Foto: Carlos Grevi
www.jornalterceiravia.com.br CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 14 A 21 DE MAIO DE 2017
Nas bancas por R$ 1,50
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NÚMERO 34
Crise naufraga Complexo Farol - Barra do Furado Club Terceira Via
Obras que tinham em primeiro plano a ex-toda poderosa Odebrecht estão paradas
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s a s o l i t s e s e ã m Ma Depois de muitos anos anestesiadas pela política desenvolvida em Campos, as entidades representativas de classe parecem estar acordando e querem ser ouvidas pelas autoridades públicas em todos os níveis de decisão, recuperando a voz ativa que estava muda, como afirma o presidente da OAB, Humberto Nobre 03
Josiane Morumbi, empresária assume uma das cadeiras da Câmara de Vereadores e promete fazer a diferença
Consórcio para cirurgia plástica chega a Campos através do BB
Vem chegando o inverno e com ele a temporada de gripe está aberta
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Política
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Sociedade volta ter voz ativa
Depois de anos anestesiada e participando como figurante da vida pública ela quer ser ouvida e respeitada Marcus Curvello Eleito sob a bandeira da criação de um fórum permanente com a comunidade e do respeito à individualidade de entidades, órgãos e Poderes, o prefeito Rafael Diniz (PPS) e seus prepostos vêm investindo na abertura de canais de interlocução com a sociedade civil organizada campista, especialmente no que diz respeito à situação financeira do município. Mas, se na avaliação de Hélio Coelho, presidente da Academia Campista de Letras (ACL), o momento é de “reconhecer as dificuldades e celebrar as esperanças”, para o presidente da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campos, Humberto Nobre, “o diálogo está aberto, mas os instrumentos para que ele aconteça ainda não estão em pleno funcionamento”. Nessa terça-feira (9), Diniz esteve na sede da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), onde apresentou um déficit orçamentário de mais de R$ 1 bilhão. Em audiência pública realizada no último dia 2, levou à Câmara de Vereadores o Plano de Metas para o quadriênio 2017-2020 — que já havia mostrado no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina em abril. Na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), falou, em março, sobre maneiras de garantir a transparência de sua gestão. No campo da cultura, realizou, no último dia 5, audiência pública sobre o Festival Doces Palavras (FDP!), motivo de encontros periódicos entre a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), a Associação de Imprensa Campista (AIC) e a ACL. Segundo Nobre, porém, há outras questões que precisam ser tratadas. “O prefeito se mostra aberto ao diálogo, mas este não chegou a acontecer em algumas questões profícuas, como a instalação de um Conselho Municipal”, diz, lembrando o Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Comudes). “Ressinto-me dos conselhos municipais, do Comudes. Gostaria que fossem reativados para que a sociedade pudesse, em conjunto, tratar de suas questões”, explica Nobre. Atualmente constam, no site da Prefeitura de Campos, no link dedicado aos conselhos municipais, constam cinco deles: Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim), Conselho Municipal do Direito do Idoso (CMDI), Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), Conselho Municipal para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Comde) e o Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Comsea). O Comudes, criado em 2011, não aparece. O site do órgão (www.comudes.campos.rj.gov.br), lançado em abril de 2012, está fora do ar. Em nota, a Superintendência de Comunicação da Prefeitura afirmou que o Comudes passa por um processo de reformulação de suas atribuições e composição. “O município vem tratando também da implantação de outros conselhos como o Conselho de Desenvolvimento Rural e o de Igualdade Racial”, diz o texto. RETOMADA DA VOZ ATIVA O questionamento de Nobre mostra a retomada da voz ativa da sociedade campista e suas entidades, especialmente no caso da OAB, que manteve, durante parte do governo Rosinha Garotinho e sob a gestão de outro presidente, relação de proximidade e alinhamento com o Poder Público Municipal. Nobre qualifica, hoje, o relacionamento entre a Ordem e a Prefeitura como “institucional”, palavra que surgiu, também, na conversa entre a equipe de reportagem e o jornalista Vitor Menezes, articulista de O Jornal Terceira Via e presidente da AIC. “Já estivemos com o Poder Público Municipal, especialmente por meio de Cristina Lima (superintendente da FCJOL), e temos mantido reuniões quinzenais para organização do FDP! Temos tido uma experiência boa, republicana, proveitosa e institucional”, afirma Menezes, que acrescenta: “Em diferentes gestões a AIC conseguiu esse diálogo. Pela transparência de seus propósitos e seu histórico, ela é ouvida. Não tem sido diferente com este governo”. De acordo com o presidente da associação, porém, a pauta vai além do festival. “Temos falado, também, sobre o Mercado Municipal e sobre a volta da circulação do Monitor Campista. Esta é uma conversa mais delicada e que ainda precisa avançar, mas que é muito preciosa para nós”. Ao lado de Menezes na curadoria do FDP!, que teve sua primeira edição, em 2015, costurada em uma troca idêntica entre entidades e o governo da ex-prefeita Rosinha, Hélio Coelho também mostra que a sociedade recebe a abertura do Governo Municipal e tem suas próprias demandas. “Cristina Lima tem sido uma grande interlocutora no sentido de
Humberto Nobre da OAB Joilson Barcelos da CDL, Hélio Coelho da ACL e Vitor Menezes da AIC soltam a voz
criar condições para a construção do festival, um projeto que tem a identidade cultural de Campos. Mas, a ACL, como instituição, tem um conjunto de necessidades que só poderão ser sanadas com um convênio cultural que permita cumprir a missão cultural para a qual foi fundada há 78 anos. Mantemos contato, reconhecendo que o momento é de dificuldade, e esperando uma política que vá marcar época”. Na nota enviada a O Jornal Terceira Via, o prefeito Rafael Diniz afirma acreditar “que a reconstrução do município se inicia com o diálogo entre os diversos segmentos da sociedade no sentido de desenvolver maior proximidade com a sociedade civil organizada e com os diferentes grupos independentes que vêm agregando ainda mais valor às ações desenvolvidas no município. Prezamos por uma gestão participativa e o intuito é estreitar os diálogos para desenvolver ações para uma cidade cada vez melhor, em todos os aspectos”. APROXIMAÇÃO Em outro gesto de aproximação Governo Municipal, entidades do setor produtivo de Campos vêm trabalhando junto ao prefeito na elaboração de um novo Código Tributário. Mas, outra parceria também está na mesa: a criação de um comitê para acompanhar não só orçamentos, investimentos e obras da Prefeitura, como assuntos que digam respeito à sociedade campista. A proposta surgiu em uma reunião realizada na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) em março. O prefeito enxerga na proposta uma maneira de estreitar o relacionamento com o setor produtivo do município ao mesmo tempo
em que favorece acesso aos números e decisões de sua gestão. “Recebemos este projeto como mais uma forma de ampliar o diálogo com os diversos segmentos da sociedade e principalmente a transparência no que tange à prestação de contas e ações que vêm sendo desenvolvidas”, afirma. Mas, para que o comitê deixe de ser apenas uma conversa, é necessária a apresentação de um projeto concreto à municipalidade. “A Prefeitura aguarda o projeto formal para que, a partir deste momento, possamos traçar diretrizes para as próximas ações neste sentido”, diz Rafael. De acordo com a CDL, o projeto está sendo formatado. A ideia é que a comissão conte com representantes de entidades como a representação regional da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), da Acic, do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejo) e da Associação dos Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoas e Adjacências (Carjopa), além da própria CDL. “Este é um sonho antigo, que já funciona em outras cidades. Agora, o prefeito acena com a possibilidade de torná-lo algo concreto”, conta o presidente da CDL, Joilson Barcelos. Já José Luiz Escocard, presidente da Acic, afirmou que a ideia surgiu “ainda durante a campanha” de Rafael Diniz à prefeitura. “Vimos proposta semelhante durante um evento de Associações Comerciais e Industriais, em que tivemos as presenças das entidades de Cascavel (PR) e Caruaru (PE). Falei com Rafael ainda durante a campanha. Agora, voltamos a discutir o assunto. Vamos formar uma comissão de líderes sem vínculo com a prefeitura para acompanhar as ações do município, ajudando o prefeito com nossa experiência”, explica.periência”, explica.
Advogado de Lula na Lava Jato também defende Garotinho
Fernando Fernandes em frente ao Fórum de Campos e no detalhe em Curitiba ao lado de Lula
O que o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Anthony Garotinho têm em comum: o advogado. Fernando Fernandes que esteve várias vezes esse ano no Fórum de Campos para defender Anthony Garotinho também esteve na última quarta-feira, dia 10, em Curitiba para defender o ex-Presidente Lula em seu primeiro depoimento ao juiz federal Sérgio Moro na Lava Jato. Luiz Inácio Lula da Silva e Anthony Garotinho têm outra coisa em comum: o fato de afirmarem que não têm bens, ou não tanto como especula-se. Uma terceira coisa em comum: ambos parecem ter dinheiro para contratar um advogado tão caro e requisitado como Fernando Fernandes. Em Campos Fernando Fernandes protagonizou algumas cenas que irritaram o juiz Ralph Manhães e em Curitiba, na quarta-feira bem que tentou tirar o juiz Sérgio Mouro do sério, mas não conseguiu. Fernando Fernandes é considerado nesta especialidade um dos mais influentes advogados do país e não se sabe ao certo o preço de seus honorários. Que fique bem claro que os dois processos- o de Lula e o do Garotinho são difusos e que ambos têm direito a melhor defesa . Fernando Fernandes continua atuando em ambos os casos, se deslocando entre Curitiba e Campos.
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Especial
Muito aquém do Complexo
Prefeituras de Campos e Quissamã sonham com a retomada das obras e comerciantes vivem um pesadelo
A maquete do que seria o Complexo Logístico Farol-Barra do Furado, mas o projeto furou com o mato crescendo no canteiro de obras que está completamente abandonado Thiago Gomes Vendido pelos últimos governos de Campos e Quissamã como “um negócio da China”, o Porto e Complexo Logístico e Industrial Farol-Barra do Furado... furou. Pelo menos por enquanto, já que as obras estão paradas desde meados de 2014 e, de acordo com as atuais administrações dos dois municípios, não há prazo para retomada por falta de verba. No entanto, mesmo se este dinheiro necessário para a conclusão do empreendimento surgisse hoje, os trabalhos não poderiam ser retomados de imediato, já que também são necessárias as renovações das licenças ambientais e de instalação. À frente das obras estava o consórcio Terra e Mar, formado pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Queiróz Galvão, todas envolvidas, até o último tijolo, no escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. O projeto inicial, a ser instalado parte em Campos e parte em Quissamã, era chamado apenas de Complexo Logístico e Industrial Farol-Barra do Furado (sem o porto). É um empreendimento a ser formado por três estaleiros, um terminal de combustíveis e base para apoio às plataformas de petróleo, além de um moderno terminal pesqueiro. O total estimado inicialmente, conforme divulgado na época pelo site oficial da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campos, era de cerca de R$170 milhões. Destes, R$50 milhões seriam disponibilizados pelo Governo Federal, R$20 milhões pelo Governo do Estado, R$70 milhões pelo município de Campos e R$ 30 milhões por Quissamã. Em novembro de 2014, o mesmo site anunciou que a Prefeitura de Campos iria investir mais cerca de R$ 345 milhões. “Tem bastante dinheiro enterrado nessas areias. Daria para construir muitas casas populares, hospitais, melhorar a vida das pessoas”, desabafou a dona de casa Zenilda da Silva Fidelis, que
mora de frente para o projeto abandonado. No dia 15 de fevereiro de 2012, a então prefeita de Campos, Rosinha Garotinho; o governador da época, Sérgio Cabral; e o prefeito de Quissamã naquele período, Armando Carneiro, participaram de uma cerimônia que marcou o início das obras de estaqueamento do Complexo Logístico. Os trabalhos começaram com prazo de conclusão estimado para 2016. Mas, quase dois anos antes, o consórcio Terra e Mar paralisou tudo, sem dar qualquer explicação à comunidade, conforme reclamam os moradores. A segunda fase das obras hidráulicas chegou a ser anunciada em março do ano passado pela Prefeitura de Campos, mas não aconteceu. Atualmente, ainda segundo os vizinhos do empreendimento, apenas dois vigias se revezam para tomar conta do espaço que um dia foi ocupado por pedreiros, técnicos de solda, engenheiros, serventes, operadores de máquinas, motoristas e outros profissionais. O intenso movimento de caminhões carregados de pedras, dragas, retroescavadeiras, balsas, e outras máquinas, já não existe mais. Assim como o dinheiro, que circulava pelo local na época em que as obras estavam em andamento. A comunidade, que um dia chegou a sonhar alto, voltou à rotina tranquila de cidadezinha do interior, vivendo basicamente da pesca, agricultura e comércio. Parado — Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campos, a primeira etapa das obras está 60% concluída, aguardando disponibilidade financeira para o término dos outros 40%. Uma segunda etapa das intervenções depende inicialmente de trâmites de renovação de convênio para prosseguimento.
Eles entraram em uma furada
“Todo mundo acreditou na promessa de desenvolvimento que fizeram para nossa comunidade no início da obra. De repente tudo parou sem qualquer explicação. Ninguém nos explicou o que estava acontecendo. Um dia, todas aquelas máquinas, que antes movimentavam a vizinhança, não vieram mais”. Zenilda da Silva Fidelis Dona de casa
“Hoje, nós, comerciantes, esperamos o verão e o Carnaval para aumentar faturamento, pois no resto do ano não há movimentação. Quando as obras estavam em andamento, era tudo muito diferente, meu restaurante tinha muitos clientes. Esperamos que a obra seja retomada o quanto antes”. Liete Cordeiro Reis Dona de restaurante
Dono de uma pousada joga a toalha e anuncia que fechou sem ligar para o português Economia enfraquecida A estimativa no início era de gerar 15 mil empregos. Mas isso ficou apenas na expectativa, como lamenta Liete Cordeiro Reis, dona de um restaurante localizado em frente ao canteiro de obras. Ela lembra de que no auge do movimento das empresas que trabalhavam no local, conseguia vender cerca de 120 refeições por dia. Na última quarta-feira (10), quando a equipe de reportagem visitou Barra do Furado, Liete tinha vendido somente seis pratos. “Quando isso tudo começou, os executivos da obra vieram conversar comigo, disseram que era para eu investir na ampliação do restaurante, pois Barra do Furado iria crescer muito. Mas olha o estado disso tudo, completamente abandonado. Ainda bem que não caí nessa conversa, ou hoje estaria endividada. O comércio aqui praticamente acabou. Agora esperamos o verão e o Carnaval para que as vendas aumentem”, disse Liete, aliviada por não ter contraído dívidas, mas triste por não testemunhar a promessa de crescimento levada até a comunidade junto com o Complexo Logístico e Industrial. Pela vizinhança, não é incomum encontrar nos imóveis placas de “aluga-se”, assim como a equipe de reportagem achou um ponto comercial e uma pousada que encerraram suas atividades na Avenida Atlântica, que fica em frente à obra. Alguns comerciantes, como Odemir Mendes Teixeira, que também é dono de restaurante no local, preferem manter seus estabelecimentos abertos parte do dia, já que os clientes são poucos. “O restaurante vivia cheio, mas gora isso acabou”, reclamou Odemir.
“A partir das 7h, já tinha caminhão fazendo fila para descarregar pedras e outros materiais na obra do Complexo Industrial. E esse movimento reforçou muito o nosso comércio aqui. Depois que a situação mudou, na maioria dos dias eu fecho o meu restaurante após o almoço porque sei que não haverá mais clientes”. Odemir Mendes Teixeira Dono de restaurante
Reposta das Prefeituras As prefeituras de Campos e Quissamã garantem que estão se articulando, buscando apoio político para a retomada da obra. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Campos, Victor de Aquino, disse que está viabilizando parcerias, junto a grupos empresariais. Ainda segundo Victor, é muito importante para o município o Complexo de Barra do Furado, porque representa a geração de empregos que o prefeito Rafael Diniz defende para diminuir a dependência dos royalties do petróleo. “Independente do convênio, que deve ser renovado, o dinheiro pode não sair nesse momento devido à crise nacional e vamos então buscar as Parcerias Público-Privadas ou, até mesmo, criar uma Companhia Portuária reunindo Campos e Quissamã para administrar o Complexo. Mas o importante nesse momento é conversar com os atores envolvidos e retomar o projeto”, garantiu Victor. Em nota, a Prefeitura de Quissamã informou que, junto com Campos, tem se reunido e feito todo o levantamento do histórico da obra do empreendimento, já que ambos os municípios estão sob nova gestão e encontraram dificuldade no acesso à informação sobre o projeto. “Atualmente, está em andamento a renovação das licenças ambientais e a renovação da licença de instalação do Complexo. A prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco, esteve em Brasília na Secretaria Nacional dos Portos, colaborando com o convênio que existe entre a instituição e a Prefeitura de Campos, no valor de R$ 320 milhões. Esse recurso será destinado à segunda fase da construção que engloba as duas cidades”, afirmou o comunicado.
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Opinião
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Algo muito complexo
Editorial O Complexo de Barra do Furado, que prometia ser um Eldorado entre Campos e Quissamã, é talvez o projeto mais decepcionante da região a partir da expectativa que nutria. A ideia de apoio logístico à atividade off-shore, conjugando ações com o Porto do Açu, em São João da Barra, era pertinente. Só que o projeto foi pego no contrapé, antes mesmo da crise financeira. As prefeituras de Campos e de Quissamã, dentro de suas devidas pro-
porções, tinham orçamento gordos, alimentados pelos royalties do petróleo, quando o projeto foi concebido. Tendo à frente das obras a, hoje mal vista, Odebrecht, o projeto começou a patinar antes de a economia começar a ruir, e o petróleo despencar, minguando os valores dos royalties do petróleo. Quissamã alega que parte do fracasso se deu pela falta da contrapartida assumida pelo Município de Cam-
Chegando
Três grandes franquias têm Campos como rota. Pelo cronograma já deveriam ter aportado, mas a crise adiou os projetos. Duas são da área de alimentação e outra de vestuário. A do vestuário vai para um shopping e as outras duas procuram pontos no entorno da Pelinca.
pos. Fato é que, hoje, o Complexo de Barra do Furado é um canteiro de obras abandonado. O prefeito de Campos, Rafael Diniz, diz que o projeto não fará parte de um passado e que terá continuidade pois é importante no programa de integração da economia regional e que tem conversado com a prefeita de Quissamã sobre isso. Mas não se faz um complexo apenas com boa vontade. É preciso dinheiro, coisa que os municípios de Cam-
Saudade
Morreu no Rio no final da semana o escritor Antônio Candido, aos 98 anos. Era membro da Academia Brasileira de Letras. Candido nos anos 80 vinha com frequência a Campos e se hospedava no Solar da Baronesa, assim como Raquel de Queiros, João Cabral de Mello Neto e Austregésilo de Athayde.
Vai bem
A Prumo Logística registrou teve uma receita consolidada de R$ 56 milhões no 1º trimestre deste ano. Neste período foram investidos R$ 178 milhões. Destes, mais de R$ 124 milhões pela Açu Petróleo. O Porto do Açu vai bem, e mostra que a era do petróleo ainda não acabou.
Lucro
A Petrobras fechou o primeiro trimestre deste ano exibindo um lucro líquido de R$ 4,4 milhões. É um bom sinal para a economia, mostrando que a maior empresa brasileira que vinha sendo sangrada nos últimos anos começa a se recuperar da anemia. As ações subiram com isso, pois existe a expectativa de que o barril de petróleo continue reagindo no mercado internacional.
Grande
Pouca gente conhece o potencial da indústria de metal mecânica Morumbi, em Campos. Somente o governo Geraldo Alckmin, de São Paulo, comprou 30 unidades de um dos produtos que mais saem do parque industrial da Morumbi, que são acopladas a caminhões podendo servir de bibliotecas ou ambientes similares.
Para o TCE
O deputado estadual Geraldo Pudim, poderá ser membro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. A indicação é do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Picciani. Mas o martelo ainda não foi batido, porque tanto na ALERJ quanto no TCE as coisas andam tensas.
Começo do fim
Um curta metragem que fala do fim do mundo terá parte rodada na praia de Atafona. É o projeto de uma produtora de São Paulo que identificou nas ruinas da praia o cenário perfeito para desenhar o começo do fim.
A Chevrolet e seu homem branco do agronegócio
Vitor Menezes Jornalista
Um dos termômetros da mentalidade dominante em uma época é a publicidade. Como têm o objetivo de angariar simpatia por uma ideia, produto ou serviço, as mensagens publicitárias costumam navegar em uma ambiência tão segura quanto possível, sendo precedidas de pesquisas que buscam antecipar a sua aceitação pelo público desejado. Mesmo aquelas que procuram, de algum modo, chocar, o fazem amparadas pela aposta de que haverá defensores para a sua mensagem e que valerá a pena o risco. Nem sempre dá certo, mas o espírito é esse. Em uma busca rápida no YouTube é possível encontrar dezenas de comerciais antigos que, aos olhos atuais, são claramente racistas, machistas ou excludentes. Eles foram feitos por que seus autores percebiam haver ambiência favorável à aceitação da mensagem, ainda que existissem movimentos que denunciavam estas práticas. Toda esta conversa inicial é para chamar a atenção para um vídeo publicitário que começou a ser veiculado nesta semana, da caminhonete S10, da Chevrolet. Aparentemente, a intenwww.jornalterceiravia.com.br
ção é homenagear a “gente que vive do campo” e que “carrega o país nas costas”. Essa “gente”, no comercial, é representada por um homem branco, de camisa social, que percorre a fazenda em sua 4x4 de luxo. Este recorte já seria suficientemente redutor, injusto e elitista, mas vá lá que uma peça publicitária não é uma tese de doutorado e que seja compreensível que uma marca queira atingir especificamente quem pode comprá-la. Esta, no entanto, não parece ser a única missão do comercial. Note o seu texto e a descrição de algumas imagens: “Algumas pessoas vão sempre apontar o dedo [o homem branco de camisa social vê, ainda na penumbra da madrugada, notícia em seu smartphone com a manchete “Agronegócio e desmatamento”] pra gente que vive do campo [homem com o filho sai em sua caminhonete nova]. Mas nós vamos nos levantar ainda mais cedo para cuidar do rebanho [homem, ao lado do filho, verifica o gado], do futuro da fazenda [veterinária, branca, manipula equipamentos em um curral sofisticado] e até do futuro de
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quem aponta o dedo [em meio a árvores, com uma mulher branca, simula verificar a saúde de algumas plantas]. Porque sabemos que se pararmos, este país também para [dono da fazenda anda pelos campos com a sua potente caminhonete, aparece a hashtag “feitapraquemfaz”]. É hora de valorizar quem carrega o país nas costas”. Está evidente que a ascensão conservadora, no Brasil e em boa parte do mundo, encorajou a Chevrolet a veicular um anúncio que tão claramente estigmatiza “os que apontam o dedo” — ambientalistas, militantes sociais, organizações de pequenos produtores, sem terra, defensores dos orgânicos — contra quem “carrega o país nas costas” — o homem branco do agronegócio. A marca e a agência publicitária se sentiram tão à vontade para mobilizar em rede nacional um público específico, consumidor de um produto acessível a bem poucos na realidade brasileira, que nem mesmo se importaram em correr o risco de irritar boa parcela dos que não compram as caminhonetes caras, mas outros carros mais populares da mesma fabricante.
pos e Quissamã já tiveram. Existem recursos possíveis no fundo da Marinha que poderiam ser utilizados no projeto, mas este parece cada vez mais distantes. Indiscutivelmente, o Complexo de Barra do Furado, que já consumiu milhares de reais é importante para a economia regional. Mas, momentaneamente, está naufragado ou encalhado, como queiram. Mas o que aconteceu? Certamente algo muito complexo.
Impasses, Lutas e saídas Ranulfo Vidigal economista.
Historicamente os conflitos naturais entre patrões e empregados apresentam avanços e recuos, como parte da correlação de forças políticas de cada época. Neste primeiro de maio, o Brasil convive com um desemprego de 14 milhões de trabalhadores e o risco real de retrocesso nos direitos conquistados pelas lutas sociais ao longo dos dois últimos séculos. No Brasil, onde nos anos mais recentes a pobreza extrema subiu de forma expressiva, a greve geral do dia 28 último marca um divisor de águas e um grito de guerra da população atônita, contra uma plutocracia enterrada na Lava Jato, um Congresso conservador e uma crise geral de legitimidade e representatividade que exige um n ovo pacto e um projeto de nação. No tempo presente, o Estado brasileiro destina simplesmente, 40 por cento do seu orçamento para cumprir compromissos com os credores da dívida pública, e cobra impostos regressivos e caros, por outro lado, entrega serviços públicos de baixa qualidade e impõe uma narrativa contrária aos reais interesses da maioria da população que, em última instância, paga a conta. O desconforto é generalizado. A geração de excedentes na economia é mais lenta, o conflito distributivo é latente, num jogo pesado entre frações da burguesia local, espremida pela hegemonia do capital financeiro e pela presença crescente dos interesses externos dominantes em vastos setores da economia brasileira. Dos 89 milhões de brasileiros ocupados, cerca de 70 por cento recebem uma remuneração mensal de até três salários mínimos – enquanto o DIEESE calcula em R$ 4 mil reais mensais, o salário mínimo necessário para manter-se com dignidade uma família brasileira. Isso, por si só, é um fator que limita o sonho de criação de um dinâmico mercado de massas, com o agravante de termos um setor bancário praticando juros de agiotagem. Todas estas contradições tendem a desembocar numa eleição acirrada em 2018 e decisiva na vida de uma nação cheia de potencialidades, mas marcada pela herança escravagista e uma elite pouco afeita a superar o nível abissal de desigualdade de renda e patrimônio. Avante.
Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Direção Executiva Martha Henriques - Diretor Geral Fábio Paes Diretor de Jornalismo Aloysio Balbi Chefes de Reportagem Girlane Rodrigues e Roberta Barcelos - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Liberato Verdile Jr. - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ
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Vereadora
Josiane Morumbi
Uma empresária na Câmara
Capixaba, formada em Minas Gerais e sobrenome paulista, ela é a primeira empresária vereadora em Campos Aloysio Balbi A vereadora Josiane Morumbi, que tomou posse recentemente na Câmara de Campos tem um perfil diferente de quase todos que passaram pela Casa. Embora tenha uma ONG, ela que é nutricionista de formação, acabou por força de sucessão de negócios, dirigindo uma grande empresa.Com 42 anos, casada com um engenheiro e mãe de duas filhas, Josiane, com os irmãos, dirige a indústria Murumbi, em Campos, que opera na linha de metal mecânica e tem como clientes o Governo do Estado de
São Paulo. Voz mansa, pensamento ligeiro e lógico, antes de enveredar para a área empresarial ela chegou a trabalhar embarcada como nutricionista para uma empresa que presta serviços para a Petrobras. Agora, a capixaba, que estudou em Minas Gerais, mora em Campos e tem sobrenome político de bairro elegante de São Paulo, envereda pelas artérias da política. É o tipo da política debutante que promete e parece que vai cumprir.
Por amar o ser humano, por amor ao próximo. Essa foi a motivação maior para entrar para a política, mais um desafio na minha vida e pretendo vencê-lo
Uma nutricionista na Câmara de Vereadores, em uma época que todos têm fome de poder. Como é isso? Sou formada pela universidade de Viçosa, em Minas, onde conheci meu marido que é engenheiro e também estudava lá. Ter apetite político não é ruim, desde que a política não se alimente de pessoas, nem alimente-as de forma meramente assistencialista. Neste momento, meu foco é legislar em torno de políticas públicas com a experiência do setor privado, e tentar fazer com que o privado seja mais participativo na vida pública. Isso é possível. Segurança Pública é uma atribuição do estado, mas na verdade é de todos nós. E que experiência você traz do setor privado para a política? Um pouco de tudo. Em nossa empresa que é grande, mas tem uma estrutura familiar, meu trabalho é mais presente na gestão de pessoas e a gente aprende muito com isso. Se a gestão de pessoas não funciona em uma empresa, a empresa não vai bem. Existem meios para que a administração pública faça a gestão do cidadão, principalmente os que precisam mais dos seus serviços.
As mulheres têm esse diferencial. Conseguimos fazer várias coisas ao mesmo tempo. Temos essa facilidade. Então, tenho tempo sim para ser mãe.
Sim. Foi justamente por amar o ser, amar o próximo. Essa foi a motivação maior para entrar para a política. Todos temos que participar. Eu tenho uma agenda cheia, desde frequentes reuniões na Firjan até catequese no Salesiano. O amor ao próximo em Campos está ficando mais distante. Foi justamente acreditando nesta coisa, de amar ao próximo, que imagino poder executar vários projetos que eu idealizei na minha vida.
mente com ela. Empregabilidade é uma das palavras de ordem. O Brasil vive um momento sério onde existe uma crise política envolvendo ética que acaba se sobrepondo à crise econômica. Mas acho que estamos chegando no final deste ciclo, embora ainda tenhamos que conviver com algumas sequelas.
Você é uma mulher jovem, empresária de sucesso e agora política. Sua imagem não está tão ligada à vida social. No sentido de alta sociedade mesmo. É uma opção? Nada contra quem tem vida social. Todos temos uma, de uma forma ou outra. Tenho Voltando ao seu lado executivo. Legislan- meu ciclo de convivência. Mas você acerta do, é possível criar projetos para atrair quando diz que não sou muito afeita a badalações. nova empresas para Campos? Certamente. Veja que você tem distritos aqui como Santo Eduardo e Santa Maria que são Por ser dia das mães a pergunta é ineviáreas agrícolas. A agricultura é chamada tável: você é empresária, comanda uma hoje de primeiro setor. Precisamos cultivar, ONG, faz parte de Conselhos e agora entra nos moradores destas áreas, que sonham em para a política. Ainda tem tempo para ser ter um emprego em Campos, a desenvolver mãe? a agricultura familiar, mas com tecnologia. As mulheres têm esse diferencial. ConseguiHoje, a maior parte dos insumos da merenda mos fazer várias coisas ao mesmo tempo. Temos essa facilidade. Então, tenho tempo sim escolar de Campos vem do Espírito Santo. para ser mãe. Você está alinhada com o prefeito Rafael O que você gostaria de ganhar hoje? Diniz? Fui eleita por uma coligação que apoiou o Dr. Na vida de uma mulher existe um divisor Chicão. Mas posso te dizer que serei verea- de águas que é justamente a maternidade. dora de Campos. Se o prefeito Rafael enviar Quando você se torna mãe, o melhor presenpara o legislativo bons projetos terá o meu te é o reconhecimento dos filhos e de todos de que você é uma mãe. apoio sim.
Você acha que isso é uma boa credencial? Acho importante sim, mas posso te apresentar outras como a ONG que eu dirijo a “Mulheres que fazem”, que atua no entorno da nossa empresa em parceria com outras como “As bagaceiras”, que fazem um trabalho maravilhoso de capacitação na área do artesanato. E a crise econômica? Na nossa empresa o melhor faturamento foi Então a experiência da ONG também con- no ano de 2015, plena crise. A crise faz a gentribuiu para você entrar na política? te recriar. Mas não podemos conviver eterna-
Você é feminista? No bom sentido da palavra sim. Acho que as mulheres devem continuar ocupando novos espaços.
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Saúde
A temporada das gripes
Febre amarela parece debelada e chegou a hora de tomar todos os cuidados com a onda de viroses que já começou Laila Nunes inverno está se aproximando e com ele surgem as O preocupações com as gripes e os resfriados que podem deixar qualquer pessoa de cama. Como o ano de 2017 está sendo muito focado na prevenção a doenças, como a febre amarela, a dengue, e a H1N1, todo cuidado é pouco. Na sexta-feira (11), a subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro divulgou um panorama da febre amarela em todo o estado. Segundo os dados do órgão, este ano, foram confirmados 12 casos da doença, em seis municípios. A cidade com o número mais agravante é Casimiro de Abreu, que registrou sete casos com um óbito. A lista segue com as cidades de São Fidélis, São Pedro da Aldeia (doença contraída em Casimiro de Abreu), Porciúncula, Maricá (um óbito) e Macaé. Todas registraram apenas um caso confirmado. Macacos que foram encontrados mortos em regiões de mata também assustaram a população da região Norte e Noroeste do Estado. Em Campos, quatro primatas foram encontrados mortos nas localidades de Rio Preto e Conceição do Imbé, sendo apenas um confirmado com a doença na localidade de Rio Preto. Em São Sebastião do alto, um macaco também foi morto pela doença. H1N1 A gripe H1N1 consiste em uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe. Também conhecida como gripe Influenza tipo A ou gripe suína, ela se tornou conhecida quando afetou grande parte da população mundial entre 2009 e 2010. Os sintomas da gripe H1N1 são bem parecidos com os da gripe comum e a transmissão também ocorre da mesma forma. O problema da gripe H1N1 é que ela pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo
levar os pacientes até mesmo à morte. A transmissão ocorre da mesma forma que a gripe comum, ou seja, por meio de secreções respiratórias, como gotículas de saliva, tosse ou espirro, principalmente. Após ser infectada pelo vírus, uma pessoa pode demorar de um a quatro dias para começar a apresentar os sintomas da doença. Da mesma forma, pode demorar de um a sete dias para ser capaz de transmiti-lo a outras pessoas. A Secretaria Estadual de Saúde revelou estar preocupada com a baixa procura pela vacina que previne a gripe. Segundo a secretaria, Oito a cada dez pessoas que fazem parte dos grupos prioritários para receber a vacina contra a gripe na campanha deste ano não procuraram os postos de saúde para serem vacinadas. Fazem parte desse grupo as crianças de seis meses a menos de cinco anos de idade, as gestantes, os maiores de 60 anos, as mulheres com até 45 dias do parto, os trabalhadores da saúde e os indígenas. A Campanha Nacional de Vacinação contra a G r i p e vai até o dia 26 de maio
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Campos
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Não é preciso ver para crer
É necessário que todos olhem mais para o Educandário São José Operário que se tornou uma luz em meio a escuridão
Fotos: Silvana Rust
Fotos: Silvana Rust
Em meio às dificuldades financeiras o São José Operário consegue oferecer cursos profissionalizantes para inserir o deficiente visual no mercado de trabalho cada vez mais disputado Taysa Assis Imagina você nascer saudável e com o tempo descobrir que tem uma doença hereditária e ainda saber que perderá completamente a visão. Essa é a história de Lázaro. Aos 15 anos descobriu um glaucoma e foi perdendo a visão. Mas, ao contrário do que se imagina, Lázaro agarrou uma nova oportunidade na vida. Cheio de vontade de viver e conhecer o mundo, ele, com a ajuda dos pais, decidiram entrar no Educandário para Cegos. “Faço tudo. O que sou, devo a casa São José Operário, tudo que aprendo aqui coloco em prática na minha casa e no meu dia a dia. Meu próximo objetivo é aprender a cozinhar. Ando na rua sozinho e não tenho receio. Não tenho medo de enfrentar a vida lá fora. Pelo contrário, sou um pássaro e quero ter voos muitos mais altos”, diz o jovem. Através dos atendimentos feitos na Instituição, Lázaro pretende trabalhar. Mas, no momento estuda o braile (sistema de leitura para cegos). Segundo ele, a leitura é vida e quer aprender ainda mais. “Desenvolvendo bem a leitura, eu consigo arrumar um emprego legal. Aqui na casa
de acolhimento, me espelho todos os dias em professores que também são deficientes visuais. Hoje, temos uma tecnologia e precisamos aproveitar as oportunidades que a vida nos oferece. Isto é o que quero dar de exemplo e seguir. Nada nos impede de sermos felizes”. O Centro de Referência São José Operário / Educandários para Cegos completou no último dia primeiro de maio, 53 anos de existência. A instituição oferece dedicação e ensinamento para a vida de crianças, adolescentes, adultos e idosos com deficiência visual. A Instituição é pioneira no Estado do Rio de Janeiro. Com 170 assistidos, o educandário funciona de segunda à sexta-feira, com diversas oficinas de reabilitação como informática adaptada, sistema Braile de ensino, OM (orientação e mobilidade), soroban (matemática para cegos), experimentação corporal, escrita cursiva, bateria, fisioterapia oftálmica e educação ambiental (jardim sensorial). Quando foi inaugurado, no local além do centro de referência, funcionava a Escola Estadual São José Operário com alfabetização até o Ensino Fundamental, completo, para depois os alunos serem inseridos no trabalho de inclusão. Porém, em 2001, após nova lei,
Instituições ficaram proibidas de serem também escolas. O Educandário para Cegos ocupa um quarteirão com 25 salas e oferece aos assistidos, além das atividades diárias e da grande equipe altamente qualificada, cinco refeições ao dia como café da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia. Isso faz com que o local tenha um gasto expressivo para conseguir se manter. Eles recebiam do Governo do Estado uma verba, que há tempo não é repassada. Atualmente, a instituição vive com subsídios da Prefeitura de Campos. “Os subsídios da prefeitura é o que nos mantém. Com esse dinheiro conseguimos fazer quase tudo. Tínhamos uma verba do Estado que era enviada pela Fundação da Infância e da Adolescência (FIA), porém, não existe mais e com isso, deixamos de atender cerca de 60 crianças. Anualmente, fazemos eventos para arrecadar mais verbas. Nossa luta nunca foi fácil e as barreiras são grandes, porém, trabalhar aqui é fascinante e sou encantada no que faço. Ensinar os desafios diários para um deficiente visual e mostrar a eles como reaprender a viver é incrível”, relata a presidente da instituição, Cristina Salgado Rodrigues.
Centro de Equoterapia São José Operário Há 17 anos, a Instituição começou a receber portadores de múltiplas deficiências para o projeto de Equoterapia. São atendidos 110 alunos de outras Instituições da cidade para um melhor desenvolvimento, no método terapêutico e educacional. O método utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, com profissionais habilitados como psicólogos, equoterapeuta, pedagogo, assistente social, fonoaudiólogo e educador físico. Rafael tem hoje 13 anos, mas chegou à Instituição ainda criança e desde as primeiras aulas, a mãe, Irene da Silva, já percebeu mudanças positivas no filho. “Só tenho a agradecer ao Educandário por este método de ensino. O Rafa tem síndrome de down. É wum menino carinhoso. Todos os dias que ele sai da atividade, vem com uma novidade, isso é muito bom para o desenvolvimento dele”, afirma Irene.
Av. Alberto Lamego,973 - Parque Califórnia Campos dos Goytacazes - RJ (22) 2722 5922
Igreja São José Operário Com grande estrutura física o Centro de Referência São José Operário / Educandários para Cegos tem ainda em seu pátio uma bela e ampla igreja que funciona desde sua existência. O local comporta cerca de 300 pessoas e oferece à população grupo de oração às sextas-feiras, a partir das sete da noite e a santa missa, aos domingos, às quatro da tarde. Além de casamentos e reuniões católicas, é uma igreja ativa.
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Economia
A ponte que nunca acaba
Vários capítulos de uma novela que parece não ter fim e que ligaria São João da Barra a São Francisco Thiago Gomes Parada no meio do caminho entre São Francisco de Itabapoana e São João da Barra, após quase 34 anos de espera. Esta é a situação da Ponte da Integração, que deveria ligar os dois municípios. A ideia de encurtar a distância entre as cidades vizinhas usando o Rio Paraíba do Sul surgiu ainda nos anos 80, como Ponte João Figueiredo, foi abandonada na época e resgatada em 2014, com novo nome e traçado. Mas o projeto com o custo de R$ 105,7 milhões emperrou outra vez e não tem prazo para ser retomado. A Assessoria de Comunicação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) não deu muitas informações sobre a ponte. Limitou-se a dizer, em breve nota, que “a obra está paralisada por falta de verba. O órgão aguarda a liberação de orçamento para concluir a melhoria. O serviço está 50% completo”, informou a nota do órgão estadual. O projeto da Ponte da Integração tem 1.344 m de extensão, 16 m de largura e, quando concluído, diminuirá o tempo de viagem entre os dois municípios em cerca de uma hora – já que são aproximadamente 100 km a menos – além de desafogar o trânsito da BR-356 e ajudar no escoamento da produção rural. A obra começou em 9 de junho de 2014 e deveria ter sido entregue em 8 de junho de 2015. No entanto, o cronograma atrasou e, em janeiro de 2016, virou mais uma construção do Governo do Estado parada por falta de recurso. Apesar de não estar nos domínios de Campos, a conclusão da Ponte da Integração também interessa à cidade. Tanto que a Câmara Municipal de Campos aprovou um requerimento, de autoria do vereador Jorginho Virgilio (PRP), pedindo a retomada das obras e informações sobre o projeto e prazos. No final do mês passado, o vereador ainda cobrou a continuidade dos trabalhos durante audiência pública promovida em Campos sobre o turismo, que contou com a participação dos deputados estaduais Silas Bento (PSDB) e Comte Bittencourt (PPS). “Não tem como falar de desenvolvimento do turismo da região sem discutir a retomada da construção dessa importante ponte. É uma integração importante, que vai valorizar o turismo não só de São João da Barra e São Francisco, mas também do Farol de São Thomé, já que facilitará o acesso à praia campista, pelo Açu, de quem mora na margem esquerda do Rio Paraíba do Sul”, destacou o vereador, que ainda aguarda do DER uma resposta para seu pedido de informação. Em fevereiro, a prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PP), cobrou a retomada dos trabalhos ao secretário de Estado de Obras, José Iran Peixoto. Mas saiu da reunião, que aconteceu no Rio de Janeiro, sem resposta favorável ao seu apelo. “Ainda no meu primeiro mandato, iniciei um movimento regional em prol dessa importante obra. Seremos incansáveis na luta para que seja concluída, para benefício dos dois municípios e de toda região”, afirmou a prefeita. Nome — O vereador sanjoanense Aluizio Siqueira (PP) propôs uma alteração no nome da obra. Ela deixaria de se chamar apenas Ponte da Integração e passaria a ser chamada Ponte da Integração Dodozinho Mendonça, em homenagem ao ex-prefeito e ex-vice-prefeito de São João da Barra, que morreu em 2014 aos 96 anos. Na rota do desenvolvimento econômico O secretário de Planejamento de São Francisco de Itabapoana, Aldo Gomes de Azevedo Júnior, acredita que a estrutura será fundamental para o desenvolvimento econômico da região, incrementando o escoamento da produção
A cabeceira da ponte em São Francisco parece estar dormindo em meio a uma obra que anda e que para do polo de fruticultura do município, assim como o de cana-de-açúcar nas usinas instaladas no Norte Fluminense. “Além do mais, a ponte facilitará o acesso de mais visitantes às diversas praias e hotéis-fazenda situados nos dois municípios, promovendo o crescimento do fluxo turístico e gerando novos empregos, resultando em melhor qualidade de vida da população”, detalhou o secretário. Ainda de acordo com Aldo, o benefício mais visível será a proximidade com o Porto do Açu, em São João da Barra, e seus efeitos no setor de desenvolvimento, já que o traçado desemboca no trevo de acesso ao empreendimento. “Pensando nisso, a prefeita de São Francisco, Francimara Azeredo da Silva Barbosa Lemos, tem com lideranças políticas apoio para a retomada das obras. Será preciso unir forças com outras autoridades e cobrar do Governo do Estado”, pontuou. O secretário de Obras e Serviços de São João da Barra, Alexandre Magno, espera que os trabalhos de construção da ponte sejam retomados em breve. “Ela é muito importante para o desenvolvimento econômico de São João da Barra, além de ter um grande significado, unin-
Banco abre consórcio para cirurgia plástica Modalidade é oferecida em Campos e procura é grande
Manter a beleza, corrigir aquele defeito que incomoda, levantar a estima. Tudo isso é muito bom, mas tem um custo bem caro, principalmente para as pessoas com menor poder aquisitivo. Na maioria das vezes, aquele simples procedimento estético se torna inviável diante dos compromissos financeiros diários. Diante de um crescimento em busca da beleza, alguns bancos decidiram investir nos clientes que desejam realizar alguns procedimentos e até mesmo cirurgias plásticas. A partir de consórcios bancários, os clientes podem realizar seus sonhos sem adquirir uma dívida indesejada. O Banco do Brasil, por exemplo, que inaugura este ano em Campos uma agência empresarial - uma das 100 em todo o Estado do Rio de Janeiro - também aderiu ao novo conceito de investimento ao seu cliente. A pessoa que decidir pelo consórcio não terá juros e nem taxa de adesão. O cliente também poderá, a qualquer momento, antecipar as parcelas, diminuir o valor do financiamento ou o prazo do seu plano. Os beneficiários que usar o programa são aqueles que possuem o cartão Ourocard Visa ou BB Visa Electron. Os interessados podem retirar o valor de R$1.500 a R$15.000, em planos de até 36 meses e taxa de administração a partir de 0.6% ao mês. Em 2014, o Banco do Brasil destinou às cartas do BB mais de meio milhão de reais para pagamentos de procedimentos estéticos. CRESCIMENTO DA ESTÉTICA NO PAÍS O Brasil está em terceiro lugar no ranking de consumo de produtos estéticos atrás apenas dos Estados Unidos e da China. As empresas apostam em inovação nos produtos e serviços. Segundo dados do Sebrae, o setor está apoiado em um mercado relevante e de alta qualidade
em pesquisa e inovação para oferta de novos produtos e está se tornando o ramo empresarial mais seguro para investir. Entre os fatores que tem contribuído para o excelente desempenho do setor de estética destacam-se a ascensão da mulher no mercado de trabalho, a expansão do mercado consumidor masculino, o aumento da expectativa de vida, as novas tecnologias no desenvolvimento e lançamento de produtos. Em uma década houve um crescimento de 20% na área. De certa forma, isso se deve ao aumento da renda familiar e à necessidade das pessoas, de cuidarem da aparência e do bem-estar, melhorando a autoestima e proporcionando uma melhora da qualidade de vida.
do os dois municípios e conectando toda uma região”, destacou. Espera de mais de três décadas O projeto original, iniciado em 1981, com o nome de Ponte João Figueiredo, foi interrompido por questões ambientais. A obra chegou a ter os pilares erguidos e possuía 7 km de viaduto que deveria passar em uma área que fica alagada no período de cheia do Rio Paraíba do Sul. Este projeto previa, ainda, a construção de um dique para determinados trechos, o que também seria inviável por motivos ambientais. A construção foi paralisada e um novo projeto para ligar as duas cidades começou a ser traçado. A ideia do desenho da ponte atual tem como objetivo não causar tanta interferência ao meio ambiente e a promessa é de que seja mais econômico. Outro fator é que a mudança do local de construção aumentará em apenas 4,5 km a distância entre São João da Barra e São Francisco de Itabapoana, se comparado ao antigo projeto. Atualmente, para ir de uma cidade à outra é preciso passar por Campos ou atravessar de barco.
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A Só Pele oferece aos seus clientes, linha completa de coberturas especiais para curativos e estomias Estomias e Protetores Cutâneos
Hidratação e higiene
Curativos Nacionais e Importados
Conforto e bem estar
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Esporte
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Força das mães Primeiro correram atrás dos filhos e agora atrás da boa forma Patricia Barreto
Hoje o dia é dedicado às mães. Estas mulheres, que de frágil não têm nada, trabalham, cuidam da casa, dos filhos, do marido, dos netos e ainda arrumam tempo para cuidar delas mesmas. Por exemplo, o berço de Rita Pinto foi dentro de uma academia. Hoje, aos 56 anos e formada em Educação Física e é professora na academia do filho. Já Ana de Freitas é aluna da mesma academia. Aos 50 anos, malhando há pouco mais de um, ela compara a sensação do pós treino como a um algodão doce. As duas sabem muito bem como superar os sinais do tempo e ostentam um corpão de dar inveja em muita menina nova. “Costumo dizer que malho desde que nasci por que meu avó era professor de Educação Física e a academia que hoje é do meu filho é herança da minha mãe que administrou o local por muitos anos. Fui modelo, nadadora profissional e joguei basquete. Fazer uma atividade física faz um bem danado para a mente e a alma. Você dorme melhor, se veste melhor, tem a vontade de viver renovada. Todos deveriam experimentar a sensação maravilhosa que é movimentar o corpo”, ressalta Rita. Há quem pense que Rita é uma mulher privilegiada, uma vez que, o filho, Enoque, é personal trainer e Nutricionista. “Depois do Carnaval todo mundo engorda. Comigo não foi diferente. Pedi ao Enoque que me passasse uma dieta. E ele me enrolou. Pedi novamente por mais umas cinco vezes. Por fim, sem ele saber, liguei para o consultório dele e marquei uma consulta. Mas, não foi preciso. Na noite anterior, ele enviou uma dieta para o meu e-mail. E ainda há quem pense que ter um Nutricionista e um personal (trainer) dentro de casa é vantagem. Doce ilusão”, ironiza. Além da determinação para manter a forma e garantir a saúde em dia, a prática de exercícios também faz muito bem para o dia a dia da professora que também é pastora missionária há sete anos. “Acordo às 4h, saio para caminhar e no meio do caminho encontro as pessoas que são ‘invisíveis’ para a população. São moradores de rua, prostituas, drogados. Se me chamam, abraço, beijo, converso. E se não me chamam, vou até eles do mesmo jeito. Falo de Jesus e fazemos uma oração. Essa é a minha missão no mundo”.
“Faço musculação desde os 20 anos. Tenho dois filhos e pude perceber a diferença no meu corpo e estilo de vida. Antes de entrar no trabalho venho para a academia. É sagrado. Meu dia sem musculação fica incompleto. Atividade física vicia e isso é ótimo por que são só benefícios. Minha dica é que o aluno procure sempre uma academia reconhecida e profissionais capacitados para orientar corretamente o objetivo”. TATIANE SOUZA, 26 ANOS
“Não há idade para começar a praticar uma atividade física. Obviamente, que depois dos 30, o metabolismo fica mais lento, e a gordura começa a acumular em locais que incomodam, principalmente às mulheres. Exercícios devem sempre ser bem orientados buscando o objetivo do aluno sejam eles para, busca de força, resistência, hipertrofia, equilíbrio, fortalecimento, melhora da capacidade aeróbica e outros. Além de uma alimentação adequada”. RITA PINTO, 56 ANOS “Atividade física e preguiça não combinam. Por isso, se for para entrar de cabeça na musculação, reserve um tempo no seu dia exclusivo para os exercícios e o torne parte da sua rotina. Entrar na academia só por causa de moda ou para imitar alguma celebridade, não trará efeitos. Se quiser ver resultados, terá que pegar pesado e com comprometimento. Depois que comecei a malhar, saio da academia me sentindo um algodão doce de tão leve”. ANA DE FREITAS, 50 ANOS
Rita é uma pastora com uma imagem um tanto quanto diferente das convencionais e isso, segundo ela, assusta as pessoas. “Assim que me converti, passei a usar saias compridas. Mas, um dia, Jesus me disse pra tirar a saia e voltar a usar minhas calças de trabalho, que são as legging. Tenho inúmeras tatuagens, amo uma maquiagem, e por isso, sou uma pastora missionária. Vou até àqueles que ninguém vai. Àqueles que têm medo de entrar num templo e serem escorraçados. Eu sou melhor do que eles em quê? Não sou e nem pretendo ser. Se Jesus me escolheu para evangelizar dessa forma, é dessa forma que será. E deixa os olhos humanos me julgarem”. Mas não é só no serviço de evangelização que a pastora sofre preconceito. Ela é professora na academia do filho e conta que muitos alunos preferem fazer a ficha com os professores. “Um aluno, um dia, perguntou onde estava o professor. E eu disse ‘sou eu’. E ele disse que ia esperar o meu filho chegar ou os professores da tarde para fazer a ficha (indicativa de exercícios). Achei aquilo engraçado, mas sorri e engoli seco. No outro dia, o mesmo aluno pediu desculpa pela descrença na minha capacidade e quis que eu fizesse a ficha dele. Dois meses depois, me revelou que em nenhuma academia alguém tinha feito um a sequência de exercícios que dessem tanto resultado como a que eu tinha preparado pra ele. Isso é gratificante. Mas, infelizmente, o preconceito existe ainda”, admite Rita. A professora lembra do tempo em que o professor era autoridade máxima dentro de uma academia. “Hoje, os alunos – nem todos – seguem dietas da moda, série de alguma celebridade. Tem mulher que chega aqui e quando eu pergunto qual o objetivo responde ‘Quero ficar como a Gracyanne Barbosa’. Gente! Ela tem uma equipe multidisciplinar por trás daqueles músculos. O corpo dela é surreal e adquirido com muito esforço. Tem aluno que traz uma revista de musculação, coloca ao lado do aparelho e faz a série que um artista faz. Tem ainda uns casos absurdos de aluno que ‘rouba’ a ficha de outro aluno porque acha que a série dá mais resultado. O professor fica no salão de enfeite, somente. São situações inimagináveis, porém, reais. Costumo dizer que cada corpo é um corpo. Além disso, você não pode perder a referência. O professor da academia é um profissional capacitado que vai dizer o que benéfico ou não para o biotipo e objetivo do aluno”.
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Club Terceira Via
Mamães estilosas
Todo dia elas fazem tudo sempre igual...amam seus filhos cotidianamente, mas hoje a data é especial O tradicional domingo dedicado as mães é comemorado no Brasil desde 1918. E em 1938, o presidente Getúlio Vargas tornou oficial a data, apenas transferindo para todo o segundo domingo do mês de maio.Seja comemorado em qualquer dia do ano, as mães são pessoas importantes que devem estar sempre no primeiro plano de uma boa homenagem. Este dia deve ser vivido entre mães e filhos, fazendo da família um pilar de sustentação para o ser humano.E para comemorar esta data
especial pensamos: Que tal reunirmos quatro perfis de mães diferentes pra contar histórias de convivência bem bacanas? O resultado foi maravilhoso! Encontramos uma mamãe super fashion e dedicada, uma super avó que paparica muitos seus netos, uma mamãe super atleta e que levou o estilo de vida saudável para seus filhos e ainda uma mãe de gêmeas que além de super vaidosa, prima por uma relação de amizade com suas filhas.
Lílian Martins, 48 anos, comerciante e mãe das gêmeas Liz e Laiz “Somos muito agarradinhas! Nós três estamos sempre juntas!” Lílian Martins é uma mamãe super vaidosa. Ela conta que se cuida sempre! Quando descobriu a gravidez de gêmeas, foi uma surpresa pra toda família já que não existia nenhum caso de gemelares nem por parte da família dela, nem na do marido, que na época era jogador de futebol. O casal morava em Curitiba, no sul do país, por conta do trabalho do marido, mas ela fez questão de ter as filhas em Campos. A gravidez segundo ela foi super tranquila. “Nasceram de nove meses e eu engordei 23 quilos! Não tive nenhuma complicação graças a Deus”, conta a empresária. Desde então, Lílian conta que sempre primou pela educação das meninas e sempre fez questão delas manterem uma relação de amizade e cumplicidade. Hoje, as meninas que sempre se vestiram iguaiszinhas durante a infância, se tornaram mulheres. Laiz e Liz têm 24 anos. A Liz cursa Medicina e mora em Itaperuna, noroeste do estado, e a Laiz, engenheira de produção, se casou recentemente e deixou a casa dos pais. “Está sendo bem complicado e ainda estou me adaptando a essa nova rotina. Me acostumei a ter as duas sempre por perto e agora estamos praticamente só meu marido e eu em casa, já que a Liz só vem nos fins de semana.” A amizade das três e o amor delas é o combustível de uma relação de mãe e filhas de muito respeito e companheirismo.
Herusa Dias , 36 anos, psicóloga e Mãe da Maria Luiza
Carlota Delbons, 75 anos, aposentada e Super Vó
Cristina Moll, 45 anos, advogada, mãe da Jade e da Maya
Herusa não é só uma mamãe super fashion. Ela ainda acumula no currículo muita, muita dedicação à filhota. Há seis anos ela conta que sua vida mudou completamente com o nascimento da Maria Luiza, mas ela sempre soube que seria assim e, por isso, a gravidez foi muito planejada. Como sabia que não teria a ajuda de familiares, já que a família não é daqui e por uma opção própria, não queria ter babá, ela teve que adaptar a sua vida para cuidar da pequena e dar conta da rotina de trabalho ao mesmo tempo. “Ela é minha dádiva! Minha maior alegria e sem dúvida minha melhor amiga!” Mas a Maria Luiza não é o único amor da Herusa. Ela se casou novamente e há quatro anos também divide o amor de mãe com o enteado Bruno, de 18 anos. “Temos uma relação maravilhosa e me considero um pouco mãe dele também. É como um filho pra mim”, afirma a psicóloga que não esconde o amor e admiração pelos dois. Muito preocupada com a forma física e com a beleza, ela gosta de estar sempre bem arrumada e produzida. E a pequena Maria Luiza também adora e acompanha a mamãe. Ela jura que não impõe isso para a filha. “Existe uma confusão na cabeça das pessoas. Tem gente que acha que depois que é mãe, tem que se anular como mulher. Eu não tenho essa visão. Dá pra fazer tudo, basta se planejar”. Herusa é sem dúvida um exemplo de mãe a ser seguido.
Dizem que amor de vó é em dobro... “Eu faço tudo que eles querem! Sou apaixonada por eles!” É assim que a vovó Carlota fala dos netos. Ela que tem um casal de filhos, hoje é avó de quatro netos e faz questão de dizer que gosta mesmo é de paparicar todos eles. A Amanda de 22 anos, o Mateus de 21, o Diogo de 16 e o Lucas de 12. O amor é tão grande que durante a entrevista ela chegou a se emocionar quando falou sobre eles. “Chego a ficar emocionada! Um deles me chama de princesa. Eles me fazem muitas declarações de amor”, lembra a super vovó. Pelo menos duas vezes na semana, os netos mais novos de 12 e 16 anos, ficam com ela para o almoço. Ela conta que vai para a cozinha e prepara tudo que eles querem. “Se um gosta de açaí, eu compro o açaí. Se o outro gosta de bombom, eu compro o bombom!” Mas segundo Carlota ela não gosta de se intrometer na educação dada pelos filhos aos netos. Diz que é permissiva, mas não deseduca nunca. Este ano, o domingo do Dia das Mães será ainda mais especial. A filha de Carlota completa 50 anos e a comemoração será em dose dupla. A família toda irá se reunir para as duas datas especiais e os netos vão poder desfrutar ainda mais da convivência dessa avó que tem amor de sobra pra todos eles.
Tininha, como prefere ser chamada, é a mãe que se enquadra no perfil, Mãe Atleta! Mãe de duas meninas, a Jade de 16 e a Maya de 10 anos, ela conta que as duas filhas foram programadas. “É com certeza a experiência mais incrível da vida! Mas ser mãe não é um paraíso como dizem por aí! É lindo sim, mas você passa a ter uma responsabilidade por outra pessoa e muda sua vida, para pior e para melhor”, afirma ela. Ela lembra que ficou tão cansada na primeira gravidez que optou em dar um tempo de 7 anos para a segunda gestação. “Tive que esquecer as noites sem dormir, os dias sem sair pra ter coragem de começar tudo de novo”, lembra ela. Tininha não abre mão de uma vida saudável. Faz corridas de montanha e trail run e corre por horas em meio à natureza e pra isso tem que treinar bastante. Ela já conseguiu inserir as duas filhas no mesmo estilo de vida. A Jade, faz yoga, dança e gosta de ler. A Maya, faz basquete, natação, vôlei e há dois anos já se aventura com a mãe indo a viagens e participando de algumas provas kids. A pequena já coleciona 10 medalhas. A Tininha sabe bem a importância de conciliar a maternidade com a inserção dos esportes na vida dos filhos.
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herminiasepulveda@yahoo.com.br “Os filhos precisam entender que para as todas as mães, um abraço demorado, que dure pelo menos 1 minuto, é o melhor presente para ela.” Hermínia Sepulveda SER MÃE NÃO É FÁCIL
Não é uma tarefa fácil ser mãe! É algo que requer sabedoria e desapego quando você ainda nem sabe o que é isso. Ser mãe é sentir prazer em dar tudo de si, é um ato contínuo de amar sem exigir nada. Não é fácil ver um filho doente, sem poder tirar dele a dor que sente. Ver o filho crescer e ir à escola enquanto esperamos do lado de fora. Não é fácil ver o filho adolescente sair com os amigos e não chegar na hora marcada. O coração dispara e às vezes quase para sem saber o que fazer. Depois quando vai pra faculdade ou segue outro rumo, que não o nosso colo...Nessa hora respiramos fundo e com toda coragem dizemos com um sorriso, não sem sentir dor no coração. Siga seu caminho filho, vai em frente, a vida o espera, enquanto dizemos interiormente: DEUS te guie minha criança! Que seja muito feliz, e um punhado de outras preces da mãe... Daí pra frente o filho pertence ao mundo e a nós só resta incumbência de orar para que ele seja tudo o que ensinamos e queremos para ele. Em nós fica o desejo que tenhamos conseguido dar a eles tudo o que era importante, mesmo quando não sabíamos nada da vida. Um filho não vem com manual de instrução... Temos que seguir a intuição, é um ato de coragem e se acertamos ou não só o tempo dirá. Não é fácil ver um filho nascer, cuidar deles com carinho, sorrir com suas façanhas, chorar com suas dores, e depois ficar só com a esperança de que ele não demore muito a voltar. Mas a vida é assim, nascemos, crescemos e voamos nas asas do tempo. Não é fácil ser mãe meus filhos e espero não tê-los decepcionado muito. Aos filhos do mundo a benção de uma mãe que ama e que sonha em ver seus filhos sempre felizes e realizados. Agradeço a Deus por ter me dado sabedoria para orientar os meus filhos no caminho do bem: Obrigada meu Deus, acho que cumpri a minha missão. Agora a missão é de vocês meus filhos e a vida continua....Que Deus abençoe e fortaleça todas as mães do mundo! Texto lindo de Ignez Freitas
JULIANA RIBEIRO CRESPO com Valentina
MARTHA HENRIQUES com Amanda e Gabriel
FRANCINE SEPULVEDA CARNEIRO com Luiza
C A R LA B O R OTO co m Caio
HELOISINHA BESHARA SASHA ALVES CARNEIRO com VELASCO com Gabriel Davi
ADRIANA NOGUEIRA ARÊAS com Luana e Luiz Otávio
LÍLIAN PERES PAES com Pedro Nicholas e Humberto Lucca
FERNANDA ALBERNAZ com MICHELLI GUIMARÃES com AUXILIADORA PATRÃO com Manoelzinho, Carla, Gabriela e Mariah Loren e Mirella Matheus e Marina
INEZ GOMES SANTOS com Eifa e Paola
ANA HELENA PATRÃO com Natália e Carol
LUCIANA BITTENCOURT com Antônia
ISABEL PETRUCCI NOÉLIA CRISTINA ALVES BARCELOS PEREIRA com Matheus MACHADO com Ester e Lara
SANDRA RANGEL MANHÃES com Luiza e Sofia
ARIUZA KURY IZAR com Renata, Carlos, Alexandre e Ana
DYANA RIBEIRO com Lavínia
KARINA BOESCHENSTEIN THALITA PEREIRA com MARIA AMÉLIA Thor DUMAS com Lukinha com Maite
FÁTIMA CAMPOS com Fernanda e Renata
ANA LUIZA AGUIAR com Anna Izabel
IZA VASCONCELOS MORAES com Marina e Alice
LATIFE HADDAD PESSANHA com Jobelzinho e Camille
VALÉRIA JANA com Vívian, Otávio e Aline
LUCIENE PEIXOTO ROCHA com Davi
MARILENE CAMPOS LOPES com Tatiana e Géssica
LAURA TERRA GUIMARÃES SUELEN GUIMARÃES PAULINHA SALOMÃO com Rafael e Rafaela com Gustavinho ABDU NEME com Maria
TASSIANA OLIVEIRA com Gaby e Anthony
@crisales__
Cristiane Freitas, Reni Pereira, Tânia Ribeiro, Paula Marsicano, Bruna Brum, Raquel Carvalho, Raquel Lyrio, Cynthia Benjamin, Michelly Bicock, Daniele Alvarenga e Herusa Dias
Lilla + Luiza Diniz
Dia das Mães
Pensa numa tarde super agradável, cheia de gente bonita e antenada, coquetel dos deuses e muito carinho dedicado às mães... Pois é, foi o que a Lilla e a Luiza Diniz proporcionaram às lindas, amadas mães e clientes das duas lojas, que se juntaram para produzirem uma homenagem especial do Dia das Mães. Já deu até para imaginar como ficou o outdoor dessa campanha. Um sonho!!! Fernanda, Mayra e Luiza, como não podia deixar de ser, ficaram encantadas com o resultado e eram só agradecimento a todas as clientes que estiveram presentes e já planejam outros lindos momentos para juntarem sempre as mulheres mais belas da cidade.
Laura Terra Guimarães Abdu Neme - Médica
Três palavras que descrevem sua vida: Família amor e trabalho. O que é ser mãe pra você: Ser mãe é ser uma pessoa melhor a cada dia... ser mãe é descobrir que o coração é um espaço infinito. E que quanto mais se ama, mais amor cabe ali dentro!
CRM:52530660
Feliz dia das Mães!!!
Dra. Ana Maria Pellegrini
Durabilidade da toxina botulinica Tarde deliciosa Fernanda e Mayra Vilas Novas e Luiza Diniz proporcionaram um clima todo especial para as mães
Vamos esclarecer o que interfere na durabilidade da toxina botulínica: 1.Qualidade da toxina utilizada: sim, há toxinas com procedências duvidosas e condições técnicas como armazenamento e diluição feitasde maneiras inadequadas. 2.Quantidade: fazer toxina não é receita de bolo. Pelo contrário, é algo extremamente individual. O dermatologistadeve avaliar toda a dinâmica facial para decidir quais quantidadesaplicar em quais musculaturas especificas . E isso é um processo dinâmico. Pode mudar de uma aplicação para outra. Algumas medições podem interferir na durabilidade: são específicas, mas vale a orientação. 3 Atividade física: Sim! Diminui o tempo de durabilidade. Vamos lembrar que o produto é toxina e, como tal, o corpo quer metabolizá-la; condições que acelerem o metabolismo farão com que essa toxina seja depurada mais rápido. Fora as caretas que a gente faz na academia, que recrutam nossa musculatura ais forte e constantemente. 4 Formação de anticorpos: são casos raros, mas acontecem. Cada caso é individual e deve ser discutido com seu dermatologista. Avaliando suas ondições e tendo clareza do processo, a chance de satisfação é grande.
Edifício Medical Center Rua 13 de Maio nº 286 Sala 12 Tel: 2733 4211
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@natalia.munizz
nataliamuniznutri@gmail.com
Neopilates
IDEAL PARA QUEM QUER GASTAR MUITA CALORIA E DEFINIR O CORPO
O NeoPilates é uma modernização do método Pilates. É a união de outros conceitos atuais, como o treinamento funcional, as atividades circenses e lúdicas, aos princípios do Método Pilates. A criação desse método ficou por conta da brasileira e fisioterapeuta Amanda Braz. O grande diferencial está nos movimentos lúdicos dos movimentos e também nos aparelhos que, em sua maioria, são suspensos como o gravity, slackline, lycra do circo e outros. Traz a magia do circo com aqueles movimentos acrobáticos. Uma maneira divertida e desafiadora de se exercitar. Os princípios do Pilates como a contrologia, o foco na respiração e o trabalho com os músculos do core estão presentes. O grau de dificuldade passa a ser maior por ter exercícios que, em sua maioria, possui bases instáveis. Seguimos tendências mundiais, nosso objetivo é potencializar os benefícios desta técnica fantástica, o Pilates, e ainda deixá-lo mais divertido e desafiador! O Objetivo do Neopilates é o aprendizado e o domínio de novos movimentos, para tanto deve-se oferecer sempre novas variações, exigindo ao organismo adaptar-se constantemente. Essa atividade proporciona: força, equilíbrio, velocidade, resistência, flexibilidade, coordenação, além de excelente para quem quer emagrecer, maior consciência corporal e melhora na respiração, a coordenação motora passa a ser mais ativa, mais
NATALIA CUNHA
NATALLIA RANGEL
equilíbrio, flexibilidade e assim por diante, mas eles vão muito além disso, a auto-estima aumenta consideravelmente e é justamente isso que faz com que tenha uma vida mais feliz e agradável e motivação para realizar outras atividades totalmente voltadas para os bons hábitos. Sabendo disso, procure hoje mesmo os locais apropriados que o façam ou compre os equipamentos necessários para então ter o corpo perfeito. Diferença entre Neopilates e Pilates tradicional A principal diferença entre eles é a base dos exercícios. O Pilates é também chamado de Pilates Solo porque, em sua forma original, os exercícios foram criados no chão, numa base dura e estável. Por usar muitos aparelhos de circo e por fazer boa parte dos exercícios em suspensão, a base é bastante instável, o que demanda maior força, coordenação motora e equilíbrio de quem está praticando. Para quem ele é indicado? Se você está pensando que idosos não podem fazer o Neopilates, está enganado. Os exercícios são completamente adaptáveis e prescritos de forma individual, de acordo com o nível de cada aluno. Portanto, o método do Neopilates é indicado para toda e qualquer idade, afirma Natallia Rangel ( Instrutora de Pilates e Neopilates) @corporepilates17
MARCELA HENRIQUES
RENATA DE FREITAS GODOY
PRISCYLA BEZERRA
Meio coque
@priscylabezerra
Sou suspeita pra falar do meio coque, pois além de tendência, se tornou praticamente um estilo = Despojado de ser.Prático e super descolado ele invadiu a cabeça das mulheres e é conhecido como meio coque ou top knot.Como usar: Tanto com uma combinação social quanto para sair à noite, esse hair style cai bem e pode ser feito tanto em cabelos longos como também nos curtinhos.
RA dar
como usar Aconteceu nesta semana o primeiro QG de moda na Villa mais charmosa da cidade, a Villa Vitoria. O Villa HIT envolveu moda, decor, comportamento e muitas mulheres lindas e bem vestidas por metro quadrado. Marcas participantes e convidadas selecionadas a dedo, fizeram desta noite muito especial, pois foram arrecadados mais de 500 brinquedos em forma de doação. Larissa Chaban, a idealizadora deste evento estava sorrindo a toa, pois o propósito do Villa HIT era exatamente este: AJUDAR Parabéns, Villa. Quem venham mais QG´s e eventos de moda para Campos.
Mara Rúbia
curvex
O uso inadequado do curvex pode causar a quebra dos fios e até a sua extração completa. O aparelho deve ser usado de maneira delicada e ocasionalmente, sempre antes da máscara de cílios. Não deve-se comprimir excessivamente, além de manter a atenção redobrada para não puxar os pêlos. O ciclo, destes, dura de cinco a onze meses e a fase de crescimento é de dois meses.O alongamento de cílios é um procedimento em que fios falsos - sintéticos ou de seda - são aplicados, um a um, sobre os naturais. Eles permanecem nos olhos por aproximadamente dois meses. Dependendo de como forem aplicados, as pestanas postiças podem pesar, causando a queda dos cílios reais. Além disso, pode haver “inflamação” e “alergia” nas pálpebras por conta da cola utilizada. Atendimento
Clínica Pró-vida - Rua Barão de Miracema 167 / 22 2736 9800 Campos dos oytacazes.RJ Clinica Renova - Av Pelinca 330 Tel 2733 9694
Binho Dutra, Priscyla Bezerra, Danilo Leonel, Larissa Chaban, Carlos Frederico.
Dra Paula Marsicano Dermatologista CRM 52-815861
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07 A 14 DE MAIO DE 2017
COLUNA PET Assistência Veterinária
TARTARECTOMIA EM PEQUENOS ANIMAIS Muitos donos de cães e gatos se preocupam com o perigo de seus animais terem cáries, mas o que muitos deles não sabem é que isso é muito raro de acontecer, diferente de nós humanos. Na verdade o problema dentário mais comum nos nossos bichinhos é a periodontopatia que é uma doença que afeta a sustentação dos dentes. Todo animal, assim como nós, têm em sua boca uma flora bacteriana ativa, essas bactérias aderem aos dentes formando a famosa “placa bacteriana”, que aos poucos vai se mineralizando e formando as placas de tártaro que vocês com certeza já observaram nos dentes de seus pets. COMO NASCEM OS DENTES ?? Vocês sabem quantos dentes tem um cachorrinho? Nos filhotes são 28 dentes de leite que vão começar a cair a partir dos 03 meses de idade, assim em seguida começarão a aparecer os dentes definitivos ou permanentes, em um número total de 42 dentes, estando completos em torno de 07 a 08 meses de idade. É importante vocês saberem que as raças de pequeno porte como os Pinschers, Lhasas, Malteses e Shitzus possuem o mesmo número de dentes dos cães de grande porte como os Labradores, Pastores, Pitbulls, entre outros. Apesar de ser bem menor, o número de dentes parece ser demais para uma boquinha bem menor, o que facilita sem dúvida nenhuma uma maior probabilidade de aparecimento de tártaros. Esse acúmulo de bactérias produz um grande número de substâncias tóxicas na boca dos animais causando então as periodontopatias, como as gengivites e as periodontites. GEGIVITES E PERIODONTITES Nas gengivites existe o comprometimento das gengivas que ficam muito avermelhadas e inchadas, podendo sangrar quanto tocadas, esse período da doença ainda é reversível e se for feita uma limpeza de tártaro os dentes ficarão bem limpinhos e a gengiva bem mais saudável. Nas periodontites há presença de infecções gengivais (com presença de pus ou não), desmineralização do osso base do dente (nesse momento se consegue enxergar a raiz do dente) e retração ou crescimento estranho da gengiva, esse estágio é irreversível e mesmo fazendo a limpeza de tártaro a gengiva continuará alterada e os dentes com as raízes expostas, porém sem infecção. O sinal mais comum da Periodontite é o mau hálito, onde dependendo também do avanço da doença o animalzinho sentirá muita dor e não conseguirá se alimentar bem, ficando bem mais quietinho e sem querer brincar. PERIGO O maior perigo das periodontopatias não é a queda dos dentes ou o mau hálito, mas sim as bactérias que se alojam na boca migrando para outros órgãos do corpo, fazendo infecções secundárias em locais importantes como articulações, fígado, rins e coração. Por esses motivos devemos sempre olhar a boca de nossos animais e procurar o tratamento adequado com o Médico Veterinário de confiança do seu bichinho.
mais idosos e com probleminhas no coração. Procurem sempre uma Clínica Veterinária bem equipada, com Centro Cirúrgico completo e com todos os recursos necessários para o seu animalzinho. Também é de muita importância a profilaxia! Mas é preciso mesmo escovar os dentes dos animais? A única maneira segura de se remover as placas bacterianas dos dentes é na escovação dos dentes, não inventaram nada melhor até o momento. A escovação deve ser feita pelo menos 03 vezes na semana com pasta e escova ideais para o seu cão e gato. Nunca utilize pasta de dente humana nos animais, pois além de não conseguirem enxaguar a boca e/ou cuspir, o flúor em altas quantidades é tóxica para eles e ainda podem causar irritação no estômago.
Brigitte trabalhando com o pai
Anselmo o flamenguista visitando a Prontovet
Pingo sendo fitness
TRATAMENTO Conhecido como Tartarectomia ou simplesmente, a Limpeza de Tártaro. A Tartarectomia mais segura e correta deve ser feita com Anestesia Geral e um Aparelho de Ultrassom Dentário, mesmo os cãezinhos e gatinhos
Otto já no clima do fim de semana
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14 A 21 DE MAIO DE 2017
A festa de 15 anos de Lila Trindade Chalita
candinhovasconcellos@gmail.com
CANDINHO VASCONCELLOS
Sabe aquelas festas dos sonhos em que todos os convidados saem encantados com tudo e agradecidos por terem sido convidados? Esta festa teve data, hora e local. Foi no sábado, dia 06, no Espaço Sognare. Precisamente às 22 horas, a debutante Lila chegava acompanhada dos seus pais, Flavia e Leandro Chalita, e do irmão Leandro Filho. Lila transpirava felicidade, usando longo azul céu confeccionado pelo Atelier Simone Mayerhofer, responsável ainda pelo modelo da mãe Flavia e da avó Rosane.
Lila com os pais Flavia e Leandro e com o irmão Leandro Filho
O cenário da festa de Lila
Os avós: Rosane e Milton Ferreira de Araújo
Avós: Elizete e Dr. Felix Chalita
Eliane e César Henriques
Desiree e Paulo Hirano
Debora e Guilherme Rodrigues
Helena e João Siqueira com com os filhos Guilherminho e o filho Mateus Marina e Lila Trindade Chalita
Tatiana e Bruno Trindade
Juliana e Milton Jr.
Adriana e Almir Salomão
Cristiane Nascimento, Laura FerNabia e Antônio Simão reira Ribeiro e Rafaela Gama Eliane Brasil e Leonardo Barbosa
Renata e Geraldinho Sue e Yan Hirano Valeria Mendes Batista amou a festa
Mirza Sampaio Perez Kury e Lalinha Paes
Lila cantando com a Banda Elite Vibe A Valsa
Jefferson Casarsa e Regina
A Festa A proposta da festa era divertir os convidados, comer bem e beber o que há de melhor. Tudo isso foi alcançado com maestria. Poderíamos dizer que a festa aconteceu nos jardins de um palácio. A plotagem, confeccionada especialmente para a festa de Lila, cobria toda a extensão da parede. Um visual nunca visto! Na pista de dança e na sua cobertura foram usadas oito mil micro lâmpadas alcançando um resultado de uma leveza incontável! Árvores cobertas em Lisyanthus rosa bailavam apoteoticamente no salão. Só se ouvia: “O que é isso?” Mobiliário arrojado vindo de Belo Horizonte e lounges confortáveis foram os lugares escolhidos por jovens e adultos com Jabuticabeiras iluminadas. Dois buffets montados para o jantar, que estava dos Deuses. Barman confeccionando drinks todo o tempo. O serviço de garçons elogiadíssimo.
Lila troca de modelo para o grande momento. O vestido usado na valsa foi o mesmo usado pela mãe no seu casamento. Perfeito! Ela primeiramente dançou com o pai Leandro, com os avôs, Dr. Chalita e Milton, com os tios Milton Jr. e Bruno e com o irmão Leandro Filho. Brindes e parabéns. Lila toma posse do microfone, agradece a presença de todos e canta lindamente. Ela volta a dançar mais uma valsa. Desta vez, com amigos, coreografados por Beatriz Petrucci. Momento lindo! Emocionante! O Dj Alex Ferrer e a banda Elite Vibe embalaram a pista com hit’s nacionais e internacionais. Mesa de doces e bolo recepcionava os convidados. Bem vividos e brownies vindos do Rio. Lá pelas 4 horas, os convidados começaram a deixar o local, na certeza de terem participado de uma festa inesquecível! Foi muito bom! Foi bom demais! Parabéns a Flavia e Leandro em receberem com total elegância.
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14 A 21 DE MAIO DE 2017
. FILHOS DA MÃE Somos todos nós! Que não temos nem como compensar todas essas criaturas adoráveis! Elas que nos abrigaram, nos alimentaram, castigaram,educaram, e de todas as maneiras nos amaram! Elas que não dormiram por nós... Deixaram de fazer amor por nós, para ficar mais ao nosso lado. Deixaram de comprar um vestido para nos dar uma bola ou boneca... Elas que fabricaram nosso leite ou até roubariam por nós... AH! Sim! Somos filhos da mãe! Que não queríamos vê-las sofrer, nem chorar, nem saber das nossas derrotas... Mas, ela é mestra em descobrir... E é no colo que todo filho da mãe gosta de parar! Somos tão filhos da mãe, que quando não as criticamos estamos copiando seus atos... Tá tudo gravado em nossa memória. Tá tudo entranhado em nossos complexos... De Electra de Édipo e de quem mais for mérito. E quanto mais filhos da mãe somos mais queremos ter filhos e tivemos filhos e adotamos filhos ou apanhamos emprestado... Feito elas!
foto : Joana Guimarães.
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Dyana Azevedo e sua filha Lavínia foto de Binho Dutra cedida por Aluízio Nogueira Júnior.
Vânia Cruz entre Camila - com seu pontinho de luz chegando - e Gabriela.
Fernanda Pessanha Guimarães Barreto e José Arthur Guimarães Quintino Barreto
Kamila Moraes e sua filha focalizadas por Karina Rodrigues.
Chaynala Morett e Lucas Ana Luiza Moll Quitete de Negreiros ensaio gestante por Moraes com Theo e Yan Abud Arthur Damasceno. Quitete Abud da Fonseca.
Fernanda Barreto dos Santos Caetano de Azevedo Silvia Jardim e Tito ensaio por Arthur com Daniel. Damasceno.
Eliza, Eliana e Elizabeth Poley com a mãe Amariná Bruno Poley, que completou 90 anos.
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14 A 21 DE MAIO DE 2017
@ju_ribeiros
Larissa Gabriel e Enzo aguardam a chegada do Arthur.
Mariana Lopes de Carvalho e a princesa Maria.
Chef é chef: Gustavo Generoso, João Delpupo e Heitor Haddad.
Com Mara Rúbia, uma amiga preciosa.
Kamilla Barcelos e seu filhote Lucas Barcelos.
Larissa Chaban com o engajado economista capixaba, Danilo Leonel, que recentemente realizaram juntos uma uma bela ação social em evento de moda.
Os aniversariantes da semana, Francisco e Maria Victoria Zaia