Jornal Terceira Via 191

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CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 21 A 27 DE JUNHO DE 2020

Nas bancas por R$ 1,50

NÚMERO 191 Fotos: Carlos Grevi

Vítima | Mayara Mendes teve ferimentos graves

Junho sem

Arraiá Entidades filantrópicas preocupadas com o cancelamento das tradicionais festas

PIPAS

CAPA

Brincadeira que pode matar

Uso da linha chilena por pipeiros é ilegal e tem provocado acidentes PÁGINA 03 AloysioBalbi Fiscalização de veículos

A Postura Municipal não está para brincadeira nesses tempos de Covid-19. Além da fiscalização nas ruas da cidade, o órgão notificou mais de 10 proprietários para remover veículos estacionados de forma irregular pelas ruas do município. PÁGINA 04

Marcou época e agora é saudade

Tirando as praias aqui da Região, em especial as de SJB e do Farol, a preferência do campista se divide entre Guarapari e, numa terceira opção, Cabo Frio/Búzios. Por isso, a despeito da pandemia e de se estar no inverno, merece registro a erosão costeira de Meaípe. PÁGINA 05

Instituto do Câncer do NF inaugura Casa Horizonte

Foto: Carlos Grevi

Espaço de acolhimento oferece estrutura para receber pacientes do SUS em tratamento

Se

cobre menos

Nem todo dia é dia de ser perfeito PÁGINA 03

A Casa Horizonte, no Centro de Campos, foi idealizada pela equipe médica oncológica do Grupo IMNE (Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia) para proporcionar conforto e bem-estar no processo de cura do paciente. Para sair do papel, a Casa Horizonte contou com uma ampla rede de solidariedade em Campos. Além de pessoas voluntárias, como André Braga e médicos, empresas contribuíram para o projeto. O principal colaborador foi o Grupo IMNE. PÁGINA 07

Apoio | Espaço é para acolher pessoas de outros municípios em tratamento em Campos

Foxy eyes A maquiagem do momento PÁGINA 07

Hospitais alertam para falta de anestésicos em todo o Brasil

Cirurgias eletivas são as mais prejudicadas PÁGINA 09 Foto: Carlos Grevi

Pessoas em situação de rua são um desafio para autoridades Praças da cidade cada vez mais ocupadas

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As lindas Paparazzi Carol Faria e Thais Madeira aniversariantes da semana

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O XY Diagnose cuida da sua saúde junto com você. Por isso, reforçamos a importância do uso da máscara.

R. Conselheiro Otaviano, 198 | Centro | Campos dos Goytacazes – RJ www.xydiagnose.com.br | @xydiagnose


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Especial

21 A 27 DE JUNHO DE 2020

O perigo cortante que vem do céu Linha chilena ou cerol tira das pipas o sabor da diversão e pode transformar a brincadeira em tragédia

Bernardo Rust e Mariane Pessanha Ela está presente nas brincadeiras de crianças e até adultos, colore os céus e está nas páginas do livro “O Caçador de Pipas”, do escritor afegão-americano Khaled Hosseini. A pipa, ou papagaio, é um dos brinquedos mais democráticos do mundo e capaz de garantir a diversão por menos de R$ 2. Mas, em mãos erradas, esse brinquedo pode se transformar em tragédia. A auxiliar financeiro Mayara Mendes é um exemplo disso. Ela levou quatro pontos no rosto depois de um acidente causado por uma linha de pipa. Mayara conta que estava indo para casa, voltando do trabalho, de moto, em Guarus, quando percebeu que foi atingida por um objeto. Segundos depois sentiu o sangue escorrer pelo rosto e parou para ver o que tinha acontecido. Nervosa, pediu ajuda à mãe, que a socorreu e a levou para o Hospital Ferreira Machado. “Na hora, eu tive que tirar a máscara que estava usando e limpar meu rosto porque o sangue veio para o olho e eu não enxergava mais nada. Tive medo de acabar sendo atropelada enquanto ia para a casa da minha mãe. Só não aconteceu coisa pior porque eu estava usando a máscara. Depois do acidente, comprei uma antena, que já coloquei na moto para aumentar a minha segurança. Que isso sirva de alerta para as pessoas. Linha de pipa, com cerol ou outros materiais, não é só brincadeira e pode causar a morte”, diz Mayara. A antena, citada por Mayara, é um item de segurança que já chegou a ser obrigatório no Estado do Rio de Janeiro, através da Lei 7.374/2016, de 27 de junho 2017. Entretanto, em maio do ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tornou-a institucional ao considerar que cabe à União legislar sobre trânsito. Outro item de segurança importante para quem anda de moto é o capacete, mas Mayara não estava usando porque, segundo ela, a distância entre o trabalho e a casa dela, era próxima. A auxiliar financeiro explica ainda que no dia do acidente fez um percurso diferente do normal porque a rua onde passa estava cheia de gente soltando pipa. “Achei que pudesse ser perigoso, por estar de moto e desviei o caminho. Acabou que a outra rua também estava cheia de pipas”, diz. Vale ressaltar que a pipa, com linha comum, não traz nenhum risco à vida. Porém, se utilizada com cerol ou a linha chilena torna-se um risco nas ruas. Lei Estadual No ano passado, o Governador

Cerol na mão | Pipeiros ignoram os riscos de graves acidentes e continuam a utilizar a linha chilena ilegal

Wilson Witzel reeditou a Lei nº 7784, de 2017, que “proíbe a comercialização, o uso, o porte e a posse da substância constituída de vidro moído e cola (cerol), além da linha encerada com quartzo moído, algodão e óxido de alumínio (linha chilena), e de qualquer produto utilizado na prática de soltar pipas que possua elementos cortantes, e dá outras providências." Ao texto original foi acrescentada a proibição à “feitura informal”. Por ser uma Lei Estadual a competência da fiscalização é da Polícia Militar. Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que “Segundo o comando do 8º BPM, o batalhão não atendeu a nenhum registro relevante sobre casos envolvendo linha chilena. Vale ressaltar que o batalhão segue atuando ostensivamente e de maneira estratégica

em toda a região para reprimir ações dessa natureza e que caso sejam encontradas linhas chilenas, os detentores serão conduzidos junto com o material à delegacia mais próxima para registro dos fatos.” Ainda de acordo com a nota, diante de incidentes sobre linha chilena, a população pode acionar as equipes da Polícia Militar através do número 190. O anonimato é garantido. No âmbito municipal, tramita na Câmara de Vereadores um Projeto de Lei do vereador e presidente da Casa, Fred Machado, que prevê que seja disponibilizado o serviço do Disque-Denúncia, para que sejam feitas denúncias de uso, fabricação ou comercialização de produtos. Também dispõe sobre multa para quem descumprir a proibição, sendo pessoa física ou estabelecimento comercial.

Segundo a assessoria do vereador, o Projeto de Lei foi formulado diante da necessidade de estabelecer a proibição do uso e comercialização de materiais como “cerol” e “linha chilena”, uma vez que são comumente utilizados por adultos e menores de idade que soltam pipa. Flagrantes Apesar de proibidos, tanto o uso quanto à comercialização de linha chilena e cerol, a equipe do Jornal Terceira Via encontrou algumas irregularidades. No Parque Prazeres, por exemplo, um grupo de cinco a oito menores, todos com idades entre 8 e 14 anos, foram flagrados utilizando a linha chilena. O grupo ainda se arriscou atravessando a rua sem o devido cuidado. Carros e motos dividiam espaço com as crianças.

Mayara Mendes| Levou quatro pontos no rosto ao ser atingida por linha

Com um corte em uma das mãos, causado pela linha chilena, um dos menores disse que acidente assim é normal acontecer, pela linha ser “potente”, e que “já se acostumou”. Já no Novo Jóquei, a equipe flagrou um adolescente que estava tentando soltar a pipa, enrolada na fiação elétrica. Ele ignorava o risco de sofrer uma descarga elétrica ou até mesmo acabar rompendo um dos fios e causar um acidente na rede elétrica. A equipe também flagrou a comercialização da linha chilena. No bairro da Penha, a equipe de reportagem encontrou uma tenda montada na Avenida Newton Guaraná, que é a principal e mais movimentada via do bairro, com todo o material à mostra, inclusive a linha chilena. Uma viatura da Polícia Militar passou pelo local e sequer olhou para a barraca.

O dia em que Campos ficou três dias sem energia por causa de uma pipa Aloysio Balbi Campos ostenta na história a posição de ser a primeira cidade da América Latina a ter luz elétrica, mas isso não impediu o fato de ser a única cidade que ficou sem energia elétrica por 72 horas, exatos três dias por causa de uma pipa. Foi no ano de 1975, quando a rede elétrica no interior do estado do Rio de Janeiro era gerida pela extinta Companha de Energia do Rio de Janeiro- CERJ-. A pipa danificou um transformador, quando populares tentaram retirá-la do equipamento. Houve um efeito cascata em toda rede e nenhuma manobra conseguiu resolver o problema. Nem mesmo a termelétrica de Furnas, em Guarus, conseguiu transmitir energia para a rede. O comércio teve seu funcionamento comprometido, a indústria parou e os restaurantes amargaram grande prejuízos. Muitos campistas saíram da cidade e as escolas não funcionaram. O engenheiro da então CERJ, que chegou a ocupar o cargo de superintendente na região, Pedro Franco, hoje aposentado, disse que pipas sempre foram problemas quando soltas em áreas por onde passam fios energizados, mas que esse caso foi inusitado. Uma operação de guerra foi montada para restabelecer a energia, o que durou quatro dias. Ninguém foi responsabilizado. Campos coleciona prejuízos e tragédias provocadas por essa combinação entre pipas e rede elétrica. Uma que chama a atenção aconteceu em julho de 2013, quando a menina Vitória Carvalho Dias, de 11 anos, morreu ao receber uma forte descarga elétrica enquanto brincava na calçada em Guarus. Vitória Carvalho Dias estava com outras crianças. Segundo familiares, um menino teria tentado puxar uma pipa que estava presa

Problema |Técnico retira pipa enrolada em linha de transmissão na rede elétrica. Um dos fios arrebentou e atingiu Vitória e uma outra criança de dois anos, que sobreviveu. O isolamento parece mesmo estar fazendo as pessoas voltarem a soltar pipa em Campos, embora essa seja uma temporada desta brincadeira lúdica, mas que já fez muitas vítimas desde quando inventaram o chamado cerol – mistura de cacos de vidro mistura com cola – colocado nas vinhas e rabiolas das pipas. Hoje em Campos, o número de consumidores de energia elétrica prejudicados por interferências na rede elétrica provocadas por pipas passou de 9,4 mil, de janeiro a abril de 2019, para 42,5 mil no mesmo período deste ano, segundo dados da Enel.

Já no Parque Aurora, em uma loja na Avenida Nossa Senhora do Carmo, a linha chilena é comercializada sem qualquer tipo de medo ou temor por parte dos proprietários. Além da venda ilegal, havia aglomeração de pessoas na porta do estabelecimento. Sem estatísticas Apesar de acidentes como o de Mayara acontecerem nas ruas de Campos, não há registros sobre acidentes envolvendo pipas no Hospital Ferreira Machado. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade essas estatísticas não são computadas. No 5º GBM, a situação não é diferente. Segundo a corporação, normalmente é feito o registro do acidente, mas não a causa. Já a Prefeitura de Campos informou que as fiscalizações são realizadas em armarinhos, porém, não é especificado o tipo de crime pelo qual o comércio foi autuado. Para denunciar Ainda de acordo com a prefeitura uma forma importante de coibir a venda de produto como o cerol é por denúncia, pois, através dela, a fiscalização vai até o fornecedor que estiver infringindo a lei estadual. “Ações conjuntas, de combate a utilização deste produto, estão previstas para serem realizadas em breve envolvendo a Secretaria de Segurança Pública, Superintendência do Procon e outros órgãos de segurança. Canais de contato da superintendência do Procon: Os números disponibilizados, exclusivamente, para whatsapp são: (22) 9817-93645, 981793399, 98179-3579, 98179-3736, 98175-0791. Denúncias direcionadas ao órgão podem ser enviadas ao endereço eletrônico atendimento.procon@campos. rj.gov.br. Denúncias à Secretaria Municipal de Segurança Pública podem ser feitas através do número (22) 98175-2058.


AloysioBalbi Com Girlane Rodrigues

Boa notícia Tem boa notícia, pelo menos no papel. O deputado federal Wladimir Garotinho, revela que conseguiu R$ 25 milhões para concluir as obras do novo campus da Universidade Federal Fluminense – UFF-, cujo canteiro de obras está praticamente abandonado. Essa obra é extremamente necessária, pois o abandono compromete todo a estrutura que já foi feita.

Tudo virtual O supermercado Assaí Atacadista, em Campos, é o primeiro a implantar a opção de pagamento por QR Code, que explodiu durante as doações financeiras em lives nas redes sociais na pandemia do coronavírus. Dessa forma, o cliente não tem contato físico com funcionário ou máquina de cartão do estabelecimento, contribuindo assim para minimizar a possibilidade de contágio da Covid-19. Essa nova forma de pagamento está disponível em todas as lojas da rede espalhadas pelo país. Tudo virtual II Para utilizar o aplicativo, o consumidor deve informar, no caixa, no momento do pagamento, a opção pelo PicPay. O sistema irá gerar, então, um QR Code, visível na tela do caixa. Para finalizar a compra, o cliente deve escanear o código com o seu próprio aparelho celular. Toda a transação é realizada em segundos e não há custo adicional para o uso da tecnologia. Fim da picada Com a PL encaminhada à Assembleia Legislativa do Rio pelo Governo do Estado, Campos corre mesmo um eminente risco de ver privatizada a Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF. Não podemos deixar barato isso, até porque ninguém tem dinheiro para comprar aquela estrutura. É preciso que Campos se levante contra esse absurdo. Campos perde Outro absurdo que está prestes a acontecer é um golpe mortal no Colégio Agrícola Antônio Sarlo, uma das escolas que tinha grande prestígio, mas aos poucos, foi sendo sucateada e perdendo a sua finalidade. Hoje funciona, digamos assim, a meia bomba, mas poderá implodir de vez se depender da política educacional do estado, ou reduzida a quase nada.

Opinião

Nem reza forte Nem reza forte consegue resolver a questão da Ponte da Integração ligando os municípios de São João da Barra e de São Francisco do Itabapoana. As obras, quase em fase de tratamento final, empacaram. Promessas e mais promessas, e o tempo vai passando. Como se não fosse importante para a economia regional. Essa ponte que já foi batizada com o nome do ex-presidente João Figueiredo talvez precise de ajuda dos militares tão influentes no governo Bolsonaro, para finalmente deslanchar. No aguardo Essa semana poderemos ter boas notícias vindas da Assembleia Legislativa. É que será votada uma matéria, com muitas chances de ser aprovada, que acaba com essa disputa desleal na cobrança de impostos no Rio de Janeiro e do vizinho estado do Espírito Santo, em algumas áreas. Tudo deve acontecer na quarta-feira. Ficar no aguardo. Oremos O arcebispo do Rio, Cardeal Dom Orani Tempesta, divulgou uma mensagem anunciando a retomada das celebrações presenciais no Estado. A partir do primeiro fim de semana de julho, as missas voltam a ser realizadas com portas abertas, mas com uma série de cuidados, como lotação reduzida a 1/3, uso de máscara, distanciamento e higienização. Fiscalização de veículos A Postura Municipal não está para brincadeira nesses tempos de Covid-19. Além da fiscalização nas ruas da cidade, o órgão notificou mais de 10 proprietários para remover veículos estacionados de forma irregular pelas ruas do município. Entre os veículos, há carros, caminhões e até carcaças de veículos espalhados por todo o canto, como Parque Imperial, Guarus, Parque Tropical e Jóquei Clube. Se não houver a remoção em tempo hábil, os veículos serão rebocados, avisou o superintende do órgão.

O caçador de pipas

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esde sempre, pipas fazem parte da infância, principalmente dos meninos. É uma brincadeira lúdica, que colore os céus, até que os fios de energia elétrica começaram a ser estendidos pela cidade. Ao mesmo tempo, inventaram o cerol, tornando a linha da pipa uma arma, capaz de degolar pessoas. Tão lúdica que as crianças aprendem que pipa “avoa”, palavra que consta no glossário desta brincadeira. A expressão “pipa solta” é gíria da moda, para definir pessoa livre, mas na verdade pipa solta refere-se a pipa que foi “cortada” no chamado cruzamento, o embate entre dois pipeiros que com habilidades nas mãos, fazem em terra esse duelo no ar. Fato é que pipa é uma brincadeira entre crianças dos sete aos 17 anos, mas hoje homem feitos, alguns de até 40 anos, se distraem com a atividade e passam para as crianças a mazela do cerol e a competitividade entre eles. O escritor afegão Khaled Hosseini, emplacou um clássico na literatura contemporânea mundial, com o livro “O caçador de pipas”. Quem o leu sabe que Hosseini elevou a venda do teu livro

às nuvens, exatamente por escrever sobre um tema universal, afinal pipas são sonhos e sobre isso ele tratou. A urbanidade com a chegada da rede elétrica acabou transformando pipas em algo perigoso. Neste sentido, é preciso reeducar as crianças, definindo lugares onde possam brincar livres do perigo dos fios energizados, assim como combater essa prática do cerol, cujo nome é dado até a grupos de extermínio tamanha potencialidade de ferir e matar. Assim como aconteceu com os até então inofensivos, hoje proibidos balões de São João, que são lindos no céu, mas que quando caem podem provocar tragédias de grandes proporções. Hoje em Campos, nesta época do ano empresas contratam vigilantes noturnos para mirar o céu e com uma vara, impedir que o balão caia sobre ela. Assim como motociclistas, vítimas preferenciais das linhas de cerol, usam uma antena para impedir a degola. Não queremos ser caçadores das pipas das crianças. Queremos que elas possam ludicamente brincar, pois mesmo em tempos de drones, a pipa continua fazendo sucesso nas mãos das crianças de todas as classes.

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A escola em casa

ssim que acordei ontem, minha neta me disse: - Vovozinha, o dia hoje não começou bem. - Por quê? O que aconteceu? - Minha colega da escola perdeu o pai para a COVID19. Ouça a mensagem que ela mandou para a turma e para os professores. Ouvi e me emocionei. Uma mocinha de 15 ou 16 anos, com uma voz bem triste, relatava que o pai, antes saudável, havia perdido a vida na noite anterior. Falava também da quarentena séria que todos em sua casa fizeram e, ainda fazem. Chamaram minha atenção a delicadeza, a maturidade e a dor doída impressas na fala da garota. De imediato, me pus a pensar nessa “escola em casa” que tem acontecido nesses tempos de pandemia e nos estudantes de modo geral. Já tive oportunidade de falar, várias vezes, da desigualdade de oportunidade de acompanhamento das aulas on-line pelos alunos que não possuem acesso à internet e mesmo a uma boa máquina para tal. Isso é básico! Hoje, porém, gostaria de tratar de outros aspectos. Tenho observado que várias escolas, por esse Brasil de meu Deus, têm tentado transportar, de certo modo, toda organização de uma aula presencial para a modalidade on-line. O esforço é louvável, principalmente dos professores que de uma hora para outra tiveram que se organizar e utilizar várias ferramentas diferenciadas, adotar uma didática de interatividade à distância para trabalhar o conteúdo planejado para 2020. Mas o ano de 2020 exige outras ações. Aquele planejamento pedagógico e de vida, que foi feito, no início do ano, não atende mais às exigências desse ano em curso. O tempo é outro. Melhor dizendo, o mundo é outro. Vejo famílias aflitas, angustiadas seja porque algum membro perdeu o emprego, seja porque há pessoas próximas doentes, seja porque um ente querido faleceu ou porque alguns precisam trabalhar por vários motivos e não podem ficar em casa se resguardando e protegendo os seus, seja porque moram em dois cômodos e a família é grande, seja porque falta dinheiro para o sustento, seja porque a mãe, além dos trabalhos domésticos, precisa ajudar os filhos com as tarefas on-line e também executarem seus trabalhos à distância, seja porque muitos maridos impacientes com a situação de isolamento social ficam agressivos... As dificuldades são muitas nesse tempo de crise sanitária que, aqui, no Brasil, é desumanamente agravada por uma crise política. O que aqueles que pensam, dirigem, executam a educação poderiam fazer para responder, com mais eficácia e sensibilidade, a esse momento? Antes de tudo, prestar atenção ao tempo de tela a que o aluno ficará exposto. Não é possível manter o mesmo tempo do período escolar de forma on-line, como, por exemplo, das 7 às 13 horas. Quanto aos conteúdos, a sugestão é atermos ao essencial e à fixação dos pressupostos básicos. A quantidade de exercícios e de exigências deve ser dosada. Afinal esses exercícios também serão feitos on-line. Outro problema é a quantidade de computadores, tablets e celulares que devem ficar disponíveis, quando os pais estão trabalhando à distância e os filhos estudando. É importante lembrar de que as crianças também estão confinadas, muitas delas estressadas, ansiosas, com muitos porquês, sem contato com colegas, primos, avós e que tudo isso interfere no bom ânimo. Seria importante propormos, junto aos estudos, bons filmes, desenhos animados, entrevistas com pessoas da família, diário da quarentena por um certo período de tempo, leitura de um livro escolhido por eles, videoconferências, rodas de poesias (cada aluno escolhe uma para ler para os colegas via internet), lives, que conversem com algum conteúdo ou mesmo com a vida cotidiana trazendo boas mensagens e humor etc. Mais vivência, mais leveza, menos conteudismo. Alguns críticos podem apontar que os estudantes ficarão prejudicados cognitivamente com essas adaptações. Não ficarão. Este será um ano em que os alunos poderão até perder em quantidade, mas ganharão em qualidade, em aprendizagem de vida e para a vida.

Pandemia divorcia de DIREITO, quem já estava de FATO Cláudio Andrade - Vereador de Campos dos Goytacazes

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casamento para alguns é algo inesquecível, sublime, histórico e que deveria unir o casal para sempre. ‘Até que a morte os separe’, já diziam os padres, há séculos, antecedendo o beijo simbólico dos noivos. Para escritor irlandês Oscar Wilde o casamento é o fim do romance e o começo da história, será? Qual história esse fenômeno da escrita estaria se referindo? Aquela escrita dentro do relacionamento, onde temos que ser pacientes, solidários, inteligentes e focados para manter a chama do eterno amor acesa ou a história pronta, rotulada, fantasiosa, estática, posta, diariamente por milhões de casais nas redes sociais? Nosso amado Nelson Rodrigues já dizia que só o cinismo redime um casamento, pois para ele é preciso muita desfaçatez para que um casal chegue às bodas de prata. Será o que o jornalista pernambucano e torcedor fanático do Fluminense queria dizer ou antever? A pandemia chegou e não pegou desprevenidos somente a ci-

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Sistema de Comunicação Terceira Via CNPJ 15.205.202/0001-47

ência, os profissionais da saúde e os poderes públicos. A COVID 19 tomou de assalto o cotidiano de muitos casais que, por não estarem juntos o dia inteiro, dormindo em muitas situações, em quartos separados, ao chegarem a casa, perceberam que o teatro social do ‘bom casal’ não é possível de suportar na coxia. A hiperconvivência entre os casados ganhou inesperados ares de Big Brother e já é fácil adivinhar quem está no paredão: o relacionamento. Tudo que era colocado comodamente para debaixo do tapete subiu quem nem poeira e começou a circular pela casa como o vírus da verdade. Nesse contexto, o olho no olho, que antes da pandemia quase não acontecia, deu lugar a discussões de relacionamento sem que haja a possibilidade de fugir dos desconfortáveis temas. Agora, entre uma roupa pendurada no varal e uma máscara de proteção secando ao sol, há sempre o sexo inexistente há anos, o desleixo corporal e o amor negligenciado na pauta. Ficou difícil conviver? Não! Claro que não! Ficou difícil ter que

enfrentar a realidade que era relativizada quando o casal sai de casa às 6h da manhã e retornava tarde da noite. O falso oxigênio que a rua proporcionava aos casais de fachada deu lugar ao respirador artificial do convívio diário e, às vezes, ininterrupto. A bengalesa Madre Teresa de Calcutá dizia que um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor. Será que a pandemia e o isolamento social, necessários, estão transformando a aparência dos relacionamentos em novo amor ou servindo para abrir a porta da casa para o fim do relacionamento? Finalizo com uma frase célebre do escritor carioca Machado de Assis que de forma brilhante disse que cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar. Que a pandemia está separando os casais isso está, mas é verdade também que após muitas tempestades surge o arco íris, vai que na sua casa hoje o dia está ensolarado, após uma noite de muita chuva? Eu ainda creio, e você?

Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Direção Executiva Martha Henriques - Diretor Geral Fábio Paes Diretor de Jornalismo Aloysio Balbi Chefes de Reportagem Girlane Rodrigues e Roberta Barcelos - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Elton Nunes - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ Impressão: Parque Gráfico do Jornal O Globo. Tel: (21) 2534-9579/ comercialpg@infoglobo.com.br


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TRISTE IMAGEM | Cenário de devastação num dos litorais mais prestigiados do ES

O fim de uma época

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Praia de Meaípe, no litoral capixaba, vai se despedindo

nquanto o mundo insiste nos debates inócuos e discussões estéreis sobre como preservar o meio ambiente – sem, contudo, realizar nada de efetivo e concreto – o aquecimento global vai se tornando uma realidade cada vez mais presente, acarretando, entre outras consequências, o aumento do nível do mar, com reflexo direto na erosão costeira. Assim tem sido no Brasil e em áreas litorâneas de diferentes partes do mundo – vítimas dos de-

sastres climáticos que se intensificam ante a ação predatória do homem. A praia de Meaípe, um das mais belas do litoral do Espírito Santo, está desaparecendo. O que poderia ter sido um ‘avanço isolado’ do mar, em meados de 2019, foi se consolidando, e as imagens aqui reproduzidas, de março deste ano, se mantêm inalteradas. Tristeza – A faixa de areia praticamente não existe mais. Foi-se o espaço que marcou as férias de verão e feriados prolongados de várias gera-

Mar avança sobre a bela faixa de areia que marcou gerações

ções. Da praia em curva, belíssimo visual de enseada, cuja visão alcançava de uma ponta à outra – bem como a Igreja de Santana, bem ao ‘fundo’, no alto – só ficaram lembrança e saudade. Tristeza! As enormes amendoeiras, que davam sombra natural aos banhistas, também se foram. Da praia calma, sem ondas, em que as marolas se desfaziam bem antes da faixa repleta de barracas, onde famílias inteiras, gente de todas as idades, contemplava a beleza do lugar, – não sobrou praticamente nada.

Os bolinhos – Já não existe o vaivém incessante dos que se exercitavam em caminhadas, bem como o som característico dos vendedores de picolé, de espetinho de camarão, de salgadinho e das tradicionais cocadas. Não se pode esquecer os famosos bolinhos de aipim, camarão e carne, classificados como ‘Patrimônio Cultural Brasileiro’, fritados nos quiosques logo acima da parte de areia. Quem frequentou, se lembra do bolinho da ‘Tia Júlia’, que de ‘bolinho’ só tinha o nome – era enorme.

TRANFORMAÇÃO | Acima, o espaço onde se vê os carros estacionados à direita, já não existe. Ao lado, a praia lotada com os banhistas abrigados sob a generosa sombra da grande amendoeira

Pertinho de Guarapari e muito frequentada pelos campistas, praia é referência desde os anos 70 Como já dito, a destruição costeira é um evento que vem afetando várias praias brasileiras, e o litoral capixaba não escapou. Nos anos 80 e 90, a praia de Marataízes desapareceu. Foi preciso um ‘quebra-mar’ para impedir que as ondas atingissem todo o lugar. Mas a praia em si virou um extenso areal, que projeta o mar para longe. Não é a mesma coisa. O mesmo fenômeno vem alcançando outros balneários do ES, como Piúma, por exemplo. Meaípe, entretanto, pela proximidade com Guarapari – praia mais famosa do estado – ganhou destaque a partir dos anos 70 e virou referência, pas-

sando a ser muito frequentada, inclusive, por campistas. Hotel – Há cerca de 50 anos foi construído o Hotel Gaeta – um dos maiores de toda região, só rivalizando, então, com o Coronado, em Guarapari, e com o Espadarte, em Iriri. Defronte à praia, com seus cinco andares de apartamentos amplos e todos com varanda, o Gaeta impulsionou o turismo em Meaípe. Piscinas, área de lazer, parquinho, sauna, salão restaurante, grande sala de estar, recepção, elevador que chegava à garagem e um amplo varandão de frente, alto e imponente – o hotel trouxe con-

forto e sofisticação ao lugar. Há cerca de 10 anos, infelizmente – logo, sem nada a ver com o avanço do mar – o Gaeta fechou para obras de reparo e restauração. Por algum motivo, as obras pararam e o hotel mais charmoso da praia continua fechado. Moquecas – Paralelamente – também há mais de 50 anos – começou a fazer sucesso o Restaurante Gaeta, não tardando a ficar famoso por servir uma das melhores moquecas do Brasil, com repetidos prêmios no Guia 4 rodas. Não menos conhecido, logo chegou o ‘Cantinho do Curuca’, com seu enorme salão – o maior de toda região –

igualmente várias vezes premiado pelas deliciosas moquecas de peixe, camarão e lagosta. Bom que se diga, outros restaurantes também fazem parte do circuito gastronômico de Meaípe, todos de altíssima qualidade. Tudo isso fazia crescer o prestígio de Meaípe, que ganharia um divisor de águas: a Boate ‘mais’ – que durante longos anos foi a mais famosa de todo o litoral do ES, com shows que atraíam frequentadores assíduos desde Vitória até Cachoeiro – sem falar de estados vizinhos. Infraestrutura se mantém - A orla

de Meaípe vem sendo reparada, com obras que ficaram ainda mais atrasadas com a pandemia. De toda sorte, não existe mais a faixa de areia. A praia, ao que tudo indica, não retornará, senão por vontade da natureza. Por outro lado, a sobrevivência dos restaurantes, face à tradição conquistada, não depende do banhista. As pessoas frequentam pelos longos anos de boa comida. Já os hotéis, também de excelente nível, apesar da falta de banhistas, possivelmente se manterão graças à proximidade com Guarapari, distante 5 minutos de carro.


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Destaque

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Casa Horizonte de portas abertas Espaço oferece hospedagem e alimentação gratuitas para pacientes com câncer tratados pelo SUS

Fotos: Carlos Grevi e Silvana Rust

Girlane Rodrigues O Instituto do Câncer do Norte Fluminense inaugurou, no dia 8 de junho de 2020, a Casa Horizonte, primeira casa de apoio e hospedagem para pacientes em tratamento de câncer da região. O espaço – no Centro de Campos - foi idealizado pela equipe médica oncológica do Grupo IMNE (Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia) para proporcionar conforto e bem-estar no processo de cura do paciente. O diretor clínico do OncoBeda, Diogo Neves, é um dos idealizadores da Casa Horizonte. Ele explica que o usuário poderá dormir, tomar banho, descansar e até se alimentar, graças a uma rede de solidariedade e apoio. “Os interessados vão passar por uma triagem social, onde será verificado o perfil do paciente. É importante observar que a casa não oferece serviço de assistência à saúde ou tratamento terapêutico, mas abriga o paciente para estadia”, disse. Como Campos é referência regional no tratamento de câncer e recebe pacientes de cidades como Macaé, Conceição de Macabu e Quissamã, eles chegam de manhã e só retornam para casa no final do dia. Muitos não se alimentam bem, nem descansam. “Há também o risco de acidente nas estradas diariamente. Permanecer na Casa Horizonte durante o tratamento – que pode durar até dois meses - é mais uma segurança, além do conforto e minimização de sofrimentos”, garante Diogo. A assistência na Casa Horizonte permite mais qualidade de vida e busca contribuir positivamente com o resultado do tratamento, essa é a expectativa do médico radio-oncologista, Ronaldo Cavalieri. “A casa é equipada com cozinha e camas, por exemplo, e vai dar suporte para que os pacientes tomem os remédios adequadamente e descansem. Isso vai incentivar a continuidade do tratamento de radioterapia, que é diário e pode se tornar desgastante sem essa estrutura de acolhimento. Nesse espaço, os pacientes poderão passar horas, não necessariamente precisarão dormir lá”, afirma Cavalieri. Uma equipe multidisciplinar do Grupo IMNE visita frequentemente a casa. De acordo com a assistente social Simone Monteiro Xavier, os pacientes hóspedes seguem as regras para que a casa seja sempre um espaço harmonioso de convívio. A casa tem capacidade para receber 16 pacientes. Primeiro paciente O primeiro paciente a se hospedar na Casa Horizonte foi o pedreiro Delson Saturnino, de 64 anos. Ele mora em Macaé e faz tratamento de radioterapia para combater um câncer de próstata. Delson chegou à casa no dia 8 de junho e pretende ficar até o dia 25 de julho, quando concluirá o tratamento. “Eu acordo, mantenho tudo organizado e limpo. Estou dividindo a casa com um outro paciente e a filha dele, que veio como acompanhante. Tem dias que eu preparo nossa refeição, tem dias que ela prepara e assim vamos vivendo por aqui”, conta. De acordo com Delson, antes de

Primeiro hóspede | Delson Saturnino chegou de Macaé no dia 8 de junho e vai ficar na casa até concluir o tratamento de radioterapia

Pacientes | Hospedagem gratuita falicita continuidade de tratamento

Oncologista | Diogo Neves idealizou a Casa Horizonte ser acolhido na Casa Horizonte, ele saía de Macaé às 6h30 e chegava a Campos por volta das 9h. “Eu ficava sentado em uma praça esperando dar a hora do meu tratamento. Depois de fazer a radioterapia, eu continuava esperando os outros pacientes durante a tarde, para só então conseguir voltar para Macaé. Era muito desgastante”. Segundo Delson, outro agravante para o tratamento era a preocupação com o dia seguinte. “Eu não dormia bem, pois ficava preocupado com a hora de levantar para não perder o ônibus. Se eu não conseguisse

Radio-oncologista | Ronaldo Cavalieri apoia o serviço

chegar a Campos, sabia que o tratamento ficaria comprometido. Estou achando tudo muito bom por aqui. Falo todos os dias com a minha esposa por telefone”, disse. Inspiração Antes das portas da Casa Horizonte serem abertas, os idealizadores visitaram espaços semelhantes no Brasil, como uma casa que funciona na cidade de Barretos, em São Paulo. “Nós pensamos na Casa Horizonte por cerca de dois anos, mas ela começou a ganhar forma no fim do ano de 2019. Agora, toda

semana eu vou até a casa, conheço os pacientes e vejo como eles estão animados e satisfeitos”, conta Diogo. A Casa Horizonte fomenta a iniciativa social do Instituto do Câncer, uma associação sem fins lucrativos, criada no ano de 2003, com o objetivo de apresentar soluções e ampliar serviços relacionados à oncologia em todo o Norte Fluminense, aumentando ações de prevenção e controle do câncer, além de promover saúde e bem estar aos pacientes e incentivar pesquisa e estudo científico em oncologia. “Estamos plantando uma semente que vai

crescer e frutificar. Essas ações sociais ajudam cada vez mais pessoas e refletem na saúde corporal e psicológica, passando pela autoestima do paciente”, comemora Diogo. Planos para o futuro O radio-oncologista Ronaldo Cavalieri explicou que a curto prazo novas atividades serão incorporadas à Casa Horizonte. Aulas de artesanato e outros projetos sociais serão oferecidos aos hóspedes e acompanhantes. O objetivo é ocupar o tempo dos usuários, proporcionando aprendizagem e futura geração de renda. A Casa Horizonte fica localizada na esquina das ruas Gilberto Siqueira e Saldanha Marinho, próximo ao Teatro Trianon.

Rede de Solidariedade Para sair do papel, a Casa Horizonte contou com uma ampla rede de solidariedade em Campos. Além de pessoas voluntárias, como André Braga e médicos, empresas contribuíram para o projeto. O principal colaborador foi o Grupo IMNE. Além dele, Ponto e Linha, Censanet, Isecensa, Lojas Kitem, Femac móveis, Estudio Ideia e COR. A rede de supermercados Super Bom promoveu uma campanha em que sorteava um carro e o ganhador escolhia uma instituição de caridade para ajudar. Uma das instituições ajudadas foi a Casa Horizonte, que passou a receber mensalmente um crédito para abastecimento da casa com alimentação não perecível.

Casa também acolhe acompanhante

Casa Horizonte | Tem capacidade para 16 pessoas e fica na esquina das ruas Saldanha Marinho e Gilberto Siqueira

José Luis, que faz tratamento contra o câncer, está hopedado na Casa Horizonte junto com sua filha, Liamara Minervino. Ela ajuda na limpeza do espaço e preparo de alimentos, além de organizar os medicamentos e conduzir o pai até a unidade de saúde para as sessões de radioterapia.



Saúde Temperatura despenca e casos de doenças respiratórias aumentam PÁGINA

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Fotos: Divulgação

Nas estações frias, os casos de sinusite, rinite e asma atingem 30% da população Letícia Nunes

Alergista | Dr. Ronald Young faz alerta

Com a chegada do outono e inverno, o número de espirros e tosses cresce já que muitas pessoas sofrem com as oscilações climáticas. Nestas estações mais frias, há um aumento da incidência de alergias respiratórias, que são ocasionadas justamente pelo tempo seco e a baixa umidade relativa do ar. Com isso, há uma redução dos mecanismos de defesa do organismo, o que favorece o aparecimento de doenças respiratórias como a asma, bronquite, rinite e sinusite, atingindo 30% da população mundial, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. Para ajudar a melhorar este quadro, principalmente neste momento, diante da pandemia do novo coronavírus que também afeta bastante o sistema respiratório, existem dois caminhos: a mudança de hábitos e a procura por assistência médica. Os cuidados e precauções em relação às doenças respiratórias têm que ser redobrados, tanto nas crianças como nos adultos. Convivendo há anos com um quadro de rinite e sinusite, a técnica em edificações, Lara Ribeiro, já sabe quais as medidas deve tomar a partir de mudan-

àqueles que procuravam o programa, fazendo a troca das receitas e oferecendo todo o suporte necessário. Mas, muitos pacientes com casos graves que a gente acompanhava não estavam buscando auxílio. A equipe do programa começou a fazer contatos telefônicos com essas pessoas para entender a situação de saúde atual e agora temos um resultado positivo com esse monitoramento, onde voltamos a assistir algumas pessoas que não estavam bem de saúde", explica. De acordo com o Programa Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, somente a asma atinge mais de 6 milhões de brasileiros, acima de 18 anos. Por isso, o programa municipal tem como objetivo atender os pacientes e alertá-los a respeito dos principais cuidados que devem ser tomados a fim de evitar piora no quadro clínico e assim manter uma condição de vida mais estável. "É importante ter todos os cuidados necessários e o programa tem esse papel importante de assistência. Os médicos também têm dado todo o suporte aos pacientes. Os profissionais permanecem no setor de 8h às 17h. Aqueles pacientes

Asmáticos | Doença se agrava com o tempo seco e frio do outono/inverno

ças climáticas e também com a indicação de sinais do próprio organismo. "Tenho que manter o ambiente em que estou bem arejado e limpo, seja minha casa ou trabalho. Mesmo antes da pandemia, já higienizava esses espaços para

Enfermagem | Proapar dá suporte a pacientes

evitar que a sujeira e a poeira se acumulassem perto de mim e os sintomas se iniciassem, como tosses e espirros. Além disso, é preciso buscar ajuda médica para de fato ter um diagnóstico, saber como será o tratamento e seguir as recomendações", diz. Programa de assistência Em Campos, existe o Programa de Assistência ao Paciente com asma e rinite (Proapar), que funciona na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e foi reorganizado para dar suporte a cerca de 2.500 pessoas acompanhadas. Segundo o responsável técnico, Jetro Pereira, a equipe começou a perceber que com as consultas suspensas, por causa da atual situação mundial, os pacientes deixaram de buscar informações, por isso houve a necessidade de promover mudanças. "Nós continuamos dando assistência

que são asmáticos, que têm rinite e não fazem parte do programa, o Proapar tem ainda buscado acolher essas pessoas, dar as orientações e, se necessário, fazer o atendimento. Mas, para isso, é importante apresentar um encaminhamento médico", ressalta.

Mudança de hábitos Para aqueles pacientes que têm necessidade de manter a medicação por uso contínuo, a informação principal, segundo o médico alergista, Dr. Ronald Young, é não suspender o tratamento. Além disso, o especialista recomenda a adoção de cuidados básicos no ambiente domiciliar. As mudanças nos hábitos de vida também contribuem para o aumento das doenças respiratórias, pois ficamos mais tempo em ambientes internos e expostos ao ar condicionado. As pessoas mais sedentárias, que dormem pouco e se alimentam mal, prejudicam a resposta de defesa do organismo. “A preocupação básica nesse período de pandemia está relacionada aquelas medidas já tradicionais: manter uma casa bem arejada, limpa e diminuir a quantidade de poeira, evitar o ventilador ou ar condicionado virado para o rosto das pessoas, pois resseca as vias respiratórias e nos deixam mais suscetíveis e o mais importante, manter o tratamento. Ao interromper o processo, o paciente fica mais vulnerável a complicações. Além disso, é muito importante tomar a vacina contra a gripe, que é eficaz e sabemos que nessa época do ano além do novo coronavírus estamos sujeitos também ao vírus da influenza que causa a gripe. Devemos frisar também a adoção redobrada dos cuidados de higiene e o uso de máscaras", pontua.

Escassez de medicamentos preocupa Aumento na procura após pandemia da Covid-19 fez gerar colapso na indústria farmacêutica que não consegue atender a demanda Girlane Rodrigues A pandemia da Covid-19 está fazendo surgir uma segunda onda de colapso no sistema de saúde. Se em um primeiro momento a preocupação era com a falta de respiradores, agora, a escassez de medicamentos e instabilidade no mercado farmacêutico estão no ápice da preocupação de dirigentes hospitalares. As linhas de sedativos, anestésicos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares estão em baixa no Brasil e no mundo. E não é por falta de fabricação, é pelo aumento da procura. Cirurgias eletivas – que não são consideradas urgência, como

remoção de vesícula, cálculo renal e tromboses – estão comprometidas nos hospitais todo o Brasil. Segundo o diretor de comunicação da Associação dos Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (Aherj), Leonardo Barberes, esses medicamentos que estão em falta no mercado são utilizados também em pacientes com Covid-19, para entubá-los, por exemplo. Por isso explodiu a procura não só no Brasil, mas no mundo. Se as cirurgias eletivas deixam de ser feitas, o paciente pode ter a saúde agravada e o caso se transformar em urgência e até emergência. A escassez de medicamentos começou a

acontecer em março, início da pandemia. Em contrapartida, o uso de medicamentos como cisatracúrio, atracúrio, rocurônio, vecurônio e outros explodiu. O Governo Federal está ciente do problema. Além do consumo desse tipo de medicamento, o que aumentou também foi o preço, que chegou até a mil por cento. Além disso, o mercado nacional e internacional de medicamentos ficou instável com a pandemia do novo coronavírus. “A lei da demanda e da procura é real. Os fabricantes estão produzindo os medicamentos em escala menor do que a procura, o que faz com que os preços subam. Antes, os hospitais tinham a

Linha de sedativos| Indústria farmacêutica não dá conta da demana e falta é registrada em todo o Brasil

opção de comprar diretamente dos fabricantes, mas agora, isso não é mais possível”, afirma Barberes. A falta de matéria-prima para a indústria pode ser um dos fatores comprometedores da produção em maior escala desses

medicamentos para atender a demanda mundial. Escalonamento Em todo o país, foi criado um escalonamento para o uso dos medicamentos bloqueadores neuromusculares. Na escala,

a prioridade de compra é do governo, depois são os hospitais públicos, em seguida os hospitais particulares e, na sequência, as clínicas. Apesar do escalonamento, o problema é real até nos hospitais públicos.



Campos Sem solução e com jogo de empurra PÁGINA

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Problema social em relação às pessoas em situação de rua em Campos segue sem perspectiva de mudança definitiva Foto: Silvana Rust

Ulli Marques Passam-se os dias e as semanas e os moradores da região do Jardim São Benedito seguem denunciando a presença ostensiva e a prática de atividades ilícitas por parte de pessoas em situação de rua que montaram uma "sala de estar a céu aberto" próximo ao Mosteiro Santa Face, onde freiras distribuem refeições e cestas básicas. Desde abril, o Jornal Terceira Via acompanha o caso e busca respostas por parte da Prefeitura e da Polícia Militar que, em um “jogo de empurra-empurra”, não apontaram soluções efetivas. A esperança dos residentes seria o Ministério Público. Contudo, o órgão conhecido por atuar como "guardião da cidadania", declara que as pessoas em situação de rua são cidadãos de direitos e que "não há como levar essas pessoas, contra a sua vontade, a equipamentos municipais". O Terceira Via recebeu diversos depoimentos desses cidadãos que residem em casas e apartamentos nas imediações do Jardim São Benedito e que se sentem incomodados diante do frequente uso de drogas, práticas sexuais, agressões, ameaças e furtos que aconteceriam no local. Eles também reclamam do acúmulo de lixo e entulho e do fato de essas pessoas em situação de rua terem reunido móveis e outros objetos de uso doméstico na praça, apropriando-se de um espaço que deveria ser de toda a população. "Se há os direitos dos 'moradores de rua', há também o direito não só daqueles que por ali transitam, bem como daqueles que moram e pagam um IPTU de mais de R$ 3 mil para que não seja respeitada a lei do silêncio, que tenha lixo acumulado, que as árvores e arbustos não sejam cuidados causando o aumento de insetos, que ocorram atos sexuais e promiscuidade em um local público... Se qualquer terreno baldio em que há muito mato, o proprietário é notificado e multado, qual o embasamento legal que permite que essa praça tenha essa quantidade de lixo e os

Praça São Salvador | Problema antigo que tem aumentado nos últimos anos, mas que piorou na crise

responsáveis não sejam penalizados?", afirmou uma moradora. Em relação às práticas ilícitas no local, a prefeitura de Campos declarou que essas são “casos de polícia” e que devem ser denunciados às forças de segurança. O 8º Batalhão da Polícia Militar, por sua vez, garantiu que vem realizando patrulhamento na área e orientou que os cidadãos entrem em contato com o Disque Denúncia (21) 2253-1177 ou com o 190 em situações emergenciais. Já no que se refere ao acúmulo de lixo e a ocupação da praça com móveis e demais objetos, a Superintendência de Postura informou que as notificações citadas pela denunciante acontecem somente em terrenos e imóveis abandonados com o intuito de evitar a proliferação de mosquitos e animais peçonhentos. Sobre a ocupação da praça da igreja São Benedito, a superintendência afirmou apenas que “avalia nova ação no local com relação a objetos que, porventura, estejam obstruindo passagem”. Higienização? Para os moradores da região do Jardim São Benedito que se pronunciaram ao Jornal Terceira Via, o

cenário ideal seria que as pessoas em situação de rua fossem levadas para abrigos ou que retornassem para casas de familiares e para suas cidades de origem. Contudo, muitas delas não querem sair dali e, diante dessa recusa, não há o que ser feito. Ao menos é que dizem a Prefeitura de Campos e o MPE-RJ. De acordo com o órgão fiscalizador, uma vez que as pessoas em situação de rua são cidadãos de direitos, sua vontade deve ser respeitada. Quanto à remoção dessas pessoas de um bairro para outro, em regra de bairros nobres para bairros não nobres, prática chamada de “higienização”, a 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Campos esclarece que “não tem funcionalidade”, pois o mais importante seria “garantir a cidadania dessas pessoas e viabilizar saúde e assistência, estimulando a sua autossuficiência, com educação, trabalho, tratamento médico e psicológico e restabelecendo elos que foram perdidos ao longo da vida”. Esse é o trabalho dos agentes do Centro Pop que, segundo a secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Pryscila Marins, fazem abordagens diárias, inclusive aos finais de semana, a fim de formar vín-

culos de confiança com essas pessoas, conversar, entender as suas necessidades e oferecer ajuda. “Nem todas as pessoas que estão na rua são ‘perigosas’. A maioria delas está ali porque não confia em mais ninguém e não se sente digno de uma vida ‘normal’. O trabalho dos agentes visa, justamente, resgatar essa confiança e mostrar que há alguém olhando por eles. No entanto, apesar de termos algum êxito, muitos ainda não desejam o acolhimento”, destacou Pryscila. Quando aceitam se dirigir aos equipamentos, essas pessoas re-

cebem atendimento especializado de assistentes sociais, psicólogos, bem como cinco refeições por dia encaminhamento para serviços de saúde, benefícios sociais, cursos e para o mercado de trabalho. Caridade Além das pessoas em situação de rua, a área no entorno da praça da Igreja São Benedito também vem sendo ocupada por outros que, apesar de não dormirem nas ruas, passam o dia no local a fim de garantirem todas as refeições distribuídas pelas freiras do Mosteiro Santa Face. Esse trabalho de caridade acontece há mais de 40 anos na sede e os alimentos são distribuídos a todos que buscam por eles. São servidas aproximadamente 120 refeições três vezes ao dia. Os pratos são preparados com alimentos doados ou comprados com a quantia arrecadada por meio da venda de salgados e trabalhos manuais feitos pelas freiras e vendidos na instituição. Em pesquisa no portal da Prefeitura de Campos, a equipe de reportagem notou que governos anteriores adotavam o discurso de que esse trabalho de caridade seria prejudicial principalmente àqueles que recebem o alimento, uma vez que os desmotiva a buscar ajuda especializada. A reportagem do Jornal Terceira Via questionou a atual secretária de Desenvolvimento Humano e Foto: Carlos Grevi

Jardim São Benedito | Ocupação irregular preocupa moradores da área

Social, Pryscila Marins, sobre o assunto. Segundo ela, os atos de solidariedade são dignos, mas devem ser feitos em consonância com as políticas públicas. “Aqueles que ofertam o alimento, fazem-no por uma questão de empatia. É o que chamamos de ‘assistencialismo’. Não sou contra essa atitude, mas é importante considerar que a distribuição, isolada de outras ações, deixa essas pessoas em uma situação, de certa forma, confortável. Porque não basta matar a fome quando não se trata o motivo dela. Nosso objetivo, enquanto governo municipal, é estabelecer uma aproximação com essas instituições de modo que elas se tornem vetores de informação e orientação para essa população de rua”, esclareceu. Abrigos Além do trabalho realizado pelo Centro Pop, Campos possui quatro abrigos para onde são encaminhadas as pessoas em situação de rua: a Casa da Passagem, o Abrigo Lar Cidadão, o Grupo Espírita Francisco de Assis e, mais recentemente, o abrigo provisório que integra o Plano de Ação para Pessoas em Situação de Rua no Combate à Covid-19, montado no Hospital Manoel Cartucho em março deste ano. Após fiscalização realizada nesses equipamentos do município, a 3ª Promotoria de Tutela Coletiva de Campos expediu uma recomendação para ajustes na estrutura física e na rotina (oferecimento de alimentação, tratamento médico e políticas públicas) no abrigo provisório. Também ajuizaram uma Ação Civil Pública na 1ª Vara Cível de Campos em razão de irregularidades na estrutura do Abrigo Lar Cidadão e instauraram um Inquérito Civil Público para apurar as deficiências do Centro Pop, que foi reformado, mas ainda possuiria deficiências. A secretária de Desenvolvimento Humano e Social garantiu que as solicitações do MP vêm sendo providenciadas dentro das possibilidades financeiras do município.

Comissão para acompanhar a Saúde

Em meio a suspeitas de corrupção no Estado, Câmara de Campos estuda criar órgão para supervisionar gastos da prefeitura Marcos Curvello A Câmara de Vereadores de Campos estuda a criação de uma comissão para acompanhar os gastos da Prefeitura no combate ao novo coronavírus. O órgão teria caráter temporário e atuaria enquanto durar a pandemia. A proposta contaria tanto com apoio da bancada de sustentação ao governo do prefeito Rafael Diniz (CDN) quanto da oposição e as tratativas já estariam adiantadas, dependendo apenas da oficialização pelo presidente da Casa, Fred Machado (CDN). A proposta surge em meio a denúncias de corrupção na montagem, pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, de Hospitais de Campanha para atendimento a pacientes de covid-19, e de operações da Polícia Federal (PF) para apurar desvios de verbas públicas nas secretarias municipais de Saúde de Cabo Frio, na Região dos Lagos, e Carapebus, no Norte do Estado. Segundo nota encaminhada ao Jornal Terceira Via, as discussões internas para criação da comissão estão acontecendo. "O presidente da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, Fred Machado, ressalta que é favorável a toda iniciativa de atuação parlamentar que tenha como objetivo

Foto: Reprodução

tratar da pandemia da Covid-19, seus efeitos no município e formas de mitigação, frisando que é prerrogativa de todo vereador a fiscalização do Executivo. Fred Machado esclarece, ainda, que está em entendimento com os nobres edis, com quem se reunirá nesta semana para discutir a criação da Comissão citada dentro dos parâmetros regimentais". Ainda não há consenso sobre o número de vagas, que deve ser entre três e cinco, e como elas serão preenchidas. Despesas no Portal da Transparência De acordo com a Prefeitura, as contratações necessárias ao combate à disseminação do novo coronavírus podem ser acompanhadas pela população por meio do portal da Transparência, em aba específica. Adicionalmente, o Município garante que "os processos de aquisição também são acompanhados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e disponibilizados para acesso ao Ministério Público (MP)". "Sempre que solicitado, o município também presta os esclarecimentos necessários. O poder legislativo é um órgão independente e o poder executivo não interfere em suas atividades", encerra a nota.

Presidente da Câmara | Fred Machado com o poder nas mãos para criar ou não instrumento de fiscalização

Conselho de Combate à Corrupção O Jornal Terceira Via pediu à superintendência municipal de Comunicação um posicionamento oficial do presidente do Conselho Municipal de Combate à Corrupção e à Impunidade dos Agentes Públicos, o procurador geral do Município José Paes Neto, sobre o acompanhamento dos gastos do município nos esforços contra o novo coronavírus, mas não obteve resposta. O Conselho ainda não convocou nenhuma reunião desde que medidas de distanciamento social entraram em vigor no município.

O vice-presidente e criador da lei que deu origem ao órgão, vereador Cláudio Andrade (PTB), diz que oficiou a presidência solicitando a retomada das atividades de forma não presencial. Ele acredita que os gastos da Prefeitura com Saúde podem ser objeto de deliberação do grupo. "Estamos passando por uma pandemia gravíssima, que afeta cada dia mais o nosso município. O Hospital de Campanha de Campos, até o momento, não foi aberto, e as denúncias de corrupção na Saúde são enormes no Estado, com prisão, inclusive, de secretários

e ordenadores de despesas. O Conselho tem que ser reaberto, dentro dos parâmetros possíveis. Conteúdo é o que não falta, e quase todos eles focados no covid-19", diz Andrade. Operações na região No último dia 15, a PF deflagrou a Operação Exam (exame, em tradução livre), que investiga desvios de recursos públicos com fraudes em licitações em Cabo Frio. Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, na sede da Secretaria municipal de Saúde e no Hospital de Campanha Unilagos, e também nos

municípios de São João de Meriti e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Miracema, no Noroeste Fluminense, na capital e na cidade de Serra, no Espírito Santo. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em São Pedro da Aldeia e estão relacionados a 28 alvos, sendo 14 pessoas físicas, 11 empresas e três órgãos públicos. De acordo com as investigações, feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), os desvios podem ter causado um prejuízo de mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos, prejudicando o combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19) em Cabo Frio. Antes, no dia 9, aconteceu a Operação SCEPTICUS, que teve como principal alvo o Fundo Municipal de Saúde do município de Carapebus. Além de Carapebus, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em Duas Barras, Campos, São João da Barra, Itaperuna, Macaé, Búzios e Vitória, no Espírito Santo. A operação investiga dispensas de licitação investigadas que podem ter ocasionado perdas de aproximadamente R$ 4,7 milhões. Os mandados foram expedidos pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Macaé.


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(22) 9985-02331 @salgado_gostoso

Fotos: Arquivo do Colunista

Dando seu jeito

Linda, querida e sempre de bem com a vida, Samantha Lyzandro Gomes festejando seu novo tempo #emcasa

Gutão Barreto sempre que aquela disposição para um pedal matinal

Treinar em casa tornou-se muito comum no período de isolamento. Pessoas de todos os perfis encontraram no mundo on-line uma forma de iniciar ou de manter a prática de exercícios físicos e preservar a saúde mental. Mas, para os profissionais de educação física ficou bem difícil manter a renda, já que as academias seguem fechadas há mais de dois meses e nem todos os alunos mantém a rotina de treinos remotos. Pensando em profissionalizar o mercado brasileiro de aulas com personal trainer, a americana Magic Fitness chega ao Brasil com proposta de aulas personalizadas por R$ 35 e uma nova alternativa de renda para os profissionais dessa área.

Meus sentimentos

Por aqui mando um abraço fraterno a Dona Luiza Prudêncio e a Renata Prudêncio, respectivamente mãe e irmã do Ricardinho Prudêncio que tão jovem nos deixou na segunda que passou. Que Deu conforte os corações de toda família e amigos. Meus sinceros sentimentos.

Vamos ajudar?

Que é o pintor? O camarada Caio Vianna com a mão As lindas Paparazzi Carol Faria e Thais amassa literalmente Madeira aniversariantes da semana

Maravilhosa Lilian Freitas somo novo tempo nesta próxima terça #teampaparazzi

Igor Duarte, camarada 100%!

Pratas da casa

Heloisinha Beshara Velasco, aniversariante do próximo dia 24 festejando o filho Gabriel ao lado do marido Charles Velasco Empresário e gente bacana: Renato Barros Damiano

Juliana Bastos Viana sempre lindona! Nossa prata da casa, Lohan Luz arrebentando com suas lives sertanejas de alta produção

Click espetacular do amigo Rildo Ribeiro Jr. num sunset pelo Brasil

Da melhor qualidade, Stella Lorenz Peralva

Relax pensando nos melhores momentos que estão por vir, o amigão Marcelo Azevedo

Nesse momento é muito importante para os artistas independentes alcançarem 1000 inscritos no YouTube para poder fazer transmissões por lá com mais recursos, além de poder monetizar os seus vídeos e receber algum pagamento por isso. Vamos valorizar es artistas de Campos dos Goytacazes, que passam por uma fase meio complicada decorrente de tudo que está acontecendo e vivem exclusivamente da música eu produzem. #juntossomosmaisfortes.

Sucesso

No olhar de Atafoninha o casal querido Regininha e Ronaldo Pereira

Perfeita, sempre! Pegando um bronze em casa minha super querida Suelen Lemos Guimarães

O sonho de uma formatura é um momento mágico que qualquer pessoa deseja realizar, mas para a jovem Layla Macedo Rena Haddad, de 20 anos, que cursa o 3° período na Faculdade de Medicina de Campos. não está sendo tão fácil. Layla criou uma vaquinha online para contar com sua ajuda nesse processo. “O aplicativo da Vaquinha que cobra uma taxa, e cada centavo pra mim é valioso!! E quem não puder ajudar com nenhum valor, pode me ajudar compartilhando! Banco Itaú - Ag.: 0463 - Conta corrente: 88841-2 - Layla Macedo Rena Haddad - Cpf: 127037447-81 ou http://vaka.me/1100095 Obs.: O valor no site Vakinha está em 35 mil, pois tem uma taxa sobre cada doação.

Edilene Lemos, nossa Didi curtiu seu niver protegida com a família #emcasa #coisacerta

O campista e cantor sertanejo Matheus Salles tem seu trabalho reconhecido por muitos artistas no Brasil. Atualmente morando no Rio de Janeiro, antes da Pandemia ele se apresentava em várias casas noturnas cariocas e sempre lotava com sucesso os eventos que realizava outros que fazia participações especiais com outros artistas. O pop sertanejo sempre foi seu forte e na semana que passou lançou em seu canal no You Tube um som que certamente será hit. Acessem todas as plataformas digitais e conheçam a música “ Clareia”. Parabéns, camarada. Desejo a você toda sorte do mundo. Abraços da coluna para você!

Nova temporada

Logo mais estreia do nova temporada do “Programa Fábio Abud” na tela da nossa Terceira Via TV, em Campos dos Goytacazes e Região - Lagos, Serrana, Norte e Noroeste Fluminense às 14h. Quem não tem TV por assinatura, fiquem de boa, nosso programa é exibido em tempo real pelo meu canal do You Tube e pelo site da emissora (www,terceiraviatv.com.br). Trago várias surpresas pra vocês, novos parceiros e quero vocês coladinhos comigo, como de praxe.

Mandando Ver na Netflix

O filme 365 Days (365 DNI) se destaca na Netflix por conta das cenas quentes. Para os fãs, os momentos parecem reais no longa. Até por conta dessas cenas, 365 Days está sendo comparado com 50 Tons de Cinza. Em termos técnicos, espectadores consideram o filme polonês melhor – apesar da história polêmica envolvendo sequestro e relações sexuais. A classificação é 18 anos, a cenas de sexo são extremamente reais e quase explícita. A trama segue a jovem Laura, que está de férias na Itália. Porém, tudo sai errado e ela é sequestrada na Sicília. Massimo, o sequestrador, é o jovem líder da máfia italiana. Ele tenta fazer Laura se apaixonar por ele em 365 deeeeias – por isso oenome do filme da Netflix, 365 Days (365 DNI). O filme ocupa primeira posição no canal de streaming do mundo inteiro. História bacana, bom contexto de enredo e ótima fotografia. eu indico!

Vamos colaborar?

A ASSOCIAÇÃO MONSENHOR SEVERINO (casa de repouso de idosos em Campos dos Goytacazes). A Instituição não recebe nenhuma verba ou auxílio do Governo, conta com apoio apenas da população e dos eventos que realizam. Nesse momento de extrema dificuldade que todos se encontram, fica difícil olhar para o lado, mas se tivermos um pouco de sensibilidade poderemos ajudar a quem ajudou a construir muita coisas que apreciamos hoje! Vamos ajudar quem mais precisa e são vulnerareis nesta situação que estamos vivendo , os idosos . Essa vaquinha tem por objetivo auxiliar a instituição a arcar com as despesas como: Contas mensais, Folha de pagamento, Tributos, etc A casa não parou durante toda período de Pandemia, pois os Idosos não podem ficar sem assistência, porém tiveram que parar com todos os tipos de eventos que ajudava a manter as contas em dia A intenção do Presidente da Associação, Ricardo Araújo está tentando blindar os que lá residem(quase 90 idosos) com tudo que é necessário para que esse vírus não chegue ao local. Todo o valor arrecadado ira direto para a administração da entidade sem intermediários VAMOS FAZER NOSSA PARTE! Acessem a Vaquinha virtual neste endereço eletrônico - https://www. vakinha.com.br/vaquinha/amigos-do-monsenhor-severino

Junho Laranja

A Sociedade Brasileira de Queimaduras lançou a campanha de prevenção “Junho Laranja”, cujo objetivo é conscientizar sobre os acidentes domésticos que envolvem queimaduras. Além de alertar sobre os perigos que existem dentro das casas ( principalmente nesse período ) também houve um aumento do número de acidentes provocados pela uso do uso do álcool na limpeza doméstica e temos visto muitas queimaduras por álcool em gel! Para evitar acidentes domésticos e queimaduras, a recomendação é passar o álcool em gel e esperar secar completamente, de 10 a 20 minutos, dependendo da quantidade que se passou, antes de manipular qualquer equipamento que utilize fogo ou calor em altas temperaturas. Se houver queimadura, coloque a região afetada sob água fria corrente para apagar o fogo e para baixar a temperatura da pele, mas evite usar gelo, pois como a sensibilidade está alterada, poderá piorar a queimadura pelo calor com uma queimadura pelo frio! Se possível consulte um médico para saber o grau da queimadura, e sobre os seus cuidados. Um informe muito bacana repassado pelo meu querido amigo Dermatologista, Dr. Cyro Hirano.


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Foto: Carlos Grevi

Junho sem

Arraiá Entidades filantrópicas preocupadas com o cancelamento das tradicionais festas

Roberta Barcelos Que o mês de Junho é sinônimo de festas juninas e aguardado com expectativa por quem gosta de tudo que envolve essa tradicional celebração, todo mundo sabe. O que talvez poucos saibam, é que em Campos as mais tradicionais festas são promovidas por instituições que esperam pelos dias de Santo Antônio, São Pedro e São João, ansiosos com a oportunidade para levantar recursos para complementar a renda dessas associações. Asilo do Carmo, Asilo Monsenhor Severino e Coesa (Comissão das Entidades Sociais e Assistenciais de Campos) são algumas das entidades que vão sentir na pele, este ano, a ausência das festas juninas. “Já estamos com o orçamento bas-

tante comprometido e sabemos que vamos levar um bom tempo para nos recuperarmos”, a fala é do presidente do Asilo do Carmo, Marcelo Azevedo. Em 2019, o Asilo do Carmo arrecadou aproximadamente 20 mil reais com a festa, entre bilheteria, patrocínio, venda de ingressos, barracas e estacionamento. O dinheiro, já esperado, é lançado sempre como forma de reduzir as despesas da casa que giram em torno de 66 mil reais mensais. Essa é a primeira vez em 50 anos que a festa não vai acontecer. Em uma das edições já se chegou à marca de um público de 10 mil pessoas. Mas além de ser complemento nas finanças, a festa também vai deixar os idosos carentes de diversão e lazer. “Os idosos gostam demais desse evento, nós sabemos a alegria que a festa

Quadrilhas | Danças típicas faziam parte da animada festa que atraía grande público

Marcelo Azevedo | Presidente do Asilo do Carmo lamenta a perda de recursos e a diversão dos idosos

Asilo do Carmo | Há 50 anos a instituição realiza uma das festas juninas mais tradicionais da cidade que reunia cerca de dez mil pessoas

traz para todos, independente do resultado financeiro. Isso nos causa muita tristeza”, revela Marcelo. Outra tradicional festa que não vai acontecer é a Rancheirada da Coesa que este ano estaria em sua 43ª edição e aconteceria nos dias 27 e 28 deste mês. A diretora, Rosa Morisson, que está à frente da instituição desde a primeira festa em 1978, conta que é uma tristeza saber que pela 1ª vez, tantas pessoas deixarão de ser ajudadas. “A sensação é péssima! Mas Deus nos fez uma chamada e devemos obedecer com rigor o isolamento social para que tudo isso passe logo”, diz Rosa. O jornalista Antônio Filho apresentou as últimas 11 edições da Rancheirada como voluntário e diz que a sensação é estranha, mas é para o bem de todos. “Nos últimos sete anos, tive a alegria de colaborar como apresentador da festa, sempre autorizado pela Prefeitura de

Foto: Antônio Filho

Rosa Morisson | Há 42 anos à frente da Coesa, lamenta não ser possível realizar a Rancheirada

Campos, pela qual tenho grande gratidão por essa oportunidade. É uma festa bonita, que te cativa a colaborar, assim como fazem os membros das obras sociais que participam. Toda essa corrente do bem, vem de Rosa Morisson, exemplo de servidora pública e de voluntária na difusão da solidariedade”, lembra Antônio. No Asilo Monsenhor Severino não é diferente. O presidente Ricardo Araújo con-

ta que além da festa junina a instituição também não terá este ano a tradicional “festa retrô” que acontece anualmente e o baile semanal, às quintas. “Nossas despesas são muito altas e a dificuldade é grande. Agora temos mais gastos com luvas, álcool em gel e material de limpeza. Nossos impostos são altos e a folha de pagamento também. Vai nos fazer muita falta”, lamenta Ricardo.



Foto: Igor Gomes

@crisales_

Se

cobre menos

Nem todo dia é dia de ser perfeito

“Pegue leve com você e tire esse tempo para se cuidar”. Nossa!!! Nunca essa afirmação teve tanta importância quanto agora, não é mesmo?! Se antes já havia toda uma mensagem no sentido de diminuirmos nosso ritmo, de nos cobrarmos menos, de sermos mais autênticos e, principalmente, de darmos valor àquilo que realmente importa, agora então, nesses tempos pandêmicos onde não há quem esteja 100% bem, isso virou uma bandeira libertadora e eficaz contra cobranças que podem vir de todos os lados.

Não estou aqui defendendo o ócio parasita, mas me colocando ao lado de todos que sofrem de algum modo por acharem que sempre tem que produzir algo belo, forte e perfeito para atender as expectativas dos outros. Chega né?! Basta disso... Nem todo dia é dia para nos mostrarmos prontas e lindas, nem toda hora é hora de estamparmos felicidade. Posso e devo me permitir um tempo só pra mim, pra olhar pra mim sem me preocupar com absolutamente nada. E tá tudo bem quando isso acontecer, sério! Eu amooo meu trabalho, adoro fo-

tografar, escrever e compartilhar tudo com meu público, mas quando rola como obrigação aí deixa de ser prazer para ser um peso emocional e físico, às vezes bem desgastante. Vamos pegar leve uns com os outros? Nada de cobrar a tal produtividade nas redes, respeitar o momento, o limite e a saúde de quem está do outro lado é o mais bacana a se fazer agora, até porque nossa geração nunca passou por algo assim. Então meus amores, que Deus nos livre logo desse vírus e dessa gente chata, careta e sem ter o que fazer de plantão...



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@priscylabezerra

MODA

OS CLÁSSICOS PIED DE POULE X PIED DE COQ

Na década de 1930, Coco Chanel se encantou pelos paletós masculinos feitos de tecido com pied-depoule e começou a utilizar a padronagem para sua moda feminina ousada e libertadora da época. O clássico pied-de-poule (em francês, pé de galinha) e seu irmão quase gêmeo, o pied-de-cor (em francês, pé de galo), costuma causar bastante confusão na hora de identificá-los.

Ela mesma foi fotografada com um casaco em pied-de-poule incrível!

Observe as duas padronagens separadas:

Girls | Como o clássico pode ser visto hoje Confesso que com o meu amadurecimento na moda e cada vez mais atenta ao meu estilo pessoal, essas duas patronagens passaram a fazer parte do meu guarda roupa, porém, buscando sempre um toque de modernidade.

O pied-de-poule é uma padronagem menor, com apenas 3 pontas

O pied-de-coq é uma versão maior do pied-de-poule, com quatro pontas

E VOCÊ? COMO USARIA ESTE CLÁSSICO?!

Inspire-se e coloque em prática!

Longo combinado com couro

Com tênis e jeans

Casacão aberto com calça

Papel de Parede

BELEZA

F

Puro conceito

Sempre chique

Decor

FOXY EYES (OLHOS DE RAPOSA) – A NOVA TENDÊNCIA DE BELEZA

oxy eyes (olhos de raposa) tem ganhado popularidade entre as celebridades e poucas pessoas conseguem esse formato de olhos apenas com uma boa genética. O procedimento é a elevação acentuada da cauda da sobrancelha, causando um formato alongado e amendoado ou seja, “puxando” latero-superiormente os olhos. Em termos técnicos: provocamos uma angulação oblíqua do canto lateral dos olhos de modo que fiquem mais altos que o canto medial e para alcançar esse visual alguns procedimentos são usados, um deles é os fios de sustentação. Na harmonização facial, os fios de sustentação PDO (ou fios de polidioxanona), reposicionam os tecidos, suspendendo-os e trazendo o que conhecemos como efeito lifting. Eles são compostos de ácido polilático, um polímero completamente reabsorvível, biocompatível aos tecidos humanos, biodegradável e resistente. Ou seja, ele é absorvido, não provoca reação alérgica, não é rejeitado pelo organismo e é resistente a grandes tensões. O fio de ácido polilático permanece intacto durante meses e depois é absorvido pelo organismo. A aplicação de “fios” de ácido polilático

na face propõe efeito lifting natural imediato e restauração progressiva do colágeno perdido. A colocação dos fios é minimamente invasiva. Ele é inserido através de mínimos orifícios puntiformes de entrada e saída das agulhas sob anestesia local. Os orifícios na pele se fecham imediatamente, sem deixar vestígios. O sangramento é inexpressivo, reduzindo o risco de hematoma (manchas roxas) e de edema (inchaço). Em pacientes com fragilidade capilar poderão ocorrer discretos edemas ou hematomas que desaparecem na primeira semana pós-implantação. Paula Marsicano Alojados na camada de gordura, os fios são imperceptíveis ao toque e ao olho nu, Dermatologia Integrada não causam elevações ou depressões na Rua Voluntários da Pátria 500 sala 108 superfície da face, não se pode identificar Ed. Platinum Tel: 22 3026-1819 @paulamarsicano quem fez o procedimento.

CRM 52-815861

Modernoso com Fenda



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Foxy eyes A maquiagem do momento

Já ouviu falar em foxy eyes ou "olho de raposa", na tradução? É um estilo de maquiagem que está bombando! A técnica consiste em delinear os cantinhos interno e externo dos olhos criando , assim, um efeito mais alongado. E isso pode ser feito tanto com sombra quanto com lápis ou delineadores.

O

i gente! Andei sumida daqui, mas confesso que estava sentindo falta de bater esse papo com vocês. O período de quarentena está sendo uma montanha russa para todos nós, não é mesmo? Dias bons e dias difíceis. Tanta coisa acontecendo no Brasil e no mundo. E a única certeza que temos é que não é possível ficarmos alheios e não sermos impactados de alguma ou muitas formas diante de tudo isso. São tempos atípicos e não temos um manual de como torná-lo mais fácil. A gente se cobra por não ser produtivo, por não ter ânimo para praticar algum tipo de atividade física em casa, por não gerar conteúdo nas plataformas de trabalho, por não desenvolver uma rotina no home office e por aí vai... Chega a ser impossível não ter crises de ansiedade. É tanta cobrança que nos esquecemos que também é importante sermos gentis com nós mesmos e assim tornar os dias mais leves. Eu tive algumas crises, me cobrei bastante, mas estou descobrindo que que o melhor caminho é trabalhar a resiliência e principalmente a gentileza com nós mesmos. Daqui eu sigo tentando um equilíbrio diante de tudo isso, desejando saúde a todos e que tudo isso passe logo.

BOOK TIME

Eu amo ler, mas confesso que estou um pouco dispersa nesse período, porém os livros que mais estão me prendendo são os da Martha Medeiros. São crônicas bastante reflexivas e motivadoras. E que não precisam ser lidas em uma sequência. Aquele livro

perfeito para cabeceira, sabe? Hoje trouxe o “Montanha-Russa” para dividir aqui com vocês.


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VIAsaúde


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Reviver... Reviver Queridos leitores, a vocês que admiram e respeitam meu ético trabalho como colunista social, o meu muito obrigado pelo retorno positivo em relação às colunas que venho apresentando, semanalmente, com pessoas que se destacaram na elegância do trajar, nos encontros culturais, profissionais, nos lançamentos de moda, nas ações filantrópicas, nas festas particulares. Hoje, 21 de junho de 2020, a coluna Personas traz essa fada e madrasta para grandes “Divas”, Maryland Alvim. Tenha sido seu grande estrelato no universo glamoroso do high society. Raras são as celebridades que passam incólumes, com tamanhas glórias, inúmeros triunfos, incontáveis manifestações de admiração que, só as estrelas divas souberam colecionar ao longo de sua intensa e espetacular trajetória.

Atriz hollywoodiana, Maryland Alvim

Auxiliadora Patrão e Silvana Neves

candinhovasconcellos@gmail.com

Todo charme e elegância de Maryland Alvim

Há contudo divas à prova de ressentimentos, invejas, cobiças, do tipo ‘de corpo fechado’, que resistem às imprecações do tempo e se mantêm maravilhosas, divinas, em pleno vigor de seu talento e, no caso da diva em questão, de sua beleza e elegância. Comandou a loja Monsieur numa época em que mulher não trabalhava no comércio. Maryland sempre esteve além do seu tempo. A campista mais ‘francesa’ de Campos. Os homens elegantes e de bom gosto se vestiam lá. Assim, na plenitude de seu viço e sorriso, Maryland Alvim abriu inúmeras vezes os portões da sua casa da Beira Valão para comemorar seus aniversários. As festas eram supimpas, preparadas com cuidados, com três meses de antecedência. Registros sociais da década de 70, 80, nas páginas dos colunistas, a elegem uma das “10 Mais”, e anfitriã de grandes festas da época.

Hugo Aquino, Marinela Zulchner, Marília Aquino, Maryland e Mary Couto

E assim brilhava Maryland, sempre muito bem vestida por estilistas cariocas, com seu sorriso largo contornado pela boca vermelha, sua marca registrada, recebendo seus incontáveis convidados para coquetel e jantar. Havia bolo e parabéns pra você e, quem quisesse, podia dançar à vontade ao som de Anoely Maciel. Maryland e Jones Alvim anfitriões de jantar elegante no Rotary São Salvador

A campista mais francesa da nossa Campos Maryland Alvim

Anoeli Maciel recepcionava os convidados tocando na varanda os grande sucessos dos anos 60,70,80

Luiz Antônio de Oliveira Couto, Renato Moreira Ramos e Renato Esquioga

Déa Venâncio, Isabel Passos de Sá, Atacilda e Francisco Vianna

Na casa de Maryland, aquela graça de ambiente e de sumo bom gosto, os sofás estavam sempre impecáveis e os elogios seguiam em direção aos cristais, louças e talheres do seu acervo. No cardápio, não abria mão de um buffet saboroso: camarão guisado, vitela deliciosa e macia, purê de baroa..., uma overdose de delícias. E assim eram coroadas as festas oferecidas por Maryland e Jones Alvim. Os amigos se incorporavam à família. Não há energético mais poderoso nem antioxidante mais eficiente do que uma família e amigos presentes e amorosos. Família e verdadeiros amigos fazem bem para a pele e para a alma, queridos.

Layse Gama Cardoso e Maryland Alvim

Cena de novela Nidia Lysandro e Maryland Alvim

Maryland com Cristina e Rubinho Loureiro

Parabéns Maryland! Parabéns por saber amar tão bem!

Marinela Zulchner, Maria Lúcia Pereira Pinto e Izabel Salgado Rodrigues

Cecília e Silvio Maris Stella Braga, Maryland, Walter Siqueira, Marília Aquino e Nilza Homem

Renato Moreira Ramos, Aninha Ripper e Nilo Siqueira

Na pista Jorge Tâmega e Dalva

Pêpe Rufino, Hindenburg Boeschenstein e Lia Mirian Aquino Cruz

As irmãs Maryland e Mary


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@lauracoutinhos

@ingridcoutinhor

Cuidando da nossa saúde mental! Oi genteee! Como vocês estão?! O isolamento social pode trazer à tona uma série de sentimentos: confusão, tristeza, medo, ansiedade. E em meio a esse cenário de incertezas é comum esquecermos do autocuidado. Cuidar de si mesmo é essencial para manter a saúde mental em dia. E isso reflete nos nosso filhos, claro! Principalmente em tempos de quarentena. Por aqui, nessa nova rotina, eu e Laurinha ficamos 24 horas juntas e resolvemos passar uns dias na praia. Saímos da rotina de um apartamento pequeno e estamos aproveitando dias maravilhosos nesse lugar que amamos. Deixo aqui alguns registros e uma dica preciosa, não esqueçam de cuidar da saúde mental de vocês, pratiquem hábitos que façam bem à mente e isso refletirá no resto. Lembrando que também é muito importante mantermos os cuidados contra o vírus, para que possamos o mais breve possível retornar à vida normal! E meu desejo é que saiamos dessa seres humanos melhores.


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26 DE ABRIL A 02 DE MAIO DE 2020

GENTE BACANA NA QUARENTENA PANRABÉNS Mesmo com a ordem do Fique em Casa, comemorar aniversário em plena pandemia do Coronavírus também vale a pena, afinal estamos vivos e isso já vale todas as vibrações positivas e muitos parabéns.

SAMANTHA

Samanta Lysandro Gomes Soares festejou seu aniversário junto do marido José Geraldo e dos filhos Bárbara, Betina e José aglomerados no meio de várias homenagens enviadas a sua casa durante todo o dia. Chegou bolo, bolas com direito a dizeres escritos e entregador dedicando emoção, flores, carinhos de todas as partes. Samanta é um ser humano que nasceu com coração que pulsa amor ao próximo, numas batidas fortes e bem compassadas, então quando chega a hora de receber carinho, não seria diferente. Viva ela, viva tu, viva o rabo do tatu!!!

GRAZI Outra aniversariante a festejar em casa, cercada do amor familiar e de muita energia positiva ao redor foi Graziella Aquino Cruz, que nao passou nem no ape carioca e nem na casa dos pais em Campos, seguiu para a praia de Atafona, na mansão da família que é cercada de natureza viva e tem um pôr do sol que é um dos mais lindos do balneário. O filho joão Pedro chegou a tempo do Rio e a mãe Lia Miriam lhe preparou uma caprichada e bela mesa de doces e bolo. O pai Gilberto e o noivo Guilherme Cassiano juntos na maior sintonia. O carinho dos amigos e familiares chegavam de cá, de lá e acolá. Isso acalenta qualquer quarentena forçada.

DIDI

I LIVE YOU

Edilene Lemos, a senhora Mauro Silva, resolveu somar carinho on line com uma live entre amigas. Todas com suas faces, nada ocultas, estampadas na tela do computador na maior alegria. Juntas a festejaram naquele esquema longe do corpo mas perto do coração. Desde cedo no seu feed, no aplicativo Instagram, em foto publicada, eram inúmeras mensagens que serviram de base para dizer a importância da data, da aniversariante na vida de cada um e da vida que é bonita, é bonita e é bonita. Os filhos João Pedro e Luiz Fernando acompanharam a mãe à casa dos pais dela, para eles de longe e pudessem declarar pessoalmente o quanto a amam e que esperam ansiosos para o abraço de verdade logo após a permissão da contato social. E assim foi seu dia, com direito a pedaladas na bike e tudo mais, como gosta de fazer sempre.

*COMO CONTRATAR MOTOBOY PARA O SEU DELIVERY* live dia 24/06/2020 | 18:00 com Inscrição no link https://loja. rj.sebrae.com.br/loja/evento/31114817 pelo Sebrae. Muitas empresas tiveram que se reinventar para continuar atuando em meio a pandemia. As vendas online e o delivery foram a saída para negócios de diversos segmentos. Por isso, elaboramos este evento especialmente para que você saiba tudo que precisa fazer para contratar motoboy para o seu delivery. O especialista Denis Muruci vai comentar sobre os tipos de contrato e como legalizar o motoboy, além de apresentar as opções de contratação. Inscreva-se já e aproveite este evento online para tirar todas as suas dúvidas.

DE CASA EM CASA

do local, até mesmo um juiz de paz. “A cerimônia, se for de manhã, pode ser seguida por um brunch ou almoço, e a noite por um jantar especial. Pode-se usar a criatividade e contratar uma serenata online, para ter música ao vivo no grande dia”, destaca a especialista. Mais recentemente, a modelo Bárbara Evans adotou este formato para oficializar a união civil com Gustavo Theodoro. O casal elegeu a capela que fica no haras da família do noivo para celebrar a união sem convidados. Bárbara fez o próprio cabelo e maquiagem e optou por um vestido que já tinha o armário. A cerimônia foi transmitida ao vivo nas redes sociais e os dois arrecadaram doações para o Hospital de Amor, especializado no tratamento e prevenção do câncer.

ELOPEMENT WEDDING Os três formatos de casamento adotados por famosos e anônimos durante a pandemia. Especialista em festas dá dicas de três tipos de celebração. Por conta da pandemia do novo coronavírus, os eventos sociais estão suspensos para evitar aglomeração de pessoas. Com isso, muitas festas de casamentos não foram ou poderão ser realizadas neste período. Neste momento, o conselho é adiar o grande dia, mas a verdade é que os noivos podem reinventar e encontrar alternativas para não deixar passar sem comemoração a data escolhida inicialmente para a celebração. Marina Novaes, especialista de casamento e primeira blogueira baiana do segmento, destaca três estilos de casamento que estão em alta e são alternativas para os noivos de plantão: o Home Wedding, o Elopement Wedding e o Micro Wedding. “Os casais apaixonados estão reinventando as formas de celebração do casamento. Mesmo com a opção de adiar a festa, muitos noivos querem manter a data original do casamento, e por isso, esses três formatos de casamento têm ganhado destaque nesse momento.

HOME WEDDING O Home Wedding surgiu em 2019 como uma opção para casamentos mais intimistas. Alguns famosos aderiram ao formato, como Rebeca Abravanel e o jogador Alexandre Pato, que se casaram na residência da família. Durante a quarentena, esse estilo de celebração tem se tornado uma grande opção, especialmente pelos casais que não querem mudar a data da celebração religiosa e civil. “O Home Wedding é a comemoração na casa da família, para poucas pessoas, ou mesmo somente com a presença dos noivos. O casal pode optar por pela transmissão ao vivo para seus amigos e familiares ou podem fazer algo verdadeiramente íntimo”, explica Marina Novaes. O formato pode ser em no jardim, na varanda ou algum cômodo da casa. O espaço é arrumado para cerimônia com um altar que pode ser improvisado com móveis da casa. Os noivos se vestem para o casamento e a cerimônia pode ser celebrada por um familiar, um celebrante e, a depender

O Elopement Wedding, ou casamento a dois, era uma grande aposta para 2020, quando os noivos "fugiam" para se casar durante uma viagem. Ao invés de investir muito dinheiro em uma festa grande, os casais escolhiam um destino paradisíaco e faziam a celebração com a presença somente dos noivos, em uma cerimônia extremamente íntima e romântica Porém, durante a quarentena, os casais estão adaptando e fazendo a cerimônia a dois escolhendo um cenário belíssimo na própria cidade, seja uma praia, na área de um condomínio, uma casa de praia. “Os noivos montam um altar, uma mesa de alimentação, contam com a presença de uma equipe reduzida de fornecedores, como o celebrante, o músico, o cerimonialista e a equipe de fotografia e filmagem. Tudo seguindo os cuidados necessários com a saúde e higiene que o momento pede. Inclusive, os noivos podem contratar durante a quarentena os próprios fornecedores da festa de casamento que será realizada pós pandemia”, conta Marina Novaes.

PERDAS E DANOS O que uma pandemia traz além da solidão do isolamento social e o bloqueio do afeto, é a impossibilidade de comparecer a um velório ou enterro de amigos como forma de não aglomerar e evitar a contaminação do Coronavírus.

MICRO WEDDING Já os casais que não querem adiar a festa, mas sim adaptar o casamento tradicional para algo mais intimista para que tudo ocorra ainda esse ano, podem realizar o Micro Wedding. Com a lista de convidados mais reduzida para ter até 50 pessoas no casamento, esse tipo de cerimônia tem as mesmas características de um casamento normal, mas durante a quarentena deve tomar todos os cuidados de higiene, com utilização de máscara por todos envolvidos e respeitar o distanciamento social. Pode ser realizado na igreja, hotel ou mesmo num restaurante, de acordo com a legislação de cada município. Em Salvador, as celebrações de casamento na igreja até 50 pessoas estão permitidas, seguindo todos os cuidados exigidos pelos decretos municipais e estaduais. Porém, Marina Novaes chama atenção para a reflexão da necessidade desta celebração: “Fica o questionamento se realmente é válido celebrar um casamento durante esse momento tão delicado que todos estão enfrentando. Compartilho da ideia de que é melhor mesmo adiar o sonho e fazer tudo em um cenário novo, com mais calma, segurança e paz de espírito”, finaliza

O jovem e querido Ricardinho Prudêncio, falecido na semana passada, teve cortejo da cidade até chegar ao Cemitério Campo da Paz, onde foi sepultado. Durante o dia foram inúmeras homenagens para ele em rede social. Tristeza geral!

O publicitário Guto Leite, vítima de uma tragédia quando praticava surf na praia de Barra do Furado, foi a grande emoção da semana, pelo fato de uma rede pesca em local não apropriado, causar o seu falecimento deixando amigos e famílias desoladas com o fato. Guto deixou a mulher Bárbara e o pequeno Noah, seu filho do segundo casamento, e Lysandra e Thiago, filhos do primeiro casamento com Edenice Rinaldi.


Fotos:Binho Dutra

Adriana, Lineu, Isabel e Mateus Aguiar

Dra. Marta Oliveira e família

Afonso Oliveira e família

Narcisa Cordeiro e família

Alcimar Elias Naked e família Aline Monteiro e família (Cantão/ Santa Frida/ Follow) Álvaro Oliveira e família Bárbara Caroline Bia Azeredo e família (Clube Morena Rosa) Bianca, Assis Inojosa e família Binho Dutra

Desejamos que seus dias sejam leves e que você tenha muita saúde para continuar nos prestigiando com seu talento! Somos felizes por ter a sua amizade e estarmos celebrando mais um novo ciclo ao seu lado. Sirva-se da vida com entusiasmo e viva o hoje e o amanhã com alegria! Vida longa, Fábio Abud! Dra. Fernanda Passos, Heitor e família

Flávia Barroso e Rodrigo Bittencourt

Dra. Laura Damian e Dr. Maurício Santos

Francisco Navega e família (N+Pet Center)

Dra. Manuela Azevedo e família

Graziella Aquino Cruz e família

Cynthia, Marco Chalita e família

Dra. Rita Bicudo, Dr. Ralph Manhães e família

Iago Duarte e família (Grau Distribuidora)

Daniel Thuin e família (Bob's)

Durval Queiroz e família

Ilsan Viana e Etevaldo Pessanha

Bruna Soares Brum Christiana Laterça, Digão e Sophia Cristiano Melo e família (House 82 Hamburgueria)

Danielle Guimarães Dr. Alexandre Mocaiber Dr. Anderson Siqueira, Dra Ingrid Siqueira e Clínica Sorrié Dr. Rogério Venâncio Dra. Cristiane, Maurício Freitas e família Dra. Ana Maria Pellegrini Dra. Ana Paula Chalita Naked e família

Edilene Lemos, Mauro Silva e família Sid, Edvar Chagas Júnior e família Érika Nunes e família (Elo de Ouro) Érika Nunes (Abelha) e família Família Dom Garcia Fátima Castro e família Dr. Felipe Tamy

Igor Leal Jacy Moreira Sales e família Joana Cabral e André Ricardo Campos Juliana de Siqueira Gusmão e família Juliana Pires e Wederson Medeiros (Nunú) Karina Boeschestain, Milton Ferreira Jr. e família

Patrícia Ferreira Caetano e família Patrícia e Dr. Abdu Neme Patrícia Cordeiro e família Rildo Ribeiro Jr. e família (Ville Turismo) Ricardo Araújo e família Associação Monsenhor Severino Ricardo Peixoto e família (Grupo New Richard)

Laura e Rick Araújo

Roberta, Raphael Thuin e família

Leandro Almeida de Queiroz e família (Boulevard Shopping)

Rommel Azevedo Silva e família (Fisk e Yelow Subway)

Lucas Barcelos e família (Grupo Barcelos/Super Bom)

Samantha Lysandro Gomes e família

Luís Artur Viana e família Luiza Godoy e Igor Pita Delegado Luís Maurício Armond e família Marcela Suisso, Luciano Pereira e Família (Suisso Cozinha Artesanal) Marcelo Azevedo e família (Grupo Sagres) Márcio Rocha e família (Prime Veículos)

Sistema de Comunicação Terceira Via Stella Wigand Rodrigues e família (Todeschini) Suellem e Rafael Guimarães (Osklen / Carmen Steffens) Thaís Jacyntho e Felipe Santos Thiago Beda Inojosa e família Tiago Teixeira e família

Dr. Márcio Duarte e família Willian Borges e família (ProntoVet Veterinária) (Botoclinic Campos/RJ) Mariana Dias Bousquet de Yasmine e Diego Motta Faria e família


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