CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 26 DE JANEIRO A 01 DE FEVEREIRO DE 2020
Nas bancas por R$ 1,50
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NÚMERO 171 Foto: Carlos Grevi
Usinas de açúcar: do apogeu à crise Campos já foi o maior produtor do Brasil com 28 unidades fabris instaladas. Hoje só tem duas operando
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Foto: Silvana Rust
Pastor
Adonias Júnior Ex-militar da Força Aérea Brasileira, hoje pastor sênior da Segunda Igreja Batista de Campos, uma das maiores e mais tradicionais de toda região. Nessa entrevista, ele fala sobre os desafios à frente da nova igreja e política. PÁGINA 07
Prejuízos e acidentes com buracos nas ruas
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Campanha alerta para câncer de colo de útero
Motoristas reclamam da falta de reparos
Médica orienta para o diagnóstico precoce
Esse problema já ocorre há anos e mesmo com ações conhecidas como ‘operações tapa-buracos’, eles continuam sendo vistos pela cidade. A reportagem do Terceira Via percorreu algumas ruas de Campos e encontrou buracos em vários trechos. PÁGINA 09
Janeiro tem as cores branco, roxo e também verde. A última identifica a campanha de alerta para o câncer de colo do útero, a quarta causa de morte de mulheres no país. Este é o terceiro tipo de tumor mais frequente entre as mulheres. PÁGINA 11
Foto: Fernando Dias
no Foto: Patrícia Bue
Foto: Carlo s
Ronaldo Junio
Rodrigo Viana estreia coluna sobre carros
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Saia
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Acervo pe ssoal
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Foto: Sinestesia
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A renovação literária
Jovens escritores e poetas de Campos se projetam em livros e em redes sociais CAPA
INSPIRA E NÃO {PIRA} PÁGINA 05
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Especial
26 DE JANEIRO A 01 DE FEVEREIRO DE 2020
Fotos: Carlos Grevi
Amarga decadência do açúcar
Campos, que já foi o maior produtor do país, viu dezenas de usinas fecharem nos últimos anos e busca recuperar o tempo perdido Aloysio Balbi e Ocinei Trindade Em 2020, apenas duas usinas de açúcar operam em Campos. A Coagro e a Canabrava empregam diretamente seis mil pessoas. A estimativa é que a região conte com 20 mil pessoas envolvidas no setor sucroalcooleiro. São pequenos produtores, empregados diretos terceirizados. No início do século XX, Campos possuía 27 usinas funcionando. Era o apogeu econômico. Nas décadas seguintes, o setor enfrentou diversas crises e encolheu. Deixou de ser um dos maiores produtores do Brasil e hoje tenta se manter, apesar das dificuldades. Em 1922, houve o maior número de usinas em Campos e região operando: 28 unidades. Abadia, Barcelos, Colégio, Caconda, Cambaíba, Conceição, Cupim, Dores, Fazenda Velha, Limão, Mineiros, Outeiro, Partido, Poço Gordo, Queimado, Sant'Ana, São João, São José, Santa Maria, Santo Antônio, Sapucaia, Santa Cruz, Rio Preto, Tocos, Tocaia, Tahy e Visconde. Com o tempo, esses nomes foram se apagando devido ao fechamento das indústrias. Nos locais onde foram instaladas, ruínas são avistadas, registradas e fotografadas por jornalistas e pesquisadores de universidades. Em 2016, o mestre em Geografia, Igor Paolo Rodrigues, da Universidade Federal Fluminense dissertou sobre “Território e poder: as elites e a organização do território em Campos dos Goytacazes”. O trabalho acadêmico disponível na Internet aborda com detalhes a ascensão e a queda da cana-de-açúcar e da figura do usineiro em Campos e região durante o século XX. “Ironicamente, é o mesmo século do seu fim. Talvez exista uma relação estreita e até causal entre os dois fenômenos: o sucesso do setor sucroalcooleiro e do usineiro é também sua derrocada”, cita o pesquisador. Para o presidente da Coagro, Frederico Paes, o declínio do setor em Campos se deu por vários fatores a partir dos anos 1980. Contraditoriamente, em 1989, mais de 10 milhões de toneladas foram colhidas com 22 usinas funcionando, a maior produção já alcançada. Segundo ele, o principal motivo da crise foi a política errônea do
Crise | Usinas fechadas são o retrato do abandono no setor atualmente
governo federal que penalizou demais a produção de álcool que subsidiou por muito tempo o preço da gasolina. “Vale lembrar que 27,5% da composição da gasolina no Brasil é com álcool. Os preços ficaram muito achatados do álcool colocado diretamente nos carros no Brasil. Nos anos 2005 a 2012 houve incentivo do governo federal para multinacionais produzirem etanol no Brasil. Depois, houve um abandono do programa de etanol. As unidades passaram a produzir açúcar. Com excesso de produção e preços baixos, as unidades de Campos não conseguiram se manter. Administrações familiares também não souberam trazer uma nova dinâmica para o setor, o que contribuiu para o declínio”, avalia Em 2014, o fotógrafo e arte-educador Wellington Cordeiro expôs fotos no Sesc que fez parte de atividades de pesquisas da Universidade Estadual do Norte Fluminense. Ele cita uma fala do usineiro Antônio Carlos Pereira Pinto que considerava: “A usina era o centro em torno do qual girava o trabalho, a família, o progresso e o futuro”. A atividade açucareira campista foi inaugurada ainda no século XVI com a instalação de pequenos engenhos. No século XIX, período da Revolução Industrial, o setor ganhou contornos modernos que sugeriam desenvolvimento e enriquecimento. Nos anos 1990, a hegemonia da cultura canavieira em Campos se desfez. Para o professor Marcelo Gantos, “o vasto complexo arquitetônico da agroindústria sucroalcooleira em processo de abandono, deve ser reavaliado como objeto de estudo paradigmático de um tempo e de uma cultura. A imponência de suas ruínas sobrevive e ainda
opera metaforicamente como referência no imaginário de sua gente”. As memórias sobre o passado glorioso da indústria da cana de açúcar em Campos são revividas a cada visita nos locais em torno das usinas. “No parâmetro econômico foi um trágico acontecimento, pois causou sérios problemas socioeconômicos na região. Por muito tempo, foi a principal fonte de trabalho e renda para a população. As ruínas das antigas usinas são o retrato desta época de pujança e precisam ser preservadas”, considera Wellington Cordeiro. Nomes influentes Entre 1930 e 1950, poderosos empreendedores ajudaram a construir a história e a economia de Campos. Nomes de usineiros lideravam a lista de influências como Julião Nogueira, Francisco Vasconcellos, Olavo Cardoso, Ferreira Machado, Bartholomeu Lizandro, os irmãos Sence, Atilano Crisóstomo de Oliveira, José Carlos Pereira Pinto, Tarcísio Miranda, Barros Barreto, Jorge Pereira Pinto e Edilberto Ribeiro Castro, entre outros. Nos anos 1970, aterrissou em Campos, pilotando o próprio avião, o alagoano Antônio Evaldo Inojosa, homem de larga influência. Foi presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), autarquia poderosa que norteava tudo que se referia à cadeia produtiva de açúcar e álcool. Inojosa via Campos como uma área fértil para o setor. Conseguiu trazer para Campos empresários do setor instalados no Nordeste como João Cleofas de Oliveira, senador por Pernambuco, e o amigo Geraldo Coutinho. Três empresários nordestinos, se fixando no interior do que era considerado na
Indústria | Produção de açúcar e álcool reduziu consideravelmente
época o estado mais avançado do país, o Rio de Janeiro. Evaldo Inojosa montou a Cooperflu, nos moldes da Coopersucar de São Paulo, entidade que reunia em cooperativa todas as usinas de Campos. Sentido que o setor agonizava, começou a promover anualmente em Campos o Encontro Nacional do Açúcar e Álcool, onde palestraram prêmios Nobel de Química, como o norte-americano Melvin Calvin e ministros da área econômica como Delfin Neto e Maílson da Nóbrega. Através de sua influência, Inojosa conseguiu com o governo verba bilionária para as usinas da região. Mesmo assim, o terreno fértil que ele avistara parecia se tornado movediço e quanto mais o setor de movimentava, mais afundava. Sendo proprietário da usina de Outeiro, percebeu que o álcool poderia ser a solução de longo prazo para o setor. Usou outra vez sua influência para obter empréstimos para a irrigação das terras em Campos. Porém, apesar do empenho, a usina de Outeiro também encerrou as atividades. Dramas e ruínas A Firjan considera que, historicamente, em regiões industriais
degradadas a recuperação se fez dando novos usos aos parques industriais. Recuperar a produção nestas plantas em Campos pode ser inviável. O empresário Frederico Paes concorda sobre esta questão. “Essas usinas não voltarão a moer. Foram sucateadas e desmanchadas. Algumas poderiam ser colocadas como museu ou algo parecido. Elas se tornaram inviáveis economicamente. Recuperar esses prédios é muito difícil” Expectativas Para o presidente da Firjan em Campos, Fernando Aguiar, o setor sucroenergético vive um período de retomada, apesar de todas as crises vividas pela indústria no passado recente. “Ainda que não tenhamos uma safra do tamanho do nosso potencial, o sindicato do setor aponta para um aumento do plantio com bons resultados na produção de açúcar/etanol, em boa parte pela recuperação dos preços. A Firjan considera este setor extremamente relevante para a região, haja vista a influência positiva no saldo de empregos que apresenta todos os anos na época da safra”, explica. Fernando Aguiar acredita em
uma nova fase no âmbito federal em relação a incentivos e financiamentos. O Estado do Rio recentemente anunciou 30 milhões de investimento para o setor e vem mantendo a política fiscal de proteção às usinas fluminenses. No âmbito municipal não há no momento política para o setor”, afirma. Frederico Paes lembra o período de seca de 2014 a 2018 que prejudicou o setor. Para 2020, com previsão de boas chuvas. “Os preços do açúcar no mercado internacional têm boas perspectivas. Esperamos uma boa safra com 20% a mais que no ano passado. Em 2019, a Coagro conquistou em parceria com o Grupo MPE o arrendamento da Usina Paraíso. A gente entende que no momento é melhor o parque industrial não funcionar. Conseguimos conquistar toda a cana do entorno dos produtores da região. Arrendamos 9 mil hectares do Grupo Othon. Parte dessa terra será plantada e esperamos colher mais cana em 2020. No ano seguinte, esperamos colher mais de um milhão de toneladas. Investidor entra em cena O presidente da MPE Agropecuária, Renato Abreu, com negócios na Bahia e no Mato Grosso do Sul, investe ainda mais em Campos. Ele acredita principalmente no etanol, e investe no plantio de variedades de cana. “Se houver uma oferta de matéria-prima na escala necessária para atender a indústria, o setor, aos poucos, irá recuperar os bons tempos, gerando riqueza e empregos. Hoje, o segmento está automatizado no que se refere ao corte de cana-de-açúcar usando colheitadeiras mecânicas. Mesmo assim, no período de safra que dura em média sete meses, gera mais de quatro mil empregos diretos”, conclui. Foto: Divulgação
Relíquias | Da época do apogeu, o que restou foram as fotografias que ilustram os engenhos de cana-de-açúcar
AloysioBalbi Com Girlane Rodrigues
Institucional O advogado e jornalista Mauro Silva, assumiu o cargo de gerente de Relações Institucionais da Associação de Atacadistas e Distribuidores do Estado do Rio de Janeiro-ADERJ-, que fica no bairro da Penha, no Rio. Trata-se de uma entidade de peso que hoje tem na presidência o empresário campista Joilson Barcelos. Não está errado dizer que é uma das entidades do setor produtivo mais importantes do Rio.
Nova atração No coração do Centro de Campos, quando terminar o verão, será aberta uma grande casa de entretenimento. As obras no seu interior estão em fase de tratamento final. A casa vai funcionar na antiga sede do banco Itaú, ao lado do edifício Predial, no Calçadão. O investimento é grande e a casa, que terá também jogos, deverá gerar cerca de 50 empregos diretos. Vai ajudar a revitalizar o Centro. E mais uma Outro empreendimento que também vai ajudar o Centro, e que foi anunciado em primeira mão pela coluna é o Hotel Planície que foi comprado por um rico empresário de Itaperuna, sendo todo reformado. Também será inaugurado no final de fevereiro. Existe uma grande chance da antiga cabana do Planície, misto de bar e restaurante com uma vista generosa da cidade, volte a funcionar. Contrato firmado A GNA - Gás Natural Açu- assinou contrato para a construção da segunda termelétrica a gás natural, que vai se chamar GNA 2 dentro do Porto do Açu, em São João da Barra. As obras serão feitas pela empresa Andrade Gutierrez. A GNA1, com 1.3 GW já está sendo comissionada e entra em operação em janeiro de 2021. Dib's O fotografo Dib's Hauaji completa 50 anos de fotografia esse ano. Darling de todos, Dib's está preparando alguma surpresa. Poderá abrir o baú com mais de 50 mil fotografias e fazer uma exposição, ou editar livro ou revista contando a sua vitoriosa história. Ele ia desde acontecimentos policiais até foto da alta sociedade, na qual se especializou.
Opinião
Drama de Santa Cruz O drama vivido pelos moradores da Vila Operária da Usina Santa Cruz, que iria a leilão em fevereiro, como adiantou a coluna em sua versão online, temporariamente está suspenso e em suspense. A Justiça de São Paulo adiou o pregão, no processo de recuperação fiscal da Companha Brasileira de Açúcar e Álcool- CBAA- que já foi dona da usina. O dono A CBAA foi fundada por um influente empresário que ficou em Campos por três anos. José Pessoa de Queiroz Bisneto, pernambucano residente em São Paulo, tinha, quando fundou a companhia, 12 usinas espalhadas pelo país. Quis comprar o engenho de Quissamã e transformá-lo numa grande usina. Petista convicto, passou a ter dificuldade nos negócios, sendo essa a razão do leilão.
Navio chegando O terminal de gaseificação, na verdade, é um navio FSRU que ficará permanentemente ancorado no Açu. Já está a caminho do Brasil e foi construído na Coreia, mais precisamente no estaleiro de Singapura. O navio foi batizado de BW Magna. Dois mil empregos Levando em conta que na construção do GNA 1 estão sendo gerados 5 mil empregos diretos, pode se garantir que pelo menos outros dois mil serão gerados a partir de março deste ano, quando serão iniciadas as obras do GNA 2. É uma grande notícia para a economia da Região.
A indústria do açúcar arruinada
Campos já ostentou a doce posição de maior produtor de açúcar do país, com centenas de pequenos engenhos e depois com modernas usinas. O tempo foi passando e, nos anos 70, o interior de São Paulo entrava em cena com usinas mais modernas a partir da criação da Coopersucar, que chegou a manter uma escuderia na bilionária Formula 1. A produção em Campos acompanhava a queda também nas usinas do Nordeste do País, principalmente de Pernambuco e Alagoas, dois grandes estados produtores. Desembarca aqui, o ex-presidente do extinto Instituto do Açúcar e Álcool- IAA-, Evaldo Inojosa. Tornou-se proprietário da usina de Outeiro e seguindo o exemplo de São Paulo, criou com sede em Campos a Cooperflu, que já não existe. Depois de uma chuva de empréstimos federais, mas sem o neces-
sário para implantar um forte sistema de irrigação, as usinas de Campos foram perdendo força, e uma a uma foi desativando suas moendas. Hoje, a maioria delas está em ruínas como mostra a reportagem especial desta semana. Hoje, a cooperativa dos produtores, a Coagro, que arrendou Sapucaia da MPE Agronegócios é a esperança do setor para recuperar a lavoura perdida, e desta vez mais voltado para o etanol. O presidente da MPE agronegócios, Renato Abreu, no ano passado arrendou o parque fabril da usina Paraíso e as terras do Grupo Othon. A presença de Abreu no setor não deixa de ser um alento para quem ainda aposta nele. O empresário aposta no etanol. O açúcar pelo preço de mercado, baixo commodity, como no tempo da decadência.
Assunto urgente
H
á temas que se impõem quando vamos escrever uma crônica ou um texto argumentativo sobre acontecimentos que nos afetam. Isso se deu ao iniciar este. A arte e os desdobramentos envolvendo a Secretaria de Cultura do país é o assunto da vez, ou melhor, o absurdo que chocou milhões de brasileiros nesta semana. O ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim, fez o seguinte pronunciamento ao anunciar um prêmio nacional: “A arte brasileira da próxima década será heróica e será nacional, será dotada de grande envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou não será nada.” (Trecho do discurso) Antes de tudo, é impossível desvincular a fala do senhor Roberto Alvim do discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista entre 1933 e 1945. As palavras de Alvim chegam a ser uma paráfrase do texto de Goebbels. Além disso, o cenário, a música de fundo escolhida, “Lohengrin” de Richard Wagner, ópera preferida de Hitler, a entonação utilizada pelo ex-ministro, a sua aparência, a estética do vídeo demonstraram muitos pontos em comum com a propaganda nazista. Inaceitável! Um monstro que se pretendeu (ou se pretende) ressuscitar em pleno século XXI? Se observarmos o significado da palavra arte descrito no dicionário, onde encontramos: Expressão de um ideal de beleza nas obras humanas: obra de arte/ Conjunto das obras artísticas de um país, de uma época”. ( Koogan/Houssais – Enciclopédia e Dicionário – Edições Delta – 1999), perguntamos: Como Roberto Alvim pode prever como será a arte no futuro, “na próxima década”, como afirmou? A arte é produto da percepção humana com todas suas variantes e historicidade. Como direcioná-la, dirigi-la? E o que seria “uma nova arte nacional”? Como pôde afirmar que seria isso ou não seria nada? Segundo ele, em outro momento, a arte seria “enraizada na nobreza dos nossos mitos fundantes. A pátria, a família, a coragem do povo e sua profunda ligação com Deus amparam nossas ações na criação de políticas públicas. As virtudes da fé, da lealdade, do autossacrifício e da luta contra o mal serão alçadas ao território sagrado das artes.” Quanto dirigismo cultural! É espantoso! A arte por natureza não é conservadora, passível de amarras determinantes. É expressão das emoções, da sensibilidade humanas, como também da história e da cultura dos povos. Dessa forma, como atrelar o potencial humano de imprimir beleza, recriar formas inusitadas de dizer algo ou construir objetos, por exemplo, frutos de inspiração acompanhados ou não de estudos a determinações governamentais? Como sublinha o poeta Ronald de Carvalho, “A arte é uma aspiração à liberdade”. O Ministro Roberto Alvim caiu, mas e Goebbels e suas ideias? Qual foi a motivação para nomeá-lo? Há outros indícios de ameaças à liberdade de expressão, à democracia no país? A conferir.
A estética do verão praiano Fernando da Silveira
“Críticas maldosas às sereias do nosso tempo são de todo pura burrice”. – Augusto Donadel. Eu sou um apaixonado pelo verão praiano, sobretudo quando nele vejo o sexo tido como fraco, mas que é bem mais forte do que o masculino, totalmente voltado, nas praias, para os seus filhos menores, em rasgos de carinho comoventes. Tal enlevo diante de mães admiráveis, que vivem grandemente os valores cristãos, não significa que abomine as moçoilas e as balzaquianas, que se exibem ousadamente como um todo, isto é, totalmente, pelas maravilhosas praias enfeitiçadas do Brasil. Elas são, também, um poderoso instrumento para em nossa vida afugentar o mundo cão, que não cansa de nos perseguir. Acho que ambas, cada uma à sua maneira, dão um toque de beleza de tal forma em nossa caminhada existencial, que nos parecem revelar individualmente até o fulgor do seu caráter. Podendo-se pinçar mesmo ao longe a atitude de cada uma delas examinando-as de per si. Enfim, procurando distinguir entre elas as que aceitam ou não o ponto
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de vista de Sócrates, que entendia ser a beleza verdadeiramente bela, aquela beleza interior, que se constrói de dentro para fora. Do espiritual para a exterioridade física, da alma para o corpo. Fica claro, no meu entendimento, que a verdadeira beleza está em sua grandeza por inteiro, na alma. Todavia, não devemos achar apressadamente ser a carne a ferida da alma, como afirmam alguns espiritualistas equivocados. É que, no corpo, lampeja a beleza da alma. Mas tal fato só ocorre, se o Belo, isto é, a sublimação da beleza, que irrompe altaneira, estiver ao alcance do nosso olhar impregnado de bondade. Aquele toque de bondade com que descobrimos o Outro, seja mulher ou homem, a tal ponto, que nele chegamos até nos identificar. Ou como dizia Plotino num texto, que traduzi da minha maneira de pobre escrevinhador: só conseguimos de fato ver o Sol, se nos tornarmos solares; só conseguimos de fato ver uma criança, se nos tornarmos infantis; só conseguimos de fato ver um pinheiro, se “impenheirarmos” calmamente. Mas, para tanto, é mister, é necessário cultuar a bondade, porque só a bondade abre o caminho de nos iden-
tificarmos com o Outro. O Outro, seja do sexo masculino ou feminino, em sua ânsia, por exemplo, de se exibir. Daí passar a entende-lo, a compreende-lo e a ama-lo. Afinal, quem não gosta de tirar uma onda, de tirar uma chinfra, na praia, como bonito, como inteligente, como culto, como valente, como engraçado? Não estaríamos incluídos numa dessas categorias de exibicionistas? Precisamos, enfim, ver com sensibilidade. Vale dizer, ver esteticamente, porque o ver estético é que nos leva ao Belo, é que abre os nossos olhos para uma miríade de episódios que vivemos cotidianamente e que, na maioria das vezes, nos faz melhor. Paradoxalmente, tanto a tragédia terrivelmente nos afetando, quanto a alegria, que nos levanta, que nos leva para cima, em nossa caminhada pelo planeta Terra! Como estamos agora recebendo a dádiva do verão praiano, é o instante de nos entranharmos no Outro e nele nos vendo fruirmos ao máximo o momento de felicidade que estamos gozando. Daí deixar de criticar maldosamente, para nos entregarmos de todo à gratuidade do verdadeiro amor. Sim, ao querer bem.
Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Direção Executiva Martha Henriques - Diretor Geral Fábio Paes Diretor de Jornalismo Aloysio Balbi Chefes de Reportagem Girlane Rodrigues e Roberta Barcelos - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Elton Nunes - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ Impressão: Parque Gráfico do Jornal O Globo. Tel: (21) 2534-9579/ comercialpg@infoglobo.com.br
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DECADÊNCIA
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Como desdobramento do texto de domingo passado, que tratou da sucessão municipal de 2016 (que sem elementos razoáveis vem sendo prematuramente discutida), da constatação da falta de lideranças senão a que se formou em fins dos anos 80 com o advento de Anthony Garotinho e, ainda, – num cenário lastimavelmente negativo – da comprovação de se ver todo acervo político da terra de Benta Pereira e Nilo Peçanha reduzido à patética dualidade entre os que se colocam a favor ou contra o ex-governador – cuida-se, conforme prometido naquela matéria, de se relatar a brutal diferença das três últimas décadas comparativamente aos quase 30 anos anteriores a esse período. Diferença – diga-se logo – em gritante
desfavor aos nossos tempos. À guisa de preliminar, é difícil aferir o quanto a Fusão GB-RJ do presidente Geisel, ora completando 40 anos e que instantaneamente se mostrou prejudicial ao antigo Estado do Rio e em especial a Campos (então ainda sem o mau gosto do “dos Goytacazes”), influenciou no período de mingua que estaria por vir. Mas, de toda sorte [de todo azar] é plausível estabelecer a conexão. Seja como for, fato é que a década seguinte marcaria o início do recuo político reportado, que daquele período para os dias de hoje só fez piorar. Para avivar, posto que já descrito no texto passado, Garotinho venceu pela apertada diferença de 11 mil votos
a eleição de 1988 (62.953 contra 51.408 mil votos dados a Rockefeller de Lima) e a partir daí foi o protagonista em todos os demais pleitos, vencendo seis da sete eleições – seja como cabeça de chapa ou apoiando algum candidato. E, ao que tudo indica, será também o centro das atenções na eleição de 2016. Bem entendido, reside aí o grave problema: todas as eleições passaram por ele e os candidatos que entraram na disputa com reais chances de vitória ou são seus afilhados ou lhe fazem oposição. Trocando em miúdos, a política de Campos, de quase dois séculos de tradição, está há 30 anos girando em torno de um só nome. O que é péssimo e decadente.
Líderes que nunca saíram da Câmara LIDERANÇAS NÃO FORAM RENOVADAS
Heli, Zezé, Rockefeller, Walter Silva, Raul. E Alair Numa marcha à ré ao período aludido, encontramos cenário político rigorosamente diferente ao que se vê hoje, época em que os que se lançavam (ou eram lançados) na vida eleitoral imediatamente trilhavam seus próprios caminhos, com independência, sem resquício de vassalagem para com seus padrinhos e, em havendo diferenças de opinião, tampouco se valendo de agenda odiosa ou de baixarias. Assim, levando em conta somente os que disputaram cargos para a prefeitura de Campos – porque que se entrarmos nas searas estadual e federal encontraremos outros tantos – tivemos nada menos que meia dúzia de importantes líderes num espaço de tempo igual ao pós anos 80, quando a cidade
produziu apenas um. mandato em 1966, com 26.346 votos, enquanNomes e números – Se alguma dúvida há to Rockefeller venceria o pleito de 70 (28.596 sobre o que se afirma, vejamos a evidência dos votos) e disputaria vários outros. Zezé retorfatos e a verdade dos números que compro- naria em 1972 (48.369 votos) e em 82, com vam sua veracidade: o industrial Heli Ribeiro 60.942 votos, contra 41.657 de Rockefeller, em Gomes, dos mais influentes nomes de nossa disputa que contou ainda com as presenças história, lançara na de César Ronald, Jorge As lideranças do passado não política o advogado Renato Pereira Pinto, se prestavam a marionetes Nilo Siqueira e outros. Rockefeller de Lima e quase na mesma épo* Este seria o terceiro nem ‘elegiam’ alvos acusatórios ca José Carlos Barbopara que lhe servissem de escada mandato de Zezé, que sa, então subdelegado ficara 14 anos na prede Guarus. Rock fora eleito vice prefeito em feitura. Nenhum outro prefeito governou por PÁGINA 05 10 A 16 NOVEMBRO DE 2019 1962 com 13.871 votos e Zezé, que perdera a tanto tempo no século XX. eleição daquele mesmo ano – ficando atrás de Observe o leitor que tanto um quanto o Barcelos Martins (21.134 votos) e de Ferreira outro seguiram suas carreiras sem cabresto Paes (21.111) –, conquistaria seu primeiro e sem ter que dar obediência a ninguém.
Em novembro de 2019, a página abordou a falta de lideranças políticas de Campos em todas as esferas. CAMPOS ORGULHOSA Agora, ‘fecha’ o tema, fixando-se apenas na Câmara
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Foram senhores de suas próprias trajetórias. Note-se, ainda, que não obstante tendo se enfrentado várias vezes, não se revezaram em campanhas acusatórias ou de baixo nível. Evidente, cada qual apontava o que entendia como pontos negativos do oponente. Mas via de regra em discurso sereno e respeitoso. Heli x Zezé – Exemplo ainda mais aclarado está no pleito de 72, quando Heli, apoiado pelo então prefeito Rockefeller, disputou a eleição contra Zezé. Logo, o industrial de Cambaiba teve como aliado e opositor as duas figuras que por suas mãos ingressaram na vida pública. Com efeito, Heli não baseou sua campanha numa batalha feroz contra Zezé e, se tivesse vencido, não seria “dirigido” por Rock.
Ferreira Paes, Barcelos Martins e José Alves. Mais números
or conta das eleições munici-Fugindo lumbra para 2020 diferente do que já inapetência de sua classe política ter um pouco à cronologia proposta com 27 477 votos. Mas ficou atrás de Raul que, como todos os aqui citados, não serviu de exemplo mais contundente do que aqui se pais que novamente se aprovisto em 2016? Ou como na eleição anterior a consentido que as últimas oito bengala elei- para ninguém. conclui: Alair fez de Raul Linhares prefeito. – importante, entretanto, ilustração Linhares (eleito com 36.928) e Rock (29.940). – numesta? recuo mais distante, à década de 50, Pelo MDB disputaram, também, Walter unicamente Silva Raul Linhares entrou na política partidária Mas uma vez eleito, o deputado deu sua ximam, texto publicado ano ções municipais girassem encontramos figuras (21.477) em e Paulo Albernaz (8.054). Garotinho: ou emlhe 1976 pelas mãos do deputado Alair Ferrei- missão por concluída. Não foi lá se meter passado (fac-simile ao lado) Ondeasse verifide ca Barcelos discursoMartins, de vanguartorno de Anthony Walter Silva e Raul Linhares – Dois nomes ra e com relativo apoio de Zezé. Mas foi Alair, em quem seria ou não seria secretário. Não Ferreira Paes e José Alves de Azevedo que, senadvertiu acerca da escassez da,ex–prefeitos com propostas genuínas e transforapoiaram, ou na lhepolítica fizerammunicipal oposição; indubitavelmente, ora a quem fez o que ninguém tomara conhecimento de nomeações e não do todos de Campos, são nomes de singular influência de líderes políticos de peso, de cujas madoras? Ondeenorme se vê a orgulho. figura do verdaa odiosidade os quais a cidade guarda foram osubserviência, do professor e ora tributarista Waltergratuita. supunha possível e tampouco sensato: lan- se envolvera nas questões administrativas. de várias eleições entreque si e da Silva e o do arquiteto Raul Linhares. Walter Raul, que nunca fora candidato a nada, Reconheceu Raul como o governante e ponto. ausências o município tanto vem seParticiparam deiro líder político, aquele enxerga Enfi m, teremos que partir do çar zero, mesma forma não se deixaram “conduzir” e Silva, deputado federal de vários mandatos postulante a prefeito contra figuras de peso Daí se incluir Alair Ferreira, oito vezes conressentindo nas últimas décadas. O as- além e apresenta plataforma de gover- torcendo para que uma liderança indemuito menos “elegeram” alvos acusatórios e parlamentar de expressão do bloco de opo- como José Alves, Rockefeller e Walter Silva. E secutivas deputado federal, neste rol, porque sunto deveria ter sido retomado logo que na lhenoservissem diferenciado e Foram qualifigrandes cado, capaz comnão luzobteve própria, surja ti-um estreante, de escada. sição aopendente, regime militar, êxito nas para Raul, venceupráticos por suadedesenvolo parlamentar que nunca disputou eleições Exemplos outra realidade disputasrar para a prefeitura, mas inscreveu seu emtura, líderes.de Políticos de “p” Do tipo semana seguinte, mas sofreu o atropelo enfrentar os maiúsculo. difíceis desafi os rumo Campos da situação caótica quepor representar algo novo, por trazer o municipais exerceu grande influência sobre nome de valor ao participar de médico Wilson Paes para sua chapa e, prin- elas. Mas, frise-se, dava seu trabalho como que quase não se vê mais. ao invés se limitar-se de algum outro. à prosperidade, à como estápolítico mergulhada. José Alves, duas vezes prefeito (1950 e 1958) inúmeras campanhas sem, contudo, descer os cipalmente, graças à concepção visionária e terminado assim que o candidato era emposNa ocasião, enfatizou-se a falta viria de disputar interminável lamentação? desdobramento da matéria an- incansável de Alair. sado, sem lançar mão de picuinhas, fosse qual eleição até 1976, quando surgiu degraus daComo ética. Vencia e perdia eleições sem trabalho renovação dos quadros políticos com de muita Para não apenas subjetivise agora no tema se destaque, reside neste particular o fosse o resultado. força e foifiocar mais votado no do MDB, atacar osterior adversários. Foientrando um verdadeiro líder queCom Campos ao longo desses últimos anos, mo – relembrando observação feita no deseja enfatizar, é de se admirar – e laos quais, infelizmente, não se vislumbra citado texto anterior – estamos a falar mentar na comparação com os tempos estarem no mesmo patamar daqueles de nomes como Alair Ferreira, Barcelos de hoje – figuras que sem nunca terem que, sem favor algum, marcaram época Martins, Ferreira Paes, Heli Ribeiro Go- saído da Câmara de Vereadores ou dise inscreveram seus nomes como gran- mes, José Alves de Azevedo, José Car- putado outra eleição senão para o Ledes lideranças do município, assim con- los Vieira Barbosa, Nilo Siqueira, Raul gislativo local, tenham sido lideranças siderados graças aos relevantes serviços Linhares, Rockefeller de Lima, Teotônio respeitadas e incontestes, que exerceEmpacamos na estaca zero Tudo pode mudar que prestaram como homens públicos. Ferreira de Araújo e Walter Silva. E nos ram enorme influência nos destinos do Salvo melhor juízo e com todo res- dias de hoje? município e como tal eram reconhecipeito àqueles que ora se colocam como Certamente que contribuindo sobre- dos de toda gente, o que deixa à mosJosé Alves Ferreira Walter Silva Rockefeller de Lima Raul Linhares pré-candidatos à sucessão municipal, maneira para essa lamentávelAlair falta de tra, com clareza solar, a diferença para Zezé Barbosa em termos de liderança, o que se vis- renovação, Campos paga o preço pela os dias atuais.
Sucessão municipal com muita especulação e poucos líderes
H
oje, restando menos de um ano para a eleição municipal, Campos se vê refém de situação desfavorável que, quase ininterruptamente, se repetiu pleito após pleito nas últimas décadas, qual seja a falta de renovação de seus quadros políticos em peso e tamanho que deles se lhes atribuísse condição de líderes políticos. Como não poderia deixar de ser, um aqui, outro ali, se viu. Mas, em se tratando dos últimos 30 anos – logo, longo período – foi muito pouco. E não se fala em tese, mas da brutal diferença das três últimas décadas comparativamente aos trinta anos anteriores a esse período.
Para abalizar as observações que tratam da diferença dos últimos 30 anos em relação a igual período três décadas anteriores, mostrando, com exemplos, o que ora se analisa (com a ressalva que a observação é subjetiva e, como tal, passível de divergências, visto que ninguém é dono da verdade) relembremos algumas das figuras públicas, entre tantas outras, que marcaram a política de Campos entre o final dos anos 50 e início da década de 80 e cravaram, de forma indelével, seus nomes como lideranças que efetivamente prestaram relevantes serviços ao município e região. Em favor do texto menos cansativo,
José Alves de Azevedo
Se a escassez de lideranças é um problema nacional, que nos últimos anos se mostra claro tanto nos que vêm postulando o Palácio do Planalto como entre os que buscam vaga no Congresso Nacional, Campos parece ter colocado uma lupa sobre a grave deficiência. Evidente que não se pode generalizar, visto que num País continental, líderes políticos hão de estar surgindo em bom número, muitos no interior dos estados, alguns dos quais se farão conheci-
É possível relacionar esse recuo a diferentes situações que emergiram em nosso desfavor, a saber: 1) A fusão GB-RJ, de 1974, que de imediato mostrou-se prejudicial ao antigo Estado do Rio de Janeiro e, em particular, a Campos; 2) A derrocada do setor açucareiro que, já então experimentando fase difícil, perdera ainda mais com a fusão; 3) O declínio da agricultura, que desceu ladeira abaixo, sem freio, como consequência imediata dos itens citados acima. Também na relação causa-efeito, o avassalador atraso tecnológico que, feito âncora, nos prendeu ao fundo, ao mesmo tempo que outros municípios, em particular do interior paulista, valiam-se
não se faz distinção entre os que eleitoralmente só concorreram ao legislativo ou executivo municipal, daqueles que ocuparam cargos outros, visto que todos foram lideranças que trabalharam em favor de Campos. Quantos – pergunta-se – dos que surgiram nos últimos 30 anos, com raras exceções, podem estar alinhados a políticos... a homens públicos como (por ordem alfabética), Barcelos Martins, Ferreira Paes, Heli Ribeiro Gomes, José Alves de Azevedo, José Carlos Vieira Barbosa, Nilo Siqueira, Raul Linhares, Rockefeller de Lima, Teotônio Ferreira de Araújo e Walter Silva – para citarmos apenas um número redondo, 10, entre
tantos outros aqui não mencionados.
Alair Ferreira Em separado, como forma de homenagem, focamos Alair Ferreira pela circunstância de que o ex-deputado de oito mandatos seguidos teria completado 99 anos de nascimento no último sábado, dia 09 de novembro. Falecido há 32 anos, em 1987, nenhum outro político de sua geração exerceu tanta influência nas eleições municipais de Campos como ele que, contudo, não disputou nenhuma. Parlamentar ativo, ex-presidente estadual da Arena, trabalhou incansavelmente em favor de Campos e da Região.
Rockfeller de Lima
dos com o passar do tempo. Mas, na bela planície cortada por rio, terra de Nilo Peçanha, pouco se vislumbra no horizonte. Ressalve-se, há de se enxergar exceções – honrosas exceções, frise-se. Mas, a campo aberto, o que se aponta para 2020 além do que já fora visto em 2016 ou na eleição anterior a esta? Que nomes fortes, líderes natos, com propostas genuínas, se colocam para as eleições do ano que vem? Quantos, com luz pró-
de molas que levavam ao alto. Isso, sem considerar a indústria da confecção, que vislumbrou condição de polo, mas não alcançou os resultados esperados e desidratou. Ficou mais difícil – Assim, se as principais plataformas produtivas de Campos entraram em decadência, naturalmente ficou mais difícil que desses mesmos setores surgissem novas lideranças. Como exceção, por assim dizer ‘salvando’ o município, tivemos o crescimento do comércio, do ensino e da construção civil. Mas neste ponto já estava formado um vácuo importante entre o que se perdeu e o que se ganhou. Vale salientar, ainda – e como ponto negativo –,
que ao longo desses anos Anthony Garotinho foi a única liderança de expressiva visibilidade formada no município e que hoje, perdido nos escombros das repetidas entradas e saídas da prisão, não lidera mais nada. Mas, não é esse o ponto. O ‘ponto’ mais negativo está bem atrás. Está na política menor, no consentimento de que oito eleições seguidas girassem em torno do ex-governador. Em outras palavras: a cidade não buscou outra alternativa senão apoiá-lo ou fazer lhe oposição – conceito tacanho, pobre, que remetia à subserviência ou à odiosidade gratuita, ambos incompatíveis com a tradição política desta terra.
Em várias frentes, sem olhar cor partidária e sem querer se meter nas administrações locais, trouxe inúmeras vezes presidentes da República e ministros a Campos – visitas as quais, invariavelmente, resultavam em benefícios para o município. E por esses tempos, quantos presidentes nos tem visitado? Hoje ou ontem? A resposta dispensa comentário. Longe de um texto saudosista, é realista. Perdemos liderança, representação e não substituímos aqueles que levavam nossas bandeiras. (* Pelo extensão do assunto, é provável que se desdobre numa segunda matéria).
Zezé Barbosa
pria, com discurso de vanguarda e que apontam o caminho da prosperidade – ao invés da lamentação – se apresentam ao eleitor? Como já salientado, a cidade precisa ver florescer novas lideranças o quanto antes – seja dos que já atuam na política, ou fora dela, com ou sem mandato, – mas que tenham a mente aberta para enfrentar os difíceis desafios ora postos com otimismo na dose certa, sem desvarios, mas, também, sem a acomodação do pessimismo.
Alair Ferreira com o ex -presidente Figueiredo
Raul Linhares
Nada impede, entretanto, que daqui a um, dois, ou três anos o panorama seja outro. Da mesma forma, é possível que neste momento alguma liderança possa estar se formando ou que surja, até mesmo, para o pleito de 2020. Mas, ainda que levando em conta a dificuldade financeira por que passa o município, terá que trazer um discurso inspirador e verdadeiro. Sem devaneio, o eleitor
precisa de falas que inspirem confiança, segurança e estabilidade. Para usar exemplos extremos, mas em homenagem à proporcionalidade, João Dória venceu a eleição para a cidade de São Paulo e em poucos meses virou a chave para um administração severa, objetiva e de resultados. Aqui ao lado, em São João da Barra, o governo da prefeita Carla Machado anunciou abertura de concurso públi-
co, o que, convenhamos, demonstra a ousadia da experiência indo na contramão da queda dos royalties. Assim, fica por óbvio – repetindo o já dito – ao povo é preciso sinalizar confiança e estabilidade. Mas, acima de tudo, é preciso dar esperança. Para Campos, hoje, esperança é a palavra chave. E há sempre um jeito de encontrá-la. O povo não quer ouvir problema, quer solução.
REALIDADE
O desgosto dos dias atuais A situação chegou ao ponto crítico em que se encontra graças a uma série de erros que sentenciou a incapacidade das instituições, das classes produtivas, da sociedade em geral e dos políticos em particular em construir novas lideranças. Não é culpa de Garotinho que a cidade gire
Padre Rosário
contra ele ou a favor dele. É culpa daqueles que aceitaram o papel de marionete e dos que não entendem oposição senão como instrumento raivoso e destrutivo. Os responsáveis são os que fizeram de tudo e mais um pouco para conquistar posição que não conseguiriam por seus próprios esforços
(aqueles que, sem luz, precisaram abelhar alguma do líder do ‘Muda Campos’) e depois, preteridos ou contrariados em seus interesses, passaram a lhe fazer insana oposição. Responsáveis, também, são todos quantos não distinguem valor de falta de valor. Que aplaudem com a mesma veemência que antes vaiavam. E
Severino Veloso
pulam de galho em galho como se a mudança casuística de opinião e de atitude não fosse algo deplorável. Por fim, responsáveis são, particularmente, os que insistem em contemplar o futuro de Campos olhando pelo retrovisor. É como repetir a mesma coisa, fazer do mesmo jeito, e esperar resultado diferente.
Edmundo Vaz de Araújo
Nomes que fizeram história na Câmara de Vereadores e marcaram época Importante deixar claro que não se está aqui fazendo comparações entre vereadores do passado e os eleitos nas últimas legislaturas. Ao contrário e muito além, o que se deseja é por em relevo que Campos, hoje à mingua de lideranças em quaisquer que sejam as esferas (e, como já dito, objeto de matéria anterior que faz desta acessória), já as teve de forma expressiva apenas no âmbito do legislativo local. Esclareça-se, ainda, que o ‘apenas’, longe de qualquer conotação depreciativa, tem por objetivo enfatizar políticos que, como vereadores, foram mais influentes e prestaram serviços mais significativos do que muitos deputados ou prefeitos. Daí reconhecidos, sem nenhum favor, como verdadeiras lideranças de Campos – cujos mandatos representaram o povo de forma larga, influen-
ciaram no executivo, com frequência recebendo de prefeitos grandes e difíceis missões legislativas.
Fizeram história em Campos
Esclareça-se, novamente, o seguinte: 1) Não se fala de nomes que passaram pela Câmara e depois galgaram outros cargos; mas apenas dos que não quiseram se candidatar a prefeito ou ao legislativo estadual ou federal; 2) São muitos os que merecem o destaque aqui enfatizado. Contudo, em tempos que não havia internet e que só uma pesquisa aprofundada evitaria omissões – o que não é o caso – citamos apenas alguns representantes deixando registrado e pedindo desculpas pelas inevitáveis omissões; 3) Para que não se deixe na superficialidade quando se fala em ‘lideranças da Câmara’, diz-se daqueles que
teriam votos de sobra para concorrer a outros cargos, bem como de vereadores que, com o peso eleitoral que dispunham, ajudaram substancialmente a eleger prefeitos e deputados. 4) Por fim, nem precisa dizer que seja aqui ou em qualquer lugar do Brasil, há inúmeros exemplos de prefeitos, deputados e até governadores que nunca alçaram condição de líderes, geralmente tendo o mandato lhes caído no colo. Enquanto vereadores exerceram, sim, expressiva liderança política. Nomes que foram destaque Padre Rosário – Eleito pela primeira vez em 1947, seria preciso um extenso volume de texto para descrever a atuação política do Padre Antonio Ribeiro do Rosário e sua influência. Para se ter ideia, foi vereador por nove vezes consecutiva. Líder nato, identi-
ficado como poucos com numerosa fatia da população, foi imprescindível na eleição e na governabilidade de vários prefeitos. Quer na tribuna, quer nas missões que recebia, foi um gigante. Teve atuação destacada nas comissões técnicas de realizações públicas do executivo, sem prejuízo de suas obrigações sacerdotais. Homem de vasta cultura, foi fundador do Colégio Eucarístico, da Igreja do Saco e da Igreja Santa Terezinha. Severino Veloso – Com mais de 30 anos na Câmara, ex-bancário, ex-presidente do Automóvel Club Fluminense e fazendeiro, Severino Veloso de Carvalho Neto foi outro nome de extenso prestígio na Câmara, da qual foi presidente por várias legislaturas. Elegeu-se em 1958 e nunca perdeu eleição. Várias vezes instado a candida-
tar-se a prefeito, não quis. Preferia influenciar em favor dos temas que defendia e consolidou sua liderança como fiel representante da população, não raro se agigantando quando alguma crise abalava a cidade. Edmundo Vaz de Araújo, Edgard Coelho dos Santos, Hermeny Coutinho, Edson Coelho dos Santos, Admardo Gama, Ederval Venâncio... – Pelos motivos já ditos, impossível citar todos os vereadores que por várias legislaturas empunharam como bandeiras os assuntos de interesse do município, bem como a habilidade e talento usados no desempenho de suas funções. Resta evidente, trata-se aqui, também, de homenagear alguns poucos, entre tantos, a quem muito a cidade de Campos deve. E realçar, com evidência irrefutável, o quanto o município está carente de líderes.
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Pastor
Adonias Júnior
O novo pastor da 2ª Igreja
Vindo do Espírito Santo para substituir Éber Silva na maior congregação Batista de Campos Girlane Rodrigues Ex-militar da Força Aérea Brasileira, hoje pastor sênior da Segunda Igreja Batista de Campos, uma das maiores e mais tradicionais de Campos. Adonias Júnior tem 38 anos, é casado com a psicoterapeuta Aline Alves e é pai de Maria Eduarda e Mariana. Assumiu neste início de 2020 o ministério pastoral em substituição a Éber Silva, que foi jubilado.
Adonias é filho de pastor, nasceu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense e já atuou como pastor sênior em Juiz de Fora (MG), na Baixada Fluminense e também na cidade de São Mateus, no Espírito Santo. Ele conheceu Campos ainda criança, época em que passava férias na casa de parentes. Agora, mora na cidade e lidera quase 2 mil pessoas na Se-
gunda Igreja Batista. Formado em Teologia e Administração, Adonias foi aprovado em concurso público na FAB no ano de 1998 e entregou a farda em 2006. Nessa entrevista, ele fala sobre os desafios à frente da nova igreja e política, caminho que, segundo ele, decidiu nunca trilhar. Mas o que mais gostou de contar foi sobre sua paixão ministerial.
Foto: Divulgação
Para uma geração chamada de nativos digitais, penso que podemos nos tornar relevantes também anunciando o evangelho nas redes sociais
Cada pastor tem seu DNA ministerial próprio, resultado não apenas de estudos, mas também de experiências pessoais com Deus
suas ovelhas, mas que promove uma revolução, transformando cenários e restaurando histórias, lapidando personalidade e conformando o caráter de pessoas simples ao caráter de Cristo. Esta é a minha paixão ministerial!
O Sr. assumiu há poucos dias uma das igrejas mais importantes e tradicionais de Campos, a Segunda Igreja Batista. O que isso representa para o Sr? Um grande privilégio! A Segunda Igreja Batista de Campos tem, ao longo dos anos, cumprido a missão de exaltar o nome de Jesus, participando na transformação da história de inúmeras pessoas preciosas para Deus.
Sei que o Sr. é bastante adepto às redes sociais e solidifica seu ministério pela internet. É uma ferramenta para atingir a um público específico? Tenho aprendido, ao longo de minha jornada pastoral, que é imprescindível a um líder fazer a leitura correta do tempo em que está imerso. Para uma geração chamada de nativos digitais, penso que podemos nos tornar relevantes também anunciando o evangelho nas redes sociais.
Como foi o processo de sucessão pastoral e como surgiu o seu nome nessa ação? Em uma igreja Batista, é eleita uma comissão (denominada comissão de sucessão pastoral), que recebe as indicações de nomes feitas pelos membros, e a partir de um perfil pré-estabelecido, aponta o candidato a ser considerado. Foi desta forma que o meu nome passou a ser trabalhado como um candidato em potencial a assumir a presidência da SIB Campos. O Pr. Éber Silva, a quem o Sr. substituiu deixou um legado na instituição. Que mudanças o Sr. pretende implementar para deixar a igreja com sua identidade, digamos assim? Cada pastor tem seu DNA ministerial próprio, resultado não apenas de estudos, mas também de experiências pessoais com Deus. Acredito que o chamado de Deus para este tempo é que a SIB Campos seja caracterizada como uma comunidade de fé profunda (no relacionamento com Deus e no relacionamento interpessoal), leve (pois não precisamos de mais regras, mas de uma obediência irrestrita aos mandamentos de Deus) e funcional (usando toda a estrutura para servir às pessoas, e não o contrário). O corpo eclesiástico da Segunda Igreja Batista é grande, fale um pouco sobre ele... Viver o ministério pastoral é ter a certeza de que não somos donos, mas apenas mordomos. E isso implica acreditar que as pessoas que estão conectadas à igreja que pastoreamos são ovelhas do Supremo Pastor. Sinto-me grato, diante do verdadeiro dono da igreja, trabalhar ao lado de gente qualificada, mas acima de tudo devota a Jesus Cristo. Como foi a sua conversão ao Protestantismo? Apesar de ser filho de pastor e ter nascido em um lar cristão, minha conversão se deu no início da juventude, quando decidi não mais viver debaixo da fé dos meus pais, mas confessar Jesus Cristo como meu salvador e crucificar minha autonomia fazendo Dele também o Senhor da minha vida. Apesar de jovem, o Sr. possui bastante experiência como pastor. Por onde o Sr. passou an-
tes de chegar a Campos e que cargos já ocupou nas igrejas por onde atuou? Iniciei o ministério pastoral bem jovem, passando por Juiz de Fora (MG), Baixada Fluminense (RJ), São Mateus (ES) e, agora, Campos dos Goytacazes. Apesar de ter exercido a função de pastor sênior em todas as igrejas por onde Deus me permitiu passar, cada uma delas possuía características bem distintas. Acredito que essas diversidades me possibilitaram uma visão maximizada do que uma igreja local pode ser diante dos desafios hodiernos. Qual a passagem bíblica que mais toca o Sr? Por quê? Mateus 6. 25-33, pois me encoraja todos os dias a permanecer sob a direção de Deus e tratar como prioridade o que é prioridade para Deus. Ser pastor é uma função nobre e só pode ser executada debaixo da condução do Espírito Santo. Você é um apaixonado por sua vida ministerial. Fale sobre isso... Vivo e sobrevivo para contribuir a fim de que Deus construa uma Igreja menos isolada do mundo no qual ela está inserida, mas também menos influenciada pelos valores mundanos que a cercam. Vivo e sobrevivo para fazer parte de uma Igreja mais relevante às necessidades da sociedade, mais compassiva, mais direcionada a alcançar pessoas, em vez de apenas entreter com suas
múltiplas atividades. Vivo e sobrevivo para um dia me tornar, juntamente com cada um de vocês, uma Igreja menos materialista, porém mais redentora, mais transformadora. Vivo e sobrevivo para ser uma Igreja que funciona como Igreja não apenas no domingo, mas também nos outros seis dias da semana, uma Igreja que continua sendo Igreja além do estacionamento da Igreja, uma Igreja onde a celebração é um transbordar da vida e presença de Jesus, uma Igreja que não apenas canta algo acerca de Deus, mas acima de tudo canta para Deus, uma Igreja que adora genuinamente e não apenas observa. Vivo e sobrevivo para participar de uma igreja viva, apaixonada por Jesus, altamente frutífera, onde cada pessoa é chamada e capacitada por Deus para influenciar outras a seguirem Jesus, uma igreja cuja essência não se limita ao prédio que possui, uma igreja que desfruta de relacionamento significativo e saudável, relacionamento que permanece em tempos desafiadores. Vivo e sobrevivo para participar de uma Comunidade de Fé, onde o pecado é tratado seriamente, onde a glória é dada somente a Jesus, onde o ensinamento é bíblico, uma igreja onde a adoração é dinâmica, onde os dons espirituais são utilizados, onde a comunhão é intensa, onde a evangelização é eficiente e eficaz, onde as celebrações são alegres e festivas. Vivo e sobrevivo pela visão de uma igreja influente na sociedade, que não se corrompe, que não negocia princípios, que não comercializa
No atual cenário político do Brasil, em que cristãos têm ocupado cada vez mais cadeiras no Congresso Nacional, o que o Sr. pensa sobre essa representatividade, visto que muitos brasileiros defendem a ideia de que isso se trata de uma ameaça ao Estado Laico? Minha decisão em votar em um candidato é fundamentada em sua história de vida, idoneidade e projetos de trabalho. Acredito que todo cidadão deva exercer sua capacidade de decisão, escolhendo aqueles que melhor representarão a cosmovisão que possui. Isso ultrapassa, em minha opinião, qualquer outra perspectiva de escolha política que se deve fazer. Por conta da influência cristã na política, a igreja e os cristãos recebem muitas críticas e até ataques. Isso te incomoda de alguma forma? A mim, não incomoda. Não é inteligente nivelar por baixo, acreditando que o mal comportamento de um cristão representa todos os discípulos de Jesus. Acredito que devemos e podemos usar tudo o que recebemos para influenciarmos positivamente esta geração com os princípios do Reino de Deus. Alguns serão motivos de alegria, outras serão motivos de vergonha. Porém a Bíblia diz que no final, cada um prestará contas de suas respectivas ações. 12- O Sr. já atuou na política alguma vez ou tem alguma pretensão de que isso aconteça? Não atuei e não atuarei. A ordem que recebi foi pastorear o rebanho de Deus. Desde que decidi crucificar minha autonomia e viver integral e incondicionalmente para o ministério, também decidi considerar qualquer outra atividade como menos importante. Não se trata de “pretensão”, mas de uma decisão. A maior tragédia em minha vida será perder a voz profética por ter me envolvido em avenidas paras as quais eu não fui chamado a realizar.
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Operação "Tapa-Buracos" é urgente
Cidade sofre com o período de chuvas que aumenta consideravelmente os danos nas ruas e os riscos para motoristas Fotos: Carlos Grevi
Da Redação Todos os dias quem passa pelas ruas de Campos, sejam as do Centro ou dos bairros mais afastados, sofre por causa de um problema muito antigo: a grande quantidade de buracos espalhados pela cidade. Esse problema já ocorre há anos e mesmo com ações conhecidas como ‘operações tapa-buracos’, eles continuam sendo vistos pela cidade. A reportagem do Terceira Via percorreu algumas ruas de Campos e encontrou buracos em vários trechos. Avenida Pelinca, avenida José Alves de Azevedo, Rua Tenente-Coronel Cardoso (Formosa), Rua Cora de Alvarenga, Rua Gastão Viana Sampaio (prolongamento da Formosa, após Avenida Arthur Bernardes), Avenida Dr. Felipe Uebe e Conselheiro Thomáz Coelho são apenas algumas das inúmeras ruas em que os motoristas precisam ter atenção redobrada. Acidentes e prejuízos Os transtornos causados pelos buracos ou tampas de bueiros desniveladas variam e vão desde prejuízos financeiros com peças de carros e motos quebradas até mesmo a acidentes mais graves que podem levar à morte. O motoboy Sérgio Gomes percorre várias ruas da cidade todos os dias. Ele sabe do risco da profissão e prefere deixar de trabalhar em algumas situações a se expor ainda mais aos
casa e quando eu vi, já estava daquele tamanho. Já vieram uns funcionários e cercaram em volta, mas nada além disso foi feito. Estou querendo fazer uma garagem na minha casa, mas não posso por causa do tamanho desse buraco aqui na frente. Além disso, tem um péssimo cheiro e também atrai muitas moscas e baratas, porque passa esgoto dentro dele. E o cheiro é horrí-
lha em frente ao local onde um buraco foi aberto após as chuvas de outubro do ano passado, também buscou uma opção para evitar acidentes na área. Este buraco fica na Rua Caldas Viana, antes do cruzamento com a Rua Domingos Viana, local de grande movimentação. “O buraco está ficando cada vez maior e apareceram outros dois do lado. Colocamos uma sinalização improvisada de madeira para tentar ajudar os motoristas e motociclistas a enxergarem, mas não resolveu. Já vimos muitos motociclistas que bateram e quase caíram. Chegamos a ver uma equipe da prefeitura tapando um bu-
Posição da prefeitura Em nota, a Prefeitura de Campos informou que a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana está ciente da necessidade de intervenções em todos os locais citados e vai viabilizar os reparos, assim que houver disponibilidade de recursos. Eu sou de Campos, mas atualmente moro no Espírito Santo e venho aqui às vezes. Percebo que aqui tem muito mais buracos. A diferença é nítida. Dá para perceber que a cidade está maltratada. Além disso, meus amigos e conhecidos sempre comentam dos problemas daqui causados pelos buracos. Paulo Coutinho, mecânico
Cidade esburacada | Buracos surgem na áreas nobres e periféricas causando prejuízos aos cidadãos campistas
perigos. “A gente tem que ter o dobro de atenção, porque a gente às vezes desvia de um buraco e vem um carro e já era. A prefeitura não toma conta disso, não sei o que acontece. A cidade está toda cheia de buracos. Em dia de chuva eu nem trabalho, porque a gente que faz entrega de moto, pode entrar em uma poça de água, afundar e se machucar gravemente. De noite eu também não trabalho por causa disso. Recebo por entrega, mas prefiro ficar sem receber a correr riscos, explicou. Enquanto Sérgio tenta alternativas para não sofrer um acidente, a comerciante Alexsandra Pessanha, que traba-
vel”, desabafou a comerciante Zenir da Boa Morte.
raco aqui perto... fomos lá, avisamos e pedimos que viessem aqui também, mas não deram resposta nenhuma até agora”, lembrou. Buraco ainda maior que esse e uma verdadeira cratera, que se abriu há mais de um ano e meio no bairro Esplanada, tem causado indignação e transtornos aos moradores. Aberto na Rua Gregório Marcolino Rosa, próximo da esquina com a Rua Pedro Roque, o buraco já ‘engoliu’ até mesmo um animal. “Recentemente caiu um cavalo aqui dentro e precisaram chamar os bombeiros para retirá-lo daqui. A gente fica sem saber o que fazer. O buraco abriu bem na frente da minha
Com tantos buracos, eu passo por prejuízo direto. Está muito complicado, não tem carro que aguente. O amortecedor vive quebrando, fora os sustos que passamos. Robson Moreira, motorista de transporte por aplicativo
Esses dias vi uma menina que caiu em uma moto e veio parar aqui na esquina que eu trabalho por causa de um buraco. Acho que ela não conseguiu ver em tempo e ela ‘voou’ muito longe. Fora os carros que batem nesse buraco sempre e fazem um barulho enorme. Regina Rosa, vendedora
Verão pede atenção e cuidado no mar
Número de atendimento do Corpo de Bombeiros aumentou nas praias da região em relação a última temporada Fotos: Carlos Grevi
Kamilla Póvoa O verão é motivo para ir às praias. A estação é perfeita para aproveitar as águas, mas é necessário prudência para que a diversão não se torne um caso de afogamento. Para prevenir situações de riscos, o 5° Grupamento de Bombeiro Militar, em Campos, deu dicas para os cuidados que os banhistas devem ter ao entrar em rios, mares, lagoas e piscinas. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, o número de atendimentos na água não param de subir. No ano de 2018 até o fim do verão 2019, o órgão contabilizou 839 chamados. No mesmo período, entre março de 2019 até o dia 23 de janeiro de 2020, o número aumentou para 1135. No dia 19 de janeiro de 2020, a pequena Kamilly Rodrigues, de 7 anos, foi arrastada por uma onde quando brincava na areia da praia do Farol de São Thomé com a família. O corpo dela foi encontrado no Açu, dois dias depois, numa operação resgate conjunta entre o Corpo de Bombeiros e a Marinha. Ainda em Farol, no início do ano, um homem se afogou e desapareceu nas águas. Apesar das buscas do Corpo de Bombeiros, ele não foi encontrado. As águas podem surpreender, por isso redobre o cuidado. Algumas ações simples podem evitar transtornos na hora da curtição. Mas para não acabar com a festa antes da hora, é sempre bom lembrar de outros cuidados básicos: filtro solar, hidratação, alimentação adequada e bom senso não fazem mal a ninguém. Confira as dicas: - Todas as vezes que o banhista chegar à praia deve procurar as orientações com os guarda-vidas do Cor-
Sinalização no mar | Novas cores de bandeiras passaram a compor o sistema de alerta e define o grau de perigo
po de Bombeiros de serviço no local. Procure sempre frequentar os locais da praia que dispõem de posto de guarda-vidas; - Sinalização de placas: Nesta operação de 2019/2020 foi instituído seguindo o padrão internacional, uma nova sinalização dos perigos no mar, nas praias de todo litoral fluminense; São quatro bandeiras Vermelha - Alto risco de afogamento Amarela - Médio risco de afogamento Verde - Baixo risco de afogamento Roxa - Presença de animais
marinhos - Deve-se evitar ingestão de bebida alcoólica antes de entrar no mar. Assim como evitar entrar no mar ou piscinas após uma alimentação muito pesada; - Os banhistas devem evitar a utilização de câmaras-de-ar de pneus, colchões infláveis ou outro objeto inflável que não seja para uso específico e seguro no mar e em piscinas. Estes materiais dão uma falsa sensação de segurança e podem ocasionar acidentes; - Em caso de afogamento em mares, a pessoa deve observar onde está o banco de areia e tentar nadar em direção ao banco de areia que está ao
lado de uma possível vala. O banco de areia é o local mais raso e não tem a corrente de retorno que forma uma corrente de águas que retornam ao mar depois que as ondas quebram na areia. O ideal é que sempre antes de entrar no mar, o banhista busque informações com os guarda-vidas; - Em caso de avistar alguém se afogando evite entrar na água para tentar salvar essa pessoa, pois poderá se tornar mais uma vítima. Essa prática é arriscada e somente profissional com técnicas próprias de salvamento aquático são habilitados para efetuar o salvamento em ambiente aquático. Nesse caso, o indicado é que
disponha de algum objeto flutuante, cordas, pedaços de madeira, isopor ou qualquer outro objeto que forneça sustentação a essa vítima na superfície para que esta vítima de afogamento não venha a afundar, não tire os olhos da vítima e chame por socorro através do telefone 193; - Outras orientações estão relacionadas à identificação de crianças com pulseiras contendo informações dos pais, como nome e telefone, que é de extrema importância para se obter identificação rápida no caso de crianças perdidas; - Uma boa alimentação, com bastante hidratação, uso de protetor solar, barraca de praia e/ou camisa de proteção UVA, além de óculos escuros ou boné são outros cuidados que os banhistas devem tomar para se evitar problemas devido ao sol e o calor; - Respeitar as placas de sinali-
zação e os avisos dos guarda-vidas; - Para as crianças menores de 10 anos e que ainda não têm uma boa capacidade natatória, o ideal são os coletes salva-vidas ajustados ao tamanho da criança. Outros tipos de boias, como aquelas presas somente ao braço da criança ou as boias redondas que ficam na cintura da criança, não são ideais e podem soltar facilmente e ocasionar o afogamento; - Em caso de prática de natação em águas abertas, procurar nadar sempre paralelo a areia e próximo da praia. O Corpo de Bombeiros está com um efetivo de guarda-vidas atuando nas praias de Grussaí e Atafona, no litoral de São João da Barra, e na praia campista de Farol de São Thomé. Além disso, estão sendo utilizadas moto-aquáticas, quadriciclos, e veículos do tipo pickup 4x4. Foto: Divulgação
Alerta | Equipamentos de guarda-vidas ficam preparados para emergência
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Saúde
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Prevenção ao câncer de colo do útero Uso de preservativo e a vacina contra o HPV evitam o surgimento da doença que mata Letícia Nunes Janeiro tem as cores branco, roxo e também verde. A última identifica a campanha de alerta para o câncer de colo do útero, a quarta causa de morte de mulheres no país. Este é o terceiro tipo de tumor mais frequente na população feminina, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Anualmente são registrados mais de 16 mil novos casos no país, com cerca de 5 mil mortes. A iniciativa Janeiro Verde partiu da Sociedade Brasileira de Cancerologia visando exatamente à prevenção, em razão do alto índice de tumores de colo do útero e sua ligação direta às condições socioeconômicas da população e a falta de campanhas efetivas de prevenção e detecção precoce da doença. Como evitar O câncer de colo do útero é causado pelo vírus HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) somado a outras condições que ajudam no desenvolvimento do tumor, como obesidade, tabagismo, estresse, falta de atividade física, consumo excessivo de bebida alcoólica e baixa imunidade. Porém, há duas maneiras principais de evitar o surgimento da doen-
Foto: Silvana Rust
ça: o uso de preservativo nas relações sexuais e a vacina contra o vírus, disponível na rede pública de saúde para meninas e meninos. Segundo a ginecologista e obstetra, Dra. Manuela Azevedo, a iniciativa de conscientização com a caracterização dos meses por cores é válida justamente para a reflexão, mas deve-se entender ainda que o cuidado com a saúde, principalmente da mulher, tem que acontecer o ano inteiro. Doença silenciosa “O câncer de colo do útero só perde em incidência para o de mama e para o câncer de colorretal, que são mais prevalentes. Esse tumor acomete essa parte do útero que chamamos de colo, porque a região é dividida basicamente em duas partes: o corpo e o colo do útero. No entanto, o câncer do corpo do útero é mais raro, está em oitavo lugar no ranking de número de casos. Já o principal causador do câncer do colo do útero é o vírus HPV, que é transmitido justamente durante a relação sexual, aliado aos fatores de risco”, explica. A especialista ainda esclarece que se trata de uma doença muito silenciosa e, quando a mulher nota os sintomas, o câncer já atingiu
Dra. Manuela Azevedo | Homens e mulheres devem tomar a vacina
um estágio mais avançado, tendo muitas vezes baixas chances de cura. “O que temos que destacar sempre como meio de prevenção básica para esta e
outras doenças sexualmente transmissíveis é o uso do preservativo durante as relações. Temos que frisar isso desde a adolescência, porque não podemos esquecer.
Uma vez a mulher contaminada não tem como voltar atrás. Já quando falamos de cura para o câncer de colo do útero é muito relativo. Muitas vezes, a gente faz o exame para detecção e o vírus não está presente naquele momento. A cura vai depender justamente do momento em que é feito o diagnóstico, assim como o tipo de tratamento. Em estágio inicial, podemos fazer um método sem muitos efeitos colaterais e a mulher não vai ter problemas futuros para engravidar. Mas, se for diagnosticado em um estágio mais avançado, o tratamento fica muito mais dificultoso. Existe a cirurgia e, muitas vezes, um complemento com a quimioterapia e a radioterapia, que fica muito mais pesado para mulher”, esclarece. Exame preventivo nas mulheres A infecção genital pelo vírus HPV é muito frequente e não causa a doença imediatamente, entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem, sim, evoluir para o câncer. Por isso, é extremamente necessária, de acordo com a médica, a realização do exame preventivo, mais conhecido também como Papanicolau, periodicamente a fim de diagnosticar determina-
das alterações. A vacinação e a realização da avaliação se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Vacina na rede pública “O exame preventivo é o principal para a detecção precoce de qualquer tipo de alteração na região genital feminina. E ainda com o risco ou suspeita de câncer de colo do útero, trata-se de um aviso a todas as mulheres para que façam esse exame periodicamente”, lembra. Vacina contra o HPV O HPV é um vírus que atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões precursoras de câncer, como o de colo de útero, garganta ou ânus. A vacina é o segundo principal meio de prevenção e o mais efetivo. As doses estão disponíveis na rede pública de saúde e são aplicadas em meninos, de 11 a 14 anos, e em meninas, na faixa-etária de 9 a 14 anos. Homens e mulheres adultos também podem se vacinar, mas em clínicas particulares. “A vida sexual tem começado precocemente, por isso que a vacina está aí, justamente para prevenir antes que essas crianças e adolescentes começarem ter o contato sexual”, justifica a Dra. Manuela.
Grupo Outside Maior Empresa de Mídia Externa do Interior do Estado Outdoor nos tempos modernos Como e o que fazer para que os clientes saibam que seu negócio existe? Um dos mais eficientes meios de divulgação são, sem sombra de dúvidas, o outdoor e os painéis. São milhares de pessoas diariamente circulando pelas cidades e pelas estradas e estas placas gigantescas chamam a atenção, especialmente se trabalhadas com bom gosto e criatividade. Apesar de ser uma estratégia tradicional, o outdoor e os painéis continuam sendo a mais eficiente maneira de divulgação e marketing. Não importa se você está dentro de um carro, em um ônibus ou mesmo andando, a verdade é que não tem como não perceber um outdoor ou um painel em um lugar estratégico e com conteúdo inteligente.
Vantagens do outdoor Além dessa facilidade existem outras vantagens que eles proporcionam ao cliente. São elas: • As propagandas está sendo exibidas 24 horas por dia para todas as pessoas que passarem pelo local onde está instalado;
Como tudo começou A utilização da propaganda nas ruas é mais antiga do que se pensa.
doors parecidos com os atuais, onde o Estado e a Igreja anunciavam à população as feiras,
Muito antes de Cristo, na Mesopotâmia, anúncios eram escritos em grandes pedras para a venda de vinhos.
festas públicas, convocação de homens para guerras e até esclarecimentos sobre as doenças que assolavam as cidades.
Na Roma Antiga, o próprio Império instalava mural nas vias públicas onde a população
No final do século XVIII, a propaganda tomou corpo em função da tecnologia que permitia a impressão de grandes anúncios e foi a partir do século XIX que o outdoor passou a fazer parte
poderia anunciar seus negócios, escrevendo com pedra carvão o que procuravam ou estavam vendendo.
das ruas e estradas.
Já na Idade Média surgiram os primeiros out-
• Pode ser direcionado a um público específico no que se refere à região geográfica, no entanto, atinge a todas as classes sociais e faixas etárias; • Pode ser adaptado de acordo com as necessidades de determinado público ou região, inclusive nos formatos, dimensões e formas de uso; • A visibilidade é garantida e facilitada, afinal, é grande, colorido e está na sua rota de visão; • É um modelo que possui um melhor custobenefício que outras mídias de massa e sua produção também têm baixo custo.
O outdoor no Brasil Em agosto de 1929, na cidade de São Paulo, surgiu a primeira empresa exibidora de publicidade via outdoor no Brasil. A criatividade tomou conta e a população se agitava quando viam as colagens de uma nova mensagem nos outdoors. O comércio percebeu a facilidade em atrair clientes e até mesmo o teatro e o cinema se aproveitava dos benefícios para divulgarem a sua arte. Legislações e regulamentações foram criadas e hoje o outdoor é um dos melhores meios de comunicação exterior em massa no mundo e no Brasil. De lá para cá, o outdoor ganhou força e, consequentemente, visibilidade por parte dos empreendedores.
O futuro do outdoor
Grupo Outside
Independente do crescimento da mídia digital, a mídia externa e a propaganda de massa continuam e continuarão fazendo sucesso como opção de divulgação, exemplo disso é o Google, um dos principais anunciantes de mídia externa. Boas ideias, formatos que chamam a atenção e exposição em lugares estratégicos fazem parte dos detalhes para que se atinjam os resultados desejados. O outdoor é um excelente propagador de produtos e serviços e, em conjunto com as mídias digitais, torna-se uma poderosa ferramenta de vendas. Um outdoor de qualidade deve ter um ótimo designer para chamar a atenção e precisa impactar o cliente no momento em que ele está trafegando. Portanto, é fundamental um conteúdo objetivo e claro. É, definitivamente, um excelente canal de captação de clientes, pois desperta o interesse junto ao público alvo. O Grupo Outside é um exemplo de sucesso quando o assunto é outdoor e mídia externa.
O Grupo Outside atua em Campos e região há mais de 25 anos, sendo reconhecida por sua qualidade, seu compromisso e transparência. Colaborando para que seus clientes tenham sucesso e divulguem suas marcas e produtos. Pioneira na região, conhecedora dos detalhes e das técnicas, em função da grande experiência adquirida, o Grupo Outside também oferece aos seus clientes além dos tradicionais outdoors; Busdoor, Vandoor, Taxidoor, Led, FrontLigth e Empenas. Além da mídia externa, o Grupo Outside tem profissionais especializados em prestação de serviços em atendimento, agência de publicidade, produtora de vídeos, produção de eventos, ações promocionais, marketing de políticos e mídias digitais, o que possibilita ao cliente os melhores resultados em suas campanhas. “São mais de 25 anos de trabalho, com milhares de clientes atendidos. E continuamos ampliando nossa cobertura em vários municípios e estados do Brasil.” Afirma o diretor do Grupo Outside, Edvaldo Mendonça.
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Audiência
Lewis Hamilton superará os recordes de Michael Schumacher? Os dois são do signo de Capricórnio e nasceram entre os primeiros sete dias de janeiro, mas as coincidências entre Lewis Hamilton e Michael Schumacher não param por aí. Com o título de campeão conquistado por Lewis Hamilton em 2019, ele dispara, junto com Michael Schumacher, como os maiores campeões da competição. Schumacher possui 7 títulos mundiais, conquistados em 1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004. Hamilton possui 6 conquistas semelhantes, em 2008, 2014, 2015, 2017, 2018 e 2019. Hamilton alcançará e superará os recordes de Schumacher? Michael Schumacher é alemão, nascido no dia 03 de janeiro de 1969, está com 51 anos. Correu por 19 anos na Fórmula 1, de 1991 a 2006 e de 2010 a 2012. De 1991 a 1995, ele correu pela equipe Benetton. De 1996 a 2006, ele passou a defender a Ferrari. Após três anos afastados, Schumacher voltou à Fórmula 1 em 2010, e correu até 2012 pela Mercedes-Benz. Aposentou prestes a completar 44 anos de idade. Lewis Carl Davidson Hamilton é inglês, nasceu no dia 07 de janeiro de 1985, está com 35 anos, tem a mesma altura de Schumacher, 1,74. É o primeiro piloto negro a correr na categoria. Hamilton está na Fórmula 1 há 13 anos, desde 2007. De 2007 a 2012, ele correu pela McLaren. Desde 2013 ele está correndo pela equipe Mercedes-Benz. Se ele se aposentar com a mesma idade de Schumacher, Hamilton tem ainda mais 9 anos pela frente. Schumacher e Hamilton foram hexacampeões com a mesma idade, 34 anos e 9 meses. Schumacher em 2003 e Hamilton em 2019. Vamos aos números: Schumacher participou de 308 corridas, teve 91 vitórias, subiu ao pódio 155 vezes, fez 68 pole-positions. Em relação à volta mais rápida, foram 77. Por 22 vezes, fez a pole-position, venceu a corrida e fez a melhor volta. Sobre a vitória largando da pole, foram 40. Sua primeira corrida foi no GP da Bélgica, em 1991, e a sua última corrida no GP do Brasil, em 2012. Hamilton participou até então de 250 corridas, tem 84 vitórias, subiu ao pódio 151 vezes, foram 47 voltas mais rápidas da corrida. Por 15 vezes, fez a pole-position, venceu a corrida e fez a melhor volta. Com 88 pole-positions e 50 vitórias largando da pole, estes foram dois dos poucos quesitos que Hamilton já ultrapassou Schumacher. A sua primeira corrida foi no GP da Austrália de 2007, e a sua última corrida, até então, foi no GP de Abu Dhabi, no final do ano passado.
continuar o processo de reabilitação. A sua família, porém, mantém o estado de saúde de Michael Schumacher em segredo. Assim como as poucas pessoas que têm acesso à casa de Schumacher, falam pouco sobre o estado de saúde do heptacampeão. Em 2016, Sabine Kehm declarou: "Michael desenhou uma linha clara entre sua vida pública e privada, que sempre foi aceita pelos fãs e mídia. A decisão de proteger sua privacidade foi tomada em interesse do próprio Michael. É por isso que agora eu quero cumprir seus desejos e não deixar que nada saia". Porém, ainda em 2016, o arcebispo alemão Georg Gänswein, afirmou à revista Bunte, que esteve com o ex-piloto: “Sentei na frente dele, segurei as duas mãos e olhei para ele. Seu rosto só está um pouco mais cheio. Ele sente que pessoas amorosas estão ao seu redor, cuidando dele”, declarou. O único brasileiro que tem acesso ao Schumacker, é o Felipe Massa, mas ele nada manifesta sobre a situação do ex-piloto: "Eles preferem deixar tudo entre eles", finalizou Massa. Segundo o jornal inglês Daily Mail, o ex-piloto não está em coma, nem respira com a ajuda de aparelhos. O francês Jean Todt, ex-chefe de Schumacher na Ferrari e atual presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), deu outros detalhes ao jornal alemão Auto Bild: “Sou cauteloso quando digo alguma coisa, mas é verdade que eu vi o Grande Prêmio do Brasil de 2018 e o Grande Prêmio da Alemanha de 2019, na Suíça, com Michael Schumacher”, concluiu. O neurocirurgião Nicola Acciari, do hospital de Bologna, na Itália, segundo a revista Mo-
torsport, afirmou: “Devemos imaginar uma pessoa muito diferente daquela que lembramos nas pistas, com uma estrutura orgânica, muscular e esquelética muito alterada e deteriorada.” Ano passado, de acordo com o jornal francês Le Parisien, Schumacher foi levado para o Hospital Georges-Pompidou, em Paris, na França, para tratamento. O ex-piloto foi à capital francesa para ser submetido a transfusões de células-tronco, com o intuito de se obter uma ação “anti-inflamatória sistêmica”. Os questionamentos sobre o estado de saúde de Schumacher foram inúmeros no ano passado, momento em que o filho do alemão, Mick, chegou à Fórmula 2. Aos 20 anos, o piloto alemão vai para a segunda temporada na Fórmula 2 neste ano, e planeja a promoção para a Fórmula 1, já em 2021. Membro da academia de pilotos da Ferrari, Mick se esquiva das perguntas sobre o seu pai e mantém sigilo sobre o assunto. "Ele é o melhor e sempre será. Sempre será o melhor da história porque foi o primeiro a fazer as coisas", declarou, em entrevista ao jornal francês L'Equipe. Corinna Betsch, esposa de Schumacher, falou pela primeira vez à imprensa sobre o caso, foi no final do ano passado, para a SHE.: “Estamos seguindo os desejos de Michael ao manter um assunto tão delicado, como a saúde, em privacidade. Agradecemos muito as mensagens de todos.” Corinna prosseguiu: "Schumacher fez tudo por mim. Nunca vou esquecer quem eu tenho que agradecer, e essa pessoa é o Michael. Ele está nas melhores mãos possíveis, e estamos fazendo tudo para ajuda-lo”, finalizou.
A audiência da Fórmula 1 cresce e o Brasil é destaque! Esta informação eu recebi nesta última semana do Diretor de Imprensa do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, o jornalista Castilho de Andrade. No comunicado, Castilho relata: “A Liberty Media (empresa promotora da categoria) divulgou nesta terça-feira, 21/01, o resultado da audiência da Fórmula 1 em 2019 e os números são alentadores: crescimento de 9% em relação ao ano passado, o maior desde 2012. O Brasil segue como o maior mercado seguido por China, Alemanha, EUA e Itália. As corridas com maior audiência foram as do Brasil, Mônaco, Itália e Alemanha, superando os 100 milhões de espectadores.” Castilho prossegue: “A audiência acumulativa da F1 em 2019 chegou a 1,9 bilhões enquanto a individual ficou em torno de 471 milhões.” Ele finaliza: “Outro detalhe importante: o crescimento nas redes sociais (32,9%) foi o maior de todas as modalidades esportivas. A Fórmula 1 fan base acusou um crescimento nos últimos dois anos de 62% de entusiastas de menos de 35 anos. China com 81,3 milhões e Brasil com 54,7 milhões são os líderes desse segmento.”
Ferrari F2002 pilotada por Michael Schumacher, foi leiloada por pouco mais de US$ 6,6 milhões
Calendário 2020 da F1
Nas 22 etapas deste ano, há grandes chances de Lewis Hamilton igualar ao Michael Schumacher em números de títulos mundiais, além de superá-lo em outros quesitos, como número de vitórias e quantidade de vezes que subiu ao pódio.
Mick Schumacher, que está na F2, deve seguir para a Fórmula 1 em 2021
Como está Schumacher hoje? Seis anos após o acidente de Schumacher, durante as suas férias, em 29 de dezembro de 2013, quando esquiava na estação de Meribel, no sul da França. Schumacher bateu a cabeça numa pedra, mesmo de capacete, sofreu graves lesões cerebrais, entrando em estado de coma. No dia 16 de junho de 2014, a sua assessora de imprensa, Sabine Kehm, informou, em comunicado, que o piloto tinha saído do estado de coma e foi transferido do hospital da França, para onde ele foi levado após o acidente, para um hospital da Suíça, país aonde reside. No dia 9 de setembro de 2014, o heptacampeão saiu do hospital suíço e foi removido para a sua casa para Corinna Betsch e Michael Schumacher de férias na França
A H2O Limpa Serviço LTDA é uma empresa de controle de qualidade da água de poços freáticos e artesianos. Atendemos a empresas, condominios e propriedades rurais, garantindo a potabilidade da água.
Oferecemos: Redução e economia na sua conta de água; Tratamento químico da água; Análise química e bacteriológica da água; Garantia de água dentro dos padrões de potabilidade.
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Fotos: Divulgação
Paparazzi Verão 2020
Mês de janeiro encerrando. Como não presentear meus leitores com uma “surra” de beleza e sensualidade com o lançamento de mais dois ensaios incríveis para esquentar a estação mais quente do ano. Ricardo Quintanilha, já é de casa, foi lançado aqui pelo espaço no ano de 2016, como nosso representante. Agora o modelo retorna totalmente diferenciado com clicks sensacionais que estão arrebatadores. Rick, meu camarada, bem vindo novamente ao timaço. Já esta gata linda é a Pollyana Barreto, modelo profissional, atualmente atuando no ramo com sucesso em Dubai, veio a cidade no período de natal para visitar a família e fazer estes super clicks com exclusividade para a coluna. Binho Dutra, nosso fotógrafo oficial, cada dia que passa se supera na criatividade. E um ensaio diferenciado surge de maneira criativa mas com o mesmo DNA, do projeto #paparazzi. Sensualidade sem vulgaridade. 12 anos de Pararazzi este ano e com certeza muita gente bacana vai vir pintar no pedaço. Próximo mês estamos preparando um ensaio duplo tendo o carnaval como temática. Aqui, na coluna uma “degustação” do que pode ser conferido na íntegra eu meu site (fabioabud.com.br) e em minha página oficial no Facebook. Parabéns a toda minha equipe mais uma vez. Fiquem com Deus e até domingo que vem. Abração, turma! @fabioabudoficial
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Foto: Fernando Dias
eno Foto: Patrícia Bu
Foto: Carl os Grevi
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Acervo pes soal
Lívia Prado
Foto: Sinestesia
Raquel N unes Lucas Ca mpis
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A renovação literária
Jovens escritores e poetas de Campos se projetam em livros e em redes sociais
Ocinei Trindade A Era Digital tem provocado diversas transformações no modo de as pessoas se comunicarem. A escrita e a leitura se inserem neste contexto. Com bilhões de pessoas conectadas à Internet, escritores, poetas, músicos e artistas em geral, buscam de algum modo, exibir suas obras. Em Campos, jovens autores despontam em redes sociais, mas sem perder hábitos antigos ou analógicos. A publicação de livros, participação de concursos literários, saraus, festivais de poesias ajudam também na divulgação de uma novíssima geração de escritores. Há nomes de jovens escritores e poetas de Campos já conhecidos por quem é interessado em literatura, além de eventos e festivais culturais. Bella Prudêncio, Ronaldo Junior, Raquel Nunes, Lívia Prado, Lucas Campista são alguns desses jovens que têm renovado a escrita literária. O prazer e a paixão pela palavra e pelo texto se manifestam em versos como do poema “Cinza”, premiado no último Festival de Poesia Falada de Campos, escrito e interpretado por Lívia Prado, de 30 anos. “Eu sei o que é morrer. Matei-me muitas vezes, em lascas fétidas cerrei ossos inteiriços de minha pele esgarçada por demandas externas. Triturei minha pele e colei sobre o vento o pó que fiz de mim...”. Com formação de atriz profissional, palhaça e professora de teatro, Lívia Prado escreve desde os 14 anos. Participou da revista independente Abutre e da Antologia Internacional de Escritoras de Escritoras Negras África-Brasil Negras Daqui Negras de Lá. “Faço divulgação dos meus textos em saraus. Utilizo pouco as redes sociais, mas tenho nessas ferramentas.A poesia representa a oportunidade de expressar meus atravessamentos, inquietações e
emoções, além da possibilidade de inspirar pessoas”, diz ela que foi inspirada por Conceição Evaristo, Elisa Lucinda, Maria Carolina de Jesus, Manoel de Barros, Solano Trindade, Mário Quintana, Adélia Prado, entre outros. Com três livros impressos publicados, além de 12 obras em formato on line, a escritora Bella Prudêncio, de 22 anos, afirma que a escrita é sua principal fonte de renda atualmente. Recentemente, fechou três contratos com a maior editora da Dinamarca. Autora de “Sebastian”, “Clube dos Suicidas” e “505”, se diz fã de Machado de Assis. Tanto é, que, tatuou no ombro o busto do maior escritor brasileiro. “No Instagram, tenho uma página de pensamentos que é “Lua em Câncer”. Eu tinha um blog onde escrevia crônicas. Agora tenho uma coluna de contos eróticos no portal Superela. Meus pais me incentivaram a ler. Gosto de escrever para jovens. Romances prioritariamente. Eu tenho dois ebooks de poesia: “O coração de Capitu” e “Lua em Câncer”. Gostaria de ser mais reconhecida pelo público de minha cidade. Meu livro é muito comprado na Alemanha e Bélgica, mas aqui ainda não”, comenta Bella. Aos 18 anos, o estudante Lucas Campista tem livro de poesia publicado desde 2015. Ele integra diversos grupos e instituições nacionais voltados para a literatura. Autor de “Um jovem poeta no mundo da Lua”, ele conta que possui mais de 200 poemas para serem publicados em "A arte dos versos", além de um romance chamado "Acasos do destino", mas, que, por falta de patrocínio, ainda não conseguiu lançar. O Instagram é um canal que mantém para divulgar seus textos. “Quero lançar mais livros e fazer com que jovens possam ter essa oportunidade, A educação é um caminho que nos leva a lugares incríveis”, defende. O escritor Ronaldo Junior, de 23 anos, formou-se
em Direito, mas decidiu estudar Letras por causa da atração pela escrita e pela língua portuguesa. Ele escreve desde os 15 anos, incentivado pelos professores. Tornou-se membro da Academia Campista de Letras em 2019. “Poesia faz parte do meu hábito, sendo meu lugar de invenção e desconstrução. Tenho um livro publicado “O verso sou eu: antologia de sentimentos”, além de vários projetos”, diz. Ronaldo Junior considera sua poesia como de aspecto visual, baseada no neoconcretismo de Ferreira Gullar. “Mas com os olhos voltados para a nossa atualidade. Me coloco como seguidor e admirador de poetas não tão jovens como Joel Ferreira Mello e Carlos Augusto Alencar. A poesia deles é um retrato dos nossos tempos e, claro, da própria identidade campista”, cita. A estudante de Direito, Raquel Nunes, diz escrever desde sempre no alto de seus 23 anos de vida. “Sempre li muito, e quando descobri que podia criar minhas próprias histórias não parei mais”. Em 2019, ela participou de um concurso de contos, Ficou entre os 12 autores mais bem colocados que tiveram a chance de publicar suas criações em uma antologia pela Editora Qualis, lançada na Bienal do Rio. “Chamou-se “A Involução das Espécies”. É a história de um pescador de um vilarejo pequeno que perde a família, e, depois, salva a vida de um peixe e de uma ave, descobrindo que pode encontrar a felicidade e o amor novamente”, revela. Raquel Nunes utiliza o Instagram para divulgar suas poesias, além do Tumblr. Escreve sobre todos os temas, mas as reflexões sobre o ser humano e a vida se destacam. Acho que estamos conseguindo trazer um pouco de volta o interesse dos jovens para a leitura em geral, principalmente para a poesia através das redes sociais” Para a professora de artes, Jane Rangel, é preciso
Jane Rangel | elogia e incentiva jovens escritores campistas
estimular os jovens escritores. Ela é responsável pelo evento Espaço Cult em Campos, onde músicos, atores e poetas costumam se apresentar. “É preciso tirar os bibelôs, garrafas e porta-retratos das estantes e fazer a retomada dos livros visíveis e palpáveis. Os livros estão fora da estante. Estamos em novo tempo onde o digital e os aplicativos nos tomaram. Sou adepta ao livro e o acho um instrumento maravilhoso de motivação para a escrita. Os jovens estão escrevendo novos gêneros sendo absorvidos de forma fantástica”, avalia. O poema “Uma” escrito por Raquel Nunes exibe um pouco de sua sensibilidade feminina. “Queria ser capaz de atravessar paredes, mas sem passar para os outros lados, restar imperturbada, dentro de sua convicção sem nunca mais me mexer até me misturar à construção, e saber a paz que é ser abraçada por tijolos calados que não podem ter nada a me dizer.”
@crisales_
O universo da alta-costura C
omo isso começou? Quem estuda ou estudou história da moda sabe. Em 1868, com o costureiro inglês Charles Frederick Worth - o pai da alta-costura. Ele desenhava e costurava roupas apenas para o hight society e realeza européia, peças feita à mão, sob medida - claro - e exemplares únicos, ninguém teria a mesma roupa que outra pessoa. Foi o primeiro a colocar etiquetas de marca em peças dentro de um atelier - além de ter sido pioneiro ao usar modelos para desfilar suas criações em coleções. Chiquérrimo, não? A semana de alta-costura está bombando em Paris, o feed está tomado por looks luxuosos e peças desejos desfiladas por grifes como Chanel, Dior, Prada e por aí vai. Seis coisas que você precisa saber sobre o universo da #hautecouture e alguns dos meus looks favoritos dessa temporada:
Leonie Hanne
Camila Queiroz
Thássia Naves
CRM:52530660
Luiza Sobral
Silvia Braz
Caroline Daur
Dra. Ana Maria Pellegrini
EFEITOS DA POLUIÇÃO NA PELE aumento da poluição urbana ao longo dos anos tornou-se uma grande preocupação para O a saúde humana. A pele, como barreira externa do organismo, diretamente exposta aos poluentes atmosféricos, sofre os efeitos. Um número crescente de estudos relacionou as
condições da pele à exposição aos poluentes aéreos, tais como radiação ultravioleta, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP), compostos orgânicos voláteis, ozônio (O3), dióxido de nitrogênio (NO2), material particulado (MP), metais pesados, arsênico e fumaça de cigarro.Existe uma clara necessidade de proteção cutânea eficaz contra agentes poluentes. As estratégias de proteção devem combinar a aplicação diária de protetores solares (proteção UVA / UVB alta) e produtos de cuidados da pele com ingredientes ativos que melhoram a função da barreira cutânea.
Dra. Ana atende no edifício Medical Center, Rua 13 de Maio nº 286/512 Sala 12 Tel: 2733 4211.
CRO-RJ 35838
Quando você toma sorvete, seu dente dói? Verão, sol e calor. Nada melhor que um sorvete, açaí ou até mesmo uma água geladinha pra refrescar. Mas se o seu dente dá um alerta quando você ingere algo gelado, é preciso procurar seu dentista. A sensibilidade térmica é uma dos sinais que algo está errado. Cárie, desgaste dental, canal? Bem, você precisa de uma avaliação diagnóstica para que o tratamento seja realizado o mais brevemente possível, a fim de evitar danos maiores.
Dra MARIANA ESTEFAN Instagram @mariana.estefan_odontologia
Especialista em Dentística
22 99893-2573
R. Dr. Siqueira, 143 - Ed. Lumina -sl 1012 - Pelinca
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VIAsaúde
O acompanhamento psicológico, baseado na terapia cognitivo-comportamental, tem se mostrado um grande e importante aliado no processo de emagrecimento e reeducação alimentar. Vai ajudá-lo: identificar e mudar os pensamentos, sentimentos e comportamentos disfuncionais associados ao seu comportamento alimentar. Distinguir a fome real da chamada fome emocional (quando existe uma chamada “confusão de necessidades”, que não é propriamente de alimento, mas de atenção, amor, sucesso, apoio…). O passo seguinte consistirá na definição de objetivos e adoção de estratégias mais adaptativas para que possa no futuro pensar e agir de acordo com o estilo saudável que pretende alcançar. Podemos juntos traçar estratégias individualizadas para o seu processo! Venha Pensar Magro junto comigo!! Nova turma em MARÇO!
Dr. Rodrigo Cerqueira e Dra. Luciana Cerqueira
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@priscylabezerra
INSPIRA E NÃO {PIRA}
DESAFIO Quem não gosta de ser desafiada?! Principalmente, quando o assunto é entrar na linha, aprender a dizer não de forma saudável e se sentir bem com a sensação de liberdade de escolha, e consequentemente, com a resposta do corpo e mente em equilíbrio. Isso não tem preço! Ou tem?! Tem sim! Ação. Comprometimento. Ter por perto pessoas com o mesmo objetivo e juntas, lutando pelo mesmo propósito. VAMOS?! Foi assim que criei o #inspiraenaopira - onde serão 21 dias de estímulos - com muita gente boa junto e vários parceiros do bem. Começa dia 27 de janeiro com último dia (de glória) previsto para 16 de fevereiro. SIGA MEU IG @priscylabezerra e fique por dentro de todas as informações. Vamos juntas?! Convide a amiga, coloque a mãe, tia e vizinha. Compartilhe coisas boas, caso contrário a gente {PIRA}.
DICA DA BABI
Bárbara Caroline e sua inseparável garrafinha de água mineral
Preparadas para nosso desafio #inspiraenaopira
“Beber muita água é essencial para um corpo e mente saudável. Isso me ajuda todos os dias e faço questão de compartilhar com vocês.”
MUSA PARISIENSE A campista Silvia Braz provou mais uma vez que não veio ao mundo (fashion) à passeio. De um bom gosto ímpar e muito dedicada “ralou” horrores na semana de moda “parisiense” e já ganhou o título de MUSA DA CIDADE. Mais que justo! Sigam @ silviabraz e me contem o luxo que é esta mulher.
CONVITE
TARDE REFRESCANTE Quero te convidar para uma tarde especial e muito refrescante que irá acontecer no dia 28 de janeiro no Restaurante Secreto. Angela Bechara e Rosana Mota lançam Preview Outono Inverno (uauuuu!) e de quebra descontos imperdíveis na coleção de verão. Quem vai perder?! Te espero lá!
CRM 52-815861
SAÚDE
COMO PROTEGER A PELE DAS AGRESSÕES EXTERNAS DO VERÃO
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epois da praia ou da piscina, é comum sentir a pele do rosto e do corpo aquecida, vermelha e com uma sensação de calor, por mais que o protetor solar tenha sido aplicado adequadamente. Isso acontece porque os raios solares tendem a ressecar a pele, retirando os líquidos naturais que a cútis precisa para manter-se hidratada. E para acalmar a pele na volta para casa, apenas o creme hidratante não é suficiente: outros hábitos simples e práticos para atenuar os sintomas do sol podem Paula Marsicano ser incrementados na rotina de verão. Confira as dicas! - Lave a pele usando sabonete suave, ou uma loção de Dermatologia Integrada limpeza hidratante para o corpo e um gel de limpeza para o rosto; - Use uma solução micelar para remover os Rua Voluntários da Pátria 500 sala 108 resíduos da água salgada do rosto; - Logo após o banho, faça a hidratação do corpo e do rosto para reduzir os Ed. Platinum Tel: 22 3026-1819 efeitos do ressecamento causados pelo sol; - Finalize borrifando água termal em toda a pele. @paulamarsicano
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26 DE JANEIRO A 01 DE FEVEREIRO DE 2020
Saia assimétrica
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A saia assimétrica é moderna e versátil na mistura da elegância do comprimento longo com a sensualidade do curto. A tendência começou há um tempinho, lá em 2012, quando a estilista Proenza Schouler resolveu inovar nos cortes da saia em uma coleção cheia de cortes abertos, fendas diferenciadas e nenhuma saia reta. Por alguns meses o modelo foi visto com estranheza mas logo depois as marcas começaram a apostar nos shapes assimétricos Existem diversos modelos para todos os gostos! Tem os mais curtinhos, os de comprimento midi, ou as pareôs. Na hora de montar a produção não tem mistério. Por ser uma peça fácil e cair bem com tudo o legal é brincar com a produção e deixar o look cheio de identidade! Vale T-shirts, camisas, croppeds.. outra dica legal são acessórios como colares, brincos de
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26 DE JANEIRO A 01 DE FEVEREIRO DE 2020
herminiasepulveda@yahoo.com.br
“Não se sinta frustrado por não estar onde gostaria. Entre o plantar e colher existe o regar e esperar.” CASA COLONIAL
Mirza e Wady Kury receberam na bela casa em São José do Calçado, que fica no vizinho estado do Espírito Santo, dois casais de amigos no último final de semana. Entre eles Paulo Cardoso e Beatriz (Buty)Tavares que moram na capital, Rio de Janeiro. Clima maravilhoso, casa gostosa, conversas interessantes, a comidinha deliciosa e a broa sem glúten preparadas pelo educadíssimo Juanito no fogão a lenha, encantaram os seus convidados, que voltaram no tempo, mas com todo o conforto. Até os cachorrinhos Lilly e Dudu foram e curtiram demais.
5º Aniversário da princesa Maya: Fátima Beyruth com seu netinho Antônio Elias e a aniversariante Maya com seus pais Abdon Nanhay e Dani
NIVER
Os parabéns de hoje vão para Erika Nunes Lemos, João Victor Monterry, Maria Aparecida Martins, Marcio Reinaldo, Leandro Morisson Caldas, Clóvis Peixoto, Benilton Santos, Fauze Jassus e Arthur Aquino. Amanhã para Eliana Borges Buchaul, Wanderson Oliveira e Kelly Tinoco. Terça-feira para Vilson Correia, Lázaro Pereira, Paula Vasconcelos, Deise Vianna, Sidinea Barcelos Rodrigues, Alberto Coutinho e Ulisses Freitas. Quarta-feira para Paula Marsicano Vieira, Francisco Wanziler, Lidiane Amorim, Rosane Barreto, Cleyse Silva, Rafael Muniz Tolomei e Amorita Morales. Quinta-feira para Dibs Hauaji, Agenor Netto, Carlos Eduardo Pereira, Leandro Castelo, Denise Fuly, Julielma Barreto, ngelo Marcos Ciafrino, Cláudio Nogueira e Vinicius Moraes. Sexta-feira para Caio Boroto, Fernando Patrão, Francine Klem, Laila Póvoa, Amaro Sales, Laila Nunes e Laura Araújo. Sábado para Rafael Lontra Rocha, Antônio Cruz, Suellen Mota, Ana Paula Almeida, Alice Nogueira, Jocilene Valentim, Claudio Luiz Crespo Vieira, Wanderson Barcelos, Raquel Carvalho Maia e Ricardinho Prudêncio. Da coluna os votos de muita saúde e felicidades para todos.
RAPIDINHAS
* No dia 1º de fevereiro Heloisa e Fredy Louis Beshara comemoram 46 anos de casados. * Silvana Siqueira está em Portugal, curte um pouco a filha Juliana Gusmão que está fazendo Mestrado em Direito Constitucional na Universidade em Porto e volta no comecinho de fevereiro. * O médico Dr. Makhoul Moussallem contando para os amigos que ficou muito feliz porque sua filha Luana Moussallem, que mora em Paris, veio passar o Natal com ele. * Ana Pellegrini está participando da 22ª edição do IMCAS Annual World Congress no The Palais des Congrès de Paris. Fica a semana toda por lá.
Vera e Ana Paula Galvão de Araújo festejando com muita alegria os 92 anos do pai amado Paulo
Beleza de Narcísia Cordeiro na sua fazenda
Lindos: Glayce Carneiro comemorando seu niver em São José do Calçado: Mirza e Wady Kury recebendo Búzios com seus amores Ricardo, Rico e Fernanda Waltinho Sepulveda, Paulo Cardoso e Buty Tavares
Fátima Castro e sua paixão pelo mar Eduardo Pedra com sua Valéria Belíssima foto de Scyla Maria a bonita aniversariante da se- Martins dos Santos que fez niver quarta-feira mana
CRUZEIRO
Fátima Vasconcelos e João Batista Gama além dos inúmeros atrativos que estão curtindo no navio como: cassinos, piscina, cinema, teatro a bordo, a gastronomia que abrange cardápios variados de diferentes culturas, estão aproveitando também o melhor da Argentina e do Uruguai.
Praia de João Fernandes: Alex Siqueira curtindo férias Bahia: Noêmia Viana curtindo Emilson Anselme e Flavinha Faem Búzios Barra Grande Beach rah numa linda sintonia
40 anos: Denise Rangel agradece a Deus o niver porque está com saúde, família linda, amigos e disse que está na melhor fase
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INTERINO: MÁRIO CRUZ
GENTE BACANA QUE É SEMPRE BOM ENCONTRAR POR AÍ VIVA, VIVA, VIVA!
Na semana que passou, Paula Albernaz Duarte, Morena Mendes, Álvaro Manhães, Antônio Arthur Tâmega, Gláucia Torres, Valéria Pedra, Elisângela Picoli, Marcelo Moreno, Wainer Teixeira, Fernando Vasconcelos, Adriana Motta, Regina Fernandes Pereira, João Sylvestre, Danuzia Carvalho, Fernanda Abreu, Vânia Puglia, Bruno Lemos, Leonardo Ventura, Bruna Macedo, foram altamente festejados pelo aumento de idade. Grande abraço para todos vocês!
CALCUTÁ, "VENHA, SEJA MINHA LUZ"
Assisti recentemente e gostei de...¨Como eu Era Antes de Você¨. Tenho como maior qualidade...a alegria de viver e o desejo de ajudar o próximo. Meu lema de vida é: seja humilde, persevere na fé, ame o que faz, pois será feliz em transferir o que sabe e aprender o que ensina.
JALAPÃO
DATA VENIA
MÁRCIO Abreu e PATRÍCIA Landim, juntamente com os filhos BEATRIZ e MATHEUS, acabam de chegar de uma aventura turística que teve como destino final o Parque Estadual do Jalapão. A viagem foi inteiramente feita de carro e durou 18 dias no total. Foram num comboio com mais 8 veículos, todos devidamente equipados, passando por várias cidades de MG, GO e TO. Visitaram a Lagoa do Japonês, a Pedra Furada, os Fervedouros, e o Parque da Dunas, paradisíacos lugares desse nosso rico Brasil.
BERNARDO Bensi Campinho, filho dos amigos Erika Picanço e Abelardo Campinho Neto, acaba de ser aprovado no vestibular de Direito e está aguardando o resultado final para decidir em qual Instituição irá estudar. UERJ e UFJF estão entre as opções. Parabéns e muito sucesso nessa nova fase!!!
LETRAMENTO
Os artistas plásticos PAULO VITOR Carneiro e HELOÍSA Raposo, abriram nessa sexta-feira(24), no Palácio Cultural Carlos Martins, em São João da Barra, a exposição de quadros e telas intitulada ¨Letramento de Cores e Formas¨. Essa é a primeira vez em que Paulo expões suas pinturas, sendo o estilo abstrato característica principal de seu trabalho; já Heloisa tem um estilo figurativo, retratando paisagens, objetos e animais, entre outros. Cerca de 40 obras estarão expostas até dia 07 de fevereiro, e com certeza valerá a visita.
PATAGONIA RUN
O ultramaratonista FERNANDO Fantinatti, está se preparando para disputar a temida prova ¨Patagônia Run¨, nos Andes argentinos dias 3 e 4 de abril. Fernando já está acostumado com esse tipo de desafio, mas será a primeira vez que correrá na categoria 100M (160K). Sua equipe, composta por mais de 20 atletas campistas, com certeza fará bonito por lá, representando assim a nossa cidade e trazendo várias medalhas.
MARCUS Brandão e a filha MARIAH, no Parque Metropolitano de Cerro San Crist
AUTORRETRATO
COISAS DE LUANA
A campista LUANA Dias (@dias_de_luana), mestranda na Espanha pela Universidade de Sevilha, no curso de "Arte do Espetáculo Vivo", desenvolveu um espetáculo de poética chamado "Aletheia" que retrata os levantes feministas nos anos 50. Com a parceria do fotógrafo, também brasileiro, Rodrigo Carneiro (@la_fotologia), vem fazendo performances, sendo filmada e fotografada por toda Barcelona. Paralelamente, Luana tem outro projeto por lá, chamado "Rayuela", que mistura fotografia, literatura e dança flamenca. Mantendo um pé no mundo acadêmico sem abrir mão da arte, ela segue pela Europa e pelo mundo inspirando as pessoas e chamando para a reflexão.
RITA JAMILE Assad Bicudo Manhães Sou... Defensora Pública da Vara de Família e também defendo as mulheres vítimas de violência doméstica; sou casada com Ralph Manhães e mãe de Sophia e Rapha. Meu maior prazer é... viajar e reunir a família. Tenho medo de... altura, mas nenhum de avião. Em Campos gosto de... receber os amigos, reunir com meu Grupo de Oração, sair para jantar e fazer meus treinos de musculação e luta. Minhas viagens inesquecíveis foram... ao Líbano, Tailândia, Egito, Paris e Croácia. Meu próximo destino turístico será... EUA, com a família. Estou lendo e recomendo... a biografia de Madre Teresa de Calcutá, "Venha, Seja Minha Luz". Assisti recentemente e gostei de... "Como eu Era Antes de Você". Tenho como maior qualidade... a alegria de viver e o desejo de ajudar o próximo. Meu lema de vida é... seja humilde, persevere na fé, ame o que faz, pois será feliz em transferir o que sabe e aprender o que ensina.
VERÃO NORDESTINO
VALKYRIA e CRISTIANO Mello, ele o ¨rei¨ dos hambúrgueres da cidade, estão em férias pelo nordeste brasileiro, onde o sol está dando mais as caras do que por nossas bandas. Aproveitem!