Boletim Informativo
M O N I T O R A M E N T O
EDIÇÃO 99
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T E C N O L O G I A
quem somos Fornecemos soluções que melhoram a sustentabilidade econômica das empresas, ao reduzir custos pela otimização da gestão de uso de tecnologias, facilitando o trabalho dos seus colaboradores no monitoramento dos processos de recuperação do capital financeiro e humano.
somos pioneiros "Acompanhamos os movimentos da tecnologia, que se desenvolve velozmente e em várias direções, com a profusão de novos aplicativos utilizados para apoiar as organizações, os departamentos, os projetos e o dia-a-dia do trabalho nas empresas. A magnitude desta transformação proporciona mudanças profundas, incluindo criar nova marca para nossa empresa, que ao longo de 32 anos nos guiou até aqui, forjando sua nova identidade para enfrentar os desafios do futuro: ATIVU." Ricardo de Figueiredo Caldas - CEO, ATIVU Tecnologia.
Empresários e pesquisadores de inteligência artificial recomendam cautela na regulamentação do setor Fonte: Agência Câmara de Notícias - 08/07/2021 - 20:05
Projeto sobre o tema ganhou regime de urgência na Câmara e poderá ser votado diretamente em Plenário
A audiência desta quinta-feira foi promovida de forma virtual pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informá ca da Câmara. Durante o debate, a crí ca mais enfá ca aos textos par u do diretor da Federação Nacional das Empresas de Informá ca (Fenainfo), Rafael Sebben. A en dade reúne cerca 100 mil pequenos e médios empresários da economia digital. “A nossa en dade tem uma posição muito contrária a qualquer po de regulamentação. O que nós queremos é que as nossas empresas possam trabalhar livremente, obedecendo às legislações já existentes”, afirmou. Sebben argumenta que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e o Código de Defesa do Consumidor já atendem vários pontos previstos nas propostas de marco legal da inteligência ar ficial. O empresário teme que o acúmulo de normas “engesse um setor que é dinâmico”. Já o presidente da Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro), Ítalo Nogueira, preferiu sugerir aperfeiçoamentos aos projetos de lei, como a regulação apenas do uso e não da pesquisa nem do desenvolvimento da tecnologia. Nogueira ainda recomendou redução das punições previstas e ampliação do apoio e do fomento ao setor. Segurança jurídica A representante da Associação Brasileira das Empresas de So ware na audiência, Loren Spíndola, também vê necessidade de mudanças no texto, mas reconhece que o marco legal é importante para reforçar a segurança jurídica na área de inteligência ar ficial, sobretudo diante de inicia vas já tomadas em assembleias legisla vas em alguns estados. O diretor do Centro de Inteligência Ar ficial da Universidade de São Paulo (C4AI/USP), Fábio Cozman, lembrou que a constante evolução do tema tem imposto cautela na regulamentação em vários países.
Rafael Sebben, da Fenainfo, em audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia
Em audiência pública nesta quinta-feira (8), pesquisadores e en dades do setor de inteligência ar ficial pediram cautela nos esforços do Congresso Nacional em regulamentar o setor. Atualmente, há quatro projetos de lei sobre o tema em tramitação na Câmara dos Deputados e outros três no Senado. Apontadas como “marco legal da inteligência ar ficial”, as propostas dos deputados (PL 21/20 e apensados) já tramitam em regime de urgência e, portanto, estão prontas para votação no Plenário. A principal delas é de autoria do deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) e traz princípios, direitos, deveres e instrumentos de governança para o setor. Câmara aprova regime de urgência para projeto sobre inteligência ar ficial
“O esforço legisla vo deve evitar a criação de amarras excessivas que possam atrasar o nosso progresso. Por exemplo, a União Europeia espera discu r essa proposta ao longo dos próximos dois ou três anos. E a complexidade do tema se revela na própria dificuldade de se definir alguns termos”, relatou. Cozman ressaltou que não há consenso nem mesmo quanto à definição de inteligência ar ficial. Apesar das crí cas pontuais à proposta de marco legal, o pesquisador da USP elogiou a ênfase do texto em transparência e segurança de dados, e na busca de mecanismos de proteção à população. Quanto a esse aspecto social, o coordenador de Polí cas Públicas do Ins tuto de Referência em Internet e Sociedade (Iris), Gustavo Rodrigues, pediu mais debates para que o texto encontre meios de superar o que chamou de “abismo entre as promessas é cas das listas de princípios e declarações públicas das empresas e a realidade de uso discriminatório da inteligência ar ficial”.
“É preciso ir além da é ca e aprofundar os debates sobre direitos e obrigações. Então, considerando a importância de uma regulação como essa, cujo conteúdo vai impactar enormemente a realidade social e econômica do País pelas próximas décadas, esse debate precisa ser objeto de uma construção ampla, par cipa va e mul ssetorial, a exemplo de como foram o marco civil da internet e a LGPD”, disse Rodrigues. Representante da Coalizão Direitos na Rede, Bianca Kremer também cobrou mecanismos de governança do setor com base em parâmetros democrá cos e de direitos humanos.
Representante do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, José Gon jo detalhou as principais inicia vas governamentais em curso, sobretudo a Estratégia Brasileira de Inteligência Ar ficial (EBIA) e o Programa de Aceleração Tecnológica em Inteligência Ar ficial, com foco no aumento da compe vidade brasileira por meio da inovação. O presidente da Rede MCTI/Embrapii de Inovação em Inteligência Ar ficial, Paulo Curado, afirmou que recursos humanos, qualidade de dados e o impacto da tecnologia 5G estão entre os desafios do momento. Ele prevê uma rápida popularização do setor. “Nós não estamos falando só de tecnologia, estamos falando da tecnologia associada à a vidade humana. Daqui a pouco, vamos ter advogados, jornalistas e sociólogos programando coisas em IA e tendo que saber de toda complexidade”, declarou. Reportagem – José Carlos OliveiraEdição – Pierre Triboli Fonte: Agência Câmara de No cias
Dados, COMPLIANCE e SEGURANÇA já correspondem a 20% da demanda de TI em serviços financeiros Luisa Canziani: debate será ampliado, mesmo diante da urgência na proposta
Por Redação-12 de julho de 2021- TIInside
A relatora das propostas de marco legal da inteligência ar ficial na Comissão de Ciência e Tecnologia, deputada Luisa Canziani (PTB-PR), prometeu ampliar o debate, mesmo diante da urgência na tramitação.
Adotar novas tecnologias para o mizar os serviços financeiros contribui para que as ins tuições se tornem mais compe vas, ainda mais em um contexto no qual os bancos digitais estão em alta no mercado. Cada vez mais conectados, os clientes estão atentos às soluções e serviços que os atendam de maneira rápida, eficiente e segura. É o que revela a pesquisa divulgada pela FIS, em conjunto com o Ipsos, onde 50% dos entrevistados disseram usar aplica vo ou banco digital para fazer transações.
“De fato, a urgência foi aprovada, inclusive para a gente levar essa discussão para o Plenário e dar protagonismo à pauta. Obviamente, vamos submeter a relatoria a muito diálogo, construção, escuta e muita reflexão para que o texto esteja maduro para votação”, disse a parlamentar. Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei A audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia foi pedida pelos deputados Leo de Brito (PT-AC) e Vitor Lippi (PSDB-SP), que reafirmaram o apoio ao setor de inteligência ar ficial. Expansão do setor Professor e pesquisador de inteligência ar ficial na Universidade de Brasília (UnB), Fabiano Hartmann mostrou a rápida expansão do setor, já com projeções de movimentar 500 bilhões de dólares daqui a três anos.
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Esta movimentação – que já se mostrava forte antes mesmo da pandemia, mas que foi acelerada com essa mudança mundial, trouxe em questão o perfil e comportamento do consumidor brasileiro. Os clientes estão ainda mais preocupados em manter sua saúde financeira e mesmo de maneira remota ter acesso a seus produtos e serviços.
... Para Maurício Fernandes, presidente da Dedalus, os serviços financeiros cresceram rapidamente em 2020 e vão con nuar em 2021. Desde fintechs, startups e bancos tradicionais que buscam se atualizar com novas tecnologias até a total migração para nuvem. «Quando Cloud Compu ng começou, havia um consenso de que bancos seriam os úl mos a migrar. Sanados os desafios de compliance, a evolução da tecnologia e a expansão para aquilo que chamamos hoje de Transformação Digital encontrou um setor em franca revolução, com fintechs e bancos de médio porte liderando a inovação que já a nge mais recentemente as ins tuições de maior porte. Aprendemos com este processo e hoje conectamos dezenas de clientes do setor com as tecnologias digitais para que a njam o máximo potencial", destaca o execu vo. A Dedalus que recentemente foi anunciada como vencedora do prêmio Microso Partner of the Year LATAM Award 2021, na categoria Serviços Financeiros, prêmio que chancela sua atuação no setor, destaca que, o futuro dos serviços financeiros está nas experiências digitais personalizadas, importante para reduzir custos de operação e aumentar a compe vidade no mercado. "Os aplica vos precisam de escala, disponibilidade e flexibilidade, caracterís cas comuns às soluções em nuvem. Outra questão a ser considerada neste novo modo de fazer negócio são soluções inclusivas que, além de aplicações modernas, precisam atender às variadas necessidades e peculiaridades dos clientes. É nessa análise que a tecnologia favorece. No entendimento de onde estão e quem são os clientes", comenta o execu vo, em um mercado que somente no úl mo ano viu 20% de sua demanda vir de serviços de dados, soluções de segurança e compliance, além de aplicações mobile. Não há como deixar de fora, o uso da Inteligência Ar ficial, que além de melhorar a experiência do cliente final, também já é usada para prever riscos e realizar correções automá cas para aumentar a segurança ambiente digital e estudar o passo a passo de quem fizer o mercado acontecer. "Com o aprendizado de máquina e gestão de Big Data em nuvem, é possível desenvolver, por exemplo, um an vírus para bloquear novas ameaças, além de prever possíveis ataques usando data mining (mineração de dados), para coletar informações em tempo real e, apontar tendências, riscos e fazer prognós cos", destaca Alexandre Cadaval, Chief Opera ng Officer (COO) da Dedalus. Outro fator que também não pode ser esquecido é a segurança de dados. Com mais clientes e mais transações digitais, há uma progressiva incidência de ataques ciberné cos, exigindo uma atenção ainda maior por parte das empresas. "Companhias como C6 Bank, Banco Fibra, Easynvest, Genial Inves mentos, Riza Asset, Swiss Re, XP Inves mento já estão antecipando tendências e cada vez mais buscando soluções voltadas para dados, compliance e segurança que garantam o tráfego de informações controladas. A modernização de ambientes também é uma demanda. Os chamados bancos digitais estão ganhando mercado e impulsionaram essa mudança nos concorrentes", finaliza, Cadaval. 4
Santher adota plataforma lowcode de RPA que facilita treinamento dos analistas de TI Por Redação -22 de julho de 2021 - TIInside De 2018 para 2019 a Santher, empresa brasileira que produz papel de diversos tipos, tinha a intenção em ter novos participantes no conselho da empresa. Em 2019, isto se concretizou com a venda da Santher para um grupo japonês. Juntamente com as mudanças no conselho e com isso os investimentos de tecnologia e inovação foram priorizados, provocando a implementação de uma plataforma de RPA (Robotic Process Automation) e Inteligência Artificial. Com foco em automatizar processos repetitivos, como financeiro, logística, contabilidade e áreas comerciais, os movimentos para adquirir uma plataforma de hiperautomação foram concluídos em agosto de 2020, escolhendo a Quality Nextech como parceiro estratégico para viabilizar. "Naquele momento difícil do início da pandemia, o RPA foi uma grata surpresa, porque facilitou a vida das pessoas, que deixaram de fazer atividades repetitivas e passaram a revisar processos com foco na automatização," diz Leandro Silva de Oliveira, gerente executivo de TI da Santher. Mesmo com usuários e equipes de TI em home office, foi possível prover um treinamento para a equipe de TI da Santher, que rapidamente aprendeu a ganhou autonomia para desenvolver seu primeiro robô sobre o processo batizado de "cadastro de pedidos dos clientes": uma rotina que exigia do humano uma atividade repetitiva de logar com usuário e senha, em websites de portais de compras de seus clientes, baixar documentos, conferir visualmente, logar no sistema de ERP da Santher e digitar os dados dos pedidos. Os analistas de TI da Santher, além da independência na automatização, também quintuplicaram a velocidade de faturamento da Santher junto aos portais de compras B2B Oliveira explica, que após desenhar o passo a passo na plataforma low code de RPA da Quality – AutomationEdge, agora o robô faz o login nos portais, download do PDF e usa inteligência artificial para realizar a leitura do documento do pedido e fazer o input dos dados no formulário do ERP da Santher. Os pedidos que demoravam 10h para serem introduzidos no ERP passaram a ser feitos em 2 horas. "A eliminação do trabalho repetitivo é muito grande e trouxe diversos benefícios para a Santher, tais como redução de erros de digitação e maior agilidade na execução do faturamento.", afirma o executivo. 3
Agora, a Santher tem uma equipe autônoma e treinada em uma plataforma de RPA que permitiu criar uma esteira de projetos de RPA para robotizar todas as rotinas sistêmicas da companhia, iniciando com uma analista de TI focada em mapear processos candidatos e já otimiza-los dentro do robô, "Dessa forma já chegamos em 17 processos automatizados, tais como: concessão de acessos a sistemas legados, cadastro de desconto, cadastro de bonificação e revogação de acessos"- comemora Leandro.
Santher e o treinamento Quality Nextech O treinamento da Quality trouxe um guia de boas práticas para o desenvolvimento da robotização, o que promoveu sucesso na evolução dos processos, isso se deve a capacidade do time da Santher em realizar as automações. A relação com os executivos da Quality sempre foi a melhor possível, e a parceria foi potencializada por conversas saudáveis sobre automação. "A Quality é uma empresa que está preocupada em ajudar, desenvolvendo uma parceria de longo prazo, provendo suporte e consultoria com transferência de conhecimento", diz o gerente executivo. O treinamento dividiu a equipe de sistemas em 2 times. Leandro explica que o "pulo do gato" no treinamento da Quality foi o fato dos analistas de sistemas também serem analistas de negócios. Essa expertise de conhecimento técnico em desenvolvimento alinhada com o fato de saber como os processos são gerenciados, promoveu grande facilidade e agilidade no desenvolvimento em melhorar os processos. A intenção da empresa é incluir o RPA em todas as áreas, pois a tecnologia está chamando a atenção do cliente interno. "Existe uma fila de processos a serem automatizados. As Áreas de Negócios estão constantemente buscando processos que têm possibilidade de serem robotizados, gerando grande envolvimento com a ferramenta," afirma o executivo. O executivo afirma ainda que a interface do AutomationEdge – plataforma low code de RPA da Quality – é muito intuitiva e de fácil navegabilidade, o que potencializou o interesse do time em evoluir o nível das automações, com o objetivo de chegar em processos que possibilitem maior retorno sobre o investimento. "Ao pensar em robotizar, nem sempre pensamos no primeiro momento em redução de custos, mas sim na otimização dos processos, para liberar tempo e foco das pessoas para atividades mais nobres, de maior retorno para o negócio. Ao invés de focar somente na venda e no faturamento, o mindset da Santher agora é trabalhar na aproximação ao cliente, estreitando essa relação e promovendo grande crescimento dos profissionais", finaliza Oliveira.
Queda no CNPq: Ciência e Tecnologia não são prioridades no Brasil 28/07/2021 às 11:47 - tecmundo.com.br Desde a última sexta-feira (24), plataformas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) estão fora do ar, gerando impacto negativo nas comunidades científica e acadêmica. Entre elas, destacam-se a Carlos Chagas, responsável pela tramitação de projetos e a Plataforma Lattes, que armazena material acadêmico. O problema em questão, apontado pelo CNPq em nota, foi em um storage, mas de acordo com o conselho "não há perda de dados da Plataforma Lattes". Segundo fontes consultadas pelo TecMundo, problemas do tipo já tinham sido indicados internamente; além disso, o corte de verbas e a terceirização da área de Tecnologia da Informação (TI) também foram citados como parte do problema. "A fragilidade dos sistemas de informática, em particular da capacidade das duas plataformas (César Lattes e Carlos Chagas) foi identificada há muito tempo e tem sido apontada pela atual presidência do CNPq desde sua posse", disse Hernandes Carvalho, presidente da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FEsBE). "Pode-se dizer que se trata de uma tragédia anunciada", ele afirmou. De acordo com Roberto Muniz, presidente da Associação de Servidores do CNPq (ASCON), com exceção de alguns serviços, como o "programa SEI, que só trata de processos internos, o resto tudo está fora do ar". Ele disse que, no geral, o CNPq "não está operando". "Para você ter a dimensão do problema, nós estamos sem e-mail. Os e-mails institucionais para nos comunicar com o CNPq não estão funcionando desde sábado (24), e também estamos sem serviços de telefonia." Ele explica que o órgão utiliza um serviço de telefonia por VoIP, baseado na internet. "E isso tem nos preocupado muito, porque o CNPq ficou incomunicável", disse Muniz. "É inconcebível que o principal órgão de financiamento de Ciência e Tecnologia no país esteja em uma situação dessas. E ficar desde sexta-feira com todos os seus sistemas fora do ar. Isso prejudica centenas de pesquisadores, estudantes e bolsistas", ele pontuou. Impacto negativo direto Romeu Cardozo Rocha Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), avalia que a inoperância das principais plataformas do CNPq "tem um forte impacto negativo nas comunidades científica e acadêmica. Sem elas, praticamente toda a interlocução entre a comunidade e a agência deixa de ser possível". Inicialmente, o impacto impede a comunidade de prosseguir com "qualquer projeto, seja para submissão, seja para implementação, seja para prestação de contas", disse Rocha Filho. Esses são realizados pela Plataforma Integrada Carlos Chagas. Já o acesso à Plataforma Lattes, diz Carvalho, "é uma tarefa contínua na vida acadêmica do brasileiro". "Consigo prever um grande impacto nessas diferentes atividades, com atrasos em chamadas públicas que precisarão ter seus prazos de submissão estendidos. Concursos públicos poderão ter seus períodos de inscrição estendidos", ele afirmou.
Falta prioridade
"Na falta de servidores que hoje nós temos, trabalhar sem sistema é quase como voltar ao tempo das cavernas. Então, eu espero que tenha investimento nisso para que não haja prejuízo maior no futuro", afirmou Muniz.
«A situação do CNPq é um reflexo de como o governo federal tem tratado a ciência de forma geral. O ministério é fraco, recebendo pouca atenção do Executivo, o que, consequentemente, fragiliza o CNPq. O sufocamento do sistema de Ciência e Tecnologia brasileiro mostra seus efeitos", avaliou Carvalho.
A falta de financiamento adequado também é apontada por Rocha Filho como algo que pode trazer novos prejuízos: "o orçamento do CNPq para 2021 é uma fração do que é necessário para que suas funções, como principal agência federal de fomento à ciência, sejam desempenhadas a contento, garantindo o efetivo avanço da área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no país".
Em 2021, segundo dados do Sistema Integrado de Operações (Siop) levantados pelo O Globo, o CNPq teve orçamento de R$ 1,21 bilhão, o menor do século 21. Em 2020 (R$ 1,48 bilhão), 2019 (R$ 1,6 bilhão) e 2018 (R$ 1,48 bilhão), os valores foram ligeiramente maiores. De 2013 (3,14 bilhão) a 2021, a redução chega a 60%.
Em um paralelo, ele aponta que, sem o financiamento, "não há como ter desenvolvimento científico e tecnológico. Este precisa ser priorizado, assim como a Educação e a Saúde". Até o fechamento desta matéria, as plataformas Carlos Chagas e Lattes seguem fora do ar. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQd) tem atendido bolsistas, acadêmicos, cientistas e demais pessoas pelo número (61) 3211-4000 ou pelo e-mail cnpq@mctic.gov.br, vinculado ao MCTI.
Em janeiro deste ano, foram vetados pelo presidente Jair Bolsonaro dois trechos da lei complementar 177/21 que determinavam a liberação imediata de recursos retidos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e proibiam novos contingenciamentos. Em 2020, o FNDCT tinha orçamento de R$ 6 bilhões, mas cerca de R$ 5 bilhões foram impedidos de serem aplicados em Ciência, Tecnologia e Inovação. "A retenção dos recursos do FNDCT tem sido uma das principais estratégias do governo federal para continuar negligenciando a Ciência e os mecanismos criados ao longo de décadas", disse Carvalho ao lembrar que o CNPq "completa 70 anos neste ano". "A origem dessas ações está no claro negacionismo do presidente da República", ele afirmou. "A origem dessas ações está no claro negacionismo do presidente da República", Hernandes Carvalho, presidente da FEsBE. O CNPq é ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil. Para Carvalho, a pasta "tem pouca capacidade de reação para garantir o funcionamento da sua principal agência, uma vez que as condições dos sistemas existentes já haviam sido comunicadas, mas recebeu auxílio precário". "Hoje, a gente está em uma situação em que esses sistemas estão desatualizados, com constantes problemas que já são há anos apontados pelos pesquisadores e agora ocorreu esse apagão. A única explicação que a gente tem é, realmente, a falta de prioridade", disse Muniz. "A única explicação que a gente tem é, realmente, a falta de prioridade", presidente da Associação de Servidores do CNPq. Quase como o tempo das cavernas Outro problema, destaca Muniz, é a falta de investimento em infraestrutura. Ele diz que "falta investimento em Ciência e Tecnologia", mas também há "a falta de investimento nas estruturas que prestam serviços". "A gente fala muito de falta de dinheiro para pagar bolsa, falta de dinheiro para pagar pesquisa, mas esquece de falar que está havendo falta de investimentos (e aí não é só dinheiro, é geral) na infraestrutura". Segundo ele, atualmente, a área de TI da agência tem "pouquíssimos servidores concursados" e é quase toda terceirizada. Muniz destaca que problemas como esses, caso não sejam tomadas devidas providências, podem arranhar "a imagem de segurança e confiabilidade nos sistemas da instituição". Além disso, com um sistema obsoleto, há a perda de eficácia e eficiência no tratamento e na gestão.
Ainda divulgado nesta quarta-feira (28), um comunicado em vídeo apresentado por Evaldo Vilela, presidente do CNPq e o Diretor de Gestão e Tecnologia da Informação, Thales Marçal, revela que a agência deverá informar, entre hoje e amanhã (29), quando os acessos deverão ser restabelecidos.
Vilela reforçou que "os dados estão garantidos" e que a troca do equipamento defeituoso acontecerá o quanto antes. Além disso, diz que não deverão enfrentar problemas com o pagamento de bolsas ou com os prazos, já que todos eles estão suspensos e serão prorrogados. Ele também cita que "o problema na questão da TI não está relacionado ao orçamento". Matéria atualizada em 28/07 às 15:04 com o informativo em vídeo do CNPq. Fontes MCTI O Globo Estadão Senado
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