Jornal Terceira Via 210

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 01 A 07 DE NOVEMBRO DE 2020

Nas bancas por R$ 1,50

•

NÚMERO 210 Foto: Silvana Rust

Geane Vincler lidera disputa com mais de 40% das intenções de voto para a prefeitura de Cardoso Moreira

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Campos tem vinte mil servidores públicos

Candidatos a prefeito de Campos expõem suas propostas para o funcionalismo, que consome quase R$ 1 bilhão por ano do orçamento municipal PÁGINA 03

ENTREVISTA

Candidato a prefeito de Campos

Jonathan Paes

O museu de Dib's Hauaji ALOYSIO BALBI

Ambicioso em suas ideias, ele quer transformar Campos em uma espécie de Zona Franca, com a montagem de várias Zonas Especiais de Negócios -ZEN-. Fala com entusiasmo sobre o agronegócio, apontando esse segmento como solução de curto prazo para que Campos volte a produzir. Rasga elogios ao seu vice, o médico Constantino Ferreira, servidor municipal com mais de 40 anos de função. Segundo ele, o seu vice vai cuidar da Saúde e também da relação da prefeitura com os servidores. PÁGINA 07

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Ator e leitor

da Vida

Sociedade organizada apoia o debate promovido pelo Terceira Via no dia 11

O campista Jorge Hissa tem se destacado no teatro e no cinema, com o curta premiado "Depois que te vi" CAPA

Entidades ressaltam o compromisso democrático PÁGINA 12

Coluna Personas com Engracia Fernanda

Bispo Dom Roberto aborda assuntos polêmicos na 3ª Via TV

CANDINHO VASCONCELLOS

Participação foi no programa "A Polêmica" com o jornalista Marcos Curvello PÁGINA 08

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Michelle Tavares na coluna de Fábio Abud PÁGINA 12

Especialista destaca as verdades e mitos sobre a obesidade e a covid-19 A médica Patrícia Peixoto alerta sobre a doença

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Especial

01 A 07 DE NOVEMBRO DE 2020

Foto: Silvana Rust

Servidores esperam reconhecimento

Segundo presidente do Siprosep, remuneração da categoria está defasada e faltam condições de trabalho Marcos Curvello e Priscilla Alves Frequentador assíduo do noticiário político de Campos ao longo dos últimos anos, com manifestações e greves, o funcionalismo público municipal ouve com atenção as propostas dos candidatos a prefeito para a categoria. A categoria consome cerca de R$ 1 bilhão por ano dos cofres públicos, mas ainda assim está sem reposição salarial há quatro anos e sem reajuste há oito. Os servidores sentem no bolso a crise de caixa do Executivo.

Segundo a prefeitura de Campos, o município possui cerca de 20 mil servidores, entre ativos, aposentados e pensionistas, sendo 4.600 aposentados e pensionistas. Tanto servidores estatutários como comissionados e prestadores de serviços que atuam em Regime de Pagamento Autônomo (RPA) constam no Portal da Transparência. O número de prestadores de serviço é variável por ser temporário.

"Todos os servidores públicos municipais estão com as letras de promoção e progressão em atraso há seis anos. Isso tem trazido um déficit salarial muito grande para os servidores chegando a perda de 30% do salário em média. Neste ano de pandemia, foram obrigados a amargar parcelamento dos proventos com datas incertas", afirma Elaine Leão, presidente do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep).

De acordo com a sindicalista, o funcionalismo vive um momento de incertezas com os sinais de arrefecimento da produção de petróleo, que sempre apareceu como fiadora do futuro econômico do Município. Ela manifesta desconfiança das propostas ventiladas pelos candidatos durante a campanha eleitoral — "não passa de pura promessa" — e diz o que o servidor espera para os próximos anos: "reconhecimento da classe enquanto fundamental a população, com melhores salários, respeito, dignidade e condições de trabalho".

CLÁUDIO RANGEL (PMN) Eu quero ser justo e verdadeiro com o servidor público municipal, seja ele concursado ou RPA. Se o servidor trabalha, ele tem que receber. Todos eles têm seus compromissos, e eu preciso honrar o meu com eles.

ALEXANDRE TADEU TÔ CONTIGO (REP) Entendo que não existe administração pública sem o servidor público. Vou manter diálogo constante com a categoria. Dar condições de trabalho para que possam executar de forma plena suas funções. Sabemos que a defasagem salarial gira em torno de 27% e não vou medir esforços para que isso seja corrigido. Vamos fazer uma auditoria nas contas públicas para saber como se encontra o caixa da Prefeitura e a folha de pagamento.

Temos que enxugar e permanecer somente com aqueles que realmente trabalham. Vamos eliminar o "cabide de emprego" e deixar apenas aqueles que querem resgatar a cidade de Campos. Aquele que não estiver empenhado em promover o desenvolvimento da cidade, com esse eu não conto no meu governo.

DR. BRUNO CALIL (SD) O servidor não pode ser tratado como inimigo. Ele é patrimônio da Prefeitura. Vou capacitar os servidores e incentivá-los, para que tenhamos pessoas motivadas a atuar em nosso projeto de reconstruir a nossa cidade. A folha de pagamento é um assunto importante, afinal, quem trabalha precisa receber em dia. Nossa equipe estuda forma de equacionar o déficit orçamentário e cumprir os compromissos assumidos.

Há que se cortar despesas, bem como aumentar receitas. Mas falar em corte de servidores como solução mágica é precipitado e sem embasamento. Quanto aos RPAs, é importante garantir o pagamento aos que trabalham. Não admitiremos fantasmas, é claro, mas o raciocínio é o mesmo. Não podemos generalizar e culpar os servidores pelo caos instaurado pelas últimas gestões.

CAIO VIANNA (PDT) Para que o dinheiro volte a circular na nossa cidade, é importantíssimo pagar os funcionários públicos em dia. Não tem condições do servidor público — seja RPA, aposentado ou pensionista — ficar meses sem receber, com salário e 13º atrasados. Isso é inadmissível. Tira dinheiro da economia. Vamos dar um choque de gestão e arrumar a casa.

Algumas pessoas pensam que o caminho é demitir funcionário.

Nós discordamos. Essa não é a medida que vamos tomar. Vamos garantir os repasses para o Instituto de Previdência do Município e a estruturação de salários e carreira de todas as categorias de servidores. Além disso, vamos valorizar, estimular e capacitar o servidor público municipal em tecnologia para melhorar o atendimento ao cidadão.

DR. CARLA WALESKA (PSDB) A valorização do funcionalismo será sempre uma prioridade, seja através da oferta de melhores condições de trabalho e salário.

Iremos promover a readequação de cargos e carreiras, e incentivar a capacitação profissional.

Reajustes dependerão de uma criteriosa análise das finanças do município. Manter o salário do funcionário, assim como dos aposentados, sempre será o nosso foco. Acreditamos que os serviços prestados pelos RPAs é de suma importância. Porém, sabemos da necessidade de oferecer trabalho digno através de concursos públicos e/ou contratação por licitação de empresas idôneas. Iremos mapear o quantitativo de RPAs, e onde desempenham suas funções para, posteriormente, determinarmos a real necessidade do município.

JONATHAN PAES (PMB) Propomos a valorização dos servidores públicos, com plano de carreira e reajuste salarial após o equilíbrio financeiro do Município. Precisamos solucionar o rombo do PreviCampos deixado pelas gestões passadas, e promover um repasse patronal para manter os salários dos aposentados em dia. Faremos de tudo para oferecer melhores condições de trabalho aos servidores. Quanto aos RPAs, nossa luta não é contra quem trabalha, pelo contrário, queremos valorizar quem realmente trabalha e quem sustenta o funcionalismo público de nossa cidade. Não compactuamos com as práticas dos políticos que utilizam RPAs como massa de manobra e cabide de emprego. Queremos dar dignidade a quem trabalha e investir em quem é responsável pelo bom funcionamento do serviço público.

ODISSEIA CARVALHO (PT) Os servidores serão prioridade.

Faço parte da classe há anos.

Entre nossas principais propostas estão o compromisso de não aumentar a alíquota previdenciária; enxugamento de DAS comissionados; abertura de mais concursos públicos; e a inclusão de todas as categorias no plano de cargos e salários. O reajuste salarial é um direito que está sendo negado e precisa ocorrer com urgência. Com o enxugamento da máquina, é possível.

Temos estudos dos professores que nos assessoram que apontam cortes nos RPAs, mas com cuidado para não prejudicar os reais trabalhadores RPAs, enxugando apenas cargos que distribuídos por afinidade política. É possível mediar esta relação e pagar a todos em dia, bastando ter gestão profissional, honesta e preocupada com os trabalhadores.

PROFESSORA NATÁLIA (PSOL) O servidor público é responsável pela implementação de todas as políticas públicas. Portanto, reafirmamos nosso compromisso de valorização e defesa do servidor. Vamos manter a folha em dia, retornar a data-base do pagamento para o final do mês, e reestruturar o plano de carreiras e vencimentos para estimular o desenvolvimento acadêmico e profissional de nossos servidores. Iremos priorizar servidores para os cargos de DAS, reduzindo o impacto financeiro nas contas do município. Realizar concursos para vagas que hoje são ocupadas por RPAs; não para cortar serviços, mas para lhe dar dignidade, sendo prestado por um profissional mais motivado.

E vamos propor ao Legislativo a redução dos vencimentos dos cargos DAS, inclusive, a da chefe do Executivo, a prefeita.

RAFAEL DINIZ (CDN) Como sempre disse: o servidor público é o maior patrimônio da prefeitura. Prefeitos passam e eles sempre estarão atendendo a população. Campos paga hoje por anos de corrupção, e ainda vive uma crise financeira sem precedentes, o que nos impossibilitou dar o merecido reajuste aos servidores. Em meio à escassez de recursos, o salário do servidor é sempre o primeiro pagamento a ser realizado. O orçamento de Campos é de R$ 1,7 bilhão, somente a folha de pagamento é de R$ 1,1 bilhão. Administrar Campos hoje não é fazer o que se quer, mas o que é necessário e possível. Vamos ampliar a reestruturação das carreiras e seguir com a recuperação do PreviCampos. Cortes de RPAs e comissionados foram feitos desde o primeiro dia do nosso governo, enxugando a máquina.

ROBERTO HENRIQUES (PCDOB) Um dos meus primeiros atos administrativos será reconhecer a emancipação financeira, jurídica e administrativa do PreviCampos. Vou nomear diretores eleitos pelos servidores ativos, aposentados e pensionistas. Ninguém melhor do que os servidores para cuidar de sua previdência. Assumi, também, o compromisso da participação de representantes do Siprosep, do Sepe, do Sindicato dos Médicos e de outras categorias nas reuniões avaliativas mensais da minha equipe técnica de recuperação da receita municipal, visando transparência nas negociações salariais. No meu Governo será abolida a contratação por RPA, porque esse sistema precariza os direitos trabalhistas e humilha pessoas. Na impossibilidade dos concursos, licitaremos terceirizações com critérios e sem indicações.

WLADIMIR GAROTINHO (PSD) Primeiro, vamos mapear a situação do momento e, a partir daí, começar a trabalhar. Implantaremos um programa permanente de qualificação e valorização do Servidor Público Municipal para resgate da auto-estima; o fortalecimento dos laços internos, ampliação da produtividade e da eficiência. Um modelo de gestão compromissado com a aplicação ética e racional de recursos físicos, humanos e financeiros, colocando as pessoas em primeiro lugar. Uma administração pública em que o diálogo será permanente para integrar, recuperar, transformar e impulsionar o Município.

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AloysioBalbi Com Girlane Rodrigues

Valente Tatiana Na sua versão online essa coluna noticiou no meio da semana, que a fisioterapeuta respiratória campista, Tatiana Fraga, 45 anos é uma das milhares de pessoas no mundo que se voluntariou para os testes da vacina chinesa Corona Vac, contra a Covid-19, que está no epicentro de um debate no Brasil. Ela tomou duas doses da vacina ou do placebo aplicadas pelo Instituto Butantan, de São Paulo, que foi parceiro da China na produção desta vacina. Tatiana é monitorada diariamente pelo Butantan e está super bem.

Outros voluntários do Corona Vac A novidade sobre esse assunto, é que não foi somente a corajosa Tatiana Fraga que se voluntariou para as pesquisas em Campos.

Um médico, juntamente com a esposa também se voluntariaram, assim como pelo menos outros sete, todos profissionais da linha de frente, ou seja, da área de saúde. Brava e corajosa gente que merece todo respeito e admiração.

Shopping antes da ponte?

Moradores de São Francisco do Itabapoana comemorando o lançamento da pedra fundamental no primeiro Shopping da cidade, que contará com cinema, lojas âncoras, academia de ginástica e até uma universidade. Por outro lado, cobram uma definição sobre a conclusão da ponte da Integração, ligando o município a São João da Barra. Segundo eles, se o shopping for inaugurado antes da ponte será um mico para os políticos.

Retomando Depois de interromper suas atividades durante a pandemia, o Centro de Infertilidade do Norte Fluminense, dirigido pelo médico Francisco Colluci, gradativamente vai retomando a sua rotina, seguindo rigorosamente os protocolos. Durante o período de suspensão das atividades, o Centro recebeu através de redes sociais, pedidos de informações de centenas de pessoas interessadas no serviço.

cluindo as lagoas do Açu, Salgado, Maria da Rosa e Canto das Pedras. São lugares que nem mesmo os nativos conhecem. Uma opção para os que curtem oscilar a adrenalina.

Madeira no comércio O segundo mandato do empresário Roberto Viana à frente do Sindicato do Comércio Varejista de Campos – Sindivarejo- está terminando, e não cabe reeleição. Tudo indica que ele poderá ser substituído por aclamação pelo empresário Marco Antônio de Souza Gomes, o Marquinhos Madeira que tem tido uma participação expressiva na luta pelas demandas do comércio em Campos.

Salvou o Natal O empresário Renato Abreu não para. Provedor da Imperial Irmandade da Igreja da Glória, no Rio de Janeiro, ele está construindo no Outeiro uma árvore de Natal de 25 metros de altura e um presépio. Tudo será inaugurado no próximo dia 7.

Vai desta forma salvar o cenário do Natal do carioca, que esse ano, por conta da pandemia, não terá a tradicional árvore de Natal na Lagoa Rodrigo de Freitas. Como se diz por ai.

Na sua rolleiflex Dib's Hauaji, o maior colecionar de máquinas fotográficas do país, está montando com recursos próprios um verdadeiro museu em Campos, obviamente o museu das câmeras fotográficas.

São mais de mil máquinas de todo o mundo e de todas as épocas. O grande Dib's quer se tornar o maior colecionador do mundo, e deve estar faltando só um pouquinho para isso.

Adventure a lá Açu O Açu além do porto quer se notabilizar no turismo de aventura.

Ganhou o Sannudy Adventure, onde é possível se hospedar com conforto para enfrentar trilhas guiadas em meio à natureza, in-

Opinião

D

Prefeito eleito será servidor

emonizados em todos os níveis – municipais, estaduais e federais – como os consumidores da maior parte da arrecadação de impostos, os servidores públicos que na última sexta-feira comemoraram o seu dia, estão na pauta dos candidatos à prefeitura de Campos.

Muitos garantem que no caso de Campos, a folha de pagamento que monta a quase R$ 1 bi, é um dos entraves para uma frente de investimentos em obras públicas. Mas cabe certamente, uma série de defesas, porque a culpa do inchaço da folha deve ser atribuída ao acumulo de gestões que não respeitaram a lei de responsabilidade fiscal, contratando acima do permitido.

A reportagem Especial desta edição, assinada pelos jornalistas Marcos Curvello e Priscilla Alves, expõe a opinião

de cada um dos 10 candidatos à prefeitura sobre esse delicado tema.

Em tese, todos concordam que os servidores não têm culpa pela crise financeira, mas concordam ser necessário uma adequação. O problema é complexo, e fazer essa conta fechar é uma tarefa desafiadora, e esse talvez, seja o maior desafio do futuro prefeito.

Uma cidade do porte de Campos para atender às demandas de serviços, tem que ter um número expressivo de servidores, mas, é preciso respeitar o teto. Se o futuro prefeito se comportar como um servidor público, como deve ser, talvez ele tenha sensibilidade para resolver o problema, ou com corte na própria carne, ou criando condições de arrecadação para manter os funcionários efetivos.

Minha experiência com o SUS

P

rezados leitores, o ofício de escrever um artigo ou crônica, a cada semana, exige da pessoa que o faz estar atento aos fatos da vida cotidiana para que o texto seja do interesse do leitor. Algumas vezes, fujo dessa norma e escrevo sobre sentimentos, memórias da infância, leitura, etc, mas sempre com o desejo de proporcionar a quem lê alguma reflexão ou outro olhar sobre o tema.

A pergunta recorrente de quem escreve é sempre a mesma: sobre o que irei tratar? Mas há temas que se impõem, como por exemplo, o decreto número 10.530/20 editado esta semana pelo governo. Trata-se da inserção da política de desenvolvimento do setor de atenção primária do Sistema Único de Saúde no programa de concessões e privatizações da União. O decreto foi revogado logo em seguida, devido a duras críticas por meio das redes sociais e dos meios de comunicação. Muitos políticos também se pronunciaram contra a medida.

Embora o governo tenha dito que o espírito do decreto não era de privatização, essa intenção/ação é uma janela aberta para que isso aconteça.

Em meio a uma terrível pandemia, considerar essa possibilidade de “parceria” com a iniciativa privada é, no mínimo, estarrecedora.

Mas o que esperar de um governo ultraliberal que defende o Estado mínimo e o desmonte de direitos sociais, trabalhistas e individuais conquistados a duras penas?

A minha experiência com o SUS vai além das importantes vacinas.

Minha neta, hoje com 17 anos, teve câncer na glândula suprarrenal aos três. Tal enfermidade foi sinalizada pelo competentíssimo, atencioso e querido médico Dr. Francisco Arthur de Souza Oliveira, o doutor Chicão. (Faço questão do reconhecimento). Menos de uma semana, depois de pesquisar onde fazer o tratamento, optamos pelo Instituto Nacional do Câncer no Rio de Janeiro. Recebemos recomendações de vários médicos, inclusive do Dr. Paulo Hirano que muito nos ajudou nesse período. A eles, o nosso agradecimento eterno!

E assim nos encaminhamos para o setor de triagem numa segunda-feira fria e chuvosa. Em seguida, para o ambulatório e para a primeira consulta médica. O processo começou: duas cirurgias, quimioterapia, internações, injeções quase diárias para aumentar a imunidade, manutenção semanal do cateter implantado no braço, remédios, consultas médicas regulares, atendimento extra em caso de febre, além de participação de dois familiares em mesa redonda com vários médicos. Esse protocolo era para todos os pacientes sem distinção. Imaginem quanto custa um tratamento desse nível durante dois anos? Muitos lutam para ter todo o seu tratamento garantido pela assistência médica particular.

Somos testemunhas da competência, do cuidado, do carinho de todos os profissionais que ali trabalhavam/trabalham, desde a recepção à Direção da unidade hospitalar. É óbvio que o hospital era superlotado, com um ou outro problema de estrutura (poucos), porém não era carente de vontade profissional, de conhecimento e competência. Ao INCA, o meu agradecimento eterno!

Muitas vezes, entrávamos às oito da manhã para uma consulta médica e saíamos às dezessete hora. Tínhamos a paciência necessária. Mas nunca saímos do hospital frustrados. Saíamos satisfeitos e confiantes. Esse é o SUS que conheci.

E o que dizer do trabalho do Sistema Único de Saúde quanto ao atendimento às pessoas com COVID19? Sem essa rede de proteção aos mais carentes, ou não, muito mais pessoas teriam morrido, no país, além das 156.000 até o momento. Como seriam tratados?

Que invistam mais no SUS! Privatização NÃO!

O mal é inerente ao homem?

Fernando da Silveira - Professor universitário, advogado e jornalista

“Para matar o mal, é preciso ser mais cruel do que ele”. – John Dutton.

dito, façanhoso, duro o esforço de se querer o bem de todos, a bondade é ainda a melhor forma de se caminhar pelo nosso mundo. Estou convencido de que se vence a maldade com a bondade, enquanto John Dutton da epígrafe é um personagem interpretado por Kevin Costner em “Yellowstone”. o confronto da maldade com a maldade deixa as duas tão escancaradas e tão perigosas, que o bem de Vou salientemente ousar dizendo, que o relato ficcional que tomei conhecimento pela metade mentira se torna visível pelos dois lados, para os que não estão cegos. Os atinados não engolem, assim, através de respeitável jornalista e que talvez adiante vamos conhecer integralmente, poderá ter que de um lado esteja os bons e do outro os maus, segundo as perspectivas unilaterais e insanas dos cara de verdade, se focar o horror de certos aspectos da conduta humana ao longo dos milênios. E, cruentos adversários. quiçá, com tal nitidez, que pode nos levar a entender, que Stephen Bertman, o grande apologista Posso estar errado, mas sinto que a desfiguração do ser humano, em nosso tempo, é tão naudo ser humano, estava totalmente equivocado ao elogiar, nos “Oito Pilares da Sabedoria” (Sextan- seabunda, tão nojenta, que o swing, a orgia sexual em que participam dois ou mais casais, ficou na te), o desempenho tido como nobilitante do Homem em sua caminhada terrestre. moda; que os casamentos se dilaceram; que o roubo não mais envergonha os que cometem este crime,

É bem verdade que o próprio Bertman confessa “que não sabemos o que somos até nos dis- pois para alguns é até tido como ato de inteligência; que a matança de culpados e inocentes se tornou pormos a descobrir quem podemos ser”. E vai além ao dizer que “dentro de nós se esconde um poten- tão comum, tão corriqueira, que muitos se esforçam por ignorá-la; que o ódio ao Outro chegou a ganhar cial ainda não realizado, aquela pessoa que ainda iremos nos tornar”. Em face desta linha de raciocínio, naturais dimensões de sinistra relação inumana. E que os meios de comunicação de massa, em suas ousadamente vou colocar a minha colher de pau no angu para bradar, que tudo dependerá de nossa atividades ficcionais, chegam, por exemplo, até a exaltar como homem bom um personagem, que é ao sensibilidade, de nossa capacidade de amar, mormente o nosso semelhante. E, se a sensibilidade esti- mesmo tempo assassino, ladrão e benévolo chefe de família! Sim, o célebre Tony Soprano, tão festejado ver nos faltando, é imperioso agarrarmos mesmo por esperteza, no inteligente esforço de querer bem pelo populacho, que sempre baba de gozo com o inverossímil. Diante deste quadro de horror, não estaríamos na hora de reverte-lo? Não seria o momento, como dizia Bertman, de descobrirmos o Homem ao Outro.

E é exatamente com este esforço que não vamos ficar inermes, inertes diante do mal, pois, que está em nós e que não vai se curvar diante do mal? Sem, evidentemente, descer para tanto ao exemesmo atingindo o Outro, pode também nos alcançar. Daí, nem de leve devemos seguir John Dutton crável labirinto da maldade. Não vivemos a hora de voltarmos aos valores cristãos, que estão sendo reque, no relato ficcional adverte o seu filho Kayce, jovem inclinado em combater a maldade do ser hu- negados tragicamente? Orando, orando e orando a tal ponto de nos identificarmos no Outro, amando-o mano, que ele só teria êxito com este empenho, se matasse os maldosos. Frisando ainda, que “para fortemente? Não demonstraríamos, assim, que o mal não é inerente ao Homem, mas a alguns homens matar o mal, é preciso ser mais cruel do que ele”. `Por isso me agarro no amor, pois mesmo sendo inau- com letras minúsculas da pós-modernidade enlouquecida?

O

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RETA FINAL

C

om as devidas vênias aos que guardam percepção diferente, analisar possíveis resultados do pleito de 15 de novembro com base numa determinada pesquisa, no caso do Instituto Paraná, divulgada no último dia 29, é chover no molhado: basta ler os nomes que aparecem nas primeiras colocações e – com percentuais próximos – projetar que, segundo o levantamento, supostamente estarão no 2º turno. Fácil.

Só que a hipótese aventada não exigiria análise alguma – apenas reprodução do que foi coletado num determinado período. Ou, em outra vertente de entendimento, limitaria as observações sobre os números da pesquisa em si – tema bastante valioso, mas que não é alvo desta matéria.

Assente-se, não se está questionando se os percentuais coletados estão próximos ou distantes da realidade do referido período, bem como se a metodologia empregada foi a mais apropriada, ou não.

De certo, a tão longe não se está indo.

Pondera-se, tão somente, que a fotografia do jogo congelada aos 25 minutos do 2º tempo não, necessariamente, será o placar quando soar o apito final. Este, tanto poderá estar mantido, como ampliado do que mostrara anteriormente, como, ainda, ser reverso àquele resultado parcial.

Futebol – Numa analogia com o futebol, no confronto mais importante da América do Sul no ano 2019, entre Flamengo e River Plate, até aos 43 minutos do 2º tempo o time argentino vencia por 1 a 0 e aguardava o fim da partida para levantar a taça. Instantes depois terminava o jogo: 2 a 1 para o rubro-negro carioca, campeão da Libertadores.

Campanha

Num período eleitoral curto de 45 dias, os 15 restantes respondem por um terço de todo o tempo estipulado para a campanha – o que não é pouca coisa.

E, bom que se diga, a campa-

nha existe para esclarecimento e convencimento do eleitor. Entendimento em sentido contrário é o mesmo que retirar das campanhas eleitorais qualquer valor.

Erros de pesquisas – De mais a mais, não são poucos os exemplos de erros gritantes, inclusive dos dois principais e mais conceituados institutos de pesquisa do Brasil, Ibope e Datafolha.

Já mencionado aqui, em 2018 o governador afastado Witzel aparecia nas pesquisas com um terço do que era atribuído a Eduardo Paes. Mas, passou para o 2º turno com 41,3% – mais que o dobro do que somou Paes (19,56%).

Para o governo de Minas, os mesmos Ibope e Datafolha davam ampla vantagem para Antonio Anastasia, seguido por Fernando Pimentel. Mas quem chegou na frente foi Romeu Zema, com folgados 43%.

Também para o Senado mineiro, outro erro ruidoso: Dilma Rousseff, até a véspera apontada como favorita, acabou em 4º lugar.

Indecisos – Na mesma linha, há que se considerar, ainda, o quantitativo de eleitores que definem ou mudam o voto na última hora – às vezes na véspera – e, particularmente no caso específico da recente pesquisa em Campos do Paraná, o elevado percentual de indecisos (não sabem) captado na espontânea do referido instituto.

Em 2016 – Como mera ilustração, no pleito de 2016, salvo se traído o signatário pela memória, na última pesquisa realizada pelo Paraná, os candidatos Rafael Diniz e Chicão Oliveira estavam muito próximos, penso que em empate técnico, com ligeira vantagem para aquele.

Contudo, as urnas revelaram 151 mil votos para o candidato do então PPS, que venceu no 1º turno com quase o dobro dos votos dados ao conceituado médico. Logo, o resultado foi bem distinto do pesquisado, muito embora, a favor do Instituto Paraná, resida a questão da tendência de crescimento de Rafael, na oportunidade captada pelo Paraná.

CANDIDATOS A PREFEITO EM ORDEM ALFABÉTICA BRUNO CALIL (SD)

CLÁUDIO RANGEL DA BOA VIAGEM (PMN)

CAIO VIANNA (PDT)

DRA. CARLA WALESKA (PSDB)

JONATHAN PAES (PMB)

ODISSÉIA (PT)

PROFESSORA NATÁLIA (Psol)

RAFAEL DINIZ (Cidadania)

TADEU TÔ CONTIGO (Republicanos)

WLADIMIR GAROTINHO (PSD)

ROBERTO HENRIQUES (PCdoB)

Relativismo de eventual vantagem favorece a todos Os números apurados por quaisquer pesquisas são importantes e devem ser considerados pelos postulantes tanto quanto o fato de que a 15 dias do pleito, todos os candidatos têm, na teoria, as mesmas chances.

Sem entrar aqui no mérito do lado negativo da divulgação de pesquisas em qualquer lugar do Brasil que, em tese, pode influenciar o eleitor a não votar no seu candidato

favorito pela hipótese deste aparecer mal posicionado nos apanhados (assunto complexo e já tratado por esta página há algumas semanas), salvo melhor juízo, temos em Campos uma eleição aberta, face, principalmente, ao número de indecisos.

Assim, o ‘abrir das urnas’ tanto pode mostrar ampliação de votos dos concorrentes que as pesquisas mostravam na frente e, eventualmente,

definir o pleito em 15 de Novembro, como pode lançar no 2º turno postulantes que semana passada, de acordo este ou aquele instituto, apareciam em 3º, 4º, 5º, 6º lugar... e assim sucessivamente até às posições supostamente menos favorecidas.

O pleito 1976

Por questão de espaço, o signatário deixa para o próximo domingo – ou, talvez, para

o on-line do Terceira Via –, texto sobre o interessante e atípico pleito de 1976, reportado décadas depois em livro sobre política e políticos de Campos.

Só para adiantar, concorreram Rockefeller de Lima, José Alves de Azevedo, Walter Silva, Raul Linhares e Paulo Albernaz – exceto por Rock, todos de saudosa memória. Mas, o resultado inesperado e surpreendente mostra que eleição só se define com a apuração.

Política Geane Vincler lidera com folga corrida pela prefeitura de Cardoso Moreira PÁGINA

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Fotos: Divulgação

Na reta final da campanha no município, candidata dispara na liderança de acordo com pesquisa que aponta Geane com mais de 40% nas intenções de voto

Cardoso Moreira | Município com mais de 12 mil habitantes escolherá o próximo prefeito em um turno nas eleições de novembro

Da Redação Na última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Opiniun, registrada no TRE sob o nº 01522/2020, em que ouviu 800 eleitores no município de Cardoso Moreira, divulgada neste sábado, Geane Vincler, candidata pelo Partido Social Democrático (PSD) aumentou ainda mais a vantagem para os demais candidatos. A diferença de quase 14% em relação ao concorrente mais próximo mostra uma evolução consolidada, visto que a última pesquisa oficial foi realizada há apenas 15 dias. De acordo com as duas únicas pesquisas eleitorais oficiais e registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a candidata do PSD vencerá as eleições municipais com certa tranquilidade. A pesquisa realizada por meio de entrevistas pessoais em vários pontos do município no dia 27 de outubro, tem a margem de erro de 3,5% para mais e para menos, com índice de confiança de 95%.

Vereadora de oposição A pouca idade e aparência física fran-

Geane Vincler | Vereadora mais votada pode ser a nova prefeita de Cardoso zina podem até confundir, mas a ex-secretária de Assistência Social do município e a vereadora mais votada nas últimas eleições, Geane, ganhou espaço na vida política do município como oposição firme e discursos contundentes contra o atual governo municipal. Geane Vincler também soube aproveitar o poder das redes sociais para divulgar sua plataforma de governo, ainda mais agora devido às dificuldades de contato impostas pela pandemia de Covid-19, em que na atual campanha eleitoral ocasionou situações inéditas e inovadoras. Uma das estratégias adotadas pelos candidatos nessas eleições é a realização de comícios online, através das páginas oficiais no Facebook: as famosas lives.

Esse novo método de apresentar propostas aos eleitores, também foi adotado por Geane, destacando-se neste quesito.

Redes sociais Até o momento, as lives da candidata possuem a incrível média de 13,5 mil visualizações, fato que se torna ainda mais expressivo quando comparado com a população atual da cidade, de aproximadamente 12,5 mil habitantes. Porém, em sua última programação, os números ficaram bem abaixo.

A candidata teve suas expectativas frustradas devido a problemas durante a transmissão ao vivo, que impediram o prosseguimento da live, caindo por diversas vezes, até ser encerrada.

Apesar dos problemas, Geane é considerada um fenômeno nas redes sociais e também possui larga vantagem nos números apresentados em todas elas, com mais de 6 mil seguidores no Facebook e 3 mil no Instagram. Seguindo um ritmo acelerado de crescimento, tanto nas intenções de votos, quanto na internet, tudo indica que uma nova força política surgiu na região, mais especificamente em Cardoso Moreira.

Estratégia diferenciada Surpreendendo em sua estratégia de

apresentação aos eleitores, Geane decidiu contar sua vida pessoal, nas redes sociais, através de um curta metragem dividido em três partes, em uma espécie de mini documentário. O primeiro deles, chamado “Minha Vida no Campo”, conta com mais de 10 mil visualizações. Nele, a candidata conta um pouco sobre sua infância no interior de Cardoso Moreira.

pleito eleitoral de um turno no dia 15 de novembro. Até lá, muito pode acontecer no cenário político e no desenrolar das campanhas. Mesmo assim, os números favoráveis à candidata apontam para uma vitória tranquila e o município de Cardoso Moreira tem grandes chances de ter a primeira mulher no posto mais alto da gestão do município.

Rejeição Mas para além do mundo digital, Geane demonstra força também no corpo a corpo durante caminhadas nas ruas da cidade. A última pesquisa aponta também que Geane aponta com baixa rejeição, possuindo o menor índice entre os três principais candidatos, com apenas 11,34%, enquanto Neto Sardinha aparece como mais rejeitado com 39,16%, seguido em rejeição por Renatinho Medeiros, com 18,55%.

Pesquisa No levantamento onde são apresentados os nomes dos candidatos aos eleitores durante a pesquisa, Geane Vincler aparece na liderança com 41,55%, seguido por Neto Sardinha com 28,38%, Renatinho Medeiros com 19,19%, Alexandre Nogueira com 4,05%, Brancos e nulos com 2,75% e Não sabem ou não responderam 4,08%. Na pesquisa espontânea Geane também lidera com 25,27%, seguida por Neto Sardinha com 17,6%, Renatinho Medeiros com 13,55%, Alexandre Nogueira com 2,44%, Brancos e nulos com 3,04% e Não sabem ou não responderam 38,1%.

A 15 dias da eleição Pela pesquisa divulgada, tudo aponta para a vitória de Geane Vincler no

Eleições atípicas com mudanças por causa da Covid-19 Confira as principais alterações e protocolos de segurança para o dia da votação Thiago Gomes Em um ano atípico, as eleições de 2020 não poderiam ser diferentes. Para começar, o pleito foi adiado em mais de um mês por causa da pandemia do novo coronavírus. O primeiro turno acontece no dia 15 de novembro e o segundo, no dia 29. E as novidades não param por aí. Além de medidas como usar máscara durante a votação e desinfetar as mãos com álcool em gel, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elaborou uma série de protocolos que tornam esta uma eleição distinta de todas as outras já realizadas.

O juiz eleitoral Ralph Manhães, da 75ª Zona Eleitoral de Campos, está confiante no Plano de Segurança Sanitária desenvolvido especificamente para as eleições municipais de 2020.

Participaram da elaboração do protocolo o Hospital Sírio-Libanês, a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) e o Hospital Israelita Albert Einstein. “É importante que o campista exerça seu dever cívico e compa-

Na pandemia |Juiz Ralph Manhães destaca a importância de votar reça para votar. Para minimizar os riscos de contágio do novo coronavírus, a Justiça Eleitoral está tomando todos os cuidados, um trabalho intenso que começou desde a elaboração dos protocolos e continua”, disse o juiz, destacando que os materiais para a proteção dos mesários, como máscaras e face

shields, e dos eleitores, como álcool em gel, já chegaram a Campos.

Horário As seções eleitorais vão abrir uma hora mais cedo. A votação, que normalmente começa às 8h, terá início às 7h e se encerrará às 17h.

Fotos: Arquivo / Carlos Grevi

Manhã | Justiça Eleitoral estipulou horário preferencial para que maiores de 60 anos votem com segurança Eleitor acima de 60 anos terá horário preferencial O eleitor que tiver mais de 60 anos terá preferência para votar no período das 7h às 10h.

No estado do Rio de Janeiro, são 3.145.835 eleitores que pertencem a essa faixa etária, o que representa 25,26% do eleitorado. Desse total, 1.524.361 (48,45%) têm mais de 70 anos, sendo facultativo o exercício do voto para esses eleitores.

Recomendação da Justiça Eleitoral, esse horário especial foi estabelecido seguindo as orientações de uma consultoria sanitária como forma de prevenção ao contágio do coronavírus. As pessoas mais jovens, com menos de 60 anos, não estão impedidas de votar nesse horário, mas devem preferencialmente se programar para votar a partir das 10h.

Levar a própria caneta A orientação da Justiça Eleitoral é para que cada pessoa leve sua própria caneta à seção, use a máscara desde o momento em que sair de casa e higienize as

mãos antes e depois de digitar os números de seus candidatos.

Tanto a urna eletrônica quanto o terminal do mesário não devem ser limpos com álcool em hipótese alguma, pois o produto prejudica seu funcionamento.

Deficientes visuais Pela primeira vez, os eleitores com deficiência visual poderão ouvir o nome do candidato após digitar o seu número na urna eletrônica. Trata-se do recurso de sintetização de voz, tecnologia que transforma texto em som e realiza a leitura do conteúdo escrito em documento, por exemplo. Para utilizar a novidade, o eleitor precisa informar o mesário sobre sua deficiência visual, para que seja habilitado o recurso e entregue fones de ouvido.

Ordem de votação O primeiro voto vai para o cargo de vereador. Na urna eletrônica, digite os cinco números e aperte a tecla “confirma” para validar o voto. Em seguida é a vez de votar para prefeito. São dois nú-

meros e a tecla “confirma” para validar a escolha.

Atenção aos sintomas da Covid-19 Se o eleitor tiver febre no dia da votação ou se foi diagnosticado com Covid-19 nos 14 dias antes das eleições, é preciso ficar em casa e justificar a ausência posteriormente.

Documentos necessários para votar No dia da votação é necessário levar um documento oficial de identificação com foto: carteira de identidade, via digital do título (e-Título) do eleitor desde que já tenha feito a coleta dos dados biométricos, passaporte, carteira de trabalho, carteira de categoria profissional reconhecida por lei, certificado de reservista e carteira nacional de habilitação. Atenção: certidões de nascimento ou de casamento não são aceitas.

Apresentar o título de eleitor não é obrigatório, mas é preciso saber exatamente qual o local de votação.

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01 A 07 DE NOVEMBRO DE 2020

Candidato a prefeito

Jonathan Paes

"A eleição em Campos está aberta" Candidato do PMB apresenta algumas de suas propostas e afirma que estará no segundo turno

Aloysio Balbi Aos 33 anos, o construtor civil Jonathan Paes, candidato à prefeitura de Campos pelo PMB, considera que o município foi desconstruído a partir de uma série de gestões equivocadas nos últimos anos. Com idade regulando com a dos seus principais adversários, diz que existe uma grande diferença entre eles.

“Eu sou filho do Barnabé da Autoelétrica, e eles são filhos da burguesia política da nossa cidade.”

Orgulha-se em afirmar que trabalha desde os 11 anos. Primeiro com o pai, depois como petroleiro embarcado, até que decidiu entrar para o ramo da construção civil. Para reconstruir Campos, conta que montou uma equipe técnica e defendeu uma estreita relação com o Governo Federal.

Jonathan Paes é ambicioso em suas ideias e quer transformar Campos em uma espécie de Zona Franca, Você regula com a idade de outros candidatos a prefeito. A diferença é que nunca enfrentou uma disputa eleitoral. O que te levou a essa candidatura?

Existe uma grande diferença entre mim e eles.

A primeira delas é que sou filho do Barnabé da Autoelétrica, e eles são filhos da burguesia política da nossa cidade. Sou um cidadão comum, que insatisfeito como grande parte da sociedade campista, anseio um futuro melhor para o nosso povo, porque sabemos e sofremos na pele a má administração pública. Tenho 33 anos e trabalho desde os 11 anos de idade. Então, já são 22 anos de trabalho, primeiro ajudando meu pai, depois na indústria do petróleo trabalhando embarcado, e depois entrei para o ramo da construção civil.

E como construir uma nova Campos?

Ao longo dos anos vimos nossa cidade ser descontruída politicamente, tendo sua imagem manchada por corrupção e incompetência. O primeiro passo para reerguer essa cidade, é retomar a credibilidade política, que, como disse, vem sendo arranhada; e mais que isso, com profundas cicatrizes. No rosto de muitos dos meus adversários existe essa cicatriz quase invisível que é a marca da má gestão e da incompetência as quais me referi. Eu entro nesta campanha com o rosto limpo, fazendo uma campanha limpa, para fazer um mandato limpo. E jamais vou tirar a minha cara da reta, como se diz na gíria.

Diferentemente das últimas administrações, vou fazer um governo técnico e participativo. Não vou me esconder atrás de militância política, ou seja, desta política nociva que destruiu a nossa cidade em todos os níveis. Nem ficar nesse jogo de colocar a culpa uns nos outros.

Você tem alguma inspiração ou um modelo a ser seguido?

Eu sou autêntico e cada pessoa é diferente uma da outra. Quero ser um político diferente, mas isso não me impede de me inspirar naqueles que pensam como eu. Vou citar o exemplo de Serginho Meneguelle, prefeito de Colatina (ES). Estive lá e presenciei uma administração honesta e ordeira, voltada para as prioridades do município.

Meneguelle é uma pessoa super humana e toma atitudes que é justamente o que sempre faltou em Campos. Aqui, os políticos tomam atitudes que são verdadeiros atentados contra os anseios do povo. O grande problema é que os políticos estão preocupados com seus próprios interesses, e as pessoas não têm coragem de falar.

Essa é a grande verdade. Eu percebo que estou me transformando em um porta-voz, um canal da individualidade do povo, trazendo tudo para um coletivo. Esse está sendo um grande aprendizado. Não quero ter a pretensão de ser a voz do povo, longe disso. Mas estou fazendo com que os problemas do povo sejam percebidos de mais perto. Aos poucos, percebo que esse povo está me credenciando neste sentido.

Como você consegue fazer uma campanha quase sem nenhum recurso financeiro?

Eu tenho um outro grande recurso que é a honestidade, coisa que dinheiro nenhum compra.

Aos poucos, como já disse, as pessoas estão nos descobrindo e se identificando com o nosso discurso que é simplesmente a verdade dita. O problema é que a verdade mesmo escondida dói, e quando dita, dói mais ainda. Eu sei que embora sem dinheiro na campanha meu discurso está tendo visibilidade, e não é um discurso vazio de ideias, cheio de dinheiro. É o discurso de quem tem um nó na garganta, que não consegue mais

com a montagem de várias Zonas Especiais de Negócios (ZEN). Fala com entusiasmo sobre o agronegócio, apontando esse segmento como solução de curto prazo para que Campos volte a produzir.

Rasga elogios ao seu vice, o médico Constantino Ferreira, servidor municipal com mais de 40 anos de função. Segundo ele, o seu vice vai cuidar da Saúde e também da relação da prefeitura com os servidores, entre outras coisas.

Para Jonathan, com mais da metade dos eleitores indecisos, a eleição para a prefeitura de Campos está aberta, e ele espera estar no segundo turno. Acredita que as pessoas vão votar em propostas, e diz que tem as melhores para Campos contemplando todas as áreas, inclusive, e, principalmente, as sociais.

Existe uma grande diferença entre mim e eles. A primeira delas é que sou filho do Barnabé da Autoelétrica, e eles são filhos da burguesia

Foto: Carlos Grevi

conviver com essas coisas. Posso dizer que estou amplificando o que o povo campista pensa, em todas as camadas. Ninguém está satisfeito com essa política que se instalou em Campos nas últimas décadas. E o engraçado é que quando conseguimos mudar, elegendo um jovem no primeiro turno, quem mudou foi ele, ficando igual aos outros.

Você confia na Justiça para regularizar a sua candidatura, já que existe um problema de prazo em relação ao seu vice?

Creio sempre na Justiça. Esse caso em especial se refere a um erro de cadastramento, pois houve um engano. Meu vice é médico, mas não militar, e constava que ele seria médico militar, e assim tinha que obedecer um prazo para descompatibilizar. Mas não tem como se descompatibilizar de uma função que não é dele. Então, estamos tranquilos neste sentido.

com o governo federal. Muita gente não sabe, mas existe pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Plano de Saúde da Mulher, recursos que estamos perdendo por desinformação ou falta de interesse, e, ainda, falta de parceria com o governo federal. As UTIs do Ferreira Machado poderiam ser custeadas pelo governo federal, mas não estão inscritas, assim como o SAMU e muitos outros equipamentos que poderíamos ter em parcerias.

Você é um pequeno empresário da indústria da construção civil. Como atrair outras indústrias para Campos, e, consequentemente, gerar empregos, renda e receita?

Essa é o tipo da pergunta cuja resposta meus adversários diriam que vale 1 milhão de dólares. Talvez, porque não saibam responder. Na história do nosso país vimos isso acontecer várias vezes, como por exemplo, no tempo do governo Médici, nos anos 1970, na época conhecido O médico Constantino como o governo dos proFerreira é funcionário jetos faraônicos. E vimos público municipal de que foi o governo responcarreira com mais de 40 Campos é uma cidade que tem sável pelo grande avanço anos de serviços prestado nosso país, em termos como seduzir grande grupos dos. Isso é a sinalização de obras públicas, como de que a Saúde e o ser- empresariais se apresentarmos Itaipu, ponte Rio-Niterói e vidor terão cada um em muitas outras. Política à bons projetos, e, acima de sua medida a atenção parte, esse arrojo funcionecessária? nou. Esse é um exemplo tudo, criar um ambiente de Com toda certeza. Consque precisamos ter na cacredibilidade política tantino, como todo servibeça. O que precisamos dor, tem sofrido as maldaé fazer Parceira Pública des dos governos. E ele sabe o que deve ser feito Privada, as PPPs, e atrair o que tiraram da gente que para a sua categoria, para os servidores e para a é o capital de investimento. Campos é uma cidade população. Como médico, é um profissional res- que tem como seduzir grandes grupos empresariais peitado pelos seus pares, e como servidor público, se apresentarmos bons projetos, e, acima de tudo, idem. Ele conhece a Saúde do Município como um criar um ambiente de credibilidade política. Infeliztodo. Sabe muito bem como as coisas acontecem mente hoje são duas coisas que não temos: capital no Ferreira Machado, assim como em um simples e credibilidade política. Em um primeiro momento, posto de Saúde, como na Unidade Pré-Hospita- vou reconstruir a imagem devastada do nosso mular (UPH) de Travessão, onde presta serviços há nicípio. É como a gente faz com uma empresa que 30 anos. Na pandemia, o dr. Constantino chegou vai muito mal. O primeiro passo é mudar o gestor a fazer três plantões semanais de 24h, o que é um e depois abrir o capital no sentido figurado. O que exemplo de médico e de servidor como nunca vi. quero dizer é que Campos pode voltar a ser um proVoltando à pandemia, ele, com toda a sua experi- duto e todos vão querer investir aqui, pois estamos ência, tratou da população se antecipando a doen- estrategicamente em ótima localização; temos um ça, prescrevendo medicamentos básicos logo nos grande mercado consumidor interno e coisas boas primeiros sintomas. Fico perplexo ao ver unidades para acontecer, como o gás que terá um novo marco de saúde sendo fechadas. A Saúde em Campos, regulatório. O gás tende a ser barato e teremos aqui definitivamente, não vai bem. Como o assunto se pelo menos quatro termoelétricas alimentadas por refere ao meu vice, ele terá participação direta na gás. Isso é um ambiente que vai atrair empresas, já administração em sua área, e tem dois lindos pro- que o investidor e a indústria querem lugares que jetos como os Hospitais da Mulher e da Criança. E tenham energia barata e segura. vamos construir, se formos eleitos. Na verdade, é utilizar alguma estrutura pré- existente em parceria Mas pontualmente, quais são os projetos?

Além da revitalização do antigo condomínio industrial, a CODIN, iremos integrá-lo ao nosso aeroporto Bartolomeu Lysandro, que é de nível internacional e tem pista apropriada para transporte aéreo de cargas, inclusive ligando estrategicamente ao Porto do Açu, através da ponte da Integração, ligando São Francisco a São João da Barra, e, consequentemente, Campos que é polo regional. Se eleito for, vou lutar para terminar essa ponte, juntamente com nossos prefeitos vizinhos. O ministro da Infra-estrutura do governo Bolsonaro, capitão Tarciso , é um homem que vem se destacando por terminar as obras inacabadas deixadas por governos anteriores. Sei que essa obra é de responsabilidade do governo estadual, mas acredito muito na parceria com o governo federal para trazer de volta o desenvolvimento da nossa cidade. E isso inclui o término da ponte da Integração. Essa ponte é vital.

E as Zonas Especiais de Negócios que todos falam?

Falam, mas foi o nosso grupo que conseguiu implantar duas Zonas Especiais de Negócios na região, sendo uma em Rio das Ostras e a outra em Carapebus. No caso de Campos, iremos construir uma cidade industrial, com a área de beneficiamento agrícola, voltado para o chamado agronegócio; a área industrial e tecnológica. Construiremos na verdade uma verdadeira Zona Franca em Campos dos Goytacazes. O município tem um potencial muito grande e não estamos errados em sonhar grande, mas com os pés no chão. Não somos mercadores de sonhos que não irão se concretizar. Somos, sim, conhecedores das nossas potencialidades.

E a receita própria com o fim dos royalties que estão acabando?

Não existe dúvidas de que Campos precisa urgentemente voltar a produzir, ou seja, voltar a ser uma potência. Precisamos retomar nossas raízes e utilizar o grande potencial do agronegócio que temos. O que sustenta o PIB primário do nosso país é o agronegócio que nos permite o superávit, que é a diferença entre as importações e a exportações. Nosso país vai crescer 41% nos próximos cinco anos no agronegócio. Seremos o maior produtor de alimentos do mundo, e Campos precisa estar inserido neste crescimento extraordinário.

Temos um projeto de uma usina de bioenergética, que é capaz de triplicar a agricultura do município, principalmente no que tange à agricultura familiar e de subsistência, que além de produzir para consumo próprio e comércio local, também terão oportunidade de produzir para a indústria.

O diferencial deste projeto é que o álcool será produzido a partir da mandioca e não da cana.

De 12 a 18% da fécula que é escória da produção podem ser utilizadas para ração animal, desencadeando uma série de processos produtivos como produção de frango, suínos e gado em confinamento, além de piscicultura.

E sua equipe?

Tenho um grande orgulho dela. É composta por pessoas capacitadas tecnicamente, com experiência incrível, começando pelo dr. Constantino , o qual tenho orgulho de caminhar junto. Iremos governar essa cidade juntos. Prefeito nenhum faz nada sozinho e para isso ter um estafe comprometido é de suma importância. Pesquisas mostram que 70% dos eleitores estão indecisos e ainda não sabem em quem votar. Essa eleição está aberta. O povo vai refletir, e tenho fé de que o povo vai votar em ideias. Tentei colocar as minhas, ou melhor, as da minha equipe para que sejam analisadas. Acredito piamente que estaremos no segundo turno.

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Destaque

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Retomada econômica ao ritmo da música

Aos poucos, bares e restaurantes de Campos reencontram o público afastado desde o início da pandemia Ocinei Trindade A cidade de Campos dos Goytacazes se mantém na Fase Verde, Nível 2, no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Os riscos de contrair a doença continuam.

Porém, com o plano de retomada econômica da prefeitura, flexibilizações em diversos setores foram ampliadas. É o caso dos bares, restaurantes e salões de festas. Houve retorno de apresentações com música ao vivo nesses ambientes, mas ainda com restrições. Artistas e empresários comemoram, embora reconheçam que o movimento de clientes ainda está tímido.

O administrador Paulo Victor Ferreira, responsável por dois estabelecimentos na Avenida Artur Bernardes, diz que o movimento caiu em média 70 por cento durante a semana. "Sexta e sábado percebemos que há uma melhora. Tínhamos 300 lugares disponíveis no Caldo do Evaldo, mas agora só 150 acentos, e metade fica ocupada. Nosso público contava com muitas famílias, mas como a área de recreação infantil impedida de funcionar, clientes deixaram de vir", explica. As crises sanitária e financeira provocaram a demissão de 18 funcionários, segundo Paulo.

"Normalidade, só em 2021, e depois de haver vacina", acredita.

Faz cinco anos que o empresário Fernando Alves abriu o bar e restaurante Cantinho do Peixe. O lugar foi reinaugurado cinco dias antes de ter sido decretada a pandemia de Covid-19 em Campos e em todo o Estado do Rio de Janeiro.

"Amargamos um enorme prejuízo. Ficamos um mês totalmente fechados. Mudamos a estratégia e nos dedicamos ao delivery.

Conseguimos nos manter. Agora, com a flexibilização, a gente sentiu muito receio das pessoas saírem de casa. Com a música ao vivo, quase normalizamos a frequência. Estamos tomando todas as medidas sanitárias para dar confiança ao público.

Clientes antigos retornaram e conquistamos outros novos. É

Fernando Alves| recomeço

importante a população se conscientizar. É preciso atenção de todos", avalia Fernando.

Há quatro anos, o bar Eremita se tornou referência de apresentações musicais de rock, ao vivo.

Foram mais de seis meses sem funcionar. O proprietário Pedro Barreto diz que, com a flexibilização e retomada do setor em Campos, há sinais de melhoras nas finanças.

"Com a flexibilização, as coisas estão melhorando. Depois de duas semanas, fizemos alguns pequenos eventos com música ao vivo, que é nosso forte, respeitando o decreto com três músicos. Pude gerar mais empregos.

Injetamos muitos recursos, e, agora, está retornando o investimento. Os músicos precisavam retornar. Estamos felizes por recebê-los de volta, mas é preciso

Pedro Barreto | todos os cuidados

Fotos: Divulgação

Movimento| público voltou a frequentar alguns ambientes noturnos da cidade com a flexibilização

consciência para manter o distanciamento e o cumprimento dos decretos municipais. Ainda não é clima de festa e aglomeração. Aos poucos, vamos saindo da crise", disse Pedro.

Volta musical Por conta da flexibilização municipal, disque-jóqueis, cantores e instrumentistas estão mais aliviados, já que podem se apresentar em bares e restaurantes.

De acordo com a Fase Verde, apenas três músicos podem ocupar o palco, sem pista de dança, sem pessoas de pé, e com mesas afastadas. Entre os que comemoram o retorno à noite musical, estão os artistas Sandro Balli e Marcelo Benjamim.

Sandro Balli vive da música desde os 16 anos. "Voltei a tocar faz 20 dias. Estou feliz, mas não muito à vontade porque o momento inspira cautela. A gente precisa trabalhar, mas a vida é mais importante. A coisa ainda não está normal. Tenho 30% de trabalho que fazia antes. Tinha agenda até a metade do ano que vem. Muita coisa foi cancelada. O lockdown teve seus efeitos negativos. Doenças emocionais surgiram. A parte financeira gera muita preocupação e depressão", diz.

O cantor Marcelo Benjamim re-

Retorno| Marcelo Benjamim

Cautela| Sandro Balli se preocupa

tornou ao palco há duas semanas. Ele se diz apreensivo com este momento. "Fiquei sem nenhuma renda, voltei a trabalhar informalmente com Tecnologia da Informação; um tempo extremamente difícil. Sinto um misto de alívio por retornar ao trabalho e preocupação por ainda não haver vacina. Dependemos que os protocolos sejam cumpridos, e que o público os respeite, para termos o mínimo de tranquilidade", considera.

músicas ao vivo. Depois, a flexibilização para 50 pessoas em salão de festas e eventos; e, agora, para 100 pessoas. Fazemos avaliação semanalmente junto às autoridades de saúde, para ver o que pode ser flexibilizado ou não", explica.

Ainda não estão permitidos liberação de pista de dança, apresentação de quarteto e quinteto em apresentações musicais, eventos com público em pé e em área pública aberta. "Há maior dificuldade em controlar a quantidade de pessoas", informa.

A equipe de Força-Tarefa do Município atua na fiscalização 24 horas, inclusive nos fins de semana e feriados, em todo território municipal. A população pode denunciar pelos canais de comunicação disponibilizados.

Retomada gradativa O superintendente de Entretenimento e Lazer, Fabiano Gomes, diz que o setor deve melhorar com a retomada gradativa. "A opção foi estabelecer vários protocolos de forma segura e responsável. Teve o retorno das

"Polêmica" com o Bispo Dom Roberto Líder da Igreja Católica na Diocese de Campos, o religioso abordou temas como política, cristofobia e o mercado da fé Fotos: Divulgação

da doutrina social da Igreja. Há uma antropologia cristã, que busca se inspirar nos princípios da dignidade da pessoa humana, da solidariedade, da justiça social e da participação”, elencou.

Marcos Curvello O bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, foi o entrevistado desta semana no programa "A Polêmica", transmitido pela 3ª Via TV. Durante os quase 45 minutos de entrevista, ele falou ao apresentador interino Marcos Curvello sobre a atuação da Igreja Católica durante a pandemia do novo coronavírus e comentou assuntos controversos, como escândalos envolvendo o clero, dogmas de fé e polarização política.

Dom Roberto Francisco, que abriu, em maio, o Encontro Inter-religioso das Pastorais Ambientais do Brasil, começou relacionando o atual modelo de exploração econômica global ao surgimento de males como a Covid-19. Bispo referencial da Pastoral da Saúde, da Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB), ele enumerou ações da Igreja para combater as necessidades sociais que a crise sanitária trouxe à tona e criticou o que chamou de ideologização do combate à doença.

“Houve dificuldades com o lockdown, protestos. Disseram que cloroquina é a única coisa capaz de resolver o problema. Se ideologizou a Saúde. Vemos isso, agora, com a vacina da China. Afirmam que há uma conspiração, que a vacina vem com o vírus.

Alto aí. O Butantã é um instituto sério. Vamos deixar a Ciência trabalhar”, afirmou.

No caldeirão da política O bispo diocesano de Campos

Entrevista| O jornalista Marcos Curvello recebeu nos estúdios da 3ª Via TV o Bispo Dom Roberto

desmentiu, durante o programa “A Polêmica”, boatos de que teria participado de articulações para compor chapa como candidato a vice-prefeito de Campos, nas eleições de novembro.

“Os padres, e muito menos os bispos, não estão habilitados para a política partidária. Seria dividir a comunidade. Nossa função na política é formar, dar espiritualidade aos leigos, e ajudar a discernir, neste momento de eleições, ou os diversos ministérios do leigo na política, que não é só partidária.

Ela se faz nos sindicatos, nos

conselhos paritários. A Igreja está sempre preocupada com o associativismo cívico”, explicou.

Visitado com frequência por candidatos a prefeito nos últimos dias, Dom Roberto Francisco revelou que os encontros servem a dois propósitos: conhecer propostas e equacionar “um bom relacionamento” com os possíveis futuros chefes do Executivo Municipal.

“Sempre ofereço a colaboração, seja qual for o candidato.

E nós também mostramos interesse em áreas programáticas.

Por exemplo, no cuidado com

os pobres, as obras sociais. A liberdade religiosa, o patrimônio ambiental, o respeito aos planos de saneamento básico e de resíduos sólidos, que são Saúde, ao plano diretor, que organiza o espaço e deve facilitar a todas as igrejas e crenças a possibilidade de ter seus templos. São questões que interessam às igrejas e à sociedade, uma vez que o Estado é laico, mas as pessoas não. Elas têm convicções”.

Questionado como se posiciona ideologicamente, Dom Roberto Francisco afirmou que é “solidarista”. “Sou partidário

Cristofobia Ainda falando sobre discursos políticos, o bispo diocesano de Campos relacionou à intolerância religiosa mais ampla e a “um laicismo intolerante” a ideia de cristofobia, tema central de pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro.

“Existe a fobia ao cristianismo como existe às religiões de matriz africana e ao budismo, por exemplo. Certamente o presidente tem razão ao se referir a nações islâmicas sunitas, como a Arábia Saudita, onde as leis sobre o culto são rígidas e a possibilidade de evangelizar é quase nula. Há, também, em alguns países, um laicismo intolerante ao sagrado e ao religioso.

Não só cristofobia, mas a tudo que seja manifestação religiosa”, avaliou.

trancada pela Justiça do Estado.

“A mercantilização da fé como meio ou para atender uma evangelização de massa tem seus perigos e abre brechas muito grandes. O grande problema do padre Robson, me parece, é seu estilo de vida como religioso. Não estou julgando ele. Acredito que é um homem de Deus. Porém, a casa onde ele estava, o conforto, isso não combina”.

Infalibilidade Papal e opinião O bispo diocesano de Campos refutou, ainda, que o Papa Francisco tenha defendido a união civil homossexual em documentário que estreou no último dia 21. “O Papa não aderiu à tese da união civil. Ele defendeu que sejam protegidas as pessoas homossexuais nas suas famílias e, no caso, daqueles que contraíram uniões civis, sejam respeitados, claro. É direito deles”, garantiu.

Por fim, o dom Roberto Francisco tratou das críticas feitas por católicos ao Pontífice e como essas manifestações conflitam com dogmas da própria Igreja. “É preciso não esquecer quem é o Papa, para nós católicos. É Mercantilização da fé aquele que tem o primado, que Dom Roberto Francisco criticou é a vontade de Cristo, concedio que chamou de “mercantili- da a Pedro. Você tem todo direização da fé”, ao ser perguntado to, como fiel, a opinar. Escrever sobre escândalos envolvendo uma carta ao Papa e dizer ‘não sacerdotes, como o padre Ro- entendi bem o que o senhor bson de Oliveira, acusado pelo quis dizer’. Agora, atacá-lo nas Ministério Público de Goiás de redes sociais, isso é falta de fé, desvio de dinheiro ofertado por porque ele não acredita que o fiéis à Associação Filhos do Pai Papa seja o sucessor de Pedro”, Eterno (Afipe). A ação penal foi encerrou.

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Campos

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Debate no 3ªVia: compromisso com a democracia, afirmam entidades Candidatos à Prefeitura de Campos se encontram ao vivo no dia 11, no Centro de Convenções da Uenf Ulli Marques Dos 11 candidatos à Prefeitura de Campos nas eleições municipais de 2020, 10 já confirmaram presença no debate organizado pelo Sistema de Comunicação Terceira Via, que acontecerá no dia 11 de novembro, a partir das

Os debates são de suma importância para a população, em especial para a parcela que tende a não ser parcial a quaisquer ideologias político-partidárias. Os temas discutidos entre os opositores durante o ciclo eleitoral, muitas vezes questões mais polêmicas, encontram grande relevância e repercussão junto aos munícipes e possuem considerável capacidade de mobilização”.

Dr. Hélio da Nóbrega Novais Presidente do Sindicato dos Médicos de Campos

20h, no Centro de Convenções da Uenf. O encontro será transmitido ao vivo em todas as redes sociais (Facebook, Instagram e YouTube), além da 3ª Via TV e do Terceira Via App (disponível para download na Google Play e na Apple Store). E, para isso, contará com estrutura de primeira, além de toda a equipe técnica e de jornalismo do Siste-

O debate eleitoral possui muita relevância justamente por ser um espaço de confronto de ideias. É uma oportunidade ímpar para o eleitor comparar os posicionamentos dos candidatos e alcançar conclusões mais contundentes a respeito deles.

Trata-se de uma vitrine para os candidatos apresentarem, de forma propositiva, as ações e as políticas públicas a serem desenvolvidas nos próximos quatro anos em Campos”.

O debate pode decidir o resultado de uma eleição. É mais uma oportunidade que o eleitor tem de conhecer o plano de governo dos candidatos à Prefeitura de Campos e como pretende trabalhar pelo desenvolvimento de nossa cidade. Este ano, os eleitores campistas têm um grande desafio na hora de escolher o futuro prefeito, já que são 11 candidatos".

Francisco Roberto de Siqueira Presidente da Firjan Norte Fluminense

Vejo a realização de debates entre candidatos a cargos públicos como um evento muito importante, sobretudo quando se trata de candidatos a prefeito de um município da grandeza do nosso. Esses debates possibilitam aos candidatos a apresentação dos seus projetos de governo. E, via reflexa, permitem aos eleitores analisarem o candidato mais preparado, para assumir cargo de tamanha relevância. Certifica-se, assim, que se trata de um evento democrático por excelência”.

Christiano Fagundes Advogado e vice-presidente da OAB 12ª Subseção do Rio de Janeiro

ma. A Band FM também fará a transmissão do debate para os ouvintes da rádio, na frequência 96,1. O evento tem o patrocínio do Plano de Saúde Ases, Nutrimed e César Queiroz Contabilidade e Assessoria Ltda e apoio da Uenf, da CDL, da Acic, do Sindivarejo, da AIC e da Firjan.

Considerando o papel democrático do debate para a

Os debates são extremamente importantes para levar à população o conhecimento a respeito de quem são e do que propõem os candidatos. É por meio desse encontro que percebemos se essas propostas realmente atendem aos anseios do conjunto da população. No caso dos profissionais da educação, é importante ficarmos de olho para sabermos se há alguma proposta de valorização do servidor ou não.

Acredito que essa iniciativa do Terceira Via é democrática e demarca o compromisso com a informação".

Leonardo Castro de Abreu Presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (ACIC)

escolha do líder do Executivo Municipal pelos próximos quatro anos, a reportagem ouviu representantes de sindicatos e entidades de Campos dos Goytacazes e os questionou sobre as contribuições que esse encontro pode dar aos cidadãos e à sociedade civil organizada.

Confira abaixo os depoimentos.

O Município de Campos está passando por um momento histórico de imensa dificuldade e é importante a participação de todos os candidatos que pleiteiam o cargo do executivo nesta eleição. A população tem o direito de conhecer um pouco mais de cada político e como se comportam diante um dos outros. Espero que a totalidade dos candidatos compareça neste ato democrático proporcionado pelo Grupo Terceira Via e que as discussões sejam restritas ao confronto de ideias e propostas”.

Wellington Cordeiro Presidente da Associação de Imprensa Campista

O debate realizado pelo Sistema Terceira Via é muito importante para a nossa entidades, visto que estamos passando por um momento de muita dificuldade para a economia e precisamos conhecer as propostas para avaliarmos se alguma delas são viáveis e se trarão, realmente, alguma expectativa de progresso para o nosso município e para o nosso comércio. Estamos cansados de promessas".

Roberto Viana Presidente do Sindivarejo

Estamos apoiando o debate do Terceira Via com os candidatos à prefeitura por entendemos que isso é de suma importância para a avaliação do eleitor. Em um município de eleição em dois turnos, e com 11 candidatos, o confronto de ideias é essencial e por isso a CDL chancela a iniciativa do Sistema Terceira Via por sua relevância enquanto veículo da comunicação da cidade de Campos”.

José Francisco Rodrigues Presidente da CDL

Uma sociedade verdadeiramente democrática começa com a escolha livre dos governantes. E para o exercício consciente desse direito, é fundamental a garantia do acesso à informação, sobretudo enquanto instrumento de promoção à saudável pluralidade de ideias! O debate com os candidatos a prefeito promovido pelo Terceira Via é mais uma efetiva contribuição no sentido da consolidação da democracia na Planície Goitacá. Parabéns ao Jornal Terceira Via por mais esse serviço à formação da consciência do cidadão campista!”.

Elaine Leão Presidente do Siprosep

Graciete Santana Diretora Regional do SEPE

“Vakinha Virtual” adote uma família da Apape A instituição necessita do apoio da sociedade civil para continuar ajudando as famílias assistidas durante a pandemia Taysa Assis Há 21 anos atendendo crianças, adolescentes e pais de pessoas especiais, a APAPE está sempre em busca do melhor para oferecer aos seus assistidos e nesse momento de pandemia, não seria diferente.

Ao invés de cruzar os braços, eles resolveram dar as mãos, ser ainda mais fortes e resolveram pedir ajuda a toda sociedade civil. A criação de uma “vakinha virtual” através das redes sociais e o projeto de adotar uma família também pelo meio virtual, chegaram em ótimo momento, podendo assim não desamparar nenhuma das trezentas que tanto dependem da instituição.

Desde o início da pandemia, a instituição tem ofertado atendimentos via home office e presencial

reduzidos, seguindo todos os protocolos recomendados pela OMS. Além disso, já foram entregues 2200 cestas básicas acrescidas de carne, frutas, legumes e verduras, como também 2200 kits de higiene pessoal e limpeza. A instituição organizou um protocolo emergencial para pedir o apoio de toda sociedade. A presidente da APAPE, Naira Peçanha, relata como a ideia foi criada. “Durante esse tempo percebemos que as famílias começaram a ter dificuldades e apresentá-las em necessidades básicas dentro do lar. Foi aí que pensamos na criação do link com questionário emergencial para estarmos dialogando com as famílias e assim foi apontado a real necessidade de cada uma delas”, diz.

“Desde que iniciou a quarentena começamos um trabalho estratégi-

Engajamento| Presidente Naira Peçanha

co em função dos usuários e famílias. Essa iniciativa foi avaliada pela equipe técnica quando as crianças com maiores complexidades tiveram que continuar sendo atendidas de forma presencial, porém reduzida. Com todas as orientações

da OMS e da Vigilância em Saúde do município, as equipes entraram no sistema de trabalho home office, executando atividades lúdicas e culturais com as crianças para que pudessem permanecer na construção da autonomia de cada uma delas”, conta ainda a presidente da APAPE. Segundo a presidente, durante todo esse tempo nenhuma criança que é assistida pela instituição foi contaminada com a Covid-19. Apenas 0,5% dos cuidadores tiveram contágio com a doença e apenas dois pais do leito familiar foram ao hospital. “Todo o esforço está valendo a pena por estarmos conseguindo manter a saúde e a segurança dessas famílias. Temos também uma equipe de saúde fazendo todo o monitoramento, o que nos dá ainda mais tranquilidade”, frisa.

AJUDA

A “vakinha solidária” pode ser acessada através do instagram @ apapecampos para doações acima de 25 reais - que é o valor mínimo oferecido pelo site.

Essa arrecadação poderá ser feita até 30 de novembro. Além disso, há também a possibilidade de contribuição através do projeto “Cuidando de quem cuida”, um carnê onde a pessoa pode adotar uma família com doações a partir de 10 reais. Fora todos os outros tipos de doações que a APAPE recebe na sede que fica na Saldanha Marinho, 190/198, Centro.

Saúde Mitos e verdades sobre a obesidade PÁGINA

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A doença é uma condição crônica e grave, principalmente quando está relacionada o novo coronavírus tem um histórico de obesidade desde a infância ou adolescência. Existem diversos fatores que temos levar em consideração antes de pensar no tratamento”, ressaltar.

Letícia Nunes Diante dos dados apresentados recentemente na Pesquisa Nacional de Saúde, levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em conjunto com o Ministério da Saúde, que confirmam o aumento da prevalência da obesidade no Brasil, é preciso abordar a gravidade desta doença.

Foi constatado que 96 milhões de pessoas, ou, mais especificamente, 60,3% da população adulta do país está classificada com excesso de peso. As mulheres são maioria (62,6%), enquanto os homens alcançam a marca dos 57,5%. Diante de informações tão alarmantes de uma realidade mundial que também se reflete em território brasileiro, deve-se frisar as consequências perigosas deste problema e principalmente a relação com a Covid-19.

A endocrinologista, Dra. Patrícia Peixoto, detalha quais são os principais mitos relacionados à obesidade. A primeira informação verdadeira é que o aumento excessivo de peso é sim uma doença e precisa ser tratada como tal. “A obesidade de fato é cercada por uma série de mitos e também de fake news. Escuto muito dentro e fora do consultório que é um problema fácil de resolver.

A obesidade é por si só uma doença crônica. Muitas vezes as pessoas não acreditam que a

Endocrinologista | Patrícia Peixoto

condição de aumento de gordura corporal leva a alterações no organismo que configuram uma doença, principalmente por conta de haver um processo inflamatório. E na verdade sendo uma doença, o tratamento da obesidade é sim difícil que requer todo um cuidado”, explica.

Tratamento individualizado Segundo a especialista, é muito perigoso tratar o tratamento para a obesidade como se fosse uma receita que pode ser aplicada em todos os pacientes. “No atendimento, antes de tudo é preciso avaliar o histórico do paciente, pois cada pessoa é única. É avaliado se começou a ganhar peso na idade adulta ou então depois que entrou na menopausa, no caso da mulher, e diferenciar daquela pessoa que já

Obesidade e coronavírus Não é mito que a obesidade interfere sim na questão da Covid-19. A médica relata que pessoas obesas que contraem o vírus, sem outras doenças atreladas, as chamadas de comorbidades, podem sim, na maioria das vezes, evoluir de forma ruim e acabar morrendo. “Isso de fato é verdade. A obesidade traz consigo esse processo inflamatório.

Existem estudos que mostram que o novo coronavírus é capaz de se reproduzir e se alojar no tecido adiposo, na gordura, e isso faria com que houvesse aqueles quadros mais graves. Além disso, existem pacientes que não são tão obesos e possuem um risco muito grande. A gente utiliza o Índice de Massa Corporal, que é o critério de peso com a altura ao quadrado, mas a gente vê também que a forma com que essa distribuição de gordura excessiva no corpo varia em cada pessoa e como ela se manifesta de formas diferentes. Às vezes quando vamos calcular o IMC, existem pacientes que não ficam classificados com obesidade e sim com sobrepeso, mas quando fazemos a avaliação da circunferência abdominal, ela

Fotos: Carlos Grevi

seu corpo defenda aquele peso em excesso. Logo, toda vez que essa pessoa começa algum tratamento, seja reeducação alimentar, exercícios físicos ou qualquer coisa com o objetivo de perder peso, o organismo interpreta aquilo como algo fora do natural e tende a fazer com que haja uma recuperação do peso, por isso que a fome aumenta, o gasto calórico e o metabolismo diminuem. São vários mecanismos que o organismo vai fazendo para recuperar o peso e por isso emagrecer não é tão fácil quanto se imagina”, garante.

Jejum intermitente Acima do peso | No Brasil, 60,3% da população adulta é considerada obesa Outro mito é achar que jejum intermitente funciona para todas as pessoas. “Sabemos que está aumentada e isso é um ris- de peso. “Emagrecer não é fá- frequentemente surge uma esco, porque significa que há um cil, inclusive, escuto muito dos tratégia nutricional diferente, aumento de gordura visceral, pacientes novos que é ‘preciso porém para o emagrecimento que é a gordura inflamatória. avaliar o que está acontecendo’ é necessário que haja uma diPor isso que uma pessoa que porque ele não consegue ema- minuição da ingestão calórica não tem o IMC de obesidade, grecer e não é bem assim. O e o jejum intermitente não se mas tem essa gordura visceral metabolismo depende de uma mostra superior em relação às aumentada pode também ter série de fatores e não é algo outras abordagens nutricionais. essa evolução pior da Covid-19”, que conseguimos mensurar de O que vai funcionar, caso a pesforma simples. O que acontece soa faça jejum intermitente e revela. é que por conta da ideia de que de fato emagreça, é que ela - no emagrecer é fácil, uma pessoa período que comer - vai estar inÉ fácil emagrecer?

Outro mito é achar que o pro- que começa a fazer algumas gerindo menos calorias. Se não cesso de emagrecimento é fácil. mudanças e não vê resultado, for por isso, não temos porque Na verdade, segundo Dra. Patrí- ela já imagina que tem alguma imaginar que o jejum é melhor. cia, ao notar as mudanças, o or- coisa errada. Quando o pacien- Ele tem que ser muito bem avaganismo trava uma verdadeira te está obeso, ele passa a ter liado, porque nem todo mundo guerra contra essas condições, alterações crônicas no organis- consegue se adaptar bem”, ponna tentativa de impedir a perda mo e que vão fazer com que o tua a endocrinologista.

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(22) 9985-02331 @salgado_gostoso

Fotos: Arquivo do Colunista

Essa japa é um luxo!!!! Michelle Tavares iluminando nosso domingão #teampaparazzi

Evento gratuito

Os Institutos Superiores de Ensino do Censa (Isecensa) vão receber, de forma online, palestrantes brasileiros e estrangeiros no I Seminário Internacional de Direito da instituição. O evento, que discutirá as transformações do Direito a partir dos avanços da tecnologia, acontecerá nos dias 9 e 10 de novembro, sendo gratuito e aberto ao público. As palestras serão transmitidas ao vivo, através do canal do Isecensa no YouTube. Os participantes que fizerem a inscrição no site www.isecensa. edu.br terão certificado de participação no evento.

Empreendendo

Eduardo Borges, de antemão é um especialista em trabalhos home office, avaliador de mídias e prestador de serviços freelancer. Contudo, já formou mais de 3.500 alunos no ano de 2020 mudando a forma como as pessoas enxergam a Internet. Ainda assim, mudar a forma de como as pessoas trabalham, a fim de transformar a sala de sua casa no seu local de trabalho. Por fim, resolveu criar o curso segredos do home office para trazer e dar mais oportunidades às pessoas, afinal todo mundo merece ter a chance de ser feliz fazendo o que gosta e ganhando bem por isso. Vale a conferida!

Os participantes sorteados para nosso reality "Doce Tradição": Bruna Martins, Fernanda Lysandro, Patrícia Neves, Washington Roza e Cristiane Rocha

Semana do Bem

Linda e de bem com a vida! Cleita Vicente

Oito grandes artistas plásticos brasileiros terão obras suas colocadas no leilão da “Semana do Bem”, evento promovido pela Associação Beneficente Santa Fé com o objetivo de arrecadar fundos para os projetos sociais promovidos pela ONG. O leilão online será realizado na sexta-feira, 06 de novembro, a partir das 19 horas. Na variada programação do evento também se destaca um show online da cantora Preta Gil, além de diversas lives. A Associação Beneficente Santa Fé desenvolve há 27 anos um importante trabalho de acolhimento multidisciplinar de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, vítimas de maus tratos, abandono e violência.

Em 2020, devido às situações impostas pela pandemia da Covid-19, a Semana do Bem será 100% online, com cinco dias de lives por meio da plataforma Ingresse, entre os dias 02 e 06 de novembro. São atrações inspiradoras para entreter e motivar os participantes a contribuir mais uma vez para mudar a história de milhares de crianças e suas famílias.

Novos rumos O jovem empresário Thyago Abreu e sua turma de "gênios" da Dr. Apple, recém inaugurada na sexta que passou. Hoje na tela do nosso programa

Paula Simões e Gugu Oliveira festejando o novo tempo do filhão Rafael com o irmão Bernardo

A mudança na forma de consumir e fazer música por conta da pandemia da Covid-19 foi uma experiência de mercado inovadora e um sinal de que a indústria musical e do entretenimento no Brasil é capaz de se adaptar à nova realidade e acelerar a busca pela inovação e pela transformação digital. É desta forma que o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) avalia a crise vivida pelo setor em 2020 e se prepara para alcançar uma operação mais rentável, na fase pós-pandemia, a partir de 2021. As transformações provocadas pela pandemia apressaram mudanças na empresa e os resultados já se apresentam favoráveis. O home office, por exemplo, foi uma experiência que trouxe ganho de produtividade e mais integração entre as áreas. O aspecto positivo de sua adoção possibilitou a decisão pela mudança da sede do Ecad, num processo de revisão e redução de custos para atingir maior eficiência de gestão. Em novembro, a empresa trocará o bairro de Botafogo pelo Flamengo, ambos na Zona Sul do Rio de Janeiro, o que permitirá um corte de 50% do orçamento destinado a cobrir os custos fixos como aluguel, condomínio e IPTU.

Inacreditável

Meu camarada Gilson Rangel na estileira até na hora do treino!

Dani Freitas, linda por dentro e por fora!

Linda demais essa mulher querida! Milena Martins #teampaparazzi

Desde que foi anunciado o lançamento dos novos iPhones, a empresa Apple tem sido um dos assuntos mais comentados em todos os sites, fóruns e redes sociais do mundo. A nova geração dos aparelhos, além de pouca mudança visual ainda tiveram a cara de pau de lançarem os mesmos sem os carregadores e fones de ouvidos. Segundo eles, uma forma de agregar "o bem" de forma sustentável ao meio ambiente. Ah, vá né? Os smartphones chegam ao Brasil no final deste mês, no site oficial da marca. Acreditem se quiser, o preço do modelo mais avançado vai gerar em torno de quatorze mil reais. Gente, isso é inacreditável. Claro, compra quem quer e quem pode. Só que o Brasil esculacha quando o aumento é relacionado aos eletrônicos. Viva, nosso país tropical! O calor vai além do clima e termina quente no bolso do nosso povo. Meu ponto de vista ok?

Sem pelos

Meu mano, Pedro Bernardez no maior relax #teampaparazzi Da vida para sempre em meu coração! Lisiane Oliveira

Querida demais! Roberta Barcelos Bense mandando ver em seu novo programa jornalístico da casa "Radar". #top

Camaradaço DJ Rafa Carneiro gravando nosMarcella Suisso festejando so programa e em breve os 10 anos do filhão ante- tem live com mega pro- Camarada 100%! Marlon nado João dução!

Toledo

Meu super querido Ricardo AraúMinha querida Paulinha Artiles comemorando jo, aniversariante da semana que Paz e boas energias! Meu amigão seu níver ao lado da irmã Renata e mãe Rosana Marcos Lobão na vibe da natureza #familialinda passou

Atenção, amigos e amigas! Novembro está aí e o que vem junto com o penúltimo mês do ano?

Black Friday! Descontos em ramos variados com até 70% off no preços. Aqui em nossa unidade da EspaçoLaser, no Boulevard Shopping não seria diferente. Livrem-se de vez dos seus pelinhos incômodos de forma definitiva! Sem dor, eficácia e franquia que é referência no Brasil e mundo.

Verão está chegando e o shape está maneiro? Melhor ainda ostentar a boa forma física sem pêlos em todas as região corporal. No anúncio aqui abaixo da nossa coluna você pode entrar em contato com a unidade Campos e ficar por dentro dos diversos pacotes que o empreendimento oferece.

Ah, surpresa!!! Quem ligar para a nossa unidade e disser que viu esta divulgação, aqui em meu espaço, vai ganhar um brinde especial da franquia Campos. Super indico sempre!

Anos 90

Com o anúncio da nova série do "He-Man e os Mestres do Universo" pelo canal de streaming Netflix, a rede de brinquedos americana Mattel resolveu embarcar nessa onda retrô. Já anunciada para 2021, a linha completa de bonecos articulados cheio de detalhes minuciosos como o desenho na década de 90. Colecionadores e fãs do dono da espada de Grayskull já entraram em ebulição com o anúncio. A Amazon é quem tem o direito de fazer a pré-venda da linha, que contará com 100 figuras (Heróis e Inimigos). O preço vai girar em torno de 300 reais cada, tirando o castelo que custará três mil reais.

Programa Fábio Abud

Logo mais, a partir das 14h, tem mais um #programafabioabud inédito na tela da Terceira Via TV. Vamos ver os dois primeiros participantes do reality #cozinhandocomvoce #docetradição já no clima da competição! Os jurados estarão presentes e muita emoção vai rolar! Além dessa nova novela fixa que segue até dia 06 de dezembro, teremos o lançamento de mais um empreendimento recém chegado em nossa cidade, o meu mais novo parceiro, a Dr. Apple. Teremos música, bate papo, sorteios e muito mais. Espero vocês. Na TV em Campos, Regiões - Norte, Noroeste, Lagos e Serrana, on-line em tempo real em nosso site( www.terceiraviatv.com.br) ou app( ambos gratuitamente -ios e Android). Tem reprises ao decorrer da semana e todo conteúdo na íntegra em meu canal do Youtube.com/programafabioabud. Fiquem com Deus, boas energias e até semana que vem, com o lançamento do último Paparazzi de 2020. Fui!

Fotos: Camila Koschdoski / Gabi Castro / Chico Lima

Aprendizado | aos 24 anos, ator e produtor Jorge Hissa desponta no cinema, teatro e web

Ator e leitor

da Vida

O campista Jorge Hissa tem se destacado no teatro e no cinema, com o curta premiado "Depois que te vi" Ocinei Trindade Aos 24 anos, o ator Jorge Hissa, nascido em Campos dos Goytacazes, diz se sentir um artista criador. Faz pouco mais de cinco anos que passou a explorar o universo da arte. Na época, tinha sede por buscar algo novo. Ainda tem. Em um curto espaço de tempo profissional, confessa que perde a conta dos trabalhos que já participou. O curta-metragem "Depois que te vi", dirigido por Vinicius Saramago, é destaque. Ganhou prêmios nacionais e internacionais. Hissa é o protagonista da trama, presente em todas cenas do filme, disponível na Internet.

"O filme `Depois Que Te Vi´ mudou minha vida. Eu era muito novo quando gravei. Na época, ainda não via o tanto de estrada que aquela experiência me proporcionaria. É importantíssimo termos essa obra destacada em nossa cultura. É um trabalho lindíssimo, feito com amor e muita verdade. E me arrepio até hoje quando penso nas pessoas que assistiram e foram tocadas por esse filme catártico, que aciona dentro de qualquer um o botão de empatia e amor ao próximo. É o licor que vez ou outra me invade e me ferve de vontade pela vida", diz.

Além do filme "Depois que te vi", Jorge Hissa participou do espetáculo teatral de sua autoria, "O Stand-Up Que Deu Errado"; a peça clássica de Raul Pompeia, "O Ateneu"; o média-metragem "Gambiarra: O HD de Espadas"; a quinta temporada da Escolinha do Professor Raimundo.

"Eu fiz stand-in do ator Marcius Melhem, experiência profundíssima, onde tive imensos aprendizados. Participei de `O Rinoceronte´, peça que fez grande movimento no cenário do teatro carioca de 2019, sendo indicada ao Prêmio Shell de melhor direção", explica.

O curta-metragem "Depois que te vi", é aplaudido por onde passa. Prova disso são os vários prêmios alcançados na direção, fotografia e atuação. O mais recente aconteceu no Festival de Kosovo, na Europa.

"Quando se trata de premiação, esse filme é um sucesso. Rodamos mais de 20

países ao redor do mundo. Ganhamos mais de 15 prêmios. Ainda fui presenteado com três prêmios de melhor atuação, sendo um deles internacional. Em outra mostra, cheguei a concorrer com grandes nomes como Tonico Pereira (também campista), Othon Bastos e Suzana Faini".

Jorge Hissa relembra que o filme premiado foi seu primeiro trabalho no audiovisual. Na época, tinha 19 anos, e dava os primeiros passos na vida artística.

"Geralmente, não penso muito em protagonismo. Recebo às vezes muito ‘olho

pareceu algo distante e desconfortável.

"Eu tive a sorte imensa de nascer em um sítio, afastado do movimento urbano.

Sempre foi uma visão muito turva que tive da cidade.. Eram sempre fumaça, amargura e um monocromatismo na alma. Nunca vi vida em Campos. Sempre busquei amizades verdadeiras, e Vida rural em Campos Morando atualmente no Rio de Janeiro, pessoas com amor. Já sofri muito com Jorge Hissa conta que sua relação com uma parte da família, e uma parte dos a cidade onde nasceu e cresceu sempre moradores da cidade também. Estou bem afastado do movimento, mas tenho o sonho de levar cultura e meus aprendizados de vida para minha cidade em um futuro próximo", planeja.

Apesar da pandemia, Jorge Hissa revela que está trabalhando constantemente. Ele faz fotos, grava vídeos, produz conteúdos, movimenta seu público e interage com seus seguidores e fãs nas redes sociais. Atualmente, trabalha no coletivo Parafernalha. O grupo grava remotamente, e, às vezes, presencialmente, com normas de proteção contra a Covid-19.

"Como eu sou só um, tudo fica maior. O trabalho do ator está se transformando a cada dia. Fica difícil saber qual a nossa função no mercado de trabalho, é difícil entender qual o mercado que estamos inseridos. Tento sempre entender como o mundo está caminhando para poder conseguir criar, e também transformar o que está ao meu redor, conforme o que acredito e leio da vida", conclui. grande’ por papéis que faço como protagonista. Acho que os valores nesses casos são subvertidos. A arte do ator não é maior por ser protagonista; é apenas uma parte dos diversos lugares que podemos ir", defende.

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@priscylabezerra

TENDÊNCIA

COLOR MOMENT NEO MINT

Trago ótimas notícias, a WGSN revelou que a cor do verão é o Neo Mint ou verde menta dominando todo o mercado - desde a decoração, moda e acessórios.

NOTA Para os analistas de

cores da WGSN, essa tonalidade remete a um equilíbrio entre o natural e a tecnologia. Sua base verde lembra a natureza, enquanto o tom suave reflete uma proposta mais moderninha.

Exatamente assim!

BELEZA

PREENCHIMENTO DE OLHEIRAS PROFUNDAS COM ÁCIDO HIALURÔNICO!

CRM 52-815861

O tom de menta clarinho é super calmo, aconchegante e moderno.

Além disso a simbologia da cor verde em geral reside na liberdade e na saúde. Não é à toa que remetemos a natureza, não é mesmo ?!!

Separei alguns looks pra você copiar já!

Você já ouviu falar sobre preenchimento de olheiras profundas com ácido hialurônico? Esse tratamento é um dos mais eficazes para esse tipo de olheira, isso porque, proporciona melhora do sulco ("sombra") do contorno escuro aparente. O ácido hialurônico deixa a região mais hidratada. É importante frisar que o preenchimento com ácido hialurônico NÃO é permanente. O resultado da aplicação dura, em média, de 10-12 meses. Mas é possível fazer a manutenção do procedimento sempre que houver necessidade. Como o ácido hialurônico é uma substância natural que existe na nossa pele, o preenchimento se torna uma técnica bastante segura e, por isso, é bem raro o paciente sofrer algum tipo de efeito colateral. Paula Marsicano É possível notar resultados imediatos, logo após a aplicação, como o volume e o alívio do contorno na região. Mesmo após Dermatologia Integrada fazer o preenchimento com ácido hialurônico a paciente deve manter a rotina de skincare, inclusive, seu produto anti-idade. Rua Voluntários da Pátria 500 sala 108 Esse cuidado é fundamental para preservar o resultado do procedimento por mais tempo e evitar sinais do envelhecimento Ed. Platinum Tel: 22 3026-1819 @paulamarsicano precoce, como rugas, flacidez e linhas de expressão.

INSTAGRAM

A TENDÊNCIA DE UNHAS COLORIDAS COM COMBINAÇÕES INUSITADAS! INSPIRAÇÃO TOTAL!

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Reviver...Reviver...

A

Personas de hoje vem adoçando a vida dos campistas há exatamente 50 anos e, por que não, de milhares de brasileiros espalhados por esse Brasil varonil, sem falar nos que moram no exterior. Filha de portugueses, Engrácia Fernanda da Silva Gonçalves chega a Campos acompanhada da irmã e da mãe aos 7 anos de idade. O pai já morava na cidade e trabalhava como campeiro, edificando muros de pedras brutas artesanalmente, como o da casa de Marília e Hugo Aquino. Casou-se aos 20 anos e aos 22 começou a produzir chuviscos. Teve como mestra a secretária da estilista Tonita Balbi.

Da sua união nasceram dois filhos, João Carlos e Maria de Fátima.

Graças aos chuviscos, Engrácia criou os filhos, os educou e comprou uma casa onde mora até os dias hoje, trabalhando exaustivamente para nada faltar à família.

Quem aceita um chuvisco aí?

Beth Cruz, Conceição de Maria, D. Magda Lurdes, Danielle Rodrigues, Andréa Coutinho, Dilce Maria, Clélia Maria, Fátima Braga, Simone Gonçalves, Dayse Souza Cruz, Engracia Fernanda, Nathália Souza Cruz, D Almira, D. Vera e Edna Gomes.

candinhovasconcellos@gmail.com

Engracia Fernanda com Dayse Souza Cruz e a filha Nathália

A portuguesa que levou o chuvisco a receber o título de Patrimônio Cultural e Imaterial de Campos dos Goytacazes.

Viva Engracia Fernanda Em conversa, conta como surgiu o chuvisco de origem portuguesa. Na época, as freiras dos mosteiros engomavam as roupas com a clara do ovo e as gemas eram literalmente descartadas no lixo.

Daí nasceu a ideia de aproveitá-las. Criando receitas, chegaram ao chuvisco, barriga de freira e quindins.

O chuvisco chega ao Brasil com o refúgio da família real. Era o doce preferido de D. Pedro I e a receita era guardada a sete chaves. Na comitiva da família real veio a hexavó de Peri Ribeiro (Piccadilly) que, na época, produzia o doce. Ela foi ensinando à família até chegar a avó de Peri, Joana. O chuvisco deu fama ao município. Aqui se aperfeiçoou e foi criado também o cristalizado.

Indispensável em festas na cidade, o chuvisco faz parte da tradição e identidade dos campistas, tornando-se Patrimônio Cultural e Imaterial de Campos dos Goytacazes. Dentro desse contexto precisamos reconhece-lo e valoriza-lo.

Em família. Fatinha e Sérgio Fagundes com as filhas Carolina e Letícia.

Festival Doces Palavras: Dayse Souza Cruz, Engracia Fernanda, Simone Gonçalves e Fátima Braga

O município era conhecido como a “terra da goiabada”. Com a chegada do chuvisco abriu-se uma nova fonte de trabalho.

Engracia recebendo titulo ao lado de Fátima Católica, apostólica, Braga e Dayse Souza Cruz

Romana, Engrácia tronou-se Ministra da Eucaristia. Confessa que Deus é seu alicerce.

“Ele já me deu muito”.

Engracia aos 7 anos quando chegou Participa de eventos a Campos com as irmãs Deolinda e de caridade levando seus doces: Feira do Marinha e a mãe Salvador, Festival das Doces Palavras. Sonha em assistir à formatura da neta em medicina.

No Salesiano ao lado de Padre Justino

As embalagens prontas para seguirem rumo ao Rio de Janeiro

Lutou dezessete anos cuidando do filho João Carlos, paraplégico após mergulho em Gargaú. Sua vida foi de muita luta, mas não tem do que se queixar.

Junto a tradicionais doceiras da cidade, desenvolve um projeto cujo objetivo é ensinar outras pessoas a produzirem os doces campistas. “Campos não pode perder sua identidade”.

Sucesso Engrácia! Beijos adoçados.

Produção constante dos chuviscos cristalizados

Emoldurada pelos irmãos Luís Gonçalves e Manoel Armando

Com o amigo Alex Caetano Produção a todo vapor Com a filha Fatinha Fagundes em festa

Sua devoção a Nossa Senhora de Fátima.

Com a neta Carolina Fagundes na formatura em medicina.

Recebendo carinho das netas Carolina e Leticia.

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Cine na praça O Cinema Presente na Praça leva exibições itinerantes e gratuitas de filmes nacionais a céu aberto para 20 municípios do estado do Rio. E no mês de novembro algumas cidades da nossa região serão contempladas. Todos os protocolos de segurança contra o coronavírus estão sendo respeitados, como o distanciamento de 1 m entre as cadeiras; túnel de descontaminação na entrada do evento e sanitização das cadeiras antes e entre cada sessão. E claro, todos devem usar máscara. Se liga só na programação: Cabo Frio 01/11/2020 - Búzios (02/11/2020) - Casemiro de Abreu (07/11/2020) - Silva Jardim (08/11/2020) - Campos (21/11/2020) - Macaé (22/11/2020) - Para saber mais, acesse: www. cinenapraca.com.br

Bernardo Freire e Camilla Ribeiro nas comemorando o pequeno Pedro Henrique

#THEBEAUTYPROJECT A ansiedade já está batendo aqui por conta do nosso próximo ensaio. Depois do sucesso da estreia do #TBP, onde eu e a fotógrafa Luanna Pacheco produzimos a nossa influencer Lara Aquino com looks da Villa Marítima e assessórios da Joiah. Já estamos a mil por hora com as escolhas para a nova produção. Para você que é nosso leitor, já sabe que aqui você também encontra bons conteúdos sobre moda, beleza e fotografia. Na edição da semana que vem, você conhecerá a nova garota #TheBeautyProject, que será a estrela do nosso próximo ensaio. Aguarde!

Rosana Valadares sempre trazendo bom gosto para nossa página

Árvores da UENF

Priscila Nogueira, Jessika Zanon e Karen Rosário para as lentes do mago Luan Almeida

Bruno Areas e Karla Bernades juntos também no esporte

Uma curiosidade. Vocês sabia que dentro da UENF você encontra Qr-Code em algumas árvores? É muito interessante porque ele te direciona imediatamente para uma página do projeto Árvores da UENF, que tem como objetivo fazer o levantamento, a identificação e a divulgação de diferentes espécies. As árvores da universidade foram plantadas em diferentes momentos e contribuem para o bem estar da comunidade e dos que ali frequentam. É um ótimo passeio para fazer com as crianças. Bacana, não é mesmo? Taí, uma idéia ótima para as cidades da nossa região.

Amanda Melila brindando o seu novo ano. Bem vinda a truma dos trinta!

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GENTE BACANA GPS SOCIAL

Marta Arêas comemora aniversário em Petrópolis: tim tim!

MIMA Nos domínios do Sítio Mima, uma das mais belas propriedades do estado, que valoriza o interior e está muito bem localizada na praia de Atafona. Inês e Hugo Aquino Filho receberam junto a Nathália e Hugo Aquino Neto, os amigos Liliane e Evandro Machado, de Petrópolis, com os filhos Lucas e Guilherme, que voltaram para a Serra levando de presente o cavalo Olodum da Mima. Também Andréia e Ricardo Duarte, vindos do RJ com os filhos Maria Júlia e Gabriel, e mais Graziella Aquino Cruz e Guilherme Cassiano para tarde agradável no paraíso.

A aniversariante da semana Maria Fernanda Rodrigues com Cidinho Freixo

PASSAGEM AÉREA Ele nasceu em Campos e, em um certo momento da vida, resolveu sair da cidade e se embrenhar pelas bandas da capital. Só que não foi no Rio de Janeiro que Kris Moser decidiu fincar o seu cetro poderoso, e se tornar o rei de embelezar mulheres. Foi do outro lado da ponte, em Niterói, como sócio da atriz Juliana Paes. Até hoje lá está ele mostrando seu valor nas cabeças mais coroadas da Terra de Araribóia.

O trabalho não cessa, o cansaço surge e Kris Moser parte para viajar. Assim, ele resolve seu stress. Dias atrás não pensou duas vezes e seguiu para passear em Salvador. Foi rever a cidade que ama e os amigos queridos que venera.

O profissional viu a cidade diferente, sem aglomeração por conta da pandemia; uns pontos turísticos fechados e outros reservados a pequenos grupos, mas mesmo assim, com a energia de sempre. A Bahia tem seu axé arretado e a beleza espalhada por todos os cantos. Salvador promete um dos verões mais conectados da última década. Em dezembro, serão voos diretos para todas as capitais do Nordeste e do Sudeste, para duas capitais do Sul, duas do Centro-Oeste e uma do Norte.

BODAS PRATEADAS Campista Jackeline Louzada Alviani comemorou na Itália, onde mora há mais de 30 anos, os 25 de casada com o romano Stefano Alviani. Tudo aconteceu na igreja de San Pietro, em Roma, com cerimônia religiosa linda e emocionante. Logo após, a família e convidados, que somavam apenas 30, seguiram para o jantar na terraza Borromini com vista deslumbrante para a Piazza Navona, uma das mais célebres da cidade.

A jornalista Mayra Barros, que também é geógrafa de mão cheia

DE OUTRAS PARAGENS...

Nem a pandemia de Covid segurou Lívia Amorim na Espanha.

A moça está por sua terra natal, para cuidar com carinho da avó que está enferma e necessita de suas atenções. Chegou já querendo agitar a planície. Vem novidades dela por aí.

No mesmo ritmo, Valeria Carvalho Araceli, outra campista que vive pelo mundo. Mora em Boston com marido Adriano Araceli e o filho Bryan. A filha Bruna e o marido Lucca também vão surgir por aqui em breve.

RELÍQUIAS Aos campistas que curtem carros antigos, a coluna manda dois preciosos avisos: um, que foi inaugurado recentemente na cidade de Gramado, na Serra Gaúcha, o Hollywood Dream Cars, um museu de automóveis que mantém em exposição permanente 130 preciosidades da era de ouro dos carros americanos; e também o American Old Trucks, dedicado a caminhões e pick-ups clássicas.

O outro é que três dos caminhões que agora fazem parte do acervo do museu, saíram de Campos para ganhar admiração e notoriedade dos visitantes.

Um Kenworthe branco ano 1950, um White cinza 1957 e um Internacional na cor verde do ano de 1962, foram comprados em Campos e são os únicos no Brasil. As relíquias pertenciam ao restaurador e apaixonado por carros antigos, Fábio Lopes, e foram restauradas por ele e pelo filho Lauro Santos, em sua oficina aqui na cidade.

Lauro esteve em Gramado para conhecer o museu e voltou orgulhoso com o resultado bem feito, que contribuiu muito com o acervo e a história dos automóveis no Brasil.

LUTO É com muito pesar que a coluna se une a dor de Fernando de La Riva e filhos Margarida Aleida, Maria Angélica, Marina e Fernando Antônio, pela partida de Margarida dos Santos de La Riva; meio mineira e meio campista, que deixa a sua passagem neste mundo marcada pela discreta elegância, pela representatividade como mulher, mãe, amiga, e fervorosa devota de Santa Edwiges, ser humano de bom coração. Que Deus a tenha em lindo lugar.

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01 A 07 DE NOVEMBRO DE 2020

@rodrigovianarodrigoviana

Suzane Carvalho, das novelas para os autódromos

Fotos: divulgação

Conheça a atriz que abandonou a carreira para viver das pistas de corrida Suzane Carvalho é carioca, tem 56 anos, é piloto de carros e motos, jornalista e empreendedora. Piloto campeã de diversas categorias no automobilismo e no motociclismo, é a única mulher no mundo campeã de Fórmula 3, é a única brasileira a ter tido convites para correr na Fórmula 1 e é a única piloto brasileira a conquistar títulos nacionais sobre duas e quatro rodas. Suzane promove cursos de capacitação e treinamento para condução de carros e motos para passeio e para competições esportivas, inclusive kart e fórmulas. Ela também foi atriz, com atuações em teatro, cinema e TV, inclusive estrelando em várias novelas da Rede Globo. Suzane também foi capa de diversas revistas e fez diversos comerciais e anúncios publicitários. Tem dois livros editados, um para pilotagem de kart e outro para pilotagem de moto.

Suzane Carvalho também foi a minha instrutora no seu curso de direção defensiva / evasiva, do seu Centro de Treinamento de Pilotos Suzane Carvalho. O curso foi realizado no antigo Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, momento ao qual eu a conheci pessoalmente. De lá para cá, encontramo-nos várias vezes, nos autódromos e em eventos, num destes encontros, Suzane me concedeu esta entrevista.

Suzane, quando começou a sua carreira profissional?

Eu comecei muito precoce. Com apenas 2 anos e meio de idade, eu já fazia o meu primeiro comercial, foi para a rede de postos de combustíveis da Atlantic. Até hoje, já fiz mais de 250 comerciais.

Suzane Carvalho no topo da sua carreira automobilistica

Suzane Carvalho ministrando o seu curso de kart

Como se tornou atriz? O que a motivou?

Sendo nascida em uma família de artistas, segui os caminhos de minha mãe, Lia Farrel, e de minha irmã, Simone Carvalho. Estreei no teatro com 13 anos, no cinema com 14 e nas telenovelas com 18. Participei de todos os tipos de produções: comédias, musicais e dramas. Também atuei produzindo duas peças teatrais, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Como foi a sua atuação nos palcos de teatro?

No teatro, minha primeira peça foi aos 13 anos, foi em 1977, eu fazia uma coelhinha no musical infantil “O Circo”. Oito anos mais tarde, na mesma peça, eu viria a ser a protagonista Bailarina. Entre 1977 e 1988, fiz nove peças teatrais: Em 1977, foi “O Circo”, que acabei de citar; em 1978, foi “Os Apuros de Papai Noel”; em 1979, foi “A Fadinha que era boa”; em 1982, “A Bela e a Fera”; em 1982/1983, “O Pequeno Príncipe”; em 1984, “O Analista de Bagé”; em 1985, “O Circo” novamente; também em 1985, “Bocage” e; em 1986/1987, “Férias Extra Conjugais”.

Como foi a sua atuação nas telas do cinema?

No cinema, a minha primeira aparição foi aos 14 anos, no longa-metragem “Sábado Alucinante”. Fiz oito filmes, os principais foram: “Fêmeas em Fuga” e “Perdidos no Vale dos Dinossauros”, nestes, fui protagonista. Também participei, entre outros, do “Amada Amante”, “Profissão Mulher” e “Geração Saúde”.

Na televisão, quando tudo começou?

Na TV, estreei aos 18 anos, na Rede Globo, na novela “O Homem Proibido”, em 1982. Também atuei nas novelas “Vereda Tropical” e “Champagne”, nesta, fiz a personagem principal da trama, a assassina da empregada “Zaíra”. Trabalhei também em programas humorísticos, como “Chico Anísio Show”, de 1983 a 1985, e programas especiais como “Caso Verdade” e “A Era dos Halley”. Na TV Manchete atuei com o Costinha no programa “Domingo de Graça”, em 1986. Na Rede Bandeirantes, os maiores trabalhos foram a “Miss Constituinte”, do programa “Agildo no País das Maravilhas”, em 1987 e 1988, e a apresentação dos famosos bailes de carnaval de 1988 a 1990.

Rodrigo Viana recebendo da Suzane Carvalho o seu Certificado de Conclusão do Curso

Você também já atuou em revistas?

Sim. Cheguei a fazer algumas fotonovelas. Fui capa de muitas revistas de diversos segmentos. Fiz muitos calendários. Já fiz ensaios sensuais fotográficos para as três principais revistas masculinas da década de 80: Playboy, Ele Ela e Status. Também já fui destaque de escola de samba em vários carnavais no Rio de Janeiro.

Como surgiu o gosto pelo automobilismo?

O meu grande sonho, desde pequena, era ser piloto de automobilismo, era algo que me fascinava, mas não tinha ideia de como começar a correr, até o dia, em julho de 1989, em que vi um anúncio no jornal sobre uma escola de pilotagem de kart. Pronto, foi o início de uma transformação radical na minha vida, que mudou da água para o vinho.

Como foi o seu início no automobilismo?

Comecei então no kart, onde fui campeã brasileira logo no primeiro ano, em 1989.

Em 1990, fui campeã carioca e campeã da Taça de Prata. Neste mesmo ano, fui vice-campeã da Taça Rio de Janeiro e Taça de Ouro. Também fui vice-campeã, em 1995, do Torneio de Verão do Rio de Janeiro.

Fora o curso de pilotagem de kart, você chegou a fazer mais algum curso de pilotagem automobilística?

Cursei duas escolas de pilotagem, que é fundamental para quem quer ingressar no automobilismo, uma foi a Alpie, em São Paulo, e a outra foi a Spenàrd-David, no Canadá.

Como foi o seu início nas categorias Fórmula?

Passei pelas Fórmulas 1600, Fórmula Ford, Fórmula 2000 Canadense e Fórmula 2000 Italiana, até chegar à Fórmula 3 Sul-Americana, a categoria mais importante do automobilismo Sul-Americano. Em 1992, foi o primeiro ano em que fiz um campeonato completo e participei da Categoria B da Fórmula 3, conquistando os títulos de campeã brasileira e campeã sul-americana. Esta foi a primeira vez na história do automobilismo mundial que uma mulher conquista um título na Fórmula 3, que é disputada em todo o mundo, e com isso, acabei entrando para o Guinness Book e para a Enciclopédia Barsa.

Você chegou a correr nas Mil Milhas de Interlagos, uma tradicional prova brasileira de resistência?

Em 1993, participei das Mil Milhas de Interlagos, correndo com um Stock Car e chegando em 3º lugar. Em 1994, repeti o 3º lugar correndo com um Protótipo VW. Já em 1996, formei a primeira equipe feminina a correr nas Mil Milhas, mas tivemos que abandonar a prova quando estávamos na 4ª colocação, depois de 8 horas de corrida, com problemas em nosso Aldee. Mas, em 1997, cheguei em 6º lugar, correndo também em dupla feminina.

Quais foram as outras categorias que você participou?

Em 1995, corri o Campeonato Argentino Copa de Damas, com um Nissan-Sentra, conquistei três vitórias e subi diversas vezes ao pódio, sagrando-me “Campeã Moral”, pois eu não tinha permissão para pontuar no campeonato. Em 1996, peregrinei pelo Brasil e Argentina competindo em diversas categorias de Turismo e Kart, e conquistei três vitórias, nas quatro etapas que corri no Campeonato Carioca de Turismo. Já em 1997, voltei a disputar um campeonato completo, e corri o Campeonato Carioca de Turismo, disputando sempre a ponta e fazendo a “pole-position” entre 34 pilotos, porém, por diversas vezes, fui posta para fora da pista, mas consegui conquistar o 4º lugar no campeonato. Também voltei a participar do Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3, onde fiz quatro corridas, além de cor-

Suzane Carvalho

Suzane Carvalho com alguns trofeus conquistados na Superbike Series Brasil

Suzane Carvalho correndo na Superbike Series Brasil, a maior categoria de motovelocidade da America Latina

rer algumas etapas do Carioca de Kart. Em 1998, dei um passo que não poderia faltar na minha carreira: corri nas tão famosas pistas da Inglaterra e disputei quatro corridas na Fórmula Palmer Audi e sete no campeonato Inglês de Vectra. Em 1999, corri cinco etapas do Campeonato Pan-Americano de Fórmula Indy Lights, um carro de quase 500 cavalos de potência e que pesava somente 650 kg! Em 2000, consegui um patrocínio da UOL para correr meia temporada na categoria, a maioria das corridas foi no México, mas também corri no circuito oval de Colorado Springs, nos Estados Unidos. Foi a primeira vez que corri num circuito oval e gostei muito! Foi o carro mais forte que guiei, era como que domar um “touro”! Entrou o novo século e continuei a correr em algumas destas categorias que competi nos meus primeiros 11 anos de automobilismo.

Você chegou a pensar em correr na categoria principal da Fórmula Indy e também na Fórmula 1?

Tive convites de equipes para correr tanto na Fórmula 1 como na Fórmula Indy, mas não consegui o dinheiro necessário para ingressar em uma das categorias máximas do automobilismo.

Você hoje tem uma escola de pilotagem?

Em 2003 realizei outro sonho, montando o meu Centro de Treinamento de Pilotos onde ministro aulas na formação e treinamento de pilotos de Kart, Turismo, Fórmula, Protótipo e Moto, na condução esportiva para competi-

ções, e também de Direção Defensiva / Evasiva para carros e motos para uso nas ruas - inclusive você foi o meu aluno -, além de possuir uma equipe de competição de Kart.

Neste início de século, você trocou o automobilismo pelo motociclismo?

Fiquei 12 anos afastada das competições, estava me dedicando muito ao meu Centro de Treinamento de Pilotos e à minha carreira de jornalista, testando diversos carros e motos, escrevendo para jornais, revistas e sites, além de gravando para o meu canal na internet Suzane.TV. Como muitos testes de moto são realizados em autódromos, eu que já andava de motocicleta há 38 anos, interessei-me pela técnica de pilotagem para pista, que aliada ao meu espírito de competitividade, levou-me de volta às competições, correndo na categoria 500 cc da Superbike Series Brasil, a maior competição de motovelocidade da América Latina. Consegui conquistar o bicampeonato na categoria Máster.

Você já escreveu algum livro, passando a sua experiência para o papel?

Em 2004 publiquei o livro “Curso de Pilotagem de Kart - Pilotando e Acertando um Kart”. Já em 2017, lancei o livro “Moto - Pilotagem Avançada e Dicas Para Viagem”. As minhas experiências também estão sendo contadas desde 2019, no Programa “Tunadas”, as quartas, à noite, no canal Discovery Turbo.