e down conversion, conversão de aspecto para SD e HD, e conversão entre variantes de HD. Opcionalmente, o equipamento conta ainda com conversor de áudio que suporta áudio multicanal (até oito) AES. Conta ainda com decodificação e codificação Dolby embutidas.



( agenda ) NOVEMBRO

FEVEREIRO

ABRIL

20 a 27 Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Brasília, DF.

7 a 17 Festival Internacional de Berlim,

5 e 6 MipDoc, Carlton Hotel,

Berlim, Alemanha. Tel.: (49-30) 259-200. E-mail: info@berlinale.de. Web: www.berlinale.de

Cannes, França. Tel.: (33-1) 4190-4580. E-mail: info.miptv@reedmidem.com. Web: www.mipdoc.com

DEZEMBRO

13 a 15 Kidscreen Summit,

4 a 14 Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano,

Nova York, EUA. Tel.: (1-416) 408-2300. E-mail: mjordan@brunico.com. Web: www.kidscreensummit.com

Havana, Cuba. Web: www.habanafilmfestival. com

26 a 28 Andina Link 2007,

2008 JANEIRO 22 a 24 RealScreen Summit, Renaissance Hotel, Washington DC, EUA. Web: www.realscreensummit.com

22 a 27 Festival Internacional de Programas Audiovisuais – Fipa, Biarritz, França. Tel.: (33-1) 4489-9999. E-mail: info@fipa.tm.fr. Web: www.fipa.tm.fr

28 a 31 Natpe Conference & Exhibition, Mandalay Bay Resort, Las Vegas, Nevada, EUA. Tel.: (1-310) 453-4440. E-mail: info@natpe.org. Web: www.natpe.org

Cartagena, Colômbia. Tel.: (571) 482-1717. E-mail: sandra@andinalink.com. Web: www.andinalink.com

7 a 11 MipTV/Milia, Palais des Festivals, Cannes, França. Tel.: (33-1) 4190-4580. E-mail: info.miptv@reedmidem.com. Web: www.miptv.com

11 a 17 NAB 2008,

Mostra do Filme Livre (MFL),

Las Vegas Convention Center, Las Vegas, EUA. Tel.: (1-202) 595-2052. E-mail: register@nab.org. Web: www.nabshow.com

Rio de Janeiro, RJ. Tel.: (21) 2539-7016. E-mail: contato@mostradofilmelivre.com. Web: www.mostradofilmelivre.com

17 a 27 Hot Docs Canadian International Documentary Festival,

MARÇO 18 e 19 2º World Web Expo Forum, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3138-4660. E-mail: info@convergecom.com.br. Web: www.convergecom.com.br

27 a 6/4 É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Campinas (SP). Tel.: (11) 3064-7617. E-mail: info@etudoverdade.com.br. Web: www.itsalltrue.com.br

Toronto, Canadá. Tel.: (416) 203-2155. E-mail: info@hotdocs.ca. Web: www.hotdocs.ca

23 a 25 Expo Convención Canitec, Cidade do México, México. Tel.: (52-55) 5481-8050. Web: www.canitec.org

28 a 3/5 10 º Cine PE – Festival do Audiovisual, Recife, PE. Tel: (81) 3461-2765. Web: www.cine-pe.com.br.

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Tel.: (61) 3325-7777/6215. E-mail: festbrasilia@sc.df.gov.br. Web: www.sc.df.gov.br.

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