Edição 37

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Fotos: Silvana Rust

www.jornalterceiravia.com.br CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 04 A 11 DE JUNHO DE 2017

Nas bancas por R$ 1,50

NÚMERO 37

Infância vivida em ambiente de risco

Club Terceira Via

Milhares de menores em Campos acordam e dormem cercados por perigo e violência PÁGINA 05

Feitiço da Villa Se o assunto é cultura pode entrar que a casa é sua

Friends Trip

New York

CAPA

O cirurgião vascular Paulo Ronaldo Bohrer retorna da Alemanha para somar na equipe multidisciplinar do Hospital Dr. Beda Página 06

Lideranças avaliam passos do governo Rafael Diniz e afirmam que chegou a hora de acelerar 03

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Luís Passoni, reitor da Uenf, diz que os salários continuam atrasados e não existe verba para a manutenção em todos os níveis da universidade Página 07

Terceira Via, Uniflu e Rádio Educativa se unem para levar mais informação aos campistas 08

Com 83 anos de existência, o Asilo Monsenhor Severino corre o risco de fechar as portas 10


Minha escolha faz a diferença no trânsito

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Política

A loja na Praça São Salvador com um cadeado na porta ilustra bem a inércia que a cidade vive, mostrando que é preciso abrir novos caminhos para o município como prometido

Hora de destravar Campos

Cidade está parada e lideranças afirmam que chegou o momento de sair do ponto morto e acelerar Marcos Curvello Uma breve volta pelas ruas de Campos mostra uma cidade ainda afetada pela crise iniciada no fim de 2014 e agravada pela queda do preço do petróleo, no mercado internacional, no ano seguinte. São lojas fechadas em pleno centro comercial, placas de aluga-se e obras paradas, que surgem como sintomas de uma economia degradada, que vitima mais obviamente os setores do comércio, da construção civil e do turismo. Apesar do sopro de esperança trazido aumento da arrecadação de royalties, com alta de 37% até abril, o crescimento de 1% do PIB no primeiro trimestre de 2017 e a redução da taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, o setor privado ainda vai mal na região. “Um bom indicador do ânimo empresarial são as estatísticas de contratação de mão de obra do CAGED-MT. Abril teve saldo positivo de 770 vagas pelo início da colheita da safra agrícola. Maio e junho também vão sofrer influência dessa conjuntura. Entretanto, quando se observa os três setores mais empregadores na cidade observa-se uma estagnação, tanto no comércio, quanto nos serviços e uma forte recessão na construção civil. Os juros em queda podem reanimar estes setores, ao longo do segundo semestre, mas sem grande euforia, pois a crise política que se arrasta trava a decisão empresarial”, explica o economista Ranulfo Vidigal. OBRAS PÚBLICAS PARADAS Quando consultados, representantes destes setores demonstram preocupação. A avaliação geral é de que há estagnação da economia e demora do poder público municipal em reagir ao quadro de degradação deixado pela gestão passada. A retomada de investimentos públicos seria a senha, segundo parte deles, para a retomada do crescimento. “Temos tentado obter informações junto às prefeitura de Campos, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana sobre a retomada das obras públicas, mas, até agora, não obtivemos respostas. Tivemos um encontro com a superintendência de Trabalho e Renda daqui do município desmarcado três vezes. O mercado está estagnado. Não vejo avanço algum. Nem emprego das verbas que vêm sendo recebidas no setor”, afirma José Eulálio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Civil. Já Francisco Roberto de Siqueira, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Norte Fluminense, afirma que o setor está “em compasso de espera” e empresas que executam obras públicas passam por situação de “desconforto” diante dos pedidos de prazo para que a prefeitura retome o investimento. “O setor, hoje, está em compasso de espera. Quando o prefeito Rafael Diniz assumiu a prefeitura, pediu tempo para analisar os contratos para ver se havia irregularidades. Mas, passaram-se seis meses e ele pede para aguardar um pouco mais. Isso traz desconforto para as empresas, que têm de manter vigias nas obras e vê-las se degradando. Estamos aguardando posição para saber elas continuam ou se os contratos serão rescindidos. Espera-se que o setor volte a rodar. Que obras desimpedidas sejam retomadas. Agora, o prefeito está com problemas em todos os setores. Tem que elencar prioridades, mas não pode esquecer da construção civil nunca”, crava. SETOR PRIVADO TAMBÉM SOFRE Esvaziado pelas demissões dos demais setores e pela falta de confiança do consumidor, o comércio luta como pode para so-

breviver. Esta semana, um conhecido restaurante do Centro de Campos fechou as portas após 15 anos de atividades. Em um comunicado que circulou pela internet, os proprietários alegaram “fatores alheios à nossa vontade, que nos impediram de continuar a comercializar com o mesmo padrão de qualidade e atendimento” e agradeceram os clientes. Parte dos que resistem abandonam ruas mais movimentadas, lojas mais amplas e pontos privilegiados em busca de aluguéis mais baratos. Cartazes apontando novos endereços não são incomuns e os locais escolhidos invariavelmente são menores e mais escondidos. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, Joilson Barcelos, o diálogo com a prefeitura tem sido“produtivo” na resolução de questões pontuais, mas que “isso só não basta”. “Em todas as demandas relativas ao setor produtivo, principalmente ao comércio, o prefeito tem se mostrado sensível, indo pessoalmente à CDL e sempre escalando secretários quando o assunto é pontual, relativo a cada pasta. Porém, isso só não basta. O momento é de apresentar soluções práticas. Em que pese o fato de que, no momento, tente corrigir erros anteriores e conte com recursos escassos, ele sabia que enfrentaria este desafio. Chegou a hora de mostrar que os problemas vão ser superados. Alguns já deveriam ter sido”, pondera. Com o turismo de negócios fortemente abalado pela crise da indústria do petróleo, em torno da qual que girava na cidade, o setor de hotelaria foi outro a sofrer perdas. Não só a taxa de ocupação caiu, como diversas obras foram paralisadas ou tiveram o ritmo prejudicado. O hotel construído pela rede Ramada em Campos foi inaugurado e funciona. A unidade da Golden Tulip, na Avenida Pelinca, porém, embora tenha sido tido as obras concluídas, ainda não começou a operar. Obras de empreendimentos com as bandeiras All Inn; Atlântica Hotels; Bristol; Quality; Sleep Inn; Transamérica Executive e Tulip Inn ainda não viram a luz do dia. Parte delas foi oficialmente paralisada e não tem previsão de retorno. Diante da expectativa do mercado, o economista Ranulfo Vidigal afirma que “o poder público é, hoje, uma família cuja renda caiu pela metade e terá que fazer um ajuste cirúrgico, rápido e desgastante”. Mas, alerta ele, é necessário cuidado. “O recuo do papel do poder público precisa ser debatido com a sociedade civil organizada e adequadamente planeado para não aumentar o efeito multiplicador negativo na atividade produtiva da cidade. Em paralelo, a lei de diretrizes orçamentárias para 2018 prevê aumentos nominais e reais de arrecadação municipal com pouca probabilidade de concretização. Resumo da ópera: o poder público local dá sinais desencontrados para o empresariado da cidade tomar decisões. Isso precisa mudar urgentemente”, finaliza. A equipe de reportagem de O Jornal Terceira Via entrou em contato com a prefeitura para que se posicionasse a respeito das questões levantadas. Em nota, o município afirmou que: “após o término do decreto de paralisação, as obras serão retomadas gradativamente durante o mês de junho. Não foi solicitado e nem publicado nenhum ato suspendendo as obras por mais tempo. Foi feita a análise de todos os contratos e verificados os que terão continuidade, os que terão que ser suspensos e outros que deverão ser cancelados devido à crise financeira que atualmente se faz presente no nosso município. As obras podem ser pagas de diversas fontes de pagamento, como royalties, verba própria e verba federal. Durante o mês

de junho está previsto o pagamento de obras que ficaram com restos a pagar de 2016”. Questionada sobre o que o governo vem fazendo para estimular a geração de emprego e renda no município, a prefeitura afirmou que “dentro das atribuições que a superintendência tem, o órgão vem buscando criar eventos junto à população, para que possamos, através de uma força-tarefa, captar e oferecer as vagas de emprego, gerando mais oportunidade para a população. Buscamos principalmente, através de empresas locais, tais oportunidades e oferecendo também a possibilidade da população se capacitar, dando incentivo a todos os lados”. Por fim, a superintendência de Trabalho e Renda informou que “o próprio órgão buscou o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Civil para conversa e, por motivo de compromissos extraordinários internos, foi preciso adiar a reunião. Uma nova reunião já está marcada para a próxima semana. A superintendência reafirma que irá até o sindicato para conversar, já que é de interesse da mesma manter este diálogo, como já aconteceu com outros segmentos como o sindicato da metalurgia, por exemplo”.

A construção civil vive um dos seus piores momentos


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Opinião

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Um furo na rede

Editorial Já ultrapassando a marca de meio milhão de habitantes — e há quem diga que este número é conservador — Campos deveria ter como dever de casa prioritário a atenção com suas crianças, como fazem as famílias. É uma cidade com tradição na filantropia, caridade e assistência aos menores desprovidos de um ambiente familiar saudável tanto afetiva como economicamente. Nas últimas décadas, mesmo com

o esforço das autoridades o índice fora das escolas aumentou e, consequentemente, o número de menores nas ruas cresceu. Como diz a canção, nos sinais fechados eles vendem chicletes e em outras partes cometem delitos. Quando um menor estende a mão, esse gesto não deveria significar a mera esmola, mas um pedido de ajuda que poucos compreendem. Hoje, são milhares de menores em Campos que sobrevivem em áreas

de riscos, territórios que crescem acompanhando a cidade. Esquivam-se de balas perdidas, dos assédios dos traficantes e muitas vezes da violência doméstica. Vejamos quantas instituições existem em Campos voltadas para a assistência aos menores antes chamados carentes. Não são poucas. Mas podemos concluir que essa imensa rede de proteção social está furada. Longe de afirmar que alguma des-

Deu ruim

Um levantamento mostra que o parque Cerâmico de Campos no curso desta crise demitiu mais de dois mil trabalhadores. Um número sem precedente no setor que é um importante segmento da economia não só de Campos, mas da Região.

Dois frigoríficos

Começam a funcionar simultaneamente dois frigoríficos no Farol de São Thomé, ambos como uma expressiva capacidade instalada. E começam na alta, afinal de contas o período de defeso do camarão acabou na última quarta-feira. Não deixa de ser uma boa notícia.

Leite derramado

Campos produz 100 mil litros de leite por dia. Não é pouca coisa. Mas apenas 20% ficam por aqui. Os outros 80% da produção vão para outros estados. Isso porque depois de a Cooperleite e da Parmalat saírem de cena, nada mais relacionado a laticínios aportou por aqui.

Da Colômbia

Sobrando

De Portugal

Chineladas

O médico Francisco Colluci retorna hoje da Colômbia, depois de quatro dias participando de um congresso sobre reprodução humana onde foi conferencista. Ele é especialista em reprodução humana assistida. Traz na bagagem, além de mais conhecimento sobre a evolução da especialidade, café colombiano, que é considerado o melhor do mundo.

Quem decidiu descansar um pouco e afivelou as malas foi o empresário Joilson Barcelos. Mas não tem jeito: vai levando anexo sua mochila de trabalho.Com a esposa, foi fazer um giro por Portugal.

Dizem que a agricultura aqui vai tão mal que a safra de pepinos é grande. Piadinha à parte teremos, este ano, em Campos uma super safra de aipim. Algo em torno de 500 toneladas. Só que não existe demanda para isso e parte desta produção pode ser perdida. A chamada raiz do problema.

Entre os muitos produtos que a JBS fabrica estão as sandálias havaianas, as mais vendidas no país, com mercado também no exterior. Os dois irmãos trapalhões, donos do negócio deveriam ter levado umas boas chineladas na infância para doer na carne.

A conta não fecha.

Ranulfo Vidigal economista.

Os fatos recentes na terra brasilis lembram a película dirigida pelo ativista americano MIchael Moore intitulada "Capitalismo uma história de amor", de 2009, onde o autor mostra a formação fraudulenta dos grandes lucros dos conglomerados e o desemprego (crise social), pelo fechamento de indústrias. O genial Moore apresenta uma entrevista de um executivo que afirma que, entre a democracia e os lucros ele ficaria com os lucros crescentes, mesmo que à custa de perdas para os trabalhadores. Trazendo essa cena para a nossa realidade, onde predomina o capitalismo familiar da Casa Grande, uma mídia capturada pelos anunciantes do setor financeiro e um sistema político oligárquico pelo financiamento "caixa 2" predominante, o que se observa é que a corrupção está incrustada na natureza intrínseca da atividade produtiva. Embora algumas vezes venha travestida de instrumento dotado de capacidade de esconder a verdade para o grande público entorpecido - principalmente em mo-

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mentos de crise e conflito político aberto entre as frações do grande empresariado como agora. Capitães de indústria e rentistas, ao contrário do que parte da classe média ingenuamente acredita, não se iludem com essas bobagens moralizantes, mas buscam lucros, custe o que custar, tanto em termos operacionais, quanto políticos. Daí que esse falso moralismo, apenas desvia o imaginário e a capacidade critica do grande público do verdadeiro problema político do tempo presente. Segundo o principal jornal de economia da terra da jabuticaba, que a dívida pública em reais, atinge 71 por cento do PIB. Isso na oitava economia do planeta estimado em 6 trilhões de reais. Bom mas conversando com um médio empresário amigo, o mesmo reclama com razão, que os juros bancários para capital de giro e desconto de duplicatas, gira entre 24 por cento e 35 por cento ao ano, isso em tempos de fechamento de lojas e indústrias pelo país afora. Intrigado, então faço uma rápida pesquisa

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no site espanhol do banco de lá operando por aqui e constato que o empresariado espanhol paga, pelas mesmas operações, módicos 2,5 por cento ao ano. ( Cruzes!). Depois conversando com um pesquisador especializado em gastos familiares, ele me afirma que a trava nos dias atuais, no consumo decorre do desemprego/subemprego de 25 por cento dá força de trabalho e do endividamento familiar que supera metade da renda corrente do brasileiro comum. Aí vejo que o caríssimo crediário custa no Brasil, cerca de 105 por cento ao ano, contra apenas 13 por cento ao ano num país europeu. Resumo da ópera, a conta não fecha, principalmente quando o rentismo de quem aplica nos títulos públicos gera ganhos líquidos reais de 6 por cento a.a., para girar a volumosa dívida pública, diariamente, no cassino em que se transformou a economia tupiniquim. É uma praga, em qualquer tempo, quando os loucos guiam os cegos ( Frase de Shakespeare, na peça Rei Lear). Se encaixa como uma luva.

ta instituição não cumpre o seu papel. O que acontece é que ao mesmo tempo em que a demanda por assistência ao menor em todas as áreas – saúde, educação entre outras – aumenta, os recursos destas entidades vão ficando escassos. Seria necessário um amplo debate de todos os que formam essa rede para identificar os furos, pois, por eles, estão passando menores e ai está um grande problema.

O que fazer com o Farol-Barra do Furado? José Luis Vianna da Cruz O Estudo dos Impactos Socioeconômicos do Projeto Farol-Barra do Furado, EIS-Q, que eu coordenei, para a Prefeitura de Quissamã, em 2009, previa a instalação de um estaleiro, da STX, sul-coreana, e um Centro de Apoio Off-Shore, da americana Chouest. O desafio do estudo foi “como o município, a população e a região poderiam se apropriar das potencialidades do projeto para o desenvolvimento, compreendido como algo socialmente inclusivo, ambiental e territorialmente integrado e economicamente articulado à estrutura produtiva existente, à diversificação e ao encadeamento, voltado para o médio e longo prazos?”. Além das leituras, das pesquisas de campo e da análise do projeto das empresas, visitamos a cidade de Navegantes, em Sta. Catarina, onde existem dois estaleiros, para avaliar a experiência de Grandes Projetos em pequenas cidades; entrevistamos o representante da STX, e, o mais importante, fizemos várias reuniões com os moradores de Barra do Furado, onde vivem os pescadores. Para resumir: 1) o Prefeito e os Secretários de Navegantes disseram que as demandas geradas, por serviços públicos, não puderam ser atendidas, em virtude da renúncia fiscal, e que a cidade estava absolutamente inviável; 2) a STX, por nós provocada, aceitou ser parceira num plano municipal de desenvolvimento; e, 3) a população, que se reuniu sem a presença de nenhum membro da Prefeitura ou da Câmara, por exigência da metodologia utilizada, pôde expressar todos os seus temores e demandas. Resultado: havia uma contradição profunda entre a continuidade da atividade pesqueira e o Grande Projeto Farol-Barra do Furado. Os pescadores, com o auxílio de estudantes e professores, elaboraram um Projeto próprio, a ser negociado com as empresas. O produto final foi o Estudo, com o Projeto dos Pescadores, para ser confrontado e negociado com o Projeto das Empresas, e um Plano de Desenvolvimento Municipal, elaborado junto com a população, que contemplava a inclusão, a integração e a diversificação, supersimples, para ser apropriado e viabilizado pela população e pelas autoridades. Veio a crise, veio o Porto do Açu, a Chouest foi para lá e a STX não virá mais para Barra do Furado. Um alto funcionário da Direção do Porto disse que eles já alertaram a Prefeitura de Campos de que não há como Farol-Barra do Furado vingar, porque o Açu já está até esvaziando Macaé, atraindo o setor de apoio off shore. O que fazer? Do ponto de vista econômico, social, territorial e ambiental, o melhor é consolidar Farol-Barra do Furado como terra dos pescadores, garantindo a total viabilidade da atividade pesqueira. Isso só é possível se os pescadores e moradores do Farol e de Quissamã construírem o Projeto, devidamente assessorados, numa metodologia de participação livre, como protagonistas. Na época do Estudo o prefeito de Quissamã era Armando Carneiro, o secretário de desenvolvimento era Haroldo Carneiro e a maior liderança política da Câmara era Fátima Pacheco, atual Prefeita de Quissamã, que garantiram o compromisso social, o protagonismo da população e o diálogo franco com as empresas, para cobrar parceira nas responsabilidades social e ambiental. Diante das tragédias dos Grande Projetos, para as pessoas e os locais onde se instalam, este é um caminho para a Gestão Pública. O Estudo está disponibilizado no site do Programa de Mestrado e Doutorado em Planejamento Regional e Gestão da Cidade, da UCAM-Campos, sem a bibliografia.

Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Direção Executiva Martha Henriques - Diretor Geral Fábio Paes Diretor de Jornalismo Aloysio Balbi Chefes de Reportagem Girlane Rodrigues e Roberta Barcelos - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Liberato Verdile Jr. - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ


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Especial

Elas de frente para o crime Milhares de crianças em Campos sobrevivem em um ambiente hostil e é preciso que a sociedade olhe por elas

Fotos: Silvana Rust

A violência é quase rotina nas favelas e áreas de risco social em Campos; sem ter para onde correr o público infanto-juvenil vira testemunha ocular de uma guerra silenciosa Laila Nunes e Ulli Marques

O processo de formação de favela é considerado o efeito de rápido crescimento urbano e a concentração de disparidades sociais. Em Campos, as primeiras favelas surgiram na década de 40 – Vila Tamarindo, Parque Bela Vista e Rio Ururaí. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o município reunia 27 favelas e 15.777 moradores. Diante desta desigualdade social, crianças e adolescentes estão cada vez mais inseridos no mundo do crime e para aquelas que vivem nas favelas, driblar as dificuldades e os riscos se torna uma rotina, onde o destino de cada criança não tem um traçado definitivo. Segundo o psicólogo Luiz Antonio Cosmelli, as crianças e os adolescentes envolvidos na criminalidade são as maiores vítimas do descaso público. “Primeiramente temos que entender que as crianças não nascem bandidas. A maioria das pessoas que vivem nas favelas são trabalhadores e pessoas de bem, que ficam entre os policiais militares e os traficantes para sobreviver”, disse Antonio. Ainda de acordo com o psicólogo, as crianças que ainda estão em desenvolvimento de sua personalidade têm várias referências perto dela, a positiva e a negativa. Alguns jovens escolhem seguir pelo caminho dos estudos, enquanto outros preferem seguir o caminho da criminalidade. “Os meninos que seguiram mais as referências negativas possuem mais ambição pelo poder, os olhos brilham quando vêem um traficante com armas nas mãos. Já as meninas se encantam pelo traficante, com a vida mais fácil que ele pode lhe oferecer”, esclareceu Cosmelli. Para o psicólogo, um maior engajamento do poder público e melhores projetos educacionais poderia diminuir o número de crianças envolvidas no crime. Projetos municipais - Fundação Municipal da Infância e Juventude (FMIJ): O público assistido pela FMIJ se encaixa no perfil de vulnerabilidade social, atendendo aos diversos territórios do município de Campos. Crianças de seis anos a jovens de 29 têm a oportunidade de participar de ações voltadas para a Proteção Social Básica (preventiva) das mais variadas, que vão desde aulas de teatro, canto e dança, através dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SFCV): Desafio e Semeando Arte, passando pela Guarda Mirim e os cursos livres de Qualificação. - Secretaria de Educação, Cultura e Esporte: O Programa Forças no Esporte (Profesp) é fruto de uma parceria entre o Governo Federal, através das Forças Armadas, e a Prefeitura de Campos, por intermédio da secretaria municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece). No Profesp, cerca de 100 alunos da rede municipal de ensino utilizarão, até o final do ano, as dependências do Exército para praticar atividades esportivas e ter aulas de reforço escolar. O Programa Mais Educação, também em parceria com o Governo Federal, oferece atividades como esporte e reforço escolar em 110 escolas da rede. Além das quatro escolas de tempo integral.

Tamandaré, caminha na contramão dessa realidade. Há oito anos, os moradores foram contemplados com um projeto que objetiva melhorar a qualidade de vida e oferecer às crianças e jovens um futuro mais promissor do que o passado que viviam até então. A iniciativa é do Instituto Superior de Ensino do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora (ISECensa) que uniu o útil ao agradável: os estudantes de todos os cursos da instituição realizam um trabalho complementar, “extramuros”, aplicando aquilo que aprendem na teoria na sala de aula dentro da comunidade, na prática. Os alunos do curso de enfermagem, por exemplo, aplicam vermífugos e colhem material para exames periódicos; os estudantes de psicologia fazem atendimentos clínicos e de promoção da autoestima; e o mesmo acontece com aqueles que cursam fisioterapia, engenharia de produção, civil, mecânica, administração, etc. O curso de pedagogia também exerce uma função primordial na comunidade, contribuir para a melhoria dos índices educacionais. E os resultados são nítidos: além da evasão escolar ter diminuído consideravelmente, o aproveitamento das aulas também aumentou e dois moradores da comunidade já se formaram em fisioterapia e educação física com bolsa de estudos na instituição. Para a idealizadora do projeto, Beth Landim, tanto a comunidade quando os estudantes e funcionários do Instituto que atuam junto a eles são beneficiados. “Esse contato é fundamental para a formação de um profissional comprometido com o humano, porque não basta ter a competência técnica se não souber lidar com os desafios da prática. E, ao longo desses oito anos, percebemos como conseguimos fazer a diferença naquela comunidade. Nosso objetivo é tornar esses indivíduos cada vez mais autônomos e confiantes de suas capacidades e estamos alcançando isso dia após dia”, concluiu.

Enquanto a maioria das favelas de Campos sofre com a falta de oportunidades e incentivos sociais, a Comunidade Vila Tamarindo, situada no Parque

Crianças assistem em tempo real cenas de violência que outras só assistem pela televisão na forma de ficção, mas embora aqui não seja o Haiti a realiade passa a ser quase a mesma


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Saúde Campos pioneira

no tratamento de aneurismas complexos

O cirurgião vascular Paulo Ronaldo Bohrer retorna da Alemanha para somar na equipe multidisciplinar do Hospital Dr. Beda Letícia Nunes O tratamento endovascular de aorta é uma cirurgia que nunca foi feita em Campos. Porém, o município pode ser tornar pioneiro nesta modalidade. O cirurgião vascular Paulo Ronald Bohrer, que foi criado na cidade, passou uma temporada em Nuremberg, na Alemanha, se especializando no maior centro de referência da área na Europa, está de volta para imprimir essas intervenções no Hospital Geral Dr. Beda. Formado pela Faculdade de Medicina de Campos, o médico foi para capital se especializar em cirurgia vascular e endovascular. “Fui para o Rio de Janeiro me especializar e depois passei uma temporada em São Paulo. Nesse período eu acabei recebendo a proposta para trabalhar e me especializar na Alemanha, no final do ano passado. Lá, eu acabei fazendo um período de treinamento e estágio. Quando eu terminei surgiu a oportunidade de ficar, mas também vi que era hora de voltar para Campos. O Dr. Rogério Bicalho, que tem uma relação muito boa com a equipe do Hospital Dr. Beda, me convidou para fazer parte dessa nova proposta. Ele me mostrou algumas coisas em relação à estrutura da unidade, que é prática e eficiente, me oferecendo autonomia para imprimir a minha forma de trabalhar. A recepção foi das melhores e a expectativa é grande”, comentou. Segundo o cirurgião, o tratamento de aneurisma complexo com prótese para ramos para órgãos vitais, só é feito por pouquíssimos especialistas no Brasil. A maioria deles em São Paulo. Em Campos, os pacientes, que sofrem com problemas na aorta e precisam passar por uma cirurgia endovascular, são encaminhados para outras cidades. A ideia é implantar o modelo na cidade e poder oferecer esse tipo de tratamento aos pacientes. “É um passo e um desafio muito grande, sem dúvida nenhuma. Temos que começar com cautela por uma série de fatores. Esse

aaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

tipo de cirurgia de alta complexidade precisa de uma equipe bem preparada e disposta a somar. Eu dei sorte. Temos colegas bem formados, que vão agregar com o conhecimento que eu estou trazendo de fora. Não podemos deixar que o paciente seja mandado para outra cidade ou chegue ao estágio que não consegue tratar a doença. Na Alemanha, a medicina funciona de uma outra maneira, no tempo certo e a sua produtividade é maior. Você está realmente salvando. No Brasil, a realidade é muito defasada. Queremos mudar isso. A cirurgia vascular é uma especialidade de apoio, os pacientes vem encaminhados de médicos de outras especialidades, principalmente os cardiologistas. A doença é a mesma. Em Campos, nós temos bons cirurgiões, com um padrão de qualidade, que não deixa a desejar em nada as grandes capitais, por isso há a possibilidade”, explica Paulo Ronaldo Bohrer. Para se ter uma ideia, a maior experiência do Brasil tem menos de 100 casos de aneurismas complexos operados, de acordo com o cirurgião vascular. Já no centro de referência, em Nuremberg, na Alemanha, foram feitos o dobro desse volume em menos de seis meses. “É um volume muito grande e consequentemente você consegue tirar um aprendizado muito grande e trazer para cá. Não é simples, porque você tem que ter uma dinâmica de material, entre outros fatores. No caso específico dos aneurismas de arco aórtico e toracoabdominais, esses dois tipos de tratamento endovascular nunca foram feitos em Campos. Então, conseguir implementar isso no Hospital Dr. Beda é um avanço. Estamos bem encaminhados, agora é só uma questão de organizar a parte de logística e logicamente de surgir os casos. Esse tipo de patologia não é algo muito simples, mas acredito que em dois meses, a gente terá os primeiros resultados”, ressalta o médico.


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REITOR DA Uenf

Luís Passoni

O sufoco do magnífico Reitor Luís Passoni diz que os salários na Uenf continuam atrasados e não existe verba para a manutenção

Aloysio Balbi

ensino, mas também na das pesquisas. O reitor percebeu que estava diante de uma crise nada magnifica, mas de grande magnitude.Obviamente teve que tomar uma atitude, como por exemplo, admitir que a univesidade estava andando aos suspiros, quase sem ônigênio, um verdadeiro sufoco. Mais do que uma respiração boca a boca, a Uenf precisava colocar a boca no mundo para que todos tivessem vergonha do estado em que se encontra aquela que já foi um orgulho não só de Campos, mas de toda região e também do Estado.

Fotos: Silvana Rust

Luís Passoni é talvez o reitor mais ativo da história da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Ele não é daqueles que varrem os problemas para debaixo do tapete e tem noção de sua autonomia e responsabidade na medida certa. Sempre foi discreto até que a crise financeira baixou seu manto cinzento, a universidade, que até então ostentava uma posição confortável diante das ouras instituições estaduais de outros estados. Em outras palavras, a Uenf se destacava no ranking como uma das melhores do país não só na qualidade do

Os salários continuam atrasados e continuamos sem qualquer verba de manutenção. Um único pagamento foi feito para a empresa terceirizada de limpeza em fevereiro, desde então mais nada. A Universidade Estadual do Norte Fluminense continua no sufoco ? Continua. Os salários continuam atrasados e continuamos sem qualquer verba de manutenção. Um único pagamento foi feito para a empresa terceirizada de limpeza em fevereiro, desde então mais nada. Nenhuma perspectiva clara de estabelecer uma rotina de pagamentos, muito menos de acerto dos atrasados. Qual é o valor da dívida com os fornecedores? Está próxima dos R$20 milhões, apenas com fornecedores. Poderia ser maior, mas muitos contratos licitados não estão sendo cumpridos, devido à falta de pagamentos, os fornecedores não estão mais fornecendo. Então esses 20 milhões são basicamente do contrato de limpeza, jardinagem e concessionárias, água, luz, telefone, combustível... Tem também a dívida com o servidor, o décimo terceiro de 2016 e o salário de abril que ainda não foi pago. A posição da Uenf, que era um grande destaque, caiu muito. Como está isso? Ainda não, mas já há sinais. Chegamos a ocupar a posição de melhor do Estado na avaliação do Mec, e décima primeira do Brasil. Hoje somos a segunda no estado e décima terceira no Brasil. Não é caso para desespero, mas um sinal de alerta. Por outro lado, recebemos este ano o Premio Destaque da Iniciação Científica, do CNPq, o que sugere que ainda estamos entre as melhores também na pesquisa. A preocupação é que as restrições que sofremos hoje vão repercutir no futuro, as pesquisas, por exemplo, ainda se beneficiam de projetos de 2014. Mas a Faperj não pagou nenhum novo projeto nem em 2015 nem em 2016, então esses recursos começam a faltar e a ameaçar muitas atividades que permaneceram razoavelmente bem devido aos recursos dos projetos de pesquisa. Sabemos que todos foram, mas algum curso específico foi bastante prejudicado? Dois cursos muito impactados foram os de Medicina Veterinária e zootecnia, pois a ração para o plantel de animais dos cursos era mantida com recursos orçamentários, que não existem mais desde outubro de 2015. Cursos que tem muitas aulas práticas, como o de Química, também sofrem grande pressão pela impossibilidade de repor reagentes. Mais uma vez, a situação só não é catastrófica devido aos recursos de projetos, que também começam a falhar, indicando dificuldades ainda piores no curto prazo. O senhor acha que a crise aproximou mais a Uenf da sociedade regional? Acho que a grave crise ajudou a criar a consciência da importância da Uenf para a cidade e região e fomentou a solidariedade para conosco. Mas a maior aproximação com a sociedade está muito relacionada com a mudança de gestão na Uenf, fez parte das nossas propostas e está sendo implementada. A Villa Maria, por exemplo, um importante

A solução do problema da Uenf passa pela solução para o Brasil. Estamos assistindo à implementação de um projeto que não tem respaldo do voto do povo pilar na interlocução com a sociedade, estava há 8 anos sem um diretor. Indicamos a professora Simonne para o cargo que está fazendo um ótimo trabalho e dinamizando as atividades da Villa e a aproximação com vários setores da comunidade. O senhor teme que a Uenf acabe entrando em um processo como o da Uerj? Já entrou. Igual, se não for pior. Pode parecer que não pois tivemos melhor sorte para manter as condições mínimas e pudemos começar o semestre, enquanto a Uerj não. Mas a crise é a mesma, estamos no mesmo barco, enfrentando as mesmas dificuldades e passando pelas mesmas incertezas. Mesmo que o governo do estado pague tudo, e não atrase mais, quanto tempo para uma recuperação plena? Para as atividades finalísticas, de ensino, pesquisa e extensão, a recuperação é imediata. Ainda reunimos todas as condições e continuamos a realizar estas atividades com muita qualidade, apesar das dificuldades. O problema será recuperar a confiança dos fornecedores, poder voltar a comprar e obter boas ofertas nos pregões e licitações. É verdade que alguns alunos e até mesmo professores de outras partes do país desistiram e foram embora? Nós tivemos uma evasão (de estudantes) um pouco acima do normal em 2016, avaliamos que foi devido ao atraso no início do primeiro semestre de 2016, por isso, realizamos um grande esforço para iniciar o ano em março, trazendo os calouros e realizando o primeiro semestre de 2017 junto com a reposição das aulas do segundo semestre de 2016. Foi um grande esforço que deu resultado, a evasão diminuiu este ano. Com relação aos Docentes, o maior problema é que os concursos de reposição de vagas não estão tendo andamento, as publicações no Doerj não estão sendo feitas, e os concursos não se desenvolvem. Com relação ao pessoal administrativo, sempre foi muito difícil conseguir fazer concursos, mesmo para reposição de vagas, agora então está impossível. Então, o problema não é a saída, o contingente que deixa a Uenf está dentro do histórico, e a maioria é por aposentadoria, o problema é que não estamos conseguindo repor as vagas. Hoje, quanto alunos e professores a Uenf tem? Em números redondos, são 300 docentes, 600 técnicos e 6000 estudantes, entre graduação e pós. Algum curso anteriormente planejado deixou de ser implantado por causa da crise? Temos cursos prontos, aprovados pelo Conselho Universitário, com plano pedagógico, matriz curricular, programa de disciplinas, tudo pronto, aguardando condições de iniciar. Entre eles, Filosofia, Engenharia de Alimentos e Meteorologia.

Que futuro o senhor vislumbra para a Uenf? Meio difícil falar em futuro nesse momento. Mas o cenário se mostra preocupante, não só para a Uenf. O futuro da univesidade não será diferente do futuro do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil, e o preocupante é que vemos descarrilhar tudo. A famigerada Pec do teto de gastos, congelou os investimentos em saúde e educação, mas não o pagamento de juros e serviços da dívida. O estado brasileiro está refém do mercado financeiro e todas as ações estão sendo tomadas em beneficio do capital financeiro e contra o povo. Isso vai gerar concentração ainda mais brutal de renda, com enfraquecimento do próprio mercado consumidor, e do estado, que se verá sem condições de coordenar uma saída para as crises econômica, política e social. O senhor gostaria de desabafar, falar alguma coisa buscando a solução do problema e para que isso não se repita? A solução do problema da Uenf passa pela solução para o Brasil. Estamos assistindo à implementação de um projeto que não tem respaldo do voto. O que estão fazendo é impor a agenda ideológica neoliberal do estado mínimo, um verdadeiro “salve-se quem puder” que vai piorar ainda mais nossas condições sociais e implantar o “capitalismo selvagem” do século XIX. Precisamos rever esta trajetória. O “mercado”, por si, não traz justiça social, pelo contrário, leva a concentração cada vez maior da riqueza, que acaba por solapar a própria meritocracia, pilar de sustentação da sociedade moderna. Então temos que recuperar a capacidade do estado de agir como regulador do mercado, impondo regras e limites que impeçam a acumulação infinita. Regras e limites que fizeram toda a diferença após as duas grandes guerras e foram responsáveis pelos anos de forte desenvolvimento econômico e bem estar social nos países centrais. No centro de tudo uma reforma tributária, que melhore nosso sistema tributário, tornando-o mais justo e ao mesmo tempo mais fácil de fiscalizar e evitar fraudes e sonegações. Uma reforma tributária que crie um sistema tributário mais progressivo, que permita a distribuição de renda, e evite a guerra fiscal entre os Estados. No caso específico da Uenf, precisamos de uma nova forma de financiamento. Que, na verdade, nem é tão nova assim. Precisamos tornar realidade a autonomia de execução financeira prevista na Constituição Federal, na LDB e na Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Em 1988 um decreto do Governador do Estado de São Paulo consignou uma porcentagem da arrecadação do estado para as universidades estaduais paulistas, repassados em duodécimos, com autonomia de gestão financeira. Em 1989, a Constituição do Estado do Rio de Janeiro previu o mesmo mecanismo, nunca colocado em prática. Esse é o caminho, a possibilidade de contar com algum recurso e a autoridade de executá-lo diretamente, porém, sem prejuízo da necessidade de aprovar o orçamento na Alerj, se submeter ao TCE e às leis que regram os gastos públicos.


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Destaque

Terceira Via e Educativa juntos A partir desta segunda-feira a Rádio 107,5 Educativa FM e Jornal Terceira Via se unem para informar e entreter O Sistema Terceira Via de Comunicação e a Fundação Cultural de Campos (FCC) — instituição mantenedora do Centro Universitário Fluminense (Uniflu) — firmaram uma parceria que envolve treinamento e estágio para estudantes do Curso de Jornalismo do Uniflu, a produção e veiculação de programas e entrevistas feitas pelos universitários e, ainda, a participação das mídias do Sistema Terceira Via na Rádio Educativa 107,5 FM. Representando o Sistema Terceira Via de Comunicação, assinaram o convênio, na última semana, o diretor-presidente, a diretora executiva e o diretor geral, respectivamente, Herbert Sidney Neves, Martha Henriques e Fábio Paes; pela FCC, assinaram a presidente Anellise Wilken, o vice-presidente Adelfran Lacerda de Matos e o gerente da Rádio Educativa 107,5 FM, Júlio Tinoco. O diretor geral do Sistema Terceira Via, Fábio Paes, acredita que a parceria com o Uniflu, por meio do programa de estágio dos alunos do curso de Comunicação e também com a Rádio Educativa, contempla interesses mútuos. “A rádio busca atingir um público seletivo com sua programação de alto nível, que é o mesmo público alvo de todas as plataformas do Sistema Terceira Via”, destacou Fábio Paes. Já o diretor de jornalismo do Sistema Terceira Via de Comunicação, Aloysio Balbi, ressalta que a programação da Educativa tem o bom gosto como uma de suas marcas. Em relação ao programa de estágio, Balbi espera que a relação do Terceira Via, seja na TV, site ou jornal impresso, se transforme em uma verdadeira sala de aula para os estagiários que estão entrando na profissão. “Essa interatividade do Sistema Terceira Via com a Rádio Educativa nos permitirá partir para outro aspecto em comum: a preocupação com o conteúdo, que é a informação refinada, misturando entretenimento e jornalismo. Teremos na redação do Terceira Via comunicação direta e em tempo real com a Rádio Educativa, que fará, inclusive, transmissões O radialista Luiz Henrique com o exemplar no O Jornal Terceira Via mostrando que a parceria é positiva de notícias, com participação de repórteres e editores nossos”, explicou Balbi. Programa de estágio no Jornal e na TV A presidente da FCC destacou que a possibilidade de os alunos de JorApós cinco períodos de teoria nas salas de aula, a estudante de nalismo do Uniflu poderem participar em seu treinamento e estágio nos Jornalismo do Uniflu, Julia Oliveira, vai, a partir desta segunda-feira veículos de comunicação Terceira Via é uma iniciativa que poderia ser (5), viver na prática as experiências de um jornalista. Ela, que é a adotada também por outros grupos empresariais, não apenas na área primeira estagiária vinda da parceria entre terceira Via e de Comunicação. Fundação Cultural de Campos, conta que está ansiosa para “Desta maneira, o Sistema Terceira Via Comunicação dá mais um exemconhecer a rotina das redações da TV, site e jornal impresso do plo de parceria com a comunidade campista e potencializa a colaboraSistema de Comunicação Terceira Via. ção na formação profissional universitária de qualidade e de alto nível “Sei que vida de jornalista não é fácil, é muita correria, mas estou também na área de Jornalismo e Produção Digital”, ressaltou Annelise. ansiosa para vivenciar de perto toda essa adrenalina que envolve Para o vice-presidente da FCC, Adelfran Lacerda, a parceria institucioo ato de levar a notícia aos outros. Há um mundo por trás do nal também na Rádio Educativa FM 107,5 FM incrementa ainda mais jornalismo, que poucos sabem que existe. É uma escola de vida a sinergia e a interatividade dos alunos, dos veículos e produções das que nos permite conhecer e contar a história das pessoas”, mídias Terceira Via, num formato contemporâneo e em rede como exige finalizou Julia. hoje a Comunicação 3.0, na era digital. 4

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candinhovasconcellos@gmail.com

CANDINHO VASCONCELLOS

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Maria Helena Assed Bastos, Fátima Assed, Regina Assed de Souza, Fátima Nametala, Aurinha Paes, Marcia Barroso e Marcia Assed Braga em recente viagem à Europa. Elas adoraram!

Campeã Charles Jacyntho está que não se cabe de tanta felicidade. Acabou de participar da 57ª Exposição Estadual Agropecuária em Belo Horizonte, no Parque da Gameleira, onde participou com exemplares da sua criação de Pôneis e foi contemplado com a Reservada Campeã Nacional, a sua Tiffany do Jacyntho. Bazar da Vila Nos dias 07, 08 e 09 de julho, na Casa de Cultura Villa Maria, acontecerá o IV Bazar Villa Maria, promovido pelo Coletivo Arte & Fatos Culturais em parceria com a UENF, visando difundir a arte e o artesanato regional.

A grande Campeã na Exposição Agropecuária em Belo Horizonte esta semana: Tiffany do Jacyntho Mariana Bousquet Faria iluminando este domingo

Cocktail Party No dia 1º de junho, a Ornare, comandada por Esther e Murilo Schattan, promoveu Cocktail Party para apresentar o novo conceito e a nova coleção de design no showroom da loja no Rio de Janeiro. A ‘Wide Line’, linha apresentada, explora a atmosfera do viver em um ambiente fluido. Desenhada por Ricardo Bello Dias Diretor de Arte da marca -, e pelo Studio Ornare, o processo de criação do lançamento teve a coordenação do CEO Murilo Schattan. Pontapé Inicial As primeiras providências já começaram a ser tomadas para a realização da 58ª Exposição Agropecuária e Industrial do Norte Fluminense. Órgãos da prefeitura e Instituições de Segurança do município, alinhavam parcerias para garantir o planejamento e execução de ações, tornando o parque mais seguro e atrativo para receber os visitantes.

As queridas Iracy e Luzimar Alcinéia Mothé e Cicinha ChaMirza Sampaio Perez Kury gas foram abraçar Lalinha Paes sempre charmosa e elegante. Quintanilha

Iniciativa Inspiradora Técnica inspirada em um projeto dinamarquês, na utilização de polvos de crochê para ajudar na recuperação de bebês prematuros começou a ser adotada recentemente em Campos. Com o objetivo de disseminar a importância da iniciativa e facilitar o abastecimento frequente nas UTIs neonatal, o Isecensa reuniu um grupo de voluntários, composto por professores e estudantes do curso de Enfermagem, que vem se mobilizando para dar início ao projeto “Octo Ise”. O lançamento foi na segunda-feira, durante a programação da VIII Semana de Enfermagem da instituição, que é aberta ao público.

A aniversariante da última quarta-feira, Lalinha Paes com o seu Silvio. Ela reuniu grupo de amigos em restaurante na Pelinca para o parabéns. Noite animada, prestigiada e muito alegre, como é o seu espírito. Parabéns Lalinha! Foi tudo ótimo.

Campanha no Brasil Quem circulou pelo Rio de Janeiro e São Paulo na semana passada foi Paula Fortaleza. Fundadora do Partido Socialista na Argentina e próxima ao presidente francês eleito Emmanuel Macron, ela veio pedir votos dos franceses que vivem em nosso País. Batalha por uma das cinco cadeiras destinadas aos representantes das Coletividades de Ultramar, das 577 em jogo, nas eleições legislativas da França, de 11 a 18 de junho próximo.

Pela União A peregrinação que Modesto Carvalhosa inicia nessa semana não visa necessariamente suceder Michel Temer, no caso de uma eleição indireta ser convocada. O objetivo é maior. Mostrar ao Congresso que a sociedade civil tem nomes capazes de dirigir a República e que repudia escolhas de candidatos mediante barganhas fisiológicas. O projeto de Carvalhosa se assemelha assim às candidaturas antirregime de Ulysses Guimarães, em 1974, e a do general Euler Bentes Monteiro, em 1978.

Marinaid Mothé e Carlos Frederico Silva Marlen Miguel e Ana Maria Pellegrini

Borracha Nova Com sete versões, o Argo que a Fiat lançou nesta terça-feira custará a partir de R$ 46 mil. O modelo hatch chega para brigar com modelos da General Motors, Hyundai, Ford e Volkswagen, no segmento mais concorrido do mercado brasileiro. Terá motor 1.0, 1.3 ou 1.8 dependendo da versão. Em paralelo, em sua fábrica na Argentina, a Fiat trabalha no projeto de um inédito sedan, sucessor do Linea e do Punto. Esta novidade será vendida no mercado latino-americano, no início do ano que vem.


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Campos

Associação corre risco de fechar

Com 83 anos de trabalhos prestados, o Monsenhor Severino tem um futuro incerto abrigando 60 idosos

Taysa Assis “Cuidando do idoso com carinho e amor”. “O amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte”. Ao entrar na Associação Monsenhor Severino são essas frases que nos deparamos. O lugar transborda compaixão. Com poucos recursos, o local completou 83 de existência, mas ameaça fechar as portas caso não receba ajuda. Os 60 idosos residentes no local também vivem dia após dia com a incerteza do amanhã. Maria das Graças Mendes da Silva, mas conhecida como “Baiana” é uma das mais antigas moradoras. Ela conta como a vida dela melhorou depois que foi morar na instituição. “Aqui é nosso cantinho, isso aqui não pode fechar, somos acolhidos da forma mais carinhosa que existe. Hoje somos tratados muito bem por toda equipe. Este lugar é uma benção. Sou apaixonada por isso aqui. Eles tratam a gente com dignidade, são pessoas do bem”, relata Baiana. Embora a tal luz no fim do túnel pareça cada vez mais distante, a instituição conta com a sensibilidade da sociedade. O Monsenhor Severino vive sua melhor e também sua pior fase dos últimos anos. A nova administração — que assumiu em 2015 — fez inúmeras mudanças na estrutura, que proporcionaram mais qualidade de vida aos internos. Por meio de doações da sociedade civil com alimentos, produtos de higiene e limpeza, o local também passou por uma reforma providencial e, se antes os idosos faziam no máximo três refeições por dia, atualmente fazem seis. Hoje, a associação conta com uma equipe multidisciplinar e equipe de apoio. Ao todo são 29 funcionários. Mas as dívidas ainda tiram o sono do novo presidente, Ricardo Araújo. Segundo ele, a instituição tem um débito acima de dois milhões de reais. O CNPJ da empresa ficou comprometido com a certidão negativa e, por isso, a associação não pode receber verbas dos governos Municipal, Estadual e Federal. “É um trabalho árduo, mas prazeroso, ver como peguei este local e no que hoje ele se transformou é gratificante. O meu objetivo é resgatar a dignidade que era zero e hoje em

dia é um lar de amor e carinho. A verdade é que tentamos de todas as maneiras tornar a vida desses idosos mais agradável e confortável; mas a situação está a cada dia mais difícil”, lamenta o presidente. Na tentativa de salvar a instituição, o local oferece à população campista diversos eventos que são realizados mensalmente, com intuito de arrecadar verbas. Um deles é o baile, voltado para a comunidade, que acontece todas as quintas-feiras a partir das sete e meia da noite com música ao vivo. Também são realizados almoços, jantares, festas e confraternizações. A diretoria lançou também um carnê beneficente para que colaboradores voluntários possam contribuir mensalmente com o valor de vinte reais tornando-se assim sócios da Associação Monsenhor Severino. Além disso, o local está com uma grande programação já fechada para os próximos meses. Neste mês de junho no dia 23, acontecerá o show com o cantor Sandro Bali – os ingressos já estão sendo vendidos na secretaria do asilo. Em julho uma festa julina com banda, comidas típicas e tudo que tem direito uma tradicional arraiá. Em agosto eles estão preparando um delicioso chocolate fraterno. No local há ainda uma igreja onde são realizadas palestras e pregações evangélicas. A capela funciona toda última quarta-feira do mês, e a missa é celebrada às 15h. Também todo primeiro domingo do mês, às nove e meia da manhã, acontece o projeto Manhã de Luz, que é realizado pelo Grupo Espírita Jesus Maria José, com palestras e louvores. “Precisamos de ajuda e da sensibilidade das pessoas com o nosso Monsenhor. Por isso, realizados todos esses eventos para nos ajudar nas despesas. Fechamos todo mês no vermelho e não sabemos onde isso vai parar. Mas tenho muita fé e sei que vamos conseguir. Sempre digo que a minha missão é resgatar a dignidade desses idosos e estou conseguindo. Sou apaixonado por cada um deles, trato todos como filhos, dou comida na boca, converso, brinco. Mas precisamos muito mais que isso. Não só de amor se vive e apelo para nossa sociedade ver nossa instituição com outros olhos”, desabafa o presidente.

Fotos: Silvana Rust

Abraço fraterno que representa cuidado e atenção a quem mais precisa de carinho

Casamento na história de um asilo Esbanjando saúde, vitalidade e muito amor para dar, seu Amaro e dona Denair que namoravam há pouco mais de um ano, se casaram em abril deste ano. A cerimônia aconteceu na igreja do asilo, com direito a uma tradicional festa de casamento, com bolo de seis andares, muito música, vestido de noiva, buffet e convidados. Segundo o presidente da Associação Monsenhor Severino, Ricardo Araújo, este foi o primeiro casamento realizado em asilo. “Isso é um marco e ao mesmo tempo uma vitória com tantas lutas já passadas pelo local”, diz. “Foi um dia inesquecível. Meu sonho. Sou muito feliz. Hoje temos o nosso cantinho aqui no asilo, nossa casinha. Foi uma linda festa e graças à ajuda do nosso querido presidente, que é como um pai para todos nós. Ele se empenhou em fazer tudo perfeito, da melhor forma e com todo amor”, relembra dona Denair.


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Esporte

Handebol rendendo emoções

Apesar da falta de investimento em esportes que não são de massa, eles arremessam todas as dificuldades Fotos: Silvana Rust

O problema comum na promoção de qualquer esporte hoje no Brasil é a falta de investimento. Com o handebol não é diferente

Venho de uma geração que não almejou ganhar dinheiro com o handebol. Hoje quero elevar o nome de Campos

Patricia Barreto

Charles é o atleta de handebol mais velho em atividade em Campos e pretende encerrar a carreira esse ano

Duas equipes se posicionam, uma em cada lado do campo ou quadra, seus jogadores ocupam as devidas posições no terreno e o juiz apita o começo de jogo. Os times têm como objetivo marcar gols na baliza adversária e quem anotar mais tentos a favor ganha a partida. Esses são comportamentos conhecidos dos amantes de esportes em todo o mundo, mas não são particulares de uma única modalidade. Com características semelhantes ao futebol, o handebol tem destaque a nível mundial, e, no Brasil, mesmo com alguns dos melhores jogadores do planeta, não tem muita popularidade. De acordo com o estudante de Educação Física e assistente técnico de handebol, Charles Boa Morte, a modalidade apresenta muitas qualidades, porém, não é um esporte muito popular entre os brasileiros. “Existem muitas dificuldades para que o esporte seja bem estruturado, inclusive, em Campos. O investimento vai da inserção nas escolas à formação para profissionais”. Os esforços para o crescimento do esporte também partem de pequenos gestos de apaixonados pelo handebol que se transformam em grandes ações. Pensando em iniciativas para promover a modalidade, junto com os masters do handebol, Charles participou da reativação da Associação Desportiva de Goitacazes. “Campos deve muito a Roberto Miguel. Ele fomentou o handebol na Baixada Campista, foi treinador da equipe feminina. Fez e faz trabalho de formiguinha até hoje”. A instituição foi criada para oferecer mais oportunidades de lazer e cultura aos jovens, além de continuar a praticar o handebol, após terminarem o colegial. “Infelizmente, ao se formarem, os atletas geralmente não conseguem dar continuidade na modalidade, pois existem poucas oportunidades. O trabalho escolar não tem um respaldo quando esses alunos saem da escola. Campos, por exemplo, não possui um clube, não existe um trabalho da prefeitura em manter equipes de competição”, relata. Ele ainda garante que os incentivos para manter os atletas são fornecidos pelos próprios pais, ex-atletas e professores no trabalho voluntário. “Uma das maiores dificuldades para a popularização do esporte é divulgação da grande

mídia, além de uma personalidade do jornalismo esportivo para alavancar o handebol”. Quanto às dificuldades para manter os projetos, o estudante relata o problema comum na promoção de qualquer esporte no Brasil, a falta de dinheiro. “A principal dificuldade é financeira” lamenta. Charles é o atleta de handebol mais velho em atividade em Campos. Entre 1992 e 2016, participou de competições estudantis pelo Instituto Federal Fluminense (IFF); campeonatos estaduais juvenis; Jogos Universitários jurídicos, Jogos Abertos do Interior; Campeonato Brasileiro de clubes; ligas nacionais; Copa do Brasil; Copa Mercosul; Copas de handebol adulto amador. No currículo, aproximadamente 41 competições que somam mais de 140 jogos. Também atua como árbitro em competições locais. “Faço 40 anos em agosto e talvez encerre a carreira de atleta no fim deste ano”, ressalta. Histórico O esporte praticado com as mãos nasceu na Alemanha, no século XIX e, assim como o seu “primo jogado com os pés”, começou nos gramados, mas com uma particularidade: era disputado apenas por mulheres. Logo foi caindo no gosto de todos do país europeu, passou do campo para as quadras, até que ganhou o mundo, sendo graduado a esporte Olímpico pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), em 1934, inclusive presente na última edição dos jogos sediados pela cidade do Rio de Janeiro no ano passado. No Brasil, o esporte chegou junto com os imigrantes alemães, após a primeira guerra mundial. Hoje, é disputado por equipes nacionais e pelas seleções masculinas e femininas que colecionam conquistas no Pan-Americano e nos jogos Sul Americanos, com destaque maior para as meninas, que já faturaram o campeonato mundial de 2013, na Sérvia.



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Club Terceira Via Feitiço da Villa 04 A 11 DE JUNHO DE 2017

Fotos: Silvana Rust

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Se o assunto é cultura pode entrar que a casa é sua

Fotos: Silvana Rust

Roberta Barcelos Shows de samba, rock, chorinho, exposições, bazares e feiras, ganharam um novo endereço e desde então, os campistas passaram a frequentar com muito entusiasmo um dos lugares mais bonitos de Campos e que está situado no quadrilátero mais histórico e preservado da cidade: a Casa de Cultura Villa Maria! Local que tem como objetivo, divulgar a produção cultural regional, nacional e internacional, e promover e incentivar a transmissão de conhecimento e a valorização do patrimônio cultural e artístico nacional. Os eventos têm atraído um grande público e se tornaram mais uma opção para quem deseja contemplar a arquitetura e beleza da casa. No ano passado, quando foi aberta a temporada de eventos na Villa, o movimento estudantil promoveu a manifestação cultural Canto da Resistência, evento que foi idealizado a partir de uma ideia da Assembleia Estudantil e do Grupo de Estudos e Práticas Musicais da Uenf (GEPMU) e ainda o lançamento dos Cartões Postais de Patrimônios Arquitetônicos e Históricos de Campos dos Goytacazes, produzidos no âmbito do projeto “A fotografia como instrumento didático interdisciplinar: uma interação entre física, química, geografia, história e artes”. Segundo a professora e diretora da Casa de Cultura Villa Maria, Simone Teixeira, o campista tem um luxo e um privilégio na cidade. – A casa é uma particularidade que Campos têm que defender para que esse governo não deixe acabar! – afirmou Simone. A crise que assola o Governo do Estado já colocou em risco o funcionamento da casa. Em 2016, a energia foi cortada por falta de pagamento das contas e as atividades chegaram a ser suspensas. Este ano, um curto circuito na rede elétrica, danificou uma das fases de energia da casa que é muito antiga e as portas também foram fechadas por alguns dias até que o problema fosse resolvido. -Estamos buscando alternativas para atender a demanda de pedidos do público que nos prestigia em nossos eventos. A criação de uma associação particular é uma das saídas que estamos tentando viabilizar para que tenhamos um pouco mais de autonomia. – disse a professora. E quem já foi a algum dos eventos promovidos na Villa aprovou. É o caso da administradora de empresas, Valéria Bicudo. Ela conta que foi convidada, a primeira vez, por amigos e agora sempre que pode, ela mesma convida outros amigos que sempre retornam trazendo novos amigos. -O ambiente é perfeito para quem gosta e dá valor a boa música! Os quiosques vendem de tudo e agrada a todos! A gente reencontra os amigos e é bom demais! – afirma Valéria.

Eventos Villa Maria:

Jullho – 07,08 e 09 – 4º Bazar da Villa – Arrasta Pezão Com atividades para todas as idades, essa edição será especialmente em apoio à Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), com o tema “Arrasta – Pezão”. O evento contará com aproximadamente 77 expositores. O Bazar não está sendo promovido por nenhuma empresa ou instituição e também não dispõe de nenhum financiamento. Para a realização são feitas inúmeras campanhas para arrecadação de materiais que possam ser transformados com criatividade e utilizados na decoração do evento. Uma forma de apoiar o evento é contribuir com a doação desses materiais. O objetivo é estimular a economia criativa neste momento de crise, impulsionando a produção artesanal, estimulando a reflexão sobre sustentabilidade por meio de ações práticas e promovendo uma experiência cultural diferenciada, na qual as pessoas podem curtir artesanato, música, gastronomia, literatura e outras culturas. Haverá exposição e venda de produtos artesanais; brechós; gastronomia; música e atrações artísticas diversas; brincadeiras típicas; rodas de conversa; contação de histórias; exposição de arte; trocas de livros; além de várias ações solidárias, como doação de roupas e utilidades domésticas. Participarão do evento artesãos, artistas plásticos, músicos, artistas do teatro e da dança, professores, estudantes universitários e o público em geral. O evento tem entrada franca e a expectativa é receber cerca de 2.000 visitantes nos três dias.

Casa de Cultura tem atraído grande público com a diversidade dos eventos promovidos em um único lugar que misturam música, lazer, entretenimento e alimentação variada



@crisales__

Friends Trip

New York

Ahh... O que falar de New York?! Essa cidade que é pura magia e encantamento. Onde em cada esquina algo novo e surpreendente nos espera. A moda está na alma das pessoas e o certo aqui é ser livre. Nessa primeira etapa da nossa Friends Trip, eu, Amanda Coutinho, Igor Gomes e Paula Menezes, nos deixamos levar por tudo isso e entramos de corpo e alma na cultura novaiorquina, experimentando momentos incríveis que ficarão para sempre nas nossas mentes e corações. A cada trip que fazemos temos a certeza de que não estamos apenas produzindo looks e fotos de tirar o folego, mas sobretudo histórias para nossas vidas. E que histórias...

CRM:52530660

Dra. Ana Maria Pellegrini Quais são as diferenças entre desodorantes, antitranspirantes e antiperspirantes? Os termos “desodorantes” e “antitranspirantes” geralmente são usados indistintamente, mas, na verdade, referem-se a coisas diferentes. Os desodorantes são indicados para diminuir o odor desagradável do suor, sem diminuir a sua produção. Não diminuir a produção do suor pode ser muito conveniente porque ele tem funções fisiológicas importantíssimas no organismo, como manter a temperatura corporal, hidratar a pele e eliminar metabólitos. Além disso, o suor em si não é o responsável pelo mau cheiro, pois ele é praticamente água (99%). O odor que se costuma atribuir ao suor advém da decomposição de algumas substâncias dele por actérias que existem na pele ou no ar. Os antitranspirantes funcionam inibindo a produção de suor e, por isso, mantendo o corpo relativamente seco. Estão indicados para pessoas que suam em excesso. Nem todo desodorante é também antitranspirante, mas quase todo antitranspirante é também um desodorante, porque contém uma substância que elimina o odor. Os antiperspirantes são a mesma coisa que os antitranspirantes. As duas palavras são sinônimas. Qual é o modo de atuação dos desodorantes, antitranspirantes e antiperspirantes? As glândulas sudoríparas são de dois tipos: écrinas, que eliminam apenas água, e apócrinas, responsáveis pela excreção de sais, restos celulares e do metabolismo, substâncias que quando degradadas por bactérias ou fungos exalam um cheiro ruim. Como estas glândulas estão localizadas principalmente nas axilas é daí que o mau odor se exala. Os desodorantes matam as bactérias, diminuem a concentração desses microrganismos, podem ou não possuir fragrância própria para camuflar o odor e não interferem na produção do suor. Como sugere o próprio nome, visam apenas acabar com o odor. Já no caso dos antitranspirantes, o principal componente ativo coagula as proteínas e fecham, assim, os ductos das glândulas sudoríparas, reduzindo a produção do suor. O antitranspirante, quando aplicado na superfície da pele, forma um gel que cria um “tampão”, reduzindo a quantidade de suor que é secretada na superfície da pele. Qual produto devo usar? A escolha do produto a ser usado deve ser feita com base nas características de cada pele e nas necessidades e gosto de cada pessoa. Os cremes são os produtos que mais hidratam a pele; os roll-ons não são muito indicados porque tem contato direto com a pele e podem ser contaminados por bactérias; os sprays podem causar ardência na pele e os aerossois secam muito rapidamente, além disso, podem causar irritação na pele e manchas nas roupas. Substâncias básicas comuns como leite de magnésia ou talco com bicarbonato de sódio também ocasionam a morte das bactérias causadoras do mau odor do suor.

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herminiasepulveda@yahoo.com.br “A beleza agrada aos olhos, mas é a doçura das ações que encanta a alma.” Voltaire

JANTAR ROMÂNTICO Para comemorar o Amor, o Salão Ideale vai sortear entre os clientes, um jantar romântico com direito a espumante no Dia dos Namorados, em restaurante top nas proximidades da Av. Pelinca. Basta preencher o cupom ao sair do Salão. PARABÉNS Na noite de terça-feira Salvador Marques foi empossado na diretoria da Associação dos Companheiros da Segunda Companhia de Infantaria, antigo 56º Batalhão de Infantaria. Ele merece, por ser essa pessoa tão amável e querida na nossa sociedade. NIVER Os parabéns de hoje vão para Cássia Assis Rangel Melo, Juliana Lemos, Rafael Gomes, Soraya Corrêa Crispim e Camilla Riscado. Segunda-feira para Iza Vasconcelos, Rodrigo Menezes, André Correia, Gisella Terra, Joel Leal Ferreira, Veronica Tavares, Fatima Vidal Paes, Gisella Terra, Luciana Caiado, Maria Lúcia Bittencourt, Fernando Antônio Chalita Ribeiro e Leandra Machado. Terça-feira para Maria Margarida Maciel Cardoso, Gabriela Ferreira, Lia Teixeira Lopes, Raissa Dias, Denise Gondim, Dayse Bacelar, Afonso Carvalho, Danielle Nabor e Kédhila Barbosa Suhet. Quarta-feira para Bruna Soares Brum, Claudio França, Nandinha Dutra, João Lizandro, Giu de Souza, Rosi Santos, Simone Suisso e Rodolfo Motta Scantimburgo Coelho. Quinta-feira para Wagner Costa, Andreza Rangel e Antônio Wagner. Sexta-feira para Isabel Cristina Ribeiro de Vasconcelos, Ilsan Vianna, Aline Silva França, Patrícia Linhares, Gilse Velasco, Nanda Souza Sales, Rodrigo Risso, Gustavo Araújo, André Tavares e Natália Patrão Boeschenstein. Sábado para o sobrinho neto desta colunista Gabriel Beshara Velasco, Pedro Henrique Neves, Rosania Tavares, Júnior Paixão, Bruna Tinoco, Soraya Nunes, Renato Fagundes, Carla Fernandes, Jaqueline Roseira, Claudia Pessanha, Adriana Menezes e Eleonora Câncio. Da coluna os votos de muita saúde e felicidades para todos.

A sempre bonita Valdéa Patrão com os filhos Manoel, Mara Edite, Ana Helena e Fernandinho

A beleza marcante de Joice Benevenutti Azevedo

Linda família: Heloisinha Beshara e Andrea Matheus e Antônio Wagner em noite de elegância Charles Velasco com Gabriel

DEBUTANTE A festa dos 15 anos da bonita morena Mel Abdu que é filha de Guilherme Cruz Siqueira e Jacqueline Aiex Abdu Neme, aconteceu sexta-feira na Boate Cabaret. Muito interessante o convite ter embaixo desenhos de: tênis, boné, bermuda e t-shirt com o símbolo de proibido, porque o que tem de pessoas sem noção, que ignoram o traje pedido e destoam da festa tão carinhosamente organizada. Fotos no próximo domingo. EUROPA Cecília e Joílson Barcelos estão curtindo as belezas de Portugal e também apreciando a sua maravilhosa gastronomia. A culinária portuguesa é muito rica, poucos resistem aos sabores e opções onde as especialidades são: bacalhau que é a pérola, mariscos, caldo verde, pastel de Santa Clara e pastel de Belém. Irão fazer visitas também às caves, onde se produzem os vinhos do Porto. Passeio dos melhores! ALISTAMENTO TERMINA ESTE MÊS A 2ª Companhia de Infantaria de Campos informa que as inscrições para o alistamento militar estão sendo feitas na sede da Junta Militar, no Jardim Carioca até este mês de junho. Quem completa 18 anos neste ano de 2017, deve comparecer à unidade com os documentos para o alistamento. MUITA HONRA Na quarta-feira pela manhã Narcísia Cordeiro representou Jair Bitencourt, que é Deputado Estadual e atual Secretário de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro, na reunião do Conselho de Segurança Pública de São Francisco de Itabapoana. Onde se fez presente o Coronel Wolney Dias Comandante Geral PMERJ e Coronel 6° CPA o Lúcio Flávio Baracho. CLOSE CERTO No dia 17 de junho às 23h30 vai acontecer a festa “O Close Certo” em point da Av. Alberto Torres com o DJs: Cristofer Monteiro, Felipe Viana, Lilian Salles, Miss Klauss e Ricardo Sá. Várias atrações irão se apresentar e terá uma super decoração criando diversos ambientes. Quem chegar antes da 00h00 ganha copo personalizado da festa. Na organização, o querido Alexandre Marcelino. CONVOCAÇÃO O campista Rodrigo Azevedo acaba de ser convocado para assumir a parte de fisioterapia da comissão técnica da Seleção Brasileira de Voleibol Feminino Sub-18 no próximo campeonato mundial da categoria. O torneio será realizado em agosto nas cidades de Santa Fé e Rosário, na Argentina. Amanhã, o profissional segue para o Centro de Treinamento da Seleção Brasileira de Voleibol, em Saquarema, onde a toda equipe ficará concentrada para o campeonato.

Bonito casal: Marcella Siqueira e Nei Soares

Posse de Salvador Marques na foto com Helvio da Silva Araújo e o Comandante Guilherme Bottrel Carvalho

A aniversariante de sexta-feira Ilsan Vianna com Noêmia Viana

Lindas: A eterna Miss São João da Barra Liliana Crespo com Carla Andrea Queiroz Renata Azeredo e Rogerio Moreira Tavares em Gramado

Lalinha e Silvio Paes em noite de brindes para ela

A simpatia e elegância de Silvia Soares

A linda aniversariante Mariana com sua mãezinha Bruna Soares Brum

Rosa Nogueira, Ana Regina Fernandes e Silvia Ribeiro Granatto A beleza marcante de Joice Benevenutti Azevedo

André Aragão e Lívia Freire com os filhos Valentina e Pedro . Foto Cristiano Pessanha


BarĂŁo da Lagoa Dourada, 478 Esquina com a Rua Dr Siqueira Tel: 22 3015 1000 WhatsApp: 22 99902 6393 @mezzoamezzo

caca


Bom domingo meus amigos, é com muita alegria e satisfação que estreamos nossa coluna Viver Bem nas páginas de O Jornal Terceira Via, aqui saúde, alimentação e qualidade de vida terão destaque. Como Nutricionista irei começar esclarecendo dúvidas sobre dietas da moda e emagrecimento. Esse tema desperta interesse de muitas pessoas, porém existem muitas dúvidas e opiniões divergentes, até mesmo entre os profissionais, por isso devemos ter bastante atenção, quando falamos, escutamos, lemos ou escrevemos sobre alimentação e redução de peso. É preciso bom senso e ajuda profissional, com a ansiedade de chegar ao objetivo de forma rápida, muitos procuram fórmulas milagrosas, dietas malucas, remédios, informações na internet( muitas vezes sem nenhum embasamento, feito por leigos). Acredite é possível perder peso, manter os resultados sem prejudicar sua saúde. Quando o tema é emagrecimento, pensamentos como: passar fome, cortar carboidratos, vem a cabeça, pelo menos para maioria das pessoas, porém não é tão simples assim, além de não obter o resultado esperado, pode causar sérios danos a sua saúde e muitos podem ser irreversíveis. É bom saber que a glicose é o “combustível” do cérebro, quando restringimos os carboidratos é comum que apresentemos sintomas como: cefaléia( dor de cabeça ), rritabilidade,falta de concentração,entre outros, convenhamos que isso pode atrapalhar e muito sua qualidade de vida.

Felipe Tamy

Claudia Patrícia

Liliana Porto

As proteínas provocam reações no corpo diferentes as das gorduras e carboidratos, favorecendo o emagrecimento, por isso as dietas hiperproteicas( altas quantidades de proteínas) são tão populares, quando o assunto é emagrecimento. Aumento do metabolismo, aproximadamente 25% da sua energia é utilizada na sua digestão, aumento diurese( excreção de líquidos) , saciedade elevada, são alguns benefícios da sua ingestão, porém o abuso de pode causar danos sérios, como sobrecarga renal e hepática( fígado). Zerar gordura também não é uma boa idéia, por incrível que pareça a gordura é fundamental para nossa saúde, na absorção de vitaminas lipossolúveis( A,D,K e E) ,produção de hormônios, porém é preciso saber escolher, existem as gorduras “boas” e “ruins”, por exemplo azeite, oleaginosas( castanhas, nozes) quando consumidas na medida certa são primordiais e como exemplo negativo as gorduras presentes em biscoitos, bolos e sorvetes podem causar problemas e doenças graves, como cardiopatias. Uma dieta balanceada e individualizada é suma importância, tanto na prevenção, tratamento e/ou cura de doenças. Mas um atleta de alta performance por exemplo terá uma distribuição de macro( proteína, carboidratos e lipídios) e micronutrientes( vitaminas e minerais) diferente de um sedentário ou algum portador de alguma doença crônica. Mudanças de hábitos, reeducação alimentar, são primordiais na qualidade de vida, mas atenção, além do presente é preciso pensar com o futuro, planejar uma alimentação que seja prática e funcional de seguir e manter, a curto, médio e longo prazo, para evitar o efeito sanfona( engorda e emagrece) mas esse assunto deixaremos para outro dia.

Fernanda Vilaça e Maurício

“A vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência, mas pela capacidade de começar de novo.” F. Scott Fitzgerald Teremos um encontro marcado aqui nas páginas de O Jornal Terceira Via, conto com sua participação, afinal essa coluna é feita para você.

Fiquem com Deus e um abraço Diego Motta Nutricionista 99777-6869 dmottanutricionista@gmail.com

Lyz Bartolotti.

Jorge Luciano Jacyntho


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Maria Amélia Pinto Boynard com suas lindas meninas!

Abrindo o mês das festas juninas nada melhor do que essa dupla linda! João Elias e Miguel Pontes Azevedo fotografados por - Amor em Dobro - Millene Azevedo.

Igor Gomes - ensaio de moda em Nova Iorque.

"Tempo, tempo, tempo, tempo! Nas rimas do meu estilo..." (Caetano Veloso) Tempos precisos! Tempos imprecisos! Todos precisam De uma oração ao tempo... De um tempo de precisão... De um templo de tempos em tempos... De um precioso momento! Precisam de flores, cores e amores. Tudo rima com o imã que a gente traz! Precisamos de paz! Pra viver! Se o "mundo" não faz! O seu dever...

Laura Pereira Pinto em foto maravilhosa no lugar que ela ama - Atafona!

Myra Hirano em perfeita sintonia com o inverno! Milena DeLatorre lindamente fotografada por André Lucas.


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@nataliamuniznutri

nataliamuniznutri@gmail.com

O que você pretende entregar pro mundo além do seu próprio corpo? #PROJETOVERÃOPRAVIDATODA Todo ano é a mesma coisa. É (somente) nessa época que começamos a pensar no projeto verão. Todo mundo querendo dar “tudo de si” para estar com o corpo da capa da revista dentro do biquini, na praia e, de preferência, sem canga! Mas pera lá, será que dá? A minha proposta aqui vai além. Quero todo mundo lindo e delicioso, mas principalmente e especialmente de bem consigo mesmo e com seu corpo de uma forma saudável. Entendo que cada um tem seu caminho, suas batalhas, suas dificuldades, que vão além e, as vezes, até resultam nesse corpo que te carrega agora. E, por isso mesmo a ideia é RESPEITAR-SE antes de tudo. Por isso, queria chamar atenção para o fato de que esse verão vai passar. Hoje vivemos cada vez mais (ainda bem) e nosso objetivo PRA VIDA tem que ser muito maior que uma barriga sarada. Ele tem que dizer respeito a nossa existência inteira. Não que você não possa ter uma barriga chapada e não deva. Mas é preciso lembrar que isso não deve custar a sua saúde. É bom e essencial envelhecer com músculos, mas saudavelmente. E principalmente que a motivação para se cuidar, e cuidar do corpo tem que ir além

C A R O L M O RA I S

Por isso, lanço agora #ProjetoVerãopraVidatoda, para estimular os bons hábitos de vida, pra vida inteira, pra que ela seja todinha linda e deliciosa.

PRODUTOS x ALIMENTOS DE VERDADE _Alimentos são como pessoas: prefira os integrais, verdadeiros e simples :) _Evite alimentos com reduções ou substituições – fake no more! _Produtos legais já existem! Como identificar lendo rótulos > INGREDIENTES O primeiro ingrediente é sempre o de maior quantidade Prefira produtos com poucos ingredientes – ingredientes que você reconheça!

_Corpo como meio e não como fim _Estabelecer parceria com o corpo, pra dar conta do resto _Morada – ninguém coloca lixo pra dentro de casa, porque colocamos pra dentro da gente o que não é legal _Amar-se primeiro ao invés de apontar defeitos, mais amor, círculo virtuoso do amor próprio _Corpo legal como consequência das escolhas _Formas de se amar: oferecendo e escolhendo o melhor, auto-cuidado como carinho e satisfação – círculo virtuoso _Reflexão: de que material-prima somos feitas? Do que nossas células são formadas?

TEMPO, TEMPO, TEMPO… Quanto tempo demora pra higienizar, secar e guardar um maço de rúcula? Quanto tempo você gastou em mídias sociais hoje? Quantas novelas você acompanha todos os dias? Pensar no tempo como uma tangerina e desfrutar de cada gominho suculento pra INVESTIR EM VOCÊ MESMO! Organizar a logística: comprar, higienizar, guardar, preparar

CRENÇAS E EMOÇÕES relacionadas à alimentação _ caminhos _É fome? _Identificando os gatilhos que fazem a gente comer: ansiedade ? tédio? cansaço? carência? compensação? _de onde vem o medo de passar fome: racionalizar e se precaver! “EU MEREÇO” O que? De verdade? _Mecanismos de compensação com comida “O que está desequilibrado e eu estou tentando compensar?” “O que eu mereço de verdade?”_VIDA ATIVA Ser ativo é diferente de ser atleta, ative sua rotina, caminhe, use escadas dentro da sua possibilidade de quanto tempo você precisa de verdade? _TOXINAS _Ambiente tóxico: mais de 4 milhões de compostos (poluição, medicamentos, produtos de limpeza, migrantes dos plásticos, desodorantes) _Toxinas emocionais _Toxinas alimentares: mais de 14 mil (aditivos, proteínas não digeríveis, açúcar, glutamato monossódico, conservantes, adoçantes) _A influência das toxinas: célula de gordura, replicação celular inadequada, hormônios e metabolismo desregulado, etc etc etc. O CORPO FALA: sinais e sintomas _processo de autoconhecimento: observação e testes _observe-se: TUDO é linguagem, register, revise: alimentação, água, atividade física, sono humor, intestino, suor, outros _escolher buscar a causa ao invés de tratar os sintomas, chega de muletas, coragem! _sinais do corpo e planos traçados a partir deles entendendo que somos feitos de uma TEIA complexa de relações internas e externas – TUDO ESTÁ INTERLIGADO! _respeite o fato de que você é mulher e os ciclos que a sua natureza proporciona COM TANTA COISA BOA PRA CONTAR… calorias? _matemática x bioquímica _poder dos nutrients _estudo de caso de gente real com final feliz!

da estética e alcançar a razão de aproveitar realmente a sua existência. Afinal, nosso corpo é a nossa morada, do começo ao fim. E sim, todos queremos uma “morada” bonita, enfeitada, agradável. Resumindo, por quantos verões você quer passar e como? As pessoas que mais fazem diferença nas nossas vidas, sejam íntimas ou mesmo nossos ídolos, brilham especialmente não pela beleza, mas pelo talento. Outro dia mesmo almocei na minha avó e fiquei pensando na minha tia bisavó (sim, eu sou rica na vida) que está lá com seus 93 anos, toda lúcida, e relativamente saudável. Quero chegar lá sim, com pernas fortes que continuem a me levar para onde que quiser. Fui além, tentando enumerar todas as pessoas que fizeram a diferença na minha ainda breve existência. Não consegui enumerar uma só que tenha sido pelo fator “ela mudou a minha vida porque tem a bunda dura”, “ele mudou a minha vida porque tem o tríceps definido”, “admiro o fulano porque ele tem 8% de percentual de gordura”. Ou seja, as pessoas não devem ser medidas assim, porque no final a gente admira quem admira por tantos outros motivos. Menos percentual de gordura e mais coeficiente de inteligência e sucesso por favor!

COMENDO NA RUA _tentar planejar ao máximo _ler o cardápio com foco nos ingredientes _sempre ter um plano B na bolsa pra ajudar a “pensar” _evitar escolher com muuuuuuita fome: pedir salada de entrada ‘pra pensar’ e perceber se precisa de mais _no buffet: metade do prato pode ser composta de vegetais, ¼ de cereais e grãos (como arroz e feijão), ¼ pode ser de proteína VIAGENS _corpo não tira férias _levar lancheirinha _ir ao supermercado e feiras: programa cultural _manter ao máximo a rotina de horários _focar na QUALIDADE _café da manhã e lanchinhos lindos pra não ficar “sem pensar”por causa da fome TAREFA DE CASA revitalizar cozinha, armário, geladeira e a vida: _só fica o que é bom pra mim e pra quem eu amo _tirar tudo o que não é legal, abrir espaço para o bom! _simplificar _trocar plásticos por vidros planejamento semanal de tempo: quanto tempo consigo disponibilizar diariamente pra investir (marcar na agenda o compromisso!) _cardápio semanal + lista de tarefas (supermercado, entrega, preparação, etc) _lista de compras básica, menos despensa e mais geladeira! PASSOS PRA VIVER MAIS GOSTOSO: 1. Olhar para emoções / motivações / compensações que levam a comer à>>> CORAGEM, AMOR e TERAPIA!!! 2. Medo de passar fome = racionalizar, observar, organizar a lancheira e o despertador relaxar e confiar 3. Exercício x Vida Ativa = inserir caminhadas no caminho, escadas. 4. Sono = rotina, dormir bem e observar 5. Água: 50ml a 100ml de 30 em 30' 6. Escolha QUALIDADE na matéria prima: orgânicos integrais DE VERDADE Coma comida / Embalagem é casca 7. Organização, planejamento e comprometimento 8. Aproveite o processo: cozinhe e compartilhe 9. Faça da refeição um ritual: respire, mastigue, desfrute!! 10. Autoconhecimento: Observação, pesquisa, leitura, conversas 11. Amor, amor, amor!!!


Trio do barulho- Luana Fagundes,Sofia Murad e Milena Passos

Parabéns Para você!

o Filho gers Pached d o R to a g O

A elegante Mariana Ven âncio

Daniela Tinoco do Amaral e Leandro Gomes Faes curtindo a festa de 5 anos da sua Lunna Amaral Faes

O super heroi Bernardo Mothé Gama comemorando seus 5 aninhos com sua mãe maravilha Reny , super pai Eduardo e o brother Gabriel Lunna curtindo sua big party

Alves completou Arthur Gonçalves a do mês o di 11 anos no últim

Lindo Gabriel Aquiles Vasconcelos

OS PRATRULHEIROS SORTUDOS

de ura Andra a L o d in Sorriso L

O Príncipe Rafael Moraes Nolasco Filho

Vamos Colorir

Muito Linda Luíza Pita Maya

Davi e Amor Fraterno Maitê Carneiro

Dicas de Cinema Não recomendado para menores de 12 anos

Antes de se tornar Mulher-Maravilha, ela era Diana, princesa das Amazonas, treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível. Criada em uma paradisíaca ilha afastada de tudo, Diana descobre por um piloto americano acidentado que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e, certa de que pode parar o conflito, decide deixar seu lar pela primeira vez. Travando uma guerra para acabar com todas guerras, Diana toma ciência do alcance de seus poderes e de sua verdadeira missão.


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@ju_ribeiros

Time de feras, Tarcísio Viana entre os palestrantes do Start It!, Pedrinho Salomão, Zica Assis e Rapha Krás.

Turma boa: Felipe Peixoto e Carlinhos Siqueira

Kelly Colnago com as princesas Maria Luiza e Gabriela.

Arthur Auatt e Maria Vitória Guedes.

Família que trabalha unida, vence unida! Lucianinho, Cristine, Luciano e Vitória.

Parabéns à toda equipe do Start It, eventos como esse dão uma injeção motivacional no setor. O time de palestrantes também estava sensacional! Tarcísio Viana acertou mais uma vez e Michelle Mayrink sempre impecável no seu trabalho.

Elegantérrimas: Lívia Barbosa e sua mãe, Rita Mendonça.

Queridos: Nazareth Queiroz e Edvaldo Mendonça.

ZELIS

Super legal o evento que rolou neste sábado, o Tatanka West n' Wild BBQ Festival. Comer bem é sempre maravilhoso, mas juntar cerveja artesanal, rock' n' roll e Usina do Queimado realmente foi uma sacada genial! Já queremos a 2ª edição.. :)


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