Boletim Informativo Edição 94

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Boletim Informativo

M O N I T O R A M E N T O

EDIÇÃO 94

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T E C N O L O G I A


quem somos Fornecemos soluções que melhoram a sustentabilidade econômica das empresas, ao reduzir custos pela otimização da gestão de uso de tecnologias, facilitando o trabalho dos seus colaboradores no monitoramento dos processos de recuperação do capital financeiro e humano.

somos pioneiros "Acompanhamos os movimentos da tecnologia, que se desenvolve velozmente e em várias direções, com a profusão de novos aplicativos utilizados para apoiar as organizações, os departamentos, os projetos e o dia-a-dia do trabalho nas empresas. A magnitude desta transformação proporciona mudanças profundas, incluindo criar nova marca para nossa empresa, que ao longo de 32 anos nos guiou até aqui, forjando sua nova identidade para enfrentar os desafios do futuro: ATIVU." Ricardo de Figueiredo Caldas - CEO, ATIVU Tecnologia.


OPEN BANKING ENTRA EM OPERAÇÃO E PÕE O CLIENTE NO CENTRO DAS DECISÕES FINANCEIRAS Nova plataforma promete tornar o sistema financeiro nacional mais moderno e inclusivo por meio da tecnologia VERA FRANCO 1 DE FEVEREIRO DE 2021 - Telesíntese Entrou em operação hoje a primeira fase do open banking no Brasil, que tem como principal objetivo tornar o sistema financeiro brasileiro mais eficiente, moderno e inclusivo por meio de tecnologia. Trata-se da padronização do processo do compartilhamento de dados de serviços financeiros por meio de plataforma, da qual participam somente instituições reguladas, autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central. Na nova plataforma, o principal beneficiado é o cliente, pois ao torna-se dono de seus próprios dados estará apto a pilotar sua relação com as instituições financeiras. Essas por sua vez são responsáveis pela integridade e sigilo dos dados dos cidadãos, bem como pela segurança de seu compartilhamento. A expectativa do BC é que o projeto, que será implementado gradualmente em quatro etapas, esteja concluído, até o final deste ano. “O open banking está para o sistema financeiro como a internet está para sociedade”, diz Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, na abertura oficial de lançamento da nova plataforma. Segundo ele, os dados representam hoje a principal barreira de entrada na indústria financeira de serviço. Inspirado em mercados internacionais mais maduros, como o do Reino Unido, o open banking no país permitirá mais praticidade e conveniência para cidadãos e empresas ao integrar soluções financeiras com as tarefas cotidianas. Entre os principais benefícios oferecidos ao consumidor consta o acesso a produtos e serviços financeiros customizados às suas necessidades, permitindo que ele mesmo monte seu próprio banco. Isso significa que o cliente poderá manter sua conta corrente na instituição A, usar cheque especial na B e aplicar seus recursos na C. “O compartilhamento digital padronizado e totalmente seguro das informações cadastrais financeiras e das transações será entre instituições reguladas, autorizadas e supervisionadas pelo BC, mas é o cliente quem decidirá se vai compartilhar os dados e por quanto tempo, podendo até interromper a operação a qualquer momento”, afirma Otávio Damaso, diretor de regulação do BC.

O cronograma de implementação do open banking é desafiador e aproveitou-se das experiências internacional e local. Na fase 1, estarão disponíveis os dados das próprias instituições financeiras reguladas pelo BC, como características e preços dos produtos e serviços bancários e canais de atendimento das instituições. O público alvo principal e direto nessa primeira etapa são instituições financeiras e de pagamentos, desenvolvedores, potenciais fintechs e acadêmicos. A expectativa é que sejam desenvolvidos sites com o propósito de comparar produtos e preços das instituições financeiras. Prevista para o dia 15 de julho, a fase 2 permitirá que o cidadão autorize o compartilhamento de seus dados cadastrais e funcionais por meio de APPs da sua instituição, pelo período máximo de um ano. Se por acaso mudar de ideia, poderá ter acesso ao canal de sua instituição e encerrar o compartilhamento. Enquanto a iniciação de pagamento e a junção do Pix com o open banking ocorrerá na fase 3, em agosto. Na última etapa, em dezembro, haverá a consolidação das fases anteriores e o compartilhamento dos serviços de seguro e previdência. Outros produtos e serviços serão integrados nessa infraestrutura do open banking, como novos modelos de negócios e novas formas de interação de clientes. “No Brasil, a implementação do open banking é mais ampla do que na Inglaterra, por exemplo. Nosso modelo está mais para open finance, pois além dos dados bancários serão incluídos na plataforma informações sobre investimentos e previdência”, explica João André Pereira, assessor do BC. A implementação do open banking é parte de uma agenda mais ampla do BC, o BC#, que visa criar o sistema financeiro do futuro. Além do Open banking, o BC lançou no final do ano passado, o sistema de pagamento instantâneo, Pix. A modernização cambial aprovada no mesmo período, que tem como objetivo instituir o marco legal moderno e juridicamente seguro para o mercado de câmbio para investidores estrangeiros no Brasil e brasileiros no exterior, também contribuirá para que o órgão regulador atinja seu objetivo.


“É O GRANDE INVESTIMENTO DO FUTURO”, DEFENDE TIM PELA 5G PURA Para Mário Girasole, a infraestrutura do 5G é que vai estimular a demanda por novos serviços como telemedicina. Por isso, defende que o edital estabeleça a adoção do 5G stand alone.

CADE CONDENA CARTEL NO MERCADO DE COMPONENTES ELETRÔNICOS PARA TELECOMUNICAÇÕES Multas aplicadas aos envolvidos na conduta ilícita somam R$ 5,4 milhões. Empresa afirma que vai contestar decisão no Cade e na Justiça Telesíntese - DA REDAÇÃO 3 DE FEVEREIRO DE 2021 O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou, na sessão de julgamento desta quarta-feira, 3, duas empresas e três pessoas físicas por prática de cartel no mercado de componentes eletrônicos para telecomunicações. As multas aplicadas somam R$ 5,4 milhões.

MIRIAM AQUINO 1 DE FEVEREIRO DE 2021 - Telesíntese A TIM manifesta-se abertamente favorável à proposta do conselheiro Carlos Baigorri que estabeleceu como parâmetro a adoção do release 16 3GPP e suas definições que apontam para a implementação da tecnologia 5G autônoma, ou stand alone. Para o vice-presidente de Assuntos Regulatórios e Institucionais da TIM, Mario Girasole, somente com o estabelecimento desse padrão o país terá a 5G efetiva com capacidade para aumentar a produtividade rural, ampliar serviços de cidade inteligente, telemedicina ou carro conectado. O executivo está convencido de que esses novos serviços só passarão a existir se a infraestrutura estiver disponível para habilitá-los. ” A infraestrutura tem que existir pois é a sua disponibilidade que vai gerar a demanda”, avalia ele. E observa, que pelas regras propostas no edital, os serviços 5G só começarão a ser oferecidos no país em dezembro de 2022, tempo mais do que suficiente, observa, para que as funcionalidades que ainda não estão disponíveis estarem prontas.

Valor Econômico Girasole assinala ainda que o cálculo do leilão, ao ser feito com base no valor de mercado, ou o VPL (Valor Presente Líquido), sempre leva em consideração o valor econômico da frequência, e observa que, se a Anatel não exigir o último padrão da tecnologia, a diferença menor desse valor terá que ser repassada para o preço a ser pago. “É muito mais vantajoso investir em redes mais modernas”, advoga. O executivo observa ainda que o estabelecido pela Anatel não impede que qualquer operadora use sua base legada para a oferta de 5G Light. “A Anatel só está determinando que uma quantidade de erbs, por população, tenha que ter esse padrão, e não todas as erbs”, afirma. Para Girasole, se não for definido agora que essa rede stand alone terá que ser construída, esses novos serviços correm o risco no país. ” Sem essa rede, os serviços não podem ser ofertados, e poderão não chegar nunca”, completa. Ele assinala ainda que o edital estará vendendo novas frequências, ou seja, a faixa de 3,5 GHz não estava disponível e vai passar a ser usada pelas operadoras de celular, uma frequência inteiramente nova. ” Queremos algo que já temos, só um pouco melhor, ou temos um projeto bem mais ambicioso para o país?”, indaga, apoiando a posição apresentada por Baigorri. 2

Pelas condutas anticompetitivas, o Tribunal do Cade condenou as empresas Redex Telecomunicações e Araguaia Indústria Comércio e Serviços ao pagamento de multa no valor de R$ 3,9 milhões. Às três pessoas físicas envolvidas no conluio, o Conselho aplicou multa de cerca de R$ 1,4 milhão, no total. A investigação teve início em janeiro de 2016 com o objetivo de apurar condutas anticompetitivas por parte de fornecedores de componentes eletrônicos em compras realizadas pelas principais empresas de telecomunicações do país. O conluio envolveu licitações e processos privados para o fornecimento de produtos como linha de assinante digital assimétrica (ADSL), blocos de distribuição, caixas de distribuição, conectores, conjuntos de emendas, proteção elétrica e redes ópticas. De acordo com as investigações, o conluio consistiu em acordos para a fixação de preços, condições, vantagens ou abstenção em concorrências públicas e privadas, além de divisão de mercado, alocação de clientes e compartilhamento de informações concorrencialmente sensíveis relacionadas a processos licitatórios. As práticas ilícitas duraram de 2009 até, ao menos, o fim de 2013 ou primeiro semestre de 2014. REDEX VAI RECORRER Uma das empresas, a Redex Telecomunicações, enviou nota ao Tele.Síntese na qual avisa que vai recorrer da decisão no Cade e em outras esferas, se necessário. Leia, abaixo, a íntegra do posicionamento: “A Redex Telecomunicações Ltda. respeita e apoia o trabalho do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), mas considera a decisão injusta e desproporcional, motivo pelo qual contestará a decisão ainda no CADE e em todas as vias cabíveis. A Redex contribuiu com todas as etapas que lhe couberam no Processo Administrativo do CADE, inclusive identificando e demonstrando falhas processuais, probatórias e de interpretação que, infelizmente, não foram totalmente acolhidas no julgamento de hoje (03 de fevereiro), tendo inclusive promovido um placar final não unânime de 4 votos contra 3 com relação aos termos da condenação. A empresa também reclama veementemente a aplicação dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, já que outras companhias e grupos empresariais multinacionais e de inigualável poder econômico foram absolvidos diante das mesmas acusações.

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A Redex confia na justiça e nos seus esforços contínuos de compliance, e por esse motivo está convicta de que este e qualquer outro desafio será devidamente esclarecido e gerenciado”. (Com assessoria de imprensa)


IMPORTAÇÃO DE FIBRA DA CHINA BATE RECORDE E TRANSFORMA A INDÚSTRIA NACIONAL

Conforme explicou Foad Shaikhzadeh, presidente da fabricante local Furukawa Electric LatAm ainda em dezembro, os fabricantes da China aumentaram a produção nos últimos anos a fim de atender a demanda por digitalização e em preparação à conexão óptica das estações 5G que se multiplicam naquele país. No entanto, a elevação da capacidade foi superior à demanda local.

RAFAEL BUCCO 18 DE FEVEREIRO DE 2021 - Telesíntese Metade do mercado nacional já é atendido por importadoras de fibra óptica, mesmo com a alta do dólar. Fabricantes locais se adaptam investindo para manter participação no mercado e incorporando produtores menores. A inundação de fibra óptica importada continuou em 2020 e está transformando o mercado brasileiro. Atendendo a demanda dos provedores regionais, importadoras aumentaram as compras externas de cabos ópticos da Ásia, tendo a China como principal país de origem. Conforme levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o Brasil importou US$ 154 milhões em cabos de fibra ano passado. A cifra representa um aumento de 29,15% em relação a 2019, e de 66,5% sobre 2018. Os números mostram não só que a demanda é contínua, vinda na esteira da expansão das redes FTTH, como rivaliza cada vez mais com a produção local. Segundo Marcelo Andrade, vicepresidente do negócio de telecomunicações do Grupo Prysmian, o mercado brasileiro compra cerca de 10 milhões de quilômetros de fibra todo ano. E desse total, metade é feita no país, e a outra metade já vem de fora. Uma das importadoras que mais se beneficiaram com o aquecimento do mercado decorrente da demanda dos provedores regionais é a OIW Telecom Solutions. A empresa se tornou ano passado a maior importadora. Em 2019 a empresa comprou de fora 306 mil km de fibra. Em 2020, o número saltou para 529 mil km, um crescimento de 72,4%. Para este ano, Roberto Ferreira, sócio-diretor da OIW, projeta novo crescimento de dois dígitos, da ordem de 50%. “O mercado de ISP segue expandindo as redes de fibra óptica pelo interior do Brasil”, resume Ferreira. As marcas que mais vende aqui são a própria OIWTech, além de Fiberhome, Sumec e HT Cabos. O enfraquecimento do real frente o dólar, que poderia ter brecado os negócios no exterior, foi compensado pelo barateamento dos produtos da China e pelo uso de ferramentas de proteção cambiais. Ainda assim, ele ressalta que se a alta continuar pode se transformar em um fator de risco para os negócios. INUNDAÇÃO DE CABOS ASIÁTICOS Os dados da Abinee, compilados a partir da base de dados do governo federal, o Siscomex, mostram que a participação da China nas importações de cabos ópticos do Brasil cresceu. Em 2019, representava 73% das importações. Em 2020, passou a 80%. Ou seja, dos US$ 154 milhões em cabos ópticos importados ano passado, US$ 123,9 milhões representam negócios com as empresas chinesas. Há ainda participações menores de produtos vindos da Coreia do Sul, Japão, Índia. 4

A partir de então, disse Shaikhzadeh, os fabricantes de lá ampliaram o excedente destinado ao mercado exterior. Isso levou a um tombo nos preços – o executivo diz haver prática de dumping uma vez que o produto é vendido mais barato que o custo de produção. MAIS INVESTIMENTOS Marcelo Andrade, do Grupo Prysmian, concorda com esse diagnóstico de está sobrando fibra na Ásia. “O mercado mundial consome cerca de 500 milhões de quilômetros de fibra por ano. A China representa metade disso. Não só em 2020, mas em 2019, 2018, os investimentos chineses em telecom não cresceram como os investimentos em cabos e fibras. O mundo esperava uma expansão mais rápida do 5G, e com a pandemia, deu uma atrasada”, avalia. Segundo ele, o consumo de toda a América Latina equivale a 10% da produção chinesa. “Em um final de semana eles são capazes de atender nosso mercado”, resume. Os efeitos da abundância mundial de cabos ópticos é a transformação dos mercados locais, inclusive no Brasil. Conforme Andrade, o mercado está para peixe grande diante da competição com o exterior. A Prysmiam havia aumentado sua capacidade produtiva no Brasil em 25% para 2020, e ocupou toda essa capacidade. Já projeta mais investimentos para expandir a fábrica local. “A gente imagina que o mercado brasileiro vai crescer ainda de 15% a 20% neste ano, e não queremos ficar para trás”, diz. Vale lembrar que o Grupo Prysmian tem também fábrica na China, onde, segundo Andrade, os custos de produção são cerca de 50% mais baixos. COMPETIÇÃO A competição com o importado fez com que os grandes produtores, como Furukawa e Prysmian, concentrassem esforços em elevar a produção para não perder market share. Lutar para ganhar mercado pode resultar em uma guerra de preços em que o beneficiado será o importado, avaliam diferentes executivos ouvidos pelo Tele.Síntese. Todos concordam que o mercado vai crescer, uma vez que a demanda dos ISPs seguirá forte este ano. Mas a ameaça dos importados é grande. A expectativa dos produtores locais é que o cliente valorize o serviço embutido nas ofertas nacionais. Mas reconhecem que pequenos produtores enfrentam dificuldades, enquanto os grandes buscam mater posição. Pelo menos dois fabricantes menores, Nexans e Huber+Suhner, reviram seus planos para o Brasil nos últimos anos. A Nexans cortou custos e concentrou operações no Rio de Janeiro, após fechar ainda em 2018 unidade fabril no interior de São Paulo. Já a Huber+Suhner vendeu a linha de produção de cabos de fibra óptica para a Furukawa, negócio este aprovado pela SuperintendênciaGeral do Cade em setembro passado.

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Operadoras financiarão e a EAF executará a rede privativa do governo Por Marcos Urupá -26/02/21, 20:38 Atualizado em 26/02/21, 20:38 - Teletime Em coletiva que aconteceu nesta sexta-feira, 26, na sede da Anatel, onde foram apresentados as regras do leilão das faixas que serão usadas no 5G, o conselheiro Carlos Baigorri confirmou que as operadoras vencedoras do leilão da faixa de 3,5 GHz terão, entre as obrigações, a de financiar a rede privativa de comunicação do governo. Mas não necessariamente de construíla. "No meu entendimento, e conforme está colocado no texto do edital aprovado, as operadoras são obrigadas a transferir os recursos. Deverão anexar o comprovante de transferência do valor estipulado nos autos e assim estará adimplida a obrigação. O restante é com a EAF [Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz]", disse o conselheiro relator do texto do edital aprovado. As operadoras vencedoras da licitação deverão aportar de uma vez só os recursos financeiros na EAF. O valor estimado para a construção da rede privativa de uso do governo, segundo o Ministério das Comunicações, seria de R$ 1 bilhão. E a EAF executará o projeto de acordo com as diretrizes da pasta. O ministro Fabio Faria afirmou na mesma ocasião que está em construção no MCom uma modificação do Decreto nº 9.637 de 2018 para permitir a execução do projeto com concorrência para as empresas privadas. O valor pode ser ajustado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), caso a corte de contas assim entenda, pois será o Tribunal que aprovará os custos das obrigações, validando ou não o Valor Presente Liquido das frequências (VPL) que será apresentado pela área técnica da Anatel. Nesta sexta-feira, o governo voltou a alegar que há um compromisso para que o prazo para avaliação seja reduzido de 150 para 60 dias. Valores Na coletiva que aconteceu nesta sexta-feira, 26, o presidente da agência, Leonardo Euler de Morais, adiantou que cálculos preliminares da agência estimaram o valor total do leilão das frequências de 5G entre R$ 33 bilhões e R$ 35 bilhões. A estimativa leva em consideração a valoração dos ativos espectrais sem considerar as obrigações, mas apenas o "custo de oportunidades". Já Carlos Baigorri, em conversa com jornalistas, afirmou que desconhecia essa estimativa e ficou surpreso com os valores apresentados pelo presidente no evento. Outro aspecto dito por Baigorri na conversa foi de que, caso a EAF não consiga concluir os projetos do governo os valores aportados, o Ministério deverá se pronunciar para possíveis ajustes do projeto. "Os vencedores vão depositar o recurso de uma vez só na EAF, e ela vai executar com o objetivo que seja na íntegra. Verificando-se que vai faltar, precisa redimensionar e repriorizar", disse Baigorri.

Ministro diz que escolha de fornecedores em redes comerciais seguirá livre mercado Por Bruno do Amaral -26/02/21, 12:24 Atualizado em 26/02/21, 18:30 O ministro das Comunicações Fábio Faria deu a entender que não haverá impedimento para a Huawei e outras fornecedoras chinesas nas redes 5G das operadoras, mas disse que as redes privativas do governo seguirão outros critérios, dando a entender que deve haver vetos. Segundo o ministro, o Ministério das Comunicações, ao editar as Portaria 1.924/2021, discutiu com a presidência a divisão do 5G em "dois boxes", segundo a expressão do governo, um privativo e com rede segura, e outro que ficará a critério do mercado. Na rede privativa, há a exigência de níveis de governança compatíveis com o mercado de capitais brasileiros, ou seja, seja aberto em bolsa, o que não seria o caso da companhia chinesa Huawei, por exemplo. Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 26, sobre a aprovação do edital do 5G pelo Conselho Diretor da Anatel, Faria disse que a viagem recente à China (com inclusão de ministros do Tribunal de Contas da União na comitiva) foi feita já com o modelo previsto na Portaria 1.924/2021, que estabelece um "box" de rede privativa do governo, e outro para o restante da rede comercial das operadoras. Na delegação estava presente o general Correia Filho, que coordenou a área de cibersegurança do Exército e acompanhou o grupo para observar estes aspectos. "Ele voltou totalmente convencido que as empresas atendem os critérios internacionais de segurança e deu esse feedback. Mas a cada dia que passa a gente vai evoluindo e várias tecnologias estão surgindo, com o 6G, 7G, 8G… Mas já que estamos falando de comunicação sensível, ela está segura. O restante da população vai poder optar em relação ao que quiser. Isso ainda vai para a mesa do presidente que vai dar a palavra final, mas nossa portaria foi conversada e alinhada com o presidente da República", disse Faria, indicando que não haveria razão para priobir equipamentos chineses nas redes comerciais. Mas o ministro diz que sempre há riscos, em qualquer que seja o fornecedor. "Não dá para saber se as empresas de qualquer nacionalidade plugarem um backdoor em seus equipamentos, não é algo que a gente consiga evitar. Foge de qualquer critério de cibersegurança que possa analisar isso", alega. "Nossa preocupação foi eliminar o risco dentro da rede segura. Foi o nosso critério, e o que eu acho mais justo. O resto a gente deixa para o livre mercado. Somos um governo liberal", disse.


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REDE PRIVATIVA «Um dos boxes é do privativo, de acordo com a regra de presença no mercado acionário brasileiro. Outros países estão usando a mesma coisa. Temos que preservar as informações sensíveis e tirar, qualquer que seja, algo que esteja na imaginação [das pessoas] de achar que estão espionando o governo brasileiro", declarou Faria. "Então resolvemos 'limpar' toda a comunicação segura", complementou, usando expressão semelhante à do governo do ex-presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. O ministro lembrou que a Huawei foi banida em países como Estados Unidos, Inglaterra e França, sendo que houve casos em que operadoras pediram reembolso judicialmente para a troca de equipamentos, o que não foi acatado pela justiça. Segundo Faria, não teria sido um banimento geral. "Foi parecido com o box que fizemos aqui", compara. Ele coloca ainda que a União Europeia estaria "querendo favorecer" as empresas fornecedoras de rede da Europa, notadamente Nokia (Finlândia) e Ericsson (Suécia). Por outro lado, os Estados Unidos não têm presença competitiva, e Samsung (Coreia do Sul) e NEC (Japão) contam com market share menor.

ADMINISTRAÇÃO Fábio Faria também confirmou que a construção da rede privativa ficará sob responsabilidade da Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF). Ele explica que, de outra forma, seria necessário abrir licitação e utilizar orçamento do Ministério das Comunicações. "O que vamos fazer é dar todas as especificações e exigências para a rede, e a entidade executará", explicou. Para tanto, o governo já trabalha para alterar Decreto nº 9.637 de 2018 para permitir a execução do projeto com concorrência para as empresas privadas. Segundo Faria, esse projeto "está em curso" e sairá "na hora adequada", mas ainda passará pelo crivo do Tribunal de Contas da União. "Durante esse período, estamos analisando para fazer o novo decreto."

ANATEL INCIARÁ A REAVALIAÇÃO DAS REGRAS DE APLICAÇÃO DE RECURSOS DO FUST PARA BANDA LARGA Por Marcos Urupá -25/02/21, 22:25 Atualizado em 25/02/21, 22:25 - Teletime O Conselho Diretor da Anatel aprovou por decisão unânime em reunião realizada nesta quintafeira, 25, a inclusão da reavaliação da regulamentação de operacionalização dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) na Agenda Regulatória 2021-2022. Com isso, os recursos do Fundo, que apenas em 2020 arrecadou mais de R$ 900 milhões, poderão ser investidos na promoção da banda larga no País. A previsão é que a consulta pública sobre o tema seja aberta no segundo semestre de 2021, e a nova norma, no primeiro semestre de 2022. A inclusão desse item na Agenda Regulatória faz parte do processo de implementação da Lei nº 14.109/2020, publicada em dezembro de 2020. A nova lei libera os recursos do Fundo para ser utilizado na ampliação do acesso à Internet. Segundo o relator, conselheiro Vicente Aquino, a Lei eliminou a restrição ao uso de recursos do Fust – que antes era destinado à telefonia fixa e, agora, pode atender à demanda por outros serviços de telecomunicações, como a banda larga. O Fundo é composto pela cobrança de 1% da receita operacional bruta das prestadoras de serviços de telecomunicações, deduzidos os impostos.


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