3 minute read

Trânsito de Campos é um desafio em várias etapas

IMPROVISAÇÕES EM PASSADO JÁ DISTANTE SÃO

Ocongestionamento, o tempo perdido e o consequente estresse gerado pela lentidão do trânsito de Campos têm como principal causa a falta de intervenções que deveriam ter sido empreendidas há cerca de três décadas, quando a cidade deu sinais claros de estrangulamento no tráfego.

Advertisement

Em resumo, estamos falando em deslocamento. Na dificuldade de circulação de veículos, sem perder de vista que a questão

Estrangulamento

Apesar de o governo municipal seguir com as intervenções – ainda agora estão sendo criadas alternativas no Parque Rodoviário, com uma nova via de acesso daquela área para o Centro – a lentidão nas principais ruas da cidade parece piorar a cada dia.

Citando alguns exemplos, em envolve, também, o pedestre, em particular na questão da segurança.

O executivo municipal não previu. Tampouco teve visão de vanguarda e nem mesmo enxergou o problema quando já lhe batia a porta. De fato, nem quando atravessou porta adentro.

O município não investiu em Engenharia de Trânsito. Preferiu as medidas paliativas e improvisadas, ao invés de contratar especialistas qualificados – profissionais capazes de criar mecanismos de fluidez e soluções que assegurassem a mobilidade urbana.

É bem verdade, os congestionamentos estão presentes em quase todas as cidades. Mas Campos, não precisava, necessariamente, constar ter ‘destaque’ nesse ranking. Planície – que favorece a circulação – e royalties, que poderiam viabilizar investimentos consideráveis em infraestrutura.

Hoje, com o problema enraizado, a Prefeitura vem buscando ações para desfazer o nó. Ano passado, dentro do Plano de Mobilidade Urbana, o governo Wladimir Garotinho operou inúmeras mudanças no intuito de aliviar pontos de maior lentidão e favorecer a fluidez. ruas como Saldanha Marinho –principalmente do Jardim São Benedito até o Square Center –; Voluntários da Pátria, no trecho da 28 de Março até Tte. Cel. Cardoso; Av. Pelinca, em toda sua extensão; a antiga Formosa, em particular no longo percurso entre Conselheiro José Fernandes e Goytaca- zes; Av. Alberto Torres, entre a Av. Rio Branco e a Praça da Igreja do Saco, no P. Leopoldina – entre tantas outras – o congestionamento é constante, persistindo praticamente o dia inteiro. Nos horários de ‘rush’, então, os engarrafamentos dão lugar ao estrangulamento.

A inversão no sentido de várias ruas foi uma das principais medidas adotadas para combater os engarrafamentos. Mas, não obstante em algumas áreas a iniciativa possa ter dado resultados positivos, a situação, por enquanto, está longe de alcançar patamar aceitável.

O destaque ainda mais negativo

Melhoria não virá do dia para a noite

Há algum tempo, atendendo solicitação de uma das turmas do curso de Comunicação de Campos sobre determinado tema, precisei recorrer à coleção de jornais antigos.

Por acaso, li em jornais do início dos anos 70, que a Prefeitura de Campos cogitava construir um viaduto na Alberto Torres, que passaria sobre a linha férrea, para evitar o congestionamento que ali se formava quando os trens com vários vagões circulavam e o trânsito fica- va interrompido por 20 a 30 minutos. O viaduto não saiu por falta de recurso. Isso tem 50 anos.

Hoje, as locomotivas não passam mais por ali. Entretanto, a quantidade de carros que se avolumam naquele entroncamento, congestiona mais e por mais tempo do que na época da ferrovia. E o viaduto não saiu. Nem ali, nem em outras áreas da cidade onde o fluxo é prejudicado.

Portanto, a conta do que não se fez há décadas passadas, está sendo cobrada com juros nos últimos anos. Não há solução fácil.

Transporte coletivo – Na visão do saudoso Jaime Lerner, engenheiro e urbanista que revolucionou o trânsito de Curitiba quando prefeito daquela cidade, mobilidade urbana exige um conjunto de ações múltiplas, entre as quais se destaca volumosos investimentos em transporte público integrado e de qualidade, para se tirar tanto quanto fica para a 28 de Março, que independente das obras ora realizadas, o trânsito fica rigorosamente parado depois das 18 horas, afetando os motoristas que vão no sentido da antiga Estação da Leopoldina. possível os carros das ruas e desafogar o trânsito. Mas isso, na nossa realidade, é quase um sonho.

Neste horário mais pesado, após passar a entrada da rua Tte.

Cardoso nas proximidades do Senac, até ‘conseguir’ dobrar na antiga linha do trem, em direção ao P. Leopoldina e Nova Brasília, o trafego fica insuportável. O mesmo transtorno é imposto aos veículos que vêm pela Alberto Torres para chegar aos mesmos bairros citados.

A equação envolve estacionamento, calçadas amplas para pedestres, saídas alternativas, viadutos, etc. Não vamos chegar a esse patamar senão com muito trabalho.

Em Campos, mesmo nas apertadas ruas do Centro, como a Santos Dumont, os motoristas estacionam os carros quase que de uma ponta à outra – o mesmo valendo para várias outras ruas – o que obriga o pedestre a ‘descer’ para o espaço destinado aos carros. Neste particular vê-se outro problema: a fiscalização.

Enfim, o governo do prefeito Wladimir vem trabalhando de forma incansável para equacionar, tanto quanto possível, a difícil missão. Mas não há como esperar resultados significativos senão com o passar de longos anos e em várias etapas.

This article is from: