Jornal Terceira Via 199

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CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 16 A 22 DE AGOSTO DE 2020

Nas bancas por R$ 1,50

NÚMERO 199 Foto: Carlos Grevi

O trem perdido da

história

A decadência atual e o passado glorioso da rede ferroviária em Campos CAPA

Covid cresce em Campos e coloca todos em risco

Macacão

Aumentam casos em grupos antes considerados fora de perigo PÁGINA 03 AloysioBalbi STF julga indenização das usinas de Campos

O Supremo Tribunal Federal retomou na semana passada em julgamento virtual, o processo que pode resultar em uma indenização bilionária para as usinas de Campos, até para as que já foram extintas. O processo envolve todo o setor sucroalcooleiro do país, mas somente a cifra devida às usinas de Campos passa de R$ 2 bi. PÁGINA 04

Povo exaurido pela Covid

A História do Brasil é formada, em grande parte, por episódios atípicos. O herdeiro do trono de Portugal nos deu a independência; um monarquista proclamou a República e agora, ante a pandemia, não se tem, sequer, um ministro da Saúde. Sem levar a sério o distanciamento, o País espera, de braços cruzados, pela russa "Sputnik V". PÁGINA 05

Primeira semana dos Após trégua durante quarentena, bares e academias violência volta a crescer e assusta

Minha peça favorita! PÁGINA 03

Otimismo nos setores

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Casos chocam pela brutalidade dos crimes

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Para fugir da RJ, caminhões invadem a Arthur Bernardes PÁGINA 09

Nossa Paparazzi Thairine Petrolino, by Binho Dutra

MEU LOOK PÁGINA 05

Mais uma cirurgia inédita realizada no Centro Médico do Hospital Dr. Beda

Técnica é utilizada pela primeira vez no interior do RJ PÁGINA 11

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Especial

16 A 22 DE AGOSTO DE 2020

Fotos: Carlos Grevi

Vulnerabilidade | Pessoas de todas as idades podem contrair a doença

Certeza da Covid-19: todos correm risco Em Campos, mesmo com a falsa sensação de normalidade, população ainda está vulnerável ao vírus Letícia Nunes A pandemia não acabou. Mesmo com o retorno de diversas atividades em Campos, dando uma leve sensação de que estamos voltando a viver tudo normalmente, com pessoas nas ruas, em bares, restaurantes, com ou sem máscaras, a verdade é que ainda estamos em um momento delicado, sem certezas e sem algo que impeça de fato o desenvolvimento do vírus. Assim, com essa falsa sensação de normalidade, pessoas de todas as idades estão ainda mais expostas ao novo coronavírus e já existem relatos de casos graves em envolvendo as crianças e os jovens adultos, faixas-etárias até então dificilmente atingidas. O Jornal Terceira Via entrevistou especialistas que revelaram que, na verdade, a Covid-19 ainda guarda alguns mistérios. Portanto, a prevenção continua sendo a melhor alternativa para este momento. A pneumologista do Centro de Controle e Combate ao Coronavírus (CCCC), Dra. Patrícia Andrade Meireles, afirma que depois de quase cinco meses de contato com a doença já tem algumas conclusões. "É um vírus altamente infectante. Várias pessoas serão contaminadas pelo coronavírus, não necessariamente vão apresentar a forma clínica da doença, mas serão portadores do vírus, que poderão ser assintomáticos. A transmissibilidade realmente se dá pela gotícula contaminada do vírus, pelo espirro, pela fala, pela tosse e pelas mãos contaminadas que são levadas as mucosas de olho, nariz e boca, além do toque nas superfícies contaminadas e depois toque direto nessas mucosas. Mas, ao mesmo tempo, sabemos que não existe uma medicação efetiva para o vírus. Nenhuma medicação tem um estudo robusto que justifique o uso, muito menos profilaxia ", conta.

Dra. Patrícia Peixoto| Endocrinologista

Crianças

Como proteger as crianças nesse momento? A pediatra, Dra. Priscila Sereno, afirma que o risco de uma criança ter Covid-19 é o mesmo que os adultos apresentam. "Todas as faixas-etárias tem o mesmo risco. Em geral, as crianças apresentam sintomas leves. Algumas evoluem para a gravidade, mas são, normalmente, as que apresentam algum fator de risco. Estamos percebendo um aumento do número de Dra. Priscila Sereno| Pediatra casos em crianças provavelmente por conta do relaxamento do isolamento social, bem como da flexibilização do comércio. Os pais retornando ao trabalho têm maior chance de contágio e consequente transmissão para os filhos", diz. A médica ainda comenta que os sintomas nas crianças são diversos, logo é preciso estar atento a qualquer sinal fora da normalidade, como febre, sintomas respiratórios (dor de cabeça, tosse, coriza, congestão nasal), sintomas gastrointestinais (vômitos, diarreia e dor abdominal), manchas no corpo, entre outros. "Quanto mais jovem a criança mais inespecíficos serão os sintomas, como dor no corpo, perda de apetite e desânimo. Se isso acontecer, o ideal é que a criança seja avaliada por um pediatra. Somente ele poderá avaliar a gravidade e a necessidade de exames. Somente crianças acima de dois anos podem e devem usar a máscara. O ideal é que todas permaneçam em casa, evitando contato com idosos ou pessoas com fatores de risco", recomenda. Faixa-etária dos infectados A especialista também explica que mesmo determinando algumas faixas-etárias que são mais delicadas, em relação à doença, ainda existem muitas variáveis a serem analisadas. Ela ressalta que é preciso manter um controle adequado da doença até que a vacina esteja disponível para a população. "Temos pacientes jovens gravemente adoecidos e pacientes idosos que adoecem de forma mais branda e isso vai depender da reação do organismo do próprio paciente, da resposta inflamatória do paciente ao vírus, da carga viral a que ele foi exposto e muitas outras questões. Não é o momento da achar que tudo acabou. É sim um momento de alerta. Ainda é preciso ter muito cuidado e muita prudência, nos cuidar e cuidar do próximo. Manter as nossas doenças de base controladas, como hipertensão, diabetes, pneumopatias e nefropatias. Temos que tomar cuidados com as aproximações, fazer o distanciamento social e principalmente, ter a conscientização da população", avisa.

Óbitos Nos óbitos confirmados por Covid-19 na cidade de Campos, segundo o último informe epidemiológico divulgado pela Vigilância em Saúde, a maioria (55%) era homens. As duas faixas etárias com maior ocorrência de óbitos foram entre 60 e 69 anos e entre 70 e 79 anos, independentemente do sexo. Dentre os óbitos, 76,3% possuíam alguma comorbidade. Entre os pacientes mais jovens, foram registrados óbitos na faixa-etária 30 a 39 anos, um pouco mais de 20 casos. Porém, não ocorreram mortes pelo novo coronavírus em crianças, adolescente e nem em adultos até os 29 anos. "Sabemos que a virulência da Covid-19 é diferente de pessoa para pessoa. Vemos jovens evoluindo mal ou idosos evoluindo bem, tendo alta hospilatar. A melhor forma de tratar é ter uma boa unidade de terapia intensiva e hospitalização para os que necessitam. Os pacientes que tem alguma comorbidade agravam mais do que os outros, mas isso não é regra.

Existe um risco, principalmente nos pacientes diabéticos, porque já têm uma doença que faz lesões em órgãos como os rins, pulmão, coração e vasos. É uma doença nova, grave para algumas pessoas e ainda sem cura. Não temos uma medicação totalmente eficaz e nem vacina. Estamos em uma pandemia e a conscientização da população é o nosso melhor tratamento", frisa a Dra. Patrícia Meireles.

A relação entre o peso e a Covid-19 O agravamento da Covid-19 e consequentemente a piora do quadro clínico do paciente infectado também tem um relação direta com o peso dessa pessoa. Segundo a endocrinologista, Dra. Patrícia Peixoto, pessoas com obesidade ou mesmo as que têm o índice de massa corporal normal, mas apresentam aumento de circunferência abdominal têm risco maior de quadros graves frente a doença. A explicação é que a gordura corporal elevada gera um processo inflamatório crônico que afeta a capacidade do sistema imune de combater o vírus. "Pela presença da inflamação característica da obesidade, o organismo tem uma reação imune inadequada, além de haver mais chances dessa pessoa ter outras doenças que também complicam o quadro, como hipertensão arterial e diabetes. Em casos de obesidade mais grave, há maior dificuldade de expansão pulmonar e estudos tem avaliado se o tecido adiposo serve como uma espécie de 'reservatório' do vírus, fazendo com que a infecção dure mais tempo. Além disso, mesmo se a pessoa tem um peso considerado normal pelo IMC, mas tem uma circunferência abdominal aumentada, 'a barriguinha', ela tem uma excesso de gordura visceral, que é justamente a gordura mais inflamatória e, por isso, tão perigosa", revela. Questionamentos ao Governo Municipal O Jornal Terceira Via recebeu ainda denúncias de familiares de pacientes que estão internados no Centro de Controle e Combate ao Coronavírus e não estariam recebendo informações sobre o estado de saúde deles. Em Campos, existe uma lei sancionada no 3 de julho de 2020, de autoria da vereadora Joilza Rangel, que dispõe sobre a obrigatoriedade dos hospitais e clínicas públicas e particula-

res da estabelecerem mecanismos para manter as famílias dos pacientes internados com a Covid-19 informados sobre o estado de saúde deles. A equipe de reportagem questionou o governo municipal sobre o cumprimento da lei no CCCC. Em nota, a prefeitura de Campos informou que "para informações de paciente internado no Centro de Controle e Combate ao Coronavírus o familiar pode ligar para o serviço social através do número 98168-6852, ou pode Comparecer a Unidade, pessoalmente, e procurar o Serviço Social (funciona 24 horas)que fica no 2º andar. Deverá entrar pelos Fundos da Beneficência, para evitar o contato com potenciais pacientes. Até o dia 13 de agosto, 28 pacientes estavam na Unidade de Tratamento Intensivo da unidade. Importante destacar que a ocupação de leitos pode ser alterada diferentes vezes em um dia". O Jornal Terceira Via ainda indagou ao governo municipal sobre a taxa de ocupação da rede particular em relação a Covid-19 neste momento, baseado em informações de que as UTIs dos hospitais particulares estariam recebendo pacientes infectados nos últimos dias. E ainda se esta ocupação não teria relação com a flexibilização das atividades. A prefeitura respondeu em nota que "a cada medida tomada, antes é feita criteriosa análise técnica semanal levando em conta diferentes dados do cenário epidemiológico - coeficiente de incidência da COVID-19 no município, casos confirmados e acumulados, distribuição espacial dos casos confirmados, ocupação de leitos, índice de isolamento, taxa de letalidade. Desta forma, o município segue fazendo a análise destes critérios, que apontaram a possibilidade de avanço no plano de retomada neste período. Contudo, o município não descarta medidas de retorno a fases anteriores caso nova análise técnica mostre real necessidade".

Recomendações Todas as especialistas entrevistadas nesta reportagem não hesitaram em destacar que as maiores recomendações neste momento são continuar com a higienização adequada, lavando as mãos, utilizando álcool em gel, usando a máscara e fazendo o isolamento social. "Temos que manter sempre a higienização das mãos, o distanciamento entre as pessoas, o uso adequado das máscaras, fazendo a troca dessa proteção, até que a gente tenha a vacinação disponível", completa a pneumologista, Dra. Patrícia Meireles| Pneumologista atua no Centro de Controle Dra. Patrícia Meireles.


AloysioBalbi Com Girlane Rodrigues

STF julga indenização das usinas de Campos O Supremo Tribunal Federal retomou na semana passada em julgamento virtual, o processo que pode resultar em uma indenização bilionária para as usinas de Campos, até para as que já foram extintas. O processo envolve todo o setor sucroalcooleiro do país, mas somente a cifra devida às usinas de Campos passa de R$ 2 bi. O processo tramita há cinco anos. O placar está em 3x3. As usinas até aqui ganharam em todas as instâncias, mas a União que pagará, agora recorre ao STF. Chef em casa conquista Campos A pandemia fez nascer uma nova viração em Campos: as cozinheiras em domicílio, também chamadas de personal chefs, como a Paolla Wollino (foto). A demanda vem aumentando na chamada classe A. Tanto que alguns restaurantes renomados estão oferecendo esse serviço. A pessoa escolhe o cardápio antecipadamente e deixa o resto com elas. Sai um pouquinho caro, mas quem já experimentou diz que compensa. Campos visto de cima Como essa coluna anunciou vai começar a 8ª Temporada da séria “Brasil Visto de Cima” produzido pela Rede Brasil. E Campos será o alvo do programa, com toda cidade vista de cima. É um passeio aéreo de rara beleza. Vai ao ar neste dia 17, às 22h e pode ser captada na tv aberta ou no canal 444 da Sky. Passa em rede nacional. Muito legal. Live de teatro 1 Esta semana, no coletivo Santa Paciência, tem apresentação teatral do projeto “Leituras Santas”. A encenação transmitida ao vivo pelo Instagram tem sido um sucesso. Dirigido por Fernando Rossi, o projeto tem sido um dos poucos do setor cultural em Campos em tempos de pandemia. Live de teatro 2 Na quarta-feira (19), a peça a ser ensaiada em live é “Salve Amizade”, escrita por Flávio Marinho, que já foi protagonizada por Louise Cardoso e Cristina Pereira. No elenco campista, Rossi escalou Rosangela Queiroz, Laiza Dias, Pedro Fagundes,

Thiago Eugênio e Brendha Raad. A apresentação no Instagram do Santa Paciência será às 20h, mas poderá ser assistida em outro momento, já que fica gravada na rede social. Mangue Os manguezais de Gargaú e de Atafona, bem como outros da região, que são áreas de grande valor ecológico, onde se alimentam e se reproduzem mamíferos, aves, peixes, moluscos e crustáceos, estão sendo mapeados digitalmente com direito a fotos de satélites. O engenheiro cartográfico e pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Gilberto Pessanha Ribeiro, está à frente do projeto. Negócio da China de U$ 5 Bi Essa coluna publicou na sua edição online a notícia de que a empresa chinesa Spic bateu o martelo e levou 33% das ações termelétricas do Porto do Açu. Isso significa um investimento de nada mais nada menos de 5 bilhões de dólares. Em breve, a CEO da Spic no Brasil, a elegante Patrícia Waltrick, deverá visitar o Porto do Açu. Pra rodar A partir de outubro, a frota do transporte público de Campos vai passar por vistoria do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte, o IMTT. O órgão quer saber se os veículos estão circulando dentro dos parâmetros de qualidade e segurança e exigidos pela concessão pública. Agora, a prefeitura vai avaliar também se estão sendo cumpridos os critérios de segurança no combate à propagação do coronavírus. Ovos orgânicos Para quem acha que ovos nascem na gelsdeira esse informação pode ser útil. Exatas 4.100 frangas chegaram para dar início a um projeto de Avicultura Caipira, um trabalho conjunto da prefeitura, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Colégio Estadual Agrícola Antônio Sarlo e pequenos produtores. Em uma segunda etapa, o projeto objetiva a produção de ovos orgânicos cuja procura aumentou no mercado.

Opinião Todos sob o mesmo guarda-chuva

A reportagem Especial desta edição, produzida pela jornalista Letícia Nunes, aborda as incertezas que geram dúvidas sobre a pandemia da Covid-19. A foto de capa desta edição, que ilustra a reportagem, feita pelo repórter fotográfico Carlos Grevi Macabu, resume tudo isso: uma mãe com a filha no Centro de Campos, que além de máscaras usam sombrinhas. Era um dia solar, mas seguro morreu de velho, e talvez a mãe tenha percebido que um guarda-chuva pode ser uma forma a mais de se proteger. Em suma, aproveitando o gancho da foto, podemos dizer que estamos todos, independentemente da idade, do peso, da cor, entre outras coisas, vulneráveis ao vírus. Passados mais de 120 dias do início da pandemia, percebe-se que cai por terra aquela máxima de que existem grupos preferenciais para o vírus, os chamados grupos de risco, que em um primeiro momento era restrito aos idosos e as pessoas com doenças como diabetes e outras. Agora, como revela a reportagem, já se sabe que a doença alcança a todos, inclusive as crianças, e os primeiros casos começam a ter visibilidade. Talvez ainda sejam poucos porque as crianças es-

tavam mais protegidas com a suspensão das aulas e os cuidados determinados pelos pais. A reportagem mostra ainda que mesmo com o retorno de diversas atividades em Campos, dando uma leve sensação de que estamos voltando a viver tudo normalmente, com pessoas nas ruas, em bares, restaurantes, com ou sem máscaras, a verdade é que ainda estamos em um momento delicado, sem certezas e sem algo que impeça de fato o desenvolvimento do vírus. Assim, com essa falsa sensação de normalidade, pessoas de todas as idades estão ainda mais expostas ao novo coronavírus. Já existem relatos de casos graves envolvendo as crianças e os jovens adultos, faixas-etárias até então dificilmente atingidas. O Jornal Terceira Via entrevistou especialistas que revelaram que, na verdade, a Covid-19 ainda guarda alguns mistérios. Portanto, a prevenção continua sendo a melhor alternativa para este momento. Alguém já disse que a Covid-19 é como a chuva, e quem sair vai se melhor. É uma opinião duvidosa. Mas de uma coisa temos certeza: estamos todos sob o mesmo guarda-chuva.

Caxias, escravocrata?

“Um país rico é um país de leitores” (AH) A frase que dá título ao texto é da ex-ministra da Cultura do governo anterior, Ana de Hollanda, que muito apropriadamente afirmou a importância da leitura para um país. A leitura propicia o desenvolvimento do raciocínio, da criatividade, da imaginação, do vocabulário, do senso crítico e da produção de conhecimentos. Pobre é o país que não valoriza os livros e os e-books, livros em formato digital. Enquanto, no Brasil, a média de leitura é de um livro por ano, na Argentina, por exemplo, é de 12 livros por habitante. Os estudiosos do assunto apontam as consequências desastrosas dessa realidade brasileira: interpretação de textos limitada, analfabetismo funcional, restrito conhecimento de mundo, baixo desempenho em leitura de acordo com diferentes avaliações e, ainda, baixa capacidade de empatia como nos aponta a psicanálise. A capacidade de se colocar no lugar do outro e de vivenciar problemas existenciais, por meio da leitura, promovem desenvolvimento social, cognitivo e emocional. Desse modo, para aonde caminha nosso país? Essa é a pergunta que se impõe, a cada dia, ao lermos notícia como esta: o atual ministro da Economia , Paulo Guedes, enviou para o Congresso Nacional uma proposta de Reforma Tributária que inclui a taxação de livros em 12%. Desde a Constituição Federal de 1946, os livros são isentos de impostos. O escritor Jorge Amado, parlamentar constituinte na época, foi quem apresentou a emenda isentando os livros de taxas. A Constituição de 1988 manteve essa isenção. Há um tempo, vimos o desprestígio das ciências humanas pelo atual governo. Segundo ele, é necessário “descentralizar investimento em Faculdades de Filosofia e Sociologia. Alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina” (JB). Como o Ministério da Educação e Cultura está no quinto ministro à frente da pasta em dezoito meses , não se sabe ao certo, quais diretrizes serão efetivamente dadas, quais ações serão implementadas em relação aos múltiplos aspectos educacionais e culturais do país. A última notícia até o momento é anúncio de corte de verbas. Valha-nos, minha Nossa Senhora Desatadora dos Nós! Os livros foram decisivos para minha formação pessoal e profissional. Neles fiz morada e, posso afirmar, com certeza, que me deram pão, teto e prazer. E continuam a ser meu esteio e agentes de crescimento. Tenho um carinho especial por esse objeto mágico e transformador de pessoas e, consequentemente, de sociedade, de países. Porém, o que vemos, no Brasil, em termos de incentivo à leitura é preocupante e atroz. E por último, um recado para o senhor ministro da Economia: Todos os brasileiros precisam de ter acesso aos livros. Eles são para todos. Não elitize ainda mais o consumo dos livros. Se os ricos podem pagar mais, os pobres e a já combalida classe média brasileira não podem.

“É clara a tentativa de realizar releitura da História do Brasil e desmoralizar os seus heróis”. - Luiz Cesário da Silveira Filho.

Fernando da Silveira - Professor universitário, advogado e jornalista

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ma das maneiras de se implantar, no Brasil, uma ditadura comunista é se empenhar na desmoralização dos nossos heróis, como salientou o general-de-divisão Luiz Cesário da Silveira Filho, nas entrelinhas de sua frase a figurar na epígrafe desta crônica. Esta preocupação já era focada, nas reuniões da Academia Campista de Letras, quando o referido cenáculo funcionava no Automóvel Club Fluminense, bem antes assim da importante advertência do general Luiz Cesário. E as abordagens do assunto partiam de intelectuais campistas da estatura, dentre outros acadêmicos, de Nelson Pereira Rebel, de Godofredo Nascentes Tinoco e de Álvaro Duarte Barcelos. Tal preocupação numa academia tinha a maior pertinência, pois já naquela época um jovem foi preso, num comício na Praça São Salvador, por atingir com palavras de baixo-calão respeitáveis vultos de nossa História, dentre eles o Duque de Caxias, acusando-o de escravocrata. Sim, de partidário da escravatura, o que ele nunca foi. Considerar como escravocratas todos os proprietários de escravos da época do Império é ignorar a distinção, que então se fazia, entre senhores de escravos e escravocratas, os sem limites. É bom ressaltar que o número de senhores de escravos que não

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se sentiam bem com a escravidão, embora pequeno, foi um dos componentes para que o nosso país eliminasse essa abominável crueldade, sem que ocorresse nada parecido com a Guerra Civil Norte-Americana a levar à morte inúmeras pessoas. E nenhum grupo de fazendeiros de nossa Terra que tinha escravos se revoltou com armas nas mãos, como os sulistas da América do Norte. Parece-me que isso ocorreu no Brasil, em face da lábia dos poucos fazendeiros, que engoliam com muito jeito a escravidão. Tudo isso me veio à cabeça, porque certa feita ouvi na rua um cidadão incluindo o Duque de Caxias, no rol dos escravocratas. Essa inclusão me pareceu totalmente equivocada. É evidente que Caxias teve escravos, como a maioria esmagadora dos brasileiros com grandes ou alguns recursos, no período do Império. Mas, como deixava claro a professora Hercília Macieira em suas inesquecíveis aulas, pequena parte deles não era entendida na época como escravocrata, tal o respeito que devotava aos afrodescendentes. Segundo Dona Hercília, como nós a chamávamos, Caxias não era partidário da escravatura e tão voltado estava para o congraçamento dos brasileiros, que foi denominado “O Pacificador” antes de Prudente de Morais receber esse título. Nada tinha assim de escravocrata.

Ocorrendo o mesmo com Eusébio de Queirós, que embora tendo afrodescendentes inteiramente sujeitos a ele, foi o grande responsável pela lei de 1850, que proibiu o tráfico de escravos. É provável, que algo idêntico tenha ocorrido com os que se empenharam na luta pela Lei do Ventre Livre (1871) e pela Lei dos Sexagenários (1885). E até com a Princesa Isabel, antes dela assinar a Lei Áurea (1888). Chamá-los de escravocratas seria então um equívoco. Pior ainda, se tal equívoco ocorresse ao denominar de escravocrata o Barão de Guaraciaba, rico fazendeiro de cor negra como o ébano, que era proprietário de mil escravos, segundo o pesquisador Larry Rohter. Tudo levando a crer que o Barão de Guaraciaba não se revoltou com a abolição, pois como querido amigo da Princesa Isabel, jamais deixou de procura-la amistosamente. Pode-se, assim, entender que já no Império havia uma elite brasileira humanista. E que, para nossa sorte, ainda vigora no Brasil, nas camadas mais refinadas. Mas, que pode chegar ao povo em geral fazendo com que os brancos passem a amar profundamente os seus irmãos negros para deles receberem os mesmos atos de ternura. E juntos construirmos um Brasil melhor.

Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Direção Executiva Martha Henriques - Diretor Geral Fábio Paes Diretor de Jornalismo Aloysio Balbi Chefes de Reportagem Girlane Rodrigues e Roberta Barcelos - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Elton Nunes - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ Impressão: Parque Gráfico do Jornal O Globo. Tel: (21) 2534-9579/ comercialpg@infoglobo.com.br


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O Brasil é um país ‘encostado’ História mostra que ao longo dos tempos o cruzar de braços foi marca predominante

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uma abordagem genérica, sem entrar em juízo de valor e ressalvadas as devidas exceções, quando se vê a catastrófica situação do Brasil ante a pandemia que, resumindo, é o segundo país do mundo com maior número de mortes e há três meses sequer tem um ministro da Saúde, observamos, também, uma certa passividade do povo brasileiro, que não se insurge com a veemência que o momento exige. Mas, seria esse um comportamento atípico ou, ao contrário, um traço marcante de todos dos tempos? Vejamos: Independência 1) A libertação de um país dominado ocorre, via de regra, pela insurreição do povo subjugado contra seu dominador. É um processo revolucionário, não raro marcado por batalhas. Afinal, a independência não se dá por presente, mas pelo sangue deixado na terra por aqueles que a farão livre.

Mas aqui foi tudo diferente: a libertação do Brasil do jugo de Portugal se deu justamente pelas mãos do herdeiro do trono português. Circunstâncias políticas à parte, o ‘Independência ou Morte’ foi proclamado não por um brasileiro, mas pelo príncipe-regente, D. Pedro, que se tornou imperador. Queda da Monarquia 2) Seis décadas depois, o império vigente no Brasil chegaria ao fim com a queda da monarquia. Contudo, sem que fosse dado um tiro sequer, quem proclamou a República não foi dos seus, mas sim um monarquista de carteirinha – que cresceu na monarquia, com ideias monarquistas: o Marechal Deodoro da Fonseca. Em suma, a República não se instalou pelas mãos de um republicano, mas de Deodoro, que com apoio dos militares deu um golpe, expulsou a família imperial e instalou uma ditadura no Brasil junto com Floriano Peixoto. Enfim, um ‘segundo’ presente histórico.

Nos episódios mais importantes da Nação, o povo se posicionou como mero espectador Golpe de 64 3) Pulando várias ocorrências ao longo da primeira metade do século 20, temos outro exemplo em 1964: a “Revolução” de março daquele ano”, antes denominada ‘Golpe militar’ e, mais recentemente, ‘Golpe civil-militar”, tirou, sem maior estardalhaço, um civil da Presidência e colocou um general. Isso, com apoio de importantes lideranças políticas de então e de inúmeros segmentos da sociedade. Mas, de toda forma, algo inusitado. Até porque o presidente João Goulart pegou o avião e foi para o Uruguai. Assim, a “revolução” que prometia devolver a ordem ao País e promover eleições, foi ficando... e três ou quatro anos depois virou uma ditadura sanguinária, que perseguiu, torturou e matou. Não se pode negar, principalmente após 1968, que a sociedade não tenha reagido. Mas, seja como for, sem êxito. Em 1983, o movimento pelas ‘Diretas’ eclodiu no País, e a Emenda Dante de Oliveira foi o momento em que o Brasil chegou mais perto da redemocratização.

Mas foi rejeitada pela Câmara. Quando quiseram 4) Interessante observar que os militares entraram da mesma forma que saíram: quando e como quiseram. Geisel iniciou o processo e Figueiredo concluiu. Por ironia, quando o regime militar deixou o Brasil, não foi substituído por um nome da oposição – por um político contrário aos militares – mas, ao contrário, por um amigo do regime dos generais, o oligarca José Sarney, face à morte de Tancredo. Portanto, repetindo o caráter genérico das observações e a existência de exemplos históricos isolados – louváveis e que merecem todo apreço e respeito da Nação – o Brasil tem por inclinação ser um País ‘encostado’ e, como tal, também diante do absoluto desastre que tem sido o combate à pandemia, cruza os braços e espera pela “Sputnik V” que o presidente Russo, Vladimin Putin, garante que provoca “imunidade duradoura” acrescentando, ainda, que um de suas filhas tomou. Alguém duvida?

Proclamação da República

Independência do Brasil

Crianças induzidas a festejar o golpe

População exaurida de tanto ouvir Covid, Covid, Covid... Depois de cinco meses desde que ocorreu a primeira morte pelo novo coronavírus no Brasil, em 12 de março, observa-se que o assunto em si – com toda gravidade e provação que impõe – vai chegando à exaustão. Desde o final de fevereiro, quando constatado o primeiro caso, a imprensa, as rádios, os telejornais, os sites e demais plataformas de informação se valeram de 80% de seu es-

paço e tempo para noticiar, interpretar, comentar, debater, analisar e projetar os rumos da maior pandemia de nossa época, que de forma devastadora alcançou todos os continentes do mundo. Situando a questão em termos de Brasil, todavia, vemos que a população se mostra esgotada – exaurida – visto que passados maio, junho, julho e caminhado para os estertores

de agosto, nada se vislumbra além do dramático número de infectados e mortos, que coloca o Brasil nas trevas de ser o segundo país do mundo no aterrorizante ranking de vítimas, com o infortúnio, ainda, de contabilizar cerca de 1 milhão de casos a mais e o dobro de óbitos do terceiro país afetado pela doença – a Índia. Alquebrado – Por óbvio, não se desconside-

ra que a pandemia afeta todo o planeta. Entretanto, o Brasil parece inerte ante tão sombrio período, na medida que não faz nada de diferente para abrandar a situação, a não ser aguardar pela vacina. Outras nações – com acertos e erros – estão tentando. Mas não se pode dizer o mesmo de um País que há mais de três meses não tem um ministro da Saúde, mantendo lá um interino. É inacreditável!

Um massacre de vidas e outro psicológico Esta página, depois de sucessivas semanas reportando os números do coronavírus em Campos, no Rio de Janeiro e no Brasil – não apenas os registros, mas traçando percentuais, comparando períodos para observar a evolução e publicando infográficos – tira ‘uma folga’ do assustador problema na esfera técnica para um olhar mais distanciado e horizontal. E mais uma vez enfatiza o que todos os veículos de comunicação e a comunidade científica afirmam para ouvidos moucos: é preciso distanciamento social, uso de máscara e abertura gradual – de forma coordenada e fiscalizada – das atividades que estão sendo abertas. E, sempre que puder, ficar em casa.

Ondas – O vírus tem retornado por onde já passou, nas chamadas segundas ondas. Cidades que abriram sem critério estão tendo que fechar tudo novamente. No Brasil, a falta de liderança política e coordenação entre os governos está cobrando a conta dos erros em vidas: o número de mortes vai se aproximando de 110 mil e nos próximos dias os casos confirmados deverão chegar a 3 milhões e 500 mil. Registre-se: Mais de mil brasileiros estão morrendo por dia. Trata-se de uma pandemia e o vírus está se interiorizando. Por que não usar máscara? Por que participar de aglomeração? Por que entrar em bares e restaurantes que já estão cheios.

Por que continuar de braços cruzados?

O exemplo que vem de cima


Política Serviços públicos digitais avançam PÁGINA

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16 A 22 DE AGOSTO DE 2020

Somente a Secretaria Municipal de Fazenda de Campos ampliou em 20% oferta de serviços durante a pandemia A pandemia do novo coronavírus acelerou a digitalização da prestação de serviços públicos pela Prefeitura de Campos. Somente a Secretaria Municipal de Fazenda ampliou em 20% o número de serviços que oferece por meio de seu site (www.fazenda.campos.rj.gov. br) desde o início das medidas de distanciamento social. Nos últimos cinco meses, os acessos tiveram aumento de 200%, segundo a pasta. O número de contribuintes cadastrados passa de 12 mil. Ao possibilitar que procedimentos sejam feitos totalmente online, por meio de computador ou celular, a digitalização dos serviços permitiu a continuidade do atendimento mesmo com a secretaria fechada entre o final de março e o início de agosto. A mudança está em sintonia com o projeto do Governo Federal de digitalizar 100% de seus 3,6 mil serviços até 2022. Deste total, 58% já estão digitalizados. A migração é justificada pelos números do acesso à internet no Brasil, que já é a quarta do mundo em número de usuários. No país, 75% dos habitantes acessam a rede mundial de computadores por meio de computadores ou dispositivos móveis. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 90% têm acesso frequentemente à web e mais de 90% usam celular. Velocidade e segurança Em isolamento domiciliar desde

Foto: Silvana Rust

Foto: Carlos Grevi

Marcos Curvello

Presencial | Atendimento na sede da Fazenda precisa ser agendado

Isolamento | Com contribuintes trancados em casa, site da pasta registrou crescimento de 200% no acesso

março, o funcionário público Eugênio França precisou recorrer ao site da Fazenda para quitar uma dívida de IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) de 2019. O processo, garante, foi rápido. "Por descuido, deixei de pagar parte das guias do IPTU no ano passado. Ao constatar o problema, recorri ao site. Fiz um breve cadastro e emiti as segundas vias, que quitei pelo internet banking. Em questão de poucos minutos, resolvi o problema", conta. Para França, a medida permite que os contribuintes mantenham a segurança sanitária em meio à pandemia de covid-19, que já

matou mais de 100 mil pessoas em todo o país. "Minha família e eu temos procurado manter o distanciamento social e saímos somente para aquilo que é realmente necessário, como comprar alimentos ou remédios. Se não houvesse a possibilidade de resolver o problema pela internet, eu precisaria agendar um horário para atendimento na secretaria e me expor tanto lá quanto na agência bancária", diz. Economia na crise Adicionalmente, o serviço digital custa menos aos cofres públicos. De acordo com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Ser-

pro), a economia pode chegar a 97%, com redução de pessoal em atendimento presencial e diminuição de custeio com manutenção de espaços e compra de insumos, como papel, por exemplo. A oferta de serviços digitais também agiliza o atendimento. Segundo a Secretaria Municipal de Fazenda, o atendimento presencial "gerava morosidade, já que, quando havia alguma pendência, era necessário que o contribuinte voltasse à sede da secretaria para ser comunicado. Agora, ele pode acompanhar o processo diariamente sem sair de casa". Isso permite aumentar a produtividade tanto do contribuinte quanto

do funcionalismo, revertendo para outras atividades tempo que, antes da digitalização, seria gasto à espera do andamento de formulários e carimbos. Com a crise de caixa por que passa o município — que deixou de receber participação especial da exploração do petróleo pela primeira vez em sua história neste mês de agosto —, a digitalização dos serviços pode ajudar a enxugar despesas e reduzir a máquina pública. Atendimento online ou presencial? Atualmente, o site da Secretaria Municipal de Fazenda oferece um total de 12 serviços, que podem ser acessados 24h por dia, sete dias por semana. Entre eles emissão de Certidão Negativa de Débitos, de guias de tributos municipais, de alvarás e notas fiscais, abertura e acompanhamento de processos, cancelamento de cobrança de forma virtual e ouvidoria.

Mas, segundo o subsecretário de Atendimento da Secretaria Municipal de Fazenda, Luís Vicente, o número de serviços disponíveis por meio do site deve aumentar. "A tendência é cada vez mais prestarmos serviços pela internet. Por isso é muito importante que todos se adaptem e aprendam a se cadastrar no site da Secretaria de Fazenda. É muito fácil e autoexplicativo. Com ele, o cidadão contribuinte não se expõe ao coronavírus e tem a facilidade de acessar uma extensa lista de serviços de suas casas ou escritórios. Há situações, porém, que ainda exigem atendimento presencial, como a necessidade de cumprir exigência de processo, entregar documentação pendente ou fazer parcelamento de tributos. Nesses casos, é necessário agendar a ida até a Secretaria Municipal de Fazenda por meio dos telefones (22) 981751023, (22) 981526412 e (22) 98179-4176.

Otimismo com reabertura de restaurantes e academias Empresários consideram positiva a volta das atividades após flexibilização

Fotos: Carlos Grevi

Ocinei Trindade Desde que a Prefeitura de Campos publicou em decreto a flexibilização para funcionamento de bares, restaurantes e academias de ginástica, no dia 6, estabelecimentos e clientes se adaptam a uma nova fase durante a pandemia de Covid-19, na cidade. Durante a primeira semana de atividades, empresários do setor consideraram positivo e satisfatório o retorno, apesar das restrições e protocolos que exigem distanciamento físico, uso de máscaras e álcool em gel nos ambientes. O governo municipal diz que está fiscalizando possíveis irregularidades. Para o empresário Pedro Henrique Neves, da Academia Nova Estação, a maior de Campos, o retorno às atividades foi considerado satisfatório nos primeiros dias de abertura. A semana começou com ativação de cadastro de alunos. Para ele, a volta se dará de modo gradual. Na primeira semana, houve uma procura considerada adequada para o momento. "Foi bem positiva a primeira semana. Os clientes estão levando a sério os protocolos de segurança. A consciência deve ser de todos para favorecer o ambiente seguro. A academia se preparou de modo sério para seguirmos todas as recomendações sanitárias. Os alunos podem reconhecer o nosso empenho. Isso gera credibilidade para a empresa. Acredito que até o fim do mês, alcançaremos de 50 a 60% de nossos alunos de volta. Estamos satisfeitos com esse retorno. Segundo Pedro Henrique, além dos clientes antigos, novos alu-

Breno Romano | proprietário de dois restaurantes se diz satisfeito

Indústria Açucareira|Plantação de cana está perdendo espaço para criação de gado em todo município Adaptação | retorno às atividades na maior academia de Campos acontece de forma gradual, diz direção

nos se interessaram em fazer atividades físicas. "Aos poucos, as pessoas vão adquirir mais tranquilidade para estarem em academias, pois o ambiente obedece a todos os padrões e exigências de higiene e sanitização. O espaço é bastante amplo e arejado. A circulação de ar natural é eficiente. As aulas coletivas não foram totalmente liberadas. No spinning, ginástica localizada e dança temos instrutores que se adaptaram para aulas em ambientes abertos. As sessões de musculação foram liberadas, mas com controle de pessoas que só podem utilizar o espaço mediante agendamento. Por hora, 90 pessoas podem circular nas salas de atividades da academia. Os ambientes foram adaptados e os aparelhos reposicionados para manter o distanciamento físico de dois metros entre as pessoas. Ginástica ao ar-livre O educador físico Jorge Paulo Silva, mais conhecido como Junior

Japa, já dava aulas em praças da cidade. No bairro Flamboyant, ele orienta de cinco a dez alunos por sessão. Antes das academias fecharem, ele já se ocupava em ambientes abertos. " Noto que o pessoal está bastante empolgado com as aulas ao ar livre. Percebo que as pessoas estavam com medo de ir para a academia. Então, a procura tem sido grande para atividades na praça. Eu acredito que vai se manter a procura. Expectativas são das melhores, mas claro deve-se respeitar o limite de pessoas, hi-

gienização, sanitização. Todos os protocolos têm que ser cumpridos. Começamos com cinco pessoas. Hoje somos 10. Estamos nos adequando", observa. Reabertura otimista O empresário Breno Romano de Almeida, dono do Specialle e do Romano, dois dos mais frequentados restaurantes da cidade, reabriu um dia após a prefeitura publicar a flexibilização. "Estamos tendo adesão satisfatória, apesar da capacidade reduzida por dois metros de distância por

Mateus Titoneli | redução de metade dos lugares no restaurante

mesa. Optamos em usar uma mesa e pular a outra. Às vezes dá mais de dois metros de distância", avalia. Breno Romano disse que a equipe está bem adequada com funcionários bem treinados. "A gente sabia que ao abrir não iria `bombar´. Tem sido gradual, natural, sem desconfiança, dentro da expectativa. Aos poucos, as pessoas vão adquirindo confiança, tendo coragem e saindo de casa. Para o empresário, as determinações da prefeitura para reabertura de bares e restaurantes são plausíveis. "A única coisa que eu acrescentaria seria a liberação das calçadas em um ambiente mais aberto, mas por ora, isto não ocorre. As pessoas vão se adaptando. Verão que não há perigo em sair e se divertir um pouco, desde que com cuidados", considera.

pessoas em dois pavimentos, com a flexibilização o espaço agora é ocupado pela metade. "Retiramos metade do mobiliário que está guardado em um depósito. Voltamos a abrir de 11h às 15h30 de segunda a sábado. O retorno foi dentro de nossa expectativa. Considero bem positivo. Apesar da redução da produção de comidas, já que o espaço não comporta um número maior de pessoas. Não demitimos nenhum funcionário no período de quarentena". Mateus admite que o faturamento caiu drasticamente nesse período de fechamento, porém com o delivery e a venda de marmitas, manteve o bom relacionamento com seus clientes. "Muitos bancários, comerciários e jornalistas garantiram nossas vendas e a fidelização de nosso serviço antes da reabertura", destaca.

Recomeço Há um ano no ramo de alimentação, o empresário Mateus Titoneli assumiu um dos mais tradicionais restaurantes da região central de Campos, o Chalé, que existe há três décadas. Antes da pandemia, o ambiente sempre foi lotado no período do almoço, mas amargou meses de inatividade. "O atendimento ficou restrito a entregas delivery ou venda de marmitas na porta do estabelecimento. Durante o lockdown, interrompemos completamente por duas semanas", recorda Mateus. Com capacidade para até 200

Fiscalização municipal De acordo com a Prefeitura de Campos, as fiscalizações de restaurantes, bares e academias seguem a mesma rotina dos outros estabelecimentos. Denúncias devem ser encaminhadas para o WhatsApp da Superintendência de Posturas, (22) 981683645. A taxa de isolamento no município, atualmente, é de cerca de 40%. "Mesmo com esses estabelecimentos funcionando, é preciso seguir o protocolo de segurança para evitar que a doença se espalhe", diz o secretário de Segurança Pública, Darcileu Amaral.


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Campos

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Onda de violência cresce em Campos No início da pandemia, índices chegaram a zerar

Fotos: Arquivo

Ulli Marques No primeiro semestre de 2020, Guarus teve o menor número de homicídios dos últimos 20 anos. Em maio, ocorreu ainda um fato inédito: não houve sequer uma morte por violência nesse período. Contudo, após comemorarem esses índices históricos, uma reviravolta surpreendeu as autoridades policiais. Nas últimas duas semanas, crimes brutais foram registrados nessa região, dois deles em que as vítimas foram decapitadas e, mais recentemente, o assassinato de dois vigilantes do campus do Instituto Federal Fluminense em serviço. Até o fechamento desta reportagem, esses crimes continuavam sendo investigados. No caso do duplo homicídio, o suspeito foi preso. O delegado titular da 146ª Delegacia Legal de Guarus, Pedro Emílio Braga, esclarece que o sigilo é preponderante para o êxito da apuração criminal, portanto não revelou informações mais precisas a respeito das ocorrências citadas acima. “Ainda assim, o que se pode dizer é que a brutalidade dos crimes tem, de modo geral, a intenção de ‘passar um recado intimidatório’, de maior crueldade”. Quanto ao “significado” das decapitações, o delegado e o comandante do 8º Batalhão da Polícia

Duplo homicídio | Vigilantes do IFF/Guarus foram desarmados e mortos

Militar (BPM), tenente-coronel Luiz Henrique Barbosa, disseram que não há como precisar. “Pode ser dirigido a pessoas acusadas de traição, de passar informações à polícia, mas também a inimigos de facções rivais... Essa motivação é flexível. Não há um significado concreto. Sabemos apenas que objetiva intimidar, importa liderança, mas não é ligado a um fato específico”, esclareceu Pedro Emílio. Questionado sobre uma possível retaliação à terceira fase da operação Refrenata que aconteceu no dia 23 de julho e prendeu três suspeitos de homicídio, o delegado nega. Segundo ele, “embora não possa dizer muito, garanto que os assassinados das primei-

ras semanas de agosto não estão relacionados a essa ação policial”, explicou. Os crimes Um dos crimes mais graves e recentes na região de Guarus aconteceu na madrugada de sexta-feira (14/08), em frente ao Instituto Federal Fluminense, no Parque Fundão. Dois vigilantes da instituição — Raul César Gomes Teixeira, de 48 anos, e Bruno Santos Rosa, de 32 — foram assassinados com as próprias armas que utilizavam no trabalho. No início da tarde do mesmo dia, um suspeito foi capturado. Ele, que seria usuário de drogas, confessou o crime e alegou que estava fugindo de traficantes que o perseguia,

Guarus | lidera os casos de homicídio mesmo com repressão policial

quando invadiu o IFF e acabou por tirar a vida dos dois trabalhadores. A versão do homem ainda está sendo investigada. Os dois casos de decapitação, que aconteceram nos dias 7 e 8 de agosto, também chamaram a atenção da população campista e esses ainda não foram elucidados. A primeira vítima foi uma mulher de aproximadamente 40 anos. Seu corpo e a cabeça, ambos enrolados em fita adesiva, foram localizados no km 11 do distrito de Travessão de Campos. Já o segundo foi um adolescente de 17 anos, Guilherme Gomes Bravo. A cabeça do jovem foi encontrada no Parque Presidente Vargas, mas o corpo ainda não foi localizado. Familiares do adolescente garantem que ele foi morto por engano e fizeram uma manifestação pedindo por justiça na última semana.

Militar |Cel. Luiz Henrique

Redução dos números O isolamento social foi um fator que contribuiu para a redução de delitos patrimoniais, como roubo e furtos, por exemplo, principalmente no primeiro trimestre das ações administrativas de combate à pandemia, quando a redução de pessoas nas ruas era mais acentuada. Com o retorno do fluxo, a tendência é de que, segundo o delegado de Guarus, os índices desses crimes retornem à média historicamente observada. No entanto, a queda de homicídios não teria, em tese, relação com a pandemia. “Se os criminosos não cumprem a lei que criminaliza essas condutas, jamais deixarão de praticar esse tipo de crime por função de normativas administrativas de restrição social”, pontuou Pedro Emílio. Para ele e também para o comandante do 8º BPM, tal fato deve ser creditado, na realidade, à robusta política de segurança que se adotou naquela região. Nos últimos 18 meses, foram realizadas mais de 100 prisões por crimes de homicídio em 20 operações das polícias Civil e Militar. “Trabalhamos segundo um planejamento estratégico e a partir dessas políticas, obtivemos esses resultados superiores a 2019 que, por sua vez, já eram substancialmente melhores do que os resultados de 2018”, disse o delegado.

Delegado |Pedro Emílio Braga

REDUÇÃO CRIMES EM JULHO (2019/2020) Homicídio 15 (2019) / 8 (2020) Roubo de Veículo 10 (2019) / 7 (2020) Roubo de rua 90 (2019) / 35 (2020) Roubo de carga 3 (2019) / 0 (2020) ÍNDICES PERCENTUAIS Homicídio – 47% Roubo de rua – 61% Roubo de Veículo – 30% Roubo de carga – 100% Roubo a transeunte – 64% Roubo em coletivo – 50% Estupro – 56% Roubo a estabelecimento comercial – 33% Furto de veículos – 47% Furto a transeunte – 46% Furto de bicicleta – 88% Roubo de aparelho celular – 71%


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Destaque

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Caminhões invadem a Arthur Bernardes

Uma das hipóteses por optar passar pela avenida seria escapar da taxa de Autorização Especial de Trânsito

Fotos: Carlos Grevi

Thiago Gomes Apesar de proibido, é bastante comum o fluxo de caminhões pesados na Avenida Arthur Bernardes, em Campos. Por ser uma via municipal, ela não foi projetada para suportar veículos grandes e pesados, mas passou a ser rota de carretas de vários eixos em direção ao Porto do Açu, em São João da Barra. Seja para cortar caminho ou deixar de pagar a Autorização Especial de Trânsito (AET), documento emitido pelo Departamento de Estrada de Rodagem (DER-RJ), caminhoneiros, que deveriam trafegar pela RJ238, conhecida como Estrada dos Ceramistas, que é uma via estadual, acabam desviando pela via municipal. A desobediência aumenta o risco de acidentes e ainda danifica o piso da perimetral. O mecânico Adriano Ribeiro Rosa conhece bem o fluxo da Avenida Arthur Bernardes, já que trabalha em uma oficina às margens da perimetral. Segundo ele, é bastante comum carretas grandes e pesadas passarem pela rodovia municipal em direção ao Porto. O mecânico relata que a situação era ainda pior quando a ponte da Estrada dos Ceramistas estava em obra. Mas, apesar de os reparos terem sido concluídos no final de julho, o fluxo desses veículos continua pela Arthur Bernardes. “É um vaivém de carretas e caminhões pesados por aqui. O trânsito é intenso o dia todo, mas pela manhã é ainda mais. Tem vezes que as cargas são tão grandes que é preciso levantar os galhos das árvores e até a fiação para o veículo passar. Isso com toda certeza vai deteriorar o asfalto mais rápido”, destacou o mecânico. Para a professora aposentada Ivete Gomes Siqueira, que mora na perimetral, carretas grandes deixam o trânsito mais lento e perigoso. A moradora se recorda

Suzana Lisboa

Tudo errado | A avenida Arthur Bernardes foi construída para trânsito de veículos leves e não para carretas com cargas industriais pesadas com destino ao Porto do Açu, em São João da Barra

soluções específicas do Contran, são exemplos que necessitam de AET: as combinações de veículos com peso bruto total superior a 57 toneladas e comprimento superior a 19,80 metros, conhecidas como treminhão, bitrem e rodotrem de oito e nove eixos, tritem, entre outros.

Enquanto isso| A Estrada dos Ceramistas concebida para tráfego de caminhões transportando até 24 toneladas continua sendo pouco utilizada

de veículos grandes que enguiçaram na Arthur Bernardes e interromperam o fluxo de veículos por horas. “Às vezes parece que estamos trafegando pela BR-101, por causa do número de caminhões e carretas. E isso não deveria acontecer, pois a Arthur Bernardes é uma via municipal que não comporta esse tipo de tráfego. Trafegar na perimetral torna-se mais perigoso do que deveria”, lamentou a moradora. Guia obrigatória Ao trafegarem pela via municipal, os caminhoneiros deixam de

pelos próprios caminhoneiros autônomos, presencialmente, na sede do DER-RJ, à Avenida Presidente Vargas, 1.100, na Divisão de Estudo de Trânsito, as terças e quintas-feiras, das 10h às 15h. São aceitos também pedidos por procuração. Ao apresentar a documentação exigida, o caminhoneiro deverá pagar a guia de expedição da AET, em Ufirs, que varia de acordo com o peso do veículo. O pagamento é efetuado no próprio departamento e a AET estadual é expedida no mesmo dia. “Toda a documentação necessária à obtenção da AET está dispo-

nível no site do DER-RJ (www.der. rj.gov.br). O usuário deve clicar em Serviços, no lado esquerdo da página, e no último item: Autorização Especial de Trânsito. Quanto à fiscalização nas rodovias estaduais, fica a cargo do BPRv”, orientou o DER em nota. Código de Trânsito Brasileiro O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê a exigência de Autorização Especial de Trânsito (AET) para os veículos que transportam cargas indivisíveis, com peso ou dimensões excedentes ou para veículos especiais (rodando vazios ou carregados). Conforme re-

Triptofano A

Jorge Luciano Jacyntho

pagar uma guia estadual. O DER-RJ informou que motoristas que dirigem veículos de transporte de carga devem portar, obrigatoriamente, a Autorização Especial de Trânsito (AET), estadual, sempre que passar por rodovias estaduais, como a Estrada dos Ceramistas. O documento é expedido pelo departamento para veículos especiais ou de transporte de carga, que excedam os limites de peso e dimensões estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) na Resolução 210/06. Ainda segundo o DER, a AET deve ser requerida pela empresa ou

um aliado do sono

lém de ajudar na indução do sono, alimentos ricos em triptofano também aumentam o bem-estar maior. Dificilmente você escutara alguém dizer que consegue deitar e dormir imediatamente. O que acontece com mais frequência é que cada vez mais pessoas estão tendo dificuldade em engatar no sono. A privação de sono prejudica a qualidade de vida, aumentando o estresse e até propiciando uma depressão. O triptofano é um aminoácido essencial, no sistema nervoso central, possui a participação na produção do neurotransmissor Serotoni-

na, através da enzima triptofano hidroxilase, em conjunto com a niacina e o magnésio. Os níveis de serotonina cerebral desbalanceados estão relacionados às alterações de comportamento e humor: ansiedade, agressividade, depressão, sono, fadiga, supressão de apetite Alimentos que contêm triptofano, como leite morno, chocolate, peixe, banana, ovos.. além dos suplementos. Então fique atento, esse nutriente pode contribuir muito para sua qualidade de vida. Fiquem com Deus e até! “É parte da cura o desejo de ser curado”. Sêneca

IMTT fiscaliza O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) disse que, atualmente, trabalha de forma preventiva com as empresas que operam no Porto do Açu, realizando reuniões semanais para tratar sobre a proibição do tráfego de caminhões pesados na Avenida Arthur Bernardes. Segundo destacou o órgão municipal, os veículos que saem do Porto do Açu devem trafegar pela BR-356, seguir pela Avenida Presidente Kennedy, cruzar o final da Avenida 28 de março e seguir pela RJ-216 (Campos-Farol) para acesso à Estrada dos Ceramistas e à BR-101. “Passado esse período de orientação, as empresas que descumprirem as normas serão punidas”, ressaltou em nota.

Jack Barbosa

João Bello



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Saúde

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Técnica inédita em Campos para retirar tireoide é adotada pelo Hospital Dr. Beda Cirurgião de cabeça e pescoço, Raphael Sepulcri, utiliza o método "Toetva" que não deixa cicatriz no pescoço Fotos: Divulgação

Ocinei Trindade Todas as sextas-feiras pela manhã, o cirurgião de cabeça e pescoço, Raphael Sepulcri, recebe pacientes no Centro Médico do Hospital Geral Dr. Beda, em Campos. O profissional realizou no último dia 12, uma cirurgia de tireoide inédita na cidade e no interior do estado. A técnica que leva o nome de Toetva, sigla em inglês da expressão Transoral endoscopic thyroidectomy vestibular approach, representa o que há de mais novo em acesso remoto endoscópico para a retirada da glândula tireoide. A vantagem é que a cirurgia não deixa cicatriz. Pioneiro, o Grupo IMNE passou a contar com o procedimento só adotado em São Paulo e no Rio de Janeiro até então. De acordo com Raphael Sepulcri, o Hospital Geral Dr. Beda é o único no Norte Fluminense a utilizar a Toetva, técnica de cirurgia de tireoide que não deixa cicatriz visível no paciente. O procedimento realizado por ele e por sua equipe em uma paciente na faixa de 40 anos contou com a presença do cirurgião Leonardo Rangel. "Ele tem uma das maiores experiências nesta técnica no país", comentou Sepulcri. Nas últimas décadas, as tenta-

Sobre Tireoide

Pioneirismo no interior| Cirurgia feita por acesso remoto endoscópico

Equipe | Cirurgia contou com a experiência do médico Leonardo Rangel

tivas e pesquisas sobre acessos remotos para a retirada da tireoide ganharam notoriedade em todo o mundo. Um dos intuitos de evitar cicatriz em uma área exposta do pescoço foi alcançado pelos profissionais. "A Toetva é um tipo de técnica que se utiliza de um orifício natural. Neste caso, a boca. A técnica resolve alguns problemas

de outros acessos remotos. Tem menos dissecção de tecidos, fica mais próxima à glândula tireoide, e tem como principal atrativo a ausência de uma cicatriz no pescoço", explica Raphael Sepulcri. A cirurgia menos invasiva na região do pescoço é comemorada no meio cirúrgico, mas principalmente entre os pa-

cientes. A retirada da glândula afetada não permite a cicatriz no pescoço, como no método cirúrgico tradicional. A técnica foi desenvolvida por americanos, mas foram médicos tailandeses e sul-coreanos que aperfeiçoaram-na a partir de 2015. Os primeiros procedimentos no Brasil começaram em 2017. Em São Paulo e no Rio de Janeiro alguns cirurgiões se utilizam da Toetva. Raphael Sepucri viajou aos Estados Unidos para aprender e aprimorar a técnica cirúrgica Toetva. Ele estudou no Hospital Johns Hopkins, que fica na cidade de Baltimore. "O proce-

dimento tradicional ainda se mantém. Porém, com a nova técnica, as vantagens para os pacientes são superiores", compara. Problemas na tireoide acometem principalmente as mulheres. Os casos mais frequentes acontecem na faixa de 30 a 40 anos. "A paciente que operamos no Beda tem esse perfil. Ela recebeu alta hospitalar no dia seguinte ao procedimento. Em uma semana, já pode retornar à vida normal. A relevância desse método é o menor acesso à glândula e não deixar cicatriz. O grau de satisfação do paciente é enorme", destaca.

OAB | Kelly Viter defende a lei

A tireoide é uma glândula responsável por regular outros órgãos vitais do corpo humano. Coração, cérebro, fígado e rins estão ligados aos hormônios produzidos pela tireoide, T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) que garantem o equilíbrio do organismo. A tireoide tem formato de borboleta, pesa em torno de 25 gramas e se localiza na região do pescoço. A glândula atua diretamente no crescimento de crianças e adolescentes, além de regular ciclos menstruais, fertilidade, peso, memória e emoções. De acordo com especialistas, a tireoide pode apresentar problemas em alguma etapa da existência. O diagnóstico é considerado simples e rápido. O volume dilatado da glândula é identificado como bócio. Quando a tireoide não apresenta bom funcionamento pode causar hipotiroidismo (insuficiência) ou hipertiroidismo (excesso). "A cirurgia para a retirada da tireoide é indicada quando a glândula cresce bastante, em casos de câncer ou suspeitas de câncer na região. Por isso, uma consulta médica para avaliação é necessária periodicamente", conclui o cirurgião Raphael Sepulcri.


@alquimiabartenderss (22) 99606-6967 (22) 99761-4049

(22) 9985-02331 @salgado_gostoso

Fotos: Arquivo do colunista

Novo vocal

Nossa Paparazzi "pérola negra", Thairine Petrolino aniversariante da semana que passou abrilhantando nosso domingo by Binho Dutra

Tia querida, Gerlany Lirio degustando uma paleta FA

Empresário Felipe Inácio, camarada da melhor qualidade

Parceirão Igor Duarte é 100%!

" Abelha" do meu coração! Érika Nunes

Querida Nathália Chalita num drink e relax Sempre linda, amiga linda Thais Beda

Denise e Nelson Gondim, casal muito bacana comemorando mais um ano de casamento

Gente boa demais Hendrigo Tavares

Era para ser segredo, mas já se sabe quem é o novo vocalista do Jammil. E ele não é desconhecido do público, não! Rafael Barreto, o escolhido para assumir o comando da banda baiana, já foi campeão da terceira temporada do programa Ídolos, apresentado por Rodrigo Faro, na TV Record, em 2008.O Jammil faz parte da história da axé music e teve seu auge entre os anos 90 e 2000, quando era formada por Tuca Fernandes, Manno Góes e Roberto Espíndola. Em 2011, Tuca decidiu seguir carreira solo e Levi Lima assumiu os vocais, dando novo gás à banda e emplacando hits como “Colorir papel”, “Celebrar” e “Você é tudo”. A estréia oficial de Rfael na Banda deve acontecer num show privê para imprensa em Janeiro de 2021 e Levi Lima, exvocal segue em carreira solo.

Novo Orkut?

Sensação na segunda metade dos anos 2000 e início da década seguinte, o Orkut voltou aos holofotes nesta terça-feira que passou, como um dos assuntos mais comentados no Twitter. Calma! Pra frustração de antigos fãs da rede social, ela não está de volta, não. O Orkut virou comentário geral depois que o Twitter confirmou que planeja criar uma versão paga de sua própria plataforma. Muita gente disse que voltaria a usar a rede social extinta em 2014, caso o Twitter passasse a ser pago. A brincadeira despertou o saudosismo de muita gente, que passou a compartilhar memórias relacionadas ao Orkut. Alguns usuários chegaram a comentar que a rede social tinha realmente voltado, e o aplicativo dela estava disponível em lojas online de apps. Realmente, algumas lojas apresentam o Orkut como opção para download, mas trata-se apenas de uma réplica feita por um fã brasileiro, sem qualquer relação com o Orkut original, a não ser a total semelhança. O aplicativo do “novo Orkut” está disponível desde fevereiro deste ano, mas a versão em site existe desde 2017, com direito a comunidades, depoimentos e tudo mais. A versão paga do Twitter, uma espécie de serviço premium da plataforma, não será obrigatória. Ou seja, a rede social seguirá tendo sua versão gratuita. Mas, quem optar por assinar o serviço deve ter direito a funções extras, como publicações mais longas. O limite atual para cada tweet é de 280 caracteres.

Programa da semana

Casal massa! Luciano Pereira e Marcella Suisso Christiana Laterça num click especial para coluna

Parceirão o empresário Willian Borges na brisa de Macaé

Day Rodrigues na maior descontração sempre antenada e #emcasa

Rayssa Peixoto sempre gata curtindo a esfera carioca #teampaparazzi

Logo mais, 14h tem mais um "Programa Fábio Abud inédito na tela da Terceira Via TV. Dentre algumas atrações u estarei mostrando a você como aprender a fazer um churrasco gourmet sem onerar no orçamento e de forma descomplicada com o gente boa Herick Fiuza. Cantando muito a top Brenda Fiuza. Natália Muniz vem com dicas de saúde. Mesa posta, assunto em alta no momento e Marcela Nogueira ensina tudo pra vocês fizerem em casa. Tem novidades na N+ Pet center e dicas dos meus parceiros. Espero geral ok? Obrigado, pela audiência, turma!

Novo normal

Amigão Ricardinho Britto no visual lindo do Grand Canyon

Acostumado à grandiosidade e a bater recordes, o VillaMix pretende conquistar mais um, o de “maior festival drive-in do mundo”, ao realizar uma edição especial no formato com o púbico dentro de carros, que tem sido adotado por alguns artistas e empresário do setor nesse tempos de pandemia. Ainda sem data e local confirmados pela organização, o VillaMix Drive-In seguirá protocolos rígidos para garantir a segurança e a saúde do público, respeitando todos os padrões e orientações de OMS, e é claro, com muitos nomes de peso da música sertaneja. Especula-se que a primeira cidade que irá receber o festival será o RJ.

Atriz?

A cantora Ludmilla apareceu pela primeira vez como a policial Diana, personagem que vai interpretar na próxima temporada da série “Arcanjo renegado”, do GloboPlay. Nesta quarta-feira que passou, a funkeira publicou nas redes sociais uma foto com o figurino da personagem, junto com a legenda “Diana em construção”. Na imagem, ela aparece vestida com colete e empunhando um fuzil. Ludmilla tem aproveitado o período sem shows por causa da quarentena para se dedicar à preparação e viver seu primeiro papel na televisão. Será que vai rolar ela como atriz? Vai saber...

Vem aí!

Presidente da Disney, Bob Chapek confirmou que a Disney+, serviço de streaming da Casa do Mickey, chegará à América Latina em novembro deste ano. Em menos de um ano de disponibilidade, a Disney+ alcançou o impressionante número de 57,5 milhões de usuários, 2,5 milhões a menos que o objetivo traçado pelo estúdio para 2024. Além dos títulos mais importantes da história da Disney, a Disney+ contará com títulos originais, incluindo séries como The Mandalorian, O Falcão e o Soldado Invernal, WandaVision e mais parcerias com a Marvel. Desde que foi lançada, em novembro de 2019, a plataforma também lançou longas como A Dama e O Vagabundo e Noelle, além de se tornar uma alternativa para lançamentos afetados pelo COVID-19, como Artemis Fowl e Mulan. Será que a Netflix está com seu dias contados? Aliás, a Netflix anda bem fraquinha ultimamente com seu portfólio de filmes e séries.

Cara nova arrebentando

Você pode nunca ter ouvido falar dele, mesmo porque até maio quase ninguém o conhecia, mas MC Niack tem crescido e aparecido bastante nas redes sociais e nas plataformas de streaming. Nesta segunda-feira que passou, ele desbancou MC Zaac e Anitta do topo das músicas mais ouvidas no Spotify com o lançamento de “Oh, Juliana”. A faixa tirou do primeiro lugar “Desce pro play (pa pa pa)”, que ocupava a posição há um mês. Mas, acredite, isso não é novidade para o funkeiro de apenas 17 anos, nascido em Ribeirão Preto/ SP. No final de maio, Niack já tinha alcançado a liderança no ranking da plataforma de streaming com “Na raba toma tapão”, música de estreia do MC, que segue firme na terceira posição das mais ouvidas no Spotify Brasil. As duas músicas começaram a bombar no TikTok, e logo se popularizaram, também, nos serviços de streaming. Apesar de ter chegado ao topo do Spotify nesta segunda, “Oh, Juliana” já tem quase um milhão de visualizações no YouTube. O clipe de “Na raba toma tapão”, lançado no canal KondZilla, já totaliza mais de 95 milhões de views.

Segunda temporada

A segunda temporada de “Vai, Anitta”, série da NetFlix sobre a vida da cantora Anitta, promete mostrar ainda mais a intimidade da pop star. Em vídeos publicados em seus Stories do Instagram, em uma conversa com as amigas na Croácia, onde está desde a última quarta-feira, ela confirmou que a série está praticamente finalizada e que, diferente da primeira temporada, essa terá um tom ainda mais pessoal e bem caliente. Inclusive um dos temas abordados será seus relacionamentos com famosos, anônimos, homens e mulheres. Dezembro está prevista a estreia desta nova temporada que contará com 10 capítulos, 45 min cada um.


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Foto: Carlos Grevi

O trem perdido da

história

A decadência atual e o passado glorioso da rede ferroviária em Campos

Ocinei Trindade

No extenso município de Campos, parte de seu território ainda é cortado por trilhos ferroviários. Nas regiões Norte e Noroeste Fluminenses a malha possui em torno de 600 km. Com mais de um século de história, o transporte ferroviário foi desativado. Restaram memórias e um patrimônio em declínio. Ex-viajantes e admiradores dos trens defendem o retorno das atividades. Porém, não garantia de governos para isso. A Estação Ferroviária Leopoldina se impõe na paisagem desde o fim do século 19. O transporte ferroviário começou com a inauguração da Estrada de Ferro Campos-Macaé, em 1875. Na criação do primeiro terminal de passageiros na cidade, a presença ilustre do imperador Pedro II está registrada em um placa comemorativa exposta no saguão do edifício que foi ampliado e modernizado nos anos 1950. O nome da rede ferroviária recebeu o nome da imperatriz Leopoldina, mãe de Pedro II. Durante quase todo o século 20, a Estação Ferroviária Leopoldina de Campos reuniu milhares de pessoas que utilizavam o transporte com destinos ao Rio de Janeiro, Vitória e os distritos campistas. O comerciário José Luiz Maciel conta que fez uso do trem inúmeras vezes quando viajava para a capital. "O trem partia de Campos às 23h e chegava no Rio por volta de 8h da manhã. Dependendo da cabine não era muito confortável o vagão de passageiros. Lembro de que muitas amizades surgiram no percurso", comenta. No fim dos anos 1980, os trens de passageiros deixaram de operar em Campos. O mecânico industrial Luiz André Barreto

Último trem| Em 2007, Campos contou com o transporte após enchente

Estação Leopoldina| O antigo terminal de passageiros se tornou sede da Secretaria Municipal de Educação

contou sobre o único passeio de trem que fez quando era menino. "Meu pai e eu embarcamos no terminal de Goytacazes onde funciona hoje a Casa de Cultura José Cândido de Carvalho. Foi um passeio bonito, os bancos eram de madeira. Tenho esta única recordação", cita. Em 1996, a Rede Ferroviária Federal foi privatizada. A empresa Ferrovia Centro-Atlântica adquiriu a concessão para cuidar da malha ferroviária em Campos e em outras cidades brasileiras. O transporte de carga praticamente cessou e o prédio da antiga Estação Leopoldina abriga atualmente a Secretaria Municipal de Educação. No entorno, vagões abandonados enferrujam. Sem manutenção, parte da estrutura do muro do parque ferroviário desabou. A cidade cresceu e se modificou bastante nas últimas décadas. Trilhos ainda cortam avenidas e fazem lembrar dos trens. Saudosistas divulgam imagens da internet com registros históricos do transporte ferroviário. Além da Estação Leopoldina, outro marco do período em Campos é a Ponte Nilo Peçanha sobre o Rio Paraíba do Sul. Em 2007, du-

recuperação do prédio. Durante vários governos, cogitou-se transformar o local em centro cultural, como foi realizado com a estação do distrito de Goytacazes. Em uma conversa com residentes de Sant Amato mais velhos, todos têm alguma história para contar sobre o trem na localidade. "Aqui era a última estação antes de chagar à praia do Farol de São Thomé. Ir a cidade de trem era um acontecimento. Tenho as melhores recordações", conta Marilene Ferreira. Outro morador que tem muito viva a memória do trem é o aposenta-

rante alguns meses, campistas puderam contar com um trem urbano de passageiros que fez a linha Centro-Guarus, enquanto a Ponte General Dutra era reconstruída após desabar em uma enchente naquele ano. Estações em ruínas Além da Estação Ferroviária Leopoldina, Campos possui outras estações que funcionavam em distritos distantes da área central. A maioria das construções está em péssimo estado. No distrito de Santo Amaro, desde que a ferrovia deixou de ser utilizada, moradores esperam pela

Estação Santo Amaro| último terminal em ruínas a caminho do Farol

do José Pinto Ribeiro. "Eu morei em Fribugo, mas voltei para Santo Amaro. O trem era uma maravilha para ir a cidade. Lá, eu tomava outro trem para o Rio", revela. No Museu Histórico de Campos há uma exposição permanente sobre parte da história da ferrovia em Campos. A historiadora Graziela Escocard comenta o passado, mas vislumbra o futuro com a possibilidade de retomada das atividades. "Há projeto de ligar portos fluminenses e capixabas. Em julho, durante audiência pública foram colhidas propostas das entidades da sociedade civil organizada para serem analisadas. Segundo a Agência Nacional de Transito e Transporte, o projeto de concessão ferroviária exigiriam obras orçadas em R$ 7 bilhões", comenta. Força de trabalho O aposentado Elias Bernardo trabalhou por 35 anos na Rede Ferroviária Federal. Aos 87 anos conta que foi feitor de linha, supervisor e “professor” sobre o transporte em Campos e em Cachoeiro de Itapemirim (ES). "Foram serviços prestados com

Orgulho|Elias é aposentado da rede

muito suor e alegria. A importância da Leopoldina era reconhecida por todos", cita. Um momento que marcou bastante seu ofício foi quando o então funcionário recebeu uma tarefa que parecia impossível. "O meu chefe, o engenheiro Jomar Vítola da Hora, disse que no km 381 houve o tombamento de uma máquina com vários vagões de cimento. Eu teria que colocar tudo nos trilhos. Planejei um desvio com uns 40 trabalhadores. Construímos um trecho de 100 metros de linha para retornar com a máquina para a linha principal. Em dois dias inteiros e uma noite, o trem estava novamente nos trilhos", conclui.



Macacão

@crisales_

Em um relacionamento sério com #NAILARTS Da carinha feliz a cada unha de um jeito diferente com opções de cores, formatos e desenhos, a nova tendência é tudo o que você precisa para sair da mesmice e elevar o visual com detalhes pra lá de divertidos e super cool.

Compartilhando minha pastinha de refs para inspirar vocês

Minha peça favorita!

Foto: Igor Gomes

A

ma praticidade e não abre mão do outfit chic? Prazer, macacão! Amo pensar em composições inusitadas e misturar peças de pegadas diferentes, mas verdade seja dita: tem dias que quero mesmo é resolver o que vestir em tempo recorde. Para esse tipo de ocasião, em que a criatividade parece ter ido dar uma volta em algum país distante lá perto do Alasca, as peças únicas são, sem dúvidas, as salvadoras da pátria. A peça que dispensa complementos se destaca por unir versatilidade, e em minutos ainda resolver qualquer problema de preguiça fashion. Afinal, não precisamos pensar em mil combinações quando apostamos no macacão, certo? É só se jogar nos acessórios e dar o mood do look com sapatos que transformam o resultado - a pegada sporty, por exemplo, é garantida com um bom par de tênis, que é também a minha favorita!!

Da série posts que aquecem meu coração



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@priscylabezerra

MODA

MEU LOOK SHOP 343

Tardes de Inverno pedem licença para produções elegantes com looks que acabaram de sair “do forno” gritando: novidades! A SHOP 343 está com uma sequência de peças incríveis toda semana e araras recheadas com peças essenciais e sempre respirando o último lançamento. Mais “fresh” impossível!

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LAURA BRAZ

A Influencer e naturalíssima Laura Braz dando boas novas na Fazenda Primavera. TODA HORA | Visto Conjunto Poá Shop 343

“Que experiência incrível!”

EU INDICO issila Santos é Consultora de Marcas e Patentes, mestranda em Propriedade Intelectual, Inovação e Transferência de Tecnologia e além disso tudo, uma mulher belíssima. Estivemos conversando sobre a importância de nos proteger enquanto marca pessoal, produto e serviços e Kissila naturalmente, deu aula.

IMPORTANTE:

1. Toda marca deve ser protegida e registrada no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). 2. Marca é tudo o que diferencia um determinado produto ou serviço dos demais e por isso merece proteção. 3. A proteção da marca no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) deve ser feita por um profissional especializado, pois lá, o processo administrativo é complexo e envolve conhecimentos técnicos próprios.

BELEZA

4. A marca é o principal ativo da empresa e o indicado é que o empresário procure, antes mesmo de divulgar sua marca e seus atributos, ele deve dar entrada no processo de registro para garantir sua propriedade e evitar que terceiros copiem sua marca. 5. A marca é um bem intangível de valor, ou seja: pode ser vendido separadamente ao valor da empresa. Muitas marcas valem mais do que o próprio produto ou serviço. 6. Quem não registra sua marca acaba correndo sérios riscos de perdê-la mais cedo ou mais tarde. Isto porque VALE QUEM FAZ O REGISTRO PRIMEIRO, e não quem tem o CNPJ mais antigo. O CNPJ não protege sua marca.

KISSILA SANTOS

Consultora de Marcas e Patentes na WEPI @wepintelectual

RUGAS PERIORAIS!

As rugas periorais, ou “código de barra”, também surgem da contração muscular em volta dos lábios, e são linhas verticais que marcam tanto nos lábios superiores quanto nos inferiores. É certo que aumentam com a idade e principalmente nos fumantes pela intensa contração local e pela ação nociva dos elementos do cigarro sobre a qualidade da pele.

Paula Marsicano

Dermatologia Integrada Rua Voluntários da Pátria 500 sala 108 Ed. Platinum Tel: 22 3026-1819 @paulamarsicano

O tratamento para as rugas periorais enquanto ainda são dinâmicas, ou seja, só aparecem nas contrações musculares, é o relaxamento do grupo muscular usando a

Toxina Botulínica, com a intenção de amenizá-las e prevenir que evoluam para sulcos. Seu efeito tem uma duração máxima de cerca de 5 meses, com platô de eficácia de 3 meses e após este período vai gradativamente reduzindo – tempo este variável de acordo com a idade, metabolismo e força muscular, de modo que ao fim do período de efetividade é novamente realizada outra aplicação. Ao fim do tempo de duração do produto, a musculatura retorna a sua função plena de contratilidade quando já são sulcos ou rugas estáticas: Neste caso somente a Toxina Botulínica não consegue tratar. Será necessário amenizar os sulcos através de preenchimento, skinbooster ou bioestímulo de colágeno pelo fio de PDO.

CRM 52-815861

K


@ Tia Patty e Você @ Eiiii que saudade das minhas estrelinhas, minha filha!!! Como estão todos? Espero que bem e cheios de saúde! Sempre é tempo de festeja e dizer parabéns papais! Meu beijo muito carinhoso a todos os pais leitores do meu espaço! Aos meus pequenos digo: falta bem menos do que já passou, pra gente se ver e poder se abraçar, como este contato me faz falta, vocês nem imaginam! Vamos continuar fazendo a cada um a sua parte e se deus quiser superar tudo isso com Deus e Nossa Senhora auxiliadora! Desejo a todos uma semana cheia de paz e alegrias. Beijo muito estalado na bochecha de cada uma de minhas estrelinhas!

AMORES da Tia Patty a pequena Rafaela e as irmãos Gabriela e Vitória Carvalho

BEBÊ delícia Lucca Barbosa Menezes Bousquet Shott

FESTEJANDO o primeiro aninho da princesa Isabela, os pais Poliana e Ricardo Barroso, o irmão Bernardo, a vovó Claudia Barroso e os dindos Flávia e Rodrigo Bittencourt.

CHAVEIRINHO Pedro Ney e o papai Rodrigo Feitoza

CURTINDO o solzinho João Vitor Menezes e o papai Vitor

FOFO Bento Lima Codeço

MEUS AMORES Theo, Yan Abud com a mamãe Ana Luiza Moll

GATINHA Sophia Freitas Brito

Otávio e o dindão Durval Queiroz

FESTEJANDO Dan Caetano Ferreira, o irmão Theo e os pais Patricia e Marco Antônio

FESTEJANDO Jade Tanus e a mamãe Farid

Pedro e José Cordeiro Costa festejando o papai Rogério

PASSEANDO com o pet, Miguel e a vovó Verônica Tavares

PRIMEIRO Dia dos Pais Lorenzo Schitine de Oliveira Dutra e os pais Dalila e Vinícius

SEREINHA Sophie Waked Tanus


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@rodrigovianarodrigoviana

Nos Bastidores da Indústria de Veículos Motorizados Nesta edição, o que dizem os Presidentes da Indústria no meio da pandemia?

Na edição passada, do último domingo, demos início à primeira das edições sucessivas sobre o posicionamento de

10 presidentes da indústria de veículos motorizados sobre a atual conjuntura ao qual estamos atravessando em relação à

crise gerada pela pandemia do Coronavírus. Seguindo a ordem cronológica das entrevistas, foi entrevistado o presidente de

três marcas japonesas: a Honda Automóveis e Motos, a Nissan, a Toyota e sua divisão de luxo Lexus; e finalizamos com o líder

Mercedes-Benz - Caminhões e Ônibus

Audi - Automóveis

Em maio, o alemão Philipp Schiemer, Presidente da Daimler-Benz (Mercedes-Benz) para a América Latina, declarou: “O início do ano nos deixou bastante animado com o mercado, mas isso infelizmente já faz parte do passado, as previsões de vendas que eram de 110 mil caminhões no ano, mais ou menos 23 mil ônibus, vão ser bem menores. É muito difícil agora fazer uma previsão, pois não sabemos quando vai voltar à normalização da situação, então o setor que está mais afetado, é o setor de ônibus que teve uma queda da demanda brutal, e vai ser difícil ter uma recuperação mais forte neste ano. Em caminhões, a situação é um pouco diferente, pois tem setores muito bem, como o agronegócio, funcionando a todo vapor, o setor alimentício, o setor químico, o setor de gás, mas tem outros setores que estão totalmente apagados, então, sem dúvida, teremos uma queda entre 30% a 40% e ainda pode ser pior se a gente demorar muito para sair da crise e se não tiver um estímulo ou a confiança melhorada”. Sobre o posicionamento do Governo, Philipp falou: “O setor automotivo foi um dos setores mais afetados pela crise, fora o setor aéreo e o de turismo, no setor automotivo preocupa a questão do caixa para todas as empresas, não só as montadoras, mas para muitos fornecedores e para muitos concessionários que tem estes problemas, o nosso traba-

No mesmo mês de junho, o austríaco Johannes Roscheck, Presidente da Audi do Brasil, disse: “Acho que ninguém pode dizer com precisão como as vendas vão ficar na segunda metade deste ano, mas acho que teremos uma recuperação do mercado no segundo semestre, porém modesta, a gente trabalha com uma queda de algo em torno de 35% a 40% no mercado total. No mercado premium, o nosso segmento, vai ficar mais ou menos no mesmo patamar, pode sofrer até um pouco mais em função da desvalorização da nossa moeda em relação ao dólar e ao euro, provocando a mudança nos preços”. Em relação à posição do Governo, Johannes falou: “As reformas, como a tributária, que poderiam até acontecer de forma mais rápidas neste período, pois acredito que este momento de crise é uma situação que favorece a mudanças mais rápidas e mais radicais. Mas, parece que não vão acontecer agora”. Sobre o fato da Audi continuar a produzir um único modelo no Brasil, compartilhando a fábrica com a Volkswagen, que é do mesmo grupo, Johannes explicou: “Eu acho muito importante mostrar para o mercado que a nossa marca acredita no Brasil, também é importante mostrar que nós temos confiança que, em longo prazo, as coisas aqui vão se normalizar. Este é um ponto que eu defendo muito na Alemanha, na matriz, é obvio que não é nada fácil, porque as mudanças que temos aqui no mercado brasileiro são mudanças inacreditavelmente altas para os conceitos europeus, eu sempre brinco, que uma mudança de 2% a 3% aqui pode ser um sucesso ou um fracasso total. Para as medidas europeias, 2% a 3% a gente nem discute, são coisas totalmente normais, a gente começa a discutir 10% a 15% como uma boa chance ou um risco. Agora estamos num patamar de 40% que nós estamos compartilhando com todo o mundo, pois agora o planeta inteiro está na mesma situação. Atualmente a Alemanha conse-

O alemao Philipp Schiemer, Presidente da Daimler-Benz (Mercedes-Benz) para America Latina lho, o nosso negócio é de capital intenso, precisa de muito dinheiro para se girar isso e sem dúvida é um problema. Por isso a nossa confiança no Ministério da Economia, no BNDES, para que a gente possa ter uma ajuda no sentido de que o governo dê garantias para as empresas e, com essas garantias, a gente poderia aumentar a disponibilidade de crédito a um custo mais baixo, esta discussão não está no final, mas a gente espera esta ajuda. Mais uma vez, a gente não quer subsídio, a gente não quer dinheiro público, a gente quer garantias”. Sobre o panorama que está se desenhando no país, Philipp relatou: “Estar claro que o Brasil vai sofrer bastante com esta crise, as empresas, as pessoas... e, o crédito vai ser restrito, temos hoje muitos clientes que estão renegociando os seus empréstimos e, isso vai afetar depois, a disponibilidade

Mercedes-Benz Actros

para novos créditos, vai afetar o mercado de veículos comerciais de qualquer maneira”. Em relação ao que o Brasil precisa fazer, em questões estruturais, para amenizar os efeitos da crise, Philipp disse: “Em primeiro, sempre que vem uma crise, há a chance de ajustar, de fazer mudanças estruturantes importantes e, no Brasil, nós sabemos que temos problemas estruturais muito fortes que precisam ser solucionados e a crise é uma boa oportunidade para se avançar nisso, um exemplo é a reforma tributária, todo mundo sabe que precisa acontecer, agora, se a gente consegue arrumar nesses dois ou três meses, isso daria um estímulo muito grande ao investidor para acreditar mais no país. A outra coisa seria uma reforma administrativa para segurar também a situação fiscal do país, pois o país só terá crédito em volume suficiente, se a situação fiscal for resolvida. A terceira coisa, no sentido da deficiência, é que muitas pessoas aqui no Brasil não tem saneamento básico, o que ajuda a propagar este vírus. Existe um projeto de lei que regulamenta este sistema, acho que agora é uma ótima oportunidade de avançar com a aprovação, pois isso vai estimular o investimento e vai melhorar a situação da saúde do país. Uma política de renovação de frota, sem muito dinheiro público, também seria uma ação interessante para avançarmos neste processo lento de retomada após crise”.

da Bosch, marca alemã de autopeças. Assim, tivemos representantes dos segmentos de automóvel, moto e autopeça. Nesta

segunda edição temos as entrevistas com o líder da Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus e da Audi Automóveis.

Audi E-tron

O austriaco Johannes Roscheck, Presidente da Audi do Brasil

Testando o Audi R8 gue entender um pouco melhor quando falamos numa queda de volume em termos de 40% a 50%. Então, este aspecto de mostrar a confiança no mercado em médio e longo prazo é muito importante para a gente. O problema no Brasil é que a três ou quatro anos somos confrontados por regras novas que podem tornar um investimento viável ou inviável. O importante para o país é ter um programa com uma durabilidade ou sustentabilidade bem maior, como na Europa, para assim podermos produzir mais modelos aqui no país”. Sobre o recém-lançamento de

um carro 100% elétrico no país, Johannes manifestou: “Trouxemos o Audi E-tron como experimento no Brasil, pois não temos histórico de mobilidade elétrica no país. Apostamos neste veículo por ser completamente tecnológico e inovador, queremos saber como será a aceitação deste veículo no Brasil pelos nossos clientes, mesmo diante de uma infraestrutura no país que ainda tem muito a evoluir”. Sobre as próximas novidades da Audi, Johannes relatou: “Até 2025 a Audi vai apresentar mundialmente 30 novos modelos híbridos ou elétricos”.

Circuito de Silverstone sediou os dois últimos GPs da Fórmula 1

GP da Grã-Bretanha

Antes mesmo da largada do GP da Grã-Bretanha, a semana da corrida em Silverstone começou agitada após o piloto Sergio Pérez, da equipe Racing Point, testar positivo para o Covid-19. Pérez, impossibilitado de atuar, foi substituído pelo piloto Nico Hulkenberg, ele que deixou de ser piloto titular da categoria após o término da temporada de 2019, foi chamado às pressas para defender a Racing Point. A largada foi marcada por Lewis Hamilton, da Mercedes, na pole-position; Valtteri Bottas, também da Mercedes, em segundo; Max Verstappen, da Red Bull, em terceiro; Charles Leclerc, da Ferrari, em quarto e Lando Norris, da McLaren, em quinto. Sebastian Vettel, da

O piloto mexicano Sergio Perez, da equipe Racing Point, teve Covid-19 e não corre nos GPs em Silverstone Ferrari, largou do 10º lugar. Na formação do grid de largada, Hulkenberg, que substituiu Pérez, teve um problema no carro e não conseguiu alinhar no grid. A volta mais rápida ficou por conta do Max Verstappen, da Red Bull. A emoção da corrida ficou para o final, quando Carlos Sainz, da McLaren e Vatteri Bottas e Lewis Hamilton, ambos da Mercedes, tiveram, todos os três, o seu respectivo pneu dianteiro esquerdo furado. Sainz e Bottas tro-

caram os pneus e perderam muitas posições. Bottas, que estava em segundo, terminou a corrida em 11º lugar. Hamilton, que estava liderando a prova, teve o seu pneu furado na metade da última volta e conseguiu ir se arrastando em 3 pneus até cruzar a linha de chegada em primeiro, quase superado por Verstappen, que vinha diminuindo a distância dele absurdamente e chegou em segundo lugar. Ao final, Lewis Hamilton, da Mercedes, foi o vencedor; seguido de Max Verstappen, da Red Bull, em segundo; Charles Leclerc, da Ferrari, em terceiro; Daniel Ricciardo, da Renault, em quarto e Lando Norris, da McLaren, em quinto. Sebastian Vettel, da Ferrari, chegou em 10º lugar e Valtteri Bottas, da Mercedes, em 11º lugar.

GP 70 Anos da F1

No GP comemorativo dos 70 anos da Fórmula 1, que também aconteceu no circuito de Silverstone, na Grã-Bretanha - mesmo local aonde aconteceu a primeira corrida da categoria, em maio de 1950 - a grande surpresa começou na classificação, com o piloto alemão Nico Hulkenberg da Racing Point, que conseguiu o terceiro melhor tempo. Hulkenberg é o substituto do mexicano Sergio Peréz, que continua afastado das pistas por testar positivo para o Covid-19. A largada foi marcada por Valtteri Bottas, da Mercedes, na pole-position; Lewis Hamilton, também da Mercedes, em segundo; Nico Hulkenberg, da Racing Point, em terceiro; Max Verstappen, da Red

O piloto holandês Max Verstappen, da equipe Red Bull, vencedor do GP 70 anos da F1 Bull, em quarto; Daniel Ricciardo, da Renault, em quinto. Charles Leclerc, da Ferrari, largou em oitavo e Sebastian Vettel, também da Ferrari, largou em décimo primeiro. Na largada, por erro de manobra, Vettel, comprovando que não está em boa fase, perdeu posição e passou para o último lugar. A melhor volta na corrida ficou por conta de Lewis Hamilton e a vitória ficou com o holandês Max Verstappen, da Red Bull, que usou a melhor es-

tratégia de pneus, fazendo apenas uma troca durante a corrida. Ao final, Max Verstappen, da Red Bull, foi o vencedor; seguido de Lewis Hamilton, da Mercedes, em segundo; Valtteri Bottas, também da Mercedes, em terceiro; Charles Leclerc, da Ferrari, em quarto e Alexander Albon, da Red Bull, em quinto. Sebastian Vettel, da Ferrari, chegou apenas em 12º lugar. Classificação da temporada 2020 Após cinco etapas: 1º lugar, Lewis Hamilton - Mercedes, 107 pontos; 2º, Max Verstappen - Red Bull, 77 pontos; 3º, Valtteri Bottas - Mercedes, 73 pontos; 4º, Charles Leclerc - Ferrari, 45 pontos; 5º, Lando Norris - McLaren, 38 pontos. Sebastian Vettel - Ferrari, bem atrás, 13º lugar, com apenas 10 pontos.


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VIAsaúde


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Reviver...Reviver... “O pensamento é o ensaio da ação.” Freud explica. Layse Cardoso também. Aos 40 anos de idade ficou viúva de Cardosinho, seu inesquecível, Doso. Mãe de seis filhos, alguns ainda pequenos, teve de “arregaçar” a saia e a combinação e cair em campo. De repente, se viu em meio a papeladas, empregados, uma fazenda de 50 alqueires,... todo um “novo” para administrar. Não foi fácil! Os desafios foram incontáveis! No entanto, as dificuldades serviram como ponto de partida obrigatório para embrenhar-se em um universo ainda invisível. Em instantes, pensou que não tinha nenhum talento especial para tudo aquilo, mas era apaixonadamente curiosa. Layse sempre foi uma mulher à frente do seu tempo. Esbanjava um sorriso largo emoldurado por um Yve Saint Laurent vermelho, sinal autêntico e preciso de uma mulher que não veio ao mundo a passeio. Assim ela caminhou, quebrando tabus e todos os obstáculos com que se deparava. Mesmo quando tudo parecia desabar, cabia a ela decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobriu, no caminho incerto da vida, que o mais importante era decidir.

Layse sendo homenageada por Beth Couto

Elke Maravilha parabenizando Layse Na avenida desfilando pelo Chinês com a neta Fernanda

candinhovasconcellos@gmail.com

Todo charme de Layse Gama Cardoso

Já formada em Direito pela FDC, volta à sala de aula para cursar Pedagogia. Foi minha professora de Psicologia na Faculdade de Filosofia de Campos. Sempre alegre, charmosa, desfilava sua elegância pelos corredores da faculdade. Uma mestra impecável!

Livro de crônicas lançado por Layse Cardoso. Histórias hilárias que deram sabor a sua vida.

Seu casamento com Sebastião Cardoso com os pais Francisca e Thieres Cardoso

Foi convidada por Aluízio de Castro para filiar-se ao partido PDS, compondo assim, sublegenda como candidata a prefeita de Campos nas eleições de 1982. O Deputado Federal Alair Ferreira demostrara interesse do partido em concorrer com um nome feminino. Layse se adequava plenamente às propostas. Embora preocupasse com o futuro da cidade, a pedido dos filhos, declinou o convite. Em uma certa manhã, como tantas outras, tentou levantar-se para dar início a mais um dia de muitos afazeres, mas se deu conta que todo o lado esquerdo estava paralisado. Um AVC havia se instaurado sem pedir licença. De lá pra cá, todo dinamismo deu lugar a choros, processos depressivos, diagnóstico de CA mas, mesmo com todos limitações, “Abriu as asas para novos vôos”. Ela estava de volta. Layse é intensa!

Layse e os seus seis filhos: Aline, Antônio Victor, Adriana, Layse com o neto Jorge Augusto, Valeria, Vera e Flavio

Layse e Sebastião Cardoso

“Põe na Consul”. No seu livro de crônicas, ela traz deliciosa leitura. Histórias de uma vida com apresentação de Silvia Salgado e prefácio de Walter Siqueira. “A Reboque”, “Uma história de Amor”, com “Gente Simples”, um “Falso Brilhante”, um “Gesto Inesquecível”. Em “Tarde Dançante”, “Na Escadaria do Liceu”, falava francês com um “Professor e Amigo”, “Com graça e sem preconceito”, lembrava uma “Deusa Coroada”. Ao lado de “Arnaldo, de quem me orgulho de ser amiga”, fez um agradecimento a “Dr. Herbert”, por todo carinho e gratidão pela mão estendida em momentos que jamais esquecerá. “Um anjo me declarou amor”! Layse, foi gratificante mergulhar na sua história, num passado não muito distante. Depois de descrever brevemente os polos estruturantes da experiência psicanalítica, enquanto método terapêutico, vejo que você se colocou diante dos desafios com os quais se defrontou e se confrontará amanhã. Sei que os amigos estarão sempre voando ao seu lado, em meio a rosas e hibiscos plantados nos campos que um dia foram tomados pela cana de açúcar, que adoçou sua vida e fez mostrar que a luta continuaria, sem arrependimentos, “Entre a Cruz e a Espada”, garantindo uma boa safra de gratidão. “Layse de bem com a vida.”

"Meados dos anos 90, Layse Cardoso quebra a monotonia da sala de professores da Faculdade de Filosofia de Campos com uma história hilária. Acabava de passar uma prova em que formulou uma pergunta para ninguém tirar zero já que a turma era muito fraca: “Quais as transformações físicas que sofre um adolescente na puberdade?” Era só cada aluno olhar para si mesmo. Uma garota, que não comparecia nunca às aulas, insistia em colar. Olhou a prova de um colega, de outro, copiou algumas linhas e respondeu: ”nascem os primeiros pelos nas axilas do pênis”. Layse tomou a prova da moça e, ao ler a resposta, não perdeu tempo, deu zero e escreveu com letras garrafais: “minha filha, nem a talidomida conseguiu tal façanha, colocar axila no pênis”. Essa é Layse Gama Cardoso, uma mulher inteligente, sagaz, rápida e recheada de humor. Graças aos deuses tive o privilégio de conviver com ela desde menina, amiga das filhas Valéria e Vera que sempre fui, enquanto meus pais eram amigos do casal Cardoso. Desde cedo saquei que estava diante de uma mulher diferenciada, que escrevia a sua história sem dar a mínima para a ladainha, ‘lugar de mulher é em casa’. E lá ia ela com um barrigão, grávida do sexto filho, dar aulas em vários colégios e, à noite, enfrentar o curso de Direito. Uma transgressão para a pacata sociedade campista dos anos 60. Para ser essa mulher vanguarda, Layse contou com a ajuda preciosa do seu companheiro, Sebastião Cardoso que teve a sabedoria de deixá-la ser. Existe maior prova de amor do que essa? Vi Layse ficar viúva com seis filhos, lutar pela sobrevivência da família, tornar-se uma mulher de negócio, empreender sem abrir mão do magistério. Não foi fácil enfrentar o machismo, as maledicências que eram ainda mais cruéis em tempo idos. Sim, porque além de inteligente e capaz, Layse era uma mulher bonita. E, isso, às vezes, pode ser um pecado mortal. Layse para mim é mais que uma mulher, é um personagem.” Silvia Salgado

Com Raul Linhares no Jóquei Clube de Campos

Layse recebendo das mãos de Carlos Damaceno o troféu 40k.

Em festa com Mester. No Parque de Exposições com Jorginho Lysandro, Renato Moreira Ramos e Antônio Carlos Chebabe

Rosely Blasi, Eli Maciel, Maria Izabel Rodrigues, Marly Castelo Branco, Elza Quitete Fraga, Layse Cardoso e Magali Lima comemorando os aniversários de Valeria e Vera Cardoso no Automóvel Clube Fluminense.

Baile no Saldanha da Gama: Layse e Cardosinho, Mary e Paulo Machado

Homenagem recebida do Juiz Carlos Araújo

Em festa: Aninha Ripper, Luiz Carlos Silva e Layse Cardoso

Ao lado do cunhado Genaro Cardoso, Layse assina o loteamento para a criação do bairro Flamboyant. A Fazenda Bom Gosto começa a ser urbanizada.



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GENTE BACANA GPS SOCIAL

CINEMA NACIONAL Olha que bacana! Se chama Narciso em Férias o documentário co-produzido pela Uns Produções da produtora e empresária carioca Paula Lavigne e a Video Filmes que é a produtora dos irmãos João e Walter Moreira Salles, e que tem a campista Maria Carlota Fernandes Bruno na direção executiva. O documentário é um depoimento do cantor Caetano Veloso sobre os 54 dias em que ele ficou preso durante a ditadura militar no Brasil. O filme é o único representante brasileiro no Festival de Veneza que acontece de 2 a 12 de setembro deste ano, Orgulho pra nós ter Maria Carlota Fernandes Bruno engradecendo o cinema brasileiro com seu trabalho exímio, de mente brilhante, unido como mão e o braço direito do grande cineasta, leia-se o premiado Central do Brasil.

AL MARE Duas mulheres incríveis, que a coluna admira dos pés a cabeça, de dentro pra fora e fora pra dentro. Karla Assed e Ana Carolina Aquino Andrade, duas empresárias de mão cheia, uma dermatologista das estrelas globais, com clínicas de ponta no RJ, e a outra comanda com afinco o setor de marketing do Grupo Thoquino, a indústria de bebidas que já passou a marca dos 100 anos junto a sua família Aquino. Navegando pela Baía da Guanabara em majestosa lancha com vista para a cidade eternamente maravilhosa.

VERÃO EUROPEU A campista Jackeline Louzada Alviani, que há mais de 3 décadas deixa sua Campos natal para morar em Roma, na Itália, e se tornar a Sra Stefano Alviani, modelar e comandar junto do marido, ex modelo italiano, o tradicional restaurante da família Alviani. A Osteria deles tem fama e poder, recebe ,muitos famosos do futebol, moda, artistas e celebridades de todo o mundo. Stefano, um chef conceituado, aproveita a temporada de verão quando os romanos deixam a cidade para se abrigarem no litoral, e agitam casas noturnas em Ibiza e Sardenha, onde estão no momento com casa cheia na marina de Poltu Quatu. A gastronomia se mistura com a boa música e gente bonita, elegante e famosa por metro quadrado, onde já deu o ar de sua graça o jogador Cristiano Ronaldo.

ARTE PESSOAL Está pra nascer alguém mais criativa e com mãos para artesato do que Sheila Félix. Nestes tempo de valorização do Hand Made, ela teve que interromper a produção dos seus maravilhosos e decorados talheres, que fazem tanto sucesso em mesas bem postas da cidade. O problema da falta de material com a dificuldade de transporte por conta da pandemia foi o motivo. Mas ela não pára! Na quarentena aproveita tintas e materiais que tem em casa para customizar objetos para seu uso próprio. Dá assistência atualizando seus blogs e faz suas transmissões de vídeo com filhos. Fiel na ordem do Fique em casa, ela se assustou ainda mais quando familiares contraíram o Covid 19 e ficaram hospitalizados. Ela diz sempre... "Use máscara e use consciência!"

FORÇA VIRTUAL Depois de passar pelo bisturi e mudar de vida com perda expressiva de peso pela cirurgia bariátrica, o campista Gabriel Félix se orgulha vitorioso pela nova forma de corpo e saúde, que serve de exemplo para muitos na mesma situação. Dos seus ex 140kg ele hoje vive feliz com os 81 kg de peso, alegria, auto estima e saúde. Unidos a um grupo de bariátricos, eles criaram o perfil no aplicativo Instagram @bariantesedepois para ajudar a muitos com esclarecimentos e incentivos, que já bate a marca de 55.200 seguidores. "Começamos como algo para divertimos e acabou crescendo muito. Como disse: Vamos além de postar fotos. INSPIRAMOS pessoas. Temos como seguidores vários que operaram por ver nossas fotos. Inclusive o filho da cantora Solange Almeida, ex Aviões do Forró, que é nossa seguidora vip." conta Gabriel.

LIVRO ABERTO O médico campista Sebastiao Siqueira acaba de escrever as últimas linhas de seu novo livro que lançará em breve. As escritas foram dinamizadas no período da quarentena, quando ficou isolado em seu apartamento de Vitória- ES e se viu no momento certo para colocar em ação acelerada o seu sonho de mais um edição em livraria, Também já autografou em parceria com o Dr. Walter Siqueira Médico Paciente e Pacientes Impacientes e Nossos Amores. Este foi batizado de "Definitivamente o Amor".

SOLIDARIEDADE Sofrendo com seus 8 meses sem verba da municipalidade, o Asilo do Carmo implora pela ajuda da população para cuidar dos 60 idosos que abriga a casa. Uma das ajudas fortes é o carnê de sócio, que cada sócio colabora mensalmente com 10 reais e que ajuda muitíssimo a zelar pelos assistidos da terceira idade. O apelo parte do presidente André Araújo.


Juliana Ribeiro PÁGINA

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16 A 22 DE AGOSTO DE 2020

@ju_ribeiros

Beleza, inteligência e educação é um combo explosivo! Renata Artiles pelas lentes do amigo talentoso Farhat.

Fernanda Manhães é dona de uma classe admirável! Foto Sara Fernandes

Que delícia reviver esse time, esse set e essa energia! Adorei maquiar e produzir Lívia Valiate, que está ainda mais linda grávida do Heitor. O shooting rolou no estúdio do amigo André Lucas, que registrou esse momento tão especial com muito carinho. O maridão Victor Hugo Tinoco também entrou na dança e o clima foi tão bom que a hora voou, just like old times! Só faltou Diego Castro pra fechar com chave de ouro.. Me sinto muito lisonjeada por assinar a beleza dessa

Gente bonita e de sorrisão aberto sempre inspira a gente.. Fred Nicácio comemora o irmão, Júnior Nicácio. Feliz aniversário, Júnior! (:

mulher forte e cheia de opinião. E são tantos anos fazendo isso que seguimos colecionando vínculos eternos, afinal de contas ela foi minha noivinha. Vocês não imaginam o escândalo de linda que foi essa noiva. É tanto carinho e sentimento envolvido nesse ensaio que se eu olho muito, até me emociono.

Casalzão na serra: Tábata Oliveira e Vinícius Moura, muito queridos!


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