UMA INTERNET
DAS COISAS Inúmeros sensores conectados já é realidade.
BRUNO TEODORO FELIPE D’ALCÂNTARA NATHÁLIA DE AZEVEDO XAVIER POLLYANE CRISTINA B. TEIXEIRA
UMA “INTERNET DAS COISAS” O QUE É? A “Internet das Coisas” se refere a uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores. Cada vez mais surgem eletrodomésticos, meios de transporte e até mesmo tênis, roupas e maçanetas conectadas à Internet e a outros dispositivos, como computadores e smartphones. {http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/08/internet-das-coisas-entenda-o-conceito-e-o-que-muda-com-tecnologia.html} Em 1991 que iniciou a discussão sobre a conexão de objetos, quando a conexão de TCP/IP e a Internet que conhecemos começou a se tornar acessível. Bill Joy, cofundador da Sun Microsystems, foi a cabeça pensante por de trás da ideia de conectar várias redes e dispositivos. E foi em 1999 que Kevin Ashton, do MIT, propôs o termo “Internet das Coisas” após dez anos de estudo e projetos, escreveu o artigo “A Coisa da Internet das Coisas”
para o RFID Journal, e a partir dai o termo se popularizou. Segundo Ashton, “a falta de tempo na rotina das pessoas fará com que necessitem se conectar a internet de várias maneiras. Com a mobilidade e tecnologia avançando, será possível acumular dados e até o movimento dos corpos com precisão.” Esses registros poderão servir para otimizar e economizar recursos naturais e energéticos, por exemplo, além de infinitas facilidades pessoais e de saúde. “...não são somente operações técnicas, mas, sim, novas formas de interagir com seu meio e com as pessoas, que modifica a maneira como entendemos e construímos o mundo.” Coordination and Support Action for Global RFID-related Activities and Standardisation (Casagras). Steinberg diz: “Além do backbone com fio de Internet atual, há quatro tecnologias sem fio que estão
possibilitando a Internet das Coisas: LAN (rede de área local), WAN (rede de área ampla), de curto alcance para comunicação de dispositivo com dispositivo e RFID (Identificação por radiofrequência). Olhando para o futuro, a Internet das Coisas em escala simples envolve números normalmente reservados para discussões sobre a natureza do universo. “Uma análise estimada aponta que a Internet das Coisas vai demandar a conectividade entre 50 a 100 trilhões de objetos diferentes, com cada ser humano rodeado por 1.000 a 5.000 objetos distintos”, afirma Steinberg. “Só a RFID, com custo de apenas alguns centavos por tag, permite a conexão com bom custo-benefício para um número tão grande de objetos”. “A Internet das Coisas é uma evolução do RFID, em vez de algo inteiramente novo”, diz Henri Barthel. “A Internet das Coisas não é, em si, um aplicativo específico ou uma determinada tecnologia, mas um conjunto de diferentes tipos de aplicações, com diferentes tipos de tecnologias”.
ACEITAÇÃO DO PÚBLICO Segundo estudo feito pela State of the Internet of Things em 2014, consumidores mais jovens são mais propensos a adotar tecnologias conectadas mais tarde, enquanto os consumidores mais velhos são um pouco mais propensos a já adquirir alguns produtos: • 53% da geração Y (entre 18 e 25 anos) pretendem comprar um dispositivo doméstico de tecnologia de Internet das Coisas nos próximos cinco anos, em comparação com 32% dos Baby Boomers (com idade superior a 45 anos).
• 36% da geração Y planejam adotar a tecnologia vestível nos próximos cinco anos, em comparação com 25% dos Baby Boomers. • 45% dos Baby Boomers planejam adotar um termostato inteligente nos próximos cinco anos, em comparação com 35% da geração Y. • 59% dos consumidores da geração X (entre 26 e 35 anos) pretendem adotar a tecnologia fitness vestível nos próximos cinco anos, em comparação com 47% da geração Y. As conclusões do estudo indicam que os consumido-
res que vivem nas dez maiores cidades dos Estados Unidos são mais propensos a se identificar como early-adopters que a média nacional. Resultados também variam por região: • 74% dos consumidores que vivem no Nordeste planejam adotar um dispositivo domésticos de IoT nos próximos cinco anos, em comparação com 68 % no Centro-Oeste e 66% no Sudeste. • Os consumidores que vivem no Nordeste são aproximadamente 50% mais propensos a adotar um detector de fumaça inteligente no próximo ano do que aqueles que vivem no Sudeste e Centro-Oeste. • 58% dos consumidores que vivem no Nordeste planejam adotar a tecnologia vestível nos próximos cinco anos, com o Sudeste e Centro-Oeste logo atrás com 57% e 55%, respectivamente. (Fonte: http://consumidormoderno.uol.com.br/index.php/comportamento/consumo/item/27779-internet-das-coisas-invadira-vida-das-pessoas-ate-2019).
QUEM INVENTOU? Kevin Ashton Um britânico, ficou conhecido quando trabalhava na P&G usou o RFID para ajudar a gerenciar a cadeia de abastecimento da empresa, daí em diante se envolveu neste ramo e tornou-se notável por ter inventado o termo “a Internet das coisas” para descrever um sistema onde a internet está ligada ao mundo físico através de sensores onipresentes. Segundo Kevin, que também é co-fundados do Massachusetts Institute of Technology (MIT), internet das coisas tem o potencial para mudar o mundo, assim como a internet fez.
PREVISÕES Maioria dos que se autointitula “Late Adopters” planeja comprar dispositivos de IoT até 2019 Os seguintes dispositivos conectados deverão ser os mais populares nos próximos anos: Dispositivos fitness vestíveis - a expectativa é que terão 22% de adoção em 2015 e 43 % nos próximos cinco anos. Termostatos inteligentes - adoção projetada de 13% para o próximo ano e 43 % nos próximos cinco anos. Sistemas de segurança conectados - 11% de adoção em 2015 e 35% nos próximos cinco anos. Vestuário inteligente e visores frontais (heads-up displays) deverão ter uma menor adesão no geral, com apenas 3% de adoção projetada para 2015 e de 14% a 16% nos próximos cinco anos.
EXEMPLOS
A Genius Smart Lock é uma fechadura integrada com smartphones (Foto: Reprodução/ Genius Smart Lock)
A Genius Smart Lock é uma fechadura integrada com smartphones (Foto:
PREVISÕES PARA INTERNET DAS COISAS Conforme aponta Cisco (2013), o crescimento de componentes conectados à internet foi sem precedentes (figura 1).
Segundo estudo feito pela State of the Internet of Things em 2014, a maioria dos que se autointitula “Late Adopters” planeja comprar dispositivos de IoT até 2019. Os seguintes dispositivos conectados deverão ser os mais populares nos próximos anos: Dispositivos fitness vestíveis - a expectativa é que terão 22% de adoção em 2015 e 43 % nos próximos cinco anos. Termostatos inteligentes - adoção projetada de 13% para o próximo ano e 43 % nos próximos cinco anos. Sistemas de segurança conectados - 11% de adoção em 2015 e 35% nos próximos cinco anos. Vestuário inteligente e visores frontais (heads-up displays) deverão ter uma menor adesão no geral, com apenas 3% de adoção projetada para 2015 e de 14% a 16% nos próximos cinco anos.
REFERÊNCIAS Ashton, Kevin. How to Fly a Horse: The Secret History of Creation, Invention, and Discovery KRANENBURG, Rob Van. The Internet of Things. A critique of ambient technology and the all - seeing network of RFID . 2008. Disponível em <http://www.networkcultures.org/_uploads/notebook2_theinternetofthings.pdf> . Acesso em 01 de setembro de 2015. SINGER, Talyta. Tudo Conectado: conceitos e representações da Internet das Coisas. 2012. Disponível em <http://www.simsocial2012.ufba.br/modulos/submissao/Upload/44965.pdf>. Acesso em 31 de agosto de 2015. <http://www.howtoflyahorse.com/>. Acesso em 31 de agosto de 2015. <https://www.cisco.com/web/BR/tomorrow-starts-here/files/IoE_Economy_VAS_White_Paper_021513FINAL.pdf>. Acesso em 31 de agosto de 2015. <http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0821377_10_cap_05.pdf>.Acesso em 31 de agosto de 2015.