Jornal Terceira Via 233

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CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 25 DE ABRIL A 01 DE MAIO DE 2021

Nas bancas por R$ 1,50

NÚMERO 233 Foto: Carlos Grevi

Ganha-pão | Bianca Rangel, 24 anos, mãe de duas crianças, sobrevive de reciclagem. Em dia de sorte, consegue R$30, mas nem sempre tem o que comer

Na pandemia, ruas viram única fonte de renda para parte dos campistas Agravada pela Covid-19, crises sanitária e econômica aumentam número de trabalhadores informais e pedintes

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COLUNA DO BALBI

Destaque da Medicina de Campos para o mundo

O OncoBeda foi citado na revista científica SHC, a mais conceituada da Ásia sobre cirurgia torácica. Assinam o artigo: Dr. Ivan de PÁGINA 04 Azevedo, Ricardo L. Oliveira e Paula A. Ugalde.

GUILHERME BELIDO ESCREVE

Brasil avança na vacinação e vai chegando a 30 milhões

Pelas estradas,

País precisa dobrar o número de aplicações da 1ª dose para 1 milhão/dia para tentar chegar ao fim de maio com 60 milhões de imunizados. PÁGINA 05

literatura e música

AA registra crescimento de dependência alcoólica

O policial rodoviário Nicasio Viana decidiu publicar livros e canções após sofrer grave acidente e encarar a pandemia com coragem CAPA

Isolamento social pode explicar consumo elevado Segundo coordenação dos Álcoólicos Anônimos, em Campos houve aumento de pessoas com problemas para controlar a compulsão por álcool. O Isolamento social é apontado como motivo. PÁGINA 07

Autismo virtual e a relação das crianças com as telas

Natália Muniz

FÁBIO ABUD PÁGINA 12

Geneticista cita riscos na exposição prolongada Abril é o mês de conscientização da sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista. Entre os vários aspectos dessa condição, o geneticista Isaías Soares destaca o autismo virtual. PÁGINA 11

Aposta certa é Color Block PRISCYLA BEZERRA TABLOIDE

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Especial

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Sinais da cidade | Pessoas tentam vender produtos nos cruzamentos, mas acabam pedindo ajuda

Sinal verde para a pobreza

Ocinei Trindade

Nos sinais de trânsito na região da Pelinca, área nobre de Campos dos Goytacazes, vendedores ambulantes disputam as janelas dos automóveis, tentando obter dos motoristas a compra de algum doce, bala ou água. Diante de uma resposta negativa, pedem ajuda em moedas. A cena se repete em muitos outros semáforos da cidade. Nos últimos meses, desde o início da pandemia, cresceu o número de informais e de pedintes. A economia acendeu o sinal vermelho, ultrapassando mais uma vez o número suportável da extrema pobreza. As soluções por parte dos governos demonstram ser paliativas, pois fome e desemprego seguem em ascensão. De acordo com dados da Prefeitura de Campos, atualmente há cadastrados no município 936 ambulantes, além de 850 permissionários. Entretanto, o número de trabalhadores informais no município é desconhecido. No Cadastro Único do Ministério da Cidadania, Campos conta com 47.600 famílias em extrema pobreza. "Isso representa um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os 13 Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) do município estão monitorando famílias com demanda por cestas básicas e atendendo de acordo com as condições orçamentárias vigentes. A procura por cestas básicas se ampliou em 63% se comparado ao mesmo período de 2020", diz a nota da prefeitura. Sinais de sobreviventes Rita de Cassia da Silva está desempregada há quase dois anos. Morava no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, tem filhos e netos, trabalhava num shopping. Vítima de balas perdidas em confrontos de traficantes, teve a perna atingida. Veio para Campos e morou na rua por sete meses. Conseguiu um aluguel barato e tenta se manter vendendo doces nos sinais do Jardim São Benedito. "Chego cedo para conseguir comida no Mosteiro Santa Face. Estava sem gás, juntei dinheiro para comprar. Peço doações, dinheiro. Melhor pedir que rou-

A crise sanitária se mistura aos problemas econômicos e faz crescer o número de pedintes e trabalhadores informais em Campos

Dois filhos| Bianca percorre ruas

Doces|Fernando tenta se manter

Doação| Rita vende balas

Biscoito| Márcia sustenta filha

bar. Muita gente acha que é para comprar drogas, acha que poderíamos trabalhar, mas não tem emprego. Então, me arrisco nos sinais a vender e levar algum dinheiro para casa. Situação muito difícil, já passei fome, e sem ajuda é difícil se manter", diz Rita. Situação parecida tem Bianca Rangel, 24 anos. Moradora da Lapa, mãe de um menino de 5 anos e de uma menina de 11 meses, ela paga R$450 de aluguel. Sobrevive de reciclagem de materiais que acha no lixo. Em dia de sorte, consegue R$30. A pandemia piorou sua situação, pois nem sempre há o que comer.

"Recebo R$259 do Bolsa Família. Eu não tenho vergonha de pedir dinheiro na rua ou nos sinais. Às vezes fico sem comer para dar aos meus filhos. Quando recebo qualquer doação é um alívio", diz. Fernando Cabral, 26 anos, tem certificação em dois cursos profissionalizantes do IFF, mas não consegue emprego. Em 2020, ele e a mulher conseguiram se manter por um tempo com o auxílio emergencial do governo federal que ela recebeu. Pais de uma menina pequena, eles se viram para pagar aluguel na Tapera. "Recebemos alguma ajuda de parentes. Passei a ajudar minha cunhada a vender docinhos

caseiros na Pelinca. Consegui alcançar R$ 90 em três dias. A pandemia só trouxe mais insegurança e incerteza. A gente vende o almoço para comprar a janta e vamos nos ajudando".

Mas não podemos tratar a questão com campanhas solidárias. Os impactos econômicos das crises sanitária e social colocam o desafio do município em prover proteção social a pessoas. Reconhecê-las como sujeitos de direitos sociais é fundamental ampliar sua capacidade protetiva", afirma. Com a crise decorrente da pandemia, o Conselho Municipal de Assistência Social defende a criação de um programa de transferência de renda municipal de forma coordenada com os sistemas de informações dos governos Federal e Estadual. Eliana Feres destaca os dados do Cadastro Único. São 46.511 famí-

Solidariedade social A assistente social Eliana Feres diz que as crises sanitária e econômica, provocadas pela pandemia, evidenciam a situação dos trabalhadores informais que sempre tiveram dificuldade de garantir seu sustento. "Essas vulnerabilidades sempre existiram, mas a partir da pandemia ganharam amplitude e têm causado um forte componente de solidariedade social.

Análise socioenconômica sobre a situação de informalidade em Campos Ricardo Nóbrega é doutor em sociologia e professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense. Para ele, o crescimento da informalidade se relaciona aos níveis de desemprego que crescem nacionalmente desde 2014, quando a crise econômica, política e social do país se aprofundou, alcançando sua pior expressão no governo Bolsonaro. "As chamadas reformas trabalhista e da previdência, em vez de trazerem a prometida geração de empregos formais e as medidas de austeridade fiscal, apenas aumentaram a informalidade e trouxeram mais vulnerabilidade e precariedade material aos trabalhadores. No caso do Norte Fluminense,

Sociólogo| Ricardo Nóbrega

houve ainda os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que trouxeram prejuízos às empresas do setor de óleo e gás e que foram especialmente danosos à região, que tem uma economia fortemente dependente dessa cadeia produtiva. A pandemia

aprofundou essa crise e suas consequências sociais podem ser vistas em toda parte", considera. Para o professor, a Prefeitura de Campos tem atuado de forma muito tímida frente aos enormes desafios e necessidades do momento. "A reabertura do Restaurante Popular, por exemplo, fornecendo marmitas a essa população que está em situação de insegurança alimentar, seria uma medida que amenizaria o sofrimento da população. Mas nada indica que ela ocorrerá no curto prazo", observa. O economista Ranulfo Vidigal considera "pífia" a atuação do governo municipal nos 60 primeiros dias. "Há um função chamada 'assistência social' no ba-

lancete da prefeitura de 19 de abril, que tem um subitem chamado assistência comunitária. Este item tem autorização do Legislativo para gastar este ano mais de R$25 milhões. Isto dá uma média de R$2,1 milhões por mês. Portanto, em janeiro e fevereiro, tudo mais constante, Wladimir já deveria ter injetado no mercado algo em torno de R$4,2 milhões, para minimizar o sacrifício das famílias nesta situação de penúria. Os dados são oficiais. Gastou-se até fevereiro a bagatela de R$98 mil ou 4%. Deixou de investir nessa área crucial mais de R$3,5 milhões. Isto mostra em uma cidade nessas condições, mostra claramente que a prioridade do governo Wladimir foi zero".

lias com renda per capita familiar de até R$ 89; são 3.467 famílias com renda entre R$ 89,01 e R$ 178; ainda 10.498 famílias com renda entre R$ 178,01 e meio salário mínimo; além de 10.328 famílias com renda acima de meio salário mínimo. São 44.542 famílias recebendo o Bolsa Família. "Certamente, há um aumento da extrema pobreza em Campos, no que tange ao atendimento à população em situação de rua que cresceu em 127%, se comparado as mesmo período do ano passado", compara. Segundo o secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho, o quantitativo de população em situação de rua costuma variar. O Centro Pop, equipamento destinado a esse público, ofertou, durante o ano de 2021, 1.761 atendimentos, o que representa um aumento de 124% em relação ao mesmo período do ano anterior. O professor Ricardo Nóbrega destaca a solidariedade dos movimentos sociais, sindicatos e organizações não-governamentais. "Isto tem sido fundamental, com a distribuição de cestas básicas e cuidados com os mais vulneráveis. Na cidade, destaco o trabalho do Resista Campos e da Rede Emancipa, que têm feito um excelente trabalho". O economista Ranulfo Vidigal alega que os programas de assistência social são pequenos diante das crises econômica, pandêmica e social. Ele critica o governo municipal nesse aspecto. "Economizar nesse setor é ir contra a economia local, além de deixar nas mãos desses grupos aquilo que eles não podem resolver. Isto é estranho e fora de propósito para um grupo político, cuja a característica básica era o social. Alguns diziam um populismo social, mas nem isso está tendo", diz. A ambulante Márcia Christine, 43 anos, é mãe de uma adolescente de 13. Decidiu vender balas e doces nos sinais para complementar a renda do Bolsa Família. Ganha até R$30 por dia. "Conheço muita gente que está passando dificuldades, fome, sem emprego. É uma vida apertada, lido com a hostilidade de alguns nos sinais de trânsito, mas para continuar viva e cuidando da minha filha vou seguir lutando", conclui.


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AloysioBalbi Com Girlane Rodrigues

Medicina de Campos para o mundo O OncoBeda – instituição que faz parte do Grupo Imne Oncologia – foi citado na revista científica SHC, a mais conceituada da Ásia sobre cirurgia torácica. O artigo “Manejo do empiema e da fístula broncopleural pós pneumonectomia” foi escrito por médicos renomados, entre eles o cirurgião torácico do OncoBeda, Dr. Ivan de Azevedo. A relevante publicação aconteceu no dia 5 de abril de 2021 e também foi assinada pelos profissionais Ricardo L. Oliveira e Paula A. Ugalde. Um terço da população de Campos está vivendo com a média R$ 89/mês A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro- FIRJANestá participando da Campanha Contra a Fome, que mobiliza os empresários fluminenses. São 29 pontos de coletas de alimentos em todo o estado, sendo quatro no Norte Noroeste. A campanha é em conjunto com o SESI. Sobre Campos, o órgão divulgou um dado triste, mostrando que um terço da população está vivendo com a renda mensal de R$ 89. Quatro novas empresas podem se instalar em Guarus Pelo menos quatro empresas de médio e grande portes mostram interesse em se instalar no Distrito Industrial de Campos, em Guarus. O que está realmente pegando são questões ligadas à burocracia. Todos os esforços estão sendo feitos para desenrolar esses processos que podem revitalizar o Distrito Industrial gerando empregos e tributos no município. Codin de Campos vai interagir com a de SJB Voltando falar da Codin, o presidente da Associação das Indústrias da Codin em Campos, Lucas Vieira, esteve na semana passada no Rio reunido com a diretoria do órgão. Vários pontos foram tratados, como a melhoria de acesso ao Distrito Industrial, incentivos fiscais, facilitação para a chegada de novas empresas e uma interação entre os distritos industriais de Campos e de São João da Barra, esse último criado no entorno do Porto do Açu.

não tem geladeiras em condições de preservar a necessária temperatura das vacinas.

Feijoada Solidária é criada por campistas em Atafona A ativista social e ambiental Mônica Paes, que integra o grupo Quarentena Atafona, lança nesta semana a “Feijoada Solidária” produzida por voluntários. Haverá um posto distribuidor em Grussaí e o grupo estuda a possibilidade de um serviço delivery para atender Atafona e São João da Barra. A renda será para comprar gêneros alimentícios e produtos de higiene para os mais fragilizados economicamente falando. Fábrica Dieguez demite e dá esse ano como perdido A fábrica de roupas da Dieguez, uma das maiores confecções da região, que produz para as principais grifes do país, foi forçada diante da crise a demitir 48 funcionários, já que o mercado está parado. A confecção está operando com 10% de sua capacidade apenas para produzir roupas de sua própria marca. Empreendedores históricos, os Dieguez acreditam na retomada da produção, mas dão esse ano de 2021 como perdido. Empresa começa a construir três torres próximas à UENF Uma grande construtora com mais de 40 anos no Espírito Santo começa a investir no estado do Rio de Janeiro, tendo Campos como porta de entrada. Já iniciou as obras de seu primeiro condomínio, que tem estilo clube. Localizado na Arthur Bernardes, próximo à UENF, é composto por três torres de apartamentos. O fato de uma construção decidir escolher Campos para debutar no mercado fluminense ilustra a potencialidade do mercado consumidor local. Presidente da Câmara de SJB enaltece Eike, mas diz que ainda não há agenda para homenagem O presidente da Câmara de Vereadores de São João da Barra, Elisio Rodrigues, concorda que Eike Batista mereça ser destacado e reconhecido pela enorme contribuição que deu ao município e toda a região. Frisa que até o momento não existe data e agendamento entre o gabinete do vereador e o empresário para uma homenagem. Possivelmente a prefeita Carla Machado fará parte da homenagem, mas ela ainda não se pronunciou. Troca de Comando Nilton Miranda entre o Ten. Cel. Luiz Henrique Barbosa, que deixa o comando do 8º BPM, e seu substituto Ten. Cel. Gustavo Pinheiro Marques. Miranda continua sendo o eterno "comandante civil" da PM em Campos.

Dona do Magazine Luiza à frente do Unidos pela Vacina A jornalista Lucila Soares, que por anos foi editora de Economia do jornal O Globo, está trabalhando voluntariamente no movimento ‘Unidos pela Vacina’, que tem à frente a empresária Luiza Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, e majoritária do poderoso Magazine Luiza. É um trabalho árduo, que envolveu uma pesquisa em 5.569 municípios. Uma expressiva parte deles

Opinião

Sinal fechado

Uma das principais canções compostas por Chico Buarque abordando questões sociais urbanas e o drama dos que vivem nas esquinas da vida, vendendo chicletes e balas para sobreviver, ilustra bem a reportagem especial desta edição, escrita pelo jornalista Ocinei Trindade, que retrata a situação de milhares de pessoas que, no curto espaço de tempo entre a abertura e o fechamento do semáforo, tentam rapidamente conseguir ganhar algum dinheiro para sobreviver. Mas, se contrapondo à canção, o contexto da reportagem é mais amplo. A música do Chico se chama “Pivete” e é de uma época em que quem estava no “sinal fechado” eram menores vendendo alguma coisa. Hoje, em plena pandemia, o problema é maior, e nos sinais estão homens, senhoras e jovens que perderam seus empregos e rendas. Enquanto a economia não apresentar um sinal verde, dando

a largada para a retomada econômica, o sinal fechado para aqueles que estão no vermelho continuarão sendo um ponto de mínimos negócios que pelos menos permitem conseguir alguns trocados para trocar por comida, pois estamos falando de fome. Definitivamente não é um bom sinal quando nos deparamos nos cruzamentos das ruas com pessoas disputando a janela de um veículo, tentando vender alguma coisa. Quando a janela não está aberta é sinal de que os ocupantes do carro estão em um outro clima, o do ar condicionado. São realidades diferentes que, mais do que nunca, se cruzam, e é preciso ter a empatia necessária para perceber que, enquanto uns estão com a mão ao volante no ar condicionado, outros estão sob o sol ou a chuva com as mãos estendidas, não pedindo esmola, mas vendendo alguma coisa, até que tudo isso passe. É realmente um sinal fechado.

Filantropismo não é Filantropia

Big Brother Brasil O programa de entretenimento Big Brother Brasil é, provavelmente, o mais criticado e o mais querido da TV brasileira. Há os que não assistem sob o argumento que ele emburrece, há os que adoram e não perdem uma edição e, há, ainda os que assistem e não assumem por não quererem parecer rasos. Porém, é difícil ficar totalmente imune ao programa que já está na vigésima primeira edição com muitos patrocinadores de peso. O progama é uma novela da vida real cujo roteiro vai sendo construído ao longo dos capítulos. As falas dos personagens não são escritas por um autor e sim produzidas pelos participantes, trazendo para o game as própias crenças, valores e cultura à mercê do julgamento de milhares de pessoas. Apesar dos brothers terem consciência das muitas câmeras existentes, na casa e na área externa, o que poderia inibir a expressão de si mesmo, é impossível, ao longo dos dias e dos meses, não se mostrar de verdade. Por que a audiência de todas as edições sempre foi um sucesso? O que prende o telespectador ao programa? Entende-se que essa casa mais vigiada do Brasil não é um lugar onde a racionalidade seja festejada pelos telesctadores, mas sim as emoções e os sentimentos. Tudo isso bem ao gosto dos brasileiros que são mais emocionais que racionais. Desse modo, Gilberto e Juliette possuem mais chanches de sairem vitoriosos. Essa edição do progama revelou o fenômeno Juliette, observada por sua estrondosa legião de seguidores, atuais vinte e dois milhões no instagram, que, sem dúvida, lhe renderão, por meio de contratos publicitários, um futuro promissor. A postura da sister com seu jeito arretado, que fala na frente, companheira e divertida conquistou milhares não só de seguidores nas redes sociais como de fãs pelo país todo. Ela tem um senso de justiça apurado e, na maioria das vezes, age e fala com coerência. Muitas das suas falas são conselhos importantes que podem ser levados para a vida real, como por exemplo: “Não se coloque no rótulo que lhe dão. Não se coloque no lugar que lhe dão. Se coloque no lugar que você é.” “Cada um tem a sua verdade e nenhuma é melhor que a outra. Se essa é a verdade do seu coração, então siga.” “O amor ultrapassa qualquer preconceito, qualquer cultura, tudo! O amor é maior do que qualquer padrão.” “Até nossas bandeiras podem ser prisões.” “A função da militância não é só resistência, é ensinar também.” Como telespectadora do BIG BROTHER, observo que Juliette é humana, com seus erros e acertos, gente como a gente e, assim segue conquistando as pessoas. Passados os primeiros dias dessa edição, aquele clima de primeiro dia de aula de muitos sorrisos e abraços, criou-se, na casa, uma tensão enorme envolvendo Lucas Penteado e outros participantes, principalmente, Karol Conká. O ocorrido culminou com a saída do jovem, pedida por ele, após ter sua sexualidade questionada. As investidas da cantora contra o ator e outras falas e comportamento foram malvistos pelo público, o que lhe causou uma rejeição recorde (99,17%). Maior rejeição no programa desde a primeira edição. No início do programa, surgiram várias pautas que foram debatidas pelo público, pela mídia e mesmo pelos participantes. Discutiram-se cancelamento nas redes sociais com reflexos na vida social, preconceito, intolerância, racismo, sexualidade e militância. Nesse “rolê” todo, o BIG BROTHER” segue com grande audiência suscitando muitas polêmicas, e, de certa forma, espelhando o Brasil do “pode-não- pode”, suas contradições, diversidade e sua vocação sentimental.

“ Há figurinhas metidas à besta, que fingem ser dotadas de méritos que não possuem”. - João Barcelos Martins.

Fernando da Silveira - Jornalista, advogado e professor universitário

O grande médico João Barcelos Martins foi por mim relembrado ao ler “30 Notáveis Médicos Campistas”, livro que devemos ao Dr. Wellington Paes e publicado pela Associação Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC). Tendo o seu lançamento ocorrido, na presidência da Dra. Vanda Terezinha Vasconcelos, com o apoio da Câmara Municipal de Campos dos Goitacazes então presidida pelo Dr. Edson Batista. Só mesmo a sensibilidade destes três médicos poderia ser capaz, num mundo em que o esquecimento é a calamitosa regra de conduta, de nos fazer relembrar do Dr. Barcelos Martins. Pessoa, que jamais poderia olvidar, mas que tragicamente estava esquecendo. Sendo bom dizer que a nossa estima irrompeu nos meus verdes anos, em face do seguinte episódio: o meu Pai me mandou levar Nhô Nico, um empregado de confiança que tínhamos numa propriedade localizada em Guandu, para ser consultado por Dr. Barcelos Martins. Numa época em que o notável Médico recebia também os seus clientes usando um modesto consultório, que ele teve por pouco tempo, numa das dependências da Farmácia de Antônio Ribeiro Abreu Caixão, no 7º Distrito de Campos. Como espantosamente não quis receber a importância estabelecida para consulta, eu coloquei o dinheiro em sua mesa, o que o levou a presentear ao nosso empregado o que deveria receber pelo exercício da medicina. Tendo ainda conclamado Nhô Nico a ser sempre honesto e a continuar ajudando o seu generoso patrão. Dias depois, o meu Pai, comentando este episódio, no sempre lembrado Café High Life, um advogado tido como culto e, sobretudo, como generoso por dar alguns trocados aos pedintes da célebre Rua do Homem em Pé, não tergiversou em dizer com a maior pose deste mundo, que atos assim são pura imbecilidade, porque a ralé tem que ser tratada com migalhas e não com muito dinheiro, para

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que sempre fique à nossa disposição, à nossa completa dependência. Tendo o Dr. Barcelos Martins tomado conhecimento desta desumana abordagem, simplesmente a rebateu dizendo que “Há figurinhas metidas à besta, que fingem ser dotadas de méritos que não possuem”. Sem dúvida, no meu entendimento, o caso do advogado, que se ufanava, que se vangloriava por dar alguns trocados aos que pediam esmolas, no centro da nossa cidade. Indubitavelmente, um cara poser, pretencioso, presumido, metido à besta a cultivar o filantropismo (falsidade nas atitudes filantrópicas) e não a filantropia (gestos, realizações de profundo amor à humanidade) ”. O caráter altruístico do Dr. Barcelos Martins tornou-se mais claro ainda quando tomei conhecimento pelo livro “30 Notáveis da Medicina Campista”, que ele era idolatrado pelos operários da Usina Santo Amaro. Tendo os empregados da referida usina se cotizado tirando, mês após mês, percentuais dos seus salários para lhe dar como presente um carro com o propósito de facilita-lo, em sua locomoção entre Baixa Grande e a nossa querida Campos dos Goytacazes. E que a entrega do carro a ele pelos operários “foi uma verdadeira apoteose”. Devo, assim, ao Dr. Wellington Paes, à Dra. Vanda e ao Dr. Edson Batista, responsáveis pelo “30 Notáveis da Medicina Campista”, não esquecer de um Homem profundamente altruísta a não medir esforços para realizar a filantropia. Sendo, também, voz corrente ter alguns usineiros de Campos, lhe presenteado uma bela casa para viver com a família. Tudo em decorrência dos altos serviços prestados pela sua atuação como médico. Algo, que ouvi não poucas vezes a passar pela sua moradia. Diante destes episódios, somos levados a entender que o Dr. Barcelos Martins não distinguia o pobre do rico, pois sempre esteve voltado para o Homem e a ele se entregava com a maior ternura. Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Diretor Geral Fábio Paes Chefes de Reportagem Thiago Gomes e Marcos Curvello - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Elton Nunes - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ Impressão: Parque Gráfico do Jornal O Globo.


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Evidente que no quadro geral o Brasil já poderia estar bem mais avançado. Mas, considerando os atrasos nos protocolos de compra de imunizantes e até mesmo as dúvidas lançadas sobre as vacinas – enfim, a série de erros que retardou a chegada das doses e, consequentemente, o início do programa de imunização – o Brasil vai recuperando terreno e, se não faltarem insumos para produção ou vacinas prontas, o País, mantendo a curva de aceleração de março, poderá atingir, antes do previsto, um expressivo percentual de pessoas protegidas e começar a vencer a pandemia.

Março devastador Ao completar um ano, a Covid bateu todos os recordes e fez de março o pior mês desde o início da pandemia. No fechamento do mês, dia 31, o maior número mortes: 3.960. Considerando o mês inteiro, outro dado aterrorizante: 66.868 vidas perdidas, o que significa mais que o dobro de óbitos registrado em julho de 2020, até então o pior mês da pandemia, quando 32.912 vítimas da doença morreram. Este texto foi escrito na quinta-feira, dia 1º, com advertência de uma corrente de especialistas de que os primeiros dias de abril poderiam ser ainda piores. Outros, entretanto, acreditam que as medidas restritivas adotadas na semana passada – antecipação dos feriados – poderão surtir efeito nesta. Enfim, vivemos sob uma tempestade de informações desencontradas, medidas e contramedidas, e uma série interminável de projeções – boas e más – que não se confirmam. Logo, mostra-se como evidência irrefutável que só o avanço da vacinação trará freio à pandemia. Isso, considerando que os imunizantes se mantenham eficazes às variantes e mutações dos vírus, como acreditam os infectologistas, epidemiologistas, microbiologistas e outros especialistas de diferentes áreas.

bre os leitos hospitalares não havia surtido o efeito esperado. Curioso é que mesmo com relativa restrição à circulação de pessoas, ainda se via muita gente e carros nas ruas. Espera-se, entretanto, que a partir da sexta-feira Santa e do fim de semana haja uma reversão de curva e a taxa de ocupação nas UTIs baixe.

Campos – A despeito das medidas restritivas mais duras, que associaram lockdown ao período de feriados antecipados, até o fechamento desta edição, na 5ª-feira (1º), a iniciativa visando principalmente tirar a pressão so-

EL A

Observe-se que a diferença no total de primeiras doses aplicadas de um dia para o outro foi de 168 mil, cuja oscilação já mencionada dificulta projeção quanto aos 30 milhões. Afinal, faltam os apanhados de quinta, sexta, e sábado passados, o que poderá fazer com que 30 milhões sejam alcançados já na segunda-feira – ou um pouco mais, um pouco menos. De toda sorte, o relevante é que o Brasil, ainda com passos curtos, vai ganhando terreno, e se ampliar a imunização como prometido pelo Ministério da Saúde, a pandemia terá que recuar.

Narrativa de erros

Esclareça-se ao leitor que em virtude do feriado de sexta-feira (23), o Terceira Via precisou fechar o jornal na quinta, em horário anterior à divulgação dos vacinados neste dia. Logo, o último apanhado disponível foi o de 21 de abril, que totalizou 27.523.231 – obviamente computados os 349.900 que tomaram a vacina no feriado de Tiradentes. Ocorre que antes, na quarta-feira (20), o Brasil bateu recorde no número de doses aplicadas num único dia desde o começo da vacinação: 518.872 da 1ª dose e 587.049 da 2ª dose, num total de 1.105.921.

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Os números

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atéria publicada no início de abril – como se vê no fac-símile ao lado – observou que o Brasil se aproximava da marca de 10% da população dos que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid e que possivelmente entre os dias 8 e 10 alcançaria 20 milhões de doses. Lembrava, ainda, que não obstante o quantitativo fosse baixo, havia clara tendência de aceleração no programa de imunização, tendo em vista que março havia vacinado mais que o dobro de fevereiro. Logo, se os números ainda eram tímidos – como, de fato, eram, e ainda são –, por outro lado enxergava-se o fim do túnel, cuja luz se apresentava como a primeira e única alternativa após um ano de erros grosseiros contra uma doença de implacável nível de transmissibilidade e, portanto, devastadora. Assim, foi uma matéria de cunho otimista, sim. Afinal, já não estávamos inertes, mas combatendo a pior pandemia dos últimos 100 anos e reduzindo, pouco a pouco, os ‘espaços’ nos quais o coronavírus vem se infiltrando. Daí o título exagerado, atravessado na página: ‘Vacinação – Só ela pode vencer a pandemia’. Otimismo crescente – Agora, na última semana de abril, vemos que o programa de vacinação no Brasil – ainda com falhas de organização, de logística e de execução – avança para números ainda mais animadores, devendo chegar a 30 milhões de pessoas imunizadas com a 1ª dose entre segunda e terça-feira (26/27-04) – ou antes, tendo em vista a oscilação no quantitativo de doses aplicadas diariamente.

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ara não começar falando de desgraças, a boa notícia é que o percentual de vacinados no Brasil vai chegando à marca de 10% da população que receberam a primeira dose. Fechou março com quase 18 milhões – número que certamente deverá alcançar 20 milhões em meados desta semana. Pode parecer pouco, mas equivale a mais que o dobro de pessoas que foram vacinadas em fevereiro, lembrando que a imunização no País começou de forma lenta e desorganizada, em 18 de janeiro.

País enfrenta a pior fase da pandemia, mas poderá vencê-la se dobrar o número de aplicações da 1ª dose para 1 milhão/dia

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Brasil vai chegando a 30 milhões de vacinados

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É bater em ferro frio, mas não foi por acaso que se chegou a essa situação de infortúnio. Os números assustadores de março revelam a soma de todos os erros, desde incompetência à má fé, que fizeram que a pandemia se agigantasse acima do suportável. Mandetta errou; Teich nem errou porque sequer falou; e Pazuello foi um desastre completo. Witzel roubou, Dória mirou na próxima eleição e Bolsonaro simplesmente negou e não quis enxergar o tamanho da gravidade da pandemia.

Brasil afora, o que se viu foram medidas adotadas, derrubadas por liminares e novamente adotadas. Um fecha e abre sem fim, desarticulação completa entre estados e municípios e ambos desconectados da União. E grande fatia da população simplesmente dando seu pior, com desprezo as mais elementares medidas restritivas e, até acima do que se via em tempos de normalidade, promovendo aglomerações. Como seria de se esperar, as consequências vieram.

Um milhão de primeiras doses por dia seria avanço espetacular Existe muita informação desencontrada e o próprio Ministério da Saúde troca as projeções a cada 48 horas, o que deixa o quadro geral duvidoso. O texto não é contraditório quando festeja os 30 milhões de vacinados com a 1ª dose e, paralelamente, critica as idas e vindas das autoridades sanitárias não só da União (MS), mas, também, dos governadores e prefeitos. Como se costuma dizer, “de onde viemos” e depois de tantos erros e da falta de coordenação em todas as esferas do setor público, 30 milhões – algo nas fronteiras de 15% da população – é um alívio estarmos a ver, de fato, resultados. Por outro lado, é necessário que se coloque em prática um esforço gigantesco no sentido de que o Brasil recupere o terreno perdido. Ou seja: vire a chave da incompetência para o êxito. O ministro Antônio Queiroga, o quarto a ocupar a pasta da Saúde em pouco mais de um ano, mencionou há alguns dias que o Brasil teria condições estruturais de ministrar até 2,4 milhões de doses diárias de vacinas. Naturalmente que se referiu à primeira e segunda doses juntas. Por esse raciocínio, estaríamos a falar em algo próximo de 1 milhão de primeiras doses/dia

– cálculo que remete à possibilidade do Brasil chegar no final de maio com algo nas fronteiras de 60 milhões pessoas que teriam recebido a primeira dose. Enfim, não é uma certeza – talvez nem uma possibilidade muito provável. Mas, seja como for, foi o ministro da Saúde quem disse. Evidente, também, que não se está levando em conta eventuais atrasos ou interrupções por conta da falta de imunizantes. Mas, numa situação tão complexa e cercada de dúvidas, não custa apostar no melhor cenário. De mais a mais, o Brasil já esgotou sua cota que erros. Ranking – No meio de tanta confusão, a cada dia é divulgado um novo ranking de doses aplicadas pelos países que lideram o processo de vacinação, bem como o percentual em relação ao número de habitantes de cada qual. E isso varia muito. Há cerca de 10 dias algumas publicações colocaram o Brasil como o 5º no ranking entre países do G-20 com mais doses aplicadas por dia, atrás dos Estados Unidos, Reino Unido, China e Índia. Outros levantamentos, contudo, indicam que também a Alemanha, França, Itália e Turquia esta-

riam à frente do Brasil. Por outro lado, quando a conta é feita considerando o número de doses por cada 100 habitantes, o Brasil desce ladeira abaixo, ficando na faixa entre o 42º e 56º lugar – mas há muita controvérsia nessas posições, com mudanças quase diárias. CPI da Covid – Além do objetivo principal – salvar vidas – o governo federal tem um motivo a mais para ‘se virar’ e conseguir a qualquer custo acelerar a vacinação. Trata-se da CPI da Covid, que quer apurar supostas omissões do Palácio do Planalto no combate à pandemia e o porquê dos atrasos na compra de imunizantes, entre elas da Pfizer. Logo, quanto mais a pandemia recuar e cair sensivelmente o número de casos confirmados e de óbitos, mais enfraquecida estará a CPI quando, digamos assim, começar pra valer. Em sentido contrário, se o contágio do coronavírus seguir sua escalada assustadora, pior para os que estiverem sob investigação. Mas, registre-se com todas as letras, pouco importa a política e a CPI. O que vale é conter a doença, salvar vidas e reduzir ao máximo o contágio.


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Indústria da cerâmica coloca Baixada em alta São 119 unidades que geram 4.700 empregos e faturam R$ 85 milhões/ano

Números do setor Cerâmicas: 119 Produção: 6 milhões de tijolos/dia Faturamento/ mês: R$ 7 milhões Faturamento/ano: R$ 85 milhões Empregos diretos: 3.500 Empregos indiretos: 1.200 Transportes: 300 caminhões/dia

Fotos: Divulgação

Aloysio Balbi Imaginem uma frota de 300 caminhões todos os dias em direção ao Rio de Janeiro, levando para capital o que é produzido em Campos? Isso ilustra bem a potencialidade econômica do parque cerâmico da Baixada de Campos, uns setores mais fortes da economia do município, que gera 3.500 empregos diretos em suas 119 unidades. Isso representa uma produção de 6 milhões de tijolos/dia com um faturamento mensal de R$ 7 milhões, movimentando anualmente R$ 85 milhões. Além dos 3.500 empregos diretos, a estimativa é de que outros 1.200 empregos indiretos sejam gerados com caminhoneiros, descarregadores, oficinas, entre outros segmentos de mão de obra e de logística. O presidente do Sindicado da Indústria Cerâmica de Campos, Paulo Roberto Souza Ribeiro, explica que mais de 83% desta produção é destinada à construção civil da região metropolitana do Rio de Janeiro, com um excedente destinado ao vizinho estado do Espírito Santo e ao mercado interno. "A Baixada de Campista tem uma argila de qualidade dife-

Campos

ção para atender à demanda futura que certamente vira”, disse Paulo Roberto. O fato de o distrito de Goitacazes, porta de entrada da Baixada Campista, ter hoje quatro agências bancárias é atribuído em parte à indústria da cerâmica. Toda essa movimentação de recursos do parque cerâmico fez crescer o comércio, não só de Goitacazes, mas de outras áreas da Baixada. Sindicato | Paulo Roberto Souza

Tecnologia | Já são 20 cerâmicas movidas a energia solar na Baixada, mas até o final do ano serão mais de 40

renciada, o que é um selo de garantia dos nossos produtos. Para ilustrar bem isso que estou falando, basta lembrar que Itaboraí, bem próximo ao Rio, tem um parque cerâmico, mas mesmo com a distância, os tijolos de Campos têm a preferência do mercado da capital, que é altamente exigente", disse o presidente do sindicato.

A Baixada em alta Mesmo operando com uma capacidade ociosa de 40% em função da crise econômica, o parque cerâmico é a principal atividade econômica da Baixada Campista, gerando mais empregos e recursos do que a pecuária. Apesar da crise na construção civil, o setor está em franco desenvolvimento e

investindo em tecnologia. Hoje já são 20 cerâmicas operando com energia solar, encolhendo o custo de produção. José Roberto Souza Ribeiro acredita que até o final deste ano esse número de cerâmicas que utiliza energia solar salte para 40. "O setor está sem dúvida alguma se modernizando, desde o uso de energia limpa até a sua linha

de produção, investindo no treinamento de mão de obra, entre outros aspectos. Esse profissionalismo da nossa indústria que trabalha com uma argila rara disponível em nosso solo resulta em um certificado de qualidade bem disputado pelo mercado", afirmou Paulo Roberto. Espaço para crescer Para o presidente do sindicato, o setor está preparado para a retomada do crescimento da construção civil, o que deverá acontecer no pós-pandemia. Lembrou que hoje as 119 indústrias operam com 60% de sua capacidade. “Isso significa que temos 40% de capacidade ociosa no parque fabril e poderemos rapidamente aumentar a produ-

O maior empregador Até a década de 1980 o segmento que mais empregava na Baixada Campista era o da agroindústria, com os fornos e moendas das usinas de cana-de-açúcar operando em pleno vapor. Com a crise neste setor da agroindústria, fecharam as usinas Baixa Grande, Paraíso e também a São José, que depois foi arrendada pela Coagro, mas que há quatro anos mudou-se para Sapucaia. "Vamos continuar com essa disposição de investir forte em tecnologia. Nosso setor é unido, tem um sindicato forte e trabalhamos em conjunto. Crescemos de forma horizontal e, desta forma, mantemos o padrão e a qualidade dos produtos de todas as 119 indústrias" concluiu Paulo Roberto.


Destaque Procura por AA cresce na pandemia PÁGINA

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Estresse gerado pelo isolamento social pode explicar aumento da dependência de bebidas alcoólicas Fotos: Carlos Grevi

Girlane Rodrigues Duas faces de uma mesma moeda. A pandemia do novo coronavírus expôs a divergência entre a necessidade de consumir bebida alcoólica como uma forma de escape da realidade, e um processo de construção individual para superar falhas e vícios. Foi assim que gestores do grupo de apoio Alcoólicos Anônimos (AA) concluíram um aumento expressivo pela procura dos serviços em todo o Brasil no período de um ano. Campos ficou dentro desta mesma realidade. E na maior cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, jovens do sexo feminino lideram o ranking do público que passou a frequentar essas reuniões para se livrar do vício da bebida alcoólica, considerada doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Minha experiência mostra que o confinamento gerou ociosidade nas pessoas que passaram a conhecer o álcool ou a aumentar o consumo como uma forma de fuga. O que eles não sabem é que estão caminhando para o fundo do poço e, ao perceberem isso, acordam para a realidade e buscam ajuda. Isso cresceu assustadoramente”, informou o ex-dependente Osvaldo, de 70 anos, que atualmente coordena um grupo AA em Campos e prefere não revelar seu sobrenome para ter o anonimato preservado. O alcoolismo não tem cura e o abuso no consumo do álcool gera dependência química que afeta o organismo humano. Os danos podem ser irreversíveis, segundo acreditam especialistas, podendo resultar em doenças mais graves ou até em morte.

Efeito anestésico

O psicólogo Gilberto Nunes avaliou que eventos adversos que geram desconforto, ansiedade ou medo nos seres humanos fazem com que eles busquem formas de aliviar esse estresse. “Uma das formas encontradas pelas pessoas é com substâncias que levam ao relaxamento ou efeito anestésico, como drogas ou substâncias que tenham ação relaxante no sistema nervoso. O álcool é um exemplo. É comum a busca desses métodos. Há pesquisas neste sentido, de que em períodos de guerra, soldados ingerem substâncias com estes efeitos quando estão fora da batalha para gerar conforto”. Nunes acrescenta que a busca por mudança de hábito de vida e acréscimo de atividade física na rotina é uma forma saudável de aliviar tensões. “Essas práticas facilitam a produção e liberação de hormônios de bem-estar que geram recompensas físicas e mentais e não são danosas à saúde como o álcool, por exemplo. Vale destacar que durante a pandemia aumentou muito a procura por atividades físicas ao ar livre, como corrida, caminhadas e ciclismo".

Rede de apoio |Ex-dependente químico, Osvaldo hoje coordena grupo do AA em Campos

Há esperança O tratamento é multidisciplinar, segundo a Organização Mundial de Saúde. Assim como todo vício, é necessário, primeiramente, o reconhecimento da doença e a iniciativa do dependente. Em segundo lugar, é necessário buscar apoio psiquiátrico, psicológico e atividades terapêuticas como os AAs que podem ajudar o paciente. Mas, há casos de manifestações clínicas mais graves, como cirrose, pancreatite, e até câncer. Isso porque, após a ingestão e digestão, o álcool entra na corrente sanguínea, provocando dependência e inflamações. Nestes casos, os tratamentos passam a ser ampliados e específicos. Alcoólicos Anônimos (AA) De acordo com Osvaldo, os AAs são considerados uma irmandade independente, sem vínculo com entidades públicas ou privadas que sobrevivem com

colaborações voluntárias, sejam financeiras ou assistenciais. Para ele, as portas sempre abertas destas instituições facilitam o acesso do público interessado em se livrar do vício. “Na maioria dos casos, somos a primeira instituição que vem à cabeça dos usuários quando eles despertam para se livrar da dependência alcoólica. Mas a maioria nos procura por imposição da família ou do patrão. Nosso trabalho consiste em apoiar essas pessoas e também na troca de informação. Com o compartilhamento das experiências, o público se sente acolhido e encontra forças e identidade para continuar na batalha contra o vício”, relata o ex-dependente alcoólico que comemora a conquista há 22 anos. Em Campos, atualmente, funcionam quatro salas do AA. Antes da pandemia, até o início de 2020, por exemplo, este número chegava a 23. Osvaldo explica que os grupos costumavam se reunir

em igrejas e escolas, mas, com a pandemia, estas instituições fecharam as portas para evitar a propagação da doença e cumprir as exigências sanitárias impostas pelos governos. Porém, algumas reuniões ainda acontecem, respeitando o distanciamento social. Outras, acontecem de forma virtual. “Sou frequentador há 22 anos. Hoje continuo vindo também por necessidade, pois ficar afastado deste tipo de apoio é perigoso. Mas participo, ainda, por amor, gratidão e vontade de ajudar ao próximo. Para se ter uma ideia do quanto aumentou a busca pelo nosso trabalho, afirmo que nossos últimos encontros virtuais reuniram até 300 pessoas numa mesma sala de bate-papo”, afirmou, acrescentando que no Brasil não há uma estatística oficial sobre os atendimentos. Além da troca de experiências, profissionais capacitados no assunto, como médicos e psicólogos, costumam oferecer palestras gratuitas para o pú-

blico, o que gera maior engajamento ainda da instituição. Osvaldo lembra que fora desta pandemia, outros picos de procuras aconteciam após o Carnaval e outros feriados prolongados. Em Campos, o participante mais antigo do AA frequenta o grupo há 60 anos. No Brasil, há 92 escritórios administrativos de AA, sendo oito no Estado do Rio de Janeiro. Um deles está em Campos. Relato pessoal Se livrar de um vício, seja ele qual for, não é tarefa fácil. Osvaldo compartilha sua experiência e se revela um exemplo de persistência. Ao expor suas particularidades, faz questão de assumir suas fraquezas. “Tive mais facilidade para deixar de beber do que de fumar. Deixei de beber na primeira reunião de AA que participei. Já para abandonar o vício do cigarro, eu lutei por mais 10 anos. Parei na marra, fui obrigado, após sofrer um

Você sofre com Infecção urinária de repetição? A

infecção urinária é uma das infecções bacterianas mais comuns entre as mulheres. É causada, principalmente, pela aderência de bactérias patogênicas, como a Escherichia coli, à mucosa do trato urinário provocando inflamação, ardência ao urinar e urgência miccional.⁣ ⁣ Dentre os fatores de risco estão o sexo feminino (pelas características anatômicas), relações sexuais, menopausa (queda do estrogênio alterando a flora bacteriana vaginal) e uso aumentado de antibióticos. No entanto, a alimentação também pode ter um importante impacto na prevenção, aumento do risco e até auxiliando no tratamento dos quadros de cistite de repetição.⁣

Fatores de risco nutricionais:⁣ Alimentação rica em açúcares;⁣ Excesso de carboidratos refinados;⁣ l Abuso de bebidas alcoólicas;⁣ l Consumo de produtos industrializados (com aditivos químicos como corantes, conservantes e acidificantes);⁣ l Pobre consumo de frutas, legumes e verduras ⁣ ⁣ Todos esses são fatores que desequilibram a população de bactérias em nossas mucosas favorecendo o crescimentos de bactérias patogênicas e, consequentemente, infecções! ⁣ l l

Conclusão

Como intervir?⁣

Alguns estudos demonstram que a CRANBERRY pode ser eficaz na prevenção e tratamento das infecções urinárias de repetição. Isto porque, a fruta possui substâncias (proantocianidinas) que impedem à adesão de bactérias patogênicas à mucosa das vias urinárias. A vitamina C também parece atuar diminuindo o crescimento bacteriano.⁣ ⁣

Assim sendo, uma alimentação que estimule o crescimento de bactérias probióticas que competem com as patogênicas pela adesão às mucosas, uso de cranberry (suco, fruta, extrato seco...), vitamina C e até alguns fitoterápicos imunomoduladores (ex: própolis, Echinacea, berberina, etc) podem auxiliar no tratamento.


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GENTE BACANA QUE É BOM VER POR AÍ

DNA SOCIAL

SELFIE

As fotos mais curtidas no momento em redes sociais são aquelas que mostram os seus usuários com o braço estendido sendo vacinado contra a Covid19. A alegria dos seguidores expressa muita vibração positiva e de vitória por ser mais um ser humano se imunizando contra essa doença que levou a óbito tanta gente.

PLANETA LUXO

COMIDA NO PRATO

Suzana Fernandes com a filha Patricia e Yasmim Braga, três mulheres lindas, chics, interessantes,... da nossa sociedade mais bacana.

Dia 7 de maio será lançado em Campos o programa "RJ Alimenta", que irá saciar a fome de muitos necessitados. Serão distribuídas diariamente 1.500 refeições, contando café da manhã, almoço e jantar, para aqueles que estão em momento crítico da pandemia. O programa é assinado pelo Governo do Estado RJ em parceria com a Prefeitura de Campos, através do prefeito Wladimir Garotinho.

MODELADA

VIRTUAL

As trilhas musicais que, junto da natureza, levam ao Festival de Lençóis, na Chapada Diamantina, na Bahia, ganham uma versão virtual com gravação ao vivo, vídeos e uma retrospectiva dos principais momentos de sua história. Em 19 edições, o evento recebeu mais de 300 atrações, entre artistas nacionais, baianos e locais, além de grupos folclóricos e o apoio às ações de preservação da região. Em formato de live, a edição especial do Festival de Lençóis será apresentada com a mesma proposta de sua trajetória, nos dias 29 e 30 de abril, a partir das 19 horas, transmitida pelo youtube.com/pauviola. Com apresentação do ator Jackson Costa, o evento contará com gravações ao vivo e exibições em vídeos. Jorge Vercillo, Adelmo Casé, Samantha Tosto, Margareth Menezes e Jau estão entre os artistas que farão parte do festival online.

LUTO CAMPISTA

Campos Top é Isabela de Oliveira, modelo grau 10, que atrai todos os olhares quando está na passarela ou posando para editoriais de moda.

Com o mercado crítico no consumo de moda, por conta da pandemia da Covid-19, os grandes eventos deste setor estão escassos, diretamente ligados a modelos que hoje buscam algum trabalho no setor. Mas como Deus fecha uma porta e em seguida abre outra, os profissionais estão recomeçando a surgir na mídia em tempo de trabalho. Para fomentar o conteúdo em rede social e também apresentar moda através de lives, um novo momento on-line bateu à porta dos jovens que querem trabalhar na área. Pode-se dizer que é mais uma força bruta do mundo digital em favor dos sintonizados no universo on-line.

Palmas da coluna para o Life 360, um programa lançado em 2016, que apresenta quatro objetivos ambiciosos no mercado consumidor: melhorar o desempenho ambiental de todos produtos; implementar os melhores padrões na cadeia produtiva; melhorar os indicadores-chave de eficiência ambiental de todos os centros; e reduzir as emissões de CO2. Com o Life 360, a LVMH, considerado o maior conglomerado de marcas de luxo do mundo, leia-se Louis Vuitton, Dior, Fendi, Givenchy,... quer deixar de usar embalagens plásticas virgens de origem fóssil até 2026. Agora que está aberto o debate sobre as alternativas ao uso de sacos de polietileno, os recipientes plásticos descartáveis que tanto são utilizados no transporte de roupas e acessórios, a LVMH quer entrar no movimento.

CESTA BÁSICA DAQUI PRA LÁ

Linda de viver, top internacional, Sarah Freitas saiu de Campos para fazer a diferença na moda luxo que se vê pelo mundo. Há anos mora na Grécia com marido Tassos e a filha Ismini e manda avisar que não vê a hora de poder viajar e vir até cá rever família e amigos. Vai baixar aqui com todos a bordo. Aguarda a hora com ansiedade e saudade.

O pesar foi geral com a notícia que chegou, na última quarta-feira, relatando que o menino Leonardo, o "Leozinho do Bombom", como ficou conhecido na noite campista, havia morrido, vencido pelo câncer que recebeu diagnóstico no ano de 2019. Com apenas 15 anos, Leozinho se foi, mas deixou sua marca registrada em muitos que frequentavam a noite badalada de Campos. Ele sempre surgia com simpatia para vender seus bombons como fonte de renda para ajudar no sustento da família. Ele conquistou um por um e travou assim uma amizade que foi muito válida para o seu tratamento de um tipo agressivo de câncer. Todos foram solidários criando formas de angariar verba que pudesse ajudar em todas as necessidades. O abraço apertado a família.

Maria Clara e Antônio Jacomini Sobral na base olhos nos olhos para ver o que você diz...

Débora Renata Ferreira e Anderson Cléber em dia de prazer ao ar livre, driblando a pandemia.

BRAÇOS FORTES

Campos é, por honra e glória, uma das primeiras cidades do Brasil a vacinar, como prioridade, pessoas com deficiência. Isso fez vibrar de emoção os vereadores Raphael de Thuin, Leon Gomes e Bruno Vianna, que fazem parte da Comissão das Pessoas com Deficiência da Câmara Municipal de Campos. Depois da Apape será a vez da Apae, Apoe, Educandário São José Operário e o Paraesporte a receber o imunizante.

A Uesc, União das Ex-Alunas Salesianas de Campos está em ação para ajudar as famílias que a entidade assiste através do projeto. Elas estão pedindo um valor em dinheiro, seja lá qual for possível, que ao ser doado, será revertida para a compra de 110 cestas básicas. A conta para doação é da agência Bradesco Ag0065 - Conta Poupança 1006336-1 , que está em nome de Ana M.T. de F. Ribeiro e Marcia Valéria Venâncio Marins, que comandam a União ao lado de vários braços solidários, dentre eles os de Kátia Godoy.



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Saúde

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Autismo virtual: alerta para crianças grudadas nas telas Fotos: Divulgação

Especialista em genética fala sobre a condição que tem afetado cada vez mais famílias Letícia Nunes O mês de abril se colore de azul para conscientizar a sociedade a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O objetivo é abordar o tema para além da data mundial, lembrada no dia 2, e mobilizar as famílias sobre esse assunto ainda desconhecido e discriminado por muitos. Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), uma em cada 160 crianças são atingidas por tal condição. Os estudos acerca do autismo têm evoluído a cada ano e, dentro deste contexto, uma questão tem preocupado,

e muito, os especialistas: o autismo virtual. Profundo conhecedor da área genética e geneticista do laboratório XY Diagnose, do Grupo IMNE, Isaías Soares de Paiva se demonstra atento à tal realidade. Ele é mestre e doutor em Genética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de três instituições de ensino superior do Estado: Unigranrio, Unifezo e Estácio de Sá. Pertence ao grupo de pesquisadores da área genética da UFRJ, além de presidir o Comitê de Genética da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro. "Já sabemos que o Transtorno do Espectro Autista tem uma etiologia multifatorial e suas causas podem ser genéticas ou ambientais. E posso dizer que existe uma pandemia de Covid-19 e uma segunda de autismo. A partir da década de 90, os casos começaram a aumentar. E eu fui observando isso na minha experiência. Cada vez mais tenho recebido muitas famílias que me relatam casos de autismo virtual, ou seja, crian-

Conhecimento | Isaías Soares é geneticista do laboratório XY Diagnose

ças que estão desde cedo sendo expostas de forma exagerada às telas, sejam de smartphones, computadores ou mesmo a televisão. Isso é preocupante! Bebês que mal nasceram e já ficam ali conectados. Muitas vezes para que a criança passe tempo em silêncio", afirma. Zero tempo de tela O especialista explica que o au-

tismo virtual é consequência do contexto da vida moderna. Porém, o recomendado pelas Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Americana de Pediatria é que a criança não seja exposta às telas pelo menos até os 2 anos de idade, na fase lactente. "Essa sugestão se dá justamente porque a criança se interessa por desenhos e estes têm uma dinâmica, uma pro-

fusão de palavras e imagens, diálogos intensamente rápidos, com atitudes estereotipadas ou repetidas. O tempo excessivo de tela faz com que a criança entre nesse mundo e o cérebro não está preparo para esse tipo de estímulo, principalmente as crianças pequenas, e os estímulos causam lesões cerebrais. O ideal mesmo é que as crianças até os 6 anos não sejam expostas", diz. Observe! Em relação ao autismo, virtual ou não, o geneticista frisa que a melhor maneira de identificação e diagnóstico precoce é a observação dos pais em relação às atitudes e habilidades dos filhos desde bem pequenos. "Não tolere atraso. Deve-se observar se a criança está atingindo os marcos neuropsicomotores. No primeiro ano de vida: sustentar a cabeça, sentar, engatinhar e andar. Isso tem que acontecer aos 3,6,9 e 12 meses. Se não está fazendo isso, fale com o pediatra. E depois de um ano de idade, principalmente, observar a linguagem. Eu vejo nas consultas crianças com 4 ou 5 anos que não falam uma palavra sequer. Precisa ser investigado e é muito associado ao autismo. É

importante dizer que as crianças que têm autismo por alterações genéticas, elas já apresentam sinais desde o início da vida. Mas no autismo virtual, a criança está normal e aí ela começa a ser exposta excessivamente às telas e desenvolve o autismo", acrescenta. Atenção aos filhos Além disso, o Dr. Isaías faz uma recomendação importante: os pais têm que dar atenção aos filhos. "Um sintoma do autismo é a falta de contato ocular. A recomendação é o olhar nos olhos dos filhos. Sabemos que os pais hoje em dia são nativos de tela e aí fica a família toda sem se comunicar. Os pais devem brincar com os filhos e dedicar a eles. Observe o uso dos brinquedos. A criança deve brincar teatralizando a vida. Eu já notei que no autismo virtual as crianças olhavam e sorriam, mas depois da exposição às telas, elas começam a ignorar você e não corresponde. Mas, é impressionante também quando começa a tratar isso. Você identifica o problema, faz os exames, começa retirando a tela e fazendo terapia. Aí a criança vai evoluindo bem. Fique atento, os sinais começam muito cedo", completa.


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(22) 9985-02331 @salgado_gostoso

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Fotos: Arquivos do colunista

Será?

Renovando as energias Pedro Bernardez no Rio de Janeiro #paparazzi

A esperada volta de Xuxa Meneghel à TV aberta pode acontecer antes do que se pensa. Em flerte constante com o Grupo Globo desde antes mesmo de deixar a Record TV, a loira agora vislumbra a chance de assumir um programa na grade do canal pago GNT. A ideia é que Xuxa apresente uma atração por temporada na emissora da Globosat. Embora haja o interesse, ainda não existiu uma conversa direta entre as duas partes sobre essa possibilidade. Curiosamente, uma das participações mais recentes da namorada de Junno Andrade na telinha se deu no próprio GNT. Xuxa foi convidada especial de uma das últimas edições do programa Superbonita, no qual concedeu uma longa entrevista à apresentadora, Taís Araújo. Vale lembrar que o canal feminino da TV fechada não é o único interessado no passe da loira. Ela também anda analisando possibilidades de assumir projetos no streaming, em especial ligados ao Globoplay e à sua principal concorrente nesse mercado de streaming, a Netflix.

Sempre na frente! Amiga querida da vida: Samantha Lysandro

Muito gata hein? Maria Fernanda Bastos #paparazzi

É hobby mesmo, ele pesca e solta! Meu querido Francisco Navega em seu raro momento de lazer

Diante da fase mais crítica da pandemia, com explosão de casos da Covid-19, aumento exorbitante do número de internações e alta de registros de óbitos. Diferentemente do ano passado, a principal mudança agora é o acometimento de pacientes jovens e sua evolução grave. E nesses estágios mais críticos da doença é possível utilizar o método ECMO (Extracorporeal Membrane Oxygenation), que ganhou destaque após ser usado no tratamento do humorista Paulo Gustavo. Em Campos, o procedimento já foi realizado algumas vezes no Hospital Dr. Beda, do Grupo IMNE, com sucesso. Parabéns a toda equipe por sempre investir em tecnologia de ponta. Em especial, aos "super-heróis" na área da saúde que atuam com maestria e de forma incansável para salvar vidas.

Top 10 Netflix

Queridíssima sempre! Anelis Brum

Binho Dutra e Bárbara Coimbra tem feito a alegria dos internautas com tutoriais incríveis e cabelos e maquiagem através de suas redes sociais

Amigão Gustavo Rangel (Solzinho) total concentração

Depois de uma hora e quarenta de assalto a banco, policiais traumatizados, briga no mercado, aposentados rabugentos, uma fera domesticada e roubos de obras de arte no contexto de uma calamidade pública em Porto Rico, é difícil entender sobre o que exatamente é "A Força da Natureza". O longa de 2020 de Michael Polish, que chega ao Brasil pela Netflix, é um longo exercício de aleatoriedade, permeado por decisões questionáveis, que parece existir apenas para dar a Mel Gibson e Emile Hirsch, dois atores com históricos de violência na vida real, papéis controversos nas telas. O longa ocupa a lista dos top 10 da Netflix. Eu vi e me amarrei demais da conta!

Globo Play

"Framing Britney Spears: A Vida de uma Estrela" é o documentário mais assistido e polêmico da Globo Play, aliás exclusivo pelo referido canal de streaming. Do sucesso mundial à queda cruel. Pessoas próximas à estrela pop e advogados avaliam sua carreira, enquanto ela batalha com o pai no tribunal sobre quem deve controlar sua vida. Muito bacana mesmo! Muitas análises sobre o que vi, principalmente o que um ser humano é capaz de fazer com o outro por inveja. Assistam e reflitam!

Solidariedade

Relax em clima de luau o mano Daniel Vasconcellos #paparazzi

Amigo notal mil! Raphael Thuin

Patricia Caetano, consultora de moda e estilo, nossa #paparazzi em breve ganha quadro mensal de moda no #programafabioabud

O projeto Vacinação Solidária, graças a Deus está sendo um verdadeiro sucesso. Ao todo, mais de 10 toneladas de alimentos não perecíveis já foram arrecadados e serão doados para famílias em situação de vulnerabilidade social, em Campos dos Goytacazes. Participe você também, e ao vacinar leve um alimento e ajude os que mais precisam. Todos contra a fome e de mãos dadas. Juntos somos mais fortes e fazemos toda diferença no planeta. "A vida é trem bala parceiro, a gente é só passageiro prestes a partir...". Daqui nada se leva. Vamos partilhar, turma. O pouco é muito para alguns.

Atenção

Minha comadre linda e muito amada: Fernanda Passos #paparazzi

Gente fina, elegante e sincera! Meu queridão Ricardo Peixoto

Casal top! Carlos Alexandre Palmeira e lilliany Carvalho

O estresse acelera a produção de radicais livres e o processo de envelhecimento. Além de piorar doenças cutâneas que sabidamente estão relacionadas a estresse emocional como a acne, a psoríase, o vitiligo, a dermatite seborreica (famosa caspa) e reações alérgicas... Além da perda da qualidade da pele, muitas vezes ocorre também um ganho de peso, com um remodelamento da gordura, acumulando na região da barriga e da papada. Precisamos ficar atentos aos sinais de que o stress pode estar te afetando como: dificuldade para dormir, dormir a noite inteira e acordar sem se sentir descansado, falta de energia e motivação e irritação exagerada com coisas do dia a dia. Medidas que ajudam a desestressar incluem melhor qualidade do sono, praticar atividade física (endorfina é o melhor remédio, mas sem a cobrança por um desempenho profissional), ocupar a cabeça com atividades que causem prazer com hobbies que não estejam ligados ao trabalho do dia a dia. (desenhar ou dançar, por exemplo). Além disso, é importante ter uma rotina diária de cuidados com a pele. A sua pele pode ser um sinal que sua saúde mental não vai bem!

Tá chegando

Querida Robertinha Cipriani sempre #navibe da vida saudável #emcasa

Cara bacana demais! Rildo Ribeiro JR.

Lindeza de mulher é Nathália Muniz

Camarada Tássio Carvalho, grande atleta da nossa cidade by Binho Dutra

O serviço de streaming HBO Max chega ao Brasil e a outras regiões da América Latina em 20 de junho de 2021. Será a 1ª experiência do serviço fora dos Estados Unidos, onde estreou em maio do ano passado. Além dos conteúdos do canal principal, a HBO Max tem ainda séries e filmes de TNT, TCM, Warner Bros., New Line Cinema e Cartoon Network. Estão disponíveis títulos como Friends, a saga Harry Potter, The Flight Attendant, Game of Thrones e Love Life. No anúncio feito por meio do Twitter, a HBO não divulgou detalhes sobre planos e preços. Hoje, quem já assina a HBO no Brasil tem acesso ao aplicativo HBO Go, com conteúdos do canal. A ideia é que esse serviço seja descontinuado e os clientes migrem para a nova plataforma. Foi o que ocorreu nos Estados Unidos. Lá, o upgrade não teve custo adicional.


Ocinei Trindade Aos 41 anos, Nicasio Viana se divide entre as funções de agente da Polícia Rodoviária Federal, pai de família, compositor e escritor. Em 2021, decidiu abrir o baú de escritos e canções e torná-los públicos. Até o fim do primeiro semestre vai lançar dois livros. O primeiro é dedicado à literatura infantil, “As aventuras de Sarinha: a mudança”. O outro livro, “Poetryficar: a poesia que você precisa”, revela sentimentos e impressões trazidos desde sua infância, em Aracati, Ceará, sua terra natal. Nicasio vive em Campos dos Goytacazes há vários anos. Apesar de um acidente grave e da pandemia, ele não se abate. A fé, a música e a literatura amenizam dores. Nicasio Viana conta que saiu de casa no interior cearense, aos 16 anos, para servir à Marinha do Brasil. Foram oito anos antes de se tornar policial. Formou-se em Direito e em Informática. "Eu sempre gostei muito de escrever, mas costumo dizer que escrevia para mim mesmo. Alguns acontecimentos recentes me fizeram querer publicar meus textos". Em 2019, ele sofreu um grave acidente de trânsito."Estava em minha moto, quando um veículo que aguardava em uma fila resolveu sair de lá sem sinalizar, bloqueando minha passagem. Aprendi 'a voar' naquele dia. Sofri uma cirurgia. Tenho uma placa de aço e vários parafusos no ombro esquerdo. Quando a pandemia começou, eu já estava em quarentena e continuei", resume. A única experiência que Nicásio tinha como escritor foi quando colaborou em um capítulo de livro sobre segurança pública. Agora, ele quer mostrar que vai além dos assuntos técnicos, exibindo seu lado infantil e sua verve de poeta, inspirada na literatura de cordel. A data para os lançamentos dos dois livros ainda não foi definida pela editora, mas o autor acredita que acontecerá até junho, de forma remota, por causa da pandemia. "A obra infantil trabalha, principalmente, a necessidade de superação do medo que as crianças e, até mes-

Pelas estradas, literatura e música

O policial rodoviário Nicasio Viana decidiu publicar livros e canções após sofrer grave acidente e encarar a pandemia com coragem

Superação | Apesar da pandemia e de um grave acidente, o policial rodoviário Nicasio Viana buscou inspiração e lançará dois livros mo os adultos sentem de mudar, de tentar algo novo. O livro de poemas trata de diversos aspectos da poesia, da vida, da família, da morte e da esperança, divisão do livro proposta por mim, mas que não é estanque. Muitos poderão achar que um poema que está na seção “Da poesia”, poderia estar na seção “Da esperança”, e não estarão errados. Falo sobre a necessidade de nos adaptarmos às mudanças, mas sem relação direta com do livro infantil", conta. A literatura nordestina fez parte da infância do autor, principalmente o cordel e o repente. "Morei muito tempo em uma rua chamada José de Alencar, outro cearense. Claro que não tem como falar de literatura nordes-

tina sem falar em Patativa do Assaré ou Ariano Suassuna, só para citar dois exemplos. Minha relação com a literatura de cordel, além da atração natural por ser nordestino, está expressa em meus textos", diz. Em um poema intitulado "Nostalgia", Nicasio exprime: "Dentro de meu coração, nunca saí do sertão, da terra que me gerou". Em casa, enquanto se recuperava da cirurgia que fez, e em plena pandemia, NIcasio Viana compôs vários dos 50 poemas que fazem parte do livro "Poetryficar: a poesia que você precisa”. Alguns foram escritos em abril de 2020, como este trecho de "Poesia Infinita. Ele diz: “Na saída pro trabalho, a poesia continua. Ônibus, metrô lotado. A verdade nua e crua. Todo mun-

do é uma rima. Toda rima nos ensina o que vemos pela rua”. Nicasio Viana se diz fã do poeta Braúlio Bessa, cearense da cidade de Alto Santo, próxima a sua Aracati natal. "Eu diria que o nordestino está para o Nordeste, assim como um filho está para a sua mãe. É um vínculo que não deixamos, que não se apaga, não importa o que aconteça. Rodamos o mundo todo, mas o centro do nosso compasso, o nosso país dentro do Brasil é e será sempre o Nordeste". No poema "Xeque-Mate", Nicásio passeia um pouco por essas memórias geográficas e temporárias. Em uma estrofe ele cita “Neste lugar que tu buscas a mais linda das mensagens, eis o que tu encontrarás, nada além de

uma viagem que eu programei amiúde, ainda na juventude, que há muito pediu passagem”. Música e louvor Nicasio Viana frequenta uma igreja batista aqui em Campos dos Goytacazes, onde exercita seu lado musical. Ele compôs, produziu e divulgou em plataformas digitais, como YouTube e Spotfy, duas canções "Livra-me de mim" e "Lugar da Naturalidade". A base das letras é inspirada na literatura bíblica, no livro de Romanos. "Estou tendo um retorno bem legal com os comentários das pessoas falando que se identificaram com as músicas. O lyric video também ajuda as pessoas com deficiência auditiva a conhecerem nosso trabalho. Outro single já tem lançamento provável para maio. Estamos trabalhando em um outro projeto (possivelmente um EP ou um álbum com mais faixas) para lançamento no máximo no segundo semestre", revela. A inspiração musical vem de seu pai, que cantava nos corais da igreja. "Eu ficava tentando imitar aquelas vozes de adultos. Chegava a ser engraçado. Desde os seis anos eu participava de corais infantis; aos doze anos comecei a estudar piano. Sempre procurei de grupos de louvores nas igrejas por onde passei, ou tocando teclado, ou cantando no backing vocal", conta. Pós-pandemia Com 17 anos dedicados à Polícia Rodoviária Federal, Nicasio Viana diz que pretende continuar conciliando o trabalho com a música e a literatura. A Covid-19 trouxe mudanças a todos aspectos da vida, segundo ele, além de baixas na PRF do país, em virtude da doença. "A segurança pública não é algo que a sociedade pode se dar ao luxo de abrir mão. Por isso, continuamos". No poema "Teimosia", Nicasio cita em um verso: "Deus me mande alguma rimapr’eu botar nesse papel. Mas, por favor, não me mande dessa vez mais um cordel. Hoje eu quero uma poesia, criada com maestria, enviada aí do céu".


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Reviver...Reviver... Falar no Personas deste domingo é falar da preocupação que carrega pela falta de leitura por parte dos brasileiros. Aos oito anos, estimulado pelos pais, Fernando da Silveira começa a desenvolver a prática da leitura. Ganhara, na época, coleções de Monteiro Lobato, dentre outras. Jornalista, redator, advogado e professor, Fernando da Silveira adquiriu experiência como jornalista no extinto jornal Monitor Campista e como cronista social do jornal A Cidade. Na cidade do Rio de Janeiro, após prestar vestibular para a faculdade Nacional de Filosofia (jornalismo), começou a trabalhar no ‘Diário Carioca’, na turbulência de uma redação. Na ocasião, substituindo um colega, entrevistou o senador Domingos Velasco, de quem havia lido o livro ‘Sal da Terra’, surpreendendo o autor – que era proprietário de um jornal concorrente, ‘O Popular’. Ao concluir a entrevista recebeu uma proposta irrecusável para o cargo de editor, quando conheceu o jornalista e compositor, Gastão Lamounier Junior.

Com o irmão mais velho Antônio da Silveira

Exercitando a fé Primeira Comunhão

Fernando da Silveira na Colação de Grau em Direito

candinhovasconcellos@gmail.com

Fernando e Ruth em jantar festivo do Rotary São Salvador em meados da década de 70

O eterno Mestre Fernando da Silveira Após dois anos dedicados ao jornalismo, Fernando vai secretariar a revista mensal de Copacabana, ‘Beira Mar’. Paralelamente começou a trabalhar como redator de programas para as TVS Rio e Tupi. Ingressa na PUC-Rio para cursar Serviço Social e tornou-se Secretário do Diretório Acadêmico, sem falar no curso de Ciências Jurídicas.

No dia do seu casamento em 1961

Fernando e Ruth no Baile de Formatura em Direito no Clube de Regatas Saldanha da Gama

Raquel da Silveira recebendo a família e amigos

Sente orgulho de ter trabalhado com cronistas, como Rubem Braga, jornalistas do quilate de Antonio Maria e David Nasser. O seu arquivo confidencial deve ser primoroso. Foi aprovado em concurso para redator do Estado do Rio de Janeiro, trabalhando no departamento de divulgação no governo de Miguel Couto Filho. Foi designado para a secretaria de Agricultura, a fim de elaborar o Boletim Fluminense de Agricultura, a primeira revista em off-set da América Latina, conquistando assinantes em toda África Portuguesa e Ásia. Com sucesso garantido, assumiu o cargo de Diretor de Divulgação do Estado do Rio de Janeiro durante os governos de Miguel Couto, Togo de Barros, Roberto Silveira e Celso Peçanha. A revista tornou-se o primeiro órgão de extensão rural do país. Havia uma disputa sadia entre o professor e o jornalista Carlos Lacerda (Tribuna da Imprensa), ambos com colunas em jornais antagônicos.

Fernando e Ruth ainda namorados chegando ao jantar em torno do governador Miguel Couto Filho

Ruth e Fernando com os filhos Roberto, Raquel e Fernando Filho e os netos Gabriel e Maria Julia

Fernando e Ruth turistando

Ao retornar a Campos, passou a ministrar aulas no colégio Agrícola e criou o jornal ‘O Orientador Agrícola’. Na rádio Cultura foi o mentor dos programas: ‘Conversando com o Lavrador’ e ‘Usinas e Fazendas’. Hoje é articulista do jornal Terceira Via. Ainda sem data definida, por conta da pandemia, o Conselho Municipal de Cultura irá homenageá-lo, na condição de personalidade que se destaca em vários setores da sociedade, com o Prêmio Municipal de Cultura Alberto Ribeiro Lamego. A motivação é a força invisível que faz com que nós continuemos a persistir em nossos sonhos. Nem sempre é possível estar com o moral alto, mas existem alguns artifícios que podemos usar nessas horas para continuar — e um dos melhores é ler. Fernando da Silveira chega aos 92 anos cheio de vigor e vontade de realizar.

Fernando e Ruth visitando o sobrinho Carlos Silveira em Santa Teresa, no Rio

Na festa das Bodas com os sobrinhos Carlos Augusto Pepe, Júlio Motta, Simone Pepe, Regina Motta e Gerlane Mucelini

Na sua visão o jornalismo é a mais bela das profissões: ‘É o exercício pleno da inteligência e a prática cotidiana do caráter’.

Bodas Nilda Duarte, Marise e Marilda Meali, Simone e Maria Luzia Pepe

Celebrando as Bodas de Ouro em cerimônia religiosa

Com os netos Gabriel e Maria Julia

Curtindo dias em Búzios


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Sabe aquele ditado: “Não faça com os outros, o que você não gosta que façam com você”. Tentem. Pratiquem. Levem como mantra pra vida.

A aniversariante de terça-feira Heloisa Sá com o marido Marcos Sá felizes e orgulhosos das preciosas filhas Daniela, Caroline e Gabriella

Mara e Bruno Robaina festejando em família o 4º aniversário de Bruninho lindo

A bonita Luana Arêas curtindo sua casa RAPIDINHAS l Nasceu o príncipe Caio para alegria de Alinni Miranda e Lucas Oliveira Santos. Veio fazer companhia para o irmãozinho Diego. l Paula e Marcelo Bensi amam dar umas voltas de bike pelo condomínio nos finais de semana. l Marlene Nogueira voltando de pouco a pouco às suas atividades, tendo à frente sua filha Adriana. l Taninha Terra e José Carlos Alves pretendem fixar residência em Atafona e só vir a Campos para rever a família. l Adriane Ribeiro Gomes entre Campos e Rio de Janeiro nesta pandemia. l Fernanda Marins de malas arrumadas para passar uma temporada em São Paulo na casa de uma irmã que mora por lá e se manter isolada na pandemia em novos ares. l Andrea e Wilson Correia hospedaram Márcia e Paulo André Chaves em Atafona. l Susy e Chrysantho Neves alugaram, pelo ano todo, uma casa em Atafona e andam curtindo ótimas temporadas por lá. l Aurinha Paes, aniversariante da última semana, foi bastante comemorada pelos amigos. l Viviane de Aquino é dona de um belo sorriso, porém nesta semana ele está mais iluminado, pois ela tomou a 1ª dose da vacina. l Juliana Queiroga e Tidoca Sence Ramos fazendo uma campanha para venda de tercinhos, onde arrecadarão dinheiro para a compra da pomadaTegum, usada por pacientes oncológicos carentes após fazer Radioterapia. Vamos colaborar!

A beleza juvenil de Mari Vergnano que faz 12 anos amanhã

Sheldon Mickeliano Nunes super estiloso

Os amigos Nelcimar Pires e Alex Siqueira no trampo para lançar novidades em breve

NIVER O aniversariante de quarta-feira Wellington Os parabéns de hoje vão para Roberto Al- Paes com sua Neyde Therezinha e a filha Neuza Mignot comemorando os seus 90 meida, Marcão Pinheiro e Manoela Rabello. Caroline anos com um café da manhã virtual Amanhã para Mariana Vergnano, Rosane Tinoco, Marilute Dumas, Lorna Alphande, Sônia Araújo Guimarães, Carlos Rogério, Lourdinha Vilaverde, Gabriella Bissonho, Antônio Rangel, Ana Paula Miranda Vasconcelos, Maria Vila Verde e Priscila Lisboa. Terça-feira para Heloisa Sá, Patrick Alves Carneiro, Gabriel Miranda, Rita Pinto e Eduardo Picanço. Quarta-feira para Paolo Kury, Márcia Valéria Marins, Wellington Paes, Rita Arêas, Frederico Gonçalves Ribeiro Neto e minha prima carioca Beth Nemitz Vendramini. Quinta-feira para Edson Wander Lima Ribeiro, Tonny Távio, Bruno Prudêncio, Sônia Guaranys, Lara Abreu Bacelar e Elisângela Machado. Sexta-feira para Mauro César Almeida Freitas, Larissa Coelho Ferreira, Carla Andréa Queiroz, Junior Cicatriz Vieira e Wallace Mansur. Sábado para Francimara Azeredo, Mia Pires, Maria Fernanda Laranjeiras, Krystyana Almeida, Verônica Barros, Elisa Silva, Anninha Azeredo, Alexandre Paiva, Rayene Rocha Mei- Vinícius Lima e Sarita com as filhas Helena e Marina Sasha Alves Carneiro no niver do seu filhão Davi reles. Da coluna os votos de muita a aniversariante, que comemorou seus 9 anos na saúde e felicidades para todos. que completou 11 anos casa da vovó Célia Alcântara Cunha

Noivado/Aniversário: A aniversariante Milla Vasconcelos e seu noivo César Kasanova felizes neste dia tão especial

Carla Andrea Queiroz a bela aniversariante de sexta-feira

Rita Pinto vai comemorar seu niver terça-feira in family



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