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‘Moscou contra 007’ completa 60 anos

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Douglas Mattos

Douglas Mattos

LANÇADO EM 1963, SUPEROU TODAS AS EXPECTATIVAS.

QUADRUPLICOU A JÁ EXPRESSIVA BILHETERIA DO ESTREANTE “DR. NO”

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E INAUGUROU A MAIS ESPETACULAR SÉRIE DE FILMES DE ESPIONAGEM DA HISTÓRIA DO CINEMA então

No início dos anos 50, o jornalista britânico Iam Fleming lançou seus primeiros livros de ficção, tendo como figura central um agente do Serviço Secreto inglês. Nascia ali o personagem James Bond – o espião 007.

Milhões de exemplares dos chamados ‘livros de bolso’ foram vendidos e Fleming entrou para o seleto grupo de autores mais bem sucedidos de sua época.

Na década seguinte, a obra de Fleming, já então consagrada, chegava ao cinema.

Curiosamente, não com ‘Casino Royale’ – o primeiro romance, escrito com 1953 – mas

‘Moscou’vira marco

Pelo ‘conjunto da obra’, levando em conta que “From Rússia” contou com um roteiro bem mais enriquecido e realista, é que se conclui que a produção foi o marco da franquia.

E mais: a participação do vilão Donald Red Grant, personagem vivido por Robert Shaw (“Golpe de Mestre, “O Sequestro do Metrô” e “Tubarão”, entre outros), um dos grandes atores de sua geração – fale- com ‘Dr. No’, livro de 1958. cido precocemente aos 51 anos – contribuiu de forma singular para a o sucesso do filme.

“Dr. No”, na telona com o título ‘007 contra o satânico Dr. No” (1962), estrelado pelo então pouco conhecido Sean Connery, abriu caminho para uma das franquias mais famosas e vitoriosas do cinema mundial, além de ser a mais duradoura. Foram 25 filmes da saga oficial e dois independentes.

Ainda sobre a primeira produção cinematográfica de 007, é relevante ressaltar que a atriz suíça Ursula Andress – saindo do mar com seu estonteante biquini branco e faca na cintura – é considerada a mais icônica Bond girl de toda a série. Isso, ao longo seis décadas. Andress tinha, então, 26 anos.

Grant foi o vilão perfeito: um assassino habilidoso, tão qualificado e eficiente quanto 007, como fica claro na luta feroz entre ambos, a bordo do luxuoso trem Expresso do Oriente. Cabe registrar, inclusive, que para alguns cinéfilos, Shaw ‘roubou’ o protagonismo do longa, com performance superior a de Connery.

Fase de ouro O próximo

Não existe uma unanimidade entre críticos e aficionados da série de que ‘Moscou contra 007’ tenha sido o filme que viabilizou a franquia para os demais 23 longas oficiais que viriam a partir de 1964, com ‘’Goldfinger”, até “007 – Sem tempo para morrer”, em 2021 – o mais recente e que fechou o ciclo dos cinco interpretados por Daniel Craig. Contudo, é a opinião que predomina na maioria. E sob essa ótica cabe observar que a década de 60 foi, também, a que mais produziu filmes da série: seis longas. Portanto, na chamada fase dos grandes clássicos do espião mais feste- jado do cinema – diria, as primeiras 10 produções – ‘Moscou’ fez história. Na mesma linha, para muitos Sean Connery está no topo dos atores que deram vida ao agente 007. Isso, apesar do também britânico Roger Moore ter interpretado o espião mais vezes: 7 filmes.

Resumindo, Connery tem a preferência do público que hoje está na faixa dos 50/60 anos. Já Craig, dos mais jovens, entre 20 e 30.

Reside aí uma dúvida da MGM e EON Productions para “Bond 26”, que deve chegar aos cinemas em fins de 2024: trazer uma pitada dos filmes iniciais – de mais estilo, charme e glamour –, ou enfatizar o jeito Craig, que apesar do grande sucesso de bilheteria, recebe críticas de grande fatia do público por se aproximar de ‘Carga Explosiva’ e outros títulos similares, em que as lutas – e não a trama – predominam.

Segundo fontes, os produtores estão inclinados a buscar uma fórmula que contemple as duas características.

O ator Aaron Taylor-Johnson (Godzilla) está entre os mais cotados para o próximo 007.

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