Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
Saiba mais sobre as publicações que ajudam os profissioanais do SUS página 02
telessaude@saude.sc.gov.br
A violência doméstica é problema de Saúde Pública? página 06
Entrevista com Tânia Grigolo sobre a Atenção Básica e o CAPS página 03
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
telessaude@saude.sc.gov.br
Publicações auxiliam profissionais do SUS Luís Oliveira/MS
Os chamados Protocolos funcionam como manuais, dando suporte quando há dúvidas de saúde até o levantamento da efetiva necessidade de compra e distribuição dos medicamentos”.
A situação atual Hoje, a bibliografia cresceu. Quando o livro foi publicado, continha apenas 33 protocolos. A variedade disponível agora, no portal do Ministério da Saúde, chega a 74. Com o tempo, também foi estabelecido um padrão de formato, que ajuda na eficácia do material. O documento não se baseia apenas em evidências cientíLançamento, em 2010, da edição impressa dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ficas, mas em narrativas dos laborados com o objetivo páginas e 33 doenças de alta pacientes. Por isso, todos são de padronizar atendimen- prevalência no Brasil, como in- atualizados e revisados constantos e tratamentos de deter- suficiência renal crônica, doença temente. O que, com o tempo, minadas doenças, os protocolos de Parkinson e doença falcifor- acabou gerando uma maneira foram elaborados pelo Ministé- me. O então Secretário de Aten- padrão de organizar o material: rio da Saúde para aumentar a se- ção à Saúde, Alberto Beltrame todos são divididos em seis módulos que descrevem em degurança do profissional na hora talhes como proceder durante de fazer uma consulta. O mateO objetivo é uma consulta. Tudo para ajudar rial funciona como um “manual o profissional de saúde a manter facilitar o acesso à da consulta” e aborda desde a a qualidade do seu trabalho e a caracterização das doenças até informação confiança em si mesmo, evitano tratamento e a forma de admido encaminhamentos desnecesnistração, o tempo de uso. A ideia não é ditar uma linha declarou, durante o lançamento, sários e aumentando a resolubide atendimento, nem tão pouco que os protocolos “servem para lidade. fixar uma única forma de trata- auxiliar no aperfeiçoamento gemento, mas, ao contrário, faci- rencial dos programas de assis- Links interessantes litar o acesso do profissional à tência farmacêutica no âmbito Portal da Saúde com acesso a informação. Disponível no site do SUS, com reflexos que se es- todos os Protocolos Clínicos do Ministério da Saúde, sua utili- tendem do atendimento médico http://migre.me/a3laW zação e alcance são tão grandes à prescrição de medicamentos, PDF da edição impressa, lançada que, em 2010, uma publicação do planejamento e da progra- em 2010 - http://www.webraimpressa foi lançada, com 600 mação orçamentária das ações diosaude.com.br/protocolos/
E
2
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
telessaude@saude.sc.gov.br
Qual o melhor momento para encaminhar ou como potencializar o tratamento de alguém que sofre com a realidade da dependência Tânia Grigolo, assessora do Ministério da Saúde na Área Técnica de Saúde Mental/Álcool e outras drogas, tem experiência profissional no campo da Saúde lo entre eles e as equipes, produz Pública e Saúde Mental. bons resultados. A Redução de TI - Qual o papel da Atenção Bá- Danos é uma forma de oferecer sica no manejo dos dependen- cuidado sem exigir a abstinência tes químicos que são encami- total das drogas e sem ter a internação como primeiro e único renhados para os CAPS? Tânia Grigolo - As ESFs têm um curso aceitável. papel importantíssimo neste cuidado e, principalmente nos casos “Faz parte do mais graves, precisam do apoio trabalho do CAPS dos CAPS AD e outros serviços especializados. Ainda assim, apoiar as ESF’s” precisam cuidar dos familiares e se manter junto ao usuário no acompanhamento de seu Projeto TI - Quando um alcoolista, por Terapêutico, que se fará não ape- exemplo, procura a AB, como nas nos CAPS, mas no território, e quando ele deve ser encamiem casa e no cotidiano destas fa- nhado para os CAPS? Tânia Grigolo - Quando há rismílias. TI - Por onde as ESF podem co- cos sérios à saúde física e através da avaliação do padrão de uso meçar? Tânia Grigolo - As ESF já conhe- adotado, deve-se buscar apoio cem e acolhem muitos desses das equipes especializadas dos usuários e familiares. É preciso CAPS, Centros de Atenção Psiqualificar este contato e ampliá- cossocial Álcool e Drogas (CAPS -lo. Sabemos que a lógica da Re- AD) ou NASF. Alguns usuários se dução de Danos é fundamental recusam a ir aos CAPS ou outros para estas ações e que aumentar serviços. Nestes casos as equipes o contato das ESF com estes usu- de apoio devem fazer o atendiários e famílias, buscando o víncu- mento conjunto na casa ou na
Allan de Carvalho
As Unidades de Saúde, o CAPS e o vício Unidade Básica de Saúde (UBS). As visitas domiciliares às famílias devem ser mantidas pelas ESF, mesmo quando o usuário está sendo tratado no CAPS e o cuidado deve ser conjunto. É necessário avaliar o risco à saúde que está presente em cada situação, pois os Hospitais Gerais também devem ser acionados quando necessário. TI - Como os profissionais da Atenção Básica (AB) podem buscar ajuda com os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e outras instituições não governamentais para ações de apoio aos usuários de drogas lícitas e ilícitas? Tânia Grigolo - Faz parte do trabalho dos CAPS apoiarem as Equipes de Saúde da Família (ESF) no cuidado das pessoas com uso problemático de drogas. As ESF devem buscar este apoio nos CAPS e nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) que contarem com profissionais da área, pois o apoio matricial às ESF é a tarefa central destes dispositivos. Os CRAS podem ser acionados e suas equipes devem participar do cuidado às famílias e aos usuários. O ideal é que as ESF discutam um Projeto Terapêutico Singular voltado ao cuidado destes usuários juntamente com os CAPS, NASF e CRAS, compartilhando as responsabilidades de cada um.
3
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
telessaude@saude.sc.gov.br
A saúde dos catarinenses está à venda Com a entrada das OSs, hospitais públicos de SC deixam de atender apenas o SUS
F
echado e em reformas desde 2009, o Hospital Florianópolis, quando reabrir, deve ser mesmo entregue a uma Organização Social (OS), o que significa, na prática, a privatização da instituição. As OSs permitem a entrada de capital privado na Saúde, sendo assim, o hospital deixará de atender somente ao SUS, passando a aceitar convênios privados e particulares. Esta e outras situações preocupantes da saúde pública no Estado foram expostas durante a audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado, realizada no dia 11 de julho, sobre os hospitais públicos de Santa Catarina. Foram colocadas as situações de quatro unidades hospitalares do Estado: o Hospital Infantil Joana de Gusmão e o Florianópolis, o Instituto de Cardiologia de São José e o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt de Joinville. Para o representante do Simesc, Ciro Soncini, um dos maiores problemas, além do sucateamento da estrutura física dos hospitais, é a falta de servidores. “É preciso resolver o problema de recursos humanos. Se a Saúde foi prioridade de campanha do governo, deveria continuar sendo prioridade”, disse referindo à campanha do atual governador, Raimundo Colombo. A Diretora do SindSaúde, Edileuza Fortuna, apresentou da-
4
OSs já estavam previstas na campanha de Raimundo Colombo e devem ser implantadas
dos sobre os hospitais públicos e alguns apontamentos, como soluções para os problemas vividos hoje pelos trabalhadores da Saúde e pela população. Edileuza mostrou dados do Plano Plurianual (2012/2015) do governo estadual que prevê a destinação de verbas para os hospitais: hospitais próprios: 719 mi; hospitais gerenciados pelas Organizações Sociais: 881 mi; hospitais terceirizados: 133 mi; e atenção básica (293 municípios): 38 mi. Ela apontou algumas saídas como o aumento do financiamento público para as unidades públicas, aumentando a rede pública de atendimento; concurso público como garantia de acesso democrático e carreira, profissionalização da gestão: carreira de gestor público, educação permanente, fortalecimento e respeito ao controle social, entre outras. “Apesar
de todas as dificuldades os dados mostram também o importante trabalho que os hospitais públicos prestam à população mesmo com a falta de investimentos”, disse Edileuza. Helga Regina Bresciani, do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/SC), também criticou o modelo de gestão das OSs. E disse que há um déficit de 2,4 mil profissionais de enfermagem na Saúde. “Abrem-se novos serviços e não se contratam mais profissionais. Investem em Organizações Sociais, então porque não investem em profissionais da Saúde?”. O gerente-técnico do Hospital Florianópolis, Rui Toebe, falou sobre o desmonte por qual passa a saúde pública e fez críticas ao modelo de Organizações Sociais, dizendo que “esse modelo defende apenas grupos específi-
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
telessaude@saude.sc.gov.br
Usuários do SUS falaram sobre as dificuldades de acesso à saúde pública no Estado
cos e não resolve os problemas. Desrespeita a Constituição, o Judiciário e o cidadão”. E fez um apelo em defesa do SUS ao final da sua intervenção na mesa: “Temos o melhor sistema de saúde do mundo. Não o destruam”. O Secretario Estadual de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, esteve presente na reunião e admitiu os problemas de estrutura física, a falta de servidores e os salários baixos na saúde pública do Estado. Dalmo jogou a culpa na burocratização para licitação de compras de materiais e reformas nos hospitais. “A Saúde não pode esperar os trâmites burocráticos”, avaliou. Ele ainda falou que o repasse de verbas do Ministério da Saúde para o Estado é inferior ao Paraná e ao Rio Grande do Sul, referindo-se à tabela de repasse de pagamento do governo federal por atendimentos de alta e média complexidade. “Enquanto no Paraná o teto por habitante é de R$ 160,00, em Santa Catarina é de R$ 137,00”. Quando iniciou o debate, o secretário deixou a au-
diência e foi vaiado pelo público por não ficar para responder os questionamentos. Dalmo afirmou que ainda nesse mês a Secretaria deve nomear 290 novos profissionais para a Saúde. O que sabemos ser um número ínfimo e que não fará frente às reais necessidades dos hospitais e unidades de saúde estaduais. Superintendente admite que Hospital Florianópolis será repassado para uma OS O Superintendente de Hospitais Estaduais Walter Gomes Filho, admitiu, durante a audiência pública, que o Estado está realizando estudos no Hospital Florianópolis e no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt de Joinville para passar a gestão para as Organizações Sociais e disse que as terceirizações para as OSs já estavam previstas na campanha do governador Raimundo Colombo e que serão implantadas. O Diretor do Sindprevs/SC, Márcio Roberto Fortes, falou sobre a greve dos servidores fede-
rais da Saúde e lembrou que o Sindprevs/SC manterá o combate e a luta contra as Organizações Sociais por entender que elas privatizam a saúde pública e prejudicam a população carente que tanto necessita do SUS. Márcio denunciou o descaso com que os servidores do Hospital Florianópolis estão sendo tratados desde o início da reforma e sobre a expectativa de todos para voltar ao trabalho no Hospital, atendendo 100% pelo SUS. População e sindicatos pedem que a União invista 10% do Orçamento na Saúde Entre os pedidos da audiência pública que serão encaminhados estão a destinação de 10% do Orçamento da União para a Saúde, levantamento do real déficit de servidores nos hospitais estaduais e a não transferência dos hospitais para as mãos das Organizações Sociais. A audiência pública, bem como outras que já ocorreram para denunciar a privatização da Saúde no Estado promovida pelo Governo Raimundo Colombo, são de extrema importância para debater esta problemática, porém sabemos que somente com muita luta e conscientização da população poderemos barrar esse projeto de destruição do SUS. Compartilhando Marcela Cornelli Desacato - a outra informação 16 de Julho de 2012 http://migre.me/a35QM
5
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
telessaude@saude.sc.gov.br
A violência é problema de quem? A discussão sobre os diferentes tipos de agressão em ambiente familiar ainda é nova e esbarra em dúvidas profissionais: quem pode atender melhor as pessoas que convivem com essa realidade e como ajudá-las? Qual o papel das Equipes de Saúde da Família?
N
o dia 22 de setembro de 2006, entrou em vigor no Brasil a Lei Maria da Penha. Inspirada no caso da farmacêutica bioquímica, Maria da Penha Maia Fernandes, a nova lei criou punições para agressões ocorridas contra mulheres em ambiente familiar. Hoje, é vista como referência mundial na luta contra a violência doméstica. Entretanto, até que seja 100% efetiva, ainda falta muito: a rede de apoio a essas vítimas, por exemplo, ainda está no início, deixa a desejar. Primeiro Passo: identificação de situação de risco Não faz muito tempo que a Saúde Pública assumiu a vio-
lência como uma de suas atri- regada que a menstruação está buições. Foi em 2002 que isso atrasada há 20 dias. Além disso, passou a acontecer e, ainda a profissional também percebe hoje, 62% dos profissionais acre- a paciente triste e pergunta se ditam que o melhor atendimen- ela quer falar sobre o que a aflito é encaminhar a mulher para ge. Ela mostra algumas marcas uma delegacia especializada. no corpo e conta que foi agrePara orientar e evitar que en- dida pelo parceiro, que ele foi caminhamendemitido e, tos como estes desde então, aconteçam, tem chegado “Como você Stella Taquetem casa emabordaria as te, doutora em briagado, com questões de conflito?” medicina pela alguma frequUniversidade ência. de São Paulo, Com esta organizou o material intitulado apresentação feita, ela quesMulher Adolescente/Jovem em Si- tiona: “Como você abordaria as tuação de Violência, em que dis- questões de conflito?” e “Quais cute propostas de intervenção profissionais seriam importanpara o setor da saúde. tes para o encaminhamento dos Um dos capítulos do livro problemas detectados?”. publicado apresenta um As dicas que a autora lista poestudo de caso em que dem ser acessadas através do a autora traz um caso link http://migre.me/a68mX, comum na mas o importante é realmente realidade levantar a dúvida: você saberia como agir? brasileira: a de uma jovem de 16 anos que, durante uma consulta para fazer o preventivo, conta a enfermeira encar-
6
Protocolo de atendimento Organizado pelo Grupo Bem-Estar Familiar no Brasil (BEMFAM), o Protocolo de Assistência à Saúde Sexual e Reprodutiva para Mulheres em Situação de Violência de Gênero traz três perguntas chaves, com as quais
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
telessaude@saude.sc.gov.br
http://migre.me/a6c2e
o profissional pode identificar, mais facilmente, casos de violência. São perguntas que podem ser feitas durante uma consulta. É importante que a pessoa esteja sozinha e sinta-se à vontade para falar. Em caso de constragimento, o protocolo do grupo sugere ainda que o profissional mencione uma forma padrão de agir e conte que as perguntas são feitas a todas as mulheres, como forma de combate à violência. 1. Você já se sentiu maltratada emocionalmente ou psicologicamente por seu/sua parceiro/a ou outra pessoa importante para você? O profissional de saúde deve saber como agir para melhor ajudar 2. Alguma vez seu/sua parceiro/a ou alguém importante para você lhe agrediu fisicamente? Notificações de violência Doméstica 3. Você já se sentiu forçada a ter contato ou Para orientar os profissionais que atuam nas relações sexuais? É problema de saúde pública Grande parte das dúvidas de procedimento continuam presentes, mesmo depois de essas perguntas serem feitas e a violência ter sido identificada. E grande parte dessas dúvidas, infelizmente, continuará sem resposta, porque cada caso é diferente. Encaminhar a uma delegacia não é a resposta para todos os casos e nem o é, o atendimento. Muito menos quando tais ações são feitas de maneira isolada. Talvez a solução seja trabalhar em conjunto: para Miriam Ventura, autora do livro Direitos Reprodutivos no Brasil, por exemplo, a violência doméstica é questão de Saúde Pública e de Segurança. Disponível para download pelo link http://migre.me/a6aSb, o livro defende que “grande parte das pessoas omite as violências sofridas por vergonha, receio de denunciar ou obstáculos para obter assistência e proteção. Como o setor saúde é responsável pela assistência médica individual, uma organização dos serviços e abordagem acolhedora e adequada podem encorajar a pessoa assistida a revelar sua situação e buscar garantir seus direitos à saúde e à segurança, coibindo novas violações”.
unidades ou nos serviços notificadores a um preenchimento mais uniforme da ferramenta de coleta de dados nas unidades de Saúde de referência, o Ministério da Saúde publicou, em novembro de 2009, um documento com o instrutivo de preenchimento da ficha de notificação. Propõe-se com essa organização que a notificação se torne o primeiro passo para uma atenção integral destinada às pessoas em situação de violência. Acredita-se que apenas uma pequena parte dos casos de violência são conhecidos, e é justamente esta a importância das notificações: ter noção da magnitude do problema ajuda na hora de identificar mesmo lesões de menor gravidade. A ideia não é ter uma noção da quantidade de pessoas que sofrem com este mal, mas sim reunir as informações necessárias para elaborar políticas públicas que possam ajudá-las de alguma forma, definir propósitos, estabelecer diretrizes. É importante lembrar que a notificação de violências contra crianças, adolescentes, mulheres e pessoas idosas são obrigatórias, mas além do dever com a lei, o preenchimento correto pode ajudar em casos futuros, tornando mais fácil para o profissional identificar lesões em novos casos. E mais que isso, é importante tornar claro para as vítimas que elas não estão sozinhas.
7
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012 2012
Filmes
telessaude@saude.sc.gov.br
Chocolate (2000)
Slim, interpretada por Jennifer Lopez, levava uma vida tranquila, trabalhando como garçonete em uma pequena lanchonete. É no trabalho que conhece Mitch, por quem se apaixona e acaba, eventualmente, casando. Embora o início do filme seja bonito, a história que ele conta é triste. Slim descobre que seu marido a trai e é espancada diversas vezes por ele até que resolve, para proteger a si e sua filha, fugir e tomar as rédeas da situação.
A história acontece em um vilarejo francês, nos anos 50. Vianne Rocher, uma jovem mãe solteira, e sua filha de seis anos, resolvem se mudar e abrir uma loja de chocolates. Em plena quaresma, a prosperidade do negócio e a maneira com que a protagonista identifica e satisfaz os desejos de cada cliente começam a gerar polêmicas na cidade, de cultura tradicionalista e fechada. O filme, apesar do nome, trata de quebra de paradigmas e preconceito.
Eventos ”Toda mulher tem o direito de não sofrer violências” - É com este tema que dos dias 21 a 23 de agosto, profissionais de todo o estado vão se reunir em Florianópolis para discutir a Saúde Pública e a Violência de Gênero. As inscrições já estão abertas pelo site da Secretaria Municipal de Assistência Social e seguirão até dia 19/08/12. O quê? Seminário de Capacitação em Políticas Públicas na Defesa dos Direitos e no Combate a Violência contra as Mulheres Quando? 21, 22 e 23 de Agosto Onde? Florianópolis Mais informações: (48) 3251-6220
8
Livros
Nunca mais (2001)
Com 23 trabalhos apresentados no Seminário Brasil-Espanha Violência e Gênero e reunidos em um único livro, Marcadas a Ferro mostra diferentes perspectivas para o enfrentamento da violência contra a mulher. A foto da capa, com uma senhora cujo rosto foi ferido com ferro em brasa, ilustra bem a realidade que o evento tentou combater. No livro, foram compiladas palestras e trabalhos aprensentados em dezembro de 2004, no Seminário realizado em dois encontros, em Recife (PE) e São Raimundo Nonato (PI).Foram debatidas as causas e a origem da violência de gênero, além de levantada discussão sobre as leis que estão em vigor, as formas de acesso a serviços públicos e aos direitos da mulher.
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
telessaude@saude.sc.gov.br
O gráfico indica a porcentagem dos municípios que responderam a autoavaliação. Santa Catarina foi o estado com maior adesão
SC é estado com maior adesão ao PMAQ Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), 96,5% dos municípios de Santa Catarina responderam a Autoavaliação de Melhoria de Qualidade (AMAQ), o maior percentual de adesão do país entre os estados. A Autoavaliação é a segunda fase do PMAQ AB e é percebida como o ponto de partida para melhoria da qualidade dos serviços na Aten-
ção Básica. Ainda de acordo com a mesma pesquisa, em 97,2% das unidades de saúde do estado , todas as equipes de saúde da família responderam a AMAQ. A etapa seguinte do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), que é a avaliação externa, começou no dia 25 de junho. Até agora, 102 municípios foram ava-
liados, o que corresponde a 41% do total. De todas as Unidades Básicas, 283 já foram avaliadas. No mês de agosto, serão visitados os municípios das Macros do Planalto Norte, Nordeste, Sul, Extremo Oeste, Meio Oeste, Planalto Serrano e Vale do Itajaí. A previsão de término da avaliação externa em SC é no dia 05 de setembro, em Bom Retiro.
Destaque
Ivan Cabral - http://www.ivancabral.com/2012/07/charge-do-dia-posologia.html
No mês de agosto, elegemos cinco cidades que merecem destaque: Ituporanga, Maravilha, Irani, Luis Alves e Videira. Todos participaram da Segunda Opinião Formativa e tiveram 100% de frequência nas webconferências. O Telessaúde SC gostaria de parabenizar as equipes pelo empenho e esforço em manter-se sempre atualizados e pelo constante aprimoramento. E gostaríamos de dizer também que, no decorrer do mês de agosto, vamos mudar os critérios para identificação dos destaques. E aí, Equipes? Ficaram curiosas? Aguardem e acompanhem nossas redes sociais!
9
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
telessaude@saude.sc.gov.br
Grupos fitoterápicos e plantas medicinais um pedido das ACS. O objetivo foi orientá-las sobre o melhor uso das plantas medicinais e, assim, formar multiplicadores destes conhecimentos nas Agentes Comunitários da Saúde do município de Araranguá, SC micro-áreas. As O Grupo conduzido pela far- reuniões são mensais. A repermacêutica Cinara do NASF se- cussão positiva fortaleceu o vínguiu as sugestões da Teleconsul- culo das ACS com a comunidade, toria de Organização de Processo motivou a organização de hortas de Trabalho (TOPT) para atender nas EqSF Mato Alto e Lagoão e
Teleconsultoria A Teleconsultoria de Organização de Processo de Trabalho (TOPT) é um serviço síncrono de apoio às equipes e gestão de APS, de caráter educativo a distância, pautado nos princípios da Atenção Primária à Saúde, e inserido no próprio trabalho da equipe. Este apoio é construído e compartilhado entre o Teleconsultor e os membros da equipe e gestão de APS, baseado na realidade e singularidade de cada equipe, despertando a corresponsabilidade dos mesmos para melhoria da qualidade do acesso e fortalecimento da APS. Para solicitar uma teleconsultoria, peça a ficha de inscrição pelo email: consultoria.telessaudesc@gmail.com ou pelo telefone (48) 32123505.
10
o desenvolvimento do projeto “Verde é Vida”. Além disso, foi desenvolvido durante a semana do Meio Ambiente no dia 05/06, em prol do desenvolvimento sustentável onde a população recebeu orientações e mudas as plantas medicinais para hortas familiares. Relato das ACS das equipes SF Urussanguinha, Jardim Avenida, Divineia, Coloninha 1 e Coloninha 2, Mato Alto e Lagoão de Araranguá - Cinara Michels (Farmacêutica NASF)
Grupo Medidinha Certa As sugestões da teleconsultora Gisele sobre planejamento de ações com base no diagnóstico local ajudou a equipe Coloninha I a criar estratégias para identificar crianças e adolescentes com sobrepeso, um fator Uma das atividades do grupo: estímulo ao esporte de risco para o desenvolMédica da ESF e Nutricionista vimento da obesidade e dodo NASF e seu desempenho é enças crônicas. A estratégia de intervenção registrado no prontuário. Além adotada foi a criação de um disso, há atividades educativas grupo de orientação e acompa- e lúdicas para estimular a movinhamento, chamado Medinha mentação física e alimentação Certa. As reuniões são mensais e saudável. acontecem na Escola Municipal Bernardino Senna Campos com Relato da ESF Coloninha 1, de alunos de 6 a 18 anos, sempre Araranguá - Marídia (Médica acompanhados dos pais. Cada SF); Dirlei (Enfermeira SF); participante é acompanhado in- Ana (Nutricionista do NASF), e dividualmente pela Enfermeira, ACS.
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
telessaude@saude.sc.gov.br
Segunda Opinião: destaque de julho
Avaliação Ajude-nos a melhorar o serviço avaliando nossas respostas. É fácil, basta preencher as duas perguntas que aparecem no final de cada resposta. Esta resposta evitou o encaminhamento para um especialista? ( )Sim ( )Não ( )Não se aplica A resposta dada foi satisfatória? ( )Sim ( )Não ( )Parcialmente
Com relação à gripe H1N1. após o contato com o vírus, quanto tempo leva para aparecerem os primeiros sintomas? Quanto tempo o vírus permanece vivo em superfícies? Quantos dias a pessoa pode continuar transmitindo o vírus se não estiver recebendo tratamento? A transmissão do Vírus H1N1 ocorre de forma semelhante aos demais vírus da gripe, ou seja, de pessoa-a-pessoa, através da inalação direta ou contato oral com gotículas respiratórias contaminadas. Outras possíveis fontes de infecção são as superfícies contaminadas e a transmissão por via aérea. As possibilidades de transmissão incluem todas as secreções respiratórias e fluídos corporais (incluindo fezes diarreicas) de casos confirmados. (1,2) O período entre contato com o vírus e o desenvolvimento dos sintomas é desconhecido, mas estima-se que ocorra entre um a quatro dias após o contato, podendo variar entre um a sete dias. (1,2) O tempo de vida do vírus em uma superfície é de duas a oito horas após ser depositado na
mesma (2). Já a duração precisa em que uma pessoa mantém a transmissão do vírus é desconhecida. Estima-se, baseado em estudos de influenza sazonal, que pode iniciar um dia antes do início dos sintomas, permanecendo entre cinco a sete, após o início do quadro. Crianças podem permanecer infectantes por até 10 dias e pessoas imunocomprometidas podem eliminar vírus por longos períodos. A quantidade de vírus expelido geralmente relaciona-se com a intensidade da febre.(1,2) Não encontramos estudos que associam o tratamento medicamentoso com a diminuição do período de transmissão da doença, nem recomendação do MS para vacinação de pessoas próximas ou familiares. Apenas para os considerados grupos de risco. Evidências e Referências 01. Pandemic (H1N1) 2009. Dynamed 2012 in http//:periodicos. saude.gov.br (acessado em 16.07.2012) 02. http://www.cdc.gov/h1n1flu/ qa.htm (acessado em 16.07.2012) 03. http://portal.saude.gov.br/ portal/arquivos/pdf/informe_tecnico_campanha_influenza_2012. pdf (acessado em 16.07.2012) 04. http://portal.saude.gov.br/ portal/arquivos/pdf/protocolo_ atencao_basica_25_03_10.pdf (acessado em 16.07.2012)
11
Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Agosto de 2012
telessaude@saude.sc.gov.br
Programação das webs de Agosto
01/08
08/08
Assistência de Enfermagem no Pré-Natal Multiprofissonal, 15h
A odontologia na Atenção Materno Infantil, 15h
Palestrante: Luana Nilson (Enfermeira) Resumo: Falaremos sobre a importância da da enfermagem no pré-natal e acolhimento à gestante, bem como legislação pertinente, consulta de enfermagem, protocolos. Abordaremos também de forma sucinta a assistência ao parto e puerpério.
Palestrante: Leonardo Oliveira Resumo: Nesta web, discutiremos mitos e verdades sobre gestação e tratamento odontológico e trazer algumas orientações sobre o processo de trabalho que pode ser estabelecido entre a equipe de saúde bucal e a de saúde da família.
15/08
22/08
Prevenção de Quedas e Fraturas em Idosos, 15h
Protocolos na APS: Formas de organização, 15h
Palestrante: Sibele Holsbach Costa Resumo: A população mundial está envelhecendo e SC acompanha esta tendência. Nesta web, daremos ênfase a orientações gerais para prevenir a manifestação de quedas: exercícios, redução de fatores de risco dentro e fora de casa...
Palestrante: Igor Tavares Resumo: Nessa web abordaremos possibilidades e fluxos de atendimento que podem ser utilizados na construção de protocolos. Falaremos de alguns exemplos de protocolos e daremos elementos para construção dos mesmos.
29/08
Opinião
Atendimento de Rotina em Saúde da Criança, 15h
Se você tem alguma dica de webconferência, ou se sua equipe está percebendo alguma demanda em específico, envie-nos um e-mail! Você pode ajudar na escolha das próximas webs, escrevendo para o endereço eletrônico telessaude@saude.sc.gov.br.
Palestrante: Igor Tavares Resumo: Abordaremos quais as evidências e protocolos para atendimentos de crianças, com ênfase na idade de 0 a 2 anos, mas também comentando sobre o atendimento de rotina de crianças maiores.
Sua participação é importante!
Expediente: Jornalista Responsável: Marina Veshagem Texto redação e edição: Camila Garcia Projeto gráfico e entrevista: Fernanda Pessoa Ilustração de capa: Vanessa de Lucca Orientação: Izauria Zardo, Igor Tavares da Silva Chaves, Gisele Damian e Luise Lüdke
12