CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 30 DE NOVEMBRO A 05 DE DEZEMBRO DE 2020
Nas bancas por R$ 1,50
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NÚMERO 214
Fotos: Carlos Grevi/Leon Junior
Wladimir ganha em Campos
l Candidato do PSD conquistou 52,40% dos votos válidos e agora depende do TSE para ser diplomado prefeito l Segundo turno bateu recorde de abstenção resultando em uma vitória apertada num município dividido
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OPINIÃO - PÁGINA 04
Loirinho
o artesão das relíquias de quatro rodas CAPA
Ignez Jacyntho na coluna Personas PÁGINA 06
Sindivarejo e CDL elegem Samuel Sterch e José Francisco
CANDINHO VASCONCELLOS
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Alessandra Ribeiro em destaque na coluna Viny Soares
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Os desafios da prematuridade diante de uma pandemia
Novos presidentes assumem com desafios para revitalizar o comércio
Brasil é o décimo país com mais partos prematuros no mundo
Entidades elegeram seus presidentes que terão que lidar com esse ano que se aproxima com expectativas indefinidas. PÁGINA 09
Com cerca de 340 mil nascimentos de bebês nessas condições por ano, país enfrenta um problema bastante concreto. PÁGINA 11
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Especial
30 DE NOVEMBRO A 05 DE DEZEMBRO DE 2020
Wladimir vence para prefeito Candidato obteve 121.174 votos e depende agora de uma decisão favorável no TSE para assumir
Foto: Carlos Grevi
Marcos Curvello Wladimir Garotinho (PSD) foi o candidato a Prefeito de Campos mais votado no segundo turno das eleições municipais, neste domingo (29). Em um pleito acirrado, ele recebeu 121.174 (52,40%) votos, contra 110.094 (47,60%) de seu oponente, Caio Vianna (PDT). Porém, a votação do deputado federal foi computada como anulada sub judice e seu nome aparece como "Não Eleito" no site Resultados, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para assumir o Município, Wladimir depende, agora, de uma decisão da própria Corte Eleitoral sobre o pedido de impugnação de seu vice, Frederico Paes (MDB), movido pelo candidato derrotado Bruno Calil (SD). A apuração começou com Caio Vianna na frente. Com 0,10% das urnas apuradas, o pedetista tinha a preferência de 69,05% do eleitorado. A vantagem, porém, foi diminuindo de acordo com que a totalização das sessões avançava. Wladimir ultrapassou Caio após 81,95% dos votos contabilizados e ampliou a distância a partir de então. Promessa de salários em dia "Essa é a vitória do povo que entendeu as nossas propostas. Agradeço a Deus e toda os eleitores que depositaram confiança em mim e dizer que serei um prefeito de verdade de toda a população. Mais uma vez foi o povo mais humilde e que mais sofreu nos últimos quatro anos que nos deu a vitória", comentou Wladimir, informando que uma das primeiras ações dele assim que tomar posse em janeiro é colocar os salários dos servidores e dos aposentados e pensionistas em dia. Wladimir Garotinho, 35 anos, é casado com Tassiana Oliveira, pai da Gabriela e Anthony Neto. É filho dos ex Governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho. Elegeu-se deputado federal em 2018 pelo Estado do Rio de Janeiro, com 39.398 votos. Está entre os 50 deputados mais influentes nas redes sociais. Nascido e residente em Campos de Goytacazes/RJ, Wladimir formou-se no Curso de Publicidade e Propaganda na Universidade da Cidade (Campus Lagoa), no período em que os pais foram governadores. Depois de formado, empreendeu no segmento de entretenimento. Na Câmara dos Deputados, destacou-se no trabalho de captação de verbas para o Estado e interior, especialmente a Região Norte/Noroeste Fluminense. Os recursos foram destinados à saúde, segurança, geração de emprego e renda. Apuração O resultado final foi conhecido por volta das 19h20 deste domingo e inclui 5.419 votos brancos (2,16%), 14.423 votos nulos (5,74%) e abstenção recorde de 109.516 eleitores (45,74%). A vitória apertada nas urnas, por uma diferença de 5%, mostra que o fôlego da candidatura de Wladimir foi menor do que supunha o deputado federal ao falar em eleição ainda no primeiro turno. Filho de uma família tradicional da política campista, que já comandou o Município em quatro ocasiões, Wladimir sofreu os efeitos de uma rejeição de dois dígitos, menor apenas que a do atual prefeito, Rafael Diniz (CDN), candidato derrotado à reeleição. Os números mostram, ainda, uma cidade dividida, em que parte importante do eleitorado disse não aos dois candidatos que chegaram ao segundo turno. Isso obriga, desde cedo, o prefeito eleito ao diálogo. Ele terá como missão não só administrar um Município empobrecido, com problemas nos setores mais importantes, como mostrar que é capaz de fazê-lo para quase 220 mil pessoas que rejeitaram sua visão de cidade. Terceiro Garotinho na Prefeitura Filho dos ex-governadores do Estado do Rio de Janeiro e ex-prefeitos de Campos Anthony e Rosinha Garotinho, Wladimir Garotinho (PSD) será o ter-
Votos sub judice
Conquista | Wladimir Garotinho e seu vice, Frederico Paes, comemoram vitória nas urnas no tradicional reduto da Lapa ceiro membro da família eleito para comandar o Município de Campos. Tem como vice Frederico Paes (MDB). O empresário enfrenta na Justiça
Eleitoral um pedido de impugnação de sua candidatura, que pode resultar no indeferimento de toda a chapa. A ação foi movida pela coligação do
Dr. Bruno Calil, que obteve unanimidade pela impugnação no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ).
Wladimir Garotinho e seu vice, Frederico Paes (MDB) tiveram os votos contabilizados, mas divulgados como “anulados sob judice”. Paes é alvo de um pedido de impugnação movido pelo candidato derrotado Dr. Bruno Calil (SD), que alegou que o empresário não se desincompatibilizou da da direção do Hospital dos Plantadores de Cana dentro do prazo. Como o prazo para substituir o vice está encerrado, o resultado da ação pode atingir toda a chapa. Apesar vitória de Paes em primeira instância, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) confirmou por 6 a 0, o indeferimento do registro do empresário. Um recurso foi impetrado no TSE, em Brasília. O caso será julgado por um colegiado formado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros Luis Felipe Salomão e Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e os juristas Tarcísio Vieira e Sérgio Silveira Banhos. Salomão é o relator. Caso a Corte confirme o entendimento do TRE-RJ, uma nova eleição deve ser convocada.
Caio Vianna se firma como nova liderança
Crescimento | Caio Vianna conquistou 110.094 votos, 47,60% dos válidos
Embora tenha sido derrotado, Caio Vianna, de 31 anos, contabilizou um aumento expressivo de votos em relação ao primeiro turno, quando teve a preferência de 68.732 eleitores. Foram 41.362 votos a mais no segundo turno, com apenas duas semanas de campanha. Foi quase três vezes mais do que o crescimento registrado por Wladimir, da ordem de 14.648 votos. A votação revela, também, o crescimento do capital político de Caio desde a primeira vez em que se candidatou a prefeito de Campos, em 2016. Na ocasião, Caio teve 31.360 votos e ficou em terceiro lugar. Impulsionado pela boa colocação, à frente de nomes conhecidos da política local,
Caio se lançou candidato a deputado federal em 2018. Teve, então, a preferência de 21.017 eleitores e ocupou a suplência do PDT em Brasília. Neste domingo, viu sua votação crescer duas vezes e meia em relação a 2016 e quatro vezes em relação a 2018. Campanha Ao contrário de 2016, Caio teve, este ano, o apoio de seu pai, o ex-prefeito Arnaldo Vianna, que participou ativamente da campanha tanto no primeiro quanto no segundo turno. O pedetista protagonizou uma aproximação com o PSL, sigla que indicou a candidata a vice-prefeita Gilmara Gomes para compor a chapa.
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Graziela Escocard
30 DE NOVEMBRO A 05 DE DEZEMBRO DE 2020
Historiadora e diretora do Museu Campos
AloysioBalbi
Você sabia que em Campos viveu um escravo cirurgião?
Com Girlane Rodrigues
Eike Batista está de volta Depois de sete anos, as empresas OSX Brasil Construção Naval e OSX Serviços Operacionais deixam, a partir desta semana, a recuperação judicial. A decisão é da juíza Maria Cristina de Brito Lima, da 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, concluindo que as companhias cumpriram todas as obrigações estabelecidas pelo plano de recuperação aprovado em 2014. Isso já havia mexido na Bolsa de Valores no final da semana passada. Em suma, Eike Batista está de volta ao mundo dos negócios.
A Casa de Churchill O escritor, dramaturgo, jornalista e um monte de outras coisas ligadas a cultura e a arte de saber, Winston Churchill Rangel, vai lançar mais um livro. Ele já perdeu as contas de quantos já escreveu, só sabe que passa de uma dúzia. O novo livro, um romance, que leva o nome de “A Casa do Espírito Santo”, beirando a 350 páginas. Lendo as primeiras páginas em primeira mão, a constatação de uma literatura deliciosa e provocante.
Testando Na eleição no 2º turno em Campos tinha mais gente em uma farmácia na Pelinca, na fila para fazer teste pago da Covid-19, que o número de pessoas em muitas sessões eleitorais. Mesmo com o teste que tem certa margem de erro, digamos assim, as pessoas pagavam R$ 120. Esse repiquete da pandemia está assustando e não poderia ser diferente.
Mais segurança O programa de monitoramento por câmeras em Campos tende a ser ampliado. ‘Campos mais segura’ foi criado em 2019 e, além dos equipamentos da prefeitura espelhados pela cidade, o programa também tem acesso a imagens de câmeras particulares, fruto de uma parceria com a sociedade. O setor de monitoramento está adquirindo mais seis televisões de led de 43 polegadas para compor o espaço que funciona nos altos da rodoviária Roberto Silveira e é administrado pela Secretaria Municipal de Segurança Pública.
Barreira para as praias A prefeita reeleita de São João da Barra, Carla Machado, estava para abrir a barreira montada na BR-356 que liga Campos às praias de Atafona e Grussaí, em dezembro. Pelo visto vai adiar, mas está sofrendo pressões dos comerciantes dessas praias. Indiscutivelmente esse será um verão atípico. Nesta época do ano as imobiliárias das praias de Atafona e Grussaí estavam bombando nos aluguéis. Mas tudo encolheu. Um exemplo Desde o último sábado já é saudade o empresário Sérgio Nogueira, mais uma vítima da Covid. Fundador da butique Cipó, que vai completar 50 anos, Sérgio deixa um exemplo de empreendedorismo. Começou com sua butique na garagem de um prédio na Álvaro Tâmega. Saiu rápido da informalidade e montou a maior rede de butique masculina de Campos, primando sempre pela sofisticação. Grande perda. Indústria chegando Uma grande empresa do ramo agrícola está prospectando negócios em Campos. É especializada em desidratar frutas e embalar alimentos a vácuo. No momento, está definindo uma área, e o foco é o porto do Açu em médio prazo, ou seja, exportações. Boa notícia.
Opinião
Limpeza As piscinas das vilas olímpicas e parques aquáticos de Campos administrados pela Fundação Municipal de Esportes (FME) passarão por limpeza e manutenção. A empresa Pavicunha possui contrato com a Prefeitura de Campos até junho de 2021 para realizar os serviços e evitar a propagação de doenças, como dengue e chikungunya. Exclusivo para ciclistas Campos possui uma área exclusiva para ciclistas profissionais treinarem. Depois de anos de luta, a categoria utiliza o espaço que funciona no parque Julião Nogueira, próximo ao condomínio Dhama. A pista é asfaltada, porém requer mais infraestrutura. A administração do espaço é pública e o liberou para ser utilizado uma hora e meia por dia, quatro vezes por semana. SuperBom A Prefeitura de Campos já licenciou a área de construção do novo supermercado SuperBom, no parque Aurora. A loja terá três pavimentos, sendo o subsolo, onde vai funcionar o estacionamento, além do térreo de 2.190,66 m² e um segundo pavimento com 1.001,30 m². A área total construída será de 5.738,62 m², na Rua Visconde de Itaboraí, 595 e deve funcionar em 2021.
Vitória apertada em uma Campos partida
Como era previsto, o 2º turno das eleições em Campos foi acirrado. O candidato Wladimir Garotinho foi eleito com uma margem de 5% dos votos válidos sobre Caio Vianna, mas a chapa vencedora está sub judice devido à perda de prazo de desincompatibilização do vice, Frederico Paes, processo que será julgado pelo TSE em Brasília. Fato é que 5% de diferença não significam uma vitória maiúscula, embora isso não tire seu mérito. Caso a chapa seja deferida e Campos não tenha que ter uma nova eleição, Wladimir assumirá
Mudar para pior?
sabendo que apenas um pouco mais da metade dos votantes, em um pleito de abstenção recorde lhe deu a vitória, o que significa uma cidade rachada em três. Isso deve nortear suas ações, ou seja, deve governar sob o signo da humildade. Pode ser salutar para um jovem que vai encarar sua primeira administração pública em um ano desafiador - o de 2021 – ainda sob os efeitos da pandemia do Coronavírus. Embora sub judice, Wladimir Garotinho foi eleito, e se confirmado, espera-se dele um mandato responsável com os pés no chão.
“Evoluir é modificar-se, progredir é melhorar, é tender a um fim humanístico”. – Amaral Fontoura.
Fernando da Silveira - Professor universitário, advogado e jornalista
A minha crônica intitulada “O Perigo da Sexualidade sem Limites” está dando pano para manga, está estimulando muita discussão. E a tal ponto, que alguns eis-alunos chegaram a me telefonar dizendo que me tornei ultrapassado, por não concordar com a evolução, que vem levando o ser humano a aceitar honestamente o que ele sempre foi. Enfim, tendo coragem de admitir que homens e mulheres sempre foram apaixonados pelo prazer sexual, daí o empenho em nossos dias da humanidade não se render aos limites impostos pela velharia, que ainda está mandando. Entendo, porém, que ultrapassados são aqueles que não sentiram que a evolução aplaudida pelos insensatos está levando o homem às maiores carnificinas, como as duas grandes guerras nos demonstraram. Tenebroso conflito que, mesmo assim, continua estimulando com o seu exemplo anti-humano constantes confrontos aterrorizadores. Sendo bom destacar, que quando não há limites, tudo é permitido. Para ganhar dinheiro, por exemplo, torna-se indiscutível estabelecer novas formas de atividades empresariais, mesmo que levem ao desemprego milhares de pessoas. Podendo-se registrar tal fato ao se focar mecanismos automáticos, melhor dizendo, robôs, alguns deles até semelhantes ao homem, a realizarem com aplausos serviços, que eram levados a efeito por seres humanos. Quando os que tudo podem, pouco se importam com aqueles que ficaram desempregados. Indubitavelmente, a falta de limites introduz no homem a irracionalidade, nos tornando obviamente animais irracionais. Eis a razão de jamais concordar com a concepção materialista e determinista de certos agnósticos, que entendem que a evolução se confunde com o progresso. Não distinguindo, assim,
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evolução de progresso. O que os leva a não reconhecer o fim superior da vida. Para tais pensadores, o objetivo da vida é simplesmente viver. Não passando dos percalços da caminhada humana ao longo dos milênios. Ouso dizer, que para mim tal entendimento não passa de se acreditar, que todo ato humano é defensável. Algo, que jamais posso admitir, porque o que estou vendo no nosso tempo é que os nossos atos ganharam a feição de suicídio. Não é sem razão, que Lessing, o notável pensador alemão, já nos alertava que “O espírito humano e a cultura vão se diluindo aos poucos na civilização moderna, como um punhado de folhas de chá sucessivamente fervidas”. Sendo bem provável, que tal degeneração está se consumando, porque a humanidade só tem se voltado para a evolução, isto é, para a mudança, esquecendo-se do progresso, que significa mudança para melhor. Mas, para nos tornarmos melhores, temos que nos empenhar ardorosamente em imprimir um tom humanístico na mobilidade social. O que nos livra do caos, que está se desenhando. Há quem entenda, que não chegaremos ao caos, porque a História se repete e que sempre encontramos uma solução para os preocupantes problemas, que nos assolam. Daí não se importar com o que está acontecendo no mundo. Inclusive, com o processo de sexualização desvairada. Sinto nisso um grande equívoco, pois só vejo crescer a fome do dinheiro e o desejo sexual sem limites a ganharem espaço. Daí a necessidade de lutarmos de corpo e alma, em defesa da tese de que progredir é espiritualizar. E, para tanto, temos que sempre repetir incansavelmente a célebre advertência de Jacques Maritain: “Uma sociedade progride, não quando aumenta o seu poder material, mas sim quando atinge maior perfeição moral”.
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á leram ou ouviram falar da rádio novela considerada uma das mais conhecidas de Waldir Pinto de Carvalho, “O Escravo Cirurgião”, que, em 1988 (ano do centenário do célebre “13 de maio”), o autor transformou em livro? Nesta obra é narrada a história de um escravo chamado de Inácio, que estudou para se tornar um cirurgião e curar seus companheiros de senzala por influência de um padre Jesuíta. Inspirada em fatos reais e adicionada uma boa dose de fantasia e drama, a narrativa é recheada de fortes diálogos. A história se desenvolve nos arredores do Solar do Colégio (onde hoje funciona o Arquivo Público Municipal, que leva o nome do escritor) e inicia-se assim: “A voragem do tempo, causadora de tantas destruições, não conseguiu demolir as paredes da Igreja e do Colégio. O primeiro traço de civilização dos Campos dos Goytacazes, continua vivo aos olhos dos que passam pelas cercanias da legendária fazenda, cenário de tantas histórias incomuns”. Pois bem! Como dizem os mais antigos, “onde há fumaça, há fogo”! Pensando nesse dito popular podemos desmistificar essa história que já se tornou lenda em nossa cidade. O personagem, o escravo cirurgião, eternizado por Waldir Pinto de Carvalho, realmente viveu na antiga Fazenda dos Jesuítas, também conhecida como fazenda de Nossa Senhora da Conceição e Santo Inácio, propriedade do então conhecido como o vassalo “mais rico e poderoso de Portugal no Brasil”, o comerciante, Joaquim Vincente dos Reis. Seu nome todo era Inácio Gonçalves de Siqueira, escravo enviado em 1770 para o Hospital militar, onde se tornou cirurgião, retornando para a Vila de São Salvador em 1781, ano no qual Joaquim Vincente dos Reis arrematou a fazenda. Mas vale lembrar que era comum escravos se tornarem cirurgiões para cuidar da população desfavorecida e tratar dos problemas de saúde mais urgentes de quem precisava, não importava se ricos ou pobres. Cabe ressaltar, ainda, que a utilização dessa mão de obra escrava especializada era mais barata do que o emprego de livres qualificados. Estudos indicam que ofícios como do Inácio, cirurgião, na sociedade brasileira naquele momento era de grande importância para a saúde local, desempenhados por escravos e libertos, numa época em que a medicina acadêmica disputava espaço com as práticas populares de cura. No entanto, tais habilidades preocupavam seu dono, já que vinha se mostrando muito astuto e seria capaz até de insuflar outros escravos descontentes dentro de sua imensa propriedade, que abrigava quase dois mil cativos. De acordo com Couto Reis, em 1785 a Fazenda do Colégio possuía 765 crianças, o que corresponde a mais da metade de sua escravaria (51,6%), 340 homens e 377 mulheres, adultos escravizados. Esses números elevados de escravos, tidos como propriedade do Joaquim Vicente dos Reis, podem demostrar a preocupação deste vassalo em preservar sua propriedade e também sua integridade física. Com receio de sofrer uma revolta de seus escravos e com muito medo de seu escravo cirurgião se vingar, utilizando das técnicas que aprendeu, o Joaquim, em 1796, “doou pelo amor de Deus à Santa Casa de Misericórdia do Reino e Cidade de Angola” o escravo Inácio Gonçalves de Siqueira e sua mulher Marta Soares, e acrescentou que eles “deveriam servir até morrer tanto na Santa Casa, quanto em seus Hospitais”, conforme o documento notarial integralmente transcrito por Júlio Feydit, em seu livro — “Subsídios para a História de Campos dos Goytacazes”.
INSTITUTO MUNICIPAL DE TRANSITO E TRANSPORTE - IMTT AVISO DE LEILÃO PTN04/2020 O Instituto Municipal de Transito Transporte(IMTT), sediado na Rua Barão da Lagoa Dourada nº 197, Centro – Campos dos Goytacazes, através de seu Presidente, no exercício de suas atribuições legais, a empresa MHA DOS SANTOS PARQUEAMENTO E REMOÇÕES DE VEÍCULOS LTDA – PÁTIO NORTE, tendo seu escritório central localizado na Av. 28 de março nº: 13 – Loja: 24 (Turfecentro Shopping), Pq. Fazendinha (22)27233245, escritório do setor de leilões localizado na Av. 28 de Março nº: 13 – Loja: 27 (Shopping Turfecentro Shopping), Pq. Fazendinha (22)27259602, e pátio centralizado localizado na Rodovia BR-101 Km 78, Ururaí, todos localizados no município de Campos dos Goytacazes; e o Leiloeiro Público Alexandro da Silva Lacerda, matriculado na JUCERJA sob o nº 103, levam ao conhecimento dos interessados que, na forma da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 e alterações posteriores, da Lei Federal nº 9.503,de 23 de setembro de 1997 e suas alterações posteriores, da Resolução CONTRAN nº 623, de 06 de setembro de 2016, e da Lei Estadual nº 6.657, de 26 de dezembro de 2013, realizarão o LEILÃO DE VEÍCULOS CONSERVADOS (destinados a circulação) E SUCATAS INSERVÍVEIS (destinados a prensa e reciclagem), cuja venda será igual ou superior à avaliação, a ser conduzido pelo referido Leiloeiro, dos veículos automotores listados no EDITAL DE LEILÃO que está disponível na sede do IMTT e nos escritórios do PÁTIO NORTE, bem como de forma digital no portal da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (http://www.campos.rj.gov.br) e site do PÁTIO NORTE (www.pationorte.com.br). O Leilão será realizado, exclusivamente Online no dia 14 de dezembro de 2020, a partir das 10 horas,através do sítio eletrônico: www.brbid.com. JOSÉ FELIPE QUINTANILHA FRANÇA PRESIDENTE
Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Direção Executiva Martha Henriques - Diretor Geral Fábio Paes Diretor de Jornalismo Aloysio Balbi Chefes de Reportagem Girlane Rodrigues e Roberta Barcelos - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Elton Nunes - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ Impressão: Parque Gráfico do Jornal O Globo. Tel: (21) 2534-9579/ comercialpg@infoglobo.com.br
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“As consequências vêm depois” (Barão de Itararé)
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28 DE JUNHO A 04 DE JULHO DE 2020
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Sem ‘ele’ não há solução
Brasil não recua de 1000 mortes/dia Rio de Janeiro volta a registrar alta
de óbitos Campos registra em julho crescimento superior a 25% em relação ao mês passado
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PÁGINA 05 A 11 DE JULHO DE 2020
epois de cinco meses desde que foi diagnosticado o primeiro caso de Covid-19 no Brasil, o País ainda navega em águas turvas, enfrentando, dia-a-dia, um mar de incertezas. Praticamente a cada semana surge uma novidade – não raro contradizendo alguma afirmação anterior – mas, de toda sorte, mostrando que o mundo científico tenta aprender a doença e busca, com como lidar desesperada e obstinadamente, uma forma de vencer o vírus e acabar com a pandemia. Nesse longo período duas verdades ecoam absolutas: 1) O distanciamen2) Enquanimprescindível; é to social
to não tiver a vacina, todo cuidado preventivo tem que ser observado. Mas não tem sido fácil convencer a população que se está diante de uma pandemia mortal e que subestimá-la tem custado milhares de vidas. Infelizmente o Brasil está entre os países que pior responde à doença – talvez o pior do mundo. Primeiro, tratou a Covid como se fosse nada. Depois, faltou a liderança nacional para conduzir o processo de prevenção e a doença acabou sendo politizada. Por fim, uma série de erros, atitudes equivocadas, lentidão e tudo o mais que explica a catástrofe de contabilizar mais de 2 milhões e 600 mil casos de infecção e se aproximando de 100 mil mortes.
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20 A 26 DE SETEMBRO DE 2020
circulação de pessoas a transmissão voltou a subir. A comunidade científica adverte que o País enfrenta recordes de óbitos em 24 horas e que nenhum estado está livre de novos surtos, mesmo os que hoje estão em situação estável. Exemplo do Rio – Tanto que o Rio, que nas últimas semanas manteve-se entre os estados que apresentavam estabilidade, voltou a ter crescimento de óbitos no dia 30, juntamente com SC, RS, GO, RR, MS e AC. Essa variação, de curvas descendentes, estáveis e ascendentes, vai continuar enquanto o País não conseguir manter fixar o distanciamento social.
Aglomerações e mais de 1000 mortes/dia Em linhas gerais, o que se tem de concreto é que o Brasil insista em desprezar o distanciamento social quando há cerca de 10 dias registrou recorde no número de casos confirmados em 24 horas (mais de 65 mil) e na semana passada atingiu picos na média móvel de óbitos. Estão morrendo mais de mil pessoas por dia e, para além do negacionis-
mo, o País ainda tolere aglomerações. A apresentadora Chris Sales, do SBT, abalada com a morte do jornalista Rodrigo Rodrigues, chegou a dar um desabafo contra aglomerações em show no Lago Paranoá, em Brasília: “Vocês estão comemorando o quê? Mais de mil mortes por dia? Chega! Egoístas, irresponsáveis, nojentos”.
Dando por encerrado Pelo terceiro domingo consecutivo o espaço faz considerações sobre os crescentes comentários de como será o “novo normal” no pós-pandemia, desta vez valendose apenas de artigo para finalizar seu ponto de vista sobre o assunto. É voz corrente que vencida a doença veremos emergir uma nova sociedade – fraterna, acolhedora e solidária – fruto do legado deste momento de provação pelo qual passamos. Noção realista ou utopia? Visão consciente ou passageira? Verdade ou falácia? A resposta, só tempo
dência de estabilização na curva – falharam, e o vírus segue sua escalada montanha acima, agora avançando acelerado sobre o interior, principalmente no estado de São Paulo. A pandemia se aproxima do quarto mês com números que assustam. Em Campos, nos últimos trinta dias, o total de óbitos saltou de 27 para 104 – dados coletados até sexta-feira (26) –
Flexibilização das restrições fez aumentar nº de casos
A inconsistência nas informações, nos prognósticos e nos protocolos – em grande parte pelo tamanho continental do Brasil – tem sido uma marca desta pandemia. De fato, praticamente todos os países erraram. Mas o Brasil errou mais, errou por mais tempo e continua errando. De absolutamente certo e seguro, não há nada. Mas a comunidade científica brasileira e internacional advertiram enfaticamente que a onda de abertura das atividades e flexibilização do isolamento antes
da hora, poderiam acarretar sério prejuízo ao combate à pandemia Ainda mais grave, não foram poucos os epidemiologistas que disseram não entender a incongruência de se afrouxar as medidas restritivas em pleno avanço da doença. Para eles, não obstante a pressão econômica seja muito forte e, com toda razão, o fechamento de empresas e o aumento alarmante no número de desempregados tenham resultados nefastos, o Brasil está pagando um preço ainda mais elevado em função do atraso nas me-
Depois de quase 7 meses desde que confirmado o primeiro caso de coronavírus no Brasil, recuo do contágio é lento e instável
Tempos difíceis. Tempos de cegueira
assustador aumento de quase 300%. No Estado do Rio, as mortes passaram de 9.500; no Brasil, a covid-19 já tirou mais de 55 mil vidas. A boa notícia está no elevado número de pessoas recuperadas, que passava de 660 mil até sexta-feira (26), segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, que monitora a pandemia no mundo inteiro.
Com mais de 135 mil mortos, uma fatia da população insiste em não usar máscara, ou usá-la de forma errada, e promover aglomeraçõe s
Pandemia, eventos climáticos extremos e quase um cruzar de braços
didas de contenção da doença. Num discurso em que não há consenso, muitos acreditam que as ciom o título ‘Fim de uma época’, o dades brasileiras fizeram lockdown espaço abordou há duas semanas antes da hora, parcial e desorganio infortúnio de Meaípe, balneário zado. Para esse grupo de estudiodo litoral capixaba, cuja erosão sos, as normas de distanciamento costeira avançou sobre a faixa de deveriam ter sido mais severas, areia culminando com o desapaseguido de lockdown no início de recimento da ‘praia’ no sentido próprio da pajunho, radical, porém de duração lavra. menor. Não há mais lugar para o banhista o que, no Na última semana, várias cidades
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futuro, poderá inviabilizar a atividade hoteleira e seu tradicional e afamado centro gastronômico. Por coincidência – infeliz coincidência, diga-se – na quarta-feira (01 de junho) uma tempestade atingiu em cheio o estado de Santa Catarina – o ‘ciclone bomba’ – causando mortes e deixando rastro de destruição e prejuízos com risco de se espalhar por outros estados do Sul.
Por outro lado, a palavra ‘coincidência’ nem tem muito cabimento, visto que esses eventos extremos tem sido frequentes Brasil afora, com visibilidade maior no Rio e São Paulo, face ao maior número de habitantes. Ano passado, os sequentes temporais no Rio, com a queda da ciclovia (de novo) e deslizamentos sobre a Av. Niemayer, tiveram resultado devastador. Em períodos próximos, também São Paulo foi atingido
que haviam flexibilizado as atividades, em especial no interior paulista, tiveram que voltar atrás.
em várias regiões, causando mortes e tirando a casa de centenas de pessoas – famílias inteiras que já não têm o que perder, perdem o pouco que têm: a cama, o fogão, a geladeira – ampliando o quadro desolador que se faz constante em “tempos de normalidade”. O que se vê aqui, ali e acolá, é um cruzar de braços das autoridades que atinge a todos, mais duramente os vulneráveis.
Falta de liderança, de coordenação e de organização. Sequer um ministro da Saúde
Quando se distancia para obter uma visão mais ampla – que permita ver o quadro como um todo – a constatação é que se acerta por sorte e se erra quase sempre. Mas, pergunta-se: como poderia ser diferente num ambiente tão inclinado ao erro? Afinal, paralelo à pandemia, o
Transmissão do vírus acelera no Brasil Estudo divulgado pelo Imperial College de Londres, divulgado na sexta-feira (31), apontou que a transmissão do novo coronavírus voltou a ganhar velocidade no Brasil e que o índice de contágio ficou mais rápido nas duas últimas semanas. Há 15 dias, esse índice (Rt) era de 1,03, ou seja, cada 100 pessoas com Covid levariam o vírus para outras 103. Agora subiu para 108: cem pessoas infectam 108. Segundo o infectologista Celso Granato, no início de julho o Brasil dava sinais de controle da doença com curva decrescente. Aí vieram as flexibilizações e com o aumento da
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m mais uma semana ruim, a taxa de contágio da covid-19 voltou a subir exponencialmente no Brasil e a doença está em estágio considerado fora de controle. As estimativas que projetavam melhora – com ten-
Brasil enfrenta um ‘surto político’ que não abre espaço para que se enfrente o novo coronavírus e os danos econômico-financeiros dele decorrente. Ao contrário, é a instabilidade política que prospera, traz insegurança e enfraquece as ações que precisariam ter norte e alvo. Todo o resto – as disputas, discór-
dias e desavenças – teriam que ir para o ‘modo espera’ enquanto o inimigo maior não fosse vencido. Mas como – pergunta-se novamente – se não tem sequer ministro da Saúde? O que está é interino; o antecessor ficou menos de um mês; e o primeiro – o que seguia a ciência – foi demitido.
Aglomeração na Praia da Boa
É importante frisar que a cobrança por resultados – com críticas às três esferas de governo – se dá porque o Brasil não está mais na fase inicial da pandemia, quando erros são aceitáveis. Ao contrário, o País ultrapassa os três meses da doença sem estimativa concreta de pico e com ações ineficientes. Segundo Michael Ryan, diretor executivo do programa de emergências da OMS, “tudo varia de acordo com a intervenção do governo, a cooperação da população e a capacidade dos sistemas de saúde”. Então, é simples: o Brasil está errando em tudo. Em outra observação, alerta que o vírus explora sistemas de saúde fracos, má governança e falta de
em subestimar a pandemia: além NÃO DISTANCIAMENTO | O Brasil insiste segue promovendo aglomerações de não respeitar o distanciamento social,
Campos tem aumento de óbitos em julho
REGISTRO DE ÓBITOS EM CAMPOS PELA COVID-19
Noventa e três pessoas morreram em Campos de Covid-19 durante o mês de julho até o dia 30, quantitativo de óbitos superior a 25% do registrado em junho, quando o município contabilizou 74 mortes. Não se está computando a data de 31 para que o número de dias seja igual em ambos os meses e não haja distorção nos períodos comparativos. Os dados foram coletados do boletim epidemiológico divulgado pela
caso de Coronavírus. Em 23 de março Campos confirmou o 1º A primeira morte ocorreu em 10 de abril.
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Prefeitura. O município segue na fase amarela até 09 de agosto podendo, eventualmente, ocorrer a abertura de outras atividades, o que será decidido no próximo dia 06, de acordo com os números da Covid durante a semana.
dará e dela certamente se incumbirá. Nos textos anteriores acerca do tema, o signatário vislumbra mudança nos hábitos, nos costumes, no rigor higiênico e na maior inclusão digital. É cético, contudo, quanto ao ‘novo normal’ de caráter institucionalizado, que seria o surgimento de um mundo humano, benevolente, onde o combate à desigualdade se daria com ações efetivas, e não apenas nos discursos. Lembra a emotividade do momento e alerta que transformações
dependem de políticas públicas. Cita a corrupção na política brasileira, registra que dos três últimos presidentes, dois estiveram presos e um sofreu impeachment, aludindo que no Rio de Janeiro os quatro últimos governadores sofreram prisões e que o atual está para ser afastado. Ainda pior: que se rouba descaradamente o dinheiro da Saúde em plena pandemia. Torcendo para estar errado, finaliza com o enfoque de que o pós-pandemia tende a criar uma sociedade ainda mais isolacionista, tendo em vista que o distancia-
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Crescimento superior a 25% em JULHO
comparado com o mês anterior
E PROLONGA PANDEMIA
26 DE MAIO
mento imposto pela Covid trará, como dano colateral, o individualismo. Simples: se antes o calor do abraço, a alegria do encontro e até da conversa já vinham sendo substituídos pela frieza das mensagens... imagine agora! Deixando de lado exemplos no Brasil, vemos que o mundo não mudou em outros episódios dramáticos. Então, por que mudaria agora? A ‘Primeira Grande Guerra’ foi catastrófica, matando, em quatro anos, dezenas de milhões de pessoas. Mas o mundo não mudou. Se
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tivesse mudado, não teria, 20 anos depois, a II Guerra Mundial, que tirou entre 50 a 80 milhões de vidas, havendo quem afirme que foram 100 milhões. Terminado o conflito mundial, veio a ‘Guerra Fria” – período de divisão, de perseguição e de medo. Depois, o terrorismo. Enfim, em todos os tempos, na maioria dos países, prevaleceu o maltrato ao meio ambiente, a corrupção, a intolerância, o convívio pacífico com a desigualdade e o desapego à vida alheia. Tomara que agora seja diferente.
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Em 23 de março Campos confirmou o 1º caso de Coronavírus. A primeira morte ocorreu em 10 de abril.
julho para que o número *Não se está computando o dia 31 de de dias seja igual em ambos os meses
TCU se manifestou, apontando “ausência de diretriz estratégica de combate à disseminação e ao tratamento mais adequado para a doença”. O relatório cita, ainda, a falta de representantes de áreas da medicina e da ciência, bem como que a não participação de especialistas em reuniões do Comitê poderá resultar em decisões não baseadas em questões médicas e científicas, com aumento de infecções e mortes. Em meio a tudo que vem ocorrendo, a consequência é que na última semana o Brasil elevou a transmissão do vírus, conforme análise, inclusive, de pesquisadores do Imperial College de Londres.
NÚMEROS DA COVID
CAMPOS DOS GOYTACAZES
DE 01 A 30 DE JULHO
DE 01 A 30 DE JUNHO
educação das comunidades. De novo, é só olhar no espelho. A questão não está apenas nos maus exemplos de Bolsonaro e na crise política que vem alimentando – muito embora o presidente tenha baixado o tom nos últimos 15 dias. O problema reside, também, nos principais estados do Brasil, em particular o Rio, cujo governo sofre investigação por suspeita de superfaturamento na compra de respiradores e suposta irregularidade na licitação para construção dos hospitais de campanha. Medo e insegurança – Da população às principais entidades, o descontentamento e o medo de que a pandemia se estenda é geral. Recentemente, também o
No dia 05 de março foi registrado o 1º caso no Estado do Rio e em 19 de março o primeiro óbito.
25 DE JUNHO
25 DE MAIO
26 DE JUNHO
AUMENTO DE QUASE 300% NOS CASOS DE ÓBITOS
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571
104
1.761
4.361
CASOS POSITIVOS
ÓBITOS
CASOS POSITIVOS
ÓBITOS
40.024 CASOS POSITIVOS
ÓBITOS
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CASOS POSITIVOS
ÓBITOS
55.304 CASOS POSITIVOS
ÓBITOS
CASOS POSITIVOS
Assim como a intolerância, o recrudescimento, a insegurança, a beligerância, a desigualdade, o isolacionismo e tantas outras questões similares são amplamente debatidos por governos, autoridades, instituições e pela sociedade em geral – em intermináveis congressos e conferências mundo afora – mas que seguem se avolumando sem que se
vislumbre solução em sentido contrário – as mudanças climáticas e os consequentes distúrbios emergem, impiedosamente, vitimando os menos favorecidos. Que tempos! A violência faz com que gente tenha medo de gente. Em pleno século 21, a sociedade não consegue erradicar o racismo, a imagem da miséria dos que vivem abaixo
Brasil perto dos
5 MILHÕES
de casos confirmados de Covid Assustadora marca deverá ser alcançada na próxima semana
C
om o início da propaganda eleitoral – espécie de largada que coloca em andamento o processo de escolha de vereadores e prefeitos – em tese seria mais apropriado que o pleito 2020 figurasse como destaque desta página, até mesmo em virtude da maior afinidade do autor com o tema
político, relativamente a outros. Entretanto, as circunstâncias que envolvem a pandemia do novo coronavírus seguem como assunto preponderante face aos efeitos e reflexos da doença, que a cada semana produz novas incertezas e inseguranças, afetando sobremaneira a vida dos que têm consciência de que se está a travar uma
Óbitos no Brasil aumentam 19,4% nos últimos 20 dias: 6.514 de 05 a 14/09 contra 7.766 de 15 a 24 de setembro Questão tratada domingo passado, o ‘espectro’ da Covid retorna à página face ao desanimador cenário que marcou a semana, registrando aumento no número de mortes de quase 20% no período de 10 dias (de 05 a 14 de setembro,
6.514 óbitos), comparativamente com os 10 dias seguintes, de 15 a 24, quando foram contabilizados 7.766 óbitos. O País, que chegou a ter apenas dois estados com alta no registro de mortes, viu o número su-
Aproximando dos 5 milhões de casos Somando mais de 4,6 milhões de casos confirmados até 6ª-feira (25), o Brasil deverá atingir a assombrosa marca de 5 milhões de infectados na próxima semana, possivelmente entre os dias 04 e 06 de outubro. A Covid vem se fazendo ver por altos e baixos
– mais aqueles do que estes – ameaçando segundas ondas em várias partes do mundo. O Reino Unido fechou a semana batendo recorde de casos, o que caracteriza a possibilidade de retorno do coronavírus de forma ainda mais devastadora. Em se tratando de imunização, Manaus pode ter
ra e segue com aglomeraçõe s
linha da pobreza parece incorporada à paisagem comum; e as diferentes faces da desigualdade – cruel e devastadora – deixa clara a indiferença do ser humano para com o próximo. Quanto aos que lutam, de verdade, para mudar esse estado de coisas, sabem que travam uma batalha inglória. Em dias de pandemia, os otimistas acre-
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05 25 A 31 DE OUTUBRO DE 2020
Brasil completa, neste 26 de outubro, oito meses desde o primeiro
guerra contra a maior crise sanitária dos últimos 100 anos, bem como surpreendendo os que a tomaram por “gripezinha” e agora, quando enxergam que a Covid já matou mais que 140 mil pessoas no Brasil – o que é mais que as populações de Itaperuna e São da Barra juntas, com as escusas das citações das referidas cidades, trazidas apenas para
Parte da população não usa Pandemia, distúrbios climáticos e negligência másca
pôr em perspectiva o tamanho da tragédia – finalmente entendem o momento catastrófico. Isso, ressalvando a parcela de negacionistas convictos que, por maior, mais evidente e doído que seja o desastre humano, simplesmente dele não querem tomar conhecimento. E ponto.
bir para oito. O Rio de Janeiro, por exemplo, que por três ou quatro semanas esteve em curva decrescente, amargou revés nos últimos dias, com significativo aumento no número de óbitos até sexta-feira (25), quando se fechou esta edição.
Mais que desanimador ou preocupante, assusta que a doença, que sinalizava aparente controle, exiba evidentes sinais de retrocesso, deixando claro que não existe segurança alguma sobre o que é desconhecido.
alcançado a chamada imunidade coletiva, ou de rebanho – o que não é dado como absolutamente certo. Contudo, se a curva observada lá ocorresse em São Paulo, a capital paulista poderia ter uma mortalidade três vezes maior do que tem hoje. Insegurança – Vale lembrar o que disse há
alguns meses o diretor de operações de emergência da OMS, Michael Ryan, “o vírus explora sistemas de saúde fracos. O vírus explora a má governança. O vírus explora falta de educação e falta de empoderamento das comunidades”. Alguma semelhança?
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uma pergunta retórica, o que vai ficar – no sentido de legado de trevas – de 2020? Que irá entrar para a História como o ano do novo corononavírus, não há dúvida. Mas, antes de ‘entrar para a História’, entrou em nossas vidas, na realidade do dia-a-dia e no ‘nosso’ hoje. Ainda pior, depois de oito meses desde que confirmado o primeiro caso no Brasil, em 26 de fevereiro, seguimos (se é que se pode falar em “seguir”) num terreno minado, movediço e traiçoeiro, o qual
a cada semana traz novas revelações, quase todas negativas. Lá atrás, mesmo nas projeções mais pessimistas, era de se esperar que chegando às portas de novembro, a pandemia estivesse sob controle e fosse conhecida em todas suas vertentes. Com algum otimismo, até mesmo superada ou, no mínimo, nos estertores da inexpressividade e irrelevância. Mas, bem ao contrário, o que se vê é a instabilidade do desconhecido e um número de óbitos – muito embora em média decrescente – na faixa de
Acham o quê? Uma média de 500 mortos por dia está ‘de bom tamanho’. Afinal, eram mais de 1.000
caso de Covid
500/600 por dia – o que é catastrófico levando em conta o tempo que já dura a pandemia. O signatário, que neste período escreveu mais de 20 páginas sobre a doença – incluindo uma longa entrevista com o infectologista Nélio Artiles, que consumiu duas páginas e meia e exprimiu, na época, um dos conteúdos mais esclarecedores veiculados na imprensa do interior fluminense – nem de longe fazia contas que chegaria praticamente no final do ano tratando do assunto ainda em estágio de tamanha turbulência.
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Praia do Forte, Cabo Frio
Praia de Ponta Negra, Manaus
22 A 28 DE NOVEMBRO DE 2020
Segundas-ondas batem à porta: aumento no número de casos, maior média móvel das últimas seis semanas e preocupante crescimento da taxa de ocupação das UTIs
Na falta de conscientização e responsabilidade, o caminho natural será o de estabelecer obrigatoriedade ao uso de máscaras e punições severas ao descumprimento
É assustador como pessoas insistem em não usar máscara – ou ‘usá-las’ no queixo – colocando em risco a vida de terceiros e as suas próprias
Por decreto, Campos está na fase Verde até o domingo (22). Últimos levantamos vão determinar se município permanece ou volta à fase Amarela
Na esteira do descaso, o aumento do contágio
o se aproximar do nono mês desde que foi registrado o primeiro caso de Covid no Brasil (26 de fevereiro), as notícias sobre a trajetória do novo coronavírus oscilam entre preocupantes e sombrias, sendo certo que nas últimas duas semanas a velocidade na transmissão da doença acelerou sobremaneira, indicando, no mínimo, um retrocesso perverso no combate à doença. Se configurando uma “segunda onda”, ou não, ninguém sabe ao certo. Entre os mais renomados infectologistas e epidemiologistas do Brasil, uns são mais cautelosos, acreditando que não teremos a famosa 2ª onda; enquanto outros, menos otimistas, receiam que já estamos a vivenciar seu início. Aqueles que descartam, ao
menos por enquanto, uma segunda onda no território nacional, explicam que seria necessário que o Brasil tivesse experimentado uma redução drástica no número de infectados – chegando a níveis insignificantes – e que agora o pêndulo fosse para o outro lado, num crescimento meteórico. Como não foi o caso, tecnicamente não há que se falar em 2ª onda – acreditam. Por outro lado, uma boa fatia desses mesmos especialistas que são referência nacional entende que “segunda onda” não passa de “preciosismo acadêmico”, visto que o fato relevante é a inequívoca expansão do contágio e a necessidade de se abrir novas frentes de combate ao vírus até que as vacinas comecem a ser distribuídas e se inicie o processo de imunização no País.
Aumento na média móvel de óbitos e na taxa de ocupação de hospitais
Realidade assoladora
Até a vacina, que não chega este ano, está politizada. O presidente desautorizou Pazuello e descartou compra da CoronaVac
ditam que quando o novo coronavírus for vencido, o mundo será diferente e as pessoas serão mais solidárias e acolhedoras umas com as outras, em especial para com os necessitados. Que estejam certos! Mas, infelizmente, há que se considerar que, honrosas exceções à parte, tudo vai ficar do mesmo jeito... Praia de Iracema, Fortaleza
Oito meses depois... E ‘isso’ não tem fim De certo que a Covid, antes de entrar para a História, entrou em nossa vida, no ‘nosso hoje’, e ainda não se sabe qual será o preço final
se esperar que o quantitativo diário de infec- 1.090 mortes tados estivesse bem abaixo em 24 horas e elevou a do registrado e, móvel para 813. Também na semana média os números sejam irreversivelmente baixos. principalmente, um número de óbitos muito da (14), passaDe domingo (13) até quinta-feira menor do que se está contabilizando o Brasil interrompeu a queda (17) o então Brasil registrou . Mas, observada e retrocedeu ao contrário, a média diária 3.757 óbitos, contra 3.463 à estabilidade. está entre 700 e no período anterior, de 06 Esse retrospecto mostra o 800 mortes por dia – o que a 13 de setembro. quão oscilante Portanto, é sobremaneira é o quadro crescimento de 300 óbitos elevado para um país que entre atingiu o platô há obstante da pandemia no Brasil, que não ambos os períodos. dois meses – com alguns esteja confirmando os registros (*O dias de ção não permite coletar fechamento da edido de mil óbitos, como se ainda passan- queda, o faz de forma lenta e cujos os números de sexverificou na últi- baixos altos e ta e sábado. Portanto, não impedem o declínio seguro ma terça-feira (15), quando se contabilizou, e constan- também, os o Brasil registrou te para mesmos dias da semana 600, 500, 400 e aí por diante, anteaté que rior).
Por mais absurdo que pareça, É forçoso reconhecer, mas o Brasil é um exem- Etc. O roubo, aqui, é endêmico. o que contribui de forma plo nefasto de irresponsabilidade, insensibiliDistúrbios climáticos – As emissões para o prolongamento da pan- as aglomerações que aconteceram no feriado praias. de drástica gade 7 de Setembro terá ou não demia dade e insensatez. Sobre a Covid-19, nada há ses de efeito estufa, em que o Brasil a resistência de parte da população nãoé está influência na curano de Copacabana, no Rio, O que se pergunta é o porquê ao va descendente, visto uso deémáscara e da Av. Paulista, em de seguro: se estabilizou, se está estabilizando, sozinho, mas também ‘faz sua parte’, que o resultado costuma de tanta gente São Paulo, uma e insistência em promover aglonegar-se ao uso da máscara foram canceladas... e tudo aparecer 15 dias depois. Como merações, se está perto do pico ou se está longe de termi- catástrofe que atinge praticamente ou usá-la no queiisso não embora esteja toda muito a maior parte a até por uma questão matemática,comprovado, ajuntamento de pessoas se deu nas praias do xo ou pendurada na orelha? Qual o motivo para significa nada? Ora, são medidas amargas, ponar. Mas, uma coisa é certa: o Brasil, no mundo costa brasileira, resultado do aquecimento – amrém necessárias para conter que quanto menor a pandemia. inteiro, foi um dos que mais erraram no comba- global que aumenta a temperatura distanciamento social – e, consequen- biente aberto – é possível que não haja impacto não esperar um pouco mais ao invés de lotar bados ooceaEntão, por qual motivo alguns res? Por que tanto negativo. temente, maior a circulação te à pandemia, custando a vida de brasileiros. nos, eleva o nível do mar e as consequências, grupos de pesde pessoas – mais o inaceitávelMas, de toda forma, terá sido um risco de casos de Covid? negacionismo ante milhões soas se comportam como por se não houvesse e, além do que, o descumpriment maior tempo Com o detalhe: mesmo em período de tanta que não são de hoje, resultam nos eventos ex- o vírus permanece ativo. nhã? o Se não houvesse outros feriadões? amaAs aulas frontal das normas seguem suspensas, várias atividades infelicidade, a corrupção prevalece na propina, tremos que temos sentido cada vezNesses próximos dias será possível Como em maior se daqui a quatro meses não avaliar se permanência de de restrição, que proíbem a ainda não abriram, as teremos um verão? no superfaturamento, no desvio de recursos. intensidade. arquibancadas dos estápessoas na faixa de areia das Talvez, para esses, não haja dios estão vazias, as tradicionais mesmo um amafestas de fim de nhã.
* DADOS COLETADOS ATÉ 19 HORAS DE SEXTA-FEIRA (26)
27 DE SETEMBRO A 03 DE OUTUBRO DE 2020
á cerca de dois meses o Brasil atingiu o tão esperado platô da pandemia, a partir do qual se demarcou o pico na transmissão da doença e a estabilização no número de casos confirmados. Em
Cegueira consciente dos que não querem ver 24.593
9.450
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linhas gerais, a desaceleração SÓ PIORA | Há 15 dias focalizou-se aqui a destruição litorânea de o início da curva descendente. do contágio e nossa região e da costa capixaba – citando o exemplo de Meaípe Contudo, decorridos quase – consequência do descaso para com o meio ambiente. Semana sete de a confirmação do primeiro meses despassada, o ‘ciclone bomba’ atingiu Florianópolis caso, seria de
É inacreditável o que disse o ministro do Meio desmatamentos da história. A Floresta AmazôniO Brasil teve o 1º caso de Covid-19 Ambiente, Ricardo Sales, na fatídica reunião de 22 ca sofre agressão sem precedentes e, como fato confirmado pelo M. da Saúde em 26 de fevereiro. Em 17 de março, a primeira morte. abril: “Então, pra isso precisa ter um esforço nosso acessório à degradação ambiental, os grandes aqui enquanto estamos nesse momento de tranqui- conglomerados internacionais com sede em palidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque íses de consciência ambiental – os de primeiro 26 DE MAIO 26 DE JUNHO só fala de covid e ir passando a boiada e mudando mundo, que sabem que o planeta está chegando 1.244.419todo o regramento e simplificando normas...” no limite em termos de agressão e que a conta já Para o ministro, a pandemia representa “mo- está sendo paga, se é que poderá ser paga – estão mento de tranquilidade”; oportunidade de passar retirando seus investimentos do Brasil e levando o “a boiada”. O que dizer? dinheiro para onde existe respeito à vida humana A Amazônia está sofrendo um dos maiores e ao planeta. 394.507
105.897
ÓBITOS
Nos próximos dias se poderá aferir se as aglomerações do feriad de 7 setembro tiveram ou não influência na curva descenden ão te
O descaso para com o meio ambiente
BRASIL
Viagem, Recife
BRASIL SUBESTIMA COVID
A questão é estar piorando após de três meses
COVID
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população. Contudo, a despeito de tantos alertas, a doença que se pensava, talvez, controlada, retornou recrudescida nas últimas semanas, tirando proveito da soma de todos os erros e de todo negacionismo da União, das transgressões de alguns estados (o Rio de Janeiro com governador afastado e secretário de saúde preso) e, principalmente, de fatia considerável da população.
05 02 A 08 DE AGOSTO DE 2020
Subin do a mont anha
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as páginas – portanto, grandes espaços, como mostram as reproduções abaixo, também repercutidas no jornal on-line – que chamaram atenção para o grave problema, repetidas vezes sublinhando que a maior pandemia dos últimos 100 anos poderia ser atenuada ou agravada, dependendo de como seria tratada e combatida pelas autoridades governamentais, pelo sistema de saúde e pela
cunho de ‘zoação’ foi “As consequências vêm depois”, que, longe de engraçada, consiste numa advertência prévia sobre tudo na vida e cai como uma luva na trágica situação vivida pelo Brasil no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus – catástrofe anunciada, advertida, denunciada e publicada à exaustão pela esmagadora maioria dos veículos de comunicação do Brasil. No Terceira Via, foram várias
ornalista com forte inclinação para o humor sarcástico, o gaúcho Aparício Torelly, o “Barão de Itararé” – pseudônimo com o qual se tornou famoso – construiu inúmeras frases memoráveis ao longo de 50 anos no jornalismo carioca, quase todas debochadas, críticas e engraçadas. Também escritor e político, uma de suas raras pérolas sem
De certo, mesmo em se tratando de uma pandemia, o 2020 nos tem sido mais destrutivo, assolador e sombrio, do que haveria de se esperar de qualquer epidemia do século 21. E com que palavras poderemos defini-lo? O ano abatido? O ano perdido? O ano da provação? Ou, quem sabe, tudo isso junto, somado ao desconhecido que parece não ter fim, ‘abastecido’ não por notícias de esperança, mas de infortúnio? Se ontem foi o atraso nas medidas preventivas e o negacionismo à ciência – que seguem vigorando – hoje, oito meses depois, os protocolos de distanciamento social continuam, em grande parte, sendo inobservados, tal qual a proibição de aglomerações. Até o uso da máscara é negligenciado. Acham o quê? Uma média de 500 mortos por dia está de bom tamanho? (Talvez digam: antes, eram mais de 1.000; agora “são só” 500 – cerca de 15 mil óbitos/mês... Aceitável?). Campos – Uma doença nova – sem igual nos últimos 100 anos – e uma fatia considerável da população não leva a sério. Campos, que faz um bom trabalho no combate à Covid, em outubro vem registrando aumento no número de casos basicamente porque as pessoas não obedecem as normas de restrição. Em setembro, os registros eram, em média, de 40, 60, 80 novos casos/dia. Neste mês, os números cresceram em vários dias do mês: 150 casos, dia 05;
102, dia 08; 180, dia 09; 214, dia 14; 154, dia 16; 118, dia 20... Não se pode culpar a abertura das atividades (necessária à atividade econômica do município), mas, sim, ao comportamento das pessoas, aquelas que frequentam bares lotados, que circulam ‘pra cima e pra baixo’ sem necessidade e que querem lotar a Lagoa de Cima nos fins de semana sem observar as medidas de proteção mútuas. No Brasil, são quase 156 mil mortos, aproximadamente 5 milhões e 400 mil casos de contágio, e... tudo bem! Vamos para o verão, que já está ali na esquina e, se a vacina não estiver sendo distribuída (como não deverá estar) ‘a gente vê como é que fica’.
Politização da vacina é uma vergonha
Um governo que coloca a política à frente da ciência; um País onde o presidente da República demite o ministro da Saúde que seguia os critérios científicos; que leva à saída de um segundo, em menos de um mês, e nomeia um general como interino para a pasta, em plena pandemia, e depois de quatro meses o ofic ializa no c argo... esperar o quê? Pois é! Mas não ficou só nisso: o ministro Pazuello, que havia anunciado que o governo compraria 46 milhões de doses da vacina do laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, foi publicamente desautorizado por Bolsonaro, que anunciou que “não compraremos a vacina”. O presidente mandou cancelar o protocolo de intenções:
Seja com for, os números não mentem e apontam o agravamento da doença em diferentes frentes. Nos últimos dois meses, a maioria dos estados brasileiros registrou sucessivas quedas na média móvel de casos. O Brasil chegou a ter apenas dois estados em alta, um ou ou“Não abro mão da minha autoridade”. tro em estabilidade, e a maior a parte em baixa. O Estado do Rio Em mais um evento em que a política atropelou de “va- por exemplo, ficou de Janeiro, ciência (o presidente chamou a CoronaVac 10também semanas seguidas em baixa. cina chinesa de João Dória”) o episódio Numafronmurepercutiu negativamente junto ao Exército, é Pazuello raditalmente atingido, tendo em vista que adança cal, no dia ativa. da um general 19 – data de fechamento pandemia a caminha E assim problema ediO Brasil não precisava ampliar o gravedesta vem si só, ção – treze com tantas trapalhadas. A pandemia, por a cada estados remostrando novas e perigosas faces quase gistravam semana. de alta no núOs médicos advertem sobre a possibilidade e o vírus mero de óbitos, inclusive o próreinfecção de pessoas que já contraíram prio não Rio, obacompanhado de São foram curados. Os efeitos colaterais, antes Paulo, apreEspírito Santo e Minas servados, são outro alerta: pessoas podem Gerais. em sentar problemas neurológicos; depressão outro lado que reflete estágio elevado, síndrome do pânico eEmdoenças a piora de cenário, grandes e diversas. ter do Brasil estão para se cidades Já há casos de infecção em gato – sómédias – e a reno-alta importante na ideia do que aparece como ‘novidade’registrando garante taxa de internação e ocupação mada pneumologista Margareth Dalcolmo ano. este UTIs – o que demonstra que, que não haverá vacina disponível parade doença poderemos enda reversão, sem Na Europa, a partir de novos avanços países anunum processo sombrio, que sinalizam segundas ondas, váriosfrentar que por emaqui vista que vários hospiciam lockdown e, para quem pensa tendo a incidência de campanha foram desatiestá tudo certinho, está aumentandotais dos 100% vados ou desmontados. da Covid-19 em crianças. Em Salvador, Campos – Também em Camleitos clínicos pediátricos estão ocupados. pos, conforme informou maté-
ria do jornal On-line do Terceira Via, os hospitais particulares da cidade registraram “aumento expressivo no número de atendimentos a pacientes com Covid”. Sobre esse novo momento desfavorável, a direção do Grupo IMNE revelou preocupação. “Estamos assistindo de mãos atadas pessoas indo para as ruas e se aglomerando. Nossa expectativa é por uma maior conscientização de todos, mas o fato é que nas últimas três semanas o fluxo de atendimento pela Covid aumentou significativamente” – alertou a direção. De acordo com a coordenadora do Escritório de Qualidade do Grupo IMNE, enfermeira Amanda Ribeiro, o Hospital Dr. Beda segue com todos os protocolos de segurança contra a Covid, mas alerta que “as pessoas precisam ficar atentas porque a pandemia não acabou”. Amanda informou, ainda, que a semana epidemiológica fechada em 14 de novembro registrou aumento de 30% de pacientes comparativamente à anterior.
Obrigatoriedade de máscara, fiscalização e punições severas para quem descumprir
O fato é que enquanto as vacinas não estiverem acessíveis à população – o que poderá acontecer a partir do início de fevereiro – é necessário que as autoridades tomem providências mais duras para conter o contágio. Apesar de também ajudar no combate ao vírus, não adianta apenas ampliar as medidas restritivas porque, seja como for, as atividades econômicas necessitam funcionar, e novos fechamentos, muito embora possam
voltar à pauta, precisam ser pontuais. Se em certos segmentos de trabalho a redução de funcionários é viável – porque diminuem a circulação de gente e mantém o regime home office, que continua vigorando – em outros, não. O comércio, por exemplo, precisa funcionar. Mas é inaceitável que em inúmeros estabelecimentos comerciais os funcionários atendam o consumidor com a máscara no queixo. Em Campos, há estabeleci-
mentos comerciais um pouco afastados do miolo do Centro (Av. Alberto Torres, rua Formosa, rua dos Andradas, Av. 15 de Novembro, etc.) que colocam na porta o aviso “Proibida entrada de pessoas sem máscaras” quando, dentro da própria loja, observa-se que alguns funcionários ficam sem máscara ou a usam no queixo. Ou seja: algo absurdo. Logo, neste momento de crescimento de contágio, é necessário que municípios e estados
baixem decretos duros, como autuar com pesadas multas lojas de todos os ramos e produtos, restaurantes, lanchonetes, postos de gasolina, farmácias, etc. quando forem encontradas pessoas, principalmente funcionários, sem máscara. E, na reincidência, até fechar o estabelecimento por determinado prazo. Simples: ou se enfrenta os infratores e negacionistas com medidas contundentes, ou perde-se vidas. A essa altura da pandemia, não há meio termo.
Até que chegue a imunização Enquanto a vacina não chegar, não há como as cidades continuarem a tolerar ajuntamento criminoso de pessoas, bem como aceitar passivamente que alguns não queiram usar máscara, e fique por isso mesmo.
Para o infectologista Renato Kfouri, um dos mais conceituados do Brasil, os resultados que estão chegando das vacinas antecipam uma eficácia acima do previsto, bem como ampliam a confiança de que teremos produtos de perfil bastan-
te promissor, particularmente a da Sinovak (cujo primeiro um lote de doses chegou ao Brasil na quinta (19) e de Oxford. Mas – explica – há que ter cautela face a algum risco. – Temos que procurar as melhores vacinas, com a melhor
velocidade, o melhor preço e a maior quantidade, garantindo o sucesso de imunização. Enfim, não é muito fácil fechar todos esses quesitos, especialmente logística, mas tudo indica que estamos no caminho certo.
Quadro sombrio depois de 9 meses Semana passada (26) completou nove meses desde a confirmação do primeiro caso de Covid no Brasil. Mesmo acreditando-se que poderia ir longe, não se fez cálculos que custaria mais de 170 mil vidas, caminhando para 7 milhões de casos de contágio. Aliás, o ex-ministro da Saú-
de, Luiz Henrique Mandetta, ‘esperou’ o lançamento do seu livro, “Um paciente chamado Brasil”, em setembro, para contar da reação raivosa do presidente Bolsonaro ao ser informado que o Brasil poderia chegar a um número catastrófico de mortes caso não fossem feitas as intervenções
sugeridas. Ficam, então, as perguntas: caberia ao ex-ministro mostrar as projeções dramáticas apenas ao presidente, ou revela-las ao Brasil? Como médico e titular da Saúde, sua primeira fidelidade não deveria ser para com a população e, depois, para com o presidente?
E mais: de acordo com as contas do próprio Mandetta, o Brasil vive o cenário mais sombrio. Há dois meses ele lembrou que trabalhava com três projeções: a mais otimista, 30 mil óbitos; a mais pessimista, 180; e que o número imaginado era 80 mil. Bem, estamos a caminho dos 180.
Governos e população juntos na negligência De tudo quanto deixou de fazer o governo federal, não cabe repetir – todos sabem. Manter um interino quatro meses à frente do Ministério da Saúde e depois efetivá-lo... sem falar no episódio do protocolo da compra da vacina chinesa, minimizado pelo próprio ministro Pazuello (“é simples assim: um manda e o outro obedece”) – diz tudo. Há dias, algo inusitado: Paulo Guedes grava um vídeo onde “explica”, do alto de seus conhecimentos científicos, que o aumento da transmissão do vírus não significa que
a Covid esteja avançando, acreditando tratar-se de um “repique” porque a doença “cedeu”. Primeiro, ter baixado de 1000 para 300/350 óbitos por dia não caracteriza ‘ceder’. De fato, recuou de números dramáticos para altos, porque não há que se considerar 300 mortes como algo aceitável. Segundo, subiu, sim, de forma considerável, com registros diários na faixa de 500 a 650 nas duas últimas semanas. O ministro Paulo Guedes, importando os critérios da década de 80 da Universidade
de Chicago (que nem em Chicago são mais usados) deveria se preocupar em obter algum sucesso na economia e deixar para os sanitaristas as avaliações sobre pandemia e saúde pública. Números preocupantes – O Brasil chegou a ter apenas dois estados em alta, mas nas últimas semanas a média móvel variou entre oito e treze estados. No Rio, a taxa de ocupação em UTIs alcançou 90%, e em outras cidades já existe fila de espera para vaga. Isso, sem falar nos 7 milhões de testes que correm o risco
de vencer, os quais dependem que a Anvisa amplie o prazo de validade. Resistência à mascara – Para além das falhas inaceitáveis do governo central e de algumas unidades da federação, o pior infortúnio está na própria fatia da população que de forma irresponsável continua promovendo aglomerações e resistindo ao uso da máscara. Se houvesse uma conscientização minimamente cidadã, mesmo com todo negacionismo das autoridades, o número de casos e de óbitos certamente seria bem menor.
Wladimir eleito prefeito Confirmando o que via de regra se vê quando no 1º turno o candidato vitorioso obtém ampla diferença de votos sobre o segundo colocado, o deputado federal Wladimir Garotinho, do PSD, é o novo prefeito eleito de Campos, somando 121.174 votos (52,40%), contra 110.094 (47,60%) de Caio Vianna, do PDT. A diferença de pouco mais de 11 mil votos (menos de 5%) mostra resultado relativamente apertado se comparado aos números do 1º turno, quando Wladimir alcançou 40 mil de vantagem – mais de 15 pontos percentuais. Contudo, manteve a escrita de que viradas são pouco prováveis em margens acentuadas. Em Campos, só as eleições de 2004 (anulada) e 2006 tiveram viradas, mas em ambas as vantagens no 1º turno foram, respectivamente, de 5,76% e 2,0% em favor do então candidato Geraldo Pudim. Logo, foram percentuais bem estreitos. Para ilustrar, temos os exemplos das eleições presidenciais pós-redemocratização no Brasil, acerca das quais todos os vitoriosos no 1º turno foram eleitos: Fernando Collor (1989) Lula da Silva (2002 e 2006), Dilma Rousseff (2010 e 2014) e, em 2018, Bolsonaro. Nos pleitos de 1994 e 1998, Fernando Henrique Cardoso liquidou a fatura logo no primeiro turno. Apenas como registro, das últimas três pesquisas realizadas em Campos, apenas o Ibope acertou o resultado final, ainda assim errando nos percentuais ao projetar 57% para Wladimir e 43% para Caio. O próximo desafio de Wladimir Garotinho será junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que irá decidir pendência baseada no pedido de impugnação da chapa feito pelo candidato Bruno Calil, do SD. Futuro – À frente do executivo municipal, Wladimir terá a missão de administrar deixando para trás as diferenças acentuadas durante a campanha e, acima de tudo, governar para todos. O município encontra-se em séria dificuldade financeira e não há espaço para divisões. Wladimir vai precisar fazer alianças para assegurar a governabilidade, lembrando que os vencidos de hoje serão seus opositores de amanhã e que a população estará atenta. Em termos eleitorais, Wladimir tem a chance de fazer história e emplacar para sua família até seis mandatos para a Prefeitura de Campos. Anthony Garotinho foi prefeito duas vezes, Rosinha outras duas e ele, agora eleito, soma cinco vitórias. Caso dispute o próximo pleito e se reeleja, será a sexta passagem da família. Mas, até que tal possibilidade possa, se for o caso, vir a se tornar realidade, tem um longo caminho pela frente, e o primeiro passo é trabalhar pela cidade e cumprir as promessas feitas à população.
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Fotos: Divulgação
Especial São Gonçalo | Capitão Nelson (Avante)
Rio de Janeiro | Eduardo Paes destrona o atual prefeito Marcelo Crivella e reassume a capital do Estado
Petrópolis | Rubens Bomtempo (PSB)
São João de Meriti | Dr. João (DEM) se reelegeu
Eduardo Paes volta à Prefeitura do Rio
Pela terceira vez, ele vai governar a segunda maior cidade do país depois de vencer Crivella com dobro de votos Infográfico: Elton Nunes
Da Redação Eduardo Paes (DEM) vai governar a cidade do Rio de Janeiro pela terceira vez. Com 68% dos votos, ele praticamente dobrou a votação em relação ao seu adversário, o prefeito Marcelo Crivella dos Republicanos que tentava a reeleição. O resultado avassalador já era previsto por todos os institutos de pesquisa e essa foi a vitória mais acachapante deste 2º turno. Paes, em seu primeiro discurso, após as urnas confirmarem seu retorno ao comando do município, disse que a vitória representa o fim de um "radicalismo" contra a política e os políticos. Paes discursou pela primeira vez após o resultado no Hotel Nacional, em São Conrado, Zona Sul da cidade, ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, seu colega de partido. A partir de janeiro do ano que vem, Paes estará em seu terceiro mandato à frente do Rio. Ele já comandou a cidade por oito anos, em dois mandatos consecutivos: entre 2009 e 2012 e entre 2013 e 2016, antes de ser sucedido por Crivella. “Foi uma vitória da política. Passamos os últimos anos radicalizando a política brasileira. O resultado desses quadros de ex-
Fonte: TSE
tremos, de muito ódio, de muita divisão, não fez bem a nenhum de nós cariocas e brasileiros”, afirmou Paes, cumprimentando prefeitos eleitos em outras cida-
des neste segundo turno: “Celebro, comemoro e cumprimento prefeitos eleitos hoje. Há uma demonstração de confiança naqueles que se expõem e estão
sob os holofotes da vida pública. Precisamos falar, dialogar com as pessoas. Não podemos ficar com esse sentimento ruim. E o Rio quer ser vanguarda nisso: vamos
conversar com todo mundo”. Eduardo Paes abriu o discurso agradecendo a própria família e a Rodrigo Maia. Ele afirmou que o parlamentar foi "muito importan-
te" na vitória e, ao ser questionado sobre o combate à pandemia de Covid-19, declarou que Maia o ajudará a dialogar com o governo federal e o Ministério da Saúde. “A prefeitura do Rio não será uma trincheira de nenhuma ideologia política. Vamos ter um diálogo institucional com o presidente Jair Bolsonaro, o governador Cláudio Castro, pensando no bem dos cariocas. E o presidente Rodrigo Maia que tem um papel importante na estabilidade do Brasil, nos ajudará nesse diálogo. Pandemia Além das referências a Maia, Paes cumprimentou publicamente Bruno Covas (PSDB) pela reeleição em São Paulo e disse que a gestão paulistana foi de "muitas entregas". Ele também direcionou um agradecimento aos cariocas: “Queria fazer um agradecimento a todos os cariocas que foram às urnas hoje, confiaram nas nossas propostas e na possibilidade de tornar o Rio uma cidade que siga em frente. Tiveram confiança em olhar para o futuro pensando no Rio como um lugar melhor. Os cariocas disseram sim às nossas propostas. Quero anunciar que o Rio está livre do seu pior governo, o mais omisso, despreparado e preconceituoso”.
Bruno Covas vence Boulos em São Paulo
Em Recife, João Campos vence a prima Marilia Arraes e em Porto Alegre Sebastião Mello derrota Manuela D'Ávila Da Redação Na maior cidade do país, São Paulo, o atual prefeito Bruno Covas do PSDB foi reeleito com quase 60% dos votos sobre o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, que alcançou perto dos 49%. A vitória de Covas já era prevista pelos institutos de pesquisa. Boulos perde ganhando, pois passa a se firmar como a nova liderança das esquerdas do país. Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a esquerda também perdeu. Sebastião Melo do MDB conseguiu 54,63% dos votos enquanto Manuela D´Avila do PCdoB ficou com 45,37%. Os institutos de pesquisas chegaram a desenhar um empate técnico entre os dois candidatos. Já em Recife uma disputa entre dois primos mexeu com o país. João Campos do PSB ficou com 56,27% dos votos e sua prima Maria Arraes do PT com 43.73% dos votos. As pesquisas mostravam também um empate técnico entre os dois, mas na rede final João abriu. Ambos são netos do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Em Vitória, capital do Espírito Santo o Delegado Pazzolini do Republicanos foi eleito com 58,6% dos votos
Foto: Divulgação
SP | Bruno Covas no 2º mandato
sobre o candidato do PT José Coser, que obteve 41,5% dos votos. O resultado já era esperado, mas o PT nutriu a esperança de vencer na capital capixaba em uma virada. Houveram ainda eleições neste 2ª turno em outras capitais brasileiras como Maceió, Fortaleza, São Luiz, João Pessoa, Teresina, Aracaju, Goiânia e Cuiabá.
Fonte: TSE
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Especial
As difíceis promessas de campanha Propostas feitas pelo candidato Wladimir Garotinho que deverão ser cobradas ao longo do seu mandato Marcos Curvello Com uma previsão orçamentária de R$ 1,7 bilhão para 2021, dos quais R$ 1,1 bilhão comprometidos com a folha de pagamento, a situação fiscal da Prefeitura de Campos será um desafio para o próximo prefeito. Com pouca margem de manobra, o prefeito eleito Wladimir Garotinho (PSD) pode ter dificuldades para implementar parte de suas promessas de campanha. Além do pagamento do funcionalismo, a Prefeitura tem outras obrigações financeiras. Manutenção de serviços básicos, como limpeza urbana e hospitais contratualizados, pagamento de fornecedores e convênios, custeio de instalações e políticas públicas são apenas algumas das despesas que compõem o orçamento Municipal. Não bastasse o volume de compromissos, o Município pode enfrentar frustração de receitas da ordem de até 12%, já que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada em julho pela Câmara e sancionada em agosto pelo prefeito Rafael Diniz (CDN), é baseada em planejamento feito entre fevereiro e março, antes da pandemia do novo coronavírus. Caso esse cenário se concretize, o próximo prefeito contará somente com cerca de R$ 400 milhões para honrar despesas, manter reservas e fazer investimento ao longo do próximo ano.
Servidores Em suas propostas de governo, Wladimir promete genericamente a "valorização" e "qualificação" do funcionalismo público municipal. De acordo com a Prefeitura, Campos tem mais de 15,4 mil servidores da ativa e outros 4,6 mil aposentados e pensionistas. Segundo o Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep), a categoria está sem reposição salarial há quatro anos, com letras de promoção e progressão em atraso há seis e não tem reajuste há oito. Caso a prometida valorização passe pela correção dessas distorções, como é expectativa do funcionalismo, o prefeito eleito teria um gasto anual adicional de mais de R$ 400 milhões somente para repor a inflação acumulada nos últimos quatro anos, que foi de aproximadamente 37%, segundo ao Banco Central. A concessão de aumento real e a garantia de direitos previstos no Plano de Cargos e Salários aumentaria ainda mais essa cifra. Restaurante popular Wladimir prometeu a reabertura do Restaurante Popular e avalia que o custo de manutenção do equipamento, que fornecia quase duas mil refeições diárias ao custo de R$ 1, é barato se comparado ao bem-estar social que é capaz de proporcionar à população. Uma iniciativa do Governo do Estado, o Restaurante Popular
Foto: Leon Jr
Cidade empobrecida | Campos vive um dos seus piores momentos nas áreas econômica e social
vinha sendo administrado pela Prefeitura desde 2016 e acabou fechado em junho do ano seguinte como parte de uma série de medidas de ajuste das contas do Município. Ou seja, o valor considerado pequeno por Wladimir já pesou uma vez nas contas públicas. Transporte A reforma do transporte público municipal é outra proposta de Wladimir, que acena não só com "tarifa justa" como com a viabilização de "estudos para o retorno
da Passagem Social". Porém, o prefeito eleito não detalha, em sua proposta de governo, como essas iniciativas seriam implantadas, se haveria subsídio das passagens e, em caso positivo, de onde sairia o dinheiro para custeá-lo. Antecessor das propostas de subvenção do transporte público municipal, o programa Campos Cidadão financiava 64% do valor das passagens e chegou a ter 300 mil beneficiários durante os oito anos em que esteve em vigor. O Município aumentou o preço da
passagem de R$ 1 para R$ 2 em julho de 2017, mas acabou encerrando definitivamente a iniciativa três meses mais tarde por julgá-la também insustentável. Programas sociais Wladimir garantiu que vai "reformular e implementar o Programa Municipal de Transferência de Renda". Um programa social que vise garantir segurança alimentar ao cidadão campista e não represente recuo de valores em relação ao Cheque Cidadão, que pagava, durante a gestão de
Rosinha Garotinho, R$ 200 a cada beneficiário, pode custar quase R$ 30 milhões anuais ao Município. Algo próximo de 10% do orçamento no pior cenário. Entre 2016 e 2017, o programa custou, em média, R$ 2,4 milhões mensais aos cofres da Prefeitura, com pico de R$ 5 milhões em dezembro de 2016, quando o programa tinha 27 mil famílias cadastradas, parte delas admitida de maneira fraudulenta em um esquema de compra de votos na eleição de 2016 conduzido pelo grupo político da ex-prefeita Rosinha, revelado com a Operação Chequinho, da Polícia Federal. Obras Wladimir afirma que fará a "restauração" Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho. Promete, também, que terminará a obra da nova sede do Shopping Popular Michel Haddad, iniciada por sua mãe, Rosinha Garotinho, e não concluída por Rafael Diniz. Mais uma vez, não foi detalhada a extensão destas intervenções e nem os custos previstos. De acordo com a Prefeitura, levantamento feito em outubro de 2018, mostrou que reformas gerais no Arquivo Público devem custar R$ 1,6 milhão. O Município afirmou, também, que a obra do Shopping Popular deve consumir mais R$ 4,5 milhões até serem concluídas, levando em consideração débitos existentes e os devidos reajustes anuais.
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Destaque
Eleitos para um ano desafiador
José Francisco Rodrigues na CDL e Samuel Sterch do Sindivarejo vão encarar um 2021 repleto de incertezas Foto: Divulgação
Aloysio Balbi O ano de 2020 é um daqueles que todos querem esquecer, em decorrência da pandemia e todas as suas sequelas: provocou milhares de mortes, destruiu postos de trabalho e atingiu toda a economia sem distinção. Mas um dos setores mais castigados foi o comércio juntamente com o de prestação de serviços. Se o ano de 2020 foi de colapso, o ano de 2021 que se aproxima será no mínimo desafiador, com mais perguntas do que respostas. Duas entidades chaves do comércio elegeram nos últimos dias seus presidentes que terão que lidar com esse ano que se aproxima com expectativas indefinidas. José Francisco Rodrigues foi eleito por aclamação presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos – CDL – enquanto, também por aclamação, o empresário Samuel Sterch foi eleito presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Campos – Sindivarejo. As duas entidades ocupam lugar de destaque no cenário decisório da economia do município. José Francisco e Samuel Sterch sabem das dificuldades que terão de que enfrentar, com uma agenda quase em branco, pois tudo vai depender do fim do período da pandemia, ou seja, de uma vacina realmente eficaz. “Sem dúvida será um grande desafio. Mas temos que ser otimistas. O mundo todo está procurando a vacina e muitas já estão em fase de teste final. Somente a vacina conseguirá fazer com que as coisas se normalizem. Enquanto isso, temos que nos equilibrar dentro de um quadro que se convencionou a ser chamado de “novo normal”, disse José Francisco da CDL. Para o novo presidente do Sindivarejo, Samuel Sterch, as perguntas são realmente muitas, entre elas a manutenção ou não do auxílio emergen-
Unidos| José Francisco e Samuel assumem no próximo ano mandatos em duas entidades que representam o comércio e demandas da sociedade campista
cial por parte do governo federal. Ele também se preocupa com decisões políticas como a volta de restrições ao funcionamento das atividades econômicas. “São muitas as dúvidas. Estamos conseguindo fechar esse ano porque houve o auxílio emergencial do governo federal. Mas o auxílio caiu pela metade e não temos certeza de que será mantido em 2021. Se houverem medidas mais restritivas nas atividades de produção, a situação será bem complicada”, disse Samuel. José Francisco Rodrigues alerta para uma lenta retomada da atividade econômica aos níveis da pré-pandemia, ou seja, de fevereiro deste ano. Destaca que a taxa Selic – os juros oficiais- ajudou
se mantendo a 2%, mas acredita que com a alta da inflação será difícil o Banco Central manter não aumentar os juros. “Existe uma gama de fatores que influenciam a economia que podem ser definidos em uma única palavra: incerteza. Mesmo com todo o nosso otimismo, temos que ser realistas. O estrago causado pela pandemia que ainda não acabou foi avassalador e a recuperação será lenta, embora já esteja em curso”, afirmou José Francisco. O presidente do Sindivarejo analisa que a taxa de desemprego só voltará a cair quando o setor de prestação de serviços se recuperar. Ele, que foi acometido de Covid-19 e se recuperou, sabe que as pessoas estão vivendo sob o domínio do medo
e espera que a vacina saia o mais rápido possível. Assim como eles vão começar seus mandatos, existe também um outro importante debutante no cenário, que será o futuro prefeito de Campos. José Francisco e Samuel sabem que terão pautas coincidentes a tratarem com o Executivo, uma vez que essas entidades, além da luta pelos interesses de suas classes passaram a encarnar demandas da própria sociedade de Campos. “Assim como será para mim e para o Samuel, 2021 também será um grande desafio para o prefeito que estará iniciando o seu governo. Esperamos um bom relacionamento com ele, e estamos dispostos, como sempre, a colaborar no campo das ideias e das propostas”, afirmou José Francisco.
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Saúde
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Uma abordagem de apoio e proteção Fotos: Carlos Grevi
No fim do Novembro Roxo, os desafios da prematuridade diante de uma pandemia Letícia Nunes O mês de novembro está se encerrando, mas as campanhas de conscientização que marcaram os últimos dias não podem ser esquecidas. A cor roxa também é muito vista neste período, justamente para divulgar um alerta: é preciso apoiar a causa da prematuridade. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que atualmente, o Brasil é o décimo país com mais partos prematuros no mundo, com cerca de 340 mil nascimentos de bebês nessas condições por ano. A incidência de prematuros já é um problema bastante concreto e é claro que a pandemia tornou esse quadro ainda mais complexo. Para o médico neonatologista, Dr. Luis Alberto Mussa Tavares, a frase da médica paliativista Cicely Saunders "o sofrimento humano só é intolerável quando ninguém cuida" é perfeita para definir como deve ser a abordagem envolvendo os prematuros e suas famílias. "Traduzindo para o universo da prematuridade, significa que a dor de cada mãe desses bebês
Cuidado | Os bebês prematuros precisam de uma abordagem individual
Especialista | O médico neonatologista, Dr. Luis Alberto Mussa Tavares
só se torna exageradamente grande quando ela não é cuidada. É preciso protegê-los e esta campanha foi criada para discutir e organizar ações sobre a forma de tratamento do parto prematuro, como cuidar de um bebê que nasce antes do tempo. As diversas formas de atuação para diminuir os níveis do sofrimento causados por esses nascimentos ficam no primeiro plano", ressalta. O especialista explica que ao
nascerem antes da 37ª semana de gestação, de alguma maneira, esses bebês precisão de alguma atenção além da habitual, seja de aquecimento, oxigênio, observação ou até medidas de terapêutica mais agressivas e afastamento da família. "Para cada uma dessas ações cria-se mecanismos para amenizar os efeitos não só na história da criança, mas principalmente na vida da família, porque a dor é inevitável, mas
o sofrimento pode ser abrandado. A mensagem que é preciso passar é que existe uma preocupação específica do ambiente profissional para apoio e a família, sabendo que existe esse apoio, entende que pode contar com as instituições e isso se espalha pelo mundo inteiro através das campanhas. É uma verdadeira corrente do bem!", encoraja. Acolhimento De acordo com o médico, é preciso esclarecer que um bebê prematuro tem vários graus de intensidade e em todos estes casos é preciso acolher e oferecer esclarecimentos as famílias de todas as formas. "Pode ser um prematuro leve que vai ficar algumas horas ou pode ser um prematuro extremo que vai demorar 60 ou até 90 dias na UTI. Pode ser ainda um prematuro com uma comorbidade
respiratória, ou um prematuro que está sujeito a processos infecciosos ou até que passa isento de tudo. Logo, a família tem que ser comunicada e essa comunicação precisa obedecer a um passo a passo respeitoso, para que ela compreenda as interferências daquela prematuridade na saúde do seu bebê, os possíveis mecanismos de modificação dessas condições que são oferecidas pelas UTIs. Caberá à família compreender e ter ciência das possibilidades. A verdade é sempre libertadora nesses casos. A partir dessa consciência que a família tem, podemos falar das visitas, do aleitamento materno e de outros fatores. Os pais serão apoiados a enfrentarem essas dificuldades e entendendo nós iremos resolver e tratar juntos. O grande benefício que podemos oferecer a família é a informação", comenta.
Como lidar com um prematuro?
Dr. Luis Alberto relata que a neonatologia tem aprendido cada vez mais a lidar com esse bebê ao lado da sua família. Segundo ele, atualmente, já foram criados diversos tipos de abordagens de cuidado, não só com os prematuros, mas também com os pais. "Os riscos de um nascimento prematuro são os mesmos da chegada ao planeta de um cérebro em desenvolvimento. Nós protegemos o desenvolvimento cerebral. E como diminuir os riscos? É possível que a gente não consiga revertê-los, mas conseguimos estar ao lado deles e diminuir a intensidade. Muitas técnicas foram elaboradas e estudadas, no sentido de poupar o bebê, e isso tem levado a resultados muitos bons. Eu citaria o método canguru em que o bebê fica no colo da mãe, os estímulos que a UTI Neonatal Nicola Albano tem em relação ao oferecimento do leite materno, as reuniões familiares que fazemos e mesmo com a pandemia tentamos realizá-las de forma virtual. Eu citaria o grupo de apoio à família com pediatra, psicólogo, nutricionista, fonoaudiólogo, enfermeira e assistente social, de forma a acolher todos os campos do sofrimento humano, a videoteca com orientações, entre outras abordagens. São vários mecanismos para transformar e acolher essa dor", revela.
Covid-19 e medidas de restrição avançam Índices da doença voltaram a subir e prefeitura impôs novas limitações para conter aumento do contágio Da Redação Os índices atuais vêm demonstrando que Campos caminha para um momento crítico quanto à ocupação de leitos aptos ao tratamento da Covid-19, tanto os públicos quanto os da rede privada de saúde. A afirmação é da própria Prefeitura de Campos, que recentemente voltou o município para o nível 3, a fase amarela do Plano de Retomada das Atividades Econômicas. As medidas passam a valer a partir desta segunda-feira (30). Em relação a um possível colapso na saúde do município devido à explosão recente de casos, a prefeitura afirmou que vem alertando a população quanto à necessidade de manutenção
do alerta para enfrentamento à Covid-19. Os dados mais recentes divulgados pela prefeitura são da última quinta-feira (26). Na data, no Centro de Controle de Combate ao Coronavírus, dos 24 leitos de UTI, 17 estavam ocupados. Dos 60 leitos clínicos, 29 estavam ocupados. “É necessário que todo cidadão esteja em alerta. A população precisa estar atenta às medidas e orientações para evitar a propagação da doença no município. Não é o momento de sair às ruas sem preocupação. Se precisar sair, use máscara, mantenha o distanciamento e utilize o álcool gel”, orientou a médica infectologista e diretora do departamento de Vigilância em Saúde, Andreya Moreira. Momento crítico Segundo o Gabinete de Crise de enfrentamento ao Coronavírus, os índices preocupam quanto à ocupação de leitos aptos ao tratamento da Covid-19, tanto os públicos quanto os da rede privada de saúde. A partir de avaliação técnica e da análise da Vigilância em Saúde sobre o cenário epidemiológico da semana, o departamento alerta a população e garante que tem se Foto: Jorge Eli
Internação hospitalar | Procura aumentou nas redes pública e privada
reunido diariamente para avaliações quanto à decisão de mudança ou permanência de fase. “Infelizmente, tivemos que retomar a Fase Amarela em decorrência do aumento do número de casos. Se todos não tiverem cuidado, a situação pode se agravar ainda mais. É importante que cumpram com as regras e saibam a importância disso. A fiscalização continua atuando, mas nosso município tem, de território, mais de 4mil km2. Então é realmente fundamental ter consciência de que o número de contágio vem aumentando e a responsabilidade de salvar vidas é de cada um”, explica Fabio Bastos, membro do Gabinete de Crise para Ações de Prevenção, Combate e Enfrentamento ao Coronavírus. Aglomerações e conscientização A conscientização da população é fundamental para que haja resultados positivos. No último final de semana, vários eventos foram encerrados por descumprimento às medidas sanitárias. Em caso de qualquer irregularidade, os cidadãos podem denunciar através dos canais de comunicação disponibilizados. O município disponibiliza canais de comunicação através da secretaria de Segurança Pública - (22) 98175-2058/ Guarda Civil Municipal (22) 98175-0785 e superintendência de Postura (22) 98168-3645. Lockdown O lockdown em Campos foi decretado quando a ocupação de leitos atingiu patamar acima de 90%. Até o momento, o pico de atendimento foi nos meses de junho, julho e agosto, quando o Centro de Controle atendeu uma média de 150 pessoas/dia.
Foto: Carlos Grevi
Shoppings| Idosos com mais de 60 anos de idade e crianças abaixo dos seis voltam a ter entradas restringidas
Principais alterações da Fase Amarela - Circulação de pessoas em shoppings - até às 22h, com 50% da capacidade - Salões de beleza (50% da capacidade); - Eventos religiosos (30% da capacidade); - Bancos (50% da capacidade); - Restaurantes- impedimento do acesso de crianças; - Vedado o takeaway após às 23h; - Acesso à Serra do Itaoca estará impedido nos finais de semana e feriados; - Eventos não poderão acontecer nesta fase, além da não utilização do uso de praças.
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(22) 9985-02331 @salgado_gostoso
www.boulevardcampos.com.br @boulevardcampos
Cobertura Fotográfica: Otávio Pessanha
Cozinhando com Você - Doce Tradição
E
como disse Raul Seixas: " Um sonho que se sonha só é só um sonho, mas um sonho que se sonha junto é realidade'. O “Cozinhando com Você Doce Tradição”, passou de sonho a uma realidade incrível e inesquecível. A receita? Misture desejo de inovar, de fazer acontecer, respeito aos telespectadores, amor a o que se faz à grandes marcas e parceiros, adicione gente que abraça suas ideias e investem nelas, a xícaras cheias de muito trabalho, alegria, ousadia, disposição, não pode faltar o fermento da amizade, toques de carinho, atenção, esforço e dedicação. Leve a mistura para a telinha da TV e saboreie sem moderação! Foram três meses de um trabalho árduo. Mas, muito prazeroso. O "Doce Tradição ficou pra história da TV regional. O primeiro reality show culinário aconteceu com sucesso total, graças ao empenho de todos juntos. Ninguém faz nada sozinho. Em 2021, vem aí o nosso segundo reality: "Cozinhando com você - Coisas de Boteco". E antigos e novos parceiros já embarcaram comigo em mais um "loucura". Esperem novos talentos e muito comida gostosa vindo por aí. Uma nova cozinha também está sendo preparada com muito bom gosto para realizar um simples quadro que existe há 25 anos em um mega evento televisivo. Gratidão, obrigado, muito obrigado a todos que me apoiaram e fizeram meu sonho, ser o sonho de muitos e se tornar uma realidade especial. Agradecimentos: Maquipan, Maximus Instalações Comerciais, Salgado Gostoso, Claro Macaé, Fabiano Silva, Botoclinic, House 82, Kelly Desidério, Felipe Inácio, Joana Mambreu(Impacto Planejados e equipe), Spetão Pelinca(Renato Damiano), Fábio Pereira (With Cake), Grupo New Richard, Folks Brazil, Rei do Omelete, Panfrios, Casa da Paleta, Vem que Tem Multimarcas, Absolut Drinks, Larice Barreto e banda, DJ Rodrigo Bueno, Dom Garcia Empório, Otávio Pessanha, Isushi Delivery Japonês, Grau Distribuidora( Claudinho, Iago e Igor Duarte (Devassa e Fys Refrigerante), minha família Sistema Terceira Via de Comunicação(equipe do Jornal e TV), jurados fixos e convidados, minha incansável produtora Patrícia Abud, aos meus fiéis telespectadores e leitores e principalmente a Deus. Estou muito feliz e completamente realizado. Vocês são INCRÍVEIS e únicos! Até a próxima competição.
Fábio Abud
Felipe Inácio
Mallon Toledo
Tai e Saullinho Rovetta
Cris Rocha (Participante)
Igor Lima
Larice Barreto(Paparazzi), Well e Dedel
Léo Crespo
Felipe Garcia
Fernanda Lysandro (Participante)
Viviane Amaral, Roberta Barcelos e Claudinho Andrade
Vereador eleito Raphael Thuin
Família querida Impacto Planejados
Gabriel Bense e Leonela (Paparazzis)
Patrícia Neves (Participante)
Fabiano Silva
Diretor do Sistema Terceira Via, Fábio Paes
Thiago Miranda
Cristiano Mello
Bruninha Martins (Participante)
Patrícia Abud
Kelly Desidério
DJ Rodrigo Bueno (Paparazzi)
Washington Roza (O campaão)
Willian Borges
Túlio Maciel
Otávio Pessanha
Fernanda Passos (Paparazzi)
Nath e Fábio Pereira
Jamil Duailibi
Wanderson(Salgado Gostoso)
Loirinho o artesão das relíquias de quatro rodas Amigos fazem festa pelos seus 50 anos
Aloysio Balbi Quando se fala em lanterneiro vem logo à cabeça das pessoas que entendem do assunto a expressão “martelinho de ouro”. Porém, existe um outro martelo, quase mitológico, como se tivesse a força de Thor. O carro, depois de passar por ele, sai da oficina melhor do que saiu da fábrica. O Thor da mitologia é louro e no caso em questão é “Loirinho” e em se tratando de restaurar carros igualmente mitológico. Na semana passada, José Carvalho dos Santos Filhos, o “Loirinho” completou 75 anos, 56 dos quais dedicados a sua arte. Seus clientes não admitem que o chamem de lanterneiro e sim de artesão, que não recupera, mas restaura carros de preferência antigos, do século e milênio passados. “Loirinho” ganhou festa da família e dos amigos com direito a bolo decorado com carros e ferramentas. A festa foi dentro de sua oficina. Conhecido em todo o país pela maneira refinada como restaura os carros, ele tem clientes ilustres, entre eles o ex-jogador da seleção brasileira Edmundo. Como boa parte dos artistas, ele é arredio a entrevista, mas conta que em se tratando de carros antigos já restaurou mais de 150. Pode parecer pouco, mas é um trabalho que dura de oitos meses a um ano, com riqueza de detalhes. Saído de sua oficina, o carro restaurado alcança um valor de mercado capaz de deixar a maioria dos veículos zero quilômetro que saem de fábrica no chinelo.
Aniversariante| Loirinnho e seu painel de ferramentas, instrumentos de um verdadeiro artesão reconhecido nacionalmente Já passaram por suas mãos Ford Atuns 1951, Jipe Villas 1969, Fuscas da década de 60, Ford Mavericks da década de 70, Opalas dos anos 90, Opalas Comodoro, Impa-las, Doge Darts e uma dezena de outros carros antigos e que hoje valem peso de ouro. “Loirinho” trabalha com uma equipe de artesãos que ele prepara para o futuro com o objetivo de fazer com que carros do passado voltem a ser atuais e arrastem orelhas por ondam passem. Aos poucos, herda sua arte seu filho Loirinho Neto. Também é mentor de Betinho e Galo. No momento ele trabalha em um Ma-
rerick de propriedade do colecionador Homero Neves Filho. Já restaurou mais de uma dezena de carros do empresário Mário César Venâncio e também de Lenilson Rangel, Nelson Mendonça, Nilton Vasconcellos, Paulo Saleme, Tiago Furtado, Heribaldo Silveira Jr, Guilherme Gomes e muitos outros. “ Ele é uma pessoa especial. Merecia uma grande festa, mas acabamos fazendo uma surpresa do jeito de que poderia suportar. Loirinho é arredio a badalações, mas completar 75 anos merece uma festinha em pleno expediente. Estamos todos muitos felizes”,
disse Mário César Venâncio. O artesão dos carros diz que o primeiro passo do criador é não se apaixonar muito pela criatura depois de concluída, mas confessa que certa vez restaurou um Escort XR-3 e na hora de entregar fez uma proposta ao dono para comprá-lo. O homem, que é minucioso em cada detalhe, que respeita cada milímetro da chapa a ser colocada, dando nova vida o que na grande maioria das vezes era sucata, aos 75 anos está fisicamente tão bem quanto os carros que restaura. E aí justifica o brinde para que ele tenha uma vida longa e inteira.
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@priscylabezerra
MODA
APOSTA CERTA
DECOTE OMBRO A OMBRO A tendência deste verão é o decote off Shoulder, conhecido também como ombro a ombro. Encontrado em blusas, camisas, croppeds e muito em vestidos, dos casuais aos vestidos de festa. É um decote que valoriza nosso colo e costas e combinados com mangas bufantes fica muito charmoso.
CRM 52-815861
Selecionei alguns vestidos com este decote. Inspirem-se!
BELEZA
TRATAMENTOS PARA O "CÓDIGO DE BARRAS"! As rugas periorais, chamadas de CÓDIGO DE BARRAS são linhas verticais que aparecem ao redor da boca e são causadas pela perda do colágeno com o envelhecimento da pele, sendo potencializadas em pacientes fumantes e com EXPOSIÇÃO SOLAR sem a proteção adequada. A boa notícia é que elas podem ser amenizadas. Saiba como: 1. Skinbooster: Hidratação injetável altamente eficaz para o estímulo de colágeno. Pode ser utilizado de forma preventiva e para o tratamento das rugas periorais; 2. Preenchimento com ácido hialurônico: O procedimento traz VOLUME para o local e amenizando o aspecto das rugas, atuando também na hidratação da pele; Paula Marsicano 3. Botox perilabial: A aplicação da TOXINA BOTULÍNICA no local impede o movimento dos músculos que causam as rugas, Dermatologia Integrada Rua Voluntários da Pátria 500 sala 108 trazendo firmeza para a pele. Ed. Platinum Tel: 22 3026-1819 4. FIOS PDO lisos: induz ao estímulo de formação de colágeno. @paulamarsicano Procure um DERMATOLOGISTA para saber o melhor tratamento para a sua pele!
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Reviver...Reviver... Ignezinha Jacyntho, como a chamo carinhosamente, é a homenageada de hoje. Uma mulher bem-humorada, sempre preocupada em acolher bem. Chegar a sua casa é deleitar-se com boas conversas, com lanchinhos primorosos preparados com maestria pelas suas secretárias e apresentados em louças lindas do seu acervo. Não tem como recusar! O peso dos seus 85 anos aparece apenas na carteira de identidade, porque o vigor dessa campista, filha de professores, está longe de representar toda essa idade. A bagagem adquirida ao longo da vida transformou-se em capítulos, que ela faz questão de contar com muita lucidez e simpatia. Ignez tem como marca constante a busca pela independência. Sempre. Muito estudiosa, começou cedo a lecionar e não escondia sua paixão pela língua portuguesa, a ponto de acompanhar as mudanças da ortografia.
Ignez e Jorge com os nove filhos sempre unidos
O retrato da saudade
candinhovasconcellos@gmail.com
Ignez Jacyntho e toda sua luminosidade.
Ignez e Jorge Jacyntho animavam as pistas dos bailes da cidade
Ignez e Jorge Jacyntho com a família na festa das suas Bodas de Prata
Ainda vivendo com os pais, conheceu Jorge Baptista Jacyntho na adolescência, na rua dos Goytacazes. Namorou e casou-se aos 21 anos. Sua paixão por Jorge é viva, estampada em momentos familiares. Juntos, viveram intensamente os bailes nos clubes, as festas em sociedade, o carnaval e incontáveis viagens. Era um casal alegre e fazia questão de abrir a pista, seja de qualquer tipo de baile, dançando com leveza e elegância.
Ignez e Jorge Jacyntho no dia do Sim
Esperava entusiasmado a chegada do carnaval para assistir aos Corsos e o famoso bloco da Meia-Noite, do Automóvel Clube Fluminense. Foram 42 anos de casados dedicando um ao outro e aos 9 filhos que conceberam. Ignez saía cedo para trabalhar e pedia às suas secretárias que preparassem os filhos para irem à escola, às aulas de piano e francês. O domingo sempre era reservado aos filhos. Começava pela missa, seguida de cinema, lanche na Casa do Chá e passeios pela cidade. Uma característica que vale pontuar, foi criar os filhos lembrando que as dúvidas surgidas no estudo deveriam ser resolvidas na escola, com os professores. Fazia, assim, estimular o raciocínio. Também mantinha metas que eram impostas com relação a leituras literárias (Monteiro Lobato, Machado de Assis...). Com a falta de Jorge, ainda novo, sentiu necessidade de se posicionar como matriarca e conciliadora. Era uma mulher austera, sem deixar de ser educada e extremamente generosa. Certa vez, contou-me um fato com relação ao incêndio que assolou a Femac Móveis. Disse-me, não muito distante, que reuniu os filhos, não para pedir autorização, apenas para comunicar que entregaria as chaves da Casa Rosada ao amigo Edvar Chagas sem nenhum custo e pelo tempo necessário para se reerguer - gesto que a família jamais esquecerá. Soube transmitir aos filhos, sistematicamente, valores e a necessidade de ajudar ao próximo em projetos filantrópicos, fazendo enxergar a importante aceitação das minorias diferenciadas. Mantém respeito e reconhecimento aos funcionários domésticos, estendidos ao quadro de funcionários da Fornecedora Jacyntho. É vanguardista e sabe bem o valor e o poder da mulher frente à sociedade: liberdade com responsabilidade.
Ignez e Jorge Jacyntho com o “filho” mais Comemorando seu aniversário reunindo sempre amigas de uma vida velho Jorginho Bastos
Ignez com a mãe Maria da Penha e os irmãos Luciano, Ronaldo, Simões e Luiz Antônio de Azevedo
Ignez reunida com 16 netos
Ignez é uma mulher queridíssima em toda Campos, desde o carroceiro que passa na sua porta recebendo sua bênção, a disponibilidade em ouvir, atentamente, os problemas vivenciados pelos seus funcionários, a solidariedade entre Irmãs de caridade e padres amigos... Depois dos 80 anos, a idade a obrigou a pisar no freio. Mas parar, jamais. "Acham que gente velha fica o dia todo só olhando para fora da janela”. Dos tempos das ruas de chão batido e da inexistência das facilidades que temos nos dias de hoje, Ignez faz uma observação digna de reflexão. "Não tinha telefone, não tinha televisão, isso é verdade. Hoje é tudo mais fácil. Mas a gente tinha liberdade. Nós íamos para a escola sozinhas, sem perigo. Hoje, é perigoso sair sem companhia", lamenta. Ela é a matriarca de três gerações, com mulheres que dão continuidade aos seus exemplos em cada ramificação dessa árvore genealógica. "Ela é nosso orgulho", declara a filha Claudia.
Ignez Jacyntho em evento na Casa Rosada
Ignez em viagem religiosa a Roma
Ignez com as suas melhores amigas Terezinha Castro e Elça Teixeira
Perguntada sobre o segredo para viver tanto e tão bem, Ignez pensa um pouco, tenta puxar na memória, mas não sabe dizer. Recorre aos hábitos saudáveis e ao trabalho, além de nunca ficar parada. "Tenho saúde. Não posso reclamar. Faço minhas orações, faço a contabilidade da empresa”. Talvez sejam os segredos de sua longevidade. Ignezinha, desejo que continue a vibrar com a vida ao lado dos filhos: Claudia, Fatima, Jorge Luciano, Charles, Geovane, Lucia, Geovana, Adriana e Douglas, dos 16 netos e dos 3 bisnetos. E viva Maria Ignez de Azevedo Baptista! Viva! Viva!
Ignez em visita a um orfanato na Turquia
Maria e Manoel Simões de Azevedo, pais de Ignez, reunindo os filhos, genro, noras e netos em foto histórica
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Felipe Nascimento e Renan Billy
Felipe Nascimento e Renan Billy brincam de colecionar títulos. A dupla consuistou na última semana o mais uma vitória no Mikasa Open. O evento que aconteceu sem a presença do público, foi transmitido pelo canal FutevoleiSP no YouTube, o campeonato foi decidido na partida onde a dupla campeã, enfrentou Bruninho e Juninho. Em 2019, essa dupla que já se consagrou no mundo do futevôlei, conquistou quase todos os títulos que disputaram e pelo jeito, 2020 será da mesma forma. Desejamos sorte e sucess aos meninos e que continuem trilhando os caminhos da conquista.
Carla Pádua em sua melhor versão
Ainda mais charmosa, a nossa Amanda Coutinho aporta na terra da garoa
Cultura Brasil e Itália ligados pela cultura em pleno Rio de Janeiro. Com esse objetivo, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio (Sececrj) assinou um protocolo de intenções para futuras colaborações de projetos com o Consulado Geral da Itália no Rio e o Instituto Italiano de Cultura do Rio, nesta quinta-feira (26), para a valorização da cultura dos países. A cooperação técnica tem como finalidade promover a integração institucional e a promoção de atividades culturais com conteúdo ligado à Itália, em projetos, ações e programas de mútuo interesse. Isso na realização de um programa de fomento para a produção de curtas-metragens sobre temáticas ligadas a aspectos da cultura italiana, através de um chamamento público e também de outras ações de fomento nos âmbitos da arte, da cultura e da economia criativa.
Nossa eterna miss Mariah Khenayfis ainda mais linda, mais ela
Competente e antenada, Alessandra Ribeiro também faz sucesso nas redes sociais
Sonho realizado, Dayane Tripari e Cassiano Correa e a tão sonhada cerimônia religiosa. Felicidades, amigos!
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@rodrigovianarodrigoviana
Na semana passada, publiquei a entrevista realizada com o César Urnhani, piloto de teste do Programa Auto Esporte, da TV Globo. Na ocasião, uma das perguntas era sobre o carro mais icônico que ele já havia andado, até porque César tem uma experiência vasta neste campo, por vir testando carros de diversos modelos e marcas por mais de 20 anos. Quando a sua resposta foi o Ferrari F50, tratei de ir ao encontro do único existente no Brasil, para conhecê-lo melhor e apresentar a você, caro leitor. Só para lembrar, os Ferraris 288 GTO (1984), F40 (1987), F50 (1995), Enzo (2002) e La Ferrari (2013) são considerados os 5 carros icônicos da marca em toda a sua história. Além da alta performance e exclusividade, a Ferrari colocava o que ela tinha de melhor, nas suas respectivas épocas, nesses carros. A Via Itália, representante oficial da marca Ferrari no Brasil, anualmente promove o projeto denominado “Raduno”, que é um evento de encontro e entretenimento dos proprietários da marca Ferrari com as suas preciosas máquinas - o maior encontro de Ferrari da América Latina -, que saem da sede da marca no Brasil, no bairro Jardins, em São Paulo, e vão, em comboio, até ao Autódromo de Interlagos, para sentirem os seus bólidos na pista. O evento costuma ocorrer no mês de novembro e já reuniu quase 100 Ferraris. Foi lá que eu encontrei o F50.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
FERRARI F50 Um dos maiores ícones da história do automóvel
LANÇAMENTO
O Ferrari F50 foi lançado em 1995 no Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça, em homenagem ao 50º aniversário da empresa. O carro foi projetado para ser o suprassumo da marca, reunindo toda a expertise da Ferrari. Nele estava o que havia de mais avançado em termos de concepção, projeto, engenharia, tecnologia e motor. Aliás, o motor era oriundo da sua escuderia da Fórmula 1, porém, com as adequações necessárias para uso em carro de rua. O carro foi produzido durante três anos - 1995, 1996 e 1997 - na fábrica da Ferrari em Maranello, na Itália. O volume de produção foi de apenas 349 carros numerados, o que o tornou ainda mais raro. Foram produzidas também 3 unidades pré-série, a segunda inclusive é esta única que temos no Brasil, na cor Rosso Corsa. Os 349 carros da produção em série foram divididos nas seguintes cores: 302 da Rosso Corsa (vermelha tradicional da Ferrari), 31 da Giallo Modena (amarela), 8 da Rosso Barchetta (vermelha escura), 4 da Argento Nurburgring (prata) e 4 da Nero Daytona (preta). O Ferrari F50 é um supercarro de motor central-traseiro em posição longitudinal, duas portas, dois lugares, com carroceria berlineta/roadster, isso porque ele tem um teto removível com a mesma cor e composição da carroceria, que é de fibra de carbono, que pode ser trocado, quando quiser, por um teto preto de lona, ou deixá-lo simplesmente aberto, transformando-o num roadster. A carroceria foi desenvolvida pelo designer italiano Lorenzo Ramaciotti, do Instituto Pininfarina de design, também italiano.
MOTOR
O motor do Ferrari F50 é aspirado - sem turbo -, DOHC, de 4.7L, V12 (12 cilindros em V) a 65º, com 60 válvulas (3 de admissão e 2 de exaustão por cilindro), pesa 198 kg e rende uma potência máxima de 520 cv a 8000 rpm e um torque máximo de 48,0 kgfm a 6500 rpm, aliado a um câmbio mecânico de 6 marchas a frente e tração traseira. O carro alcança a velocidade máxima de 325 km/h, faz de 0 a 100 km/h em 3.7 segundos e de 0 a 1.000 metros em 21,1 segundos. Este motor é derivado do propulsor que equipou os carros 640 e 641 da escuderia Ferrari da temporada de 1990 da Fórmula 1, pilotado por Alain Prost e Nigel Mansell. Juntos, naquele ano, eles venceram seis provas, e Prost foi vice-campeão. Porém, no F50, a cilindrada que era de 3.5 l. aumentou para 4.7 l. e a rotação da potência máxima caiu para 8.000 giros, afinal, o carro tinha que ficar mais dócil para poder trafegar com ele nas ruas. Não foi à toa que o F50 foi o carro de produção em série considerado o “Fórmula 1 de rua”, não só pelo motor, mas por toda a sua engenharia de construção, como: chassi, suspensão, câmbio, além de outros componentes e montagens também provenientes da categoria máxima do automobilismo mundial. Em 1996, a Ferrari desenvolveu uma variação do F50 voltada para as pistas, o Ferrari F50 GT. Em relação ao modelo de rua, o GT tem o teto fixo, uma grande asa traseira e
De qualquer ângulo, o Ferrari F50 chama atenção
O interior espartano do Ferrari F50
um novo spoiler dianteiro, além de outros ajustes. O motor V12, 4.7 litros, foi trabalhado para gerar 750 cv de potência. Ele faz de 0 a 97 km/h em 2,9 segundos e alcança a velocidade máxima de 376 km/h. Porém, para não desviar o foco da Fórmula 1, a Ferrari abandonou o projeto. Foram produzidos apenas 3 carros.
INTERIOR
Ao entrar no carro, percebe-se que a maçaneta externa não existe, e sim, uma lingueta que aciona um mecanismo que libera a porta. Aberta, a soleira fica elevada diante do banco colado no assoalho. Chama a atenção como o interior é espartano, é tudo muito simples, tudo para aliviar o peso do carro, a maior intenção da Ferrari. Assim como a carroceria, o monocoque também é feito de fibra de carbono - um material mais resistente e também bem mais leve que o aço -, assim como vários itens do seu interior, como: parte do painel, acabamento das portas, suporte dos bancos, manopla do
Ferrari F50, um dos maiores ícones da marca
No compartimento dianteiro, alguns No compartimento traseiro, o motor componentes da mecânica e o portamalas
câmbio, assoalho, soleira, túnel e console central. O câmbio é mecânico com uma grelha onde você encaixa a alavanca nos dentes que demarcam as marchas, não tendo como errar. Na época, não existia câmbio sequencial e muito menos paddle shift, por isso a opção pelo câmbio manual do que pelo automático, pois este último deixaria o carro mais lento. Assim como a opção pela direção mecânica, ao invés da hidráulica, justamente para não roubar potência do motor. Naquele tempo não existia direção elétrica. O volante é “seco”, não tem nenhuma função a não ser a principal, mudar o carro de direção. Foi a última geração em que os diversos comandos de um carro atual, não chegava ao volante, nem air bag o carro tem. Esquece o sistema de som, pois não tem, a Ferrari considerava desrespeitoso abrir mão de ouvir o som empolgante do motor para ouvir música. Os comandos de ventilação e ar-condicionado são simples e ficam no console central. Mas, para abrir ou fechar
Raduno, o maior encontro de Ferrari da America Latina. Imagine quase 100 Ferraris juntos, acelerando ao mesmo tempo, no Autodromo de Interlagos. La eu encontrei o unico F50
os vidros, não tem dispositivo elétrico, há àquelas antigas manivelas de girar, presentes nos modelos mais básicos dos carros populares. No painel, entre os poucos botões, chamou a atenção um, que é para elevar um pouco a suspensão dianteira, evitando que se bata em demasia com a frente do carro em obstáculos, por menor que eles sejam, já que o carro é muito baixo para as ruas. Os instrumentos do painel aliam mostradores digitais com informações analógicas. Na caixa de roda dianteira, você vê a lingueta que abre o compartimento frontal do carro, onde fica o porta-malas, que cabe apenas 50 litros, ou seja, há o local preparado para você colocar a bolsa da Ferrari que vem junto com o carro, no momento da aquisição do modelo 0km.
COMPORTAMENTO DINÂMICO
Esquece freios ABS, controle de tração, controle de estabilidade... o F50 não tem nada disso. Só tem os amortecedores eletrônicos para oferecer mais estabilidade. E isso, ele tem de sobra. Andar num Ferrari F50 passa a mesma impressão de andar num carro de corrida. Na verdade, o F50 é um carro de Fórmula 1 adaptado para as ruas. Assim, o F50 é um carro duro e áspero, passa aos passageiros as menores imperfeições do piso, também tem os pedais duros, seja o da embreagem, do freio ou do acelerador. Assim como a caixa de marcha, que precisa de certo esforço para se movimentar. A direção também é pesada e firme, não oferece assistência hidráulica, nem tão pouco, elétrica. O carro não tem sistema de absorção de ruído, o que o deixa barulhento, assim como num carro de corrida e, a velocidade desenvolvida, é nitidamente percebida no habitáculo. Em baixa velocidade, o motor ronca como se estivesse reclamando por estar girando em baixas rotações. Tudo isso desaparece
Peso: 1230 kg Comprimento: 4480 mm Largura: 1986 mm Altura: 1120 mm Entre eixos: 2580 mm Bitola dianteira: 1620 mm Bitola traseira: 1602 mm Área frontal: 1,89m² Coeficiente aerodinâmico (Cx): 0,372 Tanque de gasolina: 105 litros Porta-malas: 50 litros Motor Configuração: DOHC, 4.7, V12 (12 cilindros em “V”) a 65°, 5 válvulas por cilindro (3 de admissão com 2 de exaustão), à gasolina. Posição: Traseiro-central longitudinal Peso do motor: 198 kg Cilindradas: 4698 cc Diâmetro dos cilindros x Curso dos pistões: 85.0 mm x 69.0 mm Taxa de compressão: 11:3 Potência: 520 cv a 8000 rpm Peso do carro/potência: 2,36 kg/cv Torque: 48,0 kgfm a 6500 rpm Peso do carro/torque: 25,63 kg/kgfm Transmissão Câmbio mecânico (manual) de 6 marchas a frente Tração Traseira Direção Mecânica Suspensão Dianteira: Independente, double wishbones, coil springs, anti-roll bar Traseira: Independente, double wishbones, anti-roll bar Freios Dianteiros: Discos ventilados (356 mm) sem ABS Traseiros: Discos ventilados (335 mm) sem ABS Pneus – Rodas Dianteiros: 245/35 R18 – Aro 18” Traseiros: 335/30 R18 – Aro 18” Performance 0 a 100 km/h: 3.7 segundos 0 a 400 m: 12.1 segundos 0 a 1000 m: 21.1 segundos 100 a 0 km/h (frenagem): 34 metros Velocidade máxima: 325 km/h Consumo urbano: 3,7 km/l Consumo rodoviário: 6,5 km/l Autonomia urbana: 389 km Autonomia rodoviária: 683 km
quando você acelera forte e põe o V12 para gritar. A direção exige movimentos curtos, o motor enche rápido mesmo com a faixa vermelha começando em 8.500 rpm e o clique da alavanca na grelha metálica soa como um gatilho que dispara em cada mudança de marcha, fazendo o seu corpo ser jogado para a frente. O ex-dono diz que o carro é muito forte, mas leve, além disso, é largo e baixo, possuindo uma ótima aerodinâmica e com o grande aerofólio traseiro, o carro tem uma estabilidade impressionante, que o deixa grudado no chão. Em Interlagos, por exemplo, o carro desponta no seu habitat natural, a pista. Ele diz que é o melhor carro que já pilotou no autódromo. Mas para andar de F50 na cidade, nas ruas e estradas, a situação se complica, o F50 é muito baixo e a suspensão é rígida, não é ativa. Mesmo com o recurso que eleva a suspensão dianteira, os buracos, valetas, lombadas e irregularidades, acabam batendo no fundo do carro. Tem que ir com calma e bem devagar em algumas situações para o assoalho não sofrer.
PREÇO
No começo deste ano de 2020, o F50 mudou de mãos aqui no Brasil, o que seria agora o 5º proprietário desta máquina, nestes 25 anos da sua existência. O valor da negociação, assim como a identidade do atual e do antigo proprietário - que ficou quase 5 anos com o carro e rodou apenas 1.000 km - não foram revelados, mas sabe-se que o antigo atua no mercado financeiro, tem outros Ferraris e carros exclusivos e admite que ganhou dinheiro com este carro. Um leilão nos Estados Unidos este ano, colocava a expectativa de preço neste carro em US$ 2,5 milhões, ou seja, R$ 13,6 milhões, na conversão do dólar do último dia 23.
“O coração das pessoas boas está cheio de lágrimas escondidas.”
Mirante da Rocinha: David Gonzalez e Laila Aragão pelo Rio aproveitando bem o fim de semana de folga dele.
Santa Missa para comemorar a Independência do Líbano na Igreja Nossa Senhora do Rosário de Fátima: Os libaneses Paulo Akl, Fátima Beyruth, Dom Fernando Arêas Rifan, José Maria Mattar e Paulo César Haddad Monteiro.
A querida aniversariante Fátima Vasconcelos COMO VAI SER O NATAL? Sabemos que devido à pandemia, muita coisa na nossa vida mudou. Normalmente, em época de festas de fim de ano, nos reunimos com nossos amigos e familiares e celebramos. Será que esse ano vai ser assim? Será que as pessoas vão se reunir ou até mesmo trocar presentes? O que podemos esperar de uma data tão importante e marcante, como o nascimento de Cristo, neste ano atípico? Com o novo coronavírus, o Natal de 2020 vai ser diferente: menos pessoas vão optar por viagens, passando a data em casa para evitar aglomerações. Por causa disso, as pessoas decidiram investir mais em uma decoração típica, já que o ano foi muito difícil e elas estão em busca de mais beleza para a data. A expectativa é que serão mais comedidas nesse período por conta da própria pandemia, que ainda não acabou, da incerteza da economia e também porque muitas famílias perderam seus entes queridos. A esperança é que em 2021 tudo voltará ser como antes.
Rota do Lagarto: Elegância de Patrícia Sanguedo num belo cenário.
Edimar Areas e Flor Valentim no friozinho gostoso de Pedra Azul Bodas de Couro: Mara e Bruno Robaina comemorando em Trancoso
RAPIDINHAS l Serginho Sepulveda e Suellen Ribeiro estão felizes da vida com a notícia de que serão papais. Família e amigos comemorando junto com eles. l Ana Maria Pellegrini agora circulando pela cidade num
lindo e poderoso carro da Volvo.
l Claudinha Delbons se dividindo entre o Rio e Atafona.
Márcia e Paulo André Chaves curtiram o seu apê de Guarapari no feriadão.
l
l Maria Lúcia Pereira Pinto aproveitou o feriadão reunin-
do a família na bela casa da Aldeia em Guarapari.
Tim Tim para Célia Assed que foi muito festejada pelo seu niver na quarta-feira. Ela merece!
l Graziela Aquino Cruz hospedou no último final de se-
mana no Rio o querido casal Larissa e Luiz Felipe Sales.
l Sandra Rabelo tem feito jantares que são sempre elo-
giados pelos amigos.
Dayane Tripari Henrique e Cassiano Pessanha felizes no Casamento. Foto: Leonardo Berenger
l Ariuza Kury Izar dando uma bela repaginada na área
de lazer de sua casa atafonense, que já era linda e vai ficar mais linda ainda.
Batizado: Leila Khayat com sua boneca Sofia no dia do início do seu compromisso da vida com Deus.
l Ângela Barroso, a maior locomotiva de Búzios, tem or-
ganizado pequenos eventos tipo almoço e jantares em restaurante de Porto da Barra.
NIVER Os parabéns de hoje vão para Fátima Vasconcelos, Maykson Araújo, João Noronha, Leandra Rangel, Luís Carlos Feitosa, Nelma Beatriz, Caluzinha Alves, Karla Rangel, Hingrid Tavares e Jacqueline Rangel. Amanhã para Andrea Barbosa, Angela Bense, Marcelle Nogueira, Ricardo Oscar Priore, Morena dos Santos e Diego Suisso. Terça-feira para Rosanne Póvoa de Souza, Karla Gomes, Henderson Lima, Dhiego Borges, Fátima Beyruth, Adriano Paes, Robinho Pitangueira, Marcia Siqueira Rossi, Paulo Rubens Gomes Santos e Luiza Assed. Quarta-feira para Leandro Nascimento. Quinta-feira para Diego Frazão, Pillar Sardenberg Pessanha e André Lucas. Sexta-feira para Matilde Abdu Neme e Paulo Ricardo Ferrugem. Da coluna os votos de muita saúde e felicidades para todos.
Caraguatatuba: Cicinha Chagas sempre maravilhosa.
Baby a bordo: Serginho Sepulveda e Suellen Ribeiro na doce espera.
Inglaterra: Aurinha Paes e sua filha Ane aproveitando todos os momentos juntinhas.
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GENTE BACANA GPS SOCIAL CASA NOVA
O arquitetos Thiago de Sá e Natália Paes no recém inaugurado escritório e detalhes do lugar de bom gosto.
CASÓRIO
A
promoter Dadá Tripari casou na semana passada com o gente boa Cassiano Pessanha, aglomerando cuidadosamente 100 amigos ao redor da felicidade deles. Foram dois momentos muito especiais, um na cerimônia religiosa às 10 da manhã na Paróquia de São Gonçalo, em Goitacazes, e o outro na festa que aconteceu na linda estância que liga Goitacazes a Tócos, com uma beleza de sede, cercada de verde, campo gramado, lago artificial, piscina,... que virou um cenário perfeito para festejar. Na igreja, o momento de emoção foi grande quando a noiva, antes de adentrar a nave da casa santa, ao lado do tio Gilmar Tripari, cantou romanticamente para Cassiano e convidados. Na festa, antes do brinde da família em meio a pista de dança, ela também fez sua homenagem, desta vez, ao pai falecido e que foi lembrado com balão em forma de coração escrito ‘Pai’ e deixada para ser levada ao céu. Depois do espocar do Lá vem os noivos! espumante, seguida de brinde e palavras de gratidão da família, foi dada a largada para o festival musical. Várias bandas e artistas subiram ao palco para shows que lotaram a pista até o final da festa. Open bar aberto, coquetel servido com arrojo, almoço posto e tudo impecável, com fartura, sabor e bonita apresentação. A felicidade imperou atravessando a noite na mesma sintonia, com muitos jovens na pista sem cansar e sem querer ir embora. Tudo de bom! Viva eles!
Dadá e Cassiano dançam com direito a sax e tudo mais
O
s arquitetos Thiago de Sá e Natália Paes acabam de inaugurar o lindo escritório, onde passam a receber clientes que vão até eles em busca da realização dos sonhos que serão projetados e executados pela dupla dinâmica da arquitetura de interiores. O antigo sobrado da rua Gilberto Cardoso, 391/A, ganhou uma verdadeira transformação. Hoje no estilo clássico, com toques contemporâneos, pode-se dizer que é uma verdadeira obra-prima, de extrema elegância, plantada num imóvel que está na família há mais de 60 anos e hoje impera em tons branco e preto, como umas das construções mais bonitas da famosa rua. Só vendo pra crer! Finalizam esta semana a parte de paisagismo que cuidam nos mínimos detalhes. Todos que lá já foram só rendem elogios e mais elogios.
MODA LUXO O ano de 2021 promete mais elegância para a cidade. Um famoso estilista de moda noiva e festa, que veste famosas artistas da tv, da música e do mundo fashion nacional, aporta na cidade para instalar o seu atelier para noivas e madrinhas que exigem elegância e luxo para momentos especiais. Por enquanto é só o que a coluna pode contar, mas já adianta que Campos vai vibrar. O brinde da família, Os noivos com o tio Samuel Tripari e a mãe Janete Tripari Viana Henriques e Cassiano com os pais Rita de Cássia e Jorge Roberto Barreto Pessanha.
Dayane (Dadá) Tripari chega a paróquia com o tio Samuel Tripári
ÓH LICEU!
LUTO A cidade está sentida, triste, enlutada esta semana, com a partida do querido Eduardo Tomatinho, que se foi para outro mundo deixando muita história para contar. Tomatinho sempre foi um gentil ser humano, que amava viver e tinha uma paixão pelos amigos inseridos naquele setor que denominamos de uma vida inteira. Deus o tenha em lindo lugar e a coluna se une a dor da família e amigos neste momento de coração partido.
Viva o nosso Liceu de Humanidades de Campos que comemora os seus 140 anos de história no ensino local! Pensando nisso que o campista, ex-liceísta, o brazilian jazz singer, Péricles Emmanuel, que há anos mora na Califórnia e é criador de uma página virtual que usa como galeria dos Imortais do Magistério de Campos, prepara grande homenagem. Detentor de um arquivo extraordinário, ele vai compartilhar com a população campista o que possui de mais precioso: "Não posso ficar de fora e não posso deixar passar essa data tão importante, sem prestar as devidas homenagens e honras à memória de todos os nossos grandes heróis do magistério de Campos." Muito bem!
ROXO Com o intuito de conscientizar a população sobre os problemas da prematuridade, o Novembro Roxo é realizado todo ano com ações e campanhas em favor dos prematuros. A ideia é alertar sobre o crescente número destes partos. Dados da Secretaria Estadual de Saúde indicam que um a cada 10 bebês baianos nasce prematuro. Em 2019, foram 20,8 mil nascimentos com menos de 37 semanas na Bahia. Em tempos de pandemia, os cuidados devem ser redobrados. Evitar as visitas nos primeiros dias de vida é fundamental.