CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 09 A 15 DE FEVEREIRO DE 2020
Nas bancas por R$ 1,50
Letra de mulher
Vanda Terezinha Vasconcelos é segunda mulher a presidir ACL
CAPA
•
NÚMERO 173
Volta às
aulas MAS COM ESTILO!
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Foto: Acervo particular
Foto: Carlos Grevi
Dois momentos | Campos sofrendo com enchente em 1943 e hoje protegida pelo dique concluído na década de 60
Grandes obras do século passado até hoje protegem Campos das enchentes Sem esses projetos de grande impacto no município, a cidade ainda estaria à mercê das grandes cheias do Rio Paraíba
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Recesso parlamentar termina dia 14
Próxima sessão ordinária acontece dia 18, mas Câmara de Vereadores deve voltar a parar durante o Carnaval
O recesso parlamentar continua até o próximo dia 14, em Campos, mas a Câmara de Vereadores só volta a se reunir no dia 18, quando acontece aquela que será, de fato, a primeira sessão do ano, já que a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) deveria ter ocorrido ainda em 2019. A Casa de Leis não divulgou a pauta, mas, qualquer que seja, ela servirá como uma espécie de termômetro para o prefeito Rafael Diniz (CDN), que terminou o ano com o prestígio em baixa junto ao Legislativo e amargou derrotas importantes num plenário em que já contou com ampla maioria de votos. PÁGINA 13
Fotos: Carlos Grevi
Escritora e professora
Vilma Arêas
A escritora e ensaísta nasceu em Campos, em 1936. Partiu jovem para cursar a universidade de Letras, e, raramente volta à terra natal. Na estante, guarda três troféus Jabuti, o mais relevante da indústria literária brasileira atual. PÁGINA 07
AloysioBalbi Banho-maria
CDL Jovem reativada promete agitar o setor
Ortopedista faz alerta sobre uso de mochilas
Departamento já fez história
Dr. Gustavo Ribeiro dá dicas
Para formar a diretoria desta nova versão da CDL Jovem, o empresário Ralph Pereira, que ocupava o cargo de Diretor de Marketing na CDL, deixou a função para assumir a presidência. Para ele, trata-se de um grande desafio e a retomada da entidade era inevitável. PÁGINA 13
Médico chama atenção que o ideal é que a mochila de alça seja composta por três pontos de apoio. Uma alça em cada ombro e uma terceira, usada para prender na cintura do estudante. Isso faz com que a coluna não seja sobrecarregada. PÁGINA 11
Segue arrastada a obra do camelódromo de Campos, que tinha o ano de 2015 como prazo para ser entregue. De lá pra cá, a construção do novo espaço parou e foi retomada em passos lentos no final de 2018. Semana passada, a Secretaria de Obras prorrogou o contrato com duas empresas por mais oito meses para a execução do shopping popular Michel Haddad. PÁGINA 04
Imagem de periferia após décadas de maus-tratos
Ao longo dos últimos 30/40 anos a cidade vem deixando escapar seus tradicionais traços aristocráticos visto que a beleza arquitetônica se perde ante as praças maltratadas, ruas sujas e mal iluminadas e calçadas esburacadas. A ocupação indevida do espaço público, onde caixotes e tábuas servem de banca para camelôs, afeta sobremaneira o Centro de Campos. Também vem de longe a omissão do poder público em investir em projetos urbanísticos, em mobilidade e em espaços de lazer. PÁGINA 05
Willians Borges e Verônica Cascard PÁGINA 14
A 'sereia' Helena Tavares
Tarso Marques, do Autoesporte e Caldeirão do Huck, fala para o Terceira Via PÁGINA 09
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Especial
09 A 15 DE FEVEREIRO DE 2020
Fotos: Carlos Grevi
Cais da Lapa | O maior dique de contenção de Campos protege o centro da cidade durante as cheias; em período seco, serve como estacionamento
Do cais à rede de canais
Obras do extinto DNOS marcam a cidade como o dique do Cais da Lapa e a maior rede artificial de canais do país na Baixada Thiago Gomes Duas das maiores obras de engenharia civil já realizadas em Campos dos Goytacazes são antigas e, juntas, formam um mecanismo que contém o Rio Paraíba do Sul, em sua fúria, durante épocas de cheia. Uma delas é o dique que margeia o rio, cujos registros históricos mostram que a construção estava em andamento já no início da segunda década do século XX. No entanto, sua conclusão só aconteceu na década de 1960, por intermédio do então deputado Alair Ferreira. A outra é a malha de canais com nada menos que 1.293 quilômetros de extensão que segue em direção à Baixada Campista. Tanto uma quanto a outra têm como principal função evitar calamidades como as causadas pelas enchentes de 1966 e 2007. Só de diques, o extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS) construiu 38 no município, que juntos somam 126 km. Os dados estão em uma pasta antiga que o último engenheiro residente do DNOS em Campos, Carlos Faria, conseguiu salvar após a desativação do órgão. O departamento, que, na época, era uma autarquia do Ministério do Interior, foi extinto pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello em agosto de 1990. Faria explica que a bateria de diques de contenção do Paraíba do Sul, construída nas duas margens do rio, foi feita em várias etapas. Parte edificada em terra, parte em pedra, mas, na área central, demandou uma obra de maior complexidade, com concreto armado. De acordo com registros do DNOS, o trecho que vai da Praça das Quatro Jornadas até a Ponte da Lapa possui 858 metros. Os trabalhos foram iniciados em 15 de junho de 1950 e a inauguração ocorreu em 31 de outubro de 1958. “A última parte do dique a ser construída foi a do lado esquerdo. Após a grande enchente de 1966, o então deputado Alair Ferreira conseguiu recursos junto ao Ministério do Interior e a obra começou a sair do papel, tocada pelo DNOS”, lembrou o ex-engenheiro do departamento, hoje lotado no Ministério da Agricultura. Seja pela correria habitual de
Carlos Faria Café | Último chefe do DNOS fala sobre os diques e canais
tes nascem no Paraíba e dão origem a quase quatro centenas de outros canais secundários e terciários. “O Canal das Flechas, com seus 14.680 metros, foi construído na época como o maior canal artificial do Brasil”, destacou Faria. Início da construção | Desde os anos 40 Campos tenta se proteger das enchentes construindo diques de contenção
uma cidade com mais de 500 mil habitantes ou por estar completamente integrado à paisagem urbana, não é todo campista que repara, mas o dique está lá para conter o Paraíba do Sul. Segundo o Superintendente da Defesa Civil Municipal, major Edison Pessanha, sem a obra, tanto o Centro quanto Guarus já teriam sido inundados incontáveis vezes. “O dique é de extrema importância para a nossa cidade, pois, sem ele, teríamos sofrido incontáveis enchentes ao longo desses anos, com prejuízos incalculáveis”, frisou. Proteção Major Edison Pessanha lembra que a última inundação da área central de Campos ocorreu em 2007, quando nem a Ponte General Dutra resistiu à força do
rio. Ela cedeu em 6 de janeiro daquele ano. Só para se ter uma pequena noção da “tarefa” do dique, a cota normal do rio na cidade é de aproximadamente seis metros, mas, segundo o superintendente da Defesa Civil Municipal, ele contém o Paraíba até a cota de 12 metros. “Na enchente de 2007 faltou apenas 36 centímetros para bater a cota do dique. Não dá nem para imaginar o que teria acontecido com a cidade se não fosse ele”. Pessanha ressaltou que, na época, o dique fez seu papel, apesar de a água ter tomado a Avenida XV de Novembro. “A inundação ocorreu porque a água começou a voltar pelos bueiros”, comentou. Quando o rio está acima de 10,40 metros, outras partes da cidade, como Ilha do Cunha e Coroa já começam a alagar. Mas
Defesa Civil | Major Pessanha destaca a importância da bateria de diques
o Centro segue seco por causa do dique. Canais Em 1935 foi iniciado pelo DNOS o levantamento para a construção da maioria dos canais artificiais que ajudam a escoar a água do Rio Paraíba do Sul. Os detalhes também estão nos antigos documentos recuperados pelo ex-engenheiro do órgão, Carlos Faria. A rede é composta por 389 canais que, juntos, somam 1.293 quilômetros. “Ouço muita gente por aí falando em 1.500 quilômetros de canais, mas, na verdade, são 1.293 quilômetros. Eles fazem parte de um grande projeto de saneamento básico desenvolvido pelo Governo Federal, cuja finalidade era pôr fim a alagamentos e, com isso, acabar com a alta incidência de doenças endêmicas. Essa era a forma técnica mais usada na época para se combater doenças endêmicas. Posteriormente, como nossa região era extremamente agricultável, esses canais, além de escoamento, passaram a ter a função de irrigação”, esclareceu Carlos Faria. O engenheiro explica que os canais principais construídos pelo DNOS são Iteteré, Cacomanga, Coqueiro, Cambaíba, São Bento e Quitinguta, à margem direita do rio, que vão em direção à Baixada Campista; e Vigário, do lado esquerdo. Es-
Problemas Ocupação desordenada, despejo de esgoto, assoreamento e falta de manutenção são alguns dos problemas enfrentados pelos canais de Campos, que dificultam o escoamento da água do Paraíba, de acordo com o historiador ambiental, Aristides Soffiati. O pesquisador lembra que, pelo fato de Campos ser uma grande planície, ou seja, com baixa
Enchentes
declividade, a água escoa com maior dificuldade. Por isso, segundo ele, é importante que os canais de drenagem estejam desobstruídos. “Houve um crescimento desordenado no entorno dos canais e, com ele, o aumento do despejo de esgoto. Como os dejetos são ricos em matéria orgânica, isso propicia o crescimento de vegetação ao longo dos canais, o que dificulta o escoamento da água. Sem falar no assoreamento desses canais”, analisou Soffiati. A equipe de reportagem fez contato com a assessoria do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), órgão responsável pela manutenção dos canais, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.
A enchente de janeiro de 1966 foi um marco na cidade porque, na época, o dique da área central ainda não havia sido concluído. A água do Rio Paraíba do Sul invadiu pontos em que, hoje, fica difícil de imaginar, como a Avenida Alberto Torres, nas proximidades do Palácio Nilo Peçanha, onde funcionava o fórum da cidade e atualmente abriga a Câmara de Vereadores. A água também chegou a postos como a Avenida Tenente Coronel Cardoso (antiga Formosa) e Rua Marechal Floriano (antiga Rua do Ouvidor). A cidade também registrou outros grandes alagamentos anteriores, como em 1943.
AloysioBalbi Com Girlane Rodrigues
É o leão Com mais de 70 anos, seria natural que José Carlos Monteiro, figura de proa de uma geração inteira de Campos, entrasse para o Rotary ou para o Lions. Economista, funcionário público aposentado, ele decide então se tatuar. Tatuou no seu braço esquerdo um leão em 3D. Tatuagem é a única cicatriz que a gente pode escolher e cada vez mais a turma que a gente pensou que escapou dela, está se rendendo à moda que nunca sai da pele. Condomínios na justiça Está havendo uma contenda hostil entre moradores de alguns condomínios em Campos no que se refere a construção de casas. É que muitos estão optando por material de construção que ainda é uma novidade na praça, permitindo uma obra rápida mas de alto padrão. Tem condomínio aí com cara de reino que diz que o material é de segunda e que não está em conformidade com o entorno, embora nada conste no estatuto. Um dos casos envolve o condomínio Parthenon Park Residence e foi parar na Justiça. Globo x Fla O Rio de Janeiro, numa crise que dá (mau) gosto, se dá ao luxo de ver suas duas maiores marcas brigando: estamos falando da Rede Globo e do Flamengo. Existe um impasse por conta do valor das transmissões dos jogos entre a emissora e o clube. Pode ser que venha a ser resolvido na Justiça. Até lá a Globo não transmite jogos do time da Gávea. E os membros da família Marinho tem uma coisa em comum: todos são flamenguistas doentes. Jogos Ainda não está bem explicado como será a casa de entretenimento que está sendo montada no Calçadão onde foi a agência do banco Itaú. Passarinhos contaram que a casa vai ser top no que diz respeito a jogos eletrônicos de última geração como existem nas grandes cidades do mundo. Os passarinhos podem estar enganados. Se acertarem: bingo.
Opinião
Campista na Fazenda Um campista, que morou seguidos anos em São Paulo, Ulysses Freitas Pessanha Arêas, é hoje uma das figuras mais importantes do estafe da Secretaria de Fazenda do Estado. Na verdade, Ulysses trabalhou durante anos para o governo paulista. Ele foi repatriado pelo governador Wilson Witzel, que trouxe junto outras feras de São Paulo. Mas esse é campista. Muito barulho por nada Fizeram um buzinaço para anunciar que estava proibido transitar pelas ruas de Campos motocicletas com cano de descarrega queimado ou sem miolo que faz um barulho de maluco. Pois elas continuam por aí promovendo a poluição sonora e dando um ar ainda mais agressivo ao trânsito de Campos que anda cada vez pior. Simpósio de Oncologia O II Sifon - Simpósio Internacional Fluminense de Oncologia - e V Simpósio de Oncologia do Norte Fluminense, promovido pelo Instituto do Câncer do Norte Fluminense e apoio do Oncobeda, do Grupo IMNE, já tem data marcada em 2020. Será nos dias 22 e 23 de outubro, em Campos. O primeiro Sifon aconteceu em Búzios, em 2018. A Dra. Paula Ugalde é uma das palestrantes já confirmadas. Rumo ao Everest Fábio Paes parte essa semana para subir o Monte do Everest, uma façanha que campista, pelo que se sabe, nunca conseguiu. Paes tem um dos passaportes mais carimbados do mundo. Já esteve em 53 países, ou seja, conhece mais países do que eu botequim. Vai ser uma aventura: depois que ele voltar do gelo, ele conta. Banho-maria Segue arrastada a obra do camelódromo de Campos, que tinha o ano de 2015 como prazo para ser entregue. De lá pra cá, a construção do novo espaço parou e foi retomada em passos lentos no final de 2018. Semana passada, a Secretaria de Obras prorrogou o contrato com duas empresas por mais oito meses para a execução do shopping popular Michel Haddad.
Duas grandes obras
Extinto pelo então governo Fernando Collor na década de 90, o Departamento Nacional de Obras e Saneamento – DNOS- foi o órgão que realizou duas grandes e necessárias obras em Campos. A mais percebida foi o reforço da bateria de diques tanto na margem esquerda quanto na direita do Rio Paraíba do Sul para livrar a área urbana de enchentes provocadas pelo transbordo do rio, como aconteceu em 1966, a pior da era contemporânea. Essa é a pauta da reportagem Especial desta edição. A bateria de diques tem como coração o que se chama de Cais da Lapa, capaz de suportar a cota 10. Desde de que foi construída, consumindo milhares de toneladas de concreto, a cidade não voltou a experimentar o drama do alagamento generalizado. Talvez, hoje, uma obra desse porte seria inviável, mas naquela época o deputado Alair Ferreira, gozava de grande influência junto ao governo militar e conseguiu a verba necessária. Também das pranchetas dos técnicos do DNOS surgiu o projeto de
construção da maior malha de canais artificiais do país, com mais de 130 quilômetros, na Baixada Campista. Essa obra tinha como objetivo prioritário o aspecto sanitário. Em um segundo momento, passou a ser utilizada por produtores rurais também para irrigação de cana-de-açúcar. Com o fim do DNOS, órgão que se dividia entre elogios de alguns segmentos e críticas dos ambientalistas, essa imensa malha de canais foi praticamente abandonada, assim como as comportas que fazem parte do sistema. Os canais estão paulatinamente sendo assoreados e as dragagens quando feitas se limitam a retirar a vegetação aquática. Essas duas grandes obras ilustram bem a força política que Campos tinha naquela época. Não tinha dinheiro mas tinha influência. Depois veio a fase de muito dinheiro e pouca influência e hoje a de quase nenhum dinheiro e uma luta para retomar a influência que tinha.
E o BIG BROTHER, hein?
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ão assisto ao BIG BROTHER diariamente. Não é por preconceito. Há muitas outras coisas para fazer. Porém, nesta semana, assisti a uma parte do programa e adorei uma afirmação feita pelo ator de novelas e de cinema Babu Santana. Ele disse não saber exatamente como não ser “uma planta”, isto é, deixar de participar ativamente do jogo, não se inserindo em conversas, brincadeiras e outras atividades da casa. Em conversa com outro participante, disse ainda: “Sei que isso aqui é individual, mas precisamos de aliados. Estou descobrindo meus aliados de novo. O choque de gerações é muito grande e tem muita gente de plástico aqui dentro.” Adorei a definição dada por ele sobre algumas pessoas e cheguei a pensar que esse programa também pode contribuir com alguma reflexão. O que o artista quis dizer? Entendo pelo o que já vi da vivência dos participantes, no confinamento, que há alguns que se preocupam exclusivamente com a cultura do corpo, com a beleza, com “sair bem na foto,” exibindo ostensivamente seus dotes físicos, tanto alguns homens quanto mulheres. Nada contra a beleza, a harmonia das formas humanas e suas proporções perfeitas. Pelo contrário, a famosa escultura de Davi do genial Michelangelo é um elogio a elas. O belo é para ser admirado. Contudo, o programa é um reality show. Mesmo com todos os objetivos comerciais e regras impostas pela direção do programa, as pessoas que lá estão dificilmente desempenham um personagem durante o tempo todo. Elas acabam mostrando como são com suas virtudes, não-virtudes, valores e repertório de vida. Desse modo, o corpo é somente o que se tem para exibir? Aqui fora, muitas vezes, também acontece isso. O BBB, em alguns sentidos, acaba sendo um reflexo sim da sociedade. Para melhor argumentar essa afirmação, minha filha Pity me disse que o mesmo Babu havia reclamado de participantes que deixavam cascas de frutas e de ovos sobre a pia, sem se preocupar em jogá-las no lixo. Às vezes, penso que acabaremos afundados em lixo e sujeira. Haja vista, as doenças que causam, mas isso é assunto para outra conversa. A frase de Babu me lembrou de um livro que li há muito tempo: O retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde, lançado em 1980. Excelente! A trama ganhou diversas adaptações para o cinema e para a TV. No livro, o rico, belo e ingênuo jovem Dorian Gray é retratado por um pintor que o faz temer o envelhecimento. A juventude, a beleza e os prazeres são as únicas coisas que importam para ele. Em nome disso, Gray diz que até venderia sua alma para o diabo para permanecer jovem. E passa, então, a viver de muitas festas, muita bebida e drogas, tornando-se cada vez mais egoísta e cruel. Com o tempo, ele percebe que o retrato (escondido a sete chaves) começa a envelhecer e ele não. E o drama continua... Um clássico da literatura inglesa. A vaidade humana em excesso pode romper a linha tênue que separa a felicidade do infortúnio, da desgraça. A felicidade está no equilíbrio, afirmam os sábios. E o BBB, hein? Acabou me levando a refletir sobre hedonismo, egoísmo e “gentes de plástico”. Que estas existem, não tenho dúvida.
Podemos vencer o mundo cão Fernando da Silveira - Professor universitário, advogado e jornalista
“Ai daqueles (...) que desprezam o vento e o ar do Senhor, e que não obedecem à lei do verão”. – Rubem Braga. Na minha crônica denominada A Estética do Verão Praiano, eu senti com a sucessão de acontecimentos extremos da Natureza, que, aliás, irromperam bem perto de mim, ser o meu otimismo algo conflitante com o que acontece no mundo. Como falar em bondade, em se entregar ao amor, ao bem querer, no salve-se quem puder da caminhada humana ao longo dos milênios? Uma parte dos acontecimentos extremos não estaria mostrando ser o homem o maior predador do nosso planeta? Mas mesmo assim continuo otimista. Evidentemente, não posso negar que a palavra de ordem deste nosso mundo cão é a lei do mais forte. Bem antes da televisão ter demonstrado o entredevorar dos animais irracionais e dos próprios homens, eu, quando menino, no quintal da casa dos meus Pais, quantas vezes presenciei o galo mais forte cruelmente dominar todos os seus semelhantes do terreiro (espaço contíguo a uma residência). Tendo até, para evitar os confrontos que, às vezes, levavam à morte, solicitado à minha Mãe, para que os galos fossem tirados do terreiro de nossa casa. E ela atendeu inutilmente o que lhe pedi, já que a
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galinha mais violenta cruelmente seguiu os passos dos galos enraivecidos. E a nossa querida cozinheira foi além, matando inúmeras vezes e sem a mínima pena as aves com que ela preparava os petiscos, que nós saboreávamos, no almoço e no jantar. E esse quadro se torna mais tenebroso quando a ciência nos mostra, que porção significativa das tétricas chuvas de macro clima decorre da ação humana, em sua lida de exterminar as florestas. O que a faz também liquidar com as chuvas de microclima alimentadas pelas próprias florações arbóreas de grande extensão. É o homem, assim, o grande culpado pelo gradativo desaparecimento daquelas chuvinhas criadeiras responsáveis pelo êxito da atividade agropecuária, como diziam os agricultores dos bons velhos tempos. Enfim, estamos intencionalmente ignorando que as florestas regulam as chuvas e as tempestades. Curioso, é que a vingança da Natureza resultante da insensatez humana já era divisada, dentre outros, por José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1822, por Moacyr Gomes de Azevedo, nos anos cinquenta do século passado, e ainda por Rubem Braga, no período áureo da Cidade do Rio de Janeiro, ao escrever a célebre crônica Ai de Ti Copacabana. Sendo digno de nota que o grande cronista não tratou diretamente, es-
pecificamente das matas devastadas, mas da concupiscência humana, no sentido do apego desvairado ao prazer sexual, e da vingança da natureza como um todo. Eis uma abordagem de Rubem Braga sobre a vingança da Natureza: “Foste iníqua perante o oceano, e o oceano mandará sobre ti a multidão de suas ondas”. Há quem, em nossos dias, chegue a achar que o mundo não tem jeito mesmo. Eu, como otimista de carteirinha, acho que podemos reverter o quadro sombrio. Temos todas as condições para tanto, tal a expressão que vem alcançando a ciência, no correr dos anos. Basta que os donos do mundo se preocupem com o aquecimento global, briguem menos e procurem resolver o problema da miséria. Por outro lado, por ser cristão, entendo que se tudo der errado aqui na Terra, Deus nos receberá amorosamente em outro plano. Daí não concordar com Rubem Braga, em sua extremamente pessimista crônica Ai de ti Copacabana. Mas continuo a admirá-lo. E de tal forma, que não canso de ler outro texto jornalístico de sua autoria batizado como A Outra Noite. Exatamente, quando ele nos dá este recado: Acima da noite assustadora e torpe, “há uma outra noite – pura, perfeita e linda”.
Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Direção Executiva Martha Henriques - Diretor Geral Fábio Paes Diretor de Jornalismo Aloysio Balbi Chefes de Reportagem Girlane Rodrigues e Roberta Barcelos - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Elton Nunes - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ Impressão: Parque Gráfico do Jornal O Globo. Tel: (21) 2534-9579/ comercialpg@infoglobo.com.br
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09 03AA 15 08 DE DE FEVEREIRO FEVEREIRO DE DE 2020 2020
Depois de décadas de maus-tratos...
Anos e anos de falta de planejamento e ininterrupto descuido resultaram num visual de cidade de periferia
N
ão há como negar, Campos vem perdendo ao longo dos últimos 30/40 anos sua aparência de cidade tradicionalmente aristocrática, de significativa beleza arquitetônica, cujas ruas, praças, canteiros e demais espaços públicos – antes tratados e bem cuidados – valorizavam e combinavam com os traços acima citados e que em tempos de mais sorte deram à cidade as singulares características visuais que lhe eram peculiares. Muito simples: Campos possui um centro arquitetônico riquíssimo, formado principalmente pelos prédios históricos da Praça de São Salvador e ruas em seu entorno, que de ponta a ponta exibem sobrados de arquitetura extraordinária. Contudo, se esse mesmo espaço é contaminado por ruas sujas, por falta de conservação das praças, por iluminação precária, por calçadas esburacadas, pichações, e pela ocupação indevida onde caixotes e tábuas servem de banca para
camelôs, com ‘barraquinhas’ e caixas de isopor espalhadas por todo canto, evidente que a beleza arquitetônica se perde no meio de tanta bagunça. Problema antigo Como dito, a questão não é de hoje; vem de longe. Ora melhora, ora volta a piorar. A transformação da antiga Praça de São Salvador – com seus bancos de madeira, jardins e canteiros arborizados – na plataforma de granito que hoje se vê, não tem volta. O que era aprazível, onde as pessoas se sentavam para aproveitar a brisa ‘do Nordeste’, virou uma grande frigideira de concreto. Mas o restante, que pode ser revertido, segue em declínio. Exemplo está no monumento de mármore, defronte ao principal shopping do Centro, há muitos anos pichado e cujo canteiro virou depósito de sacos de lixo. Nas imediações, um visual horroroso, onde cada cantinho serve para se acorrentar bicicletas.
Imagem desgastada fere nossa rica história e longa tradição Campos não nasceu com o perfil periférico que, com todo respeito, marca a criação de outras cidades, ‘constituídas’ a partir de siderúrgicas, de fábricas ou como consequência acessória da ocupação desorganizada do entorno de centros urbanos. Daí existir uma larga diferença de origem para cidades como Volta Redonda ou Duque de Caxias. Campos, que a contar o período de Vila soma quase 350 anos, exibe destacada importância política desde os tempos de colônia e, principalmente, no Brasil Império. Desde sempre foi referência econômica que, como consequência, resultou na influência política. Não por acaso foi a primeira cidade da América Latina a ter energia elétrica na iluminação pública, inaugurada pelo próprio Dom Pedro II, que por sinal com frequência visitava esta planície. Daí a indelével tradição, os grandes casarões e o acervo arquitetônico histórico. Omissão administrativa Portanto – pergunta-se – se a exemplo de Petrópolis ou Friburgo não temos DNA de periferia, por que exibimos imagem como se tal fôssemos? A resposta está na omissão do poder público, que
nas últimas décadas não apenas deixou de cuidar da cidade com o devido zelo, como também não investiu em projetos urbanísticos que permitissem que a cidade crescesse de forma organizada. Hoje, a própria construção, no início dos anos 70, do Palácio da Cultura (Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima), teria que ser observada com maior cautela. Afinal, uma praça inteira (Praça da Bandeira), de dimensões como poucas outras, deu lugar ao empreendimento. Mas, há 50 anos, seria de fato difícil tal análise. O então governo Rockefeller de Lima, de administração dinâmica e progressista, colocou o município em perspectiva de vanguarda, rompendo os laços tacanhos de então. Por outro lado, levando em conta que além da Praça de São Salvador, na área central da cidade só ficaram o Jardim São Benedito, a Praça do Liceu e o Parque Alberto Sampaio como grandes espaços de lazer, há de se pensar se a Praça da Bandeira não deveria ter sido preservada e o Palácio da Cultura erguido em outro local. Entretanto, não tem cabimento lançar crítica sobre o que há meio século, dentro de outra realidade, configurou-se como iniciativa acertada.
O monumento pichado erguido num canteiro mal tratado é o visual que há longos anos marca uma das áreas centrais da cidade
A tristeza de ver a cidade em decadência
Viaduto da Ponte Leonel Brizola forma um piscinão em dias de chuva
O leque do que se vem perdendo e dos problemas que se acumulam é vasto. Se a cidade não cuida de suas ruas e calçadas, tampouco fez planos para a mobilidade urbana. O trânsito é simplesmente caótico, vergonhoso, tendo piorado sobremaneira nos últimos 15 anos. Mas a cidade cresceu! – diriam alguns. Sim, mas não há justificativa para um trânsito tão ruim numa Campos erguida em planície, o que facilita a mobilidade. Não foram construídos viadutos, não se desapropriou o que lá atrás caberia desapropriar para favorecer o acesso, não se investiu em rotatórias e o transporte público não tem eficiência. Em outra ponta solta, também não se fez investimentos em áreas públicas de lazer, com projetos paisagísticos de qualidade, que trariam conforto
para a população, aproximando as pessoas da natureza e favorecendo o visual da cidade. Viaduto e Mercado - O único viaduto é um monstrengo de concreto que enfeia a cidade e transforma parte da avenida lateral ao Alberto Sampaio em piscinão nos dias de chuva. A ponte era necessária, mas com outra configuração. O viaduto, como foi erguido, não contemplou nenhuma sensibilidade urbanística. Para não ir ainda mais longe, dá pena de ver o Mercado Municipal como está. Um patrimônio do povo, quase todo cercado por tapume sabe-se lá até quando. Enfim, resta torcer para que as coisas mudem e Campos volte a ser a cidade bonita, agradável, limpa e iluminada que ainda é a marca predominante em sua história.
@GRUPOOUTSIDE
Grupo Outside participa do sucesso do verão Alô Farol 2020! O Grupo Outside acaba de fechar parceria com a Fundação Municipal de Esportes (FME) não apenas no Alô Farol 2020, levando também a FME para o Guarus Plaza Shopping onde serão desenvolvidas várias atividades, inclusive com a FLAFITT, primeira academia do Flamengo no Brasil. Qual é o caminho da administração pública em épocas de poucos recursos? Em Campos, o prefeito Rafael Diniz tem apostado na Parceria Público-Privada (PPP) para várias ações da Prefeitura. Um exemplo é o “Alô Farol 2020”, que movimenta a praia campista com atrações musicais, educacionais e esportivas, aquecendo a economia local durante todo o verão. Além disso, o prefeito esteve em Brasília recentemente, tratando de parceria com a Petrobras para manutenção do Heliporto de Farol de São Thomé. No Farol, pelo segundo ano consecutivo, o prefeito Rafael Diniz realizou uma PPP de sucesso com o Sesc, levando à praia campista nomes nacionais da música e do esporte. Em parceria com o Sesc, o palco do Farol já recebeu nomes como: Toni Garrido, Fundo de Quintal, Nando Reis, Leoni, Xande de Pilares, Paralamas do Sucesso, Péricles, Titãs, Blitz Mumuzinho. Semana que vem, será a vez de Vou Pro Sereno e Jota Quest, encerrando a programação. Os pratas da casa também estão sendo prestigiados com apresentações na Arena Show Farol e Lagamar,
Raphael Tuin, presidente da Fundação Municipal de Esportes, interagindo com as atividades voltadas para crianças com necessidades especiais.
além de Lagoa de Cima. Esportes — Na Arena Esporte Verão, todos os fins de semana, atletas, campeões olímpicos e ex-integrantes de seleções do Brasil, dão dicas aos amadores em várias modalidades. Já passaram nomes, como: Jackie Silva, Bernardinho, Hugo Hoyama, Neném, Benjamim, Luiz Negão, Vinicius Lira, San-
dro Mineirinho. Neste final de semana, o espaço recebeu Guilherme Prata. No próximo, acontece a II Corrida Rústica de Farol encerra a programação esportiva do litoral. Idosos — De iniciativa própria, a Prefeitura ainda tem uma ampla programação para os idosos de Campos. São aulas de hidroginástica, bate-papos,
atendimento médico, além de Aquadance — com temas diferentes a cada semana. Os idosos também participaram do Luau do Envelhecimento Saudável e ainda tem a Eleição do Garoto/Garota Piscina 2020, no dia 14 de fevereiro, às 15h; e o tradicional Grito de Carnaval, dia 19, às 16h. As atividades são na Colônia da Terceira
Idade do Farol de São Thomé. — É um verão voltado para a família, para a total segurança, gerando emprego, gerando renda, movimentando o comércio. Um verão que mais uma vez marca a história — destaca o prefeito Rafael Diniz. No primeiro ano da parceria, o sucesso foi tamanho, que ela se repetiu na Bienal de Campos e, agora, no Farol. Além do sucesso da programação de verão do Alô Farol 2020, a Fundação Municipal de Esportes desenvolve um trabalho sério com a população, incluindo programas para adultos e crianças com necessidades especiais. Mas não é somente isso: Semana passada, o prefeito Rafael Diniz esteve em Brasília, onde tratou da manutenção da Petrobras no Heliporto de Farol de São Thomé com o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque. Rafael Diniz levou dados ao ministro, mostrando a importância tanto para a Petrobras quanto para Campos, especialmente a população de Farol, a continuação da operação no heliporto, fomentando empregos e aquecendo a economia naquela região.
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Escritora e professora
Vilma Arêas
Os campos de uma escritora Premiada nacionalmente, autora campista reflete o Brasil, a literatura, os afetos
Ocinei Trindade Vilma Arêas é precisa nas palavras que registra e pronuncia. A escritora e ensaísta nasceu em Campos, em 1936. Partiu jovem para cursar a universidade de Letras, e, raramente volta à terra natal. O destino e o trabalho a levaram para São Paulo e Campinas. Por décadas, ela atua na Unicamp. Vilma recebeu
vários prêmios importantes como escritora. Na estante, guarda três troféus Jabuti, o mais relevante da indústria literária brasileira atual. A escritora Vilma Arêas é autora de Canção dos neurônios (1972); Partidas (1976); Na tapera de Santa Cruz: uma leitura
de Martins Pena (1987); A terceira perna (1992); Aos trancos e relâmpagos (1998); Iniciação à comédia (1990); Clarice Lispector: com a ponta dos dedos (2005); Vento sul: ficções (2011). Com o mais recente, Um beijo por mês (2018), levou o Prêmio Jabuti em 2019 na categoria “contos”. Foto: Folha Press/Divulgação
As máquinas são rápidas, mas a literatura é lenta, exige concentração. Acho que o livro nunca desaparecerá.
A senhora ganhou o terceiro Prêmio Jabuti recentemente com seu livro de contos “Um beijo por mês” (Luna Parque, 2018). Como se sente com esse reconhecimento? Na verdade eu não esperava ganhar, mas minha editora da Luna Parque, Marília Garcia, uma poeta inspirada, estava confiante. Ganhar é sempre ótimo. O que significam prêmios e os leitores para o escritor? São uma espécie de combustível e é muito estimulante encontrar novos leitores. Em sua participação em evento na Academia Campista de Letras, a senhora mencionou sobre não se preocupar com tempo e pressões para escrever livros. Qual o significado do tempo e como é seu processo de escrita? Escrevo todos os dias, mas publico pouco. Escrever é reescrever, assim como ler é reler. João Cabral ensinava que devíamos escrever como as lavadeiras lavam roupas à beira do rio: ensaboar várias vezes com intervalos; enxaguar com muita água e deixar as roupas secando ao sol. Literatura não é comunicação pura e simples. Posso dizer: estou com frio. Mas o poeta cria uma estrutura (abstrata como a própria língua) para nos passar a sensação de frio. Não é simples. Claro, me refiro aos textos curtos e poemas, que são a minha preferência pela concisão. Romances e novelas exigem outra estrutura. Em tempos digitais, a leitura ganhou dinamismo na Internet; as pessoas leem mais, segundo pesquisas. Mas, os livros ainda não figuram entre os hábitos mais frequentes. O que acha disto? As máquinas são rápidas, mas a literatura é lenta, exige concentração. A máquina engana a dificuldade com a velocidade, o que é uma rima, mas não é uma solução. Acho que o livro nunca desaparecerá. A senhora tem experiências com conto, literatura infantil e romance, além de ensaio. Tem preferência por estilos? Não acredito em “literatura infantil” (leia “Uma entrevista” em Um beijo por mês). Literatura ou é ou não é. Se um adulto não se interessar por um livro infantil, ele não é bom. "Alice no país das maravilhas" até hoje encanta crianças e adultos. Temos bons autores nesse gênero, mas não são muitos. Não escrevi Aos Trancos e Relâmpagos pensando o livro como sendo “juvenil”, batismo da editora.
Aliás, sendo uma novela, ele é fragmentado como tudo o que escrevo. Os núcleos são: a descoberta da morte, do amor e da literatura. Uma garota entre 10 e 12 anos quebra a cabeça para entender esse triângulo. A senhora escreveu um ensaio sobre Clarice. O que representa essa autora em sua vida e para a literatura brasileira? Clarice Lispector virou santa e isso é um problema, porque só leem seus livros para adorar e isso não é leitura. Ela é uma escritora genial, mas irregular. E só chegamos a seus acertos pelos seus fracassos, como ela mesmo dizia. Machado de Assis afirmou que, se queremos destruir um livro, basta o abandonarmos ao entusiasmo cego, que acabará por matá-lo. Voltando ao seu recente livro de contos “Um beijo por mês”, o que inspirou essa obra? Cada livro passa pelo corpo de quem o escreveu, orientados pela invenção do que vivemos. A senhora nasceu em Campos dos Goytacazes, mas se mudou há anos para São Paulo, onde atua na Universidade Estadual de Campinas como professora na área de Letras. De Campos a Campinas, como é sua relação com a terra natal e a terra residente? “Há sempre um copo de mar/ para um homem navegar’, disse Jorge de Lima. Aprendemos muito quando viajamos, mas a base está fincada em nosso torrão, não acha? Aos 83 anos, sua jovialidade e lucidez, além do senso de humor, impressionam Se tivesse que dar uma receita para isto, o que sugeriria?
O nosso atraso brilha à tona, baseado principalmente na ausência de igualdade de nossa sociedade. A receita é: sem receita. Mas acho que o interesse pelo mundo, pela sociedade e pelas pessoas é fundamental. Sem esquecer a leitura dos que vieram antes. Se pudesse eleger apenas um livro que o brasileiro necessariamente devesse ler, qual obra apontaria e por quê? É impossível responder à pergunta com objetividade, em tão pequeno espaço. A senhora testemunhou vários períodos da História do Brasil, como as Eras Vargas e JK, além da Ditadura Militar e a redemocratização. Como encara o Brasil neste período atual tão polarizado? Pode ser que esteja polarizado, mas a regressão do Brasil desde 2016 é vergonhosa. O nosso atraso brilha à tona, baseado principalmente na ausência de igualdade de nossa sociedade. A perseguição da cultura do país impede que haja uma boa escola para o povo. Ora, esta desigualdade, uma das maiores do
mundo, não é um problema no Brasil, é um projeto. São palavras de Darcy Ribeiro, que fundou a UENF e foi expulso do país. Paulo Freire, respeitado e estudado nos USA e na Europa, como observei in loco, aqui foi preso. Anísio Teixeira, fundador da Universidade do Distrito Federal (RJ), melhor que a USP, no dizer de Antonio Candido, aqui foi morto sob tortura, em 1971 . Bastam esses três exemplos funestos para completar nossa vergonha. Vejam o documentário de nossa Petra Costa, candidato ao Oscar. Está na Netflix. Raras vezes fiquei tão deprimida. A senhora está escrevendo atualmente? Pretende publicar ou segue sem pressões editoriais? Estou com dois livros engatilhados: Bar dois Irmãos, ensaios de literatura brasileira e portuguesa, e Una furtiva lacrima, que encantou Macabéa no último livro da Clarice. Talvez daqui a 2 ou 3 anos esses meus livros apareçam, já estão quase prontos. Escreveria sua autobiografia? Para que falar de mim? Sou igual a todo o mundo, com qualidades e defeitos misturados. Para a senhora o que é mais importante na vida? A própria vida. Aos seus leitores de Campos dos Goytacazes deixaria uma mensagem? Tenham coragem e lutem pela igualdade de formação e oportunidades a todos os brasileiros. Sem isso seremos para sempre um país de segunda categoria, vendido e governado pela chusma de ignorantes, como agora.
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Tarso Marques, do Autoesporte e Caldeirão do Huck, fala com exclusividade para o Terceira Via
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arso Anibal Santanna Marques, o Tarso Marques, tem 44 anos, nasceu em 19 de janeiro de 1976, em Curitiba, no Paraná. Mas escolheu São Paulo para abrir o seu negócio. Foi piloto da Stock Car e da Fórmula 1, nesta, correu de 1996 a 2001. Ficou conhecido pelos seus projetos inovadores e audaciosos de customização de produtos, além da participação no Programa Autoesporte, da TV Globo, desde 2013, aonde faz coberturas especiais, e no Programa Caldeirão do Huck, da mesma emissora, desde 2015, aonde tem um quadro denominado “Lata Velha”. Tarso me recebeu na Tarso Marques Concept, a TMC, a sua empresa localizada na zona sul de São Paulo e, depois, no seu Stand, no Salão Duas Rodas, realizado no São Paulo Expo, também na capital paulista, para uma entrevista. De todos os seus projetos, quais que você mais se orgulha? A moto, que foi destaque no Salão Duas Rodas, no final do ano passado, foi um feito inédito! Acho que é um orgulho não só para mim, mas para o Brasil e, o primeiro carro que eu fiz, o Chevrolet Bel Air, 1959, laranja, que eu tenho até hoje. Tudo começou por causa dele. Acho que estes dois são os projetos mais importantes. Quais são os seus clientes mais ilustres? A gente já fez bastante coisas para um monte de gente bacana: o ator e político americano Arnold Schwarzenegger, o ex-jogador da seleção inglesa de futebol David Beckham, a cantora e atriz americana Jennifer Lopez, o cantor Michel Teló, o apresentador Luciano Huck, o piloto Rubens Barrichello, o DJ Alok, Hulk e Marlon, ex-jogadores da seleção brasileira de futebol... tem uma infinidade de pessoas conhecidas, que acabaram virando grandes amigos. Como que tudo começou na área de customização? Começou por acaso, era um hobby, antes mesmo de eu começar a correr na Fórmula 1, eu já gostava muito de Harley Davidson, principalmente, e carros antigos. Mas eu não gostava de nada original e na época, ainda não existia esta moto no Brasil, então, eu comprei a minha primeira Harley na Inglaterra. Eu mesmo desmontei e trouxe para o Brasil... até tentar montar a primeira moto e tentar fazer um carro antigo que comprei
Tarso Marques com o titular da coluna Esta moto foi destaque no Salão Duas Rodas de 2019 e vencedora, também no ano passado, da Bike Week Headquarters, considerado o maior evento de customização de motos do mundo, realizado em Daytona Beach, nos Estados Unidos.
todo destruído, desenhei o que eu queria e mandei para uma oficina para fazer. Fiquei 5 anos tentando e ninguém conseguia fazer como eu queria. Falavam que iria fazer, mas não ficava bem feito, gastava todo o dinheiro e nada saía como eu queria. Passei por umas 10 oficinas pelo Brasil e ninguém conseguia fazer. Aí eu decidi montar uma equipe e fazer no meu espaço para mim mesmo. Em 6 meses, a gente tinha terminado esta moto e este carro. Como eu tinha tirado alguns profissionais de outros empregos, decidi que não iria deixá-los na mão. Comecei a fazer um carro para um amigo e, também, comecei a usar o meu na rua. Muita gente queria comprar, eu falava que poderia mandar fazer outro para ela. Fazia o projeto e construía. Assim surgiram outras encomendas e acabou, por acaso, virando um negócio. Quanto tempo você tem este negócio? Desde 1999 que eu faço para terceiros, então, vai fazer 21 anos. O que a Fórmula 1 te passou de experiência na vida? Tudo. Não tem faculdade, não tem cursos, não tem nada que lhe ensine mais do que a Fórmula 1. Toda a parte de projeto, técnica, design, aerodinâmica, acumula muita experiência, muita bagagem, coisa que você aprende estudando em lugar nenhum, só na prática, vivendo isso, e isso é fundamental. Quais são os seus novos projetos? A gente tem muita coisa, não paramos de criar novidades. Temos muitos projetos de customização de carros antigos, uns vinte em andamento, de motos também, temos uma infinidade. Carros novos, temos Porsche, Mercedes, Ferrari e outros carros superesportivos. Temos os carros do quadro “Lara Velha” do programa de TV e mais um
super projeto, um carro que estamos desenvolvendo, um protótipo de alta performance, para colocar nas pistas neste ano, para competir com Porsche, McLaren, Ferrari... para termos o nosso carro de corrida. Nesta área de customização, você se acha o melhor do Brasil, quiçá, do mundo? Não gosto de rotular, mas procuro fazer o meu trabalho da melhor forma possível. Existem excelentes profissionais no mundo inteiro, no Brasil, cada um tem seu estilo. A gente faz um trabalho que ninguém faz, a gente customiza. Tem muita gente que troca peças, rebaixa, pinta, faz tuning... isso não é customização, a gente fabrica. Fazemos rodas, chassis... fazemos 100%. Não temos concorrentes, pelo contrário, ajudo até aos outros que querem fazer um trabalho de diferenciar um carro. É bom até porque estimula esta cultura. Tem muita gente com talento no país e tem lugar para todos. Quais foram as grandes realizações da TMC (Tarso Marques Concept)? Esta moto que foi destaque no último Salão Duas Rodas é um ícone, foi consagrada, ganhamos o mundial do ano passado com ela, não tem nada parecida no mundo, foi feita 100% aqui no Brasil. Mas todos os nossos projetos são assim, são todas obras de arte feita sob medida para o comprador. Todos os nossos projetos andam normalmente, seguem o estilo e o desejo individual de cada pessoa e feita sob medida e para uso específico. Quais foram as maiores premiações conquistadas pelo Tarso Marques? Ganhamos por diversas vezes, o Bike Week Headquarters, um evento realizado em Daytona Beach, na Flórida, nos Estados Unidos, que dura uma semana e teve 550 mil motos no último ano. Considerado o maior evento de customização do mundo. Nunca um brasileiro se classificou para este evento e, nós, já vencemos seis vezes na terra dos maiores customizadores do mundo. Então, somos muito respeitados lá. O Brasil é muito respeitado lá. É um orgulho para todos os brasileiros. Em relação ao SEMA Show,
o maior evento de carros customizados do mundo, realizado anualmente em Las Vegas, nos Estados Unidos, eu tive uma reunião com o Presidente da sua organização. Já fomos convidados para o evento, eu já participo fazendo cobertura para o Programa Autoesporte, da TV Globo. Como que teve início o quadro “Lata Velha”, do Programa Caldeirão do Huck, da TV Globo? O Luciano Huck me ligou um dia, foi em 2015... e foi super bacana, pois o projeto tem um conceito diferente do que estávamos acostumado a fazer. Pois o “Lata Velha” tem um limite de orçamento e um prazo extremamente curto para fazer, teve um carro que tivemos de aprontar em 8 dias. É um compromisso difícil, pois normalmente pegamos o carro muito destruído para refazer. No final, o carro ainda tem que agradar ao Luciano (Huck) e a todos da família e, tem que ter o custo das peças viável, para o dono do carro conseguir manter. Mas, é prazeroso e satisfatório ao saber que estamos ajudando e realizando o sonho de alguém e, este carro, muitas das vezes, é um instrumento de trabalho. O que é a TMC? Nós somos um estúdio de design, mas não fazemos só carros e motos, fazemos também aviões, helicópteros, barcos, produtos, projetos arquitetônicos. Mas não aceitamos fazer um projeto comum, tem que ser um projeto bem elaborado para ficar super bacana, algo diferente, inovador, feito com o coração. Como você ver a Fórmula 1? É um esporte? É um negócio? No lado piloto, é a coisa mais sensacional que existe no mundo. Não tem nada igual à Fórmula 1. Os carros são perfeitos, não tem nada que se compare ao pior carro da Fórmula 1, as equipes são extremamente organizadas, a pior que seja. Nenhuma categoria automobilística chega perto da Fórmula 1. Por outro lado, tem a questão da política, que é algo nojento, tem algumas sacanagens. Costumo brincar, mas é a grande verdade: A Fórmula 1 é um grande escritório de negócio, onde as pessoas ali só pensam em dinheiro e, por acaso, tem uns carros que correm no domingo.
Você sabia?
O volante de um Fórmula 1 atual é muito leve, tem em torno de 23 botões e custa uma média de 30 mil dólares.
Datas da Apresentação
Carros e Equipes da Fórmula 1 para 2020
Saúde Ortopedista orienta na volta às aulas PÁGINA
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Riscos de usar mochila pesada e os cuidados que os pais devem ter com a coluna dos filhos Taysa Assis
As férias escolares não significam apenas um descanso para a cabeça dos estudantes. A coluna certamente agradece por ficar um tempo sem carregar mochilas pesadas. Mas, depois das semanas de folga, é hora de se preocupar com as obrigações do ano letivo e também com o peso do material escolar. O excesso pode trazer problemas na coluna. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o peso da mochila não pode ultrapassar 10% do peso da criança. O problema é que os livros estão cada dia mais pesados. O ortopedista, Gustavo Ribeiro, alerta que o ideal é que a mochila de alça seja composta por três pontos de apoio. Uma alça em cada ombro e uma terceira, usada para prender na cintura do estudante. Isso faz com que a coluna não seja sobrecarregada. “O excesso de peso nos ombros, provocado pelos objetos que as crianças transportam na mochila, pode prejudicar o desenvolvimento e contribuir para o desgaste da coluna vertebral”, alerta o ortopedista. “Nesse retorno de ano letivo é importante carregar o material da escola de forma pensada e somente o que for necessário. Ou seja, uma criança que tenha 40k levar somente 4kg
Fotos: Carlos Grevi
Dicas
Saiba o peso ideal da mochila. Não leve tudo, somente o indicado. Se o peso está maior do que o recomendado, reavalie. A troca do caderno por um fichário pode ajudar. l Lanche é na lancheira, e deve ser levada nas mãos. Se a criança tiver alguma queixa ou sinais como: l Dor lombar ou dorsal l Ombros e pescoço posicionados para frente l Postura encurvado pra frente, procure o médico ortopedista para avaliação Caso seja constatado algum problema na coluna vertebral, é na infância e adolescência o momento certo para intervir. l l
Luiz Felipe pela primeira vez usa mochila de ombro
Consulta médica | Ortopedista Gustavo Ribeiro avalia a coluna do pequeno Eydher que usa há dois anos mochila de ombro
ou ate menos. O peso nunca deve ultrapassar 10% do peso da criança. O acúmulo de material é prejudicial e nem sempre o que é levado está sendo utilizado na escola. Um dos problemas mais comuns que pode aparecer nas crianças e adolescente é a escoliose, hiperlordose - desvio na coluna na parte lombar e a hipercifose, na região torácica. O problema, muitas vezes, está na mochila pesada. É importante que os pais estejam sempre atentos aos seus filhos, pois essa percepção é de extrema valia para os primeiros sin-
tomas que eles apresentam. Normalmente, a criança não fala. Então, uma simples dor nas pernas, no joelho, uma postura indevida ou até curvada, devem ser analisadas pois esses são os primeiros sinais de que a mochila deve estar prejudicando a criança. Apresentando uma dessas complicações, é necessário levar a um médico ortopedista para que seja feita uma avaliação”, relata Gustavo Ribeiro. A rotina da família de Luiz Felipe Pessanha Capaverde, 5 anos, mudou em 2020. Este ano, o menino pediu aos pais para tro-
car a mochila de rodinhas. Desta vez, a escolha foi a mochila de ombro. O pai acatou ao pedido do filho, mas, para isso, ele impôs regras. “A gente conversou bastante, porque desde o ano passado alguns alunos da escola estavam usando a mochila de alça, e eu sou contra, por achá-lo novo, um peso desnecessário, e ainda por estar em fase de crescimento. Mas resolvemos dar essa oportunidade a ele, com algumas regras. Nós iremos levar a mochila até a escola e ele só irá pegar na entrada e depois na saída, para
que leve o mínimo de coisa possível e no menor tempo possível, relata o pai Luiz Felipe Capaverde. Na casa de Eydher Brayan Barreto, 9 anos, a mochila de ombro está, pelo segundo ano consecutivo, na rotina do menino. A mãe, Carla Barreto, declara que o acordo feito em casa, foi que ela também levasse a mochila e ele só a carregasse quando chegasse na frente da escola. Além disso, Carla está sempre atenta à quantidade de material levado pela criança. Os objetos mais pesados devem ser colocados no fundo da mo-
chila. Se tiver compartimentos laterais, a distribuição dos objetos deve ser feita de maneira que a carga fique equilibrada. Já nas mochilas de rodinha, os pais e responsáveis também devem ficar atentos. Elas são uma importante aliada nesse processo. Entretanto, quando o puxador não está bem ajustado, pode fazer com que ocorra a torção do tronco para carregá-la, o que também pode desencadear problemas. O ideal é ajustar o puxador em uma altura que permita que a criança permaneça com os ombros nivelados, sem encurvar o corpo.
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Política
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Recesso parlamentar termina dia 14
Próxima sessão ordinária acontece dia 18, mas Câmara de Vereadores deve voltar a parar durante o Carnaval Marcos Curvello Atrasado pela demora na aprovação do Orçamento de 2020, o recesso parlamentar continua até o próximo dia 14, em Campos. A Câmara de Vereadores só volta a se reunir no dia 18, quando acontece aquela que será, de fato, a primeira sessão do ano, já que a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) deveria ter ocorrido ainda em 2019. A Casa de Leis não divulgou a pauta, mas, qualquer que seja, ela servirá como uma espécie de termômetro para o prefeito Rafael Diniz (CDN), que terminou o ano com o prestígio em baixa junto ao Legislativo e amargou derrotas importantes num plenário em que já contou com ampla maioria de votos. Em ano de eleição, quando pré-candidaturas governam ações e discursos, a queda de popularidade do prefeito — que viu seu prestígio se desfazer após uma série de medidas de austeridade, conflitos com o funcionalismo e problemas na continuidade de serviços básicos, como coleta de lixo e manutenção de praças e parques — pode resultar em uma mudança no comportamento das bancadas da Câmara, na medida em que os vereadores passarem a defender de maneira mais aberta seus próprios interesses. Rebelião na base Em dezembro do ano passado, uma parte da base aliada de-
Fotos: Carlos Grevi
Divisão | Bancadas de situação, oposição e independentes foram reconfiguradas
Casa de Leis | Sessão do dia 18 será efetivamente a primeira do ano, já que a votação da LOA deveria ter ocorrido em 2019
sertou e montou um grupo de vereadores independentes, chamado G-8, que votou em bloco com a oposição, contra oito projetos de autoria do Gabinete do Prefeito. Parte dos textos tratava de questões polêmicas, que impactava diretamente o funcionalismo, com mudanças no pagamento de gratificação e alterações nos critérios de concessão de auxílio-alimentação e adicional de insalubridade a servidores públicos municipais. Os projetos foram rejeitados, no dia 17 de dezembro, com votação variada, mas, pelo menos 15 dos 25 vereadores se posicionaram contra cada uma das propostas. O resultado representa uma derrota para Rafael, que já contou com 19 vereadores em sua base aliada.
Independentes e indecisos, situação e oposição Após o levante protagonizado em dezembro, o G-8 sofreu baixas e se tornou G-5. Hoje, o grupo é composto por Igor Pereira (PSB), que liderou a deserção; Ivan Machado (PTB); Joilza Rangel (PSD); Marcelo Perfil (PHS) e Paulo Arantes (PSDB). Enock Amaral (PHS), Jorginho Virgílio (PRP) e Neném (PTB) retornaram à base aliada de Rafael, que haviam acusado, em dezembro, de pressionar os vereadores a votarem em projetos do Governo. Com isso, a bancada de situação passou a contar com 15 nomes, incluindo, ainda Álvaro Cesar (PRTB); Cláudio Andrade (DC); Fabinho Almeida (PPS); Fred Ma-
chado (PPS); Genásio (PSC); Jairinho é Show (PTC); José Carlos (DC); Marcelle Pata (PR); Rosilani do Renê (PSC); Silvinho Martins (PRP) e Vanderly Mello (PRB). Como são exigidos pelo menos 13 votos para se aprovar um projeto de lei na Câmara Municipal de Campos, o prefeito ainda conta com maioria na Casa. Mas, esta é uma vantagem apertada. Uma aliança do G-5 com a bancada de oposição — que tem Josiane Morumbi (Patri); Eduardo Crespo (PL); Cabo Alonsimar (PTC); Renatinho do Eldorado (PTC) e Álvaro Oliveira (SD) — forçou o Governo a reduzir de 30% para 20% o percentual de remanejamento da LOA 2020, que só foi aprovada, no último dia 14, após dias de negociação
Equilíbrio de Forças | Em ano eleitoral, prefeito pode ter dificuldades na Casa
entre as bancadas e independentes. Como o presidente da Câmara, Fred Machado, só vota em caso de empate, basta a discordância de dois membros da base para que a dinâmica do jogo mude e o governo volte a sofrer derrotas no plenário. Carnaval A Câmara volta a promover reuniões extraordinárias no dia 18, mas deve voltar a entrar em re-
cesso ainda este mês, por conta do Carnaval, que começa a ser celebrado na noite do dia 21 e segue até o dia 25. Porém, procurada pela equipe de reportagem do Jornal Terceira Via, a assessoria de imprensa da Câmara não informou qual deverá ser a duração do recesso, nem quando ele começa ou termina. Segundo a nota encaminhada ao jornal, o assunto “ainda será definido, de acordo com o presidente Fred Machado”.
Campos
Lojistas de Campos reativam CDL Jovem Movimento que tem objetivo de formar lideranças e sucessão empresarial já fez história na própria CDL
POSSE | O presidente Foto: Silvana Rust Ralph Azevedo Pereira falou ao lado dos membros da nova diretoria
Diretoria CDL Jovem Presidente Ralph Azevedo Pereira
Da Redação Ela sempre existiu como garantia de sucessão e formação de futuras lideranças, mas nos últimos anos caiu no esquecimento, embora seus egressos sejam sempre lembrados. A Câmara de Diretores Lojistas Jovem – CDL Jovem, que estava desativada, voltou a ganhar espaço na entidade, constituindo uma diretoria que já tomou posse. O presidente da CDL, Orlando Portugal, disse que a formação da diretoria da CDL Jovem que tomou posse informal na última assembleia ordinária da entidade, será um dos grandes feitos deste seu segundo mandato, porque este segmento sempre foi uma importante ferramenta de renovação do movimento lojista. "Temos esse exemplo aqui na nossa CDL, quando olhamos para Marcelo Mérida, que saiu deste movimento jovem, presidiu a casa várias vezes e chegou à presidência da Federação
das CDL´s do Rio de Janeiro, o cargo máximo aqui no estado. Exemplos como o de Fábio Paes, Roberto Escudine, Norival Manhães que chegaram à presidência da entidade, e outros. A renovação é muito importante e necessária", disse Portugal. Fábio consegue exoneração de secretário A rigor, o primeiro membro da CDL Jovem a assumir e sentar na cabeceira da chamada mesa dos adultos, como presidente da entidade, foi Fábio Paes, que ainda muito jovem conseguiu protagonizar ações que marcaram a história da entidade. Foi o caso da exoneração do secretário Estadual de Fazenda na época. Uma equipe de fiscais vinda do Rio estava atuando na fiscalização do comércio de forma agressiva, estabelecendo uma pequena indústria de multa. A CDL, com Fábio Paes à frente, conseguiu que o então secretário fosse exonerado o que teve uma forte repercussão
em todo o Estado do Rio de Janeiro. Mérida vira liderança estadual Outro que foi da CDL Jovem e que escreveu história no momento lojista do Estado do Rio de Janeiro, foi Marcelo Mérida Aguiar, atual presidente da Federação das CDLs do Rio. Mérida é considerado hoje uma das personalidades mais importantes do universo lojista fluminense, sendo diretor da Confederação dos Lojistas do país. Orlando Portugal disse que a CDL Jovem de Campos vai ocupar provisoriamente a Sala Fenícia do prédio da 7 de Setembro, até que seja discutido um ambiente definitivo. Ele também quer que a CDL Jovem atue em parceria com a Fundação CDL e uma reunião está prevista entre os membros da entidade com o presidente da fundação, Marcelo Arêas. Ralph Pereira é o presidente Para formar a diretoria desta
nova versão da CDL Jovem, o empresário Ralph Pereira, que ocupava o cargo de Diretor de Marketing na CDL, deixou a função para assumir a presidência. Para ele, trata-se de um grande desafio e a retomada da entidade era inevitável. Ralph Azevedo Pereira disse que conhece a importância do projeto e que este segmento fará a diferença atraindo mais jovens para a casa e, desta forma, não só estabelecer um ambiente de futuras lideranças, mas também garantir a formação de empresários preparados para uma economia que está mudando. "Eu fui estudar no Rio e depois voltei para tomar conta da empresa da família. A sucessão nos negócios é um tema delicado hoje, mas é preciso encarar de frente e, entre muitas coisas, estaremos permanentemente tratando destes e de outros assuntos em reuniões" disse o presidente da CDL Jovem, Ralph Pereira.
Vice-Presidente Artur Sá Diretora Financeira Stella Regina W. Rodrigues Diretor Jurídico Rodrigo Alvarindo Diretor de Responsabilidade Social Hugo Peixoto
Diretor de Mobilização Paulo Vitor Diretor de Capacitação Tarcísio Viana Diretor de Comunicação, Marketing e Eventos Ronaldo Amaral Diretor Comercial Leonardo Rodrigues
EDITAL DE PUBLICAÇÃO DE SENTENÇA DE INTERDIÇÃO O MM Juiz de Direito, Dr.(a) Marcio Roberto da Costa - Juiz em Exercício do Cartório da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de Campos dos Goytacazes, RJ, FAZ SABER a quantos este edital virem e dele conhecimento tiverem, que por sentença deste Juízo nos autos da ação n° 0047855-45.2011.8.19.0014, foi decretada a Interdição de Manoel Monteiro Sanges - Nacionalidade Brasileira - RJ - Profissão: Aposentado - Estado Civil: Solteiro - Data de Nascimento: 15/04/1937 Idade: 82 - Filiação: Pai - Manoel Ruiz Sanges Mãe - Clotilde Monteiro Sanges - CPF: 04496539780 - Cart.Trab.: 15246 060-RJ - Endereço: Avenida Vinte e Quatro de Outubro, n° 143 Asilo Nossa Senhora do Carmo - Turf - Club - Campos dos Goytacazes - RJ, sendo-lhe nomeado(a) CURADOR IZABEL CRISTINA SOARES ROCHA AZEVEDO - CPF: 01768059748 . Este edital será publicado por três vezes com intervalo de 10 (dez) dias, no órgão Oficial. Campos dos Goytacazes, 04 de dezembro de 2019. Eu, Veronica Abílio dos Santos Fernandes - Responsável pelo Expediente - Matr. 01/23197, o subscrevo. Campos dos Goytacazes, 04/12/2019.
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Foto: Carlos Grevi
Letra de mulher Vanda Terezinha Vasconcelos é segunda mulher a presidir ACL
Priscilla Alves Foi em um banquinho debaixo das sombras das árvores do Jardim São Benedito que a médica e pedagoga Vanda Terezinha Vasconcelos conversou com a equipe do Jornal Terceira Via sobre mais um de seus afazeres. Ela agora também é presidente da Associação Campista de Letras (ACL) e já planeja várias atividades para este ano. Porém, também destaca um grande desafio que já enfrenta: a busca por patrocinadores e apoiadores que possam ajudar a colocar os sonhos e planos em prática. “Hoje o maior desafio é encontrar pessoas envolvidas e que gostem de culturas e de arte, porque aqui não temos verba. As mensalidades dos associados são baixas e nós temos nosso espaço que precisa de conserto no teto e em outras partes, temos despesas para fazer as coisas acontecerem e precisamos muito de parceiros, seja em forma de patrocínio ou de apoio”, contou. Inspiração para novos projetos Quando fala sobre os planejamentos para este ano, que começa oficialmente na ACL no dia 9 de março, Vanda se empolga e mostra energia. “Março é o Mês da Mulher, então já estamos pensando em uma programação específica. Logo depois vem abril, que é o Mês do Livro, e junho é o Mês do Escritor. Então temos muita coisa pela frente. Queremos muito abrir aqui para uma maior participação das pessoas da comunidade de uma forma geral, atrair alunos, professores e agregar. Porque aqui é um espaço em que se fala de cultura, de arte... queremos fazer aulas práticas para alunos e promover debates e cursos que dêem horas acadêmicas a eles”, planejou. Vanda tem 73 anos e um currículo admirável. Além de ser formada em direito, pedagogia e medicina, é também professora há mais de 20 anos, médica do trabalho, pediatra e sanitarista. Vanda também é presidente da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, uma instituição com 99 anos de existência. “Sou a segunda mulher na presidência da Sociedade de Medicina e também a segunda mulher à frente da ACL. Ainda acumulo a função de primeira tesoureira na Fundação Benedito Pereira Nunes. Nenhum desses cargos é remunerado, mas eu faço com muito prazer. Me perguntam como eu tenho energia para dar conta de tudo e eu digo que o segredo é fazer. Eu apenas faço, não planejo tanto”, contou orgulhosa.
@crisales_
Volta às
aulas MAS COM ESTILO!
T
odo início de ano é aquela agitação do retorno às aulas. Por mais que nossos filhos amem as férias, dá pra perceber o quanto eles curtem essa expectativa de rever os amigos, curtir a escola e aprender sempre mais. Então nossa tarefa como mães é também embarcar nesse momento deles e fazermos de tudo para que eles se sintam cada vez mais motivados a começarem com pé direito o ano letivo, não é mesmo? E isso envolve muitas coisas... Material escolar, encapar esse material, mochila, tênis, uniformes, acessórios, lanches e até cortes de cabelo, rsrs. E gente acaba curtindo esse clima com certeza ao vermos nossas crianças indo ao encontro dos seus sonhos, e se eles forem todos estilosos, a gente fica mais boba ainda. Então se liga nessas dicas de como uma volta às aulas pode ser cheinha de estilo e bom gosto. Porque o uniforme pode ser básico né mores, mas nada como algumas referências de moda para imprimir ainda mais um toque de personalidade nos looks dos nossos “bebês” rsrs. Eu amoooo!
CRM:52530660
Murillo Sales | Todo estiloso da cabeça aos pés
Mel Lavinya | Toque de personalidade na tiara, mochila e tênis
Também chamada de “limpeza” pela maioria dos pacientes, a profilaxia dental tem o objetivo de remover as sujidades que não saem numa escovação normal. Remoção do placa bacteriana, de tártaro e também manchas externas, advindas da alimentação e medicação muita das vezes. O uso de ultrassom e curetas, de escovas com pastas específicas, a fluorterapia, além do jateamento com bicarbonato de sódio, são uns dos procedimentos realizados na clínica diária, a fim de evitar problemas bucais como a cárie e doenças da gengiva. Instagram @mariana.estefan_odontologia
CRO-RJ 35838
Profilaxia dental
Dra. Ana Maria Pellegrini
HIDRATAÇÃO INJETÁVEL – SKINBOOSTERS
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rata-se de uma hidratação de dentro para fora, com produtos a base de ácido hialurônico chamados Skinboosters, especialmente desenvolvidos para uma hidratação profunda. São diferentes do ácido hialurônico presente nos preenchedores, uma vez que os Skinboosters não aumentam o volume e nem preenchem sulcos. INDICAÇÃO É indicado para peles mais maduras, desidratadas e que precisam de uma hidratação mais eficaz. O objetivo é devolver o brilho, a maciez, hidratação, além de consequentemente suavizar as linhas finas em um processo não invasivo.
Dra MARIANA ESTEFAN Especialista em Dentística
22 99893-2573
R. Dr. Siqueira, 143 - Ed. Lumina -sl 1012 - Pelinca
TRATAMENTO É um procedimento médico, realizado em consultório, feito através de pequenas injeções de ácido hialurônico abaixo da pele. Pode ser feito ao redor dos olhos, face, pescoço, colo e em outras partes do corpo. O tratamento é praticamente indolor e não retira o paciente de suas atividades normais. Geralmente são indicadas 3 sessões, com um intervalo de 30 dias entre as mesmas.
Dra. Ana atende no edifício Medical Center, Rua 13 de Maio nº 286/512 Sala 12 Tel: 2733 4211.
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VIAsaúde Bruxismo Infantil O bruxismo infantil é um problema que afeta muita gente e isso não exclui as crianças. O hábito de ranger os dentes involuntariamente é também bem comum entre os pequenos e por isso é importante agir para evitar que o problema prejudique o correto desenvolvimento dos mais novos.
O bruxismo infantil,o ranger os dentes é comum até os seis anos de idade, já que a boca está aos poucos crescendo e acomodando os novos dentes. No entanto, o hábito deve ser observado e analisado por um especialista, já que além da consequência para a boca e os dentes, o bruxismo também pode ser um reflexo de problemas emocionais. O bruxismo infantil pode ser causado por ansiedade e stress decorrentes de diferentes situações às quais a criança é exposta: como uma rotina muito agitada ou uma mudança de rotina, como a chegada de um irmão, a separação dos pais ou uma mudança de escola, por exemplo. O bruxismo infantil também pode estar relacionado a diferentes problemas físicos, seja a má oclusão, ou mordida desalinhada. De qualquer forma, a melhor maneira de saber o tratamento ideal para cada caso é consultar um especialista.
SUA MENTE, SEU SUCESSO!
5 ATITUDES QUE ATRAPALHAM O EMAGRECIMENTO 1- Adiar o Início não seu processo para : segunda feira, depois das férias, depois do Carnaval.. O melhor momento não vem pronto. VOCÊ CRIA.
2- Terceirizar sua responsabilidade: colocar culpa no trabalho, nos filhos, no marido, falta de tempo , não ter dinheiro.. Assuma logo a sua responsabilidade para gerar estratégias para emagrecer mesmo num cenário desafiador.
3- Ficar focado e paralisado pelos obstáculos . Pergunta-se como faço para seguir meu plano de emagrecer mesmo com esse obstáculo? Seja estrategista!
4- Presentear -se ou confortar-se com a saída do seu plano alimentar dizendo "eu mereço". O que você merece de verdade, sair do plano ou alcançar seu meta?
5- Ter expectativa irreal e exigência que seu emagrecimento, tem que ser rápido e o mundo tem que colaborar. Preferir é diferente exigir. É aí qual dessas atitudes tem atrapalhado a emagrecer!!
Dr. Rodrigo Cerqueira e Dra. Luciana Cerqueira
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@priscylabezerra
TENDÊNCIA
TREND ALERT LENÇOS
Muitas vezes que busco inspirações para montar produções que tenham um toque especial (leia-se: lenços) não perco tempo e vou direto na busca pelas melhores combinações do mundo com eles - a maravilhosa Giovanna Battaglia - stylist e sempre muito interessante - faz isso como ninguém. Quer ver ?!!! Inspirem-se!
Alongando e finalizado com cinto
Enrolado no pescoço em produção divertida
Nada BÁSICA
A CLÁSSICA
CAMISA BRANCA
@brazlaura
@natsemensin
Mega Elegante | sem contraste com o look.
Chiquérrima dentro da cartela de cores do vestido
Sendo a cereja do bolo | Perfeito
Item indispensável e muitas vezes figurinha repetida, no guarda roupa da maioria das mulheres continua firme e forte na próxima estação. Selecionei quem vira e mexe, está se destacando no mundo digital com esta peça que eu amo.
@nativozza
@lalanoleto
PELE BRONZEADA X PELE QUEIMADA: ENTENDA A DIFERENÇA! Quem nunca quis ficar com a pele bronzeada que atire a primeira pedra! No entanto, muitas vezes os planos acabam saindo furados e, ao invés de pegar aquela corzinha dourada, a pele fica queimada. Todo bronzeamento vem de uma exposição prolongada à radiação UVA, que também é responsável pelo fotoenvelhecimento. Mesmo sabendo disso, muita gente gosta de ficar com aquela corzinha dourada - a qualquer custo! A pele bronzeada é diferente da pele queimada. A pele bronzeada surge devido ao aumento da melanina - pigmento cutâneo após exposição solar, como uma proteção. Peles claras possuem pouca melanina, por isso, tendem a se queimar com facilidade. Paula Marsicano Já a pele morena e negra apresenta maior quantidade, sendo capaz de produzir um bronzeado com maior facilidade. Dermatologia Integrada Por outro lado, o primeiro sinal de uma pele queimada é a sua aparência vermelha/ rosada. Além disso, ela pode ficar dolorida, Rua Voluntários da Pátria 500 sala 108 quente, sensível ao toque, podendo haver coceira. Em casos mais graves pode-se desenvolver pequenas bolhas; além de cefaléia, Ed. Platinum Tel: 22 3026-1819 febre, calafrios e fadiga... Não podemos esquecer que depois de 4 a 7 dias da queimadura a pele pode apresentar descamação. @paulamarsicano
CRM 52-815861
BELEZA
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Blue time á sabemos que segundo a Pantone a cor J de 2020 é o azul, mais especificamente o classic blue. Mas o que está nítido é que não só o azul clássico, mas todas as variações de azul ganham destaque nessa temporada.
E um dos meus tons preferidos é o SKY! Um tom super fresh e moderno que remete calma e leveza!
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Sem falar que o azul é uma cor super democrática. Da para fazer uma produção monocromática, ou combinar tons diferentes de azul na mesma produção. Já para quem gosta de brincar com as cores a dica é usar cores complementares como o laranja e o amarelo.
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Somos o único laboratório da região que possui uma abordagem médica exclusiva que usa informações genéticas para identificar, prevenir, diagnosticar e tratar doenças. A terapia certa, para a pessoa certa, no tempo correto. Somos pioneiros em todas as etapas da Medicina Personalizada. SAIBA MAIS SOBRE AS VANTAGENS E EXCLUSIVIDADES XY: • Identificação do risco e resposta aos mais variados tipos de tratamento; • A prevenção permite a intervenção precoce que previne patologias; • O paciente participa das decisões de prevenção e/ou do tratamento; • Personalização garantida: atendemos ao perfil genético do indivíduo apontando as melhores práticas.
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As festas que a sociedade campista movimentou nesse verão 2020: os aniversários de Nilo Mayerhoffer, Guilherme Aguiar, os 90 de Renato Moreira Ramos, os 40 de Laura Rodrigues Araújo, o de Magda Aquino Pessanha e o de Eliane Brasil. Seguem as fotos que bem demonstra alegria que imperou nos diversos ambientes. Estou de volta após as merecidas férias. Noite cultural Muito prestigiada a exposição `Letramento de cores e formas´ de Heloísa Raposo e Paulo Vitor Carneiro, no Palácio Cultural Carlos Martins, em São João da Barra. Durante coquetel aconteceu recital da pianista Diana Quitete. A cultura sempre será a melhor maneira de se expressar. Parabéns. Luto A querida Janice Andrade nos deixou nas primeiras horas da noite de quarta-feira. Com os seus 100 anos completos em dezembro, ´Jajá´, como era carinhosamente chamada pelos amigos, passa a viver a verdadeira vida de Paz junto aos seus que já partiram. Muita Luz em sua caminhada. Aqui vamos conviver com a saudade das suas hilárias histórias. Até breve!
A aniversariante Eliane Brasil festejadíssima: Silvia Braz com a filha Maria Vitoria, Isabela Bussade Rocha, Carlos Frederico Silva, Babi Teixeira e Karla Assed.
Magda Aquino Pessanha reuniu a família e íntimos amigos para um cozido supimpa na Vila Maria Júlia. Na foto ela cercada pelos filhos Gustavo, Osvaldinho, Carlos Magno e a nora Gracinha.
A adorável Elisa Mayerhoffer Peralva esbanjando beleza no verão de Atafona.
Laura feliz da vida na sua festa de 40 anos. O marido Rick e a filha Fernanda ajudaram nas atenções
Audrey Coutinho e Udinha Sense Ramos
candinhovasconcellos@gmail.com
Glauco Braz com Silvia, Júlio Pizelli, Larissa e Luiz Felipe Sales
Hugo Aquino Filho e Rubinho Glória
Renato Moreira Ramos feliz da vida com sua neta Carol e o filho Renatinho
Tiana Caetano emoldurada pelas amigas Elisa Peralva e Paula Pizelli
Os filhos de Renato e Udinha: Elisa Maria, Renatinho, Maria Inês e Tidoca
Painéis solares instalados no complexo de edifícios do Colégio Batista Fluminense
Colégio Batista Fluminense investe em tecnologia e sustentabilidade
O
tradicional Colégio Batista Fluminense, reconhecido por ser uma das melhores instituições de ensino do interior do Estado do Rio de Janeiro, em Campos dos Goytacazes, que desenvolve com os alunos projetos e atividades que contribuem para o desenvolvimento sustentável, aderiu a mais avançada tecnologia, a Solaredge em sistema fotovoltaico com foco em sustentabilidade e economia, com isso, o Colégio Batista também vai contribuir com o meio ambiente utilizando a energia renovável, que vem revolucionando o país. - A nossa missão é a formação de cidadãos com ensino de qualidade e para nossos alunos, fica o exemplo do profundo respeito que temos pelo meio ambiente, além da incontestável economia que teremos com o sistema de energia solar. Estou muito feliz e satisfeito com o profissionalismo da empresa Kûara que projetou e instalou todo sistema, afirmou o diretor do Colégio Batista, Pastor Jadyr Lima.
O CEO da Kûara, Guilherme Castro, afirma que a empresa segue firme em seu propósito de reduzir o impacto ao meio ambiente com essa obra que é considerada de grande porte que dará ao Colégio Batista autonomia energética. São quase 1.000m2 de telhado coberto que totalizam a incrível marca de 490 módulos instalados. - Em números, estamos falando de uma geração de 18.720 kWh* de energia por mês. Imagine uma economia de R$256.000* ao ano, isso é possível graças a tecnologia Solaredge implantada por nós. O nosso diferencial é o sistema MLPE, vale ressaltar que a KÛARA é a única empresa especializada no uso dessa tecnologia de ponta. Acrescentou Guilherme Castro. Segundo levantamentos, o Sistema de Energia Fotovoltaica implantado pela KUARA NOSSA ENERGIA no Colégio Batista Fluminense é tão importante que já representa 2,7% de todo o sistema instalado em Campos nos últimos 11 anos.
Para mais informações acesse o site www.kuaranossaenergia.com
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gabrieltrindads
Food
@mariailzadoces
Foto: Igor Gomes
>>> tips
E
ssa semana resolvi trazer para vocês uma novidade imperdível... Você que é de Campos ou que vem visitar a cidade, não pode deixar de visitar essa hamburgueria que está fazendo minha cabeça. Quem me acompanha em minhas redes sociais tem visto que semanalmente estou na Garage Burguer, meu novo parceiro, agora o meu point favorito onde, pelo sorriso na foto, não tem como não ficar feliz... Se tem coisa melhor que comer, desconheço. O cardápio tem uma imensidão de possibilidades deliciosas que você, querido leitor, tem que provar e tenho certeza que vai se apaixonar com eu; além do ambiente super descolado, um food truck super bem localizado, na varanda amarela, em plena treze de maio, bem alternativo, que te deixa a vontade pra degustar todas as delícias sem medo de ser feliz. Mergulhei em um mar de sensações ao experimentar esse sanduíche composto por 150g de um blend espetacular, suculento, regado a bacon, cebola caramelizada, cheddar, salada envolto a um apetitoso pão australiano. Essa mistura nunca poderia dar errado e você encontra aqui na Garage Burguer.
@garageburguercampos Rua 13 de Maio, 285. Varanda Amarela
#CloseCerto
Mini Ju Ribeiro? Tina, filha de Ju quebrou a internet com essa mudança de visual. Ficou rock n roll, belíssima!
Esse casal é babado! Stephany Bastos e seu boy Joaquim
Que gravidinha mais linda gente! Chegou aos meus ouvidos que o filho de Larissa Barcelos irá se chamar Joilson Barcelos Neto. Que venha com saúde!
Renato Paraíso que completou mais um ano de vida nessa semana
Ela é ligada no 220. Vale a pena acompanhar o ritmo saudável de Isabella Cabral
Mateus Vasconcelos em sua viagem a Machu Picchu
Ítalo Guimarães esbanjando saúde. Parabéns pelo seu aniversário.
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GENTE BACANA que é sempre bom encontrar por aí VIDA BOA
Quarentando na certidão de nascimento e com energia que não passa dos 20, Laura Cunha Rodrigues Araújo arredodou a idade e comemorou com festança das ótimas na casa dos pais Vânia e Dedé Rodrigues em Atafona. Méritos dela reunir na área externa uma quantidade expressiva de belas mulheres, saudáveis, elegantes, de alegria farta e astral lá nas alturas. Muitas delas levando seus filhos que reunidos já vai sendo formada a nova geração da sociedade campista. Dj Rodrigo Bueno cuidou do som que revezou com o cantor PC Aquino e banda, indo do MPB, funk e pagode pra combinar com a tarde informal. O troféu de mais animada, depois da aniversariante, claro, foi para a Silvia Braz, que não perdia uma oportunidade de mostrar que além de moda entente de vários ritmos, gingados e requebrados.
Maria Vitória Braz e Cecília Siqueira Rodrigues
VIVA ELA!
Laura Araújo e Rachel Teixeira, ambas Cunha Rodrigues
Vânia Rodrigues e Babi Teixeira
CORAÇÕES VALENTES
Em meado de janeiro Anginha Andrade orava por tempo de falecido do filho Olavo, na mesma missa, na igreja de Santana, em que Valeria Sampaio Péres orava por 1 mês de saudade do filho Pablo. Esta semana seu coração entristece mais uma vez, pois sua mãe Janice se foi para outro mundo, deixando a ausência para a eternidade.
VENTO SUDESTE
O fim de semana pelas bandas de Chapéu de Sol e Atafona no último fim de semana, foi de alto grau de intensidade chic. Baixou lá para dias entre família e amigos Karla (Assed) e André Barbosa com a filha Isabela Bussade da Rocha com o marido Marcos Coelho da Rocha e filhos Antônio e Francisco, Silvia Bussade Braz e Glauco Braz com filhas Maria Vitória, Maria Antônia e Maria Isabela,... uma constelação de estrelas da medicina, moda, empresariado... nacional e internacional. Bem vindos sejam nossos campistas de muito valor.
BENÇÃOS
Júlia Neves, Silvia Braz, Biba Strommer e Gabriela Neves Henriques
Fernanda e Candinho Vasconcelos
Isabela Bussade Rocha com filhos Antônio e Francisco
Chegados da Espanha, onde moram, nossa Angélica de La Riva e o marido Marcos de Quinto, vieram até o Rio de Janeiro para batizar a linda Sofia Fernanda. Hoje a menina recebe as bençãos de Deus, dos padrinhos e do padre, Vai molhar a cabeça na pia batismal do Outeiro da Glória, as 11 horas da manha, diante de amigos e família. Depois todos seguem para a uma recepção em uma cobertura da Avenida Atlântica carioca, com vista pro mar de Copacabana.
Dona de impressionantes olhos verdes e médica eficiente que sabe muito bem cuidar deles, Eliane Brasil Barbosa foi festejada como merece. Babi Teixeira, amiga fiel para todas as horas, abriu as portas da casa de Chapéu de Sol para festejá-la com prazer. Amigos como Edvar Junior e Ricardo Bueno foram fundamentais na produção da festa. Felipe Tamy cantou, Ricardo Sá animou a pista improvisada, e por ai foi, com Leonardo Pinheiro e filhos João e Gabi ajudando a distribuir atenções aos grupos de amigos íntimos da casa.
Alex Morales e Lia Manhães
Rita Bicudo Manhães
Sid e Edvar Jr com Karina e Milton Jr
Dedé Rodrigues, Pc Aquino e Felipe Cunha
CAPAS DE REVISTAS
Desde o último domingo o peito estufado dos campistas demostraram todo o orgulho de duas conterrâneas que andam fazendo muito sucesso na midia nacional e internacional. Falo de Silvia Braz e Babi Teixeira, a mulher da moda e a arquiteta de mão cheia, que comecaram a semana tomando conta de capas e recheio de revistas nacionais, mostraram todo o taçento profissional e pessoal de ambas. Silvia fulgurou na capa da revista Ela do jornal O Globo e da revista Vogue Brasil, assim Babi no interior da revista em 4 páginas e também em capa da renomada Casa e Jardim do mês de fevereiro. São páginas e mais páginas enaltecendo o nome de Campos dos Goytacazes, com muito prazer. A gente vibra!
VOLANTE
Depois do sucesso do aplicativo Uber, usado como transporte corporativo, com preços diferenciados e mais em conta para o bolso dos usuários, foi chegando nos mesmos moldes o chamado 99 para várias cidades, o campista Mopy e o VaideQ que anda atendendo as praias de São Francisco do Itabapoana. Felizes os que precisam, sao disputados pelas empresas, economizam e ainda detem dos melhores servicos na concorrência.
A anfitriã Babi Teixeira com homenageada da noite bacana em Chapéu de Sol, Eliane Brasil
FELIZ TUDO
Nessa semana, Gugu Oliveira, Marcelo Barreto, Renata Freire, Eliana Martins Xavier, José Azevedo, Totonho Aguiar, Ronaldo Sales, Carol Landim, Valéria Nunes, Sérgio Porto, Breno Romano, serão altamente festejados e abraçados pelo aumento de idade. Muitas felicidades a todos vocês!!!
Karla e Carlos André Barbosa
AL MARE
Mauricinho Vasconcellos com Dimitri Viana e esta coluna estarão à bordo de um catamarã no próximo dia 15,em Búzios, para ver o por do sol no melhor estilo. A contribuição para com a tripulação, gente linda e bacana com astral lá nas alturas, será com som e drinks em uma festa espetacular. De quatro da tarde às oito da noite.
QUEM VIVER, LERÁ
João Vicente Alvarenga, vai lançar ainda neste semestre, um livro que só pelo título já se pode esperar uma grande polêmica e gerar muita curiosidade. ¨O Ó DO BOROGODÓ - Teatro Trianon em Cenas Obscenas - Suas Misérias e Sua Glória¨. Nesta obra, o professor, ator, poeta e escritor, promete contar, com riqueza de detalhes, os bastidores do Teatro Municipal Trianon, desde à época em que esteve à frente da Instituição até os tempos atuais, segundo sua visão. Nitroglicerina pura!!!
TÁ CHEGANDO A HORA
Em se tratando de criatividade nos nomes dos blocos de Carnaval, difícil algum lugar tirar o título do Rio de Janeiro. Geralmente com duplo sentido e de forma irônica e engraçada, desfilarão esse ano pelas ruas da capital, ¨Balança Meu Catete¨, ¨Encoste Que Ele Cresce¨, ¨Largo do Machado, Mas Não Largo do Meu Copo¨, ¨Me Enterre Na Quarta¨, ¨Só o Cume Interessa¨, ¨Se Não Quiser Me Dar, Me Empresta¨, dentre vários outros. Aqui na nossa cidade, saiu ontem pelas ruas do centro o ¨Pink Blocu¨, até o ¨Varanda Amarela¨.
RIO DAS OSTRAS
Família unida e festeira como essa, conheço poucas. Neste flash os irmãos Alessandra, Aline, Kiki, Bárbara e Mauricinho, todos Vasconcelos, festejando a irmã Isabela, no Condomínio Beira Rio, em Rio das Ostras.