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AloysioBalbi
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Com Girlane Rodrigues
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Restaurante Billy The Grill chegando a Campos
Mesmo com todas as restrições e crise provocadas pela pandemia, novas empresas continuam chegando a Campos. O famoso restaurante Billy The Grill vai se instalar no maior shopping da cidade, o Boulevard, para onde também está indo o Calebito sorvetes artesanais. Soma-se a isso o fato de que as Pernambucanas e a joalheria Vivara, como já anunciou essa coluna, abrirão lojas lá a partir do segundo semestre.
Terceira fase de Brasil Port no Açu vai gerar 500 empregos
Conforme essa coluna anunciou na sua versão online com exclusividade, uma outra grande obra vai estar em curso no Porto do Açu. O Gerente Geral da Brasil Port, empresa do Grupo Edison Chouest Offshore no Porto do Açu, Paulino Nóbrega, anunciou a terceira fase do projeto da empresa no complexo portuário que irá gerar cerca de 500 empregos. Paulino Nóbrega disse que no Açu a norte-americana Edison Chouest já movimenta mais de 300 embarcações/mês, 4.000 carretas/mês para atendimento das plataformas da Bacia de Campos.
Câmara de São João da Barra vai homenagear Eike
E por falar no Porto do Açu, ganha cada vez mais corpo a volta de Eike Batista. O empresário, mentor do complexo portuário, tem cinco projetos que serão executados em parceria com um grupo chinês. Alguns deles são de mineração e outros de energia solar. Quase todos passam de certa forma pelo Açu. Enquanto isso, o presidente da Câmara de Vereadores de São João da Barra, Elisio Rodrigues, quer prestar uma grande homenagem a Eike Batista.
Campos pode voltar a receber mais royalties
A revitalização da Bacia de Campos, fazendo com que ela volte a produzir mais petróleo, como nos bons tempos, é uma das prioridades da Petrobras. Isso significa que se o Supremo descartar a Lei que divide os royalties para todo o país, municípios como Campos e Macaé, que são produtores, poderão voltar a receber em breve uma quantidade de dinheiro bem mais expressiva do que a de hoje.
Noêmia tinha montado uma grande oficina de joias
Pouca gente sabe, mas a empresária Noêmia Viana, que já é saudade, estava a um passo de produzir joias personalizadas em larga escala e ganhar o mercado nacional e até internacional. Tinha acabado de adquirir o que existe de mais moderno em ferramentas de ourives para confecção de joias, tudo primando pela alta tecnologia. Deixa como legado para os filhos Juliana e Arthur, que vão dar continuidade à saga da empreendedora.
Fábio Paes na Tanzânia para escalar o Kilimanjaro
O empresário e diretor geral do Sistema Terceira Via, Fábio Paes, embarcou para a Tanzânia, com o objetivo de subir o frio e perigoso monte do Kilimanjaro, sonho de consumo dos alpinistas de todo mundo. Lembrar que no ano passado Fábio encarou outro paredão gelado, o cobiçado Everest.
UENF vai fazer em maio licitações de R$ 16 milhões
Ainda sobre a UENF, ela fará em maio duas concorrências públicas que somam R$ 16 milhões. A primeira será no dia 11, para reforma na cobertura de dois de seus prédios no valor de R$ 5.646.050.05. E a segunda, no dia 18, no valor de R$ 10.583.049,19, para a segunda fase da adequação à acessibilidade. O reitor Raul Palacio está incentivando o empresariado local a participar destas licitações.
Revista cientifica americana publica pesquisa feita em Campos
Uma pesquisa realizada pela Doutora Helena Vargas, sob a supervisão do professor Gustavo Rezende, ambos do Centro de Biociências e Biotecnologia, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), sobre espécies, que viviam apenas no mar e que passaram a ter vida na terra, acaba de ser publicada na prestigiosa revista científica Journal of Experimental Zoology-B, Molecular and Develpmental Evolution. Orgulho para Campos.
No feriadão é melhor sossegar o facho
Essa vai ser uma semana picadinha por conta dos feriados no Estado do Rio. Quarta-feira, dia de Tiradentes, e sexta-feira, dia de São Jorge, para algumas categorias. Como aqui feriados não foram antecipados, eles estão valendo. É preciso redobrar os cuidados e não transformar o feriadão em mais um momento de contágio da pandemia. Recado inclusive para os mais jovens. O contágio aumentou bastante na faixa etária entre 20 e 35 anos. Como diria o prefeito Wladimir, é melhor sossegar o facho.
Opinião Relato do Front
Travando uma guerra contra um inimigo invisível que mata por instinto, heróis que salvam vidas, atuando na tão citada “Linha de Frente” muitas vezes são soldados quase anônimos. Fazendo uma analogia com a guerra, médicos, enfermeiros, dentistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, são parte deste combo de heróis que, em vez de linha de frente, poderiam estar em um pelotão de infantaria. São pessoas que para salvar vidas colocam em risco suas próprias. Então, é pertinente o uso do termo “relato de front” em uma guerra cuja a trincheira mais arriscada é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os jornalistas Pricilla Alves e Ocinei Trindade foram atrás desses relatos, pelo seu ângulo mais humano: os pedidos que os pacientes da Covid fazem a esses profissionais. São inúmeras as histórias de perdas que marcam os profissionais, como marcou a enfermeira Mayara Souto, que relatou o caso de um jovem que perdeu a vida para a doença de maneira rápida. “Tivemos um rapaz novo que foi admitido no CTI acordado, lúcido, falando sobre a família e os planos de vida e, em poucas horas, evoluiu para a intubação, vindo com uma piora clínica brusca e em seguida uma parada cardiorrespiratória irreversível. Esse caso nos deixou muito surpresos e emocionados”, lamentou. Já a enfermeira Carolina Pereira fala da perda de uma paciente jovem que também era da área da saúde. “O falecimento dela me tocou muito porque era uma pessoa cheia de sonhos e com muita fé de que iria melhorar para cuidar dos filhos. Era muito nova e enfermeira, assim como eu. Ela estava fazendo tratamento para leucemia quando pegou Covid. A parte mais difícil é você se doar naquele momento para ajudar na melhora do paciente e não ver resultado”. São relatos na primeira pessoa, que falam de pessoas, muitas delas que já não estão entre nós. Por isso é precioso dar voz a quem convive com a morte para desta forma valorizar a vida. A reportagem especial desta edição é humana, reunindo uma série destes relatos em um dos momentos mais difíceis da sociedade. São relatos da frente de uma linha tênue entre a vida e a morte.
Elogio à mediocridade
Observa-se, nos dias atuais, que as pessoas melhor informadas, que cultivam o conhecimento, de certa maneira, têm sido preteridas. Até, nas escolas, alunos brilhantes, procuram não ficar em evidência para não sofrerem bulling por parte dos colegas. Tem-se a impressão de que os mais festejados são aqueles, segundo alguns, mais ligts que se importam menos com os estudos. Muito estranho! Há um tempo era motivo de orgulho alcançar bons resultados nas verificações de aprendizagem. Não que se deseja que voltemos à época das medalhas por desempenho escolar no final do ano. Eu mesma vivi esse tempo e presenciei colegas que sofriam muito por não conseguir um número razoável de medalhas. Eu ficava um pouco acima da média. Recebia distinção por média alta em Português, História, Geografia, Organização Social e Política e Francês. Matemática não. A medalha por bom comportamento e polidez era sempre um desafio, mas, na maioria das vezes, fui agraciada. Era para mim um grande feito porque como aluna interna, em um colégio de freira nas décadas de 60/70, o nível de exigência era bem alto em termos de educação e comportamento. Muitas vezes, pintei e bordei. Escondido das irmãs, é claro. Até namorar, por meio do muro alto, minhas amigas e eu conseguíamos. Mais tarde, nós três nos casamos com os namorados desse muro conivente. Maravilha! Essa modernidade líquida, na qual vivemos hoje, onde as relações entre as pessoas, as relações econômicas e de produção são maleáveis como nos aponta o sociólogo Zigmunt Bauman, trouxe consequências para nossa vida. A solidez deu lugar à volatividade. A permanência, ao movimento, à mudança, à fragmentação. As instituições nessa sociedade já não são tão firmes, o trabalho nem tão seguro e os valores começam a ser questionados. A concorrência nos mercados e a competitividade mais acirrada contribuem para que as pessoas deixem de ter certezas. Agora, é o indivíduo que precisa se adaptar à realidade. Com essas preciosas análises de Bauman, é possível entender melhor por que, nos dias atuais, há um certo desmerecimento do conhecimento. Haja vista os/as influencers digitais, muitas vezes, seguidas por milhões de jovens tratam de assuntos leves, triviais bem longe de textos dos grandes autores da literatura ou de filósofos. Parece que tudo, agora, precisa ser mais raso, menos denso, de comunicação imediata, com pouco texto e mais imagético. Não se trata de crítica propriamente. É a realidade que aí está posta. Por último, destaco o negacionismo como o que tem de pior na sanha do atropelamento do saber. Negar a ciência, negar as evidências, negar fatos são formas últimas do elogio à mediocridade. Não! A Terra não é plana. Aqui, precisaríamos não só dos estudos de Bauman como também de outros sociólogos, psicólogos, psicanalistas e mais profissionais para dar conta de explicar esse fenômeno absurdo. Mas contrário a isso, a ciência nos apresenta, nos dias tortuosos em que vivemos a pandemia da COVID-19 com mais de três mil mortes diárias no Brasil, a esperança de que poderemos sair deste flagelo: A VACINA. Vacina sim! Que seja para todos! É necessário que estejamos atentos ao tempo, esse grande professor! É necessário que construamos uma ética para toda essa vida líquida, sem referências sólidas ou corremos o risco de nos fragmentarmos tanto e perdemos a humanidade. “ Escolhi chamar de modernidade líquida a crescente convicção de que a mudança é a única coisa permanente e a incerteza a única certeza”. (ZIGMUNT BAUMAN)
Ardendo em chamas
Cilênio Tavares – Jornalista
No Brasil, sempre houve dificuldades de conciliar os interesses da economia com a necessidade de proteção ao meio ambiente. Não é novidade para ninguém a briga de foice que vem ocorrendo, sobretudo nas últimas décadas, para evitar que o desmatamento desenfreado se torne irreversível.
Foram anos de descaso com as áreas de floresta, mesmo contando com uma legislação de fazer inveja até mesmo aos países mais desenvolvidos nesse setor tão sensível para a sobrevivência da humanidade. São episódios que vão do degelo na Antártica a queimadas, sobretudo na Amazônia, que agora talvez esteja enfrentando aquele que pode ser o maior ataque da história. São enormes áreas de proteção que não têm contado com uma fiscalização adequada, na maioria das vezes, por omissão de quem tinha o dever de agir com rigor para evitar que isso continue acontecendo e assombrando o mundo. De um lado, um discurso para inglês ver e do outro, passando e instalando a boiada nas áreas onde o desmatamento se consolida.
O que acontece na Amazônia, sobretudo na parte brasileira do mapa, é um absurdo sem precedentes.
Para piorar as coisas, outra região que outrora era motivo de orgulho para o ecoturismo, se transformou em foco de incêndios, dizimando árvores centenárias e matando dezenas de centenas de animais. A contar com as notícias dos canais mais confiáveis de comunicação, o Pantanal de Mato Grosso nunca passou por uma situação tão preocupante como agora. O fogo sem controle toma áreas que levaram séculos para se formar e agora levarão outros tantos para serem recuperadas. Isso se houver recuperação, uma vez que não estamos falando de uma ciência exata, mas, sim, da necessidade de um conjunto de ações que possam ao menos amenizar tantos estragos e falta de respeito com a natureza que nos sustenta. De longe, a gente assiste a tudo isso, incrédulo, em pleno século XXI, quando as reservas ambientais mais se escasseiam, geleiras derretem, poeiras tóxicas se espalham em vários cantos do planeta. É o homem destruindo seu habitat, como se ele tivesse alguma alternativa que não seja viver neste planeta tão castigado justamente por suas ações. Mas, não podemos nos eximir de responsabilidades sobre o que ocorre no nosso entorno, muito embora tudo que esteja acontecendo neste momento, seja, sim, de responsabilidade coletiva. E, por um instante, nos faz lembrar de um trecho de “Milho aos pombos”, bela e reflexiva composição de Zé Geraldo: “Tudo isso acontecendo e eu aqui na praça, dando milho aos pombos”, enquanto assistimos ao Brasil ardendo em chamas.