Jornal Terceira Via ed178

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CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 22 A 28 DE MARÇO DE 2020

Nas bancas por R$ 1,50

NÚMERO 178 Fotos: Carlos Grevi

Manual para uma vida

melhor

Endocrinologista Dr. Herbert Sidney Neves foi o autor do livro “Aprendendo com o diabetes” lançado em 1975 e atualizado agora com a participação da Dra. Patrícia Peixoto

REPORTAGEM ESPECIAL

CAPA

Onde meus olhos

brilham!

Campos se prepara para enfrentar o coronavírus

Terceira Via publica levantamento da capacidade da rede hospitalar municipal l Prefeitura decreta fechamento do comércio, exceto serviços essenciais PÁGINA 04 - 05 l

Campistas pelo mundo em tempos de Covid-19 Na Europa e EUA, eles relatam a rotina de quarentena devido à pandemia Prefeitáveis falam sobre suas propostas para a Educação PÁGINA 07

PÁGINA 03

ESPECIAL

PÁGINA 13

AloysioBalbi Campista é o maior do mundo O produtor rural campista, Jurandir Boa Morte, é apontado como o maior produtor individual de eucalipto do mundo. Ele tem terras na Bahia e no Pará. PÁGINA 07

Os 90 anos do

Sr. Tãozinho

PÁGINAS 08 - 09

ALEXANDRE TADEU (REP)

CAIO VIANNA (PDT)

CLÁUDIO RANGEL (PMN)

GIL VIANNA (PSL)

Coronavírus, desafio e lições É uma emergência em saúde pública mundial. Um momento único impensado até então. O que poderá nos salvar? PÁGINA 07 LESLEY BEETHOVEN (PSDB)

MARCELO MÉRIDA (PSC)

RAFAEL DINIZ (CDN)

ROBERTO HENRIQUES (PPL)

PÁGINA

05 22 A 28 DE MARÇO DE 2020

C O R O N A V Í R U S: Ficção dos anos 50 vira realidade no século 21

No filme, povos entram em pânico com ‘visita’ de nave espacial. Na vida real dos dias atuais, mundo fica atemorizado pela pandemia

Sid e Edvar Chagas Jr. e o filhão Gabriel PÁGINA 16

FICÇÃO | O misterioso personagem Klaatu, observado pelo temido robô Gort. No filme, o pânico não passou de engano. Já o coronavírus...

Hora de ficar em casa!

E

m linhas gerais, pouco há para se dizer do coronavírus sem que se repita o que já fora dito ou, em sentido contrário, sem que a informação fique defasada a cada instante. De fato, não há protocolo imune a alterações sistemáticas, tampouco decisões governamentais – no Brasil e em outros países – que não estejam sendo corrigidas ou aperfeiçoadas dia após dia. Na esteira da incerteza, procedimentos são adotados e revistos. É um novo vírus, que obriga a que se conviva com experimentos, erros,

Da ficção mostrada na tela dos cinemas há 70 anos, para a realidade que hoje assombra as populações de todos os países, as narrativas tem em comum algo nada fantasioso: o pânico. Não se trata aqui da maior ou menor gravidade do covid-19, ou se as medidas adotadas – algumas extremas – são necessárias ou exageradas. Disso, cuidam as autoridades de Saúde Pública dos diferentes países –, ainda tentando entender a extensão e formas de tratamento da doença. A reflexão que se faz é quanto ao pânico provocado – este sim sem precedentes nos últimos 100 anos, da

improvisações e insegurança. Histórico – O que se diz com relativa segurança é que os primeiros casos do Covid-19 foram registrados na China, em dezembro de 2019, sendo que os infectados trabalhavam na província de Wuhan, num mercado de carnes variadas, exóticas e animais silvestres vivos, comercializados em ambiente pouco salubre. Relatos incluem cobras e morcegos. Inicialmente tratados como pneumonia, rapidamente o vírus se espalhou por mais 100 países e, ato contínuo, alcançou os quatro cantos do planeta.

gripe espanhola para cá. Se há dois ou três meses alguém imaginasse algo parecido, seria internado por insanidade. Mas o inacreditável está batendo à nossa parte. Em ‘O Dia em que a terra parou’ – um clássico da ficção científica de altíssimo padrão, que continua tão atual quanto admirável pela mensagem pacifista e crítica à Guerra Fria entre a os EUA e a antiga União Soviética que ameaçava o mundo – o personagem Klaatu é confundido com uma ‘criatura perigosa’ Mas quanto ao coronavírus não há confusão alguma. Só resta descobrir o quão vilão ele é.

Catástrofe mundial – Em velocidade meteórica, o mundo virou de ponta-cabeça, com mudanças extremas para tentar acompanhar e conter a disseminação da doença que atinge todos os continentes, menos a Antártica. No dia 11 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) mudou a classificação, de epidemia, para pandemia, tendo em vista a expansão do Covid-19. Vale ressalvar que, ao contrário do que muitos pensaram e ainda pensam, a nova descrição não aumentou a gravidade do vírus sob o aspecto da ameaça que representa, mas sim

que passou a considerá-la como fora controle e que atinge pessoas, simultaneamente, em todo mundo. China e Itália – Onde tudo começou, na China, é também onde supostamente a expansão do vírus está sendo contida. Com mais de 80 mil infectados, o país informou o fim do pico após contabilizar mais de 3.200 mortos. Por outro lado, até sexta-feira (20) a Itália apresentava o percentual mais drástico, com mais de 3.400 óbitos entre pouco menos de 42 mil infectados. Mas, como já mencionado, os números mudam a cada dia.

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Os esforços do Brasil para conter o coronavírus Com informações desencontradas acerca das decisões dos governos estaduais, bem como críticas abertas ao presidente Bolso-

China, país que havia anunciado que iria ajudar o Brasil com apoio científico ao combate do vírus, o que, agora, pode não se confirmar)

continuará a crescer pelos próximos meses – o que se torce não chegue a tanto. Prevenção – De toda sorte, o País busca con-

de Saúde não tem condições de disponibilizar tratamento se a pandemia se espalhar e atingir, em particular, os mais vulneráveis.


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