Boletim Informativo Edição 76

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Boletim Informativo

Telecom MONITORAMENTO DO MERCADO DE

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QUEM Somos Fundada em 1988, em Brasília – DF, a Telemikro foi pioneira no desenvolvimento de placa de discagem automá ca e telefonia. Ao longo destes anos adquiriu experiência, aprimorou suas soluções e serviços, e tornou-se especialista em Gestão de Telecom. As soluções da Telemikro reduzem custos e melhoram a produ vidade do trabalho, através de sistemas modulares e integrados, projetados para empresas públicas e privadas. As parcerias com fabricantes reconhecidos mundialmente garantem a competência e credibilidade da empresa na sua área de atuação, resultando em uma base instalada com mais de 200 clientes citados na relação da revista Exame de Melhores e Maiores Empresas do Brasil. Nossas equipes de projetos e suporte são cer ficadas pelos fabricantes das soluções ofertadas disponibilizando, aos nossos clientes, técnicos especializados prontos para prestar o melhor atendimento e garan r a resolução imediata de eventuais imprevistos.

NOSSA MISSÃO “CONQUISTAR E FIDELIZAR CLIENTES OFERECENDO AS MELHORES SOLUÇÕES".


notas A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) impôs multa de R$ 300 mil a Ricardo Knoepfelmacher, ex-presidente da Brasil Telecom, e de R$ 200 mil a Paulo Narcélio Simões do Amaral, ex-CFO da empresa. Ambos foram condenados pelo não reconhecimento contábil de processos judiciais nas demonstrações financeiras da companhia no período entre 2007 e 2008. Os execu vos podem recorrer. Hoje, a BrT pertence ao grupo Oi.

De acordo com informe da agência, os cabos coaxiais representam um importante meio de transmissão de sinais de telecomunicações, além de possuírem grande capacidade de transmissão de sinais e são muito u lizados na distribuição de vários serviços de telecomunicações. Esses cabos são muito u lizados em soluções internas de cabeamento para serviços de televisão por assinatura (atualmente abrangido pelo Serviço de Acesso Condicionado – SeAC).

Da Redação 3 de julho de 2019 - Telesíntese

Lúcia Berbert 3 de julho de 2019 - Telesíntese

“Não temos um padrão de que especificamente determinadas matérias devam ou não ser tomadas, em sede preliminar, pela área técnica, ou, de fato, em sede preliminar, pelo Conselho Diretor”, afirmou a execu va. Ela fez a declaração ao ser ques onada pelo autor do requerimento da audiência, deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ), ex-ministro da Cultura no governo Temer. O parlamentar quis saber se uma decisão com “tanta contundência” não deveria ter sido tomada pela instância superior do órgão.

O integrante do conselho de administração da Oi e futuro CEO, Rodrigo Abreu, afirmou hoje, 16, em conferência com analistas financeiros, que a empresa não descarta a venda da unidade de telefonia móvel caso seja rentável para o grupo e gere valor aos acionistas.

Abnor Gondim 11 de julho de 2019 - Telesíntese

RAFAEL BUCCO 26 DE MAIO DE 2019 - Telesíntese

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CONSELHO DA ANATEL APROVA AUMENTO NAS TARIFAS DE TELEFONIA FIXA Reajustes das concessionárias Sercomtel, Algar Telecom, Telefônica, Claro e Oi variam de 0,73% a 6,76%. O Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta quinta-feira, 11, reajuste dos planos básicos da telefonia fixa nas modalidades local e longa distância nacional (interurbano). Os percentuais de reajustes das concessionárias (Sercomtel, Algar Telecom, Telefônica, Claro e Oi) variam de 0,73% a 6,76%. Também foi reajustado o valor do cartão de orelhão. O cartão indu vo mais simples, de 20 créditos, agora custa R$ 2,66. Foram aprovados os seguintes reajustes: Sercomtel (6,763%), Algar (0,733%), Telefônica (4,944%), Claro (6,092%) e Oi (6,052%). As concessionárias Sercomtel, Algar, Telefônica, Claro e Oi solicitaram o aumento das tarifas à Agência. Segundo a Resolução 426/2005, as concessionárias podem solicitar reajuste a cada 12 meses. 03

DA REDAÇÃO 11 DE JULHO DE 2019 - Telesíntese


Impulsionada pela móvel, receita da Claro Brasil cresce no 2º trimestre Reunindo Claro, Embratel e Net, o grupo Claro Brasil registrou um avanço de 1,2% na receita líquida total durante o segundo trimestre de 2019, a ngindo R$ 9,038 bilhões no período, conforme balanço financeiro divulgado nesta terça-feira, 16. O desempenho foi impulsionado sobretudo pela receita de serviços móveis, que avançou 10,6% com ajuda de 837 mil novos acessos pós-pagos adicionados entre abril e junho. Dessa forma, o faturamento do grupo na ver cal móvel subiu para R$ 3,003 bilhões. No mesmo período, a receita dos serviços fixos recuou 2,2%, ficando em R$ 5,671 bilhões. O destaque posi vo neste caso foi a banda larga residencial, cuja receita cresceu 14,1% no segundo trimestre. Juntas, as ver cais fixa e móvel somaram uma receita de serviços que avançou 1,9% frente há um ano, totalizando R$ 8,674 bilhões. Ainda assim, as demais linhas de serviços fixos registraram resultados piores, com longa distância, telefonia fixa e local e TV paga reduzindo receitas em 17,3%, 19,3% e 8,4%, respec vamente. Outras ver cais como aparelhos e interconexão também apresentaram queda no faturamento: a primeira, de 3,3%, para R$ 268,6 milhões; a segunda, de 31,4%, para R$ 94,8 milhões. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amor zação (Ebitda) da Claro Brasil alcançou 38,2% no segundo tri, ou R$ 3,454 bilhões. A companhia afirma que a alta de 16,2% no resultado mostra "a jornada de evolução sustentada da rentabilidade dos negócios", visto que há um ano o indicador apontava 33,3%. Sem os efeitos da nova norma contábil (IFRS16), a margem Ebitda entre abril e junho seria de 34,3%. Operacional Na telefonia móvel, a Claro Brasil destacou um crescimento de 16,1% na base pós-paga, ou um aumento de 3,5 milhões de clientes em um ano. Destes, 837 mil foram incluídos no segundo trimestre, permi ndo um market share de 24,1% na categoria em maio. A dinâmica também influenciou evolução de 13,8% na ARPU móvel da empresa. Já no segmento pré-pago ocorreram 793 mil desconexões móveis, aponta o balanço financeiro da controladora América Móvil, também divulgado na noite desta terça-feira. Em junho, a operação brasileira de nha 56,427 milhões de acessos móveis, em variação nega va de 4,4% ante o mesmo mês de 2018. Do total de chips, 31,1 milhões ainda são pré-pagos, frente a 25,3 milhões pós-pagos. No caso dos serviços fixos, as unidades geradoras de receitas somam 34,8 milhões, ou recuo de 2,8% em um ano. Se a banda larga fixa foi responsável por cerca de 80 mil novos acessos durante o segundo trimestre, a telefonia fixa perdeu 113 mil; já a TV por assinatura, 161 mil. Segundo a América Móvil, os serviços residenciais devem crescer através da implementação de FTTH em 51 novas cidades; já a Claro Brasil destacou a incorporação da marca Net no por ólio da Claro, em "movimento alinhado às tendências tecnológicas apontadas para o setor" e anunciado na semana passada. AMX No caso dos resultados da América Móvil no segundo trimestre, foi registrada uma receita total de 250 bilhões de pesos mexicanos (cerca de US$ 13 bilhões). A cifras apontam para queda de 2,7% em um ano. Já o Ebitda alcançou 78,1 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 4 bilhões), em alta de 6,3%; assim, a margem passou de 28,6% para 31,3%.

Por Henrique Julião- 16/07/19, 22:15 - Tele me

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TIM E VODAFONE FECHAM ACORDO DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA NA ITÁLIA Vodafone cede suas torres a Inwit e passa a ter a mesma par cipação que a Telecom Italia na empresa de infraestrutura passiva A Telecom Italia e a Vodafone se tornaram sócias. Ambas passaram a deter a mesma quan dade de ações na Inwit, operadora de infraestrutura móvel que era da Telecom Italia. Com isso, cada tele passou a ter 37,5% do capital da empresa de infraestrutura passiva. O negócio se deu com a compra por parte da Inwit de 11 mil torres da Vodafone na Itália por € 2,14 bilhões, dobrando seu parque. Ao mesmo tempo, haverá a emissão de 360 milhões de ações da Inwit que serão entregues à Vodafone, diluindo a par cipação da Telecom Italia. Ambas as operadoras se comprometem a priorizar a locação de infraestrutura passiva da Inwit por “longo prazo”. A fusão também traz receita adicional do aluguel de a vos para outras operadoras de telecomunicações italianas. A expecta va é que o negócio represente € 700 milhões das receitas da nova Inwit, 80% disso vindo de contratos com Telecom Italia e Vodafone. Haverá ainda sinergias es madas em € 200 milhões até 2021, e de € 600 milhões até 2026. Naquele ano, aliás, esperase que a receita total da Inwit ultrapasse o € 1 bilhão. A Inwit será a fornecedora principal tanto da TIM, quanto da Vodafone, para a construção de novos sites, small cells, DAS e backhaul. Vai atender 45 mil clientes de small cells ou DAS, e construir 2 mil novos sites que terão antenas de ambas as operadoras. A Vodafone ainda se comprometeu a desmontar 1 mil sites em áreas onde há cobertura da Inwit. A transação ainda deve passar pelo crivo dos acionistas da Inwit. Também precisa do aval do regulador an truste italiano e do governo. A expecta va das empresas é que o negócio só seja concluído na primeira metade de 2020. RAFAEL BUCCO 26 DE JULHO DE 2019 - Telesíntese

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Teles preparam edge como serviço e ampliam infraestrutura mirando 5G Elemento obrigatório para a habilitação de serviços 5G no Brasil, a construção de infraestrutura computacional nas "bordas" próximas ao local do acesso (edge compu ng) está se tornando realidade entre as principais operadoras brasileiras. Enquanto a TIM já conta com 11 data centers edge operando em oito estados diferentes, a Claro Brasil projeta para o úl mo trimestre o lançamento de produto baseado na tecnologia para clientes corpora vos – um caminho que também deve ser trilhado pela Oi. No caso da TIM, a estratégia foi divulgada junto ao piloto 5G realizado pela empresa em Florianópolis. Para habilitar o serviço de forma comercial um ano após o leilão de espectro de 2020, a empresa projeta 21 data centers edge até o final de 2021, além de outros 16 para funções core. O obje vo com a camada de rede descentralizada é permi r baixíssima latência em serviços de quinta geração. "Esse conceito arquitetônico é muito importante para o 5G, pois todo conteúdo deve estar o mais próximo possível do usuário final", explicou o diretor de engenharia de rede da TIM, Marco di Costanzo. Dentre os sites já a vos nas "bordas", três estão no Paraná (Ponta Grossa, Maringá e Londrina) e dois em Santa Catarina (Blumenau e Florianópolis). As capitais de Rio Grande do Sul, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba e Goiás também possuem a vos do gênero, além de Campinas (SP). Na programação da TIM ainda estão pelo menos três data centers edge em Minas Gerais e mais dois em São Paulo, bem como em cidades de Alagoas, Bahia e Piauí. Na Embratel, um inves mento de R$ 30 milhões para a construção de sites edge em 16 cidades foi anunciado em abril. Dentre as praças, quatro (São Paulo, Brasília, Recife e Curi ba) devem contar já em novembro com um serviço para o segmento corpora vo baseado na nova arquitetura de rede. "O edge vai ser lançado como solução", afirmou o diretor execu vo de soluções digitais da Embratel, Mário Rachid. "Ainda não decidimos se será Claro Edge ou Embratel Edge, mas o cliente vai conseguir contratar como serviço. Temos várias consultas de clientes e alguns contribuindo sobre como gostariam de estar comprando", apontou, citando a recente unificação dos serviços fixos do grupo sob a marca Claro. A oferta deve ter impacto em todo o por ólio de Internet das Coisas (IoT) da Embratel, além de futuros serviços como carros conectados. Segmentos similares no B2B são vistos como oportunidades pela Oi. "As ver cais primordiais são IoT E controle industrial, mas também a parte do varejo que roda em data centers lá fora, além de saúde e u li es", afirmou o diretor de tecnologias e plataformas da companhia, Mauro Fukuda. Segundo ele, a Oi já estuda como ofertar serviços de edge ao lado de parceiros da operadora na oferta de cloud privada, em oportunidade que deve se materializar em breve. Em um segundo momento, toda estrutura de "data centers telco" da empresa deve ser u lizada para viabilizar o serviços nas bordas. "Além dos nossos seis data centers de TI, temos cerca de 12 data centers telcos. São centrais da operadora que evoluíram para data centers, comportando equipamentos e 'hosteando' so ware e serviços. Em muitos deles vamos implementar as soluções de edge compu ng. No futuro, todas as estações da Oi devem ser adaptadas para comportar esse po de servidores", afirma Fukuda. Assim como projeta a Oi, TIM e Embratel estão u lizando o perímetro de centrais e outros a vos imobiliários para este fim. Vale lembrar que os data centers da Oi são um dos a vos que deverão ser colocados em venda no primeiro semestre de 2020, conforme plano estratégico da operadora anunciado nesta semana. 06


"Importante destacar que quem possui infraestrutura de conec vidade pode trazer e efe vamente entregar essa tecnologia, por isso a importância de escolher um provedor que possua uma infraestrutura robusta", adicionou, por email, o gerente sênior de marke ng e produtos digitais B2B da Vivo, Adriano Pereira. "Já iniciamos estudos e provas de conceito de algumas aplicações e acreditamos nesta estratégia como diferencial para acelerar a adoção e performance de soluções em nuvem aos nossos clientes". Entre as ver cais destacadas pela empresa estão games online, serviços de IoT, análise de grandes volumes de dados, serviços em cloud e streaming de vídeo. Pronto para uso De acordo com levantamento recente publicado pela fornecedora de equipamentos e serviços para data centers Ver v, a evolução tecnológica e o 5G devem exigir um crescimento de 226% no número de sites edge em operação até 2025. Bem menores que as instalações de coloca on, hyperscale ou empresariais, os data centers de "borda" devem ser construídos com o propósito de atender requisitos específicos de uma aplicação. "Essas soluções de infraestrutura 'prontas para uso' serão um componente importante para habilitar empresas e provedoras de telecomunicações a atender a demanda por serviços de edge", aposta a Ver v. Para eles, em telecom a tecnologia deve se adaptar a quatro casos de uso dis ntos: o mizado para consumo humano; o mizado para aplicações machine-to-machine (M2M); crí cos à vida; e intensos de dados. No momento, o site edge intenso em dados e com alta largura de banda é visto como necessidade primária para 42% da indústria. Segundo a Ver v, ele será necessário em casos de uso onde a quan dade de dados torna "impra cável" transferi-los diretamente da rede para o cloud, ou do cloud para o local de uso. "Às vezes a cloud está tão longe que não adianta ter rede de acesso com baixíssima latência nesse caso", adiciona Fukuda, da Oi. Se encaixam no exemplo fábricas e cidades inteligentes ou a entrega de conteúdo em alta definição. Segundo os execu vos ouvidos por este no ciário, modelos de parcerias também devem ser testados pelas teles ao lado de empresas de nuvem, infraestrutura e conteúdo, em caminho já seguido por operadoras de fora (sobre o assunto, a TIM preferiu não fornecer maiores detalhes). Por outro lado, esforços para uma padronização da tecnologia entre diferentes segmentos ainda são incipientes. "A preocupação é principalmente nossa. Discu mos muito edge na nossa relação com empresas de nuvem, mas [por enquanto] cada um está dependendo do seu pedaço e esperando que tenha uma compa bilização no futuro", afirma Mário Rachid, da Embratel.

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Por Henrique Julião - 19/07/19, 21:01 - Tele me


TIM critica 'irracionalidade' nas ofertas da Nextel e da Oi SÃO PAULO- (Atualizada às 13h20) O acirramento da concorrência na telefonia móvel foi alvo de crí ca da TIM Brasil, controlada pela Telecom Italia. Durante teleconferência com analistas nesta quarta-feira, Pietro Labriola, presidente da operadora, afirmou que vê “irracionalidade” nas ofertas da Nextel e da Oi. “Nextel e Oi devem ser mais controladas. A Nextel está muito agressiva com as ofertas, olhando o balanço de portabilidade e sendo agressivos na aquisição de clientes”, disse Labriola. Para o execu vo, a estratégia da concorrente adquirida pela América Móvil, dona da Claro Brasil, é arriscada e pode elevar a provisão para devedores duvidosos (PDD). No caso da Oi, o presidente da TIM também considera que a oferta “não é sustentável no longo prazo”. “Esses dias vi um comercial na TV oferecendo 50 GB por R$ 99,90”, disse. A operadora espera que o movimento de consolidação do mercado eleve a racionalidade dos rivais nas ofertas de pacotes para os segmentos pré-pago e pós-pago. Labriola afirmou que a TIM está no caminho certo para a ngir as metas estabelecidas no plano estratégico para o período de 2019 a 2020. O execu vo disse que foram realizados ajustes de curto prazo para favorecer o crescimento. “Tivemos resultados sólidos, apesar do ritmo lento da economia. A receita de serviços teve uma pequena aceleração no crescimento. Precisamos melhorar para a ngir o ‘guidance’ anual, mas estamos no caminho certo”. No curto prazo, a previsão é de que o crescimento na receita de serviços cresça entre 3% e 5%, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amor zação (Ebitda, na sigla em inglês) deverá expandir entre 5% e 9%. Segundo o execu vo, a estratégia da TIM no segmento pós-pago de telefonia móvel no segundo trimestre de 2019 foi acertada, tanto que o plano TIM Black Família respondeu por um terço das adições no pós-pago puro. No pré-pago, Labriola mencionou que a oferta está mais racional ao oferecer mais bene cios por preço maior. “Estamos nos tornando o primeiro chip ou chip único para os clientes no pré-pago. Estamos ajustando nossa oferta para o segundo semestre ao passo que as medidas para es mular a economia avançam”, disse. O execu vo afirmou que esta reação deve ajudar no desempenho da receita no segundo semestre de 2019. Labriola comentou que a segunda metade do ano o setor de telecomunicações pode passar por um período de consolidação. “A TIM vai explorar todas as oportunidades que possam aumentar o valor da empresa para seus acionistas. O segundo semestre pode trazer várias surpresas”, afirmou. Sobre a expecta va com a reforma da Previdência, o execu vo acredita que a aprovação elevará a confiança do consumidor no segundo semestre e aumente a disposição para gastar. “O contexto para a ngir as metas da TIM está melhor agora do que no início do ano”, ressaltou. Por Alexandre Melo - Valor Econômico

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LEI DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS É SANCIONADA COM VETOS Pelo texto publicado nesta terça-feira, caiu a impossibilidade de compar lhamento de dados entre órgãos públicos A lei que cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados foi publicada nesta terça-feira, 9, com nove vetos. A maioria voltada para alterar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sancionada em agosto do ano passado. A impossibilidade de compar lhamento de dados entre órgãos públicos foi excluída da norma, assim como algumas das sanções previstas para as organizações que descumprirem a lei. De acordo com um dos vetos, a ANPD não poderá contar com o produto da cobrança de emolumentos por serviços prestados. A jus fica va é de que, ante a natureza jurídica transitória de Administração Direta da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, não é cabível a cobrança de emolumentos por serviços prestados para cons tuição de sua receita, de forma que a autoridade deve arcar, com recursos próprios consignados no Orçamento Geral da União, com os custos inerentes à execução de suas a vidades fins, sem a cobrança de taxas para o desempenho de suas competências, até sua transformação em autarquia. Outro veto importante foi no ar go 2º, do projeto de conversão , parágrafo 3º, que estabelecia a revisão dos dados deveria ser realizada por pessoa natural, conforme previsto em regulamentação da autoridade nacional, que levará em consideração a natureza e o porte da en dade ou o volume de operações de tratamento de dados. No entendimento do governo, a propositura legisla va, ao dispor que toda e qualquer decisão baseada unicamente no tratamento automa zado seja susce vel de revisão humana, contraria o interesse público, tendo em vista que tal exigência inviabilizará os modelos atuais de planos de negócios de muitas empresas, notadamente das startups, bem como impacta na análise de risco de crédito e de novos modelos de negócios de ins tuições financeiras, gerando efeito nega vo na oferta de crédito aos consumidores, tanto no que diz respeito à qualidade das garan as, ao volume de crédito contratado e à composição de preços, com reflexos, ainda, nos índices de inflação e na condução da polí ca monetária. O governo também vetou o inciso IV do ar go 23 da LGPD, alterado pelo ar go 2º do projeto de lei de conversão, no sen do de que sejam protegidos e preservados dados pessoais de requerentes de acesso à informação, no âmbito da Lei nº 12.527, de 2011,(Lei de Acesso à Informação) vedado seu compar lhamento na esfera do poder público e com pessoas jurídicas de direito privado. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações sustenta que a propositura legisla va, ao vedar o compar lhamento de dados pessoas no âmbito do Poder Público e com pessoas jurídicas de direto privado, gera insegurança jurídica, tendo em vista que o compar lhamento de informações relacionadas à pessoa natural iden ficada ou iden ficável, que não deve ser confundido com a quebra do sigilo ou com o acesso público, é medida recorrente e essencial para o regular exercício de diversas a vidades e polí cas públicas. O MCTIC argumenta que, sob este prisma, e a tulo de exemplos, tem-se o caso do banco de dados da Previdência Social e do Cadastro Nacional de Informações Sociais, cujas informações são u lizadas para o reconhecimento do direito de seus beneficiários e alimentados a par r do compar lhamento de diversas bases de dados administrados por outros órgãos públicos, bem como algumas a vidades afetas ao poder de polícia administra va que poderiam ser inviabilizadas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional. 08


O Ministério da Economia e a Controladoria-Geral da União, solicitaram ainda, veto ao parágrafo 4º do ar go 41 da LGPD, alterado pelo ar go 2º do projeto de lei de conversão “, que diz: Com relação ao encarregado, o qual deverá ser detentor de conhecimento jurídico-regulatório e ser apto a prestar serviços especializados em proteção de dados, além do disposto neste ar go, a autoridade regulamentará: I – os casos em que o operador deverá indicar encarregado; II – a indicação de um único encarregado, desde que facilitado o seu acesso, por empresas ou en dades de um mesmo grupo econômico; III – a garan a da autonomia técnica e profissional no exercício do cargo.” A razão apresentada foi de que a propositura legisla va, ao dispor que o encarregado seja detentor de conhecimento jurídico regulatório, contraria o interesse público, na medida em que se cons tui em uma exigência com rigor excessivo que se reflete na interferência desnecessária por parte do Estado na discricionariedade para a seleção dos quadros do setor produ vo, bem como ofende direito fundamental, previsto no ar go 5º, XIII da Cons tuição da República, por restringir o livre exercício profissional a ponto de a ngir seu núcleo essencial. Os Ministérios da Economia, da Saúde, a Controladoria-Geral da União e o Banco Central do Brasil manifestaram-se pelo veto aos Incisos X, XI e XII, parágrafos 3º e 6º do ar go 52 da LGPD, alterados pelo ar go 2º do projeto de lei de conversão , que estabelecia a suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a que se refere a infração pelo período máximo de seis meses, prorrogável por igual período, até a regularização da a vidade de tratamento pelo controlador; a suspensão do exercício da a vidade de tratamento dos dados pessoais a que se refere a infração pelo período máximo de seis meses, prorrogável por igual período; a proibição parcial ou total do exercício de a vidades relacionadas a tratamento de dados. Foram ainda vetados no parágrafo 3º o disposto nos incisos I, IV, V, VI, X, XI e XII que permi a a aplicação de sanções a órgãos públicos, sem prejuízo do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.” A jus fica va apresentada foi de que a propositura legisla va, ao prever as sanções administra vas de suspensão ou proibição do funcionamento/exercício da a vidade relacionada ao tratamento de dados, gera insegurança aos responsáveis por essas informações, bem como impossibilita a u lização e tratamento de bancos de dados essenciais a diversas a vidades privadas, a exemplo das aproveitadas pelas ins tuições financeiras, podendo acarretar prejuízo à estabilidade do sistema financeiro nacional, bem como a entes públicos, com potencial de afetar a con nuidade de serviços públicos. LÚCIA BERBERT 9 DE JULHO DE 2019 - Telesíntese 10

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