Boletim Informativo
Telecom MONITORAMENTO DO MERCADO DE
EDIÇÃO 79
quem somos Fundada em 1988, em Brasília – DF, a Telemikro foi pioneira no desenvolvimento de placa de discagem automá ca e telefonia. Ao longo destes anos adquiriu experiência, aprimorou suas soluções e serviços, e tornou-se especialista em Gestão de Telecom. As soluções da Telemikro reduzem custos e melhoram a produ vidade do trabalho, através de sistemas modulares e integrados, projetados para empresas públicas e privadas. As parcerias com fabricantes reconhecidos mundialmente garantem a competência e credibilidade da empresa na sua área de atuação, resultando em uma base instalada com mais de 200 clientes citados na relação da revista Exame de Melhores e Maiores Empresas do Brasil. Nossas equipes de projetos e suporte são cer ficadas pelos fabricantes das soluções ofertadas disponibilizando, aos nossos clientes, técnicos especializados prontos para prestar o melhor atendimento e garan r a resolução imediata de eventuais imprevistos.
nossa missão “CONQUISTAR E FIDELIZAR CLIENTES OFERECENDO AS MELHORES SOLUÇÕES".
notas As vendas de equipamentos e material para escritório, informá ca e comunicação subiram 3,8% em agosto ante julho, contribuindo para o resultado do varejo nacional, que teve alta de 0,1% no mês. Porém, na comparação com igual mês do ano passado, as vendas desse segmento caíram 3,5%, conforme mostra a pesquisa do IBGE, divulgada nesta quinta-feira, 10. LÚCIA BERBERT 10 DE OUTUBRO DE 2019 - Telesíntese
A mudança deverá aparecer no Regulamento Geral dos Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações – RGC. Pelos termos da consulta, será acrescentado ao ar go 3º do regulamento inciso que autoriza o “acesso, independentemente de ordem judicial, quando for tular de linha telefônica des natária de ligações, a dados cadastrais de tulares de linhas telefônicas que originaram as respec vas chamadas”. RAFAEL BUCCO 18 DE OUTUBRO DE 2019 - Telesíntese
Já o presidente da SBA Torres, Roberto Piazza, disse aos membros da CPI que a empresa possui 210 antenas instaladas na cidade. Dessas, 130 estão regularizadas, e 80 estão em processo de regularização. Segundo o execu vo, a empresa foi autuada seis vezes, com o valor total de R$ 1,07 milhão. “Contudo, nem todas as multas são da SBA, pois parte delas foi herdada. Do total de 210 antenas, 208 foram compradas de outras empresas que nham pendências que a empresa acabou assumindo”, disse Piazza. DA REDAÇÃO 22 DE OUTUBRO DE 2019 - Telesíntese
Los Angeles – O conselheiro da Anatel Emmanoel Campelo, que par cipa do Mobile World Congress (MWC) em LA, prometeu entregar a nova proposta para o leilão de frequências da Anatel ainda este ano – faltam apenas mais três reuniões ordinárias do Conselho Diretor. ” Sei que estou premido pelo tempo, e fui um dos que mais pressionaram para que o processo avançasse, mas me surpreendi com uma proposta tão diferente ao que a Anatel vinha fazendo”, afirmou ele. A proposta a qual ele se refere foi apresentada pelo conselheiro Vicente Aquino, na úl ma reunião, e cria, entre outros, o “leilão no escuro” ou CCA (Combinatorial Clock Auc on). MIRIAM AQUINO 22 DE OUTUBRO DE 2019 - Telesíntese
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Oi diz que operação móvel gera valor e concessão fixa é insustentável A Oi enfrenta, neste momento, o desafio de dar impulso ao seu plano estratégico, com foco na ampliação de receitas e reconquista de mercado, e ao mesmo tempo enfrenta um cenário de fortes restrições a crédito em um momento em que os inves mentos necessários para o 5G já começam a aparecer no horizonte. Nesta entrevista concedida por escrito, Eurico Teles, presidente da operadora, e Rodrigo Abreu, que acaba de assumir a função de COO, responsável pela operação da Oi, comentam alguns desses desafios. Nesta entrevista, Teles fala dos planos da Oi para o edital de 5G, indica que a empresa considera a disputa no contexto de leilão não-arrecadatório e ressalta que o leilão está no radar da empresa. Sobre a a ampliação da atuação no mercado de fibra, Teles reforça que a Oi quer se tornar um "enabler" para provedores locais, inclusive players não-regulados. Ele também fala da interpretação do Tribunal de Contas da União sobre os bens reversíveis e reitera que a operadora discorda da leitura patrimonialista. Já Rodrigo Abreu comenta sobre a eventual separação da operação móvel e sobre a importância desta operação na geração de valor da companhia, e destaca a prioridade que a empresa está dando ao plano de recuperação, inclusive no cenário de restrição de caixa. Abreu confirma que o cenário da concessão de telefonia fixa, no momento, é de insustentabilidade, e que a operadora poderá optar, no limite, por rescindir o contrato de concessão e sinaliza que haverá discussões sobre "compensações devidas, incluindo indenizações de prejuízos decorrentes da insustentabilidade e do ressarcimento do inves mento em bens reversíveis não amor zados". Abreu também comentou a questão colocada pela Anatel em relação à oferta de serviços OTT. Para a empresa, as tornas se tornam obsoletas diante do cenário de inovação e não há como restringir os avanços. "A interpretação da legislação deve se adaptar às novas demandas (…), tomando o cuidado também de equalizar as condições de compe vidade para todos os players", diz o execu vo. Vale lembrar que, conforme ata da reunião do conselho da operadora no úl mo dia 20 de setembro, mas subme da à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 30, foi confirmado que Rodrigo Abreu deverá assumir a liderança da empresa e a responsabilidade da implementação do Plano de Recuperação Judicial após o desligamento de Eurico Teles, embora a data ainda não tenha sido divulgada. Diz o documento: "O novo Diretor ficará responsável pela gestão operacional da Companhia de forma a garan r o direcionamento mais eficiente dos recursos para inves mento, de modo a enfrentar os desafios que se projetam". A seguir, a íntegra da entrevista: TELETIME – Como a Oi pretende se capitalizar para a par cipação no leilão de 5G, considerando que a empresa já ficou de fora da licitação da faixa de 700 MHz e hoje é a operadora com o menor spectrum-share (além de ser a de menor market-share). É considerada a hipótese de consórcio ou parceria com outras operadoras (presentes ou não no mercado brasileiro)? Eurico Teles – Faz parte do nosso plano estratégico a consideração de par cipação nos leilões de espectro da Anatel tanto para as sobras quanto para as novas frequências 5G, como parte de uma estratégia de geração de valor para a companhia. O plano prevê os mecanismos de geração/captação de caixa que nos permi riam considerar a par cipação, e temos que lembrar que uma das discussões atualmente em curso é a de mudar o caráter arrecadatório das licitações para um que privilegia a possibilidade de inves mentos produ vos por parte das empresas. TELETIME – Considerando o rápido crescimento dos concorrentes locais (ISPs) no mercado de banda larga fixa, como estão os planos da Oi em relação ao modelo de revenda ou parcerias locais? 03
Eurico Teles – A Oi sem dúvida se destaca por sua imensa infraestrutura nacional de fibra ó ca, e por sua vocação para atuação nacional, em um mercado que cada vez mais demandará capacidade tanto de transporte quanto de provimento local de serviços de alta velocidade. Nesse sen do, nosso plano prevê inves mentos significa vos em infraestrutura de fibra ó ca, que sustentarão a nossa atuação tanto de maneira direta quanto, potencialmente, de maneira indireta, seja através de parcerias com provedores locais, seja atuando como provedora de infraestrutura no mercado de atacado. A Oi está se reposicionando no mercado de atacado (que inclui serviços de interconexão, transmissão de dados de alta capacidade, rede de acesso, dutos e serviços para provedores de internet), com o obje vo de ser o principal viabilizador (enabler) nacional de transporte de dados para os mais diversos pos de clientes. Com sua ampla infraestrutura disponível, a Oi está bem posicionada para atender todas as necessidades do mercado não-regulado, atendendo a demanda crescente por dados, além de compar lhamento de infraestrutura com operadoras e provedores de Internet (ISPs). TELETIME – Quais os resultados mensuráveis da estratégia de ampliação das redes de fibra, priorizada pela Oi nos úl mos meses? Eurico Teles – A Oi conta com vantagens compe vas para ampliar seu serviço FTTH (Fiber To The Home) por ter a maior rede de transporte de dados instalada do país, com mais de 360 mil quilômetros de fibra em todo o Brasil, e adota uma estratégia de reuso da infraestrutura que garante mais agilidade e redução de custos para implantação da Internet via fibra ó ca até a casa do cliente. Com a aceleração dos nossos inves mentos em fibra, ampliamos a nossa projeção de "casas passadas" ao final de 2019 para quase 5 milhões de casas, e temos acelerado significa vamente o ritmo de nossas implantações e instalações. Hoje a oferta Oi Fibra já está disponível em mais de 70 cidades espalhadas pelo país, e estamos chegando a quase 500 mil clientes de banda larga em fibra ó ca, um ritmo excelente e compa vel com nossos planos agressivos de expansão dos serviços. TELETIME – Recentemente o Tribunal de Contas da União trouxe um entendimento defini vo sobre a questão dos bens reversíveis que pode tornar as contas da Anatel desfavoráveis para as atuais concessionárias (por considerarem os valores patrimoniais e trazerem o indica vo de propriedade pública dos bens). Como a Oi pretende se posicionar? Eurico Teles – É necessária uma discussão e análise muito cuidadosas da Anatel e do TCU com relação aos bens reversíveis, pois os mesmos precisam ser entendidos e analisados como o que são: um instrumento de garan a da con nuidade dos serviços, e não um modelo patrimonialista. Na priva zação, as empresas foram adquiridas, e os bens reversíveis definidos como uma maneira de garan r a con nuidade de um serviço que naquele momento era essencial. Temos que lembrar que, passados muitos anos da concessão, hoje o modelo de atendimento é muito diferente, que foram realizados muitos inves mentos ao longo do caminho, e que existem questões inclusive quanto à sustentabilidade da concessão, como temos já apresentado de maneira bastante diligente tanto para a Anatel quanto para o TCU. Questões respondidas por Rodrigo Abreu TELETIME – A Oi entende ser viável a separação da unidade móvel para uma eventual alienação, considerando que nos úl mos anos uma das caracterís cas da empresa foi uma forte integração de sistemas e core de rede para as operações fixas e móveis? Se sim, como seria feita esta segregação? Rodrigo Abreu – Sem dúvida, ao longo do tempo a Oi, assim como todas as demais operadoras, buscou sempre trabalhar em modelos de infraestrutura que pudessem se beneficiar ao máximo de integração entre seus componentes de rede. No entanto, há que se reconhecer que, no nosso caso, a companhia tem uma imensa infraestrutura de transporte, backhaul e capilaridade que é bastante bem definida, e que serve como a vo de sustentação para os mais diversos pos de serviços, e que por isso recebe uma atenção especial quanto à sua gestão e evolução, não tendo sido desenvolvidas de maneira indissociável de nossa infraestrutura móvel. Em relação a uma possível venda das operações móveis, é importante mencionar que temos hoje uma operação móvel sustentável, que gera caixa e tem apresentado ó mos resultados operacionais, em par cular com nosso crescimento nos úl mos 12 meses na aquisição de clientes pós-pagos, onde apresentamos desempenho bastante destacado. Dessa maneira, vale enfa zar que nossas operações móveis sem dúvida nenhuma têm um papel importante na geração de valor para a companhia, e que protegeremos essa capacidade para que possam ser tomadas as melhores decisões de evolução futura. 04
TELETIME – Ainda na hipótese de "fa amento" da operação para a alienação da unidade móvel, como seria feita a separação da dívida? E como seriam feitos os ajustes de planos dos clientes convergentes (Oi Conta Total, por exemplo)? Rodrigo Abreu – Não existe nenhuma discussão de "fa amento" da companhia como chegou a ser aventado, de maneira superficial, e nosso grande foco é na execução de nosso plano estratégico de transformação, que como já mencionado traz prioridades de inves mento bastante claras, e também define um caminho estratégico de crescimento que contempla várias possibilidades de geração de valor no longo prazo. A par r da execução desse plano, temos confiança no a ngimento da sustentabilidade da Oi, com base em uma estratégia centrada nos inves mentos em infraestrutura de fibra, que possibilitam um grande crescimento nas nossas operações de banda larga residencial, e que dão sustentação também para nossas a vidades no mercado B2B, no atacado e na manutenção de nosso bom desempenho no mercado móvel, onde temos focado na reu lização de frequências e expansão da nossa capacidade em áreas prioritárias. Desse modo, ainda é prematuro considerar qualquer detalhamento de potenciais ajustes legais, operacionais ou comerciais, mas suficiente mencionar que exis riam possibilidades e opções viáveis como parte dos cenários possíveis de geração de valor futuro para a companhia. TELETIME – Houve em 2019 uma aceleração do consumo do caixa da empresa em função de inves mentos que a empresa tem feito, que ainda assim não superam os inves mentos das demais concorrentes. Qual é o horizonte de manutenção deste nível de inves mento considerando o nível de caixa atual? Rodrigo Abreu – É importante lembrar que o plano de recuperação da companhia aprovado já previa a necessidade de um período de inves mentos sustentado por uma injeção de recursos proveniente seja da venda de a vos seja de captações adicionais de recursos, e também que apresentamos ao mercado, recentemente, um plano estratégico de transformação bastante coerente, e com muita possibilidade de geração de valor no médio/longo prazo. O plano estratégico de transformação da Oi, divulgado ao mercado recentemente, traz prioridades operacionais bastante claras, e a companhia tem dado sequência à execução dessas prioridades. O centro da estratégia de inves mentos é a aceleração dos projetos de fibra ó ca, que possibilitam um grande crescimento nas nossas operações de banda larga residencial, e que dão sustentação também para nossas a vidades no mercado B2B, no atacado e na manutenção de nosso bom desempenho no mercado móvel, onde temos focado na reu lização de frequências e expansão da nossa capacidade em áreas prioritárias. A par r do plano, anunciamos a aceleração do ritmo de construção de fibra em número de "casas passadas" ("homes passed"), e aumentamos a nossa previsão de construção para 2019, que agora é a de terminar o ano com quase 5 milhões de casas passadas, o que por sua vez tem gerado excelentes resultados em relação ao número de "casas conectadas" com contratação dos serviços de banda larga de alta velocidade. Com isso, não apenas man vemos o plano de Capex desse ano, mas vemos também uma pequena antecipação, e prevemos uma manutenção dos níveis previstos de inves mentos para 2020, que deverá ser da ordem de R$ 7 bilhões. Como já dissemos algumas vezes, temos confiança na estratégia de vendas de a vos non-core e captação de recursos adicionais, além do foco na eficiência operacional, que podem garan r recursos suficientes para financiar nosso Capex como planejado. Cumpre lembrar ainda que o nosso plano de inves mentos conta com o bene cio significa vo da existência de uma infraestrutura nacional de fibra, incluindo transporte, backhaul e capilaridade de acesso, que faz com que tenhamos custos menores de construção que nossos concorrentes. TELETIME – Sabe-se que a concessão de STFC tornou-se insustentável no caso da Telefônica, o que é um indica vo de que o mesmo deve ter acontecido com a Oi. A operadora já sinalizou esta insustentabilidade para o governo? Se posi vo, em que condições a operadora poderia optar por devolver a concessão? Rodrigo Abreu – Sim, a Oi já apresentou o seu pedido de restabelecimento da sustentabilidade da concessão à Anatel há algum tempo, e o mesmo é amparado por dois pareceres. O primeiro é o estudo público realizado pelo grupo de trabalho do MCTIC e da própria Anatel em 2016 que atestou a insustentabilidade das concessões da Oi a par r de 2016. Soma-se a esse um estudo de 2019 realizado pela Consultoria Econômica Accenture, contratada pela companhia, que ra ficou a conclusão pela insustentabilidade, trazendo métodos e dados atualizados. A Oi entende que é um direito da concessionária e um dever da Anatel o restabelecimento da sustentabilidade da concessão, u lizando-se para isso de medidas regulatórias que possam neutralizar as situações de insustentabilidade. Entendemos também que no limite, caso não restem alterna vas, poderia ser discu da a rescisão contratual, com todas as compensações devidas, incluindo indenizações de prejuízos decorrentes da insustentabilidade e do ressarcimento do inves mento em bens reversíveis não amor zados. 05
TELETIME – Considerando que recentemente a operadora lançou seu próprio serviço de TV no modelo OTT, como a Oi se posiciona em relação à oferta de serviços OTT lineares equivalentes aos serviços de SeAC tradicionais por empresas que não sejam operadoras de telecomunicações? A Oi entende que a legislação atual impede que canais ofereçam conteúdo diretamente ao consumidor, como defende a Claro? Rodrigo Abreu – A evolução tecnológica do setor de telecomunicações nos coloca constantemente diante de novas alterna vas de prestação de serviços. Esse é o caso. Existem diversos exemplos, também em outros setores, em que novas formas de prestação de serviço se sobrepõem, na prá ca, a regras que rapidamente se tornam obsoletas. A Oi entende que não há como restringir esses avanços e que, quando per nente, a interpretação da legislação deve se adaptar às novas demandas decorrentes dessa evolução, tomando o cuidado também de equalizar as condições de compe vidade para todos os players envolvidos. Dessa maneira, seguiremos com inicia vas inovadoras, com um ambiente regulatório ajustado e moderno e com maior diversidade de opções que possam es mular inves mentos e ao mesmo tempo beneficiar os consumidores. Por Samuel Possebon - 02/10/19, 18:03 - Tele me
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PUBLICADA A LEI 13.879/2019, COM O NOVO MODELO DE TELECOMUNICAÇÕES O novo modelo de telecomunicações é agora a Lei 13.879/2019, publicada nesta sexta, 4 de outubro, no Diário Oficial. Confira aqui a íntegra. A lei, aprovada pelo Senado há duas semanas na forma do PLC 79/2016, foi agora sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro depois de um certo suspense sobre a possibilidade de vetos, que acabaram não acontecendo. O texto é exatamente o mesmo aprovado pelo Legisla vo, com uma série e alterações na Lei Geral de Telecomunicações. Entre as principais mudanças estão: Ÿ Permi rá às concessionárias de telefonia fixa migrarem para o regime de autorização, mediante cálculo do
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ganho ob do com o novo regime, bens reversíveis e tudo isso aplicado em projetos de banda larga a serem definidos. No caso de não optarem pela migração, as concessionárias poderão ter seus contratos renovados para além de 2025. Permite às empresas com autorização de uso de espectro a renovação sem limites da outorga, desde que cumpridas exigências e contrapar das colocadas pela Anatel. No an go modelo a renovação só podia acontecer uma única vez. Além disso, fica aberta a possibilidade de um mercado de espectro entre as empresas autorizadas, o chamado mercado secundário, em que a negociação por frequência se dá diretamente entre elas. As empresas detentoras de posições orbitais brasileiras poderão ter suas autorizações renovadas sem limitação. A Lei do Fust é ajustada para deixar clara a não incidência do tributo sobre serviços de radiodifusão. Confira aqui neste link como ficou a Lei Geral de Telecomunicações já com as alterações do novo modelo.
Por Samuel Possebon -04/10/19, 06:45 - Tele me
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RECEITA DO CELULAR DA CLARO CRESCE 13% NO 3T19 A Claro Brasil apurou receitas de R$ 9,1 bilhões no terceiro trimestre de 2019, mais 1,7% em relação ao 2T18. O destaque foi para a telefonia móvel, cujas receitas cresceram 13% no mesmo período e para a banda larga fixa, com aumento de 11,8% ano-a-no. A empresa desligou 236 mil clientes de TV paga e 116 mil de telefonia fixa. A Claro Brasil (que congrega a Embratel e as operações de TV paga, banda larga e telefonia celular) reportou hoje, 15 o resultado operacional do terceiro trimestre de 2019, com crescimento de 1,7% na receita líquida total em relação ao mesmo período de 2018. Registrou receitas do consolidado de R$ 9,149 bilhões (ou de R$ 9,11 bilhões reportados para a América Móvil, devido a eliminação de transações intercompanhias). O destaque ficou para a telefonia móvel que teve incremento de receitas no período de 13% ano-a-ano, devido ao incremento de 928 mil assinantes de pós-pago no período. O pré-pago também teve um incremento de receita de 5%. Foram acrescentados mais 3,9 milhões de clientes de celular à base da operadora em relação ao mesmo período do ano passado, o que significou um incremento de 17,8% na base do pós pago. A banda larga fixa também teve aumento de receita em relação ao ano passado, de 11,8%. Mas os serviços de TV paga e de telefonia fixa veram baixa. Conforme o relatório da América Móveil, foram desconectados no período 116 mil linhas fixas e 236 mil clientes de TV paga. Conforme o grupo, “os inves mentos realizados na úl ma década para construir uma plataforma convergente e robusta está dando seus frutos. Esses inves mentos permitem a empresa oferecer tecnologia 4,5 G para 73,7% da população brasileira”.
DA REDAÇÃO 15 DE OUTUBRO DE 2019 - Telesíntese
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TIM PEDE AO CADE ACESSO AO ESPECTRO DA NEXTEL COMPRADO PELA CLARO Para a TIM, concentração de frequências por parte da Claro será grande e Anatel errou ao autorizar a operação sem endereçar tal fato. A operadora quer direito de uso de blocos de 5+5 MHz em 2,1 GHz e 1,8 GHz, por três anos, ou até adquirir quan dade equivalente de bandas sub-3GHz. A operadora de telefonia móvel TIM protocolou ontem, 22, no Comitê Administra vo de Defesa Econômica (Cade) recurso pelo qual tenta modificar o aval dado pelo órgão à fusão entre Claro e Nextel. O negócio, de quase R$ 1 bilhão, foi anunciado em abril e já foi aprovado também pela Anatel. No pedido, a TIM diz que a fusão entre as empresa será danosa à concorrência, levará a mais concentração, sendo necessária a adoção de remédios. E propõe que o Cade mande a Claro alugue para a TIM o espectro da Nextel pelos próximos três anos, ou até que consiga comprar um quinhão de frequências de igual monta e abaixo dos 3 GHz. Caberá ao Cade ainda dizer se aceita ou não o recurso, o que não tem prazo para ocorrer. A operadora elaborou estudos técnicos para mostrar ao xerife an truste brasileiro o tamanho de concentração resultante em mercados específicos, mas o documento foi protocolado como sigiloso. Em compensação, os argumentos que mo vam o recurso estão acessíveis. ARGUMENTOS Os advogados do escritório Pinheiro Neto, que representam a TIM, contestam no documento a avaliação feita pela SuperintendênciaGeral do Cade. Segundo a avaliação da SG, que liberou a fusão, o mercado de telecom é compe vo, a operação não levaria à concentração, novas tecnologias surgindo e leilões de frequências vindouros serão suficientes para reduzir a diferença de insumos entre as operadoras. Os advogados entendem o oposto, no entanto. Defendem que caso ocorram novos leilões de espectro em 2020, a concentração em favor da Claro será corrigida, uma vez que as faixas são para o 5G, tecnologia que ainda deve levar alguns anos para crescer no país. Também dizem que há obstáculos para todas as demais em construir infraestrutura nas cidades. Dizem que concorrentes de menor porte (no caso, a TIM em relação à Claro) não têm a mesma capacidade de “contestar a não replicável vantagem compe va decorrente do efeito desta concentração” de espectro. A TIM contesta que o avanço das tecnologias LTE-Advance Pro e MIMO, sugeridas pela superintendência como capazes de mi gar a concentração da Claro, tenham tal efeito na prá ca. Para a companhia, tais tecnologias potencializam “a eficiência espectral da empresa em relação a seus concorrentes de forma exponencial”. Em miúdos, quem tem mais banda, acaba beneficiado pelo avanço da rede 4,5G porque pode-se pra car a agregação de portadoras. Outra possibilidade aventada pela SG-Cade seria o RAN Sharing. O que, diz a TIM, não funciona. Isso porque o compar lhamento ou se dá apenas em infraestrutura passiva, ou porque, mesmo que haja em contrato previsão de par lha de espectro, nos horários de pico, os mais importantes, cada operadora dedica sua fa a à própria operação. ERRO DA ANATEL? No recurso sobra também para a Anatel. A operadora diz que a decisão da agência foi “equivocada e não reflete o cenário real” quanto à quan dade de espectro que será de do pela Claro em São Paulo e Rio de Janeiro, as áreas atendidas pela Nextel. A TIM diz que a fusão levará a Claro a ter 51% mais espectro disponível no Brasil todo do que a TIM. Em São Paulo, a diferença será ainda maior, de 69% em favor da Claro. No Rio de Janeiro, a diferença será de 47%. A Claro terá 177 MHz em frequências, enquanto a Vivo, 149 MHz, a TIM, 117 MHz, e a Oi, 92 MHz. Diante desses fatores, a TIM pede que o Cade imponha remédios temporários “capazes de endereçar o desequilíbrio espectral decorrente da aquisição da Nextel”. Os remédios vigorariam até que as rivais conseguissem comprar mais espectro abaixo de 3 Ghz. Por fim, sugere que o Cade mande a Claro ceder o uso do espectro a seus concorrentes, a preço de mercado, por um tempo prédeterminado. “A TIM entende adequado que se des ne parte das faixas (portadoras) pertencentes à Nextel, para uso exclusivo de concorrentes que possuam gap acima de 45% de recursos espectrais” da empresa resultante da fusão entre Claro e Nextel. Para não haver dúvidas, a TIM detalha que pleiteia a acesso temporário, em caráter secundário, das faixas de 2.1 GHz e 1,8 GHz, ambos em blocos de 5+5 MHz, por três anos. O valor a ser pago seria proporcional ao valor de aquisição do espectro, em 2015, pela Nextel. RAFAEL BUCCO 23 DE OUTUBRO DE 2019 - Telesíntese 08
AT&T TEM NOVO PLANO ESTRATÉGICO E DIZ QUE CEO FICA NO CARGO ATÉ FIM DE 2020 Gigante de telecomunicações, dona da Sky Brasil, divulgou resultados financeiros com queda nos lucros no terceiro trimestre. Anunciou plano para valorizar ações e para trocar o CEO, Randall Stephenson, que fica no cargo ao menos até o final de 2020. A operadora norte-americana AT&T publicou nesta segunda-feira, 28, os resultados do terceiro trimestre, anunciou a venda de mais a vos, revelou um plano estratégico trienal a fim de reduzir o endividamento e aplacar os ânimos de inves dores a vistas, como fundo Ellio , do bilionário Paul Singer, que comprou ações da tele em setembro e desde então pressiona por mudanças drás cas na gestão. E avisou que o CEO, Randall Stephenson, alvo de pressões, fica no cargo ao menos até o final de 2020. Quanto aos resultados, a dona da Sky Brasil e das programadoras de TV paga HBO e Turner, registrou queda de 2,4% nas receitas totais em relação ao terceiro trimestre de 2018, que ficaram em US$ 44,6 bilhões. Por segmento, o móvel fechou estável, com faturamento de US$ 17,7 bilhões. O grupo de entretenimento, WarnerMedia, teve retração de 3,44% nas receitas, que ficaram em US$ 11,2 bilhões. E o corpora vo encolheu 2,9%, para US$ 6,5 bilhões. Na América La na, a empresa reportou receita de US$ 1,7 bilhão, queda de 5% em função de perdas cambiais – sem isso, teria havido, diz, elevação de 5%. O segmento inclui a Vrio, subsidiária controladora da Sky Brasil e operações da Directv em países da região (exceto México). A Vrio registrou US$ 1 bilhão em receitas, queda de 8,1% em relação o terceiro trimestre de 2018. Novamente, pesou a variação cambial. No saldo de assinantes, a companhia informa que ganhou 160 mil clientes de TV paga. O lucro da AT&T como um todo foi de US$ 3,94 bilhões. Caiu 18% na comparação com o terceiro trimestre de 2018. Diante dos resultados de retração e alto endividamento, a operadora começou a vender a vos. Na semana passada havia anunciado negócio para se desfazer de torres. Hoje, avisou que conseguiu vender a par cipação de da na Central European Media Enterprises (CME), subsidiária focada em conteúdo audiovisual com operação na Europa Oriental. A venda foi para o fundo de inves mentos checo PPF Group. A transação vai movimentar US$ 1,1 bilhão em dinheiro. O comprador assumirá, ainda, dívida de US$ 575 milhões. NOVO PLANO ESTRATÉGICO A companhia desvelou ainda um novo plano estratégico trienal, com a finalidade de gerar mais valor aos acionistas. Segundo a companhia, há duas fortes tendências no mundo: aumento da demanda por conteúdo de qualidade e aumento da demanda por conec vidade de qualidade. Para atender a essas tendências, a empresa diz que precisa ter redes de alta velocidade, escala, acesso a conteúdo “premium”, e um inventário de tecnologias de publicidade. Para os execu vos da companhia, os inves mentos bilionários na compra da Directv há alguns anos e na WarnerMedia, colocaram a AT&T em boa posição para lidar com tais tendências. Ainda assim, é preciso crescer e reduzir o endividamento. No plano estratégico, a companhia afirma que vai crescer entre 1% e 2% (CAGR) pelos próximos três anos. Em 2020, prevê margem EBITDA estável em função dos custos de lançamento do serviço de streaming HBO Max. O novo app de streaming vai concorrer com Ne lix, Disney+ e Apple TV de forma agressiva e no vermelho durante o período. A empresa afirma que em 2022 o EBITDA terá crescido US$ 6 bilhões, em função de inves mentos, corte de custos, sinergias com a WarnerMedia, aumento da demanda móvel e melhora dos resultados da unidade mexicana. A AT&T pretende terminar este ano de 2019 com índice de endividamento em relação ao EBITDA de 2,5x. Até 2022, promete que tal índice ficará entre 2 e 2,25x. A companhia reiterou que estuda a venda de todos os seus a vos “não estratégicos”, e avisou que espera arrecadar entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões em 2020 com desinves mentos. Prometeu distribuir US$ 75 bilhões aos acionistas através da recompra de ações e da distribuição de dividendos. Avisou que não haverá novas fusões ou aquisições “relevantes”. E respondeu, por fim, diretamente ao fundo Ellio , que cobrava mudanças no comando: disse que nos próximos 18 meses haverá contratação de dois novos diretores, um focado em uso de tecnologia para reduzir custos, outro, em finanças. E avisou que começou um plano de sucessão do CEO Randall Stephenson. Ele con nua no cargo, no entanto, ao menos até o final de 2020. RAFAEL BUCCO 28 DE OUTUBRO DE 2019 - Tele me 10
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