Jornal Terceira Via 208

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CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2020

Nas bancas por R$ 1,50

NÚMERO 208

Foto: Silvana Rust

Foto: Carlos Grevi

ENTREVISTA

Candidata a prefeita de Campos

Natália Soares Ribeiro

Usando jeans e camiseta, ela é o retrato de sua geração. Faz uma campanha com pouco dinheiro no bolso, com assessores que não pode pagar, e com a ajuda de pessoas que pensam como ela. Uma jovem normal, que ainda não se casou, mas mantém um relacionamento sério como se diz nas redes sociais. Tão sério que o namorado compreende a correria da namorada, que não busca pódio de PÁGINA 07 chegada, mas sim corre atrás de uma cidade melhor.

Campos tem 122 crianças em casas de acolhimento

Existem 40 menores aguardando adoção; apenas 8 na faixa de 0 a 10 anos PÁGINA 03

Ângela Souza / Cláudio Rangel

Jo Henriques / Roberto Henriques

Kamila Lamônica / Bruno Calil

Luana Albernaz / Caio Vianna

Michela Freire / Alexandre Tadeu

Um prédio em três séculos de história

Edifício no Centro de Campos já abrigou agência bancária e universidade antes de se transformar na sede do Jornal e TV Terceira Via. CAPA

Renata Veloso / Rafael Diniz

Tassiana Oliveira / Wladimir Garotinho

Pollyanna Paes / Jhonatan Paes

Eduardo Peixoto / Odisséia de Carvalho

Caio Brito / Natália Soares

Quem é quem na disputa pela posição de primeira-dama/cavalheiro de Campos

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Queda de cabelo tem prevenção e tratamento Joana Ferreira Ramos, ativa aos 65 anos

Prefeitura oferece ações para idosos durante a pandemia

Órgão responsável pelas atividades é a Secretaria de Envelhecimento Saudável e Ativo PÁGINA 08

José Carlos Pereira Campos na coluna Persona CANDINHO VASCONCELLOS

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Dermatologista explica procedimentos Especialista detalha como funciona o processo de produção e posterior desprendimento dos fios do couro cabeludo. Segundo ela, existe um tipo de queda de cabelo que é comum e que não é preciso se assustar. PÁGINA 11

Dra. Ana Maria Pellegrini

Hora da diversão

TABLOIDE

JULIANA RIBEIRO PÁGINA 12


www.xydiagnose.com.br


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Especial

18 A 24 DE OUTUBRO DE 2020

Vítimas da adoção seletiva

Bebês de colo ou com pouca idade, brancos e sem necessidades especiais são os mais procurados por famílias Foto: Silvana Rust/Arquivo

Thiago Gomes Há uma fila de crianças para adoção e outra de pais à espera de adotar. Dois grupos com o mesmo objetivo, que é formar uma família. Mas, se sobram pessoas querendo amparar legalmente um menor, por que ainda há pelo menos 40 crianças nos abrigos de Campos aguardando adoção? Isso ocorre porque elas estão fora do perfil mais buscado pelos interessados em adotar. Meninas, com idade entre 0 e 3 anos, brancas, são as preferidas. No entanto, existe uma divergência entre a preferência dos futuros pais e a realidade das crianças aptas à adoção. No município, no momento, não há uma única criança que se encaixe em tal descrição. Enquanto isso, aqueles fora da predileção dos pretendentes aguardam nas unidades de acolhimento e, à medida que os anos passam, veem o sonho de ganhar um novo lar ficar cada vez mais distante. Os dados mais recentes sobre o assunto são de 31 de agosto de 2020 e compõem o relatório mensal de atendimento das unidades de acolhimento da Fundação Municipal da Infância e Juventude de Campos (FMIJ). Os números mostram que 122 crianças e adolescentes aguardam nas oito casas de acolhimento institucional de Campos. Destas, 40 estão disponíveis para adoção. As outras 82 ainda podem ser reintroduzidas em suas próprias famílias, pois não perderam totalmente o vínculo familiar. Das 40 disponíveis para adoção, apenas oito estão na faixa etária de 0 a 10 anos, o que representa 20% do quantitativo. Só sete crianças são brancas (17%). Há 18 pretos (45%) e 15 pardos (38%). Ainda a respeito do grupo à espera de um novo lar, 16 crianças (40%) têm algum tipo de deficiência ou transtorno psiquiátrico. O que se conclui ao analisar tais dados é que a maioria dos internos não se enquadra no perfil preferencial dos pretensos pais. De acordo com a presidente da FMIJ, Sana Gimenes, o tipo de criança mais procurado (já citado no início da reportagem) não é uma realidade só de Campos. Segundo Sana, a partir dos 10 anos, já fica mais difícil achar um lar adotivo e a situação complica ainda mais no início da adolescência, chegando ao “praticamente impossível” aos 16 ou 17 anos. Sendo que ao atingir os 18 anos, os internos precisam deixar os abrigos. Além da idade, crianças com necessidades especiais também têm menos chances de conseguir uma família substituta. “A preferência por crianças brancas, pequenas e sem qualquer tipo de condição de saúde existe, mas temos visto nos últimos tempos algumas mudanças nesse comportamento. E isso é muito bom porque a adoção não é um ato que se refere à pessoa que adotou, mas sim à criança ou ao adolescente que vai ser adotado. Apesar dessa percepção de alteração da realidade, a preocupação existe, pois sabemos que à medida que a criança vai permanecendo mais tempo no acolhimento, mais improvável fica a sua adoção”, esclareceu Sana Gimenes. A equipe de reportagem fez contato com a Vara da Infância e da Juventude de Campos, solicitou entrevista, mas não recebeu um parecer do órgão sobre o assunto até o fechamento desta edição. Preparação para a realidade A possibilidade de nunca serem adotadas é uma realidade que as crianças, sobretudo aquelas fora do perfil mais buscado, precisam enfrentar. Para isso, segundo Sana Gimenes, existe uma equipe multidisciplinar da FMIJ, formada por pedagogos, assistentes sociais e psicólogos, que ajudam esses meninos e meninas a lidarem com sentimentos como abandono, rejeição, entre outros. Uma faixa etária em especial, formada pelo grupo com menos chances de uma adoção, de 14 a 17 anos, recebe uma atenção a mais da FMIJ. Para esses jovens foi criado há pouco mais de um ano o Programa de Autonomia e Estratégias para o Desligamento Institucio-

Futuro incerto | Crianças acima dos 3 anos têm mais dificuldade de serem adotadas

nal (Paedi). A presidente da fundação explica que o objetivo é proporcionar experiências que os auxiliem a enfrentar os desafios da vida adulta fora das unidades de acolhimento. O programa encaminha os adolescentes para a qualificação profissional, além de outras atividades internas e externas, mediante projetos de autonomia individualizados e prevê ainda a concessão de uma bolsa-auxílio aos adolescentes. “Além do trabalho de acompanhamento psicológico que nós fazemos com todas elas (crianças), e o atendimento técnico individualizado, a gente também desenvolveu esse programa específico que trata da autonomia dos adolescentes que não foram adotados e que entrarão na vida adulta sem vínculos familiares e muitas vezes até sem vínculos comunitários muito fortes”, esclareceu. Sana destacou que o órgão ainda acompanha por algum tempo os ex-acolhidos depois de completarem a maioridade para garantir que haja inserção tranquila deles na comunidade. Outros complicadores Quando o assunto é adoção, há vários

desafios a serem vencidos, conforme destaca o assistente social da Unidade de Acolhimento Lara, Renato Gonçalves. Ele, que também é presidente do Conselho Municipal de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, lembra que tanto o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 19) quanto a própria Constituição Federal (art. 227) tratam como direito do indivíduo crescer em uma família. Por isso, quando não é possível manter o vínculo familiar, seja por violência, abuso ou outros problemas, o sistema se encarrega de introduzir o menor em uma família substituta. Na teoria, seria uma espécie de violação dos direitos do jovem crescer em uma instituição, longe dos parentes. Mas Renato pondera que, quanto a isso, não há nada que o Estado possa fazer se não houver interesse da outra parte em adotar. Além de idade e raça, há outros complicadores que podem afastar pretensos pais de seus futuros filhos. Segundo Renato, grupos de irmãos também enfrentam sérias dificuldades para encontrar um novo lar. Isso porque a maioria dos interessados busca um único filho adotivo e a prática das Varas da Infância e Juventude consiste em manter os irmãos juntos.

Foto: Divulgação

Renato Gonçalves| Preside o Conselho

“Já tivemos casos de adoção de grupo de três e até quatro irmãos. É difícil, mas já conseguimos. Nestes casos que envolvem muitos irmãos, as equipes técnicas das casas de acolhimento e da Vara da Infância e da Juventude tentam de todas as formas mantê-los juntos. Só quando é feita a avaliação de que não há outro jeito, é que o juiz autoriza o desmembramento desse núcleo familiar”, comentou. Foto: Divulgação

Nova família| Rafael foi adotado aos 28 anos, contrariando o que normalmente se vê no momento de uma adoção

Vencendo a pandemia Por causa da pandemia da Covid-19, as visitas foram suspensas na unidades de acolhimento em Campos. Esses encontros, segundo Renato Gonçalves, são importantes porque aproximam quem quer adotar de quem está à espera de adoção. Por isso, os abrigos precisaram se reinventar e instituíram as visitas remotas. Seja por chamada de vídeo, vídeos gravados ou até por telefone, pais e possíveis futuros filhos puderam se conhecer e estreitar laços. “Dentro do perfil que as pessoas demonstraram interesse durante a inscrição no processo de adoção, conseguimos colocar em contato pais e crianças. Já tivemos histórias bem-sucedidas de adoção por esse novo sistema”, comemorou. E o assistente social conclui: “Adoção é uma história de amor. Se alguém já pensou pelo menos uma vez em adotar, aconselho a buscar informações sobre o assunto junto à Vara da Infância. Temos uma infinidade de relatos de pais e filhos que se encontraram e vivem felizes. A família ficou completa após a adoção”, concluiu Renato.

Gesto de amor

Completamente fora do perfil tantas vezes já mencionado na reportagem, Rafael ganhou um novo lar no ano passado. Portador de Síndrome de Down, ele tinha 28 anos quando foi parar em uma casa de acolhimento após a morte da mãe. Apesar da idade, Rafael necessita dos mesmos cuidados e atenção dispensados a uma criança. Graças ao amor do casal Manoeli e Fábio Gonçalves Coboski, o rapaz foi adotado e hoje, já com 29, integra a família formada por mais dois filhos, um de 13 e outro de 20. Fábio e a esposa são professores de educação física e trabalham com pessoas com necessidades especiais. Foi durante o desenvolvimento do projeto de paraesporte do casal que ambos conheceram Rafael. Para Fábio e Manoeli, todos merecem uma oportunidade de pertencer a uma família. “Quando Rafael foi encaminhado para o abrigo, nós íamos visitá-lo sempre. Depois começamos a trazê-lo para passar o final de semana conosco. Mas era um sofrimento muito grande tanto para nós quanto para ele quando chegavam as segundas-feiras e tínhamos que levá-lo de volta. Então resolvemos acabar com essa aflição e o adotamos. Muitas vezes as pessoas querem adotar uma criança, mas ficam presas a características físicas específicas e acabam perdendo a oportunidade de serem felizes e de fazerem alguém feliz”, contou o professor, lembrando que, se sua família não adotasse Rafael, seu destino, provavelmente, seria permanecer no acolhimento institucional.


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AloysioBalbi Com Girlane Rodrigues

Corbion usa Açu para exportar A indústria de bandeira holandesa instalada em Campos, Corbion-Purac começou a usar o Porto do Açu para suas exportações. Mas isso em parte. A Corbion decidiu fazer o transporte por cabotagem do Açu para o Rio de Janeiro e de lá seguir para outros destinos. Parece pouco, mas isso representa muito. Antes, até o Rio, tudo era transportado pela BR-101.

Plantando gengibre Teve uma enorme repercussão a reportagem publicada na edição passada do Jornal Terceira Via sobre a vinícola que começa a ser montada da divisa de São Fidélis com Campos. Cultivar três tipos de uvas diferentes por aqui é uma grande novidade. Mas bem ao lado, tem gente também plantando em boa escala gengibre. Sabores para todos os gostos.

Americano vende para o Flu O Americano, como sempre, fornecendo matéria-prima para os grandes clubes do Rio. Acaba de vender o lateral-esquerda Raí Lopes, da divisão de base do alvi-negro. Com nome de craque ele já está treinando em Laranjeiras e está sendo uma promessa para o tricolor carioca. Tem tudo para entrar jogando no primeiro time. O valor de transação Assinando contrato não foi informado.

Líder de Castro O deputado Bruno Dauaire que rejeitou convite do governador afastado Wilson Witzel para ser líder do governo na Alerj, já manteve contato com o governador em exercício, Cláudio Castro, quando conversaram sobre as relações do Executivo com o Legislativo. Castro quer apoio que permita a sua governabilidade, mas o líder do governo na assembleia não será Dauare e sim o deputado Márcio Pacheco.

Caminho do Açúcar Empresário Renato Abreu e Vinícius Viana Vieira almoçaram na fazenda do Sertão, no sábado. Conversaram sobre o nicho que representa o turismo em Campos e como ele é mal explorado. Vinícius, que esteve em Brasília apresentando projetos para Campos junto ao Ministério do Turismo, aposta no “Caminho do Açúcar” com vetor do turismo local, uma ideia que Renato Abreu defende já há algum tempo. No aplicativo Já surgem serviços dentro do chamado novo normal em Campos. Agora o delivery é para lavar carros com um serviço profissional. A empresa Lincar criou um aplicativo, onde o usuário pode acionar o serviço, que funciona como uma espécie de Uber. O profissional credenciado vai até o lugar onde o carro se encontra e faz o serviço rapidinho, tipo lava a jato, mas sem treta, ok!? Durável O empresário Eduardo Eugênio Gouvêa de Vieira, tomou posse para mais um mandato como presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, a poderosa Firjan. Ele já está no cargo há 25 anos e com esse novo mandato sairá com 29 anos de casa, se sair. É o mais longevo presidente da história da instituição. Escrituras Os cartórios de registros de imóveis em Campos estão se esticando para atender a demanda. Em média, são lavradas no momento sete escrituras/dia, entre compras e vendas de imóveis. Esse mercado apesar da crise criada pela pandemia está se recuperando bem em Campos, e essa é uma boa notícia que temos para hoje.

Opinião

A

Campos no recorde do Uber Saiu um balanço dos aplicativos mostrando que mais de 124 turistas de nacionalidades diversas usaram o Uber no estado do Rio de Janeiro em 2019. O relatório diz que americanos, argentinos, chilenos, ingleses e franceses foram os que mais rodaram pelo Rio. O trajeto mais longo foi de 750 quilômetros, uma corrida de ida e volta da Barra da Tijuca para Campos dos Goytacazes. Valor desta corrida: R$ 1.100. Mudou de mãos O restaurante self-service Opção 21, fechado desde o início da pandemia, acaba de ser comprado de porteira fechada, ou seja, com tudo dentro. O novo proprietário quer reabrí-lo assim que for possível. O nome deverá ser mantido. Até então era um dos restaurantes neste segmento mais movimentado no Centro de Campos. Digitalizando A Universidade Federal Fluminense, por meio da Portaria nº 67.507, de 24 de setembro de 2020, constituiu a comissão para implantação do acervo acadêmico digital no âmbito da Universidade. A comissão é composta por servidores das Pró-reitorias de Graduação (PROGRAD) e de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PROPPI), além das Superintendências de Documentação (SDC) e de Tecnologia da Informação (STI).

Babalaô alerta

Terreiros ameaçados Os terreiros da cidade de Campos vivem em clima de medo. Dos cerca de 200 centros de religiões de matriz africana ameaçados em todo o estado, segundo o babalaô Ivanir dos Santos, 40 deles estão localizados no município. Traficantes da região têm expulsado os seguidores, ocupado os terreiros e saqueado os espaços. As ameaças chegaram à internet, onde páginas locais e áudios compartilhados relatam intimidações a pais-de-santo

T

Aos mestres

ive grandes mestres, na vida, além dela própria e do tempo. Estes são professores de todas as matérias que dão aula em silêncio e, por isso, é preciso muita atenção para escutá-los e com eles aprender. Tive outros professores que, me ensinaram a ler as entrelinhas do texto e da vida, a ler as ilustrações dos livros e a tela viva do cotidiano, a ler as bordas do tempo, a ouvir e a gostar de histórias, a ler e amar poesia, a contar estrelas, a acreditar na partilha e no amor ao próximo. Esses foram os essenciais para a minha formação pessoal e profissional. Peço licença para destacar duas grandes mestras: Dona Conceição Gama e Irmã Suraya Benjamim Chaloub. Dona Conceição foi minha alfabetizadora. Ensinou a seus alunos a lerem por meio de contos de fadas, muita poesia, trovas, a cartilha da Lili onde acompanhávamos a vida da menina e silabação sutil. Como me lembro das meias listradas da Lili, do seu aniversário, do piano que tocava... Era um livro didático, a meu ver, avançado para o início da década de sessenta, apesar das ilustrações (até mesmo o texto) não representarem uma criança da classe média brasileira. Coisas da época. Considero avançado, pois apresentava texto e não apenas sílabas áridas. Dona Conceição, uma mestra na arte de encantar as crianças, de fazê-las amar as palavras. Gratidão eterna! Bem mais tarde, já formada e trabalhando, tive outra grande mestra: Irmã Suraya. Embora não tivesse aulas formais com ela, aprendia todos os dias nos quase trinta anos de convívio. Acolhia os alunos e os professores, antes do início das aulas, no teatro do colégio, se não me falha a memória, duas vezes na semana. Quanto aprendi! Desde etimologia das palavras a pensamentos de grandes autores sempre permeados por uma história interessante entre tantos outros aprendizados nas palestras, nos livros emprestados, nos cursos proporcionados e nas conversas constantes. Aprendi muito com suas ações de valorização do professor, dos alunos e com o seu amor às palavras. Irmã Suraya, uma mulher sábia. Transforma conhecimento em sabedoria. Lembro-me dela dizendo que sabedoria é o conhecimento com sabor. Profissionalmente, Irmã Suraya foi decisiva em minha vida e muito tenho para contar sobre essa história de aprendizagem e de afeto. No momento, quero agradecer à grande mestra. Gratidão eterna! Tive muitos outros professores excelentes. Mas para não esquecer nenhum, prefiro não citar nomes. São muitos. A todos, minha gratidão! Quero homenageá-los por não desistirem da luta, por fazerem do ofício uma ato de resistência, nesse país, que vem, a cada dia, esmagando a educação e a cultura. Tive também professores que não deixaram saudades, mas que, de alguma forma, deixaram marcas, mesmo que seja para não repetir algumas de suas práticas. A esses, também agradeço. Não posso deixar de citar meu professor atual: Anderson Novelho, também escritor e palestrante. Um mestre generoso que ensina além do conteúdo, que abraça seus alunos com frescor, conhecimento, tranquilidade e firmeza dos sábios. Gratidão eterna! Nossa profissão nos orgulha e nos faz maiores e melhores, apesar de tantos pesares atuais. Somos semeadores de esperança. Somos regadores de sonhos. Somos tecnologia para ensinar a pensar. Parabéns!

À espera da adoção

reportagem Especial desta edição assinada pelo jornalista Thiago Gomes, trata do problema das adoções de crianças e retrata como ele se desenrola em Campos. Segundo apurou o jornalista, existe uma fila de crianças para adoção e outra de pais à espera de um encontro que possa mudar suas vidas. Meninas, com idades entre 0 e 3 anos, brancas, são as preferidas. No entanto, existe uma divergência entre a preferência dos futuros pais e a realidade das crianças aptas à adoção. No município, no momento, não há uma única criança que se encaixe em tal descrição. Enquanto isso, aquelas fora do padrão de predileção dos pretendentes aguardam nas unidades de acolhimento e, à medida que os anos passam, veem o sonho de ganhar um novo lar ficar cada vez mais distante. Os números até agosto deste ano mostram que 122 crianças

e adolescentes aguardam nas oito casas de acolhimento institucional de Campos. Destas, 40 estão disponíveis para adoção. As outras 82 ainda podem ser reintroduzidas em suas próprias famílias, pois não perderam totalmente o vínculo familiar. Das 40 disponíveis para adoção, apenas oito estão na faixa etária de 0 a 10 anos, o que representa 20% do quantitativo. Só 7 são brancos (17%). Há 18 pretos (45%) e 15 pardos (38%). Essa é uma questão delicada, de muitas implicações e de variadas vertentes que quando confrontadas produzem resultados que acabam se estabelecendo tarde demais, frisando que nunca é tarde para se adotar uma criança ou jovem. Em suma, por fatores diversos, esse gesto de amor está meio, no mínimo, imobilizado.

Ardendo em chamas Cilênio Tavares – Jornalista

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o Brasil, sempre houve dificuldades de conciliar os interesses da economia com a necessidade de proteção ao meio ambiente. Não é novidade para ninguém a briga de foice que vem ocorrendo, sobretudo nas últimas décadas, para evitar que o desmatamento desenfreado se torne irreversível. Foram anos de descaso com as áreas de floresta, mesmo contando com uma legislação de fazer inveja até mesmo aos países mais desenvolvidos nesse setor tão sensível para a sobrevivência da humanidade. São episódios que vão do degelo na Antártica a queimadas, sobretudo na Amazônia, que agora talvez esteja enfrentando aquele que pode ser o maior ataque da história. São enormes áreas de proteção que não têm contado com uma fiscalização adequada, na maioria das vezes, por omissão de quem tinha o dever de agir com rigor para evitar que isso continue acontecen-

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do e assombrando o mundo. De um lado, um discurso para inglês ver e do outro, passando e instalando a boiada nas áreas onde o desmatamento se consolida. O que acontece na Amazônia, sobretudo na parte brasileira do mapa, é um absurdo sem precedentes. Para piorar as coisas, outra região que outrora era motivo de orgulho para o ecoturismo, se transformou em foco de incêndios, dizimando árvores centenárias e matando dezenas de centenas de animais. A contar com as notícias dos canais mais confiáveis de comunicação, o Pantanal de Mato Grosso nunca passou por uma situação tão preocupante como agora. O fogo sem controle toma áreas que levaram séculos para se formar e agora levarão outros tantos para serem recuperadas. Isso se houver recuperação, uma vez que não estamos falando de uma ciência exata, mas, sim, da necessidade

de um conjunto de ações que possam ao menos amenizar tantos estragos e falta de respeito com a natureza que nos sustenta. De longe, a gente assiste a tudo isso, incrédulo, em pleno século XXI, quando as reservas ambientais mais se escasseiam, geleiras derretem, poeiras tóxicas se espalham em vários cantos do planeta. É o homem destruindo seu habitat, como se ele tivesse alguma alternativa que não seja viver neste planeta tão castigado justamente por suas ações. Mas, não podemos nos eximir de responsabilidades sobre o que ocorre no nosso entorno, muito embora tudo que esteja acontecendo neste momento, seja, sim, de responsabilidade coletiva. E, por um instante, nos faz lembrar de um trecho de “Milho aos pombos”, bela e reflexiva composição de Zé Geraldo: “Tudo isso acontecendo e eu aqui na praça, dando milho aos pombos”, enquanto assistimos ao Brasil ardendo em chamas.

Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Direção Executiva Martha Henriques - Diretor Geral Fábio Paes Diretor de Jornalismo Aloysio Balbi Chefes de Reportagem Girlane Rodrigues e Roberta Barcelos - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Elton Nunes - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ Impressão: Parque Gráfico do Jornal O Globo. Tel: (21) 2534-9579/ comercialpg@infoglobo.com.br


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A 24 OUTUBRO 05 1818A 24 DE DE OUTUBRO DE 2020DE 2020 05

POSIÇÃO DOS CANDIDATOS NA PÁGINA POR ORDEM ALFABÉTICA

Todas as cidades torcem para o eleitor acertar no voto

BEETHOVEN (PSDB)

BRUNO CALIL (SD)

CLÁUDIO RANGEL DA BOA VIAGEM (PMN)

U

CAMPOS NÃO PODE ERRAR

m olhar superficial sobre o enunciado desta matéria pode suscitar estranheza pela obviedade da observação. Afinal, o ideário de se identificar os candidatos mais qualificados, bem como o propósito do eleitor de escolher o melhor para governar a cidade em que vive, é o mesmo que descobrir a pólvora: o óbvio do óbvio.

Por outro lado, levando em conta as circunstâncias do Rio de Janeiro e de Campos, vemos que o trivial não é tão banal assim. Primeiro, porque o Rio, ex-capital da República e estado cartão-postal do Brasil, há anos vem sendo desfigurado por todo tipo de desmando e corrupção – tanto na esfera municipal quanto estadual – como não seria minimamente tolerável em nenhum outro estado, por

menos expressivo que seja. Segundo, porque torpedeado o Estado do Rio, não há como evitar que pesados estilhaços atinjam o maior município fluminense: Campos dos Goytacazes. Como registro, segundo a Firjan, o PIB do estado caiu 9,9% – o pior desempenho em 17 anos. E Campos, além dos reflexos negativos desse recuo, experimenta, também, o dolo-

roso efeito do mau uso dos royalties e das recentes quedas de receita. Portanto, se cidades em relativa prosperidade, como as do interior de São Paulo e outras – entre elas do Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso – torcem para ‘acertar’ no voto, Campos, em calamidade financeira e tentando sobreviver a uma das maiores crises de sua história, não pode errar.

CAIO VIANNA (PDT)

JONATHAN PAES (PMB)

ODISSÉIA (PT)

PROFESSORA NATÁLIA (Psol)

RAFAEL DINIZ (Cidadania)

ROBERTO HENRIQUES (PCdoB)

TADEU TÔ CONTIGO (Republicanos)

WLADIMIR GAROTINHO (PSD)

Voto consciente impõe escolha criteriosa

Realidade, possibilidade e determinação

A vinte dias do pleito, por mais que os candidatos intensifiquem suas campanhas, o eleitor campista tem pouco tempo e limitado leque de oportunidades para conhecer os postulantes. Além das dificuldades impostas pela pandemia, com distanciamento social e proibição de aglomerações, a Covid afetou, também, uma das principais modalidades de estreitamento do eleitor com candidato, que são os debates presenciais. Possivelmente nem a Globo nem a Record promoverão os encontros no primeiro turno. Pelo mesmo motivo, as tradicionais caminhadas, o aperto de mão e o abraço – que, a despeito de não revelarem nada de substancial, ‘dão’ voto – estão prejudicadas. Nesse panorama, sobraram o Horário

Numa espécie de adaptação ao atípico ano de 2020, o eleitor pode nortear seu voto por certos paradigmas, tendo em conta a realidade do município, o que é possível ser feito e a determinação – a vontade política – expressa pelos postulantes. Assim, promessas mirabolantes devem ser vistas com reservas tendo em vista que a realidade financeira do município precisa, sim, ser considerada. O ‘Campos-país das maravilhas’ não se dará num piscar de olhos. A possibilidade é o que se mostra exequível: retomar a atividade agrícola do município e valorizar a agropecuária. Registre-se, o Brasil conseguiu fugir da recessão de 2015/16 graças ao agronegócio – que é nosso per-

Eleitoral Gratuito, os conteúdos pouco confiáveis das redes sociais, os debates virtuais promovidos por universidades e entidades de classe, e as entrevistas na imprensa. Neste particular, há que se levar em conta que as entrevistas físicas, as tradicionais, permitem que o entrevistador ‘pegue’ o gancho de uma determinada resposta para emendar outra pergunta pertinente ao assunto. Ou seja, é muito mais reveladora do que as enviadas por escrito, onde o candidato responde num ambiente controlado, valendo-se de assessoria e sem que seja confrontado. Em suma, têm reduzido valor. Diante do cenário restrito – mas, seja como for, é o que se tem – o eleitor consciente e preocupado com a cidade, vai precisar de atenção redobrada na busca pela melhor escolha.

fil histórico. Na medida do possível, tentar reativar, também, a indústria sucroalcooleira. E o mais importante: há grande expectativa de retomada dos investimentos na indústria do petróleo no Estado do Rio, que pode chegar a R$ 2 bilhões nos próximos anos. Logo cabe à Prefeitura de Campos imprimir esforços para que a Petrobras retome investimentos de larga escalada em nossa região. Por fim, o eleitor deve guiar seu voto visando o postulante que, além de reconhecer a realidade do município e enxergar suas potencialidades (possibilidade) tenha a determinação política de pôr em prática o que é prioritário e necessário. (*Desdobramento do tema na próxima edição).


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Política

18 A 24 DE OUTUBRO DE 2020

Entre damas e cavalheiros A figura da primeira-dama ainda gera curiosidade na história da política brasileira e internacional Ocinei Trindade Em novembro, eleitores decidem quem será o prefeito ou prefeita de Campos nos próximos quatro anos. Há quem não associe um líder político ao casamento tradicional. Porém, a figura da esposa de um prefeito, governador ou presidente da República, há décadas, sugere um questionável status de "primeira-dama", que pode ajudar (ou não) um governante. Este ano, em Campos, duas mulheres concorrem à prefeitura. Apenas um candidato é solteiro. O "primeiro-damismo" tem ressurgido no Brasil. Historiadores consideram que padrões machistas e conservadores se reproduzem na política. A primeira-dama é também parte disto. Em Campos, esposas de prefeitos marcaram diferentes épocas. Entre elas, Zaíra Barbosa, viúva de Zezé Barbosa; Elizabeth Aguiar, viúva de Raul Linhares; a ex-governadora e ex-prefeita Rosinha Garotinho que antes foi primeira-dama do ex-governador e ex-prefeito Anthony Garotinho; a ex-vereadora Ilsan Vianna que foi casada com Arnaldo Vianna, só para citar algumas. Na história dos governos do Brasil, ex-primeiras damas se destacaram como Darcy Vargas, Maria Tereza Goulart, Rosane Collor, Ruth Cardoso, Marisa Silva, Marcela Temer. Nos Estados Unidos, Eleonor Roosevelt, Jacqueline Kennedy, Hillary Clinton e Michelle Obama foram fenômenos. Na Argentina, Evita Perón se tornou mito. O fascínio por essas mulheres persiste. Para a historiadora Sylvia Paes, a figura da primeira-dama é a "afirmação feminina em um governo do qual ela não participa politicamente, mas contribui indiretamente para a boa imagem de seu cônjuge, garantindo uma estabilidade e confiança". Outro historiador, José Fernando Rodrigues, considera a imagem da primeira-dama ainda relevante na política tradicional. "Cria no imaginário popular a ideia de par, conjunto, família bem estruturada", define.

Ângela Souza / Cláudio Rangel

Jo Henriques / Roberto Henriques

Kamila Lamônica / Bruno Calil

Luana Albernaz / Caio Vianna

Michela Freire / Alexandre Tadeu

Renata Veloso / Rafael Diniz

Tassiana Oliveira / Wladimir Garotinho

Pollyanna Paes / Jhonatan Paes

Eduardo Peixoto / Odisséia de Carvalho

Caio Brito / Natália Soares

Já a assistente social, Eliana Feres, lembra que a imagem da primeira-dama ficou marcada por meio da Legião Brasileira de Assistência (LBA), implantada em 1942 por Darcy Vargas. "A concepção de assistência social nesta época ocorre como ato de boa vontade e não de direito, mantendo-se nessa configuração até a década de 1980. É dessa forma que o “primeiro damismo” tornou-se um traço peculiar na administração da assistência social no Brasil", avalia. Tradição e modernidade Em 1993, Campos passou a ser governada pelo prefeito Sergio Mendes. Na época, ele se casou com a então secretária municipal de Promoção Social e presidente da Empresa Municipal de Habitação, Marivalda Benjamim. Ela diz não se encaixar no perfil de primeira-dama tradicional. "Penso que a figura da primeira-da-

ma seja importante e influente para a imagem do Executivo, por sua formação político-ideológica e profissional, empatia e determinação para enfrentar e colaborar na definição de políticas públicas. Nunca incorporei essa figura de primeira-dama porque ocupei cargos públicos. Não existe definição do papel do cargo ou função para primeira-dama em qualquer governo.

Marivalda Benjamim | ex-primeira-dama

Participação feminina na política em ano de eleições

Recorde de candidaturas ainda não iguala representação masculina Foto: Divulgação

Marcos Curvello Campos tem 271 mulheres concorrendo a uma das 25 cadeiras da Câmara nas eleições deste ano. Elas representam 33,3% do total de 813 candidatos a vereador no Município — média 0,1 ponto percentual menor que a nacional, segundo dados atualizados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Embora seja considerada histórica, a marca ainda é somente 3,3% maior do que o mínimo determinado pela Lei 9.504 de 1997, alterada em 2009, e contrasta com distribuição da população por sexo no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,03% dos habitantes do país são mulheres. Uma discrepância que, segundo especialistas, anuncia a urgência de um debate sobre a presença feminina na política e sobre a própria noção de democracia. "Estamos falando de uma estrutura política de séculos, nas quais mulheres não votavam e não eram votadas. Isso não vai ser alterado na eleição de 2020 e não se resolve por Lei, embora ela seja importante para colocar a questão, como foram importantes as ações afirmativas nas universidades uma década atrás. Isso abre um diálogo sobre a maturidade da democracia no Brasil, a considerar que democracia pressupõe participação popular", diz a socióloga Luciane Silva.

Representatividade | Presença de mulheres reforça democracia, diz socióloga

Segundo ela, o crescimento do número de candidaturas femininas pauta uma discussão de interesse amplo. "Termos candidaturas femininas não significa que as pautas discutidas serão as das mulheres. E quando falo das mulheres, falo da população em geral, pois saúde básica, acesso a creches e combate aos números de feminicídio são questões que devem importar à sociedade como um todo. Esse é o ponto mais importante dessa mudança. Assim como a pauta racial não é dos negros, mas de brancos, negros e indígenas, a pauta das mulheres não é

exclusivista", avalia. A socióloga alerta que a promoção da presença feminina na política e nas estruturas de poder não deve ser compreendida como um "embate entre gêneros". "Essa é uma construção que tem que ser feita entre homens e mulheres. Não pode ser uma espécie de competição. Isso seria absolutamente equivocado. É importante uma compreensão, uma sensibilidade ao fato de que a promoção da igualdade de gêneros dentro da política é o mesmo que promover a democracia no país", encerra.

Tentei ser o mais discreta possível, além de companheira, colaborar com sugestões e me colocar à disposição para os grandes desafios e embates", explica Marivalda. Sylvia Paes recorda um episódio histórico na Europa. Ela costuma comparar a primeira-dama às esposas de antigos reis. "Ela reina, mas não governa. Foi emblemática a figura da francesa Leanor da Aquitânea, esposa de Luiz VII da França, e depois de Henrique II, da Inglaterra. Participou de batalhas para garantir o trono para seu filho João. Com seu carisma, ganhou do povo inglês aprovação para ele reinar. A primeira-dama pode ajudar a construir uma figura pública ou derrubar seu companheiro. Cito Rosane Collor e a atual Michele Bolsonaro mencionadas em transações financeiras suspeitas. Mas tivemos também Anita Peçanha, esposa de Nilo Peçanha, um exemplo de dignidade e companheirismo", comenta. Em 2011, a única mulher eleita para Presidência do Brasil, Dilma Rousseff, era divorciada e não assumia publicamente nenhum relacionamento. Na época, de algum modo, comentários preconceituosos surgiram sobre seu estado civil. "Alguns reproduzem um padrão conservador violentamente. A política brasileira é conservadora, herdeira de um modelo aristocrático, escravocrata, patriarcal e reacionário. Na hora de competir, esquerda e direita querem usar as mesmas ferramentas, de construir família, passar uma imagem de seriedade. Acho lamentável que para se inserir alguns reproduzam um padrão. Quem tem uma orientação sexual diferenciada acaba sendo um outsider", comenta José Fernando Rodrigues. A assistente social Eliana Feres lembra que, em

Esposas, maridos, namorados

Em 2020, dos 11 candidatos à Prefeitura de Campos, apenas Lesley Beethoven (PSDB) se declara solteiro neste período. A candidata do PT, Odisséia Carvalho, é casada há anos com o professor Eduardo Peixoto. Já a candidata do PSOL, Natália Soares, mantém um relacionamento longo com o psicopedagogo Caio Brito. Caso uma delas se eleja, repetirá a experiência de Rosinha Garotinho na Prefeitura de Campos sem a figura da primeira-dama. Na disputa eleitoral de Campos, podem se tornar primeira-dama a professora Jô Henriques, casada com Roberto Henriques (PCdoB); a dona de casa Ângela Souza, casada com Cláudio Rangel (PMN); a pedagoga Michela Freire, esposa de Alexandre Tadeu (Republicanos); a pedagoga Pollyanna Paes, casada com Jonathan Paes (PMB); a designer Kamila Lamônica, esposa de Bruno Calil (Solidariedade); a dona de casa Tassiana Oliveira, casada com Wladimir Garotinho (PSD); a advogada Luana Albernaz, casada com Caio Vianna (PDT); e a publicitária Renata Veloso Diniz, atual esposa do prefeito Rafael Diniz (Cidadania) que concorre à reeleição. 2016, o "primeiro damismo" retornou ao Brasil com Marcela Temer, a jovem esposa de Michel Temer. "Ela criou o equivocado programa Criança Feliz com a proposta da antiga LBA, extinta por Ruth Cardoso (que detestava a figura da primeira-dama; preferia ser chamada de antropóloga). Marcela retornou ao assistencialismo e solidariedade, rompendo com a lógica do direito e desrespeitando a Lei Orgânica da Assistência Social e o Sistema Único da Assistência Social", critica.


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Candidata a prefeita

Natália Soares Ribeiro

"O social será prioridade no meu governo" Candidata do PSOL diz que não herdou nem condições nem discurso e que esse é o seu diferencial Aloysio Balbi Formada em Serviço Social e professora de Filosofia, ela tem 31 anos e vive a primeira experiência na disputa de um cargo eletivo. É candidata à Prefeitura de Campos. Filha de motorista e de uma mãe que abandonou o trabalho para acompanhar o seu estudo, ela se define como quem saiu de uma família pobre, embora a fome nunca tenha batido à sua porta. Por outro lado, a sede de saber era inesgotável e ela bebeu em fontes diversas. Fez mestrado e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF. De discurso ligeiro e pensamento organizado, ela monta bem seus argumentos e desmonta como poucos os que a antagonizam. Candidata por um partido considerado de extrema esquerda, ela diz que qualquer um que defende a Constituição passou a ser de esquerda na medida da régua dos que se definem de direita. Você está concorrendo por um partido, visto pela direita assumida como o avesso dela, ou seja, de extrema esquerda. Como você define o PSOL? A direita assumida requer uma moralização tão grande que vê nos defensores da Constituição seres de extrema esquerda, assim como definem os defensores dos direitos humanos, do meio ambiente e de qualquer tipo de diversidade. Basta não pensar como eles para serem definidos e rotulados como de extrema esquerda. Qualquer pessoa que luta pela pelas igualdades sociais é tida como esquerda também. O que eles vêm fazendo e “moralizando a política”, ou seja, esquecem outras pautas enquanto perdem tempo medindo as pessoas com a sua régua ideológica e afirmam que isso não é ideologia, mas é ideologia também sim. Como é a estrutura do PSOL? O próprio nome já o define – Partido Socialismo e Liberdade. O que é pensar o socialismo? “O mundo em que sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres” - isso é uma citação de Rosa Luxemburgo. Significa que as diversidades individuais devem ser respeitadas, que as pessoas têm a oportunidade de levar uma vida digna, com direitos, direitos constitucionais, direitos humanos que envolvam Saúde, Educação, Cultura e lazer. Gosto de sublinhar o lazer, porque os pobres não têm acesso a lazer e nem mesmo a questões culturais. Saúde é um direito constitucional, mas não é vivenciada pela população de igual forma, assim como a Educação. Entender o porquê disso, e do acesso diferenciado aos direitos é o papel da esquerda, e a luta por um mundo mais humano, justo e com isonomia social. Falamos da régua da direita, como é sua régua e o seu compasso? As pessoas pensam erroneamente que o socialismo é socializar a pobreza, tornando todo mundo pobre, quando na verdade é criar condições para que a dignidade humana triunfe. Que tenhamos zero em mortalidade infantil e 100% em saneamento básico. Ricos e pobres existem, mas não podemos admitir a miséria. O próprio jornal de vocês fez uma matéria excelente, mostrando que Campos tem 45 mil famílias abaixo da linha da miséria. Isso é assustador. Se pensarmos que Campos é uma das 47 cidades brasileiras de mais de R$ 1 bi/ano, e que historicamente recebeu muitos recursos de royalties e participações especiais pela exploração de petróleo, é inadmissível que tenhamos esse número de extrema pobreza, fome e sem saneamento. Como incluir os pobres no orçamento? A gente se candidata para pensar nestas alternativas e possibilidades de inverter esse padrão histórico da exclusão dos pobres no orçamento. A gente fala hoje em destinar 3% do orçamento, o que é pouco, mas suficiente para permitir o retorno de programas sociais, revisão dos critérios para a ampliação destes. É possível, por exemplo, reabrir o restaurante popular do Centro e abrir outro em Guarus. Retomar a passagem social e passe-livre para o público da assistência e desta forma que ele tenha direito à cidade. Eles não têm senso de pertencimento da cidade. E quais as principais alterações na economia para atingir esse alvo, no caso, os pobres? Falei em aumentar em um dígito o orçamento para os programas sociais. Pouca gente sabe que esse percentual nunca alcançou a 2%, mesmo nos tempos do dinheiro farto. Estamos falando em pautar a economia a partir dos pequenos. Diversificação da própria economia, valorizando os pequenos agricultores rurais, a agricultura familiar, os Quilombolas

Mas ela também tem a sua régua e compasso e aborda com desenvoltura os problemas de Campos. Centra seus argumentos nos assuntos sociais e promete destinar 3% do orçamento do município para programas de assistência. Usando jeans e camiseta, ela é o retrato de sua geração. Faz uma campanha com pouco dinheiro no bolso, com assessores que não pode pagar, e com a ajuda de pessoas que pensam como ela. Uma jovem normal, que ainda não se casou, mas mantém um relacionamento sério como se diz nas redes sociais. Tão sério que o namorado compreende a correria da namorada, que não busca pódio de chegada, mas sim corre atrás de uma cidade melhor.

Que tenhamos zero em mortalidade infantil e 100% em saneamento básico. Ricos e pobres existem, mas não podemos admitir a miséria

Foto: Carlos Grevi

que produzem, os pescadores, as marisqueiras. Temos que valorizar o potencial econômico da cidade, ou seja, valorizar quem já produz, isso inclusive, é uma histórica forma de fixar as pessoas no campo. Estamos propondo uma legislação específica de controle do uso de agrotóxico, pois valorizar a agricultura familiar é consumir menos veneno. Isso reflete na Saúde e qualidade de vida de toda população. A gente tem a proposta de criar entrepostos em extremidades do município, para que sejam locais de venda e comercialização dos produtos e que a prefeitura venha a consumir prioritariamente esses produtos comprando dos pequenos. Isso, na merenda escolar, creche, hospitais, etc.

cial. Sempre achei que se as pessoas pudessem atenuar a fome do outro o faria. Mas no serviço social ficou claro que não, porque fazer isso significa abrir mão de alguns privilégios, repartir e grande parte das pessoas não está muito interessada nisso. Comecei a entender as raízes da desigualdade, as contradições das elites, a miséria e por que ela existe. No segundo período do Serviço Social, trabalhei em uma pesquisa que traçava o perfil das famílias de baixa renda de Campos. Andava Campos inteiro. Presenciei toda essa miséria. Habitações sem o mínimo de saneamento. Casas sem banheiro e sem janela, ou seja, a questão de miserabilidade do município. Um quadro alarmante. Neste momento decidi que tinha que me posicionar de alguma forma. Essa pesquisa foi como o poema de Manuel Bandeira. Na escola a gente vê que a posição do professor extrapola muito o papel conteudista. Os alunos têm diversas necessidades que vão aparecer nas escolas. É a questão de não ter condições materiais para suprir as carências, violência, drogas, tráficos, a questão da orientação sexual, conflitos familiares gigantescos.

Explica essa questão da economia solidária que é uma das bandeiras do seu partido? É pensar uma economia diferente dos moldes do capitalismo, deixando em um plano secundário o individualismo, a competitividade exagerada que pensa mais no lucro do que na vida. Como protagonistas, vamos valorizar as cooperativas, organizações de alto gestão, fornecendo Não enxergo status neste suporte logístico e técnico Então o professor deixa cargo de prefeito. O que para que a contratação de aí de ser um vedor para diversos serviços públicos ser um vetor de uma vida enxergo é trabalho e a ocorra com esses empremelhor? possibilidade de fazer endimentos populares. Com certeza. Muitos desComo é o caso da contrases jovens não tiveram diferente tação direta das quatro uma família que sonhou cooperativas de catadocom ele ingressando em res de materiais recicláuma universidade. Nosso veis no município. Atualmente, o município não faz papel é esse também, de ser incentivador, de identifia coleta seletiva. As cooperativas sabem fazer isso. car as potencialidades e trabalhar as dificuldades para Temos que observar que o serviço de coleta hoje superá-las. Sempre digo para meus alunos que quanpago a empresas é muito, mas muito caro e, mesmo do a gente é pobre, a gente tem sempre que estudar o assim, deixa a desejar, não atendendo às demandas triplo das outras pessoas, e que a Educação é a única do município. Não estamos falando que as coope- ferramenta capaz de mudar essa realidade. A Educarativas vão arcar com todo o serviço, e sim ter uma ção permite uma noção crítica para compreender e participação importante e fundamental na questão transformar. Vou além... se compreender e se transfordos resíduos sólidos. mar, não só a pessoa, mas todo o seu entorno, desde a família. Ele começa a entender o mundo e lutar para O fato de você ser assistente social e professora de melhorar esse mundo. Tive um aluno que me disse filosofia é um diferencial diante dos seus adversá- que quem estuda filosofia está condenado a viver na rios nestas eleições? tristeza. Eu disse que o conhecimento causa tristeza, Eu acho sim que é um diferencial. A escola e também pelo reconhecimento das mazelas, mas que também é atuar como assistente social foi uma enorme expe- poder, porque organiza a insatisfação que passa a ser riência. Na faculdade de Serviço Social tive algumas instrumento da transformação. respostas para as minhas inquietações internas. Desde criança me perguntava por que existia fome... por que Sem recurso, muito jovem e debutando na política crianças morriam desnutridas. Quando li o poema “O partidária com adversários que herdaram condições Bicho” de Manuel Bandeira estava no ensino funda- e discursos, como você está fazendo sua campanha? mental ainda. Foi uma professora de português que Acho que não sou tão jovem assim, pois tenho a idame passou o texto. Eu questionei a raiz dos problemas de de outros candidatos. Tenho mais idade do que das desigualdades. Tempos depois fui fazer Serviço So- Garotinho quando assumiu a Prefeitura de Campos

pela primeira vez, com 29 anos, e também não sou tão jovem na política partidária, pois estou no PSOL há nove anos, me filiei em 2011. Agora, sou novata debutando na questão eleitoral. De fato não herdei condições e discursos, mas acho que esse é um dos meus diferenciais diante deles. Acredito na importância de pessoas comuns, que não vivem da política e entram para esses espaços para pautar uma nova forma de fazer política ao lado de outras pessoas. Eu amo ser professora e vejo essa questão como transitória, apesar do contexto ser dinâmico e não sabermos muito bem ainda. As pautas que defendo hoje, já as defendo há muito tempo. Presidi o Conselho Municipal de Assistência, acompanhei a luta dos pequenos agricultores do Açu expulsos de suas terras. Estávamos nas ruas contra as reformas Previdenciária, Trabalhista e agora a Administrativa, e contra o congelamento dos gastos com Saúde, Assistência e Educação por 20 anos. Trabalho desde os 18 anos. Ajudei a fundar, elaborando com outros colegas, o pré-vestibular social da Universidade Federal Fluminense – UFF- quando tinha apenas 20 anos. Não enxergo status neste cargo de prefeito. O que enxergo é trabalho e a possibilidade de fazer diferente. Todos estão falando muito do inchaço da máquina pública. Como resolver esse problema? A conta tem que fechar, mas sem o sacrifício dos servidores públicos que foram considerados culpados pela crise. A culpabilização dos servidores injustamente. O mais grave de pensar uma redução de servidores, é que eles são responsáveis pelo fornecimento de mão de obra em todas as áreas de serviços e políticas à população. Quando a gente fala que é preciso enxugar a máquina, o que está sendo proposto é a retirada, por exemplo,dos médicos do postinho, do professor da escola, da merendeira, do funcionário da limpeza e de tantas outras profissões que formam a oferta de serviços. Isso significa não apenas penalizar os servidores, mas também reduzir a qualidade de vida e o acesso de serviço à população. É preciso pensar em incrementar as formas de arrecadação municipal. Uma é diversificando a economia conforme exposto em pergunta anterior. Caso você seja eleita, tudo tem que andar junto? Temos uma perspectiva intersetorial, que possa articular e integrar as políticas municipais. Pensando em uma pessoa com deficiência, a gente precisa tornar as pessoas acessíveis a diversas políticas, como a mobilidade. Precisamos ter um desenho universal de cidade, para garantir o acesso das pessoas à acessibilidade. Uma política educacional inclusive, que garanta mediadores, cuidadores, intérpretes de libras por exemplo, no caso de deficientes auditivos. Na Saúde a gente pensa em um centro integrado para pessoas com deficiência com uma equipe multiprofissional como terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, médico, assistente social, psicólogos, etc. Esse exemplo é para mostrar como as políticas precisam funcionar de modo articulado, e tudo atrelado aos orçamentos. As pastas precisam ter destinação de recursos. A gente pensa em todos os serviços, como a criação de Centros Comunitários com biblioteca, atividades culturais, esportiva, principalmente para a juventude e também idosos. Tudo isso mais próximo dos bairros. É preciso descentralizar os serviços. Na Saúde, dar enfoque será a prevenção do agravamento, restabelecendo a estratégia do Programa de Saúde da Família, garantindo agentes comunitários, equipes de trabalho suficientes e implantar um Núcleo Ampliado de Saúde da Família, com equipe multiprofissional. Se trata de pensar atividades e serviços acontecendo nos bairros, permitindo acesso aos direitos. Tudo tem que andar junto, e é por isso que se chama máquina administrativa.


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Destaque

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Idosos reencontram alegria mesmo durante pandemia

Foto: Carlos Grevi

Secretaria de Envelhecimento Saudável e Ativo dá suporte aos assistidos no período de isolamento Da Redação Depois que os filhos foram embora para os Estados Unidos, Joana Ferreira Ramos, 65 anos, teve depressão e não queria mais sair de casa ou conversar com as pessoas, até que conheceu a Casa de Convivência do Tamandaré e viu sua vida mudar. No local, fez amigos, entrou para a Companhia de Teatro “É Nós na Fita”, aprendeu a tocar violão e diz que o grupo tem sido ferramenta importante para enfrentar a pandemia. Assim como Joana, Maria da Penha Pinto Santos, 90 anos, também contou com a ajuda da Casa de Convivência e de outros grupos de Terceira Idade para vencer a pandemia. “Eles me ligam sempre para saber como estou e isso faz com que a gente se sinta protegida e querida. Antes da pandemia eu ajudava muito na Casa de Convivência, viajava com o pessoal, mas, agora, não dá mais para fazer nada disso. Espero que tudo isso acabe logo e a gente possa voltar a interagir. O bom é que em nenhum momento eu

me senti sozinha. Tem sempre alguém da casa me acolhendo”, explica Maria da Penha Assim como Maria da Penha e Joana outros idosos que fazem parte das Casas de Convivência da Secretaria de Envelhecimento Saudável e Ativo (Sesa) continuaram sendo atendidos pela instituição de diversas formas. Através da equipe multidisciplinar, foram desenvolvidas atividades voltadas ao público-alvo, que recebeu capacitação para que pudessem acompanhar remotamente as ações e se

mantivessem ativos mesmo à distância. Um dos projetos lançados durante a pandemia, por exemplo, o Busca Ativa, já assistiu aproximadamente 6,5 mil idosos. Desde março, os atendimentos de saúde com psicólogo, psicoterapeuta e profissionais de Educação Física, via contato telefônico, já somam 18 mil. Entre as ações realizadas pela Secretaria estão as lives. E quando o decreto municipal vetou o atendimento presencial, os professores das Casas de Convivência se reuniram e,

Casa de Convivência| O espaço oferece serviços on-line aos idosos

Talento| Dona Joana aprendeu a tocar violão, aos 65 anos, pela Secretaria do Envelhecimento Saudável

semanalmente, passaram a publicar aulas de ginástica, violão, teatro, além de palestras motivacionais, informativas e encontros on-line. Os idosos têm acesso a este conteúdo em plataformas virtuais criada exclusivamente para mantê-los saudáveis e ativos. E, para que fosse possível uma maior interação com o mundo digital, em março deste ano, os idosos do Centro Dia de Guarus tiveram oficina de smartphone dentro do Programa Viver. Campos foi a única cidade do Estado do Rio de Janeiro contemplada com o programa federal que abrange cinco vertentes. A oficina foi primordial para que os idosos pudessem participar ativamente do Canal lançado no Youtube, assim que a pandemia não permitiu mais o contato físico. E, segundo a secretaria, a resposta dos idosos foi super positiva. A participação maciça, a

interação com os professores e equipe técnica surpreendeu até a eles mesmos, que apresentaram um concerto virtual com a Orquestra de Violões e Coral Doce Canto; monólogos e musicais. “Eu participo de tudo. A pandemia não me desanimou. Gravo vídeos falando sobre os temas que o pessoal da casa sugere e me sinto muito bem fazendo isso. Recentemente, me vesti toda de rosa para falar sobre o câncer de mama”, conta Joana. Secretária de Envelhecimento Saudável e Ativo, Heloísa Landim conta que em todos os momentos delicados quando foi necessário preservar a saúde física e mental dos idosos eles nunca ficaram sem assistência. “Nossa equipe não deixou de trabalhar um dia, cada um de sua casa, mantendo contato diário com cada assistido das respectivas Casas. E, assim será enquanto entendermos que o

atendimento presencial coloca a saúde dos nossos idosos em risco” afirmou Heloisa Landim. Busca Ativa A Secretaria do Envelhecimento Saudável e Ativo atende cerca de 36 mil idosos distribuídos em seis Casas de Convivência, incluindo a Colônia de Férias da Terceira Idade do Farol de São Thomé. Eles têm além de atendimento médico com vários especialistas, atividades físicas, cognitivas e manuais. Com a pandemia, entre todas as ações desenvolvidas para manter o bem-estar dos idosos, foi lançado também o Busca Ativa. Um programa idealizado no sentido real da palavra: buscar, mesmo que de forma remota, assistir aos idosos nas suas necessidades, seja ela qual for. E se depender de dona Joana, on-line, ou presencial ela vai estar presente em todos os eventos. Afinal, o que vale é a convivência.


Campos Morar em Campos? Só se for agora! PÁGINA

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INFORME PUBLICITÁRIO

Morar Construtora, uma gigante do Espírito Santo, chega para mudar o conceito de condomínio na cidade Morar em Campos, agora, é uma opção com mais conforto, área verde, lazer e muita segurança para toda a família. A coruja Cora anuncia para a cidade a chegada da Morar Construtora, com um novo condomínio-clube. A empresa realiza sonhos da casa própria de famílias capixabas há 40 anos e escolheu o município do Norte Fluminense para criar sua primeira filial fora do estado do Espirito Santo. A Morar, certificada há mais 20 anos pela ISO 9001, está entre as 100 maiores construtoras do Brasil (ranking 2020 da INTEC - Informações Técnicas da Construção). Com isso, ganham os campistas e também trabalhadores de cidades vizinhas e até de outros estados e países que atuam em grandes empreendimentos instalados na região, como o Porto do Açu. Com cerca de oito mil unidades entregues – 100% com entrega no prazo e até com entrega antecipada -, a Morar vai lançar em breve, em Campos, o mais novo condomínio-clube com localização privilegiada, em um dos principais pontos de crescimento da cidade. Serão três torres, todas com elevador, com apartamentos de dois ou três quartos com suíte e opção de quarto reversível: imóveis bem planejados, com acabamento superior, em um condomínio com piscina adulto e infantil, quadra recreativa, energia solar em áreas comuns, parquinho e muito mais; tudo isso dentro de um conceito de sustentabilidade, casa verde,

Fotos: Divulgação

Mascote| A Coruja Cora percorreu toda a cidade antecedendo a chegada da grande construtora

vida segura, bem ali na avenida Arthur Bernardes, junto à Alberto Lamego, no bairro Horto, próximo a UENF. Mais do que construir um empreendimento, a construtora chega no estado para oferecer imóveis de qualidade comprovada e acessíveis ao segmento econômico, com entrada facilitada e subsídio do Governo Federal. O Diretor regional contou que o trabalhador que recebe a partir de dois salários mínimos consegue comprar seu apartamento, com incentivos do programa Minha Casa, Minha Vida. “E, nessa modalidade, nenhuma outra empresa aqui oferece

apartamentos de três quartos. E esse é apenas um dos diferenciais, além de elevador em todas as torres, bicicletário, área de lazer a ser entregue já equipada e decorada, quiosque com churrasqueira, academia, salão de festas e muito mais. Nosso produto é de excelente aceitação e somos a empresa mais bem avaliada e a que mais vende no Espírito Santo”, adiantou Luciano Garcia. Primeira filial em Campos E tudo isso é só o começo. Conforme garante o gerente regional, a instalação da primeira filial da Morar Construtora e Foto: Divulgação

Quatro entraves emperram Distrito Industrial de Campos Um dos principais problemas é a falta de isenção fiscal no IPTU e ISS Aloysio Balbi O Distrito Industrial da CODIN – Companhia de Desenvolvimento Industrial – em Campos, que foi montado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro na década de 70, assim como a economia do país está em uma gangorra. Até muito recentemente, o distrito que acabou virando nome de bairro em Guarus, gerava quatro mil empregos diretos e hoje esse número gira em torno de mil. Com uma boa infraestrutura, que conta até com estação de tratamento de água e esgoto e com uma localização privilegiada em termos de logística, a pergunta que se faz é por que o distrito não decola, mesmo estando tão próximo ao aeroporto Bartolomeu Lizandro? O presidente da Associação das Indústrias da CODIN e de Guarus, Lucas Vieira, responde apontando para quatro gargalos: o acesso ao distrito, que é precário; a questão tributária do município, que não incentiva empresas prestadoras

de serviços; a questão da legalização de áreas que pertencem a própria CODIN e a manutenção da infraestrutura do distrito que, aos poucos, vai sendo comprometida. Segundo ele, se isso for feito, o Distrito Industrial poderá, em curto prazo, ganhar fôlego já que existem várias prospecções feitas por grandes empresas para ocupar espaços nele. “O acesso à CODIN é precário. O DER tinha firmado um convênio com a companhia para resolver esse problema de suma importância, mas nada foi feito até agora. A melhoria do acesso é fundamental”, disse o presidente da associação. Lucas Vieira também coloca como ponto de dificuldade a decisão da Secretaria de Fazenda do município que decidiu não conceder isenção de ISS e IPTU para empresas prestadoras de serviços e várias têm intenção de se instalar no distrito. “No entendimento do município essa isenção beneficia somente as indústrias e não as empresas prestadoras de serviços. Existem outros entendimentos sobre isso e chegamos a dialogar com a prefeitura, mas a conversa não avançou”, disse Lucas. O terceiro entrave se refere a muitas áreas que não estão legalizadas dentro do Distrito Industrial

que tem 750 mil metros quadrados. Para Lucas, essa é uma questão burocrática cuja solução pode ser dada pela própria companhia. Já o quarto entrave é a precarização dos equipamentos que formam a infraestrutura do distrito, um dos mais bem montados do Estado mas que não está tendo a devida manutenção, e isso poderá ser um forte complicador em breve. Hoje são 16 empresas O Distrito Industrial de Campos, apesar desses desarranjos, tem hoje funcionando 16 empresas, entre elas, a pioneira Machado Viana. Mas também tem construtoras, fábricas de argamassa, isopor, entre outras, como a Schulz, que continua operando na área de distribuição. Esse ano se instalaram na CODIN a Cozivip, uma forte empresa da área de alimentação off-Shore e uma outra do setor de compostagem. “Hoje o perfil de empresas interessadas em se instalar no distrito é de prestação de serviços, para atender demandas do Porto do Açu. Mas a prefeitura não concede a isenção de ISS e de IPTU, o que não estimula essas empresas. Não fosse isso, certamente teríamos muitas outras”, disse o presidente da associação.

Incorporadora fora do Espírito Santo aponta novos investimentos para Campos. “Estamos vindo para ficar. O objetivo é lançar pelo menos um condomínio-clube por ano na região”, adiantou Luciano Garcia. Para apresentar o produto da empresa capixaba, a coruja Cora pousou na cidade e logo ganhou as redes sociais, com todo mundo querendo saber onde montaria a sua toca. Para aplacar a curiosidade dos campistas, Cora adiantou a localização do empreendimento, no Horto, e apontou o diferencial da marca que representa, sem, no entanto, passar todos os detalhes do

Apresentação| Projetos já estão sendo apresentados à população

empreendimento que coloca os condomínios-clubes da linha Vista da Morar no topo dos mais desejados pelos que querem adquirir um imóvel para residir. O empreendimento foi apresentado a corretores de imobiliárias da Rede Uno na última semana e os empresários do ramo imobiliário ficaram empolgados. “A expectativa é grande. Os corretores estão animados com a nova experiência para a região, pois a maioria dos imóveis com incentivo do Minha Casa, Minha Vida não possuem três quartos, não contam com elevador. A localização é excelente, a poucos minutos do Centro. Campos tem pulmão para novos

empreendimentos. Estamos felizes por contar com a Morar”, destacou o presidente da Rede Uno, Mário Otávio de Souza. O corretor de imóveis Luiz Antônio Bernardo ressaltou os diferenciais do empreendimento: “É um produto inovador, especialmente por ter financiamento mais facilitado, que outros empreendimentos similares nem sempre tem. Sou corretor há nove anos e esse empreendimento, para mim, não é só uma oportunidade profissional, mas uma realização de vida para 192 famílias da minha cidade. Quem trabalha quer conquistar e quem conquista vem para Morar”.

Onze feriados prolongados em 2021 no município de Campos

Foto: Silvana Rust

Calendário do ano que vem será mais generoso em vários meses Da Redação O ano de 2021 terá 11 feriados prolongados para os moradores de Campos. Somando as datas comemorativas nacionais e estaduais, o número chega a nove, incluindo o Carnaval, que ocorrerá na segunda semana de fevereiro e o feriado de São Jorge, que é estadual e, no próximo ano, cairá em uma sexta-feira, aumentando ainda mais o tempo de descanso. Além dos feriados nacionais e estaduais, o município contará ainda com o feriado de Santo Amaro, padroeiro da Baixada Campista, no dia 15 de janeiro, e o feriado do Santíssimo Salvador, no dia 6 de agosto, que assim como o dia de Santo Amaro, cairá também em uma sexta-feira. Já é costume os campistas deixarem a cidade para aproveitar as datas comemorativas em outros municípios da região e até do Brasil. Guarapari, litoral do Espírito Santo e Região dos Lagos, como Búzios, Cabo Frio e Arraial do Cabo, são destinos garantidos. Há quem prefira visitar parentes em localidades no interior do município ou em cidades vizinhas como São João da Barra, onde estão localizados os balneários de Atafona, Grussaí e Açu. O litoral de São Francisco de Itabapoana também é bastante visitado, mais especificamente as praias de Santa Clara, Gargaú e Guaxindiba. Em Campos, a prefeitura costuma promover eventos durante o verão e fora do período na única praia campista, a do Farol de São Thomé, apara atrair visitantes

Estradas lotadas| Cenas que vão se repetir em 2021 pelo menos 11 vezes

durante todo o ano. Valéria Ferreira, de 46 anos, é freqüentadora com a família. “Temos uma casa de veraneio que utilizamos também em outras épocas do ano. Os feriados prolongados são ótimos porque levamos amigos e outros familiares e os dias de descanso se transformam em lazer também. Recarregamos as baterias e voltamos à rotina renovados e já contando os dias para o final de semana e outros feriados”, comemora. A capital fluminense também é destino bastante procurado por campistas que gostam de viajar nos feriados prolongados. “Tenho parentes no Rio de Janeiro e quando vou para lá durante algum feriado ou apenas fim de semana, aproveitamos para passear por lá, praias, jardins e vida noturna são as principais atrações. O legal é que meus primos de lá acabam se divertindo na cidade onde moram quando eu vou pra lá. Quando eu não vou, eles costumam vir para o interior, principalmente nos feriados de Natal, quando reunimos a família em Campos”, conta o marceneiro Moisés Aguiar de 25 anos.

Feriados prolongados de 2021 01/01: Confraternização Universal (Sexta-feira) 15/01: Santo Amaro (Sextafeira) 12/02 a 17/02: Carnaval (Sábado a terça-feira) 02/04: Paixão de Cristo (Sextafeira) 23/04: São Jorge (Sexta-feira) 03/06: Corpus Christi (Quintafeira) 06/08: São Salvador (Sextafeira) 07/09: Independência (Terçafeira) 12/10: Nossa Senhora Aparecida (Terça-feira) 02/11: Finados (Terça-feira) 15/11: Proclamação da República (Segunda-feira)



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Saúde

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As causas da queda de cabelo Dermatologista detalha o processo de produção, desprendimento dos fios e faz orientação preventiva Fotos: Divulgação

Letícia Nunes A queda de cabelo é um sintoma extremamente comum no consultório dos dermatologistas, seja nos homens ou nas mulheres de diferentes faixas-etárias. Porém, antes de se desesperar com os fios caindo durante o banho ou ao pentear os cabelos, a primeira coisa que é preciso ser feita é a caracterização do caso para de fato comprovar se está havendo uma queda excessiva. Saiba antes de tudo, que cortar o cabelo a fim de renová-lo e fazer com que os fios cresçam mais rápido é um mito e somente um profissional especializado é capaz de diagnosticar e indicar o melhor tratamento para a solução do problema. A dermatologista, Dra. Ana Maria Pellegrini, detalha como funciona o processo de produção e posterior desprendimento dos fios do couro cabeludo. Segundo ela, existe um tipo de queda de cabelo que é comum e que não é preciso se assustar. “É habitual o paciente começar a prestar atenção no desprendimento dos fios e achar que está com alopecia, quando na verdade aquilo se trata de uma queda normal. Todos nós possuímos um ciclo capilar e este inclui uma fase de crescimento, de produção do fio em que o folículo está em alta atividade, outra intermediária e a final. A primeira é chamada de anágena, a intermediária é a catágena, em que há um freio nessa produção dos fios, e a última que é

Queda de cabelo| Problema atinge grande parte de homens e mulheres

Dra. Ana Pellegrini| Dermatologista apresenta formas de tratamento

o período de queda chamamos de telógena. Temos entre 10% e 12% dos folículos em telógena. Logo, todos perdemos de 100 a 150 fios por dia. Isso é normal. O cabelo cai porque o folículo entrou em telógena e se desprende. É um processo fisiológico. Existe também um tempo de vida do crescimento do cabelo que varia de pessoa para

pessoa. Vamos supor que há um crescimento de cabelo de 1 cm por mês. Em dois anos, você vai ter 24 cm de haste. Quando chegar na fase final, o cabelo vai cair, se desprender”, explica. Causas A médica ressalta que somente um especialista vai caracterizar se

a queda é uma pseudo queda ou se trata de um desprendimento além do esperado. “Pois existem momentos em que a causa mais comum da queda de cabelo é o aumento de percentual de folículo em fase telógena e aí a pessoa tem uma percepção de desprendimento maior. Quando isso ocorre? Em quadros de anemia, problemas hormonais, principalmente alterações da tireoide, pacientes que interrompem o anticoncepcional, aqueles que têm quadros infecciosos importantes, como dengue, chikungunya e agora a Covid-19. Então, o que chamamos de eflúvio telógeno é a causa mais comum de queda de cabelo diagnosticada no consultório médico, mas é também uma queda autolimitada. Se o paciente não fizer nada, ela vai durar quatro meses em média e depois acaba”, comenta.

Como tratar a queda de cabelo? A Dra. Ana Pellegrini chama atenção para um hábito maléfico: a automedicação, que na maioria das vezes é o principal fator de adiamento do diagnóstico, fazendo com que casos mais graves e importantes de serem confirmados acabando sendo mascarados por vitaminas e shampoos encontrados em farmácias. “Para tratar, o paciente primeiro deve ir ao médico para que este consiga através da história clínica e de exames determinar a causa. Muitas vezes, nós utilizamos a tricoscopia, chamada de terceiro olho do dermatologista. É usado um aparelho, o dermatoscópio, que vai aumentar em várias vezes a região para conseguirmos visualizar as caracteristicas daquele couro cabeludo e fazer um diagnóstico diferencial em várias situações, por exemplo, se tem uma descamação, se é psorí-

ase ou uma dermatite seborreica, problemas no couro cabeludo ou se o paciente possui alguma doença imunológica que não tem cura. Uma coisa muito comum no consultório é a calvice, tanto masculina, quanto feminina. A gente pode tratá-la bloqueando o estímulo de testosterona. O ideal é que o paciente comece esse tratamento o mais cedo possível. Se tem história familiar de calvice, é necessário buscar ajuda. A medicina também estuda vários medicamentos que podem ajudar, por isso é fundamental o diagnóstico correto”, diz. Prevenção Quando o assunto é a prevenção da queda de cabelo, a dermatologista pontua que a queda fisiológica de 100 a 150 fios por dia vai acontecer, pois é algo natural do processo de produção e desprendimento. “Mas a queda maior, você pode prevenir mantendo o estado metabólico e nutricional do organismo equilibrado, colorindo o prato com alimentos saudáveis e principalmente ingerindo proteína. Uma das maiores causas de queda de cabelo são as dietas para emagrecimento. Quando o paciente começa a fazer uma reeducação muito restritiva, o cabelo não é visto como algo importante. Logo, o corpo vai economizar a energia da produção dos fios e repassá-la para a atividade de outros órgãos”, completa Dra. Ana Pellegrini.

Cálculo (pedra) na vesícula T

odos sabemos que uma alimentação saudável e balanceada é possível tratar diferentes doenças e problemas de saúde, por isso você precisa buscar orientação profissional sempre, assim poderá evitar ou minimizar vários problemas.

Você sabia que existe uma alimentação específica para tratar pedra na vesícula?

Roberto Fiuza e Carlos Rapadura

Jorge Luciano Jacyntho

Essa doença, também conhecida como colelitíase, é geralmente causada pelo excesso de colesterol ruim no sangue, problemas no fígado e até mesmo causa genética. No entanto, com a alimentação correta é possível tratar, amenizar os sintomas e, em alguns casos, prevenir a ocorrência da doença. Para ajudar, nós listamos dicas de como se alimentar para tratar pedras na vesícula. Confira e coloque em prática! Evite alimentos gordurosos, como frituras, carnes vermelhas e produtos industrializados A primeira dica para quem quer tratar ou prevenir a colelitíase é evitar ao máximo alimentos gordurosos. Isso porque a bile - líquido produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar - é a principal responsável pela digestão da gordura. No entanto, quando ocorre o consumo excessivo de alimentos gordurosos, a digestão da gordura acaba não sendo completa. Neste caso, é possível que placas de colesterol acumulem na vesícula, ocasionando a colelitíase. Por isso, o mais indicado para quem está tratando - ou quer evitar - pedras na vesícula, é evitar ao máximo frituras (salgadinhos, batata frita e alimentos a milanesa, por exemplo), carnes vermelhas (que possuem muita gordura saturada), assim como biscoitos recheados, pipocas de micro-ondas e congelados (pizzas, lasanhas e hambúrgueres, por exemplo). Em contrapartida, busque uma dieta rica em fibras - com cereais, aveia, trigo, azeitonas pretas e leguminosas, por exemplo. Esses alimentos garantem saciedade e também contribuem para o funcionamento do sistema digestivo.

Busque alimentos que façam bem para o fígado, como tomate, alho, frutas cítricas e abacate Outra dica interessante é recorrer a alimentos que contribuem para a saúde do fígado. Afinal, o órgão é responsável pela produção da bile - que, como já citamos, é essencial para a digestão da gordura. Além disso, o órgão sintetiza o colesterol, desintoxica o organismo e, quando em bom funcionamento, evita a ocorrência da colelitíase. Então, para evitar essa doença, uma boa dica é investir em alimentos que limpam e contribuem para a saúde do fígado. Dentre os principais alimentos, estão: tomate, repolho, espinafre, alho, frutas cítricas, abacate e cenoura. Eles podem estar sempre presentes na dieta, e a melhor parte é que também permitem o preparo de diferentes receitas. O tomate, por exemplo, pode ser usado em saladas, molhos e como ingrediente para pratos principais (risotos, tortas etc.). Ele é fonte de licopeno - um pigmento avermelhado que atua como antioxidante - e também de glutationa, substância essencial para a desintoxicação do fígado. Alho, por sua vez, é um dos temperos preferidos dos brasileiros - ótimo para o preparo de carnes, massas, arroz, feijão e diferentes pratos. Mas, o que muita gente não sabe, é que ele também possui substâncias anti-inflamatórias e elementos químicos (como o selênio e o enxofre) que contribuem para o funcionamento do fígado. Quanto mais natural for a alimentação - pautada em legumes, verduras, sementes e cereais -, melhor será para a saúde do fígado e do organismo como todo. Na maior parte das vezes é necessário a tratamento cirúrgico, onde o médico retira a vesícula para evitar possíveis complicações futuras, cirurgia normalmente realizada por vídeo, rápida e de bom prognóstico. Então faça exames periódicos, vá a seu médico, nutricionista e não esqueça de reservar um tempo para prática de atividades físicas. Fiquem com Deus e até...

Lígia Tavares e Gustavo Carvalho

Xaxa Silva


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@stetwayoficial Stetway Campos 22 99874-7247 Stetway Macaé 22 99969-0102

(22) 9985-02331 @salgado_gostoso

Fotos: Arquivo do Colunista

Reality estreia hoje!

Carlinha Abreu sempre linda pelos ares de Tiradentes

Logo mais, às 14h tem estreia do nosso reality culinário, "Cozinhando com você - Doce Tradição". Vamos conhecer quem serão os cinco cozinheiros que irão participar do #programafabioabud, nessa temporada que promete agitar a TV regional até o mês de dezembro. Quem será nosso chefe goiabada ou chuvisco. Mais tarde na tela fa Terceira Via TV, com participação de toda nossa equipe, jurados e apoiadores. Além da estréia teremos um bate papo bacana com a cantora Larice Barrreto que lança seu DVD, o artesão Tiago Silva mostra seu talento e o colunista do Jornal Terceira Via, Candinho Vasconcellos é nosso entrevistado especial e fala um pouco de sua trajetória. Ah, teremos a apresentação especial do chefe Rômulo Bernard que estréia oficialmente a nossa cozinha de gravação do reality. Na TV em Campos, Regiões: Norte Noroeste, Lagos e Serrana. Em tempo real via online pelo site da TV, app(ambos gratuitamente) e pelo meu canal no Youtube. Quem vai ganhar um forno industrial profissional, no valor de R$5.000,00? Oferecimento: Maquipan, em nome do empresário Felipe Inácio. Espero vocês, turma!

Casal muito especial: Márcia e Cláudio Duarte festejando o amor em Portugal

A Maca

A maca peruana conta com uma grande quantidade de substâncias e componentes nutricionais importantes como fitoesteróis, alcalóides, glicosídeos, aminas, glicosinolatos, macamidas, macaridinas, entre outros. Estes nutrientes são energizantes e estimulam a produção hormonal, atuando ativa e positivamente em diversas funções essenciais para a saúde do ser humano. Fonte de vitaminas, minerais e proteínas, a maca peruana é rica em substâncias bioativas essenciais para produzir energia. A característica “afrodisíaca”, entretanto, é o que mais chama atenção de homens e mulheres. A maca peruana oferece vantagens para a vida sexual e para a saúde íntima de homens e mulheres, fato que chamou a atenção dos consumidores no Brasil. Além disso, é consumida também como suplemento alimentar para quem busca melhorar os níveis de energia, resistência física, reduzir a fadiga e o cansaço. Estou fazendo o uso contínuo e me sinto muito mais disposto.

Os primeiros Paparazzi 2021: Bruno Cabral e Luiza Rosa

Aranha 2021

Fábio Pinheiro muito gente boa!

#teampaparazzi em ação: Guilherme Cruz, Sérgio Rodrigues e Gabriel Bense

O ator Benedict Cumberbatch dará as caras em Homem-Aranha 3. O Doutor Estranho será o novo mentor de Peter Parker (Tom Holland) no novo filme do Teioso. O papel de Stephen Strange na narrativa será o mesmo ocupado por Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Nick Fury (Samuel L. Jackson) em De Volta ao Lar (2017) e Longe de Casa (2019), respectivamente. Além disso, a introdução do personagem pode ter ligação com Doctor Stranger: In the Multiverse of Madness, sequência do filme-solo do herói, que tem estréia prevista para dezembro de 2021.

serem digeridas (e não me refiro apenas à pandemia da covid-19) marca sua presença nos registros históricos e sociais, políticos, biológicos, ambientais, culturais, humanos. Assim, muitos já fixam seu olhar no próximo ano e declaram que o que estamos é findado e não há mais o que tirar dele, justamente por todas as intempéries que tivemos em menos de doze meses. Há ainda aqueles que encerram o ano e o colocam numa caixa lacrada, de forma a esquecê-lo e fazer como se nunca tivesse existido. Porém, apesar das dificuldades e das tragédias que nos tomaram, não devemos esquecer ou acabar com este ano antes do tempo. Mas precisamos aprender com ele. Olhar de forma crítica para o que vivemos e estamos vivendo e transformar isto em questionamentos e memória histórica. Entender como nós, como humanidade, podemos melhorar, podemos crescer, nos desenvolver. Aliás, aprender história não é aprender sobre o passado. É aprender sobre o futuro. Estudar história é entender o que aconteceu antes de nós, as lutas, os acontecimentos, as sociedades numa perspectiva de olhar para frente, de nos posicionarmos sobre o que desejamos e o que não desejamos que aconteça conosco. Olhar para trás para idealizar o que vem à frente. Dois mil e vinte ainda não acabou! Mesmo quando chegar o tempo de cantarmos músicas natalinas e decorarmos com luzes e pinheirinhos nossas casas, ainda assim, 2020 não vai ter terminado e quando terminar, que não seja trancado em uma caixa, mas que as memórias adquiridas durante este ano fiquem vivas e nos proporcionem novas histórias, mais críticas e mais empáticas.

A caçada

Doze estranhos acordam em uma clareira da floresta. Eles não sabem onde estão ou como chegaram lá. Nem sabem que foram escolhidos para um propósito muito específico: a caça. O filme está entre os top 10 da Netflix e vale muito a pena assistir quem possui este serviço de streaming. Elenco: Ike Barinholtz, Betty Gilpin, Emma Roberts, Hilary Swank, Glenn Howerton, Amy Madigan, Reed Birney, Macon Blair e Ethan Suplee.

Eu indico

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No topo!

Amigão Anderson Siqueira e seu xodó Pedro Evaldo

Mirna Rangel, sempre linda!

Isabel Aguiar com, seu peFernanda Passos e nosso dal em dia! lindão Heitor

100% bacana: Pierre Lodi

Thiago Ritter festejando novo tempo ao lado da esposa Fernanda e filhão Cauã

O mais recente álbum de Taylor Swift, Folklore, voltou a figurar no topo da lista da Billboard 200. Com isso, a cantora norte-americana conseguiu ultrapassar o recorde de Whitney Houston no ranking feminino, ficando 47 semanas não-consecutivas em primeiro lugar. Houston ficou no topo por 46 semanas. O ranking da Billboard analisa não só a compra de álbuns como também o número de streams performados nas plataformas digitais, cada um com um peso próprio. Segundo os dados divulgados, durante a semana Taylor Swift conseguiu o equivalente a 87 mil álbuns vendidos. Taylor tinha suas primeiras apresentações no Brasil marcadas para julho, mas os shows foram adiados devido à pandemia de coronavírus. O site da pop star diz que a vinda no Brasil nãio está descartada e deu uma previsão para ela pisar em solo brasileiro em agosto de 2021, com duas apresentação. Um no RJ e outra em SP.

Para refletir

Maravilhosa Lara Assade pelas águas de Búzios

Xará querido Fábio Almeida(Mr. Jam) jurado do especial "Canta Comigo", na Record TV

Na natureza de sua fazenda Roberta Moreira e o maridão bacana Adinho Rodrigues

A percepção de tempo é algo muito singular e única. E a cada fase de nossas vidas, o tempo se mede de forma diferente. Mas, é fato e todos concordam que o ano de 2020 ficará marcado, afinal, é atípico. Dois mil e vinte, com todas as suas adversidades e notícias difíceis de

De volta

Depois de 25 anos, o Tivoli Park está de volta à cidade do Rio de Janeiro. Sucesso entre as décadas de 70 e 90 onde hoje é o Parque dos Patins, na Lagos, o novo espaço abriu as portas no sábado que passou(10), agora na Barra da Tijuca, Zona Oeste do RJ. Na primeira fase, são 25 atrações, com dois brinquedos originais da época que funcionava na Zona Sul, o Barco Viking e o Bicho da Seda, uma espécie de carrossel em alta velocidade com gôndolas para duas pessoas. Por causa da pandemia, a capacidade máxima vai ser reduzida a 5 mil pessoas por dia. O parque também seguirá todas as regras de proteção contra a Covid-19, com uso obrigatório de máscara e de álcool em gel antes e depois de cada brinquedo. Também haverá medição de temperatura no acesso ao parque e totens de álcool em gel espalhados pelo local. Todos os equipamentos passarão por uma higienização completa uma vez por semana. O parque ocupará um espaço de 50 mil metros quadrados e funcionará no Via Parque Shopping. O funcionamento nos fins de semana e feriados é das 10h às 22h. Endereço: Av. Ayrton Senna, 3.000, ao lado do estacionamento do Via Parque. Valor: Acesso gratuito. Cada atração: R$ 10,00. Horário de funcionamento: De segunda a sexta, das 17h às 22h e sábados, domingos e feriados, das 10h às 22h. Eu vou!


Um prédio em três séculos de história

Edifício no Centro de Campos já abrigou agência bancária e universidade antes de se transformar no Sistema de Comunicação Terceira Via.

Foto: Autor não identificado / Coleção Dário Marinho

Portões | Os ricos detalhes impressionam na fachada

Escadaria | Obra em madeira do século XIX ainda preservada Foto: City Maciel / Coleção Paula Martins

Pedra fundamental | Lançamento da obra do prédio em 15 de setembro de 1895 Ulli Marques Este imponente edifício em estilo neoclássico situado na Rua Governador Teotônio Ferreira de Araújo, uma das principais ruas do Centro de Campos, chama a atenção de quem passa. Os mais jovens não sabem, mas esse prédio foi erguido em 1896 para abrigar uma das primeiras e principais instituições bancárias da cidade, o Banco Commercial e Hypothecário de Campos, e, no início dos anos 2000, também funcionou como pólo de pós-graduação e extensão da Universidade do Grande Rio (Unigranrio). Somente em 2012, a construção — hoje tombada pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal por meio da Resolução nº 005 de 12 de setembro de 2013 — passou a assumir a função de sede do Sistema de Comunicação Terceira Via. A fachada, pintada de branco com detalhes em mármore italiano, impressiona por suas janelas e portões com grades de ferro e emoldurados por pedras em cantaria talhadas à mão por operários portugueses no século XIX. Nela, destacam-se ainda as esculturas de Mercúrio ou Hermes, na Mitologia Grega, Deus da fortuna, do comércio e das negociações.

Postal | Banco Comercial Hipotecário em 1910

Hermes | Escultura de deus mitológico do comércio cia de seus serviços. “Chamou-se dessa forma justamente por ser, anos mais tarde, um banco velho, que não se atualizou e se adequou aos pensamentos da segunda metade do século XX. Esse foi, também, o motivo que o levou ao seu fim após mais de 80 anos de funcionamento”, explicou. Bamerindus Na década de 1950, o Banco Comercial e Hipotecário de Campos foi adquirido pelo extinto Bamerindus, instituição com filiais em todo o Brasil e popularmente conhecida pelo seu jingle “O tempo passa/o tempo voa/e a Poupança Bamerindus continua numa boa...”. A estrutura do banco anterior foi mantida: a parte inferior do prédio era dedicada ao atendimento ao público, onde ficavam os caixas e a gerência, à esquerda da entrada principal; embaixo da escada caracol, ainda preservada, ficava o telex (sistema de comunicação escrita) e, em frente, a tesouraria

com seu grande cofre; já no piso superior funcionava o setor administrativo, em que tramitavam os contratos, a compensação de cheques etc, e a diretoria. Ex-funcionário do Bamerindus na década de 1980, Geraldo Siqueira lembra com saudade desse período. “Trabalhei na época áurea dos bancos... A estrutura não era informatizada, então os serviços eram bastante arcaicos. Lembro-me de que as contas eram controladas por meio da ‘pastinha do cliente’, localizada em um enorme armário que ficava atrás dos caixas. Os saldos eram lançados à mão. Nós conferíamos a assinatura, víamos se havia saldo, pagávamos o cliente e colocávamos o cheque na chamada ‘bolsinha’; aí, mais tarde, o pessoal da compensação recolhia o cheque para fazer a movimentação dos valores. Estávamos na década de 1980, mas a estrutura era da década de

Banco do Vovô Tal referência mitológica é proposital: o prédio foi a segunda sede do chamado “Banco do Vovô”, idealizado em 1855, no ano em que ocorreu a trágica epidemia de cólera, e inaugurado em 1873. A primeira sede, segundo o historiador Leonardo Vasconcelos, localizava-se onde hoje se encontra o Campos Shopping, na antiga Rua Beira Rio, atual Avenida 15 de Novembro. Considerando o fato de que Campos, naquele período, já era uma cidade reconhecida por seu valor industrial, comercial e agrícola, a criação desse banco — o primeiro genuinamente campista por ter como acionistas senhores de terras locais — foi consequência da necessidade de institucionalizar e movimentar os capitais decorrentes dessas atividades econômicas, principalmente as exercidas pelos industriais açucareiros. Mas a historiadora Sylvia Paes conta que o apelido “Banco do Vovô” foi cunhado devido à obsolescên- Unigranrio | Dr. Herbert Sidney Neves na inauguração do polo de pós-graduação e extensão em 2005

1920. Ainda assim, a beleza do prédio e a companhia dos amigos que fiz aqui contribuíam para que esse fosse um ótimo lugar para trabalhar”, recorda. Em 1997, o Bamerindus foi comprado pelo então HSBC que moveu a instituição para outro endereço, na Rua Treze de Maio, deixando o edifício fechado por anos. Unigranrio Somente em 2005, o centenário prédio foi a leilão e adquirido pelo Grupo IMNE. Sua diretora geral, Martha Henriques, lembra que, nessa ocasião, houve uma reunião entre a direção do grupo e o reitor da Universidade do Grande Rio, Arody Herdy, que manifestou o interesse em implementar um polo da instituição em Campos para ofertar cursos de pós-graduação e extensão na área da saúde. Firmou-se, então, uma parceria e o prédio foi reformado para receber alunos e professores. “O edifício estava bastante danificado e, por isso, contratamos uma empresa especializada em restauração para adaptá-lo às novas atividades, não mais financeiras, mas educacionais, sem perder suas características arquitetônicas”, conta Martha. Acontece que, após três anos de funcionamento, o Grupo IMNE decidiu romper o acordo com a Universidade e, em 2008, o prédio voltou a ser fechado. Terceira Via A posse de um edifício desse porte no Centro da cidade resgatou o sonho antigo do presidente do Grupo IMNE, Dr. Herbert Sidney Neves, de criar um veículo de comunicação. A princípio, esse sonhado jornal circularia em versão impressa e sua sede estaria situada em um terreno na Avenida 28 de Março. Contudo, após o fechamento do polo universitário, Dr. Herbert viu na edificação o potencial para hospedar um empreendimento inovador. Após uma segunda reforma, em 2012, foi lançado o Jornal Online Terceira Via. Em relação à estrutura, alguns elementos foram mantidos intactos, como o assoalho em madeira, a escada caracol e o emblemático teto com ornamentos em gesso e a inscrição “1896”, que registra a importância histórica do prédio. Hoje, no primeiro piso se situa o foyer, onde visitantes e entrevistados são recebidos. No segundo, um mezanino, construído posteriormente, está parte dos estúdios de gravação da 3ª Via TV, e no terceiro piso, encontra-se a redação de jornalismo, além dos setores comercial e administrativo do Sistema de Comunicação. Segundo Martha, a função atual do prédio resgata sua magnitude e seu prestígio. “Jornalismo é cultura. Nada mais natural que fazer jornalismo em Campos, em um local com tanta história e relevância para a nossa cidade”, conclui.



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@priscylabezerra

AGENDA AÍ

FLAGRA FASHION

DIA DO MÉDICO 18 DE OUTUBRO

DRA. ÉRIKA GUERRA é médica e muito bem formada na UFRJ, cirurgiã plástica especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

EU MESMA | De pijama por aí.

VIVA

Carioca, casadíssima com o também médico ortopedista André Bousquet, e mãe de 2 meninos lindos. Discreta e

JOSÉ GUILHERME

sempre muito educada, Erika é exceção na área de cirurgia plástica, pois tem toda a

Eduardo Castelo Branco comemorando 1 aninho do seu primeiro filho ao lado de Thomaz Bezerra

sensibilidade e olhar feminino com base na sua formação impecável. Parabéns pelo seu dia e excelência em tudo que faz. Sucesso!

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Um novo capítulo na história da dermatologia brasileira. Assim pode ser definido o lançamento da linha Skin Savers, da U.SK Under Skin, que auxilia os dermatologistas a maximizar o revolucionário método de Drug Delivery a obter o melhor de cada ativo e molécula, agindo diretamente no local da aplicação. Clarify Booster, Acne Control, Age Defense, Firmness Booster, Hydra Balance e Hair Growthforam desenvolvidos a partir de combinações de ativos clássicos e inovadores para promover eficácia e segurança e entregar os mais positivos resultados no tratamento de melasma e hiperpigmentação; acne; rejuvenescimento de pele fotoexposta e madura; flacidez; recuperação de danos e cicatrização; e melhora na ancoragem e densidade capilar e qualidade dos fios. O crescimento exponencial do mercado e a busca cada vez maior pela melhora da autoestima e da beleza fazem com que novos métodos de entrega, com uma maior eficiência, sejam necessários para otimizar o resultado destas moléculas ativas. Os seis produtos foram desenvolvidos de acordo com o conceito de Drug Delivery. Essa é uma técnica que facilita a entrada Paula Marsicano e potencializa a penetração de ativos na pele. A aplicação dos produtos da linha Skin Savers é feita topicamente, logo após Dermatologia Integrada a utilização de qualquer procedimento que altere a permeabilidade de barreira da pele. A linha foi desenvolvida unindo o Rua Voluntários da Pátria 500 sala 108 Ed. Platinum Tel: 22 3026-1819 que há de mais moderno em ciência e tecnologia com ativos clássicos da dermatologia. Com infinitas possibilidades de @paulamarsicano indicações e tecnologias associadas e ativos entregues juntos ou separados.

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Mood PRA VIDA

Tá aí a duplinha que eu tenho priorizado nos últimos tempos: Conforto e estilo! O estilo comfy nada mais é do que aquela roupa versátil, confortável o bastante para ficar em casa e ao mesmo tempo bem vestida para sair.

E longe de ser algo passageiro, tende a ficar na moda mesmo quando retornarmos a rotina "normal". Nessa tendência as peças que mais se destacam são as calças jogger, peças de moletom, conjuntos de viscose tudo com um sapato confortável como mocassim ou tênis.

Look @slywear

DIQUINHA DE PROTETOR Há uns 15 dias atrás eu comecei a usar o protetor extreme color da profuse e amei o resultado. Minha pele é sensível e as vezes oleosa na zona T, mas com esse protetor toque seco consegui um efeito ótimo de uniformização da minha pele com alta proteção. E consigo até substituir a base na hora da make. Amei o efeito. Fica a dica para quem está querendo testar um protetor bacana também.


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Cultura em pauta Na edição do nosso programa, do último dia 29, estreamos o quadro Cultura em Pauta, que toda semana recebe um candidato a Prefeitura de Campos para falar sobre seus planos para o setor cultural da nossa cidade. O primeiro entrevistado foi o Deputado Federal, Wladimir Garotinho, o segundo Dr. Bruno Calil, o terceiro Caio Viana e na próxima terça-feira, 20, exibiremos no programa ao vivo, às 19:30, a quarta e última entrevista do quadro com o prefeito, candidato a reeleição, Rafael Diniz. Ao longo da semana, o programa é reprisado na grade da TV Terceira Via.O programa pode ser visto pelo site tvterceiravia.com.br; pelo aplicativo Terceira Via para Android e iPhone ou pelos canais disponíveis em Campos: Claro (canal 2); Sumicity (canal 59); SF Net (canal 32); Ver TV (canal 25), além dos aplicativos da TV Terceira Via e Sumicity Play, e redes sociais da 3ª Via TV no Instagram Facebook e YouTube. A programação é transmitida para 59 cidades dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Confira os horários da atração durante a semana.

Linda e cheia de charme, Dávila Novas, aniversariante da última semana

Audiovisual

Alex Duarte, esse sabe aproveitar como ninguém os dias de sol

O músico campista Gabriel Araújo lançou o projeto audiovisual chamado: “Vela de Areia & a Dança da Faca" em colaboração com o artista plástico, Marcelo Daki, que é de Goiânia (GO). O lançamento aconteceu na última quarta feira e pode ser visto nas redes sociais @bielzebuh.

Sem dúvidas, ela é para mim uma das mais estilosas dessa nova geração, Maria Eduarda Lopes Minha parceira que esbanja estilo e talento, Luanna Pacheco

Leia para uma criança Pelo décimo ano consecutivo, os Correios são responsáveis pela distribuição dos livros infantis da campanha “Leia para uma criança”, promovida pelo Itaú Social. Em 2020, serão enviados um total de 3,6 milhões de livros, 5 mil exemplares com recursos de acessibilidade e 4 mil em braille. Nessa década de parceria, os Correios já distribuíram mais de 57 milhões de livros impressos. A empresa realiza a entrega por diferentes modalidades de postagem, como SEDEX, PAC e Mala Direta, e oferece todo o suporte logístico, desde a solicitação, até tratamento, expedição e distribuição dos livros. Coleção 2020 – A coleção deste ano é composta por dois livros: “A Visita”, de Antje Damn, e “Com que roupa irei para a Festa do Rei?”, de Tino Freitas e Tonit Zilberman, além das coleções regulares, em braille e as com recursos de acessibilidade. As obras podem ser solicitadas até enquanto durarem os estoques, na página 'Leia para uma Criança'.


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Reviver...Reviver...

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coluna de hoje traz até vocês, leitores, uma das pessoas mais queridas da nossa cidade. Impôs perante a uma sociedade preconceituosa e machista. Vamos reviver o colunista social que fez a diferença. Negro, filho adotado e homoxesual, requisitos suficientes para sua vida dar errado. José Carlos Pereira Campos (Caquinho), como era chamado carinhosamente, ganhou respeito dos campistas.

Caquinho com Rawlson Raoult de Thuin e a pintora Lelli de Orleans e Bragança

Caquinho com a mãe Pepenha e a irmã Ana Maria Coutinho

candinhovasconcellos@gmail.com

Amigos Silvinha Salgado e Caquinho

O iluminado José Carlos Pereira Campos Bacharel em Direito, não chegou a exercer a profissão. Viu no jornalismo um viés para sua sobrevivência. E deu certo. Após passagem rápida pela Folha do Comércio, Hervé Salgado Rodrigues o convidou para assumir uma página no seu jornal, A Notícia. Passou a preencher a lacuna deixada pela conceituada jornalista Ângela Bastos que, à época, acabara de se mudar para São Paulo. Estamos falando da década de 70. Hervé foi massacrado pela sociedade, a qual não aprovava um negro assumir tal papel. Daí acontece um fato curioso. Hervé faz uma ligação telefônica para Caquinho convidando-o para um café. De pronto aceitou o convite. Com o braço em seu ombro (dele), Hervé adentra o Café do Ceceu, no Boulevard, um dos pontos mais frequentados por jornalistas, políticos, empresários, intelectuais... Diante dessa atitude, Hervé fez calar a voz nauseada da sociedade. Ao lado da também jornalista Silvia Salgado, Caquinho passa a assinar, a quatro mãos, uma página no jornal de Hervé. Ele falando do frisson dos colunáveis e Silvia de política e economia. As “notinhas” tomaram conta da coluna numa mesclagem de assuntos que iam desde a seriedade de uma votação parlamentar aos “brilhos e paetês” dos vestidos usados em um premier de cinema, por exemplo. Caquinho era bem informado e possuidor de um caráter aprazível. A coluna social, de notas ou de variedades, se transformou em um espaço onde era possível saber de tudo um “pouquinho”. Se o interesse é moda, existe lá uma dica das cores que serão usadas na estação. Se o leitor quer saber como anda a economia de sua cidade, encontra ali uma nota sobre a indústria, ou o comércio. E, se quisesse colaborar com informações, poderia fazê-las através de contato telefônico.

Com o cantor Emílio Santiago

Caquinho e Elimar Santos em São João da Barra

Com Cecília Lysandro e Sérgio Bainha

Com Fernandinho Gomes

Com Magda Gomes

Com Monique Evans e Claudinho Campos na boate Metrô

Com Márcia Bueno e Eduardo Jamil Mussa

Com a jornalista Ângela Bastos

Com a sobrinha Luana Campos

Com o antropólogo, escritor, sociólogo e político, Darcy Ribeiro

Caquinho e Sid Freitas celebrando aniversário dela

Recebendo troféu das mãos de Rodrigo Magalhães. Ainda na foto Graziella Aquino Cruz

Amigos desde sempre Caquinho e Viviane de Aquino

Com Alcinea Lima

Foi pioneiro em assinar uma coluna jovem, 'Turma do Brim'. Promovia anualmente festas de Natal, em vermelho e branco, prestigiada pelos jovens 'dourados' da nossa cidade. Realizou cursos de manequim, beleza, moda e etiqueta. Lançou Denny Jô no mundo da moda que veio ganhar notoriedade no Rio de Janeiro, ficando responsável por produzir as garotas do Fantástico. Realizou uma das festas mais badaladas da época, a 'Noite das Panteras', na extinta boate Metrô, com presença de modelos famosas, dentre elas, Fátima Cotrofe. Já consagrado colunista, nunca usou seu conhecimento e prestígio para tirar vantagens. Era ético e de elegância ímpar. Vestia-se impecavelmente. Ele mesmo produzia seus modelos. Parecia lembrar um 'Rei Africano'.

Com Ilsan Viana em noite a fantasia

Pepenha e Antero Coutinho, seus pais adotivos, sempre apoiaram suas iniciativas. Um momento marcante em sua vida se deu com o nascimento da única sobrinha, Luana, filha de Ana Maria e Lúcio Campos. O grande José Carlos Pereira Campos era "fonte da juventude", e sua coluna era o que o mantinha vivo para desfrutar as boas coisas da vida e a família. Para ele a coluna social era apenas um nome. Diariamente, precisou dosar bom humor com críticas, alguma filosofia, tiradas inteligentes, julgamentos e observações. Sempre objetivando proporcionar notícias claras e objetivas. Caquinho, temos de ter saudade da sua gostosa felicidade! Ficamos aqui lembrando dos doces momentos que compartilhamos juntos. Saudade!

Com Mariana Dias Bousquet Faria



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18 A 24 DE OUTUBRO DE 2020

GENTE BACANA GPS SOCIAL

Maria Lúcia e Marcos Freire com os filhos Bernardo e Guilherme, no batizado da neta Antônia. Também na foto o neto Pedro Henrique e as noras Camila Ribeiro e Thalita Viana, que é mãe da Antônia.

Por Atafona, Janine Raposo posa para o amigo e fotógrafo Estevão, tendo como pano de fundo a beleza da praia sanjoanense

OUTUBRO ROSA No mês de alerta ao cuidado e prevenção ao câncer de mama, o Grupo IMNE Oncologia está promovendo uma sequência de lives, todas as quintas-feiras de outubro. Essa semana, a mastologista Maria Nagime e o oncologista clínico Diogo Neves se encontram a partir das 19h no Instagram @grupoimneoncologia para uma rodada de perguntas e respostas sobre a doença e tratamentos. Todos podem participar e enviar as dúvidas. Na última semana do mês, Maria Nagime conversa com a nutricionista oncológica do grupo, Dalila Dutra, sobre câncer e alimentação, uma combinação que ajuda a salvar vidas e a prevenir doenças! Sigam e compartilhem!

Antônia, cercada do amor das avós Maria Lúcia Barbosa e Adelma Viana e as bisavós Zaira Barbosa e Dirce Freire.

VIVA ELE! Depois de comemorar em Búzios, ao lado da mulher Liene os 20 anos de casados, o cirurgião plástico Carlos Henrique Aquino Barbosa, está sendo festejado. Desta vez pelo Dia do Médico, profissão que atua com excelência, com muita honra e orgulho.

Jussara e Marcio Cuco Padrão, comemorando os 19 anos de casados.

PROFUNDIDADE

BOA VIAGEM A mulher da moda Fernanda Paes Frazão está lá pelo norte do país, em Belém do Pará, passeando, conhecendo a bela imensidão de rios, florestas, tomando açaí, comendo tacacá, totalmente entregue a cultura do lugar. Amou o sorvete de castanha com abacate. Fernanda ama o Brasil e viaja por aí desbravando nossa diversidade. Desde o ano passado queria estar por lá no Círio de Nazaré, mas com a pandemia não pode ver a procissão e participar das festas. Um lugar é de muita fé católica, com alto falantes em oração do terço pelas ruas e prédios com altares com Nossa Senhora. Amou ver as artes em marajoara e trazer o que podia para a casa de praia.

INCLUSÃO Com a Palavra... Cláudia Azevedo, irmã do querido Paulinho, inteligente, amoroso e bacana, que tem síndrome de down. "Eu gostaria de expor uma situação. Se seus filhos não convivem com crianças com necessidades especiais na escola e nunca foram ensinados que nem todo mundo é igual, talvez você deva gastar 10 minutos hoje à noite para explicar isso para eles, porque, embora eles não convivam atualmente com essas crianças na escola, eles as encontrarão em suas vidas certamente. À luz dos eventos recentes sobre a exclusão de uma criança com autismo de participar de uma viagem escolar e uma criança com Síndrome de Down ser expulsa da aula de dança porque ela não conseguia acompanhar, sinto a necessidade de compartilhar isso. Há meninos e meninas que ninguém convida para festas de aniversário. Existem crianças especiais que querem pertencer a uma equipe, mas não são selecionadas porque é mais importante vencer do que incluir essas crianças. Crianças com necessidades especiais não são esquisitas ou estranhas, elas só querem o que todo mundo quer: serem aceitas! Por favor, ensinem os filhos de vocês a serem gentis com essas lindas crianças! Todo mundo precisa de amor e bondade"

Nosso Fábio Paes, que comanda este Sistema Terceira Via com pulsos firmes e fortes, foi ao encontro das águas da costa baiana. Seguiu com os amigos Emil Baracat e Marcos Vasconcelos para Caravelas, onde o grupo foi mergulhar em Abrolhos, lugar perfeito para o esporte e para quem tem paixao pela natureza. O arquipélago de Abrolhos protege o maior banco de corais e o berçário das baleias jubartes do Atlântico Sul, além de espécies de tartarugas marinhas, aves marinhas e uma infinidade de peixes e invertebrados que compõem a maior biodiversidade marinha do Brasil e do Atlântico Sul, representa um marco para a conservação marinha no país e a região é a maior biodiversidade marinha do Brasil.

CRISE A L'Oréal planeia fechar lojas nos EUA a fim de reestruturar as atividades da divisão de luxo: Lancôme, Kiehl’s, Yves Saint Laurent e outras. Essa reorganização, que ocorrerá nos próximos seis meses, afetará 400 funcionários, alguns dos quais serão transferidos. Face às mudanças nos hábitos de compra dos americanos, que frequentam cada vez menos as lojas físicas, a divisão de luxo da L'Oréal US investirá, portanto, em áreas de alto crescimento, como o e-commerce e o digital de forma geral. Em 2019, a gigante global do setor da beleza, L’Oréal, sofreu uma queda de 0,8% nas vendas nos EUA, para 7,5 bilhões de euros. No entanto, a L'Oréal não é o único player global de beleza a reestruturar-se para enfrentar a crise. O grupo americano de cosméticos, Estée Lauder, anunciou em agosto o corte de 1.500 a 2.000 empregos


Foto: Igor Gomes

Click lindo da musa perfeitona, Júlia Abud, na Urban Lights em Los Angeles. Essa mulher para o universo!

E

Pronta para a reestreia

ngraçado como o tempo vai nos ajudando a reconhecer características nossas que já estavam presentes ali, o tempo todo, mas que passavam batido em meio às armadilhas da juventude. Essas características, muitas das vezes, compõem o nosso profissional e determinam muito da gente. Trabalhei um bom tempo com vendas nos negócios da família, afinal de contas aquilo também era meu. Durante esse processo, me vi uma comunicadora e foi como tinha que ser: natural. 'Para trabalhar com vendas é necessário se comunicar bem', ouvia isso sempre. Mas para mim, o bom vendedor tinha mesmo é que ser um pouco de cada coisa e a magia estava justamente nisso. Me tornei publicitária porque entendi que aproveitaria melhor essas forças, e eu tinha muitos sonhos dentro de mim. Um deles, talvez o mais premente, era o de fazer televisão. Sempre usei minha imagem, né? Portanto, era inevitável me imaginar à frente de um quadro, quiçá de um programa.. Há 8 anos veio o convite da Terceira Via. O desafio havia sido lançado. Fui tão bem acolhida que até hoje não me vejo em outro lugar. Amo me comunicar e me sinto grata pelas oportunidades que me foram dadas. Hoje, olhando de forma geral e sensata pro caminho que escolhi, vejo que tomei a decisão certa. Sim, os acontecimentos do ano mudaram meus planos (acho que os seus também, né?) e para uma virginiana, não foi nada fácil desconstruir meu ideal. Ainda bem que o tempo é mesmo o melhor remédio para tudo. Foi importante esse momento. Estou pronta, segura e cheia de saudade dessa energia e da minha equipe. Estamos redefinindo os ajustes finais e prometo que vem coisa muito bacana por aí. Não vejo a hora de curtir mais esse momento com vocês, afinal de contas, felicidade só é real quando compartilhada. Cheers!

Kelly Pinheiro num cenário de tirar o fôlego

A beleza deslumbrante de Milena Joviniano

Rodrigo Maia e Chris Almeida, conectados com a natureza

Luísa Cruz é um poço de beleza, sensibilidade e conteúdo


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