Terra Livre nº 24

Page 1

TERRA LIVRE PARA A CRIAÇÃO DE UM COLECTIVO AÇORIANO DE ECOLOGIA SOCIAL

BOLETIM Nº 24 SETEMBRO DE 2010

- O Dilema da Escassez e Opulência de Alimentos

- A Tourada de Almagreira e os Amigos dos Touros

- Sociobiologia ou Ecologia Social


O Dilema da Escassez e Opulência de Alimentos

FERNANDO PEREIRA MORTO À BOMBA PELO ESTADO FRANCÊS HÁ 25 A Nildo Viana*

A questão da produção de alimentos

O modo de produção de alimentos muda

apresenta um conjunto de problemas e

historicamente. A cada época, o modo

interpretações analíticas que envolvem

de produção de alimentos está

várias questões. Disto deriva sua

intimamente ligado ao processo geral de

extrema complexidade. A produção de

produção e reprodução da vida material

alimentos é de importância vital para

da sociedade humana. Desde que o ser

qualquer sociedade, o que, no fundo, é

humano passou a dominar o processo de

dizer um truísmo, mas muitas vezes

produção de alimentos e abandonou o

esquecido. Sem produção de

caráter de ser dependente dos alimentos

alimentos, não existe sociedade

disponíveis no meio ambiente, e passou

humana, a não ser num estágio

a domesticar os animais e plantas e

primitivo de caçadores e coletores.

aprender a produzir os alimentos, isto

Porém, devido ao impacto da ação

proporcionou avanços que permitiu a

humana sobre o meio ambiente, é

humanidade lutar contra a fome e

praticamente impossível um retorno a

superá-la. Isto, infelizmente, não

este estágio nos dias de hoje, pois

ocorreu, pois juntamente com este

muitos animais foram minguados ou

processo, o surgimento da propriedade

extintos, bem como a devastação da

privada e, na sociedade moderna, a

flora e das florestas, e não haveria

generalização do processo de produção

possibilidade de reprodução natural

de mercadorias, inviabilizou a

suficiente para o tamanho da população

abolição total e definitiva da fome.

humana atual. Nesse sentido, não há como pregar o “retorno às florestas” como fazia o socialista utópico Dom Deschamps e nem considerar o anarcoprimitivismo atual uma solução exequível, não passando de uma utopia abstrata, para usar conceito de Ernst Bloch. Precisamos analisar o processo de relação entre produção de alimentos e sociedade e a partir daí elaborar uma utopia concreta, ou seja, realizável.


O modo de produção feudal, dominante

Se na sociedade feudal, a unidade

durante a chamada “Idade Média”, era

doméstica era simultaneamente unidade

um modo de produção fundado

de produção e unidade de consumo, na

principalmente na produção de valores

sociedade capitalista há uma separação

de uso, no qual o objetivo era a auto-

e a unidade doméstica se transforma em

subsistência. As relações de classes,

tão-somente unidade de consumo. Desta

através da exploração do servo

forma, a produção de alimentos, tal

pelo senhor feudal, e os problemas

como a produção de bens de consumo

ambientais e estágio rudimentar das

em geral, é realizada fora da unidade

técnicas de produção, não produziram

doméstica e assim é necessário não

uma sociedade de abundância alimentar,

somente sair dela para produzir, mas

mas também não produziu milhões de

também para consumir. Com o processo

esfomeados impossibilitados de realizar

de divisão social do trabalho, a

uma das mais básicas necessidades dos

produção de alimentos se tornou um

seres humanos. O modo capitalista de

setor especializado e assim, aqueles que

produção de alimentos altera toda a

não produzem alimentos, devem usar a

estrutura da forma feudal. O modo de

mercadoria-dinheiro para conseguir a

produção capitalista é um modo de

mercadoria-alimento. Isto terá muitas

produção de mercadorias fundado na

consequências, como veremos adiante,

extração do mais-valor, ou seja, no

mas o que fica explícito aqui é que o

processo de exploração do trabalhador.

modo de produção capitalista

A mercadoria é um valor de uso e, ao

transformou os alimentos em

mesmo tempo, um valor de troca, que é

mercadorias e assim a colocou sob a

produto do trabalho humano, cujo

lógica da produção mercantil capitalista.

processo de produção é marcado pela exploração e cujo objetivo é o lucro.

Porém, a produção capitalista não é

Assim, mercadoria capitalista e

apenas transformação de tudo em

exploração são duas faces da mesma

mercadoria, mas fundamentalmente

moeda. A mercadoria, como valor de

exploração via extração de mais-valor.

troca, não é produzida para o próprio

A produção de mercadorias capitalistas

consumo e sim para a venda e esta só se

é apenas um meio para realizar a

realiza objetivando o lucro, que é a

produção de mais-valor, ou seja, se

realização da exploração do trabalhador.

produz mercadorias para realizar o


processo de exploração para com isso

de produção camponês, que é um

adquirir lucro. Os proprietários das

modo de produção subordinado ao

empresas capitalistas retiram uma

capitalismo, ele não é uma saída viável,

pequena parte do lucro adquirido

pois mantém problemas análogos ao da

para gastar com o seu consumo pessoal

produção capitalista, apesar de ser

(de mercadorias em geral e luxuosas em

produção mercantil simples e sua lógica

particular) e a maior parte é reinvestida

não ser a do lucro, mas não tem,

na produção, aumentando assim a

justamente por isso, recursos e

quantidade de mercadorias produzidas e

condições de produzir alimentos

principalmente o lucro, que, novamente,

suficientes para atender as necessidades

será reinvestido, e assim

da população mundial. Os camponeses

sucessivamente, provocando a

produzem de forma complementar e

reprodução ampliada do capital, a

também submetidos ao processo de

concentração e centralização do mesmo,

exploração efetuado pelo grande capital

o que gera o processo de formação de

comercial e bancário.

oligopólios, que hoje se tornaram

É por isso que emergiu um poderoso

grandes empresas oligopolistas

capital oligopolista agroindustrial e

transnacionais.

internacionalização da produção. A Quaker e a Unilever são algumas das maiores empresas oligopolistas transnacionais da produção alimentar, juntamente com a Nestlé e várias outras. A Quaker, que surgiu nos Estados Unidos no século 19, vai se expandindo mundialmente e ampliando seus negócios, sendo que na década de 1920 implantou subsidiárias em quatro países

O modo de produção capitalista de alimentos funciona da mesma forma. Apesar de existir (em alguns países praticamente foi extinto, em outros é reduzido e apenas em alguns países ainda tem relativa importância) o modo

europeus, na América do Sul, África e Oriente. Amplia suas fábricas em vários países após a Segunda Guerra Mundial e hoje se encontra presente no mundo inteiro através da exportação de seus produtos, investimentos diretos e parcerias com licenciados. A Unilever


realiza investimentos diretos em mais

principal responsável por este aumento

de 80 países em todos os continentes e

progressivo. A partir da emergência do

vem crescendo cada vez mais através de

neoliberalismo (um dos aspectos

inúmeras aquisições, fusões, parcerias e

constituintes do novo regime de

vendas de empresas em escala

acumulação), que tem como um de seus

planetária. Ao lado dessas,

objetivos fundamentais a diminuição

outras também atuam e expressam o

dos gastos estatais, reduziu seus

poder do capital oligopolista

investimentos pela metade entre 1980 e

transnacional e agroindustrial.

2004, visando assim colaborar mais

Neste contexto, há uma subordinação

intensivamente com o grande capital

das necessidades vitais da humanidade

oligopolista transnacional, o que

ao processo de reprodução do

tem efeitos graves no processo de

capitalismo e sua busca incessante de

satisfação da necessidade alimentar por

lucro. Isto produz duas consequências

parte da população, aumentando

fundamentais convivendo juntas: a

drasticamente a pobreza mundial.

opulência e a escassez. O dilema da produção capitalista de alimentos reproduz o processo de desigualdade e exploração de classes e também, outra face desse mesmo processo, exploração e desigualdade de países. A opulência se concentra nas classes privilegiadas de todos os países e de forma mais extensa nos países imperialistas e a escassez se concentra nas classes mais empobrecidas e em maior grau nos países de capitalismo subordinado. Contemporaneamente, há um aumento progressivo da escassez. A instauração de um novo regime de acumulação

Além disso, determinações conjunturais

capitalista, a acumulação integral, cujo

derivadas do novo regime de

objetivo maior é combater a tendência

acumulação e da dilapidação do meio

declinante da taxa de lucro e aumentar o

ambiente e recursos naturais promovem

processo geral de exploração, é o

o aumento da escassez de alimentos


para a população mundial, tal como a

possuindo a mercadoria-dinheiro é que

expansão da produção de

se pode comprá-la e consumi-la. A

agrocombustíveis por fornecerem maior

questão é que a produção alimentar

lucratividade, juntamente com o

poderia facilmente ser quadruplicada e

aumento do preço do petróleo, que

resolver o problema da fome mundial

proporcionam o aumento do preço dos

em questão de alguns meses. Porém,

alimentos, já que num caso se troca a

ninguém vai produzir alimentos para

produção alimentar pela de

vender barato ou doar de graça. O

agrocombustíveis e no outro se torna

aumento excessivo da produção

mais caro o transporte da mercadoria-

alimentar faria cair os preços e acabar

alimento. A liberalização do comércio

com o lucro e sem este ninguém produz

promovida em nome da “globalização”,

e se produzisse a preços baixíssimos,

na verdade, um eufemismo para

significaria a falência. Por isso, doar

esconder outra face do novo regime de

alimentos de graça é algo sem o menor

acumulação, o aumento da exploração

sentido no capitalismo. A única solução

internacional, também atinge

seria o Estado comprar os alimentos e

diretamente a produção alimentar e o

doar gratuitamente ou, em certos

preço dos alimentos. Neste contexto e

contextos, vender a preços baixos, mas

complementarmente, a crise financeira,

isso é algo impossível, pois o

e o crescimento das exportações,

neoliberalismo surge justamente para

encerram este quadro de aumento dos

diminuir os gastos estatais e resolver

preços e dificuldades na produção de

seus problemas financeiros e do grande

alimentos. A escassez se torna cada vez

capital. Apenas em casos de governos

mais assustadora, pois se na década de

neopopulistas ocorre um tipo de ação

1960 havia 80 milhões de pessoas

semelhante, mas de forma

passando fome, em 1998 esse número

extremamente precária, insuficiente,

chegou a 860 milhões e em 2008 a 950

marcado por contradições e com

milhões.

objetivos eleitoreiros e de manutenção

Assim, é possível pensar que o

de determinados partidos e alianças no

problema está na falta de produção ou

governo. Assim, fica evidente a

de capacidade produtiva, o que é um

contradição entre capitalismo e

equívoco. A produção é elevada, mas

necessidades humanas vitais.

nem todo mundo tem acesso, pois os

Esta contradição, no entanto, se

alimentos são mercadorias e só

manifesta sob outra forma: o do


crescimento da opulência em

Assim, a propaganda e outras

convivência com o crescimento da

estratégias são utilizadas para aumentar

escassez. A escassez é para

o consumo de alimentos, criando novos

determinadas classes sociais e não para

nichos de mercado (alimentos para

todos, e, da mesma forma, a opulência é

jovens, tal como o “irreverente”

apenas para as classes privilegiadas.

chiclete, por exemplo), inclusive

Enquanto milhões de pessoas morrem

aqueles das pessoas preocupadas com a

de fome ou estão abaixo do mínimo

obesidade, pois o capitalismo cria a

calórico necessário, outros se alimentam

miséria e ainda vende e lucra com a

em demasia, até gerando problema de

suposta solução miserável e lucrativa

saúde pública. Em 2006 calcula-se que

que apresenta. É neste contexto que

havia cerca de 300 milhões de

surgem novas mercadorias alimentares

pessoas obesas no mundo e 65% da

para gerar novos nichos de mercados,

população norte-americana era

como diversos tipos de mercadorias

composta por obesos em 1999.

alimentares: vegetarianas, orgânicas, funcionais. Neste contexto, há um processo crescente de racionalização e especialização voltado para o consumo alimentar, incluindo o processo de medicalização e estigmatização dos obesos, que é mais material para produção e consumo de mercadorias,

O processo que alguns denominam “mcdonaldização” ocorre a nível mundial e a expansão dos fast food, é reproduzido com as estratégias capitalistas de propaganda e formas de reproduzir ampliadamente o mercado consumidor. A produção capitalista de alimentos segue a lógica do aumento da produção visando aumentar a massa de lucro e isto produz a necessidade de aumentar o mercado consumidor.

desde remédios, profissionais especializados, publicações, programas de TV (dos “medicinais” aos “humorísticos”) e milhões de outras mercadorias. Uma vez produzida a obesidade, sua estigmatização e medicalização, também se produz problemas psíquicos derivados disso· (e, em muitos casos, a compensação psíquica em consumo alimentar, ou seja, um círculo vicioso). E assim temos, para a área de medicina,


psicologia e afins, mais um “prato

produção de alimentos, que não pode

cheio”, se me permitem o trocadilho, de

ser alterado sem haver mudança no

consumidores de serviços-mercadorias.

conjunto das relações sociais. Da

Aliás, não deixa de ser revelador que os

mesma forma, esperar que políticas

EUA são o país de maior “cultura

estatais possam resolver estes

nutricional” e também o de maior

problemas, significa esquecer que o

obesidade no mundo. Para as mulheres,

Estado é parte e o principal reprodutor

que vivem sob a ditadura do padrão

deles. Afinal, o Estado é o grande

dominante de beleza e do papel sexual

responsável e incentivador, no Brasil,

que a sociedade moderna lhe atribui, a

da produção canavieira e de etanol no

ansiedade, bulimia, anorexia, são alguns

cerrado, com todos os custos ambientais

dos efeitos. Ao lado disso, os alimentos

e sociais derivados daí, inclusive no

funcionais, tal como os produtos diet,

processo de produção alimentar, para

light, zero, etc., aumentam suas vendas

citar apenas um exemplo.

e não se questiona os produtos químicos que os compõem e seus efeitos sobre a saúde (e seus supostos resultados), conseguindo um novo nicho de mercado composto pelos incautos, principalmente oriundos dos setores intelectualizados da sociedade. As saídas apresentadas por alguns setores da sociedade, tal como agricultura tradicional e “ecológica” (Via Campesina, ONGs), ou novas políticas estatais, são completamente irrealistas. O que temos aqui é apenas reprodução do dilema básico aludido anteriormente. A ilusão de mudar a agricultura sem mudar a totalidade social, ou seja, no interior do capitalismo, é uma forma de demonstrar desconhecimento do real problema que se encontra no modo capitalista de

A solução é a transformação radical e completa do conjunto das relações sociais, produzindo uma nova forma de produção de bens materiais e alimentos. Isto geraria uma situação na qual a coletividade conseguiria produzir e distribuir os meios de sobrevivência de forma igualitária e sem interesses capitalistas em seu processo. Em outras palavras, somente uma sociedade fundada na autogestão social poderá


resolver os graves problemas

* Professor da Universidade Federal de Goiás;

alimentares existentes e impedir que a

Doutor em Sociologia pela Universidade de

humanidade entre em bancarrota.

Brasília, autor de vários livros, entre os quais, O Capitalismo na Era da Acumulação Integral (São Paulo, Idéias e Letras, 2009); “A

Artigo publicado originalmente em: Socioeconomia & Ciência Animal. Boletim Eletrônico do LAE/FMVZ/USP. Edição 008, de 14 de setembro de 2009 Fonte: http://movaut.ning.com/profiles/blogs/odilema-da-escassez-e

Concepção Materialista da História do Cinema” (Porto Alegre, Asterisco, 2009);“A Consciência da História” (Rio de Janeiro, Achiamé, 2007); “Introdução à Sociologia” (Belo Horizonte, Autêntica, 2006).

Buraco de São Pedro, Fenais da Luz, São Miguel (Açores), 13 de Agosto de 2010


A Tourada de Almagreira e os Amigos dos Touros Não vamos perder muito tempo a repetir que as touradas, mesmo naquelas em que a brutalidade é menor, como as touradas à corda, não deixam de ser um espectáculo bárbaro e degradante quer para as vítimas, os touros, quer para os espectadores de bancada ou não. Não vamos alongar-nos em repetir que as touradas são actos que contribuem para a deseducação dos jovens e que é isto mesmo o que pretendem os políticos que só precisam que o povo se lembre deles de quatro em quatro anos.

A sociedade precisa também de saber quem O Açoriano Oriental de hoje, 8 de Agosto de 2101, anunciou que no porto de Ponta Delgada foram identificadas duas situações de violação das regras de transporte de animais, uma delas relacionada com a presença de “quatro touros bravos que estavam

numa

“gaiola”

de

reduzidas

dimensões durante três dias a aguardar a chegada

de

um

barco,

para

serem

encaminhados para a ilha de Santa Maria para participar numa tourada à corda realizada a 24 de Julho na freguesia da Almagreira.

A situação referida é mais uma prova provada de que os ganadeiros, como é o caso de João Cardoso Gaspar, amam os seus animais, daí os manterem em situações degradantes como as referidas no parágrafo anterior.

são

os

amigos

(da

onça)

que

são

responsáveis directos ou indirectos pelos maus tratos aos animais infligidos quer durante as touradas quer antes quer depois destas no seu transporte. Assim, no caso da “Grandiosa Tourada à corda da Ganadaria de João Cardoso Gaspar”, parece-nos que existe um promotor envergonhado já que nenhuma entidade se assume como tal. Pela leitura de um cartaz de divulgação da mesma só ficamos a conhecer as entidades que a tornaram possível que, entre outras, são:

Câmara Municipal de Vila do Porto Junta de Freguesia de Almagreira Evaristo Ramalha J. Costa & Filhos, LDA Soltrans Sport Clube Marienses Paulo Luz


Remaçor

dinheiros públicos, em benefício de uns

Comissão de Festas Almagreira

poucos e

Delegação Equipamento Social

generalizar a todas as ilhas uma actividade

Polícia de Segurança Pública

que antes estava restrita à Terceira, com o

Asas do Atlântico

objectivo último de servir os interesses

Mini-Mercado Clotilde

declarados

Foto Pepe

Terceirense que não descansa enquanto não

Talho Ilha do Sol

legalizar nos Açores a sorte de varas e os

Talho 3

touros de morte.

Através da lista apresentada podemos

TB

com a

da

clara

Tertúlia

concluir que, uma vez mais, são usados

Algar da Ribeirinha, São Miguel (Açores), 18 de Julho de 2010

intenção de

Tauromáquica


Sociobiologia ou Ecologia Social

Editada, no Brasil, pela Editora Achiamé e, em Portugal, pela extinta Editora Sementeira, esta obra, de Murray Bookchin (1921-2006), pensador e militante anarquista contemporâneo, que foi professor da Alternative University de Nova Iorque e fundador do Instituto For Social Ecology, ainda não perdeu actualidade, merecendo uma leitura por parte de todos nós.

Em Sociobiologia ou Ecologia Social, Bookchin contrapõe à Sociobiologia, pano de fundo ideológico ao serviço dos interesses dos poderosos, já que defende ideias como a de que as relações hierárquicas seriam naturais e genéticas entre os seres vivos, o conceito de Ecologia Social, onde destaca a importância dos factores de cooperação e mutualidade nas relações entre as espécies, levantando questões imprescindíveis ao pensamento ecológico e libertário actual.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.