Boletim Informativo Edição 77

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Boletim Informativo

Telecom MONITORAMENTO DO MERCADO DE

EDIÇÃO 77


quem somos Fundada em 1988, em Brasília – DF, a Telemikro foi pioneira no desenvolvimento de placa de discagem automá ca e telefonia. Ao longo destes anos adquiriu experiência, aprimorou suas soluções e serviços, e tornou-se especialista em Gestão de Telecom. As soluções da Telemikro reduzem custos e melhoram a produ vidade do trabalho, através de sistemas modulares e integrados, projetados para empresas públicas e privadas. As parcerias com fabricantes reconhecidos mundialmente garantem a competência e credibilidade da empresa na sua área de atuação, resultando em uma base instalada com mais de 200 clientes citados na relação da revista Exame de Melhores e Maiores Empresas do Brasil. Nossas equipes de projetos e suporte são cer ficadas pelos fabricantes das soluções ofertadas disponibilizando, aos nossos clientes, técnicos especializados prontos para prestar o melhor atendimento e garan r a resolução imediata de eventuais imprevistos.

nossa missão “CONQUISTAR E FIDELIZAR CLIENTES OFERECENDO AS MELHORES SOLUÇÕES".


notas A estratégia mul meios da Claro foi dividida em fases e começou com Tiago Leifert como o porta-voz da comunicação, explicando a todos os seus públicos a ampliação da marca ao assumir também o por ólio de serviços residenciais. Ao mesmo tempo, a companhia reuniu seus colaboradores, no Claro Day, para uma transmissão interna e nacional, que oficializou o novo período da empresa.

Outros dados que merecem destaque no balanço do segundo semestre foi o crescimento de 22,8% no número de clientes corpora vos e de 13,2% no MPE. E ainda a conclusão da operação de aquisição da “Smart Telecomunicações e Serviços LTDA”, agregando 1 mil km de fibra óp ca na Grande Recife e região. A Receita de banda larga aos clientes varejo cresceu 3,0%, impulsionada por maior cobertura de fibra óp ca na região de concessão, e já representa quase 50% do total das receitas B2C.

DA REDAÇÃO 7 DE AGOSTO DE 2019 - Telesíntese

ABNOR GONDIM 12 DE AGOSTO DE 2019 - Telesíntese

A venda dos Correios chegou a ser descartada pelo ministro da pasta, o ex-astronauta Marcos Pontes, apresentando versão divergente da defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. O anúncio foi feito após uma reunião entre Bolsonaro e representantes do conselho do Programa de Parcerias e Inves mentos (PPI). Cabe agora ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), fazer uma análise sobre a viabilidade das priva zações.

O projeto de lei 3832/2019, que altera a Lei do SeAC para permi r a propriedade privada na TV paga para veiculação na internet, vai representar a “destruição total do audiovisual do Brasil” e irá deixar sem espaço as cotas dos produtores nacionais e dos canais de TV públicos e comunitários. Essa advertência foi feita hoje, 27, pelo vicepresidente ins tucional da Claro do Brasil, Fábio Andrade, durante audiência pública realizada pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informá ca (CCT) do Senado.

ABNOR GONDIM 21 DE AGOSTO DE 2019 - Telesíntese

ABNOR GONDIM 27 DE AGOSTO DE 2019 - Telesíntese

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CONSELHEIRO ANDRADE QUER PLC 79 NA COMISSÃO DE ECONOMIA, ANTES DE VOTADO NO PLENÁRIO DO SENADO Fábio Andrade, vice-presidente ins tucional da Claro Brasil, defende, em parecer ao Conselho de Comunicação Social do Senado, o PLC 79, do novo marco de telecomunicações. Mas sugere que o projeto, depois de analisado na Comissão de C&T do Senado, seja analisado também pela Comissão de Economia, para que calcule os reflexos da proposta para a economia brasileira. Essa posição é divergente a de execu vos de outras operadoras, que querem mais celeridade na sua tramitação. * No cia atualizada para a correção no tulo, visto que o execu vo Andrade par cipa do Conselho de Comunicação Social não como diretor da operadora de telecomunicações, mas como representante da sociedade civil. O Conselho de Comunicação Social irá votar no próximo dia 5 de agosto, o parecer do conselheiro Fábio Andrade, que é representante da sociedade civil nessa instância consul va do Congresso Nacional, sobre o PLC 79, projeto que muda o marco legal de telecomunicações. Andrade, que é também vice-presidente de Relações Ins tucionais da Claro Brasil aponta, em seu voto, as vantagens que as mudanças promovidas pelo projeto podem trazer para o avanço das telecomunicações no Brasil. O mais ins gante, no entanto, é que o conselheiro, ao invés de pedir celeridade para que o projeto, que está parado na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal desde 2015, que se concre zaria no encaminhamento do PLC 79 diretamente para o Plenário da Casa. depois de analisado pela CCT, manifestou o seu apoio à emenda do Senador Jean Paul Prates (PT/RN) para que seja analisado também pelos integrantes da Comissão de Economia. Para Andrade, é “necessária uma análise concreta e detalhada dos reflexos à economia brasileira com a entrada em vigor da proposta presente no PLC 79/2016. É de todo recomendável que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal também seja ouvida e se manifeste acerca de seu mérito”. Histórico O projeto, depois de aprovado na Câmara dos Deputados em 2015, chegou a ser aprovado em 2016 de forma termina va pela ex nta Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional do Senado e reme do para sanção do presidente da República. Mas, 12 senadores de cinco par dos (PT, PDT, PCdoB, PSB e PMDB) conseguiram em fevereiro de 2017 uma liminar do ministro do STF Luis Roberto Barroso determinando o retorno do projeto ao Senado para votação pelo plenário da Casa. Os senadores argumentaram que a proposta passou por uma tramitação acelerada, sem a análise das comissões permanentes. O projeto foi então reme do à CCT pelo então presidente do Senado, Eunício de Oliveira. Em novembro de 2018 o PLC 79 foi aprovado pela CCT tal igual viera da Câmara, com apenas uma emenda de redação, mas não chegou a ter sua votação concluída pelo conjunto dos senadores.

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Desde que foi apresentado, o projeto, que nha outro número na Câmara dos deputados, durante esses anos, já tramitou por cinco comissões temá cas e foi discu do em três audiências públicas. Com as eleições gerais e renovação do Legisla vo, o PLC foi redistribuído, e passou para a relatoria da senadora Daniella Ribeiro (PP-GO), que não promoveu uma única audiência para debater o seu conteúdo na comissão, durante todo o primeiro semestre de 2019. As mudanças Em seu parecer ao Conselho de Comunicação Social, Fábio Andrade apoia todas as mudanças à Lei Geral de Telecomunicações, propostas pelo projeto, assinalando que elas irão es mular o ingresso de novos recursos para as comunicações no Brasil e propiciará a recuperação de inves mentos das telecomunicações. Entre os pontos positivos, Andrade enumera: Bens Reversíveis: “Convém rechaçar eventuais obscuridades levantadas de forma desproporcional acerca dos bens reversíveis. Isso por que o PLC 79 indica o conceito de bens reversíveis a ser considerado e o momento adequado de seu cálculo.” Migração da concessão de telefonia fixa para serviço privado ou renovação sucessiva da concessão: ” As prorrogações sucessivas da concessão, desde que cumpridas suas condições e obrigações já assumidas, se impõe. A razão está no risco da ocorrência de uma nova licitação para eventual nova concessão do serviço de telefonia fixa ser deserta em virtude da pequena atra vidade econômica da exploração de um serviço pouco demandado pela sociedade. Não havendo interessados em assumir o serviço, caberia então à União a assunção da prestação do serviço, que exigiria, conforme cálculo da Anatel, a u lização de cerca de R$ 43 bilhões do orçamento público para cobrir as despesas operacionais associadas à telefonia fixa”. Prorrogação sucessiva das licenças de espectro e mercado secundário: ” Essa alteração propiciará incen vo à realização de inves mentos em virtude da redução dos riscos de descon nuidade das operações em determinada faixa do espectro. Quando da prorrogação da autorização, o projeto prevê também a possibilidade de fixação de compromissos de inves mento às prestadoras, segundo diretrizes a serem dadas pelo Execu vo”. A alteração pode viabilizar a redução do tempo de instalação de novos serviços e a expansão do uso de novas tecnologias, como a internet 5G e demais. Prorrogação sucessiva das licenças de espectro para satélites “Possibilitar a prorrogação do direito de exploração de satélite por mais de uma vez e prever como faculta va a licitação para novas outorgas de exploração trazem mais segurança jurídica aos atores econômicos desse complexo e especializado mercado. Com efeito, o prazo de 15 anos em vigor para exploração, considerada a possibilidade única de renovação, não tem sido proporcional ao tempo necessário para que o equipamento entre em funcionamento na órbita e tenha sua capacidade de operação exaurida, havendo o risco de descon nuidade da a vidade do satélite mesmo que ainda apto para uso durante considerável período.” Fim do pagamento ao Fust pelas emissoras de rádio e TV ” A LGT expressamente exclui a competência de a Anatel regular a outorga de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens, dispondo sobre tais serviços somente quanto a questões específicas rela vas a faixas de radiofrequência”

MIRIAM AQUINO 1 DE AGOSTO DE 2019 - Telesíntese 04


BRASIL REGISTRA 35,65 MILHÕES DE LINHAS DE TELEFONIA FIXA Em relação a maio, houve uma redução de 214.478 linhas, retração de 0,6%. O Brasil nha ao final de junho 35,65 milhões de linhas de telefonia fixa, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgados hoje, 6. Em relação a maio, houve uma redução de 214.478 linhas, retração de 0,6%. Nos úl mos 12 meses, foram 3.037.305 linhas fixas a menos, um encolhimento de 7,85%. Em junho de 2019, havia 15.870.682 linhas fixas registradas pelas autorizadas no país e 19.779.776 linhas pelas concessionárias. Em 12 meses, as autorizadas veram redução de 955.436 linhas e as concessionárias veram perda de 2.081.869 linhas. Entre as autorizadas, a Claro registrou a maior par cipação de mercado (63,39%) com 10.060.346 linhas fixas no país, em segunda posição ficou a Telefônica (Vivo), com 3.831.510 linhas (24,14%), e em terceira posição ficou a TIM, com 986.982 linhas (6,22%). Em relação às concessionárias, a Oi registrou o maior volume de linhas fixas, foram 10.982.976 linhas (55,52% do mercado), seguida pela Telefônica (Vivo), com 7.944.054 linhas fixas (40,16% do mercado). DA REDAÇÃO 6 DE AGOSTO DE 2019 - Telesíntese 05


NEXTEL DEPENDE DE FUSÃO COM AMX E DIZ QUE NÃO TEM DINHEIRO PARA FUNCIONAR EM 2020 A Nextel Brasil voltou a apresentar perdas no segundo trimestre deste ano, embora muito menores que as registradas no mesmo período de 2018. A operadora teve prejuízo líquido de US$ 12,15 milhões, ante o resultado nega vo US$ 95,4 milhões ano passado. A empresa gerou US$ 12 milhões de lucro operacional antes de depreciações e amor zações (OIBDA ajustado) e terminou o período com US$ 65 milhões em caixa. A companhia inves u (Capex) US$ 13 milhões e precisou receber novos aportes de seus acionistas, que somaram US$ 18 milhões. “Reduzimos nossa queima de caixa a US$ 22 milhões no trimestre, enquanto focamos o aumento da liquidez à espera da conclusão da venda da Nextel Brasil”, afirmou Dan Freiman, CFO da NII Holdings, a controladora da tele brasileira. Ao final do trimestre, a Nextel nha 3,5 milhões de usuários, um aumento de 12,2% em relação ao mesmo período de 2018. O aumento da receita não se deu na mesma proporção, porém, uma vez que a receita média por usuário (ARPU), caiu de R$ 55 para R$ 53 na comparação ano a ano. As receitas operacionais foram de US$ 144,8 milhões. 06


RISCO DE FALÊNCIA Na divulgação dos resultados, apresentados hoje, 6, ao mercado, a NII Holdings, controladora da Nextel Brasil, reiterou a previsão da América Móvil, de que a conclusão da venda para a Claro se dará até o final de dezembro. O negócio ainda precisa do aval do Cade e da Anatel. A controladora admite, no entanto, a possibilidade de fechamento em 2020. Neste caso, a empresa tem fundos para operar até o primeiro trimestre. “Caso a venda pendente da Nextel Brasil seja postergada além do primeiro trimestre de 2020, teremos de alterar nosso plano de negócio para reduzir gastos dras camente ou buscar novos financiamentos”, diz a NII no balanço financeiro. E avisa: “Se por algum acaso o negócio não seja efetuado e não consigamos recuperar o dinheiro depositado na conta garan a até o final do primeiro trimestre de 2020, há dúvidas substanciais sobre nossa capacidade de con nuar operando”. A empresa tem US$ 1,5 bilhão de endividamento, dos quais US$ 377 milhões são despesas imediadas. A dívida de longo prazo soma outros US$ 553 milhões. E há ainda compromissos de longo prazo, como aluguel de torres e contratos com outras operadoras, que somados passam dos US$ 570 milhões. Em a vos, a NII possui US$ 1,2 bilhões. A AMX aceitou pagar US$ 905 milhões para ter a Nextel Brasil. No balanço, a NII avisa também que fechou um acordo com o grupo nórdico AI Brazil Holdings (dono de 27,66% da Nextel Brasil). Pelo acordo, a NII aceitou des nar os primeiros US$ 10 milhões de uma conta garan a existente no México, criada em função da venda da Nextel México para o pagamento de impostos devidos naquele país. Além disso, pagará outros 6% do valor ob do desta conta, quando, e caso, ela venha a ser recuperada. A holding também se comprometeu a indenizar a AI por danos eventuais rela vos ao pagamento de impostos, despesas de transação e li gação que possam surgir da venda da Nextel Brasil.

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RAFAEL BUCCO 6 DE AGOSTO DE 2019 - Telesíntese


TIM QUER ESCALONAMENTO DAS METAS PARA INFRAESTRUTURA Cidades menores podem receber rede de transporte de menor capacidade, que seria melhorada com o tempo, defendeu a empresa na consulta pública sobre 5G feita pelo MCTIC. A TIM propôs, em sua contribuição na consulta da estratégia brasileiras de redes 5G do MCTIC, um escalonamento do inves mento obrigatório em infraestrutura que deverá aparecer no edital do próximo leilão de frequências da Anatel. Segundo a empresa, as metas exigidas podem ser de acesso, em linha com o que aconteceu em editais passados, mas não seria a melhor solução. “A infraestrutura de transporte, pela sua potencialidade habilitadora de outras tecnologias e um incremento de compe ção no acesso, poderia alavancar melhores resultados de médio e longo prazo do que o foco em universalização do acesso”, defendeu. Para tanto, diz a empresa que as obrigações precisam ser estabelecidas conforme a região do país. De nada adianta instalar rede de 10 Gbps em uma cidade com menos de 30 mil habitantes, avaliou. “Poderiam ser vislumbradas duas fases de inves mento: entre 2022 e 2026, implantar a capacidade de backhaul fibra óp ca proporcionalmente à demanda projetada para o município, a se iniciar em 1 Gbps, excetuadas desse limiar mínimo as regiões em que as caracterís cas topográficas e socioeconômicas demonstrem inviabilidade de implementação de fibras óp cas; entre 2027 e 2032, aprimorar a capacidade dos sistemas óp cos, sempre planejado de forma a atender a projeção de demanda da região, para se modernizar a disponibilidade para 10 Gbps”, disse. Assim como Claro e Vivo, a tele cobrou também clareza quanto à limpeza de espectro e harmonização para o próximo leilão. E reforçou o coro para uma forma de fazer com que a Lei das Antenas seja efe va e permita o licenciamento ágil para instalação de small cells. “Nesse sen do, dar efe vidade a Lei das Antenas, por meio de regulamentação a ser realizada por este Ministério e focar em regras para dispensa de licenciamento e isenção de taxas para as small cells (mesmo após as alterações realizadas no arcabouço regulatório das femtocélulas) devem ser estudadas com o intuito de facilitar a implantação de tais equipamentos, dos como indispensáveis para o 5G”, acrescentou. Assim como a Oi, a companhia pediu ainda facilidade para o compar lhamento de postes, dutos e valas. “O es mulo ao compar lhamento de infraestrutura passiva entre prestadoras, deve constar expressamente do rol de oportunidades de atuação da Estratégia Brasileira de Redes de Quinta Geração (5G)”, opinou.

RAFAEL BUCCO 8 DE AGOSTO DE 2019

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ALGAR REGISTRA LUCRO DE R$ 178,8 MI NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2019 A companhia destacou a aprovação de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pela Anatel, o que levará à conversão de parte das multas aplicadas em inves mentos de telecom A Algar Telecom divulgou hoje, 12, os resultados do segundo trimestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. De abril a junho deste ano, a companhia registrou lucro líquido consolidado de R$ 178,8 milhões, bem superior aos R$ 79,9 milhões contabilizados no mesmo trimestre do ano passado. A margem é de 24,8% sobre a receita operacional líquida. No acumulado dos primeiros seis meses deste ano, o lucro somou R$ 226,2 milhões, ante R$ 135,9 no mesmo período do ano anterior. Outros dados que merecem destaque no balanço do segundo semestre foi o crescimento de 22,8% no número de clientes corpora vos e de 13,2% no MPE. E ainda a conclusão da operação de aquisição da “Smart Telecomunicações e Serviços LTDA”, agregando 1 mil km de fibra óp ca na Grande Recife e região. A Receita de banda larga aos clientes varejo cresceu 3,0%, impulsionada por maior cobertura de fibra óp ca na região de concessão, e já representa quase 50% do total das receitas B2C. Os clientes B2B geraram uma receita bruta de R$ 403,4 milhões no 2T19, 59% de toda a receita do segmento Telecom e uma evolução de 5,8% em relação ao segundo trimestre de 2018. Essa evolução foi propiciada, sobretudo, pelas soluções de dados, cujo crescimento foi de 6,6%. Ressalta-se, ainda, os serviços TIC, que aumentaram 44,5% no período. No acumulado dos 6 primeiros meses do ano o crescimento da receita com esses clientes foi, igualmente, de 5,8%. As receitas de voz dos clientes B2B, por sua vez, apresentaram uma queda de 12,3%, influenciadas pelo menor uso de voz móvel por parte das pequenas empresas da área de concessão da Companhia. As receitas de voz representam apenas 11,5% do total das receitas do B2B. Por fim, as outras receitas evidenciaram um aumento de 50,3% explicado, sobretudo, pelo crescimento dos serviços de SVA, especialmente aqueles voltados para a proteção, gestão e monitoramento das redes. O balanço registra margem de 40,1% em EBTIDA recorrente em Telecom. A companhia contabiliza R$ 117,3 milhões no EBITDA rela vos ao trânsito em julgado no Tribunal Regional Federal primeira região (TRF-1) do reconhecimento do direito da exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições ao PIS e COFINS. TAC Também é destaque no item “Robusto Desempenho Financeiro” um avanço na resolução do acúmulo de multas aplicadas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) à companhia. É que, no dia 1º de agosto de 2019, o Conselho Diretor da Anatel aprovou por unanimidade a proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Algar Telecom, o que levará a conversão de parte das multas aplicadas pela agência reguladora à Companhia, em inves mentos direcionados no segmento de telecomunicações. O TAC seguiu para análise do TCU (Tribunal de Contas da União). A Algar Telecom inves u R$ 175 milhões no segundo trimestre de 2019, volume 30,0% maior que o verificado em igual período de 2018. De janeiro a junho do corrente ano, os inves mentos totais somaram R$ 377 milhões, um aumento de 50,0% em relação ao 1º semestre de 2018. O maior volume de inves mentos foi direcionado, sobretudo, à aceleração do projeto Algar Fibra, que leva banda larga de alta velocidade com fibra óp ca até a casa dos clientes (FTTH), e a uma maior expansão geográfica com foco no mercado corpora vo.

ABNOR GONDIM 12 DE AGOSTO DE 2019- Telesíntese

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OI ESTUDA NOVO REFORÇO DE CAPITAL CFO da operadora diz que queima de caixa ocorrida no 2º tri já era esperada e que confia na venda de a vos ainda este ano para reforçar reservas. Mas não descarta fazer novo aumento de capital, emi r debêntures ou obter financiamento com fornecedores. O diretor financeiro da Oi, Carlos Brandão, afirmou hoje, 15, durante a conferência de resultados com analistas de mercado, que a empresa não descarta a necessidade de levantar mais capital este ano. Segundo ele, a queima de caixa de R$ 1,9 bilhão vista no segundo trimestre, e que deixou a companhia com reservas de pouco mais de R$ 4,2 bilhões, está em linha com o guidance para o período. Mas, caso haja necessidade, algo pode ser feito. “Não há surpresa na redução do caixa. Esperávamos a queima. Estamos completamente confiantes de que vamos entregar o esperado com os recursos que temos. Mas há alterna vas, como emissão de debêntures, financiamento junto a fornecedores, e aumento de capital. Está tudo aberto à análise e discussão”, afirmou na conferência. Conforme o plano de recuperação judicial, a Oi poderá levantar novos aportes dos acionistas, totalizando R$ 2,5 bilhões, ainda este ano. A emissão de debêntures ou o financiamento com fornecedores, saídas cogitadas por Brandão, são possíveis, mas têm impacto maior sobre o endividamento do grupo. Ele voltou a reforçar os planos de obter R$ 7 bilhões com a venda de a vos neste e no próximo ano, o que também, a seu ver, reduzem a necessidade de buscar novos aportes ou emissões de dívida. Neste ano, a tele concluiu um aumento de capital de R$ 4 bilhões. Até o quarto trimestre, venderá torres e a par cipação de 25% de da na operadora angolana Unitel. No primeiro semestre de 2020, a Oi venderá seus data centers e infraestrutura de fibra óp ca “não estratégica” localizada em São Paulo. Em 2021, ele pretende vender imóveis. A empresa também tem créditos fiscais de R$ 2,1 bilhões e aguarda julgamento de contestação que pode gerar mais R$ 1 bilhão em novos créditos fiscais. RETORNO AO AZUL O chefe da área financeira da operadora ressaltou que o plano de recuperação está sendo seguido à risca. A redução não apenas da receita, como também do EBITDA e o aumento do endividamento estão dentro do plano de recuperação judicial e do projeto de inves mentos ali descrito. “Este é o ciclo das telecomunicações. Primeiro, os gastos com inves mentos. Depois vêm os resultados. E depois, os gastos voltam a subir”, lembrou. A expecta va é que apenas em 2021 a companhia volte ao azul. Ele ressaltou, no entanto, que no próximo trimestre será anunciada uma estratégia para acelerar a atração de novos usuários FTTH, o serviço mais rentável da companhia. A operadora planeja terminar 2021 com 16 milhões de homes passed (HPs, residências aptas a assinar sua banda larga por fibra). “Será um ambicioso programa para elevar o take up rate [taxa de ocupação]”, afirmou. Atualmente, essa taxa é de 10,2%. Ou seja, das 2,9 milhões de casas cobertas por rede FTTH, 291 mil assinaram a banda larga por fibra da Oi. A meta é chegar a 25% em 2021 – ter até lá 4 milhões de assinantes na fibra. Bernardo Winik, diretor de varejo e nacional da Oi, disse que a companhia tem como foco migrar clientes do cobre para o FTTH e roubar clientes dos provedores regionais. “Estamos priorizando na expansão subúrbios e áreas não ver cais, onde realmente compe mos com ISPs”, afirmou. Atualmente, a Oi tem rede de fibra no acesso em 2.860 cidades. DIGITALIZAÇÃO Brandão explicou ainda que a companhia está em vias de concluir sua transformação digital, o que deve acontecer até o final deste ano. Iniciado em 2016, o processo de migração de processos para formatos digitais reduz custos. O execu vo diz que 63% da base de clientes já usa o app Minha Oi, pelo qual o usuário pode fazer autoatendimento. Ao mesmo tempo, a base de clientes que usam apenas o e-billing (conta em formato digital) aumento para 38% dos assinantes. E as vendas por canais digitais, sem passar por lojas sicas, subiu 57% nos úl mos três anos. O próximo e defini vo passo virá em 2020, quando a empresa promete se tornar um grupo digital. Para ano que vem, Brandão disse que o sistema de TI terá nova estrutura, mais ágil, com redução do me to market e diminuição de custos de desenvolvimento de produtos. A interação entre os canais de atendimento será completa, com o canal digital superando o call center como mais importante para resolução de problemas. E, por fim, ele diz que a companhia fará uma grande reformulação de ofertas, reduzindo a quan dade de planos móveis, fixos, de banda larga e TV. Entre as tá cas está a adoção de modelos de flat-fee (tarifa única) por cliente, o que teria o poder reduzir as reclamações por erros de cobrança, por exemplo. O CFO da Oi afirmou ainda que, embora o PGMU tenha trazido mudanças nas metas de instalação e manutenção de orelhões, o que permi u à Oi desligar centenas de milhares desses equipamentos, ainda neste ano e na primeira metade de 2020 haverá custos elevados em relação à manutenção desses serviços. Os custos com TPUs devem estabilizar apenas no segundo semestre do ano que vem. RAFAEL BUCCO 15 DE AGOSTO DE 2019 - Telesíntese

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