Jornal Terceira Via 234

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CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 02 A 08 DE MAIO DE 2021

Nas bancas por R$ 1,50

NÚMERO 234 Foto: Carlos Grevi

Ocupação | Sem ter para onde ir, seis famílias passaram a morar em salas de aula de uma escola abandonada da Usina São João, em Guarus

O drama de quem não tem um teto para morar em Campos

O déficit habitacional do município é estimado em cerca de 3.500 imóveis, o que atinge pelo menos 10 mil pessoas COLUNA DO BALBI

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GUILHERME BELIDO ESCREVE

Boulevard completa Personalidades de 10 anos celebrando Campos falam de cinco novos contratos Covid e economia Parece que foi ontem, mas o Shopping Boulevard comemorou, na semana passada, uma década. E para este primeiro semestre o empreendimento já fechou negócio com novas lojas. PÁGINA 04

Matéria, que será desdobrada em uma segunda publicação, ouviu empresários (as) de diferentes setores e um servidor público. PÁGINA 05

A modelo campista internacional, Pollyana Barreto

FÁBIO ABUD PÁGINA 12

Layse Cardoso As muitas faces de

Vendas para o Dia das Mães devem crescer

Pandemia não espantou o otimismo Este ano, embora a pandemia continue com força, comerciantes esperam por vendas melhores do que as registradas em 2020. PÁGINA 07

Falta do Censo 2021 pode reduzir verbas

Dados estão defasados desde 2010 Sob a ameaça de não haver atualização dos indicadores e dados estatísticos, cidades como Campos podem receber menos recursos. PÁGINA 09

Busca por corpo perfeito põe cirurgia plástica em evidência Dr. Luis Chrysantho Neves fala dos prós e contras

Em Campos, a maior procura ainda é para a cirurgia de prótese de silicone. Em segundo lugar vem a lipoaspiração de alta definição, conhecida como Lipo LAD. Diferente da tradicional lipoaspiração, esta modela e define o corpo. PÁGINA 11

PRISCYLA BEZERRA PÁGINA 03

A morte de uma das mulheres mais influentes de Campos reacende seu legado e memórias CAPA



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Especial

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Fotos: Carlos Grevi

Busca por um lar | Andreia da Silva Batista ocupa uma escola abandonada na Usina São João

Sem alternativa | Assim como Andreia, Joice Santos também se viu obrigada a mora na unidade escolar

Déficit habitacional atinge pelo menos 10 mil campistas

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Humano, há carência de cerca de 3.500 imóveis no município

Girlane Rodrigues Ter uma moradia é direito garantido constitucionalmente ao cidadão brasileiro, mas, na prática, isso parece não ser para todos. Em Campos, o déficit habitacional é estimado em pelo menos 3.533 imóveis, o que pode representar mais de 10 mil pessoas sem um teto, levando em consideração famílias compostas, em média, por três membros. E isso não inclui as cerca de 200 pessoas em situação de rua. Apesar dos programas de construção de moradia a custos populares ou até de doação de residências, o que se vê é o crescimento deste público provocado pela multiplicação desordenada das famílias e agravado pela alta no desemprego. Para especialistas, a pandemia do novo coronavírus agravou ainda o problema. Sem perspectiva de emprego e sem moradia, campistas, em sua maioria jovens, pressionam os governos a investirem em políticas públicas habitacionais. Foi o que motivou um grupo de quase três mil pessoas a ocupar o conjunto de casa popular do programa "Minha Casa, Minha Vida”, o Novo Horizonte, em Guarus. As obras foram concluídas em março de 2021 e, de acordo com a Caixa Econômica Federal, as 772 casas não foram entregues porque “estavam em fase final de indicação e análise da demanda de beneficiários informada pela Prefeitura de Campos”. O Jornal Terceira Via foi o primeiro órgão de imprensa a entrar no conjunto — que está cercado e monitorado por vigias contratados pela construtora Realiza — e conversar com os ocupantes dos imóveis, que se organizaram em lideranças. As casas foram pichadas com nomes dos que se autodeclaram donos. A Defensoria Pública da União (DPU) acompanha o imbróglio na Justiça. Relatos que impressionam “Morava na casa da minha ex-sogra, no KM-8, com meu filho de 3 anos. Mas, desde que me separei do meu marido, a convivência lá ficou complicada. Não tenho casa e nem trabalho. Sobrevivo com Bolsa Família e auxílio emergencial”. Donara

Novo Horizonte| Donara (primeira à esquerda) e as amigas aguardam decisão judicial sobre a ocupação

providenciar um local seguro e transferir estas famílias para lá, para que a Construtora providencie os reparos necessários nos imóveis e a Caixa faça a distribuição conforme cadastro dos inscritos”, disse. Dentro do programa, há casas que serão compradas por famílias a custo popular e com financiamento da Caixa e outras serão distribuídas pelo governo. Necessidade|Silvana da Conceição está na expectativa por uma casa

Nogueira do Rosário, 19 anos. “Sou doméstica, mas fui demitida por conta da pandemia. Como morava de aluguel e passei a não ter dinheiro para pagar, entreguei a casa que morava com meu marido, dois filhos e duas netas no Parque Aeroporto e vim para cá”. Silvana da Conceição, 45 anos. “Eu vivia da pensão do meu marido que faleceu, mas meu filho completou maioridade e nós ficamos sem renda. Hoje vivo de biscate de faxina, vendendo salgado e até capinando. Ocupei o residencial Novo Horizonte porque quero uma casa”, Carmem Lúcia Cardoso, 60 anos. “Vivo do Bolsa Família e auxílio emergencial. Entreguei a casa que alugava para viver com meus dois filhos de 8 e 4 anos e vim para a ocupação”, Jenifer Barreto, 25 anos Apesar da pressão por uma moradia, uma decisão judicial da 1ª Vara Federal de Campos prevê que os ocupantes deixem os imóveis nos próximos dias. “A Polícia Federal esteve aqui com

o documento e disse que precisamos sair daqui. Caso contrário, o Exército viria aqui nos retirar à força”, contou Jenifer. O defensor público federal Thales Arcoverde recorreu da decisão. Por ligação de vídeo, ele explicou os trâmites necessários para resolver o problema. “A Prefeitura de Campos deveria

Seis famílias vivem em escola abandonada Campos é o município com maior extensão territorial do estado do Rio de Janeiro, superando, inclusive, a capital fluminense. Entre seus mais de meio milhão de habitantes, há aqueles que vivem em área de risco. Seis famílias moram em salas de aula de uma escola que pertencia à Usina São João, em

Guarus, e esperam por moradia digna há 20 anos. “Vim morar aqui quando meu filho mais velho estava recém-nascido. Hoje ele está com 13 anos e outro filho meu nasceu aqui. A nossa situação continua bem parecida com a do início. Eu saí da sala de aula e construí aqui nos arredores da escola”, disse Alessandra dos Santos. Joice dos Santos foi morar com o marido e dois filhos na sala de aula desocupada pela irmã, Alessandra. “Meu sonho é poder sair daqui”, contou. A escola possui problemas estruturais e pode oferecer risco de morte aos moradores. A ligação de energia é precária e as famílias improvisaram banheiros nas salas de aulas. É o caso de Andreia da Silva Batista, de 40 anos. “Me mudei para cá há poucos dias. Antes, tinha uma casa alugada perto do Hospital Geral de Guarus, mas a área foi dominada pelo tráfico e eu e meus filhos fomos obrigados a sair de lá”, conta Andreia. Na área central de Campos, uma casa na Rua Ouvidor foi ocupada por um casal que vende doces em sinais de trânsito. Dados oficiais desatualizados De acordo com Rodrigo Carvalho, secretário municipal de Desenvolvimento Humano e Social, os dados oficiais sobre habitação em Campos estão desatualizados. O déficit estimado em 3.533 imóveis foi baseado no cadastramento de 2018 do programa habitacional Morar Feliz da prefeitura.

Possíveis causas Francisco Delgado aponta possíveis causas para o déficit habitacional. Para ele, a formação do espaço urbano de Campos evoluiu com a influência política e o poder econômico do setor sucroalcooleiro, que declinou a partir dos anos 1980. A grave crise pela qual passou o setor provocou a migração dos trabalhadores rurais em direção à cidade, em busca de trabalho, com altos custos sociais. “A especulação imobiliária e privatização do espaço são a causa do surgimento de espaços a serem ocupados por um grande contingente da população mais empobrecida e precarizada da classe que vive do trabalho. Com a crescente ocupação territorial por parte dos condomínios fechados, algumas remoções urbanas são efetivadas pelo poder público local, atingindo as favelas, uma representação das desigualdades e injustiças sociais”, afirmou.

Segundo o IBGE, o Censo 2000 registrava em Campos a existência de 32 favelas, com 16.876 moradores, e 27 em 2010, com 15.777 moradores. “Tais implementações urbanísticas, a despeito de serem iniciativas do poder público municipal, não equalizaram as necessidades decorrentes da expansão urbana desordenada, principalmente pela falta de intervenções eficazes nas áreas periféricas e dirigidas às necessidades das camadas mais carentes da população”, informou Delgado. “Para o cálculo do déficit habitacional são levados em consideração, entre outras, as informações sobre domicílios constituídos de mais de uma família e ônus excessivo com o pagamento de aluguel. Muitos sequer tiveram acesso ao abono emergencial. Os valores liberados pelo governo representam a possibilidade de sair temporariamente da condição de extrema pobreza”, revela.

O último Censo foi feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010 e apontou um número bem maior: 10.882 unidades, segundo o professor da Candido Mendes e mestre em planejamento regional e gestão da cidade, Francisco Delgado: “Algumas informações disponibilizadas pelo IBGE relatam uma redução de cerca de 10,5% nos números do déficit habitacional do país, que caem de 6,49 milhões em 2010 para 5,87 milhões em 2019. Se mantidas essas proporções, o déficit do município baixaria das 10.882 para 9.739 unidades”. A diferença entre os dados do último Censo e os divulgados pela prefeitura tem a ver com a redução da demanda com a entrega de 6.202 casas populares do Morar Feliz a partir de 2010. Dados da prefeitura A secretaria municipal de Desenvolvimento Humano e Social mapeou, com base no Cadastro Único, 71.978 famílias e alguns indicadores habitacionais. Deste público, o órgão constatou que 71.100 declararam domicílio particular permanente, 337 particular improvisado e 335 coletivo. Nos demais não houve o registro da informação. Sobre acesso a serviços públicos, 50% das famílias acessam o escoamento sanitário pela rede coletora de esgoto ou pluvial, 93% possuem água canalizada e 67% têm como forma de abastecimento a rede geral de distribuição. Em relação ao tipo de iluminação, 83% possuem acesso a rede elétrica com medidor próprio. Sobre o número de ocupação de imóveis abandonados, a secretaria informou que não possui atribuição para este tipo de monitoramento. Aluguel social O déficit habitacional em Campos é evidenciado também pelo programa público de aluguel social. A prefeitura divulgou que, em janeiro de 2021, foram beneficiadas 164 famílias; em fevereiro, o quantitativo foi de 160; e em março, 156. “O processo de avaliação das famílias beneficiárias é feito pela equipe técnica da secretaria, composta por assistentes sociais, que realizam o devido acompanhamento”.


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AloysioBalbi Com Girlane Rodrigues

Boulevard completa 10 anos celebrando cinco novos contratos Parece que foi ontem, mas o Shopping Boulevard comemorou, na semana passada, uma década. Nestes 10 anos, segundo Leandro Almeida, superintendente do Boulevard, foi fortalecida a relação com os lojistas e todos os stakeholders. Semana passada foi comemorado 5 novos contratos, só neste primeiro semestre: a Arranjos Express, Billy The Grill, Calebito, Pernambucanas e a Vivara. O empresário conta que foi instalado o armário inteligente conhecido como Locker, um serviço de Clique e Retire, em que o cliente compra nas lojas e retira o produto no armário, sem contato com o vendedor. Empresário que construiu barcobar em Atafona contrai Covid e está intubado na UTI Empresário bem-sucedido da praia de Atafona, Dinei Rezende - dono da Pousada Rio Sol - que estava construindo um imenso barco-bar, que pode ser visto próximo à igreja Nossa Senhora da Penha, é alvo de orações em toda praia. Vítima de Covid-19, ele está internado há mais de 10 dias na UTI e foi intubado. Sua esposa, que também contraiu a doença, mas já deixou o hospital, está se recuperando em casa. Oremos. Bracon vai encolher em Campos Com saída da Ford do Brasil, a concessionária Bracon em Campos, do grupo Líder, vai encolher a exemplo de outras. Manterá os serviços de vendas de peças e mecânica. Infelizmente isso implica em fechamento de posto de trabalho, mas isso acontece em centenas de concessionárias da Ford espalhadas pelo Brasil. Depois de reformar, empresário coloca à venda o Hotel Planície O Hotel Planície no coração de Campós vai mudar de mãos antes mesmo de ser reaberto. O rico empresário de Itaperuna, que há dois anos comprou o hotel que estava fechado, transformando os

Opinião A

quartos em quitinetes em uma ampla reforma, desistiu do negócio, e decidiu colocar o imóvel à venda.

A mãe do ano A Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL) vai homenagear esta semana a empresária Andréa de Almeida Matheus, como mãe lojista do ano. Dona de uma rede de três lojas, ela nasceu em berço de ouro, mas, desde pequena, fazia sorvetes em casa para vender. Se formou em Direito e Administração, mas seu negócio é, realmente, fazer negócios. Profissão bombando Uma profissão que vem ganhando espaço é o acompanhante de pessoas que estão se recuperando da Covid-19. No Rio de Janeiro virou uma febre. A socialite campista Teresa Moll, que hoje mora no Rio, está utilizando esse serviço. Os acompanhantes de pessoas com Covid-19 são, geralmente, profissionais de saúde que já foram vacinados. Carrefour pronto para abrir Atacadão, acirrando a concorrência O Carrefour, que comprou a rede Makro, já está com tudo ponto para abrir o seu segundo Atacadão. Será na antiga Makro, ao lado do Shopping Estrada. O prédio passou por uma ampla reforma interna e agora espera apenas a aprovação do projeto pelos órgãos fiscalizatórios para levantar as portas. Bandeirantes retrata autódromo da Baixada A Rede de TV Bandeirantes esteve em Campos para retratar em detalhes curvas e retas do único autódromo existente hoje no estado do Rio, localizado em Mineiros, na Baixada Campista. A equipe ficou impressionada com o arrojo do projeto. De quebra, ainda incluiu na reportagem o Fórmula 1 artesanal produzido aqui.

O direito de morar

ssim como Saúde e Educação, todo brasileiro teria o direito constitucional à moradia. Está na Constituição, mas não está na planta arquitetônica, embora, desde o tempo do extinto Banco Nacional da Habitação (BNH), governos persigam esse objetivo. A reportagem especial desta edição mostra que, em Campos, o déficit habitacional é calculado em 3.533 imóveis, o que pode representar mais de 10 mil pessoas sem um teto. Moradias populares têm sido uma experiência em todo o país e, o que seria uma solução, acaba virando um novo problema. Exemplo disso é o bairro Cidade de Deus, no Rio, área de alto risco dominada por milícias e pelo tráfico, onde os primeiros moradores venderam suas casas para fugir do pesadelo. Projetos como “Minha Casa, Minha Vida” da era Dilma, ou “Morar Feliz”, da era Rosinha, são louváveis, mas que definem bem a distância entre a intenção e o gesto. É realmente um assunto bem complexo, mas erros do passado poderiam permitir uma arquitetura social mais segura, prevenindo os riscos. As chaves das casas somente não resolvem o problema,

se não houver nestes núcleos outras preocupações de estados, com creches, escolas e postos de saúde próximos. Fato é que nestes lugares milícias e tráficos chegam primeiro que o estado. O resultado disso são pessoas que têm o sonho da casa invadido. Talvez por isso esse direito constitucional não seja tão sublinhado, até porque, mais do que um teto, é preciso infraestrutura sanitária. E, na maioria dos casos, não existem recursos para isso. O chamado abismo social tem a distância entre os bairros nobres e esses conjuntos habitacionais. Seria preciso encurtar a distância, com a diminuição da pobreza. A pandemia aumentou esse problema que vem de longe. Se é um direito constitucional, ele tem que ser cumprido, mas esse parece ser preterido por dois outros — Saúde e Educação —, que trilham caminhos difíceis. Interessante lembrar que os três devem caminhar juntos: sem casa não se tem saúde, sem saúde a educação fica comprometida. Esse é um drama que alcança milhões de famílias brasileiras.

CPI da Covid: polêmica e expectativas Pryscila Marins - Advogada especialista em Direito Público e Eleitoral Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da 12a Subseção da OAB/RJ

Vem ganhando destaque a polêmica envolvendo a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que busca apurar as ações e omissões na condução do enfrentamento da pandemia pela COVID-19, popularmente chamada de CPI da Covid, bem como o início dos seus trabalhos, uma vez que a CPI só foi instaurada após determinação judicial do Supremo Tribunal Federal (STF), ante a recusa do presidente do Senado na sua instalação, mesmo com o requerimento de acordo com o determinado pela Constituição Federal. Assim, a decisão do STF não interfere no Poder Legislativo ferindo o princípio da Separação dos Poderes, ao contrário, apenas garantiu a observância da norma constitucional no tocante à instalação da CPI, uma vez cumpridos todos os requisitos exigidos para tal. Não poderia ser diferente, uma vez que cumpridos todos os requisitos constitucionais e não havendo impedimento legal, não há espaço para decisão política em instaurar ou não a Comissão Parlamentar, a instalação é medida que se impõe. O STF foi chamado a cumprir seu papel de guardião da Constituição Federal e assim o fez. Mas a participação do Poder Judiciário no âmbito da CPI da Covid, já instaurada, não parece estar perto do fim, tudo indica que ainda serão propostas medidas judiciais para tentar interferir no andamento da Comissão, a exemplo do que já vem ocorrendo com a ação que buscou alterar a forma de indicação do relator e a que já busca a ampliação do objeto da investigação. Todos esses movimentos demonstram um temor ao que pode vir a ser descortinado pelas investigações no bojo da CPI da Covid.

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Aliada a esse temor vem a grande expectativa criada pela população acerca de uma resposta rápida sobre a condução da pandemia no Brasil e punição para os responsáveis pelas crescentes mortes ocorridas no país pela doença. Ocorre que, de acordo com a Constituição Federal, a Comissão Parlamentar de Inquérito é um instrumento de fiscalização do poder legislativo exercido por meio de uma investigação, na função secundária exercida por este poder, com objeto certo e por prazo determinado que, ao seu término, apresenta suas conclusões por meio de relatório, apontando o que foi apurado, indicando a existência ou não de irregularidade, os supostos responsáveis e sugerindo, por conseguinte, a responsabilização destes. A Constituição Federal não permite à CPI aplicar sanções como prisão e cassações de mandatos aos investigados ao fim de seus trabalhos e, por isso, não raras vezes, ouvimos a expressão “vai acabar em pizza”. O que ocorre é o encaminhamento de todo o conteúdo investigado para as autoridades competentes, como Ministério Público e Tribunal de Contas, para a tomada das providências e adoção das medidas judiciais pertinentes. Apenas para relembrar, destacamos alguns casos importantes iniciados com instauração de CPI: caso PC Farias/Collor (1992); CPI dos Anões do orçamento (1993); CPI dos Correios, levando a ações judiciais que culminaram com condenações do alto escalão do governo, até então, inédito no Brasil. Ou seja, a CPI por si só não é capaz de gerar o resultado punitivo desejado pela população, mas, sem dúvidas, é um importante instrumento para impedir a impunidade daqueles que atentam contra a lei e a probidade administrativa.

O mundo do trabalho No dia primeiro dia de maio, comemora-se o dia internacional do trabalho, embora todos os dias, o brasileiro que possui o seu, deve comemorar. Atualmente, há 14,2 milhões de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em janeiro de 2021, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) iniciada em 2012 pelo IBGE. Desse modo, para que sejamos livres desse infortúnio, devemos até agradecer a São José, o Carpinteiro, protetor de todos os trabalhadores e das famílias. O dia do trabalho surgiu em 1886 quando trabalhadores americanos fizeram uma paralisação como forma de exigir melhores condições de trabalho. Nos anos seguintes, trabalhadores de outros países, na mesma data – 1° de maio, também decidiram fazer o protesto. Esses movimentos foram violentos em vários lugares, notadamente em Chicago onde muitos participantes saíram feridos e outros mortos. Os poderosos e endieirados ficaram furiosos com o movimento e a polícia agiu contra os manifestantes. Hoje a data é mais comemorativa do que combativa, mesmo havendo muitos motivos para reivindicar. A propósito disso, ainda existe trabalho escravo, no Brasil, caracterizado no Código Penal Brasileiro como trabalho análogo ao de escravo incompatível com a dignidade humana que violam os direitos fundamentais e colocam em risco a saúde e a vida do trabalhador, além de jornada exaustiva. Mesmo em tempo de pandemia, muitas pessoas foram resgatadas nessa condição, de acordo com a mídia nacional. É o país mantendo tristemente sua engrenagem escravocrata. A tinta com a qual a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, não impediu que muitos negros, mesmo depois de tanto tempo, fossem os que mais sofressem no tronco invisível, no primeiro momento, de um trabalhado em condições degradantes, seja no campo a serviço do agronegócio, seja na cidade em diversos ofícios. Um ponto a ser questionado: será que o racismo estrutural, o racismo entranhado na sociedade brasileira contribui para o trabalho escravo no nosso país? O trabalho tem sido, cada vez mais precarizado nessa “Casa Grande e Senzala”, tomando emprestado o título do grande sociólogo Gilberto Freire que tão bem apresenta a formação sociocultural do Brasil a partir dessas moradias e tudo que advém delas. A precarização do trabalho é fruto de interesses divergentes das classes sociais: o trabalhador visa a valorização do seu trabalho, os empresários, o aumento dos lucros a expansão dos negócios. E nessa luta, a corda arrebenta do lado mais fraco, principalmente, nos últimos anos com a perda de vários direitos pela classe trabalhadora. A imensa desigualdade social presente, no país, comprova que os que têm menos perderam mais. A fila da fome creceu muito, bastante agravada pela pandemia e suas consequências. Observa-se, contudo, de que lado o Estado está. Ele não foi capaz de proteger os mais pobres desse momento tão difícil. Um auxílio emergencial de cento e cinquenta a duzentos e cinquenta reais é irrisório em relação ao custo de vida atual. Cinco quilos de arroz a mais de vinte reais, o feijão e o óleo entre oito e nove reais, o quilo de carne a trinta, quarenta e poucos e o gás de cozinha a oitenta e cinco a cem reais. E o aluguel? A conta de luz, a conta de água? Como um desempregado sobreviver? As doações têm tentado ajudar aos necessitados com distribuição de quentinhas, mas até elas têm sido mais escassas. O que se observa é que a classe média também desceu um patamar e está ecomizando no que pode e reservando para si seus parcos ganhos. Pobre Brasil rico! Voltemos então, a São José e peçamos a ele muita proteção para os trabalhadores e suas famílias nesse 1° de maio. SINDICATO DOS PROPAGANDISTAS, PROPAGANDISTAS, VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DE CAMPOS DOS GOYTACAZES - SINPROCAMPOS CNPJ: 07.317.220/0001-92 EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA O Presidente do Sindicato dos Propagandistas, Propagandistas, Vendedores e Vendedores de Produtos Farmacêuticos de Campos dos Goytacazes - SINPROCAMPOS, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, CONVOCA os senhores associados em pleno gozo dos seus direitos sindicais, para se reunirem em AGO - Assembleia Geral Ordinária, de forma virtual, como medida de enfrentamento ao Coronavírus, evitando dessa forma atividades com a presença de público, que será realizada no dia 14 de maio de 2021, às 10:00 horas, em primeira chamada, com a participação da maioria absoluta dos sindicalizados e às 10:30 h, em segunda e última chamada, com qualquer número de participantes, por meio de acesso ao link https://meet.google.com/ctg-ahxz-fpr , para a seguinte Ordem do Dia: 1) Apresentação, para deliberação da Assembleia, da prestação de contas relativa ao período de 12/03/2020 a 31/12/2020, correspondente ao decurso de tempo do início do mandato 2020/2024 até o final do Exercício 2020, com parecer do Conselho Fiscal; 2) Assuntos Gerais de acordo com a Ordem do Dia. Campos dos Goytacazes-RJ, 02 de maio de 2021. Ass. Valdeney Ricardo da Silva Presidente do SINPROCAMPOS

Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Diretor Geral Fábio Paes Chefes de Reportagem Thiago Gomes e Marcos Curvello - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Elton Nunes - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ Impressão: Parque Gráfico do Jornal O Globo.


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Personalidades de Campos falam de Covid e economia

Ana Pellegrini (Clínica Pelle), Fátima Leite (Dela&Dele), Marcelo Oliveira (Palace Hotel), Paulo César Freitas (Imbeg) e Ricardo Vasconcellos (servidor público) comentam os reflexos assustadores da pandemia

H

á mais de um ano, desde que a OMS classificou o surto do novo coronavírus como pandemia, o Brasil vem amargando um dos piores desempenhos do planeta. Com mais de 400 mil óbitos, ocupa a infeliz posição de 2º país no número de mortes – atrás apenas dos EUA, com 570 mil – e soma, ainda, quase o dobro do que registra o México, terceiro no ‘ranking da Covid’, com 215 mil óbitos. Sem um plano nacional de combate à doença, com cada estado fazendo o que bem entende e igual-

Ana Maria Pellegrini

“Fui a favor do lockdown ano passado. Hoje penso que a prioridade é outra”

Fátima Leite

“Não existe aglomeração nos salões. Mas nas filas de casas lotéricas e festas”

P

ara a médica Ana Maria Pellegrini, que há 30 anos dirige a Clínica Pelle, a saída para a crise sanitária está em investimentos na saúde pública e na formação de equipes médicas qualificadas. “A pandemia do novo coronavírus mudou radicalmente a rotina de todas as pessoas. Houve mudanças nas relações pessoais e profissionais criando novas perspectivas e acentuando incertezas. A pandemia também favoreceu a polarização política. O lockdown nos leva a um caminho desconhecido, produzindo pensamentos que oscilam entre evidências empíricas que mostram benefícios do isolamento e os reflexos de uma crise mundial e regional jamais vista. Apesar de haver boas intenções nas medidas restritivas em momentos de crise e uma demanda por pensamentos que mitigam as perdas da sociedade, cria-se um contexto que torna difícil a tomada de decisões racionais que considerem uma real análise de custo-benefício. Um ano se passou e nosso sistema de saúde continuou o mesmo, sem grandes investimentos nas estruturas hospitalares e treinamento de equipes de saúde. A literatura acadêmica não possui robustez necessária para garantir que as medidas de lockdown irão surtir os efeitos esperados. Enfim, vivemos um dilema. Fui a favor do lockdown ano passado. Atualmente penso que a prioridade deve ser investimentos em saúde pública e qualificação de equipes de trabalho e avanços na vacinação. Esperança? Acredito que viveremos dias melhores no final do ano.” – disse.

A

mente desconectado dos municípios, enfim, um arsenal de medidas toscas, erradas e de elevado nível de incompetência, o Brasil vai sofrendo as consequências. Primeiro, com o inaceitável número de vidas perdidas. Segundo, com o desastre econômico que não sabe onde irá chegar. Do quadro dramático vê-se que a pandemia expôs as entranhas de um País que não educou grande parte de sua população e que agora não consegue assimilar o que seja cumprir as medidas preventivas e restritivas; que não investiu em rede hos-

empresária Fátima Leite, dona do salão Della&Delle – um dos mais prestigiados da cidade – frisa que seu ramo de negócio foi um dos mais prejudicados nos períodos de lockdowns. Ela alerta para o número de pequenos salões que fecharam e diz que a atividade é sempre a primeira a fechar e última a abrir, apesar de não produzir aglomeração. “Tem sido tempos tão difíceis como nunca imaginamos. As vidas que se perderam, as tantas que estão lutando nos leitos de UTIs e aquelas que sequer conseguem a internação. E depois de mais um ano, o vírus continua sua escalada avassaladora. A gente vê o quanto o sistema de saúde em nosso país é frágil e as políticas públicas desencontradas tornam tudo ainda mais difícil. Por outro lado, os reflexos terríveis nas atividades econômicas, com lockdowns que se mostraram

Marcelo Oliveira

frente de um dos estabelecimentos mais tradicionais de Campos, o Palace Hotel e Restaurante, há quase 60 anos na sua família, o hoteleiro Marcelo Oliveira se diz inconformado com a falta de uma liderança nacional no combate ao coronavírus; com as medidas ineficientes e lockdowns mal feitos. Para ele, a doença foi politizada e dá como exemplo o hospital de campanha da 28 de Março em detrimento de parte das dependências da Santa Casa que está desativada e poderia receber leitos de UTIs. “Para mim, está muito claro que lá atrás, quando tudo começou, faltou um lockdown de confinamento severo e de no mínimo 30 dias. Não fizeram, foram fatiando os fechamentos que, além de não resolverem a questão sanitária, deixaram o setor produtivo, de serviços e o comércio, à mingua. Não há campanha nacional para divulgar as restrições com responsabilidade e tampouco investimento na rede hospitalar. Inexiste unificação de ações entre a União, estados e municípios e cada ente federativo faz (ou não faz) o que bem entende sem qualquer coordenação. Pergunto: por que, ao invés de montar e desmontar o hospital de campanha da 28 de Março, que não atendeu um único paciente, não se aproveitou as instalações vazias da Santa Casa para instalar lá os leitos de UTIs, os quais estariam até hoje? Política – é claro. Outro ponto que poderia ter sido melhor ajustado foi o da fiscalização, que tendo em vista o tamanho do município e a pouca quantidade de funcionários para realizar um trabalho igualitário, acabou atuando com mais frequência

nho do orçamento e potencial econômico, não deveria estar entre estas. Mas, salvo melhor juízo, está. Para falar sobre a pandemia, os reflexos na economia, o aumento desenfreado da pobreza e da taxa de desemprego local, que se situa entre as piores do Brasil, a página ouviu cinco personalidades de diferentes segmentos. Registre-se, para uma matéria melhor elaborada, muitos outros depoimentos teriam que ser incluídos, particularmente de representantes classistas. Por isso o tema será retomado na próxima publicação.

Paulo César Freitas

“O empresário não aguenta mais um eventual lockdown. Dê uma volta na João Pessoa”

improdutivos. Na minha opinião, o combate deve se dar onde existe aglomeração, e muitos estabelecimentos que fecharam só contribuíram para o desemprego e perda de renda. Falando por mim, não existe aglomeração em salões de cabeleireiro. O atendimento é consciente, com hora marcada, com distanciamento e demais protocolos. Aglomerações a gente vê nas filas das lotéricas, em festas clandestinas, em bares, etc. Mas os salões são os primeiros a ser fechados e os últimos a abrir. Isso, espero, seja passado. Vamos torcer que a vacinação avance, a pandemia recue e os profissionais que perderam seus empregos voltem a ter trabalho. O aumento da pobreza é uma coisa muito triste e devemos todos ser solidários e ajudar os que estão sem ter o que comer”. – concluiu.

À

pitalar, em saneamento básico e em habitação. Incapaz, ainda, de enxergar os bolsões de miséria espalhados aos quatro cantos e que, num período trágico como o atual, não consegue mover recursos para proteger os vulneráveis. Diga-se, um País que no mês que assinala o ‘Dia do Trabalho’ – 1º de Maio último – simplesmente não oferece trabalho e registra o infame quantitativo de 14,5 milhões de desempregados. O infortúnio que atinge o Brasil inteiro afeta mais umas cidades, outras menos. Campos, pelo tama-

“A construção absorve os de menor escolaridade. Veja, agora, a taxa de desemprego”

na área central, onde na maioria das vezes os protocolos são realizados. Por outro lado, o mesmo não pode ser dito dos bairros periféricos os quais, com todo respeito, arrisco dizer que, salvo exceções, os protocolos são ‘artigo de luxo’. De mais a mais, basta dar uma volta pela cidade, por ruas de grande movimento, e a gente vê que não são os restaurantes que fazem aglomeração. Respondendo outra questão que você me traz, entendo que o empresariado não aguenta mais um eventual lockdown. Aqui, no nosso estabelecimento, tivemos queda vertiginosa. Mas os quase 60 anos no mercado nos permite certa oxigenação. Mas não é fácil. Até porque continuamos investindo, evoluindo e modernizando nossos serviços. Por outro lado, você passa pela João Pessoa, entre outras ruas, e fica impressionado com o número de estabelecimentos que foram obrigados a encerrar. Então, um novo fechamento – que não acredito – seria um tiro fatal no empresário que está tirando fôlego sabe-se lá de onde para recuperar as perdas. Penso que todos concordamos que a hora é de vacinar e de montar leitos de UTI em quantidade compatível com nossa cidade. Afinal, não somos tão pobrezinhos assim...” – observou.

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Ricardo André Vasconcellos

a visão do engenheiro civil Paulo César Freitas, que dirige uma das mais tradicionais construtoras do interior do Estado do Rio, a Imbeg Engenharia, a construção civil pesada enfrenta grave crise desde 2014, que passou a ser sem precedente a partir da pandemia. Para ele, a Covid expôs de forma brutal a precariedade então escondida. “Olha, antes de entrar na questão específica da Construção Civil, que é minha área, gostaria de sublinhar que a pandemia desnudou o Brasil real que estava camuflado. Hospitais sucateados é realidade que vem de longe. Falta de investimento em saúde, em saneamento básico, em habitação e um mar de informais que não têm os benefícios do emprego com carteira assinada, os quais, em períodos de fechamento, mendigam para não passar fome. Isso tudo está vindo à tona agora: são várias pontas de icebergs que hoje se mostram por inteiro e que a sociedade fazia de conta que não existiam. Na Construção Civil – que é um dos segmentos que mais empregam trabalhadores de baixa esco-

“A população, em geral, voltou ao mapa da pobreza, mas o nº de bilionários aumentou”

laridade – a Covid trouxe o caos. O setor que encolheu sobremaneira e salvo por obras de pequeno porte e reformas, a construção pesada, responsável por empreendimentos de grande monta, atravessa crise sem igual. Observe que o aço quase dobrou de preço. O combustível subiu 50% nos últimos 18 meses. Para dar um exemplo, a nossa empresa não tem um funcionário sequer trabalhando para o município. Nos últimos quatro anos, nem a manutenção das ruas foi feita. O resultado são as centenas de buracos espalhados aos quatro cantos por falta de um mínimo de conservação. Então, Guilherme, o Brasil não implantou medidas sanitárias eficientes, atrasou na imunização e não acredito num quadro de reversão antes de setembro/outubro. Torço para estar errado, mas o que a gente vê, por exemplo, no Centro da cidade depois das 20/21h, são vários grupos de desabrigados espalhados pelas calçadas – a frente do Banco do Brasil, na Quatro Jornadas, quase toda tomada. Uma visão triste e desumana. É, digamos assim, o retrato da miséria exposta aqui e em várias outras cidades. E a meu ver – se me permite – no caso de Campos, incompatível com o orçamento do município”. – finalizou.

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ornalista conceituado, servidor público federal e bacharel em Direito, Ricardo André Vasconcellos chama atenção para o 1º de Maio que passou – Dia do Trabalho – ter sido lembrado pela estarrecedora marca de quase 14,5 milhões de desempregados. E os que estão empregados – alerta – empobrecem com uma renda desigual. “Que o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador, transcorrido silenciosamente no antes festejado 1º de Maio, sirva de reflexão para o grave momento que passamos no País, nos estados e municípios. São mais de 14 milhões de desempregados no Brasil, numa crise agravada pela maior pandemia da história. Mas mesmo assim, a Revista Forbes divulgou que, neste período, o Brasil ganhou 18 novos bilionários. Que mistério é esse que, num país com PIB negativo ou ínfimo, a população em geral mais empobrecida, de volta ao mapa mundial da fome, a classe média em queda livre para as classes D e E e, mesmo assim, alguns grupos conseguem enriquecer ainda mais. Essa distribuição de renda perversa ainda vai destruir o que conquistamos como Nação”. – lamentou.


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Economia Segundo Dia das Mães na pandemia PÁGINA

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Líderes do comércio esperam bom movimento e consumidores dispostos a presentear para celebrar o amor e a vida Fotos: Divulgação

Aloysio Balbi Pelo segundo ano consecutivo, a segunda data mais importante do calendário do comércio, o Dia das Mães, transcorre no epicentro da pandemia da Covid-19. No ano passado, o primeiro lockdown aconteceu exatamente no curso da semana que antecedeu a data comemorativa e as vendas capengaram, mesmo feitas através de delivery. Até hoje o comércio conta os prejuízos. Este ano, embora a pandemia continue com força, o comércio espera por vendas melhores, apesar de toda adversidade. Esse otimismo parte da premissa de que o comércio convencional e shoppings estarão abertos e que as restrições já foram assimiladas pelas pessoas depois de um ano convivendo com essa tragédia. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL), José Francisco Rodrigues, está otimista e estima um aumento de 40% nas vendas em relação ao ano passado, lembrando que, mesmo assim, esse percentual é tímido se comparado com o Dia das Mães de 2019, quando a pandemia e seus efeitos eram inimagináveis. "Vamos observar diferentemente do ano passado, quando o comércio em Campos estava lacrado e esse ano está aberto. Soma-se a isso o fato de que boa parte das mães já foi vacinada, o que aumenta a sensação de segurança. Muitas pessoas só viram as mães por chamada de

CDL | José Francisco Rodrigues

ACIC | Leonardo de Castro Abreu

Sindivarejo | Samuel Sterck

Carjopa | Expedito Coleto

vídeo e agora vão ver, em alguns casos, pessoalmente, por conta da vacinação, e até poderão abraçá-las", disse o presidente da CDL. O presidente da Associação Comercial e Industrial da Campos (ACIC), Leonardo Castro de Abreu, é mais conservador em seu otimismo. Concorda que o quadro do comércio é diferente do ano passado, pois estará aberto, mas confronta a data com a perda de renda do consumidor. Diz que se o comércio vender 10% a mais do que no primeiro ano da pandemia já estará de bom tamanho. "Espero que seja surpreendido por um percentual melhor. De qualquer forma, certamente, o movimento será maior, talvez com presentes de valores mais tímidos, mas todos vão querer presentear a mãe", afirmou Leonardo. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Campos (Sindivarejo), Samuel Sterck, con-

corda de forma mesclada com os presidentes da CDL e da ACIC. Para ele, o movimento de vendas será bom, mas a perda de renda será um ponto de contenção. “O importante é que o comércio estará aberto e estamos tomados por uma emoção coletiva por tudo que estamos vivendo. Presentear as mães certamente fará bem a todos” disse. O presidente da Carjopa, Expedito Coleto, também acredita em venda ultrapassando a 30% ou 40% em relação ao ano passado. “Mas temos que

observar o grande prejuízo ao longo desta pandemia que, no ano passado, comprometeu todas as datas promocionais do comércio. Agora, mesmo com a situação com uma aparente melhora no controle da pandemia, talvez possamos estar encerrando esse ciclo, começando pelo Dia das Mães”.

do Dia das Mães. Acreditam que tudo será diferente em relação ao ano passado, observando os protocolos sanitários. A empresária Flávia Lopes Azevedo pretende presentear a mãe com uma hiper cesta de presentes. “Será para comemorar a vida”, disse. Já a professora Monique Pessanha vai levar a mãe para passar o seu dia na cidade de Rio das Ostras, e também pretende comprar um presente surpresa. Bruna Rosa, comerciante, já escolheu o vestido que dará de

Consumidores animados Se os líderes do comércio estão otimistas, uma boa parte dos consumidores está animada e emocionada com a proximidade

Empresária |Flávia Lopes Professora |Monique

Comerciante |Bruna Rosa Arquiteta |Cleyde Paes

presente à sua mãe. “Vamos celebrar de roupa nova. Celebrar o amor e a vida”. A arquiteta Cleyde Paes Barreto pretende fazer um almoço especial para sua mãe no próximo domingo, sem aglomeração e também com direito a presente. O almoço em família para quem já teve sua mãe vacinada será certamente uma das opções para celebrar a data, diferentemente do ano passado. Reforço no caixa do consumidor A Prefeitura de Campos decidiu antecipar o pagamento de todos os seus funcionários, que seria feito na semana seguinte ao Dia das Mães. Os servidores vão passar a data com o dinheiro do pagamento do mês de maio na conta. A antecipação foi uma decisão do prefeito Wladimir Garotinho para incentivar o comércio. “Vamos antecipar o pagamento dos salários dos trabalhadores da prefeitura para que todos tenham um Dia das Mães com dinheiro na conta. Isso também ajudará a injetar dinheiro no comércio nesse momento de economia afetada pelo agravamento da pandemia”, disse o prefeito. O Governo do Estado também pretende pagar aos aposentados e pensionistas essa semana com o mesmo objetivo: colocar dinheiro para circular e desta forma incentivar o comércio, um dos setores da economia mais prejudicados pela pandemia.


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Destaque Impactos da suspensão do Censo 2021 PÁGINA

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Falta do recenseamento pode resultar em diminuição no repasse do Fundo de Participação dos Municípios

Fotos: Carlos Grevi

Ulli Marques A humanidade vive a "era dos dados". O trafego e o acesso à informações estão cada vez mais intensos e disponíveis, ditando comportamentos e ações estratégicas. Acontece que, na contramão desse processo, o Governo Federal anunciou, na última semana, a suspensão do Censo Demográfico elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021. A justificativa é a falta de verba orçamentária para essa finalidade. Na quarta-feira (28), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello determinou a realização do Censo, mas essa decisão é liminar. O que se sabe é que, sob a ameaça de não haver atualização dos indicadores e dados estatísticos, municípios como Campos dos Goytacazes podem receber menos recursos e políticas públicas podem ser afetadas. Em 2010, quando foi realizado o último Censo, Campos dos Goytacazes possuía 463.731 moradores. A cada ano, esses números são atualizados por estimativa, de acordo com a porcentagem de crescimento anual já identificada. Pressupõe-se, então, que o município tinha, em 2020, 511.168 habitantes, mas, com o passar do tempo, essa aproximação, que é abstrata, torna-se defasada. Por isso, o Censo Demográfico, estudo pormenorizado que permite o recolhimento de diversas outras informações, é feito a cada 10 anos. Uma nova edição do Censo deveria ter sido realizada em 2020, mas foi postergada em um ano por causa da pandemia. Caso a decisão do ministro se mantenha e haja recursos para tal, a amostra deve ser coletada ainda em 2021. Sabe-se que os dados estatísticos provenientes do Censo permitem a identificação do perfil populacional de cada bairro, cidade e estado brasileiros, e revelam as taxas de emprego/desemprego e escolarização, características socioeconômicas e etnicorraciais das famílias, qualidade das habitações etc. e, assim, embasam as políticas públicas. Por meio de questionários aplicados em mais de 70 mil domicílios localizados em todos os 5.570 municípios brasileiros, é possível conhecer as necessidades da população e planejar ações a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Prejuízos para os municípios Para o cientista político José Luiz Viana, o principal prejuízo resultante da não realização do Censo é o déficit no coeficiente de repasse do Fundo de Participação dos Municípios feito pelo Gover-

Atraso | Feito a cada 10 anos, Censo Demográfico deveria ter tido nova edição o ano passado, mas Governo Federal decidiu postergar levantamento evido à pandemia

no Federal, uma das principais fontes de receita das prefeituras. Ele explica que essa verba pública é distribuída com base nos números do Censo; sem eles, alguns municípios podem receber mais ou menos verba do que o que seria justo. “Quanto % a população de Campos cresceu nos últimos 10 anos? O Censo levanta, de forma concreta, em campo, essa informação. E o fundo de participação do município nas verbas federais é distribuído de acordo com a porcentagem desse crescimento. Isso só funciona tendo os dados de todos os municípios. Caso não haja Censo, ficaremos sem saber qual a real população de Campos, o percentual em relação aos outros municípios e, consequentemente, a porcentagem do fundo de participação. O município que cresceu muito de 2010 para cá poderá receber menos verba federal. Já aquele que cresceu menos receberá mais verba. Isso atinge diretamente a população”, explica. Questionada sobre as consequências para o município de Campos, a Prefeitura destacou que os dados das esferas da habitação, economia, saúde, educação, dentre outras áreas, servem para diagnóstico à proposição de ações pela gestão pública.

“Sendo assim, o impacto não é específico para um programa da Prefeitura, mas atinge o Poder Público em sua integralidade. No entanto, a gestão permanece acompanhando as demais pesquisas disponibilizadas e realizando seus diagnósticos a partir das bases de dados disponíveis”, disse a gerente da Vigilância Socioassistencial da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Fernanda Cordeiro. A socióloga Luciane Silva declara que a principal maneira de conhecer a população e promover mudanças sociais é coletar amostra censitária. “É a partir do Censo que nós conhecemos a situação de saúde, de fome, de emprego, de educação etc. de uma cidade. Estimamos que, em Campos, há 45 mil famílias em condição de fome e miséria, mas a verdade é que esse número pode ser muito maior, considerando o que temos visto nas ruas da cidade. Sem o Censo, ficamos no escuro, sem farol e sem direção para construção de política pública. Como pensarmos uma cidade sem saber quem vive nela? Esse é mais um capítulo da tragédia que temos vivido no Brasil. Não acessar esses dados é a declaração da falência da nação”, declara.

Adiado em 2020, Censo pode não acontecer este ano Na última semana, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, declarou que o Censo do IBGE não seria realizado em 2021. A justificativa apresentada foi a falta de previsão de recursos no orçamento sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O anúncio foi recebido com revolta por especialistas, que afirmam que haverá perda de qualidade das políticas sociais, redução na distribuição de recursos para os municípios e descompasso nas pesquisas. Na quarta-feira (28), o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, determinou, de forma monocrática, que o governo federal realize o Censo 2021. Na decisão liminar, o magistrado afirma que a União e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ao deixarem de realizar o estudo, descumpriram o dever de organizar e manter os serviços oficiais de estatística nacional. Marco Aurélio argumenta que a suspensão do Censo fere o artigo 21, inciso XV, da Constituição e "ameaçam a própria força normativa da Lei Maior". A determinação foi enviada ao Plenário virtual para que os demais ministros analisem o caso.

Na Justiça | Liminar do TSE ordena realização do Censo, mas ainda cabe recurso

Rede Super Bom faz parceria com fornecedores e lança campanha “Básicos Baratos Perto de Você” Objetivo é proporcionar melhor alimentação às famílias que tiveram sua renda comprometida na pandemia Da Redação Com a longa duração e constantes incertezas da pandemia, milhares de famílias de Campos e região tiveram sua renda afetada e, proporcionalmente, sua alimentação também. Cientes do compromisso com a população há mais de 35 anos, o Grupo Barcelos, através da sua rede de varejo da Rede Super Bom, negociou com seus fornecedores e acaba de lançar a campanha “Básicos Baratos Perto de Você”, com produtos essenciais a preços diferenciados.

A lista contempla cerca de 200 produtos entre os mais consumidos, entre eles, arroz, feijão, frango com objetivo de proporcionar uma melhor alimentação às famílias que tiveram sua renda comprometida. “Temos muito respeito com nosso consumidor. Queremos retribuir a confiança do campista com a Rede Super Bom. Por isso, reunimos esforços com os nossos fornecedores e criamos essa campanha para garantir que todos tenham acesso a alimentos básicos com melhor preço” explica o CEO do Grupo, Maurício Cerrutti.

“Somos de Barcelos, onde antigamente tudo era escasso e sei o que é passar dificuldades. Por isso acho muito importante essa campanha da Rede Super Bom. Estamos juntos com fornecedores fazendo o possível para que os preços dos produtos essenciais sejam cada vez mais acessíveis.” reforça Licínio Barcelos, sócio conselheiro do Grupo. Os itens da campanha estão disponíveis em todas as lojas físicas da Rede Super Bom e também no e-commerce www. redesuperbom.com.br, a partir da última sexta-feira (30).

Fotos: Carlos Grevi

Compromisso | Na incerteza econômica causada pela Covid-19, Grupo Barcelos busca melhores preços



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Saúde

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Expectativa x realidade na cirurgia plástica Especialista ressalta a importância da avaliação médica para mostrar ao paciente os resultados Millena Soares O número de cirurgias plásticas aumenta a cada ano no Brasil, que é líder mundial no ranking de procedimentos em pessoas jovens. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), dos quase 1,5 milhão de procedimentos estéticos feitos em 2016, 97 mil (6,6%) foram realizados em pessoas com até 18 anos de idade. Entre as justificativas para o quadro está, principalmente, a insatisfação com a própria imagem. Em Campos, o cirurgião plástico Luis Chrysantho Neves informou que a maior procura em seu consultório ainda é para cirurgia de prótese de silicone e, em segundo lugar, vem a lipoaspiração de alta definição, conhecida como Lipo LAD. Diferente da tradicional lipoaspiração, esta modela e define o corpo. “No caso da lipoaspiração de alta definição,

Fotos: Arquivo pessoal

desenhamos linhas do contorno muscular do paciente, realçando algo que ele já tenha. Essa cirurgia consiste em remover o excesso de gordura, modelar e destacar os músculos, atuando em uma camada mais superficial do corpo, dando o efeito de barriga tanquinho”, diz. Expectativa x realidade O especialista destaca que muitos pacientes têm uma expectativa antes de procurá-lo para realizar uma cirurgia plástica. Porém, depois da avaliação e de uma longa conversa, o médico explica ainda que o resultado dos procedimentos depende muito de cada biotipo. “O paciente quando se propõe a fazer uma cirurgia tem que ter uma expectativa real do resultado que pode ser alcançado naquele caso. Procuro entender o objetivo do paciente, saber o que ele está desejando com o procedimento de fato e se vamos conseguir chegar a esse resultado. O sucesso de uma cirurgia depende muito disso”, ressalta. O cirurgião ainda deu como exemplo o procedimento de rinoplastia. “Na cirurgia de rinoplastia é comum acontecer de o paciente chegar com uma foto para exemplificar o que ele quer de resultado. Se ele tem um tipo de nariz e quer outro que não combine com ele, ou que seja muito difícil de entregar, temos que ser sinceros e explicar que não é possível che-

Segurança | É preciso ouvir profissionais, diz Dr. Luis Chrysantho Neves

Olho no biotipo | Sucesso de intervenções depende de respeitar corpo

gar ao resultado que deseja, porque depende de vários fatores. A sensação, às vezes, é de como se todo mundo quisesse fazer e ter um nariz igual, um modelo padrão”, acrescenta. Avalie suas expectativas Por isso, é de extrema importância entender que os resultados de uma cirurgia plástica dependem de muitos fatores: biotipo, altura, corpo, peso,

estilo de vida, entre outras características. O especialista cita casos de pacientes que querem colocar silicone para ficar com os seios parecidos com os de outra pessoa. "Deve-se levar em consideração que o volume das mamas após o implante de silicone se dará pelo conjunto não só da prótese, mas também pelo tamanho das mamas, proporções de altura, tórax, etc. Temos características indi-

viduais que em qualquer cirurgia elas vão fazer alguma interferência. O resultado tem que ser satisfatório para o paciente e isso só acontece quando ele entende qual vai ser o resultado obtido. Nos últimos anos, a procura por cirurgias plásticas cresceu muito, percebo que as pessoas às vezes pegam uma foto ou veem algum artista como referência e querem ficar iguais, mas, como já falei anteriormente, não é bem assim." Valorize a consulta médica Além disso, o Dr. Luis Chrysantho Neves ainda faz uma recomendação importante: valorize as con-

sultas medicas. "Todo paciente quer saber o valor do procedimento antes mesmo de ser avaliado. A cirurgia plástica é um procedimento médico que depende de uma consulta e de avaliação séria. Às vezes, a indicação de um colega é diferente da minha, por exemplo. Por isso, é importante fazer a consulta com o profissional adequado antes de decidir. O paciente deve sentir segurança ao escolher o médico que ela confia para realizar a cirurgia. É muito importante valorizar a consulta para derrubar falsas expectativas e garantir a realização e a felicidade do paciente no pós-operatório” completa.


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(22) 9985-02331 @salgado_gostoso

www.boulevardcampos.com.br @boulevardcampos

Fotos: Arquivos do colunista

Monumento Natural

A modelo campista e internacional, Pollyana Barreto, uma das nossas lindas Paparazzi atuando com sucesso em Dubai

Relevância ambiental reconhecida. A apenas cinco quilômetros da praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, está o Monumento Natural das Ilhas Cagarras, esse da foto, que agora faz parte do seleto grupo "Pontos de Esperança". São apenas 130 locais em todo o mundo que estão nessa lista. Para fazer parte, os ambientes precisam ter alta diversidade de espécies e importância ecológica e econômica. Mas também são lugares que precisam da atenção do poder público e da sociedade para se manterem conservados, porque apresentam risco ambiental se não forem alvos de ações de preservação.

No Brasil

Amigão e empresário de sucesso, Thiago Cantarino que inaugura neste mês a casa de carnes nobres de altíssimo padrão, a Corte Noble, no final da Pelinca

Notícia boa a gente compartilha com uma gelada, né? Agora o Grupo HEINEKEN vai distribuir a cerveja queridinha dos americanos, a @bluemoon.br no Brasil. Uma cerveja clara de trigo premiada, no estilo belga witbier, já amada por muita gente no mundo, se uniu ao super time de estrelas de cervejas artesanais, que também conta com as marcas @cervejabadenbaden, @lagunitasbeer e @eisenbahn. Que tal brindar essa novidade ? Beba com moderação, Proibido para menores de 18 anos, Se dirigir não beba.

O "poder" do café

E os benefícios do café geralmente estão associados à reposição de energia e até ao emagrecimento. Mas, e se o grão fosse usado para tratar a sua pele também? Rico em cafeína, polifenóis, e poderosos antixoxidantes (três vezes mais do que o popular chá verde), ele também ajuda no combate aos radicais livres quando é ingerido. Outras indicações? Olheiras. O café estimula a circulação local, ao aumentar o tônus das paredes dos vasos sanguíneos, descongestionando a região dos olhos. No couro cabeludo Ele tem ação anti-inflamatória e estimulante, agindo na queda do cabelo e auxiliando no crescimento para fios mais fortes. Mas cuidado com a borra de café muito utilizado em máscaras e em esfoliação caseira! Pessoas com pele sensível ou alérgicas não devem fazer pois podem causar irritação e até lesionar a pele! Por isso de preferência por produtos testados, sejam manipulados ou industrializados. Sempre com orientação do seu dermatologista! Esta pesquisa é real, testada em clínicas especializados no mundo inteiro.

Super querida Danielle Guimarães aniversariante da semana Foto: Ricardo Bueno

Produção milionária

Linda essa amiga especial! Rayssa Peixoto sempre de bem com a vida #paparazzi

Níver da semana, o amigão Felipe Garcia comemorando em família com os pais Eder e Magda

A série da Amazon de "O Senhor dos Anéis" custará em torno de US$ 465 milhões por temporada (NZD$ 650 milhões), quantia que quebra recordes de gasto de produção na televisão. A informação foi confirmada pelo Ministro de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Nova Zelândia, Stuart Nash. Para comparação, a série mais custosa até hoje, Game of Thrones da HBO, custou por volta de US$ 100 milhões por ano produzido. A Amazon fechou contrato em 2017 para adaptar a história de J.R.R. Tolkien para a televisão. O acordo diz que a empresa pode contar histórias da Segunda Era da Terra Média, incluindo momentos como a ascensão de Sauron e a forja dos Anéis de Poder. A série estreia em dezembro deste ano. Porém houveram alguns atrasos por conta da pandemia. Tô contando os segundos!!!

Energia solar

Cara top esse brow! Lucas Portela #paparazzi

Amigão! Gabriel Bensi #paparazzi Minha querida Rita Bicudo é pura Querido da vida! Afonso Oliveira luz por onde passa!

As principais características da energia solar são: Proveniente da energia luminosa do Sol, uma energia renovável, alternativa e sustentável, Não gera resíduos, sendo considerada uma energia limpa, Possui uma fonte de energia gratuita, tornando a energia gerada mais barata, Gera economia de até 95% na conta de luz, Possui uma vida útil de mais de 25 anos, com baixa necessidade de manutenção. Estas são as principais características da energia solar! O grande amigo Pedro Vasconcellos, engenheiro responsável e Gestor da @uniqsolar , parceirão do meu programa está esperando a sua visita para um orçamento gratuito. Seu bolso agradece, o meio ambiente também. A economia gira em torno de 97% no seu orçamento mensal.

Cozinhando com Você - Coisas de Boteco

Como todos vocês podem estar conferindo aos domingos, no meu programa, na tela da Terceira Via TV, nosso reality teve que dar uma pausa por conta da Pandemia e seguir as normas definidas pelo decreto municipal. Já estaremos de volta este mês e toda semana, apresento a você, cada participante e um pouquinho de suas história com o mundo das panelas. Fiquem atentos, logo mais o programa inédito às 14h, tem mais um participante presente e muitas dicas gastronômicas para o dia das mãos. Assista pela tv em Campos e toda Região ou pelas nossas redes sociais e App gratuitamente.

O parceiro que virou amigo está aqui! Felipe Inácio (Maquipan)

Níver da semana minha querida Vó Marilute Dumas festejando com a filha, minha Dinda do coração Patrícia Abdu

Meu mano Sandro Moura em seu raro momento de lazer com seu fiel escudeiro Soto Renascença

Camarada das antigas o Thiago Dutra

Chic e elegante! Elaine Emerick

Minha super querida Carol Acruche parceira #semfrecura Kkkkkkkk

Dupla da melhor qualidade, o casal Jú Siqueira e Léo Rangel Pessanha

Descomplicando o vinho

Você gostaria de acompanhar seus amigos na hora de beber os vinhos que eles amam, mas desiste por que não sabe degustar, não identifica aqueles aromas todos e, ao final, desiste por que não entende nada? Saiba que vinho não tem nada a ver com ostentação, elitismo ou exibicionismo. E que todo mundo pode aprender a beber e apreciar uma das bebidas mais antigas e emblemáticas criadas pelo homem consumida por reis e por pobres desde o começo das civilizações humanas. Os rituais em torno da degustação são responsáveis pela aura de elitismo que se criou em torno da bebida. O preço, que acredita-se ser mais alto do que de outros produtos, como a cerveja, também afasta muita gente. No entanto, não é necessário ser especialista em degustação para apreciar um vinho. Basta estar disposto a conhecer novas sensações, desfrutando o que a bebida tem de melhor. E olha que vinho nem é tão caro assim: há bons rótulos nacionais e importados a partir de R$38,00 E mais, os brasileiros estão bebendo cada vez mais vinho, isso está entrando em nossa cultura. Além de fazer bem à saúde, o vinho reúne as pessoas. Para beber e apreciar, basta começar! Passe na Vinho e Ponto Campos dos Goytacazes, na Rua Professor Faria, 40 ou (22) 99767-7695 e confira tudo isso que você está lendo é real!


Fotos: Álbum de família

Múltipla | Layse

Cardoso deixou seu nome escrito na história de Campos dos Goytacazes

Layse Cardoso As muitas faces de

A morte de uma das mulheres mais influentes de Campos nas últimas décadas reacende seu legado e memórias Ocinei Trindade O coração de Layse Cardoso parou de bater no último 24 de abril, mas suas memórias vivem e continuam pulsando. Mãe, advogada, pedagoga, professora, empresária, liderança em diferentes frentes sociais em Campos dos Goytacazes, ela completaria 90 anos no dia 18 de outubro. A mulher que nasceu em 1931 sempre esteve à frente de seu tempo. A inteligência, o carisma, o senso de humor e a língua afiada para debater conflitos e interesses humanos sempre marcaram sua trajetória. Seu importante legado é reconhecido e permanece. Nascida Layse Maria Quitete Gama, filha de Newton e Maria, ela passou a ser reconhecida pelo sobrenome Cardoso após se casar com o marido Sebastião. Foi seu sogro, Thiers Cardoso, figura influente na cidade de Campos, que a incentivou a cursar a Faculdade de Direito. Layse também cursou Pedagogia, foi professora dos mais importantes colégios públicos e particulares, além de docente em universidades. Dirigiu o Colégio Municipal 29 de Maio por um longo período. A educadora era exigente com os alunos e também com os filhos. Ao todo, ela deu à luz seis rebentos: Vera Lúcia, Valéria, Flávio Thiers, Adriana, Aline e Antonio Vitor que lhe regalaram seis netos e oito bisnetos. "Era muito rígida com educação, com os estudos dos filhos e netos", diz Vera Lúcia, a primogênita de Sebastião e Layse. Apesar do luto, Vera Lúcia Cardoso aceitou dar entrevista para falar sobre sua mãe. "Para mim, ela foi meu porto seguro, e também para minha filha e minha neta. Uma rainha", define. Vítima de um acidente vascular cerebral em 1998, Layse passou a ter limitações para se movimentar. Porém, não deixou de frequentar o teatro, al-

guns eventos sociais e familiares, de ir às compras, mas sobretudo de ler e se informar. Uma matéria de jornal não é o suficiente para falar da biografia de Layse Cardoso. Sendo assim, ela decidiu publicar um livro, "Layse de bem com a vida", com algumas crônicas que destacam experiências ao longo da existência. A jornalista Silvia Salgado ajudou na organização da obra. "Incentivei Layse a escrever algumas histórias que viveu. Ela, com muita dificuldade, por conta das suas limitações físicas, rabiscou alguns lances, me contou outros e eu as transformei em crônicas. O humor e a perspicácia estavam lá", recorda. Layse Cardoso influenciou muitos professores, pedagogos, advogados e jornalistas. Entre seus ex-alunos do Curso de Comunicação Social da antiga Fafic estão o ex-prefeito Sérgio Mendes, os jornalistas Fernando Leite, Mauro Silva, Ricardo André, Suzy Monteiro, Verônica Mattos, Sandra Khenayfes, Wallace Andrade, entre muitos outros. "Layse não veio ao mundo a passeio, mas para mudar comportamentos, provocar reflexões, resignificar o papel feminino numa Campos então tacanha e preconceituosa. Nos anos 1960 uma mulher trabalhar fora, cursar faculdade à noite, grávida, ter opinião, dar conta de uma família numerosa e ainda brilhar nas festas era improvável. Ela fez tudo isso com humor refinado, inteligência e coragem. Eu a vi ficar viúva com seis filhos, ser referência no magistério, virar empresária na marra, ocupar cargos importantes na sociedade civil. No auge, um derrame a tirou de cena. Mas Layse brigou bravamente contra as limitações impostas pela doença: passou a pintar telas, colocar no papel fatos interessantes que viraram crônicas, reunidas em um livro", diz Silvia Salgado.

Desencantos Layse Cardoso foi cogitada a se candidatar a cargos eleitorais nos anos 1980 após o processo de redemocratização do País. Foi filiada ao antigo PDS (atual Democratas). Ela se considerava de direita politicamente, mas dialogava com todas as ideologias partidárias. Foi contra o golpe militar de 1964, se considerava democrática e libertária. Mesmo aos 89 anos, não deixava de se informar sobre o Brasil, principalmente sobre o governo. Sobre o presidente Jair Bolsonaro, dizia: "Ele precisa estudar mais, urgentemente". Vera Lúcia Cardoso conta que a mãe se entristecia com os rumos do Brasil, e também com a cidade de Campos nos últimos anos. " Ela dizia que o Brasil não era mais o país que ela viveu na juventude como liceísta. Falava que a cidade estava perdida. Se sentia desencantada com a cidade, com o Rio de Janeiro", conta. Amor e humor Vera Lúcia lembra um pouco da história dos pais Sebastião e Layse. "Ele foi dentista, mas não gostava da profissão. Foi trabalhar com gado e agricultura. Aprendi a dirigir com meu pai em trator. Minha mãe ficou viúva em 1971. Ele infartou. Ela nunca mais quis se casar. Dizia `Deus me livre. Um outro homem não me aguentaria. Só meu marido me compreendia´. Eles dois eram um paixão que só. Ela nunca mais entrou no quarto que pertenceu ao casal", recorda. Layse Cardoso conseguia ser séria em assuntos que exigiam firmeza, mas o senso de humor nunca faltou, mesmo em situações desagradáveis. Vera Lucia lembra de um episódio na casa de praia em Atafona, no carnaval de 1989. Toda a família aguardava ansiosa pela transmissão dos desfiles

pela tevê, principalmente o da Beija Flor de Nilópolis, com o histórico enredo de Joãozinho Trinta, “Ratos e urubus, larguem minha fantasia”. De repente, dois policiais militares entraram na casa afirmando que receberam denúncia que o local seria esconderijo de drogas. "Minha mãe estava de camisola, mostrou a carteira da OAB. Ela disse que ali não havia nem consumo, nem esconderijo de drogas. Se tivesse que ter maconha, plantaria na fazenda. Sem mandado judicial, o policial insistiu em vistoriar a casa. Ela os repreendeu com um cinto e botou os dois para correrem. Ela conhecia o comandante do 8º BPM e resolveu o caso. Ficou frustrada de ter perdido o desfile pela televisão. Alguém conseguiu uma gravação e levou para ela. Rimos muito depois", diverte-se Vera. Outra filha, Valéria Cardoso, diz que se emociona com os elogios feitos à mãe. “Ela é admirada pela mulher linda, vibrante, inteligente, ousada. Rompeu barreiras. A vida sempre lhe correu fervente nas veias. Intensa na alegria e na dor. Merece cada palavra de respeito e admiração. A Layse mãe, essa não cabe em palavras. Transbordou-se, multiplicou-se, envolveu-nos num amor desmedido. Permitiu-nos viver com a certeza da sua proteção, do seu olhar atento, da sua força de leoa quando um filho precisava. Às mulheres da sua geração, antecipou-lhes possibilidades com as quais não ousavam sonhar. Aos seus alunos, ensinou-lhes lições para viver e para não esquecer. A nós, seus filhos, ensinou o amor maior que existe. E que todas as outras lições se originam dele”. Apesar da ausência física de Layse Cardoso, ela deve se manter presente por gerações. O coração parou, mas não a sua história.


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O ESTILO AMANDA COUTINHO DE SER @amandacoutinhor

DOMINGUEIRA Aos domingos, usamos pijama. Brincadeiras a parte, tenho andado cada vez mais buscando conforto e estilo quando o assunto é ficar em casa. Mais alguém ?!

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Fotos: Vilson Correa

Reviver...Reviver... Cadeiras levantadas, mesas vazias, copos no balcão e portas fechadas. Vamos reviver uma das casas noturnas mais tradicionais de Campos que, após 30 anos de sucesso absoluto, encerrou suas atividades. Na verdade, a chegada da pandemia, apenas acelerou o processo. A notícia pegou os campistas de surpresa. Uma quantidade expressiva deles se sentiram órfãos. Não foi nada fácil para Claudio Linhares, Miguel e Gugu Ramalho e Peri Ribeiro tomarem tal decisão. O tempo passa para tudo e para todos. É verdade! A história do Piccadilly se mistura com a boemia campista. Fatos importantes e decisivos no crescimento econômico de Campos deram início nas mesas do bar. O Piccadilly sintetiza bem essa ideia.

Um dos casais que começaram a namorar ali: Silvia Bussade e Glauco Braz

Peri Ribeiro emoldurado pelos funcionários que durante anos vestiram a camisa do lugar

candinhovasconcellos@gmail.com

Peri Ribeiro recepcionando Rosinha Garotinho e o ministro presidente do STF Luiz Fux

Foi nos tirada a oportunidade de despedirmos do Piccadilly. Ficamos órfãos. Nos resta saudade e boas lembranças. Os sócios, bem sucedidos, já conduziam outros negócios e enxergaram a necessidade de tirar o pé do acelerador. Comandar uma casa noturna requer dedicação “full time”. Em contrapartida, existiu um apelo dos assíduos clientes, no intuito de continuarem desfrutando as suas delícias. Aos olhos de muitos, o Piccadilly guarda inesquecíveis momentos e histórias que ficarão eternizados. Incontáveis casais alí se conheceram, namoraram e chegaram ao altar. Em sua vida útil chegou a contabilizar frequentadores em três gerações da mesma família e, como poucos, abrigou com maestria todas as faixas etárias em plena harmonia. Foi um local perfeito para reuniões de amigos, confraternizações empresariais, comemorações de diversas tribos, vernissages e até casamentos. Sua logística se adaptava facilmente às necessidades dos clientes. E assim o bar trilhou o sucesso.

Os sócios do Piccadilly: Gugu Ramalho, Cláudio Linhares, Miguel Ramalho e Peri Ribeiro

O Brasil é Tetra. Copa do Mundo de 1994

Quem não se lembra dos Encontros Universitários! Foram apresentados pelas eletrizantes Flavia Trindade e Isabela Bussade. Diversas equipes se espalhavam pelos ambientes a fim de responderem, em tempo recorde, perguntas de assuntos gerais. O bar fervilhava de gente. As quartas-feiras passaram a ser concorridíssimas e contavam com a participação efetiva do comércio local doando generosos brindes aos vencedores. Outra característica curiosa era assistir, com frequência, a pais deixarem seus filhos sob os olhos atentos dos proprietários, tal a segurança que o lugar lhes oferecia. Na verdade, o Piccadilly foi extensão de lares campistas.

O ator Reginaldo Faria

A colunista Hildegard Angel e Francis Boghossian

Carlos Alberto Kirmayr

Amauri Jr. e Edvar Jr.

A atriz Marjorie Andrade

No início da sua vida, o Piccadilly servia apenas pizza. Ainda ‘criança’, com apenas 5 anos de idade, os sócios viram a possibilidade de criar pratos à La Carte. Para realizar esse projeto, não pestanejaram em contratar o Mestre Jarrão, diretamente do famoso restaurante carioca Le Coin. Jarrão chegou e revolucionou a cozinha (treinou os funcionários). Foi confeccionado um cardápio que veio agradar em cheio à clientela. Desde então, o local tornou-se referência para os campistas recepcionarem amigos que chegavam de outras cidades e países. Paralelamente, os sócios inauguraram em tempos distintos, a Boate Circus, o Otaviano, a Usina, o Atafolia. Na ocasião do primeiro aniversário da boate, eles promoveram uma festa intitulada ‘Noite Borbulhante’. A festa borbulhou de fato a pista de dança, as taças de champagne, com presenças de convidados vip’s da sociedade carioca: a colunista de O Globo, Hildegard Angel e do marido Francis Boghossian, da locomotiva carioca, Consuelo Pereira de Almeida, da renomada arquiteta Anita Mantuano e do marido Vicente Mantuano (Sardinhas 88) e do cirurgião plástico Hawlson Raoult de Thuim.

Wellington Camargo, irmão de Zezé de Camargo e Luciano

O perfil de Luana Piovani

Os atores Felipe Camargo e Tatu Gabu Mendes com seus produtores

A ginasta Luiza Parente

O ator e diretor Roberto Bomtempo

Quando acontecia algum evento de qualquer natureza na cidade, o restaurante já se preparava para receber os participantes e convidados. Artistas que vinham se apresentar na cidade, seja em teatro seja em shows, eram convidados a prologarem a noite no Piccadilly. Sucesso inquestionável! Um fato curioso. Cientes traziam ideias a fim de incrementar o movimento. Assim nasceu o Clube do Wisky. Olhávamos para as prateleiras do bar e observávamos inúmeras garrafas (Red) etiquetadas com nomes dos seus donos. Mais uma iniciativa que deu muito certo.

Peri Ribeiro e o Mestre Jarrão

Mais tarde explode o Atafolia. Durante 10 anos, o carnaval privé reuniu a nata da sociedade campista nos ares de Atafona. A alegria predominava e contagiava os foliões. Fazia lembrar os carnavais de outrora promovidos pelo Atafona Praia Clube. Mulheres formavam grupos e produziam seus looks com muito capricho, diga-se de passagem. Os homens também se arrumavam. Chapéus, adereços, fantasias fantásticas.

Ilsan Viana e Miguel Falabela com sua produtora

A Usina. Não dá para esquecer! Durante 10 anos, grandes mestre da música subiram o palco e levaram o público ao delírio: Emerson Nogueira, Marcelo D2, Detonautas... Em média a bilheteria contabilizada 2000 jovens que só deixavam o local ao raiar o dia. A produção dos eventos fazia lembrar o Studio 54, em Nova York.

nou-se um hábito cada vez mais crescente dos campistas utilizar esses tipos de aplicativos. Vale registrar a cobrança por parte dos clientes que se utilizam do delivery: pontualidade e apresentação. Na pesquisa de satisfação o Piccadilly vem ganhando nota máxima.

Mesmo antes da pandemia ser decretada, o Piccadilly já funcionava com o sistema delivery. Com a crise instalada, tor-

E assim perdemos o berço da boa música que embalava noites e fazia os frequentadores lembrarem saudosos de momentos que

Laura Lima, Vanessa de Oliveira, George Fauci e o colunista Carlos Frederico

Um dos maiores cantores de Soul americano: JJ Jackson dando uma canja

Farith Mansur, Renato Moreira Ramos, Peri Ribeiro e Miguel Ramalho

A cantora e atriz Zezé Mota com sua equipe de produção

marcaram sua juventude. O imóvel que abriga o retrato de hoje representa um dos setores que mais sofreram com as restrições presenciais. Restaram fragrâncias de bem querer internalizadas em boas memórias. O Piccadilly bar retratou “a cara” de Campos: histórico, divertido e bem localizado. Conforta-nos saber que ele continuará produzindo ricas memórias para nossa cidade.


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Minha avó dizia: “Uma casinha onde você ri é melhor do que um castelo onde você chora.”

Fábio Paes concluiu com louvor mais uma meta na vida alcançando o topo do Kilimanjaro, o ponto mais alto da África. WEBINAR Aconteceu esta semana um Webinar muito bacana no Youtube da Federação das Entidades Líbano-Brasileiras do Rio de Janeiro e a Câmara de Comércio Líbano-Brasileira do Rio de Janeiro com o tema "Perspectivas sobre a nova realidade e a nova convivência na sociedade de hoje". Participaram o empresário campista Adel Abou Rejeili presidente da CCLB-Câmara de Comércio Líbano-brasileira do RJ; Dr. Alexandre Kalache Médico, mestrado em Medicina Social na Universidade de Londres e doutorado pela Universidade de Oxford; o presidente do Centro Internacional da Longevidade Brasil (ILC-Brazil) Dr. Alejandro Bitar, que é doutor em Filosofia e Cônsul Geral do Líbano no Rio de Janeiro; Dra. Cláudia Chueri Kodja Gestora de Investimentos, doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo – USP; professora Kátia Chalita educadora, escritora, mestrado em Língua Portuguesa pela PUC –RJ e presidente da Aliança Francesa do Rio de Janeiro. Apoio: Consulado Geral do Líbano no Rio de Janeiro. RAPIDINHAS l Nasceu esta semana uma princesinha linda que se chama Bella, para o casal Rodrigo Quitete e Ariadne Venturin. Os queridos padrinhos são Heloisinha Beshara e Charles Velasco. l Lalinha e Sílvio Paes aproveitando bastante a fazenda em Morro do côco, onde amam receber os amigos. Esta semana estiveram por lá Mônica Saramago e Fernando Ferreira Paes. l Karina Boeschenstein Ferreira e Milton Ferreira Jr. são adeptos de uma pedalada para manter a forma nesta pandemia. l Alexandre Kury Izar finalmente se entregou ao Instagram e tem conversado bastante com amigos de Campos e São Paulo. l Bia Vasconcelos tem estado por Campos com mais frequência para

Toda a beleza e charme de Mirella Bragança em Búzios

estar pertinho da mãe D.Elza. A nossa querida Sílvia Braz e suas filhas são as estrelas da campanha do Dia das Mães para o chiquérrimo shopping paulistano Cidade Jardim. l Flávia Bittencourt agora está usando franjas em seu novo corte de cabelo. Linda como sempre! l Maurício Pereira Nunes aniversariante do último domingo, ganhou todos os mimos a dois como, por exemplo, um almoço especial da sua amada Laurinha Pereira Pinto em Atafoninha, o lugar que mais gosta. . l Célia Cristina Gazineu organizou tudo em família para comemorar os 70 anos do seu amado Sérgio Linhares com direito a bolo e parabéns.

A bonita Marcella Manhães curtindo Búzios

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NIVER Os parabéns de hoje vão para Karine Monteiro, Carla Touguinhó, Silvana Duncan, Mariza Dulce, Rogerio Crid Crid, Paula Corrêa, Angélica Menezes e Sidinho Ramos. Amanhã para Edgard Coelho dos Santos Filho, Kíssila Santos, Babi Borges, Alda Vidal e Fatima Marchi Mendonça. Terça-feira para , Abdon Luiz Nanhay, Grace Vignate, Bruno Armond, Rosemery Felix e Lucia Maria Assed. Quarta-feira para Maria Teresa Simões, Marilene Neves, Binho Dutra, Elizabeth Corrêa Barreto, Heitor Mendonça, Inês Freitas, Vinícius Monteiro Viana, Michela Sepulveda, Teresa Cristina Vaqueira, Socorro Siqueira, Mônica Gonçalves, Nedilson Mendonça, Marcos Zumbi e Clícia Duarte. Quinta-feira para Valéria Jana, Glauco Torres Grayn, Marcus Gomes Lopes, Edilande Rodgero e Carla Boroto. Sexta-feira para Dr. Antônio Sampaio Peres, Marcelo Oliveira, Wilson Cabral, Eliana Barreto, Cláudio Artiles. Sábado para Dario Marinho Teixeira, Carla Monteiro Paes, Ramiro Silos, Mírian Gosain. Ângelo Vinícius,Patrícia Freitas, Ana Fonseca e Jomar Barcellos. Da coluna os votos de muita saúde e felicidades para todos.

Festejando Paulo Vitor: Vitor Cortes e Patrícia Zaia com seus tesouros Paulo Vitor e Valentina Praia do Forte: Mirza e Wady Kury, com os netos Leo e Bia, comemorando o niver do filhão Paolo Kury na Bahia

Jorge Luciano Jacyntho continua firme no pedal Mãe e filha lindas: Walesca e Victória Calil que comemorou seus 18 anos

Ana Luiza Silva e Joanna Monteiro brindando Carla Monteiro Paes aniversariante do próximo sábado

Guilherme Barbosa Freire e Thalita Viana curtindo o 1º Aniversário da boneca Antônia

A nossa conterrânea Maria Eleonora Chagas festejando o niver com a família no Belmond Copacabana Palace: sua mãe Marô Chagas, Sara Chagas, o filho As primas comemorando os 3 Joaquim Chagas e Vânia Chagas. Todas meses de Isabela: a mamãe Diana O lindo perfil de Marina Siqueira Glória, Lara Martini e Luiza Siqueira linda de fato!



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@rodrigovianarodrigoviana

Andamos no Porsche Panamera 4 E-Hybrid

Na gasolina ou na eletricidade, este Porsche é pura eficiência!

Rodrigo Viana

Testamos a primeira geração do Porsche Panamera híbrido que chegou ao país e o segundo modelo híbrido da Porsche no Brasil, que já estava trazendo o seu Cayenne com esta tecnologia. O Panamera é um híbrido do tipo plug-in, ou seja, além de ter as baterias do motor elétrico reabastecidas pelo motor à combustão, à gasolina, ou nas frenagens e desacelerações, é possível recarregá-las também direto na rede de energia elétrica. O seu design não esconde as origens baseadas nos tradicionais e icônicos modelos esportivos da marca, o 911, porém com linhas muito mais avantajadas: mais comprido, mais largo, mais pesado e com porta-malas maior. Pois, apesar do DNA esportivo, trata-se de um sedan de luxo, com 4 portas, confortável e destinado para 4 pessoas para uso familiar ou executivo, com generoso espaço e requinte no banco traseiro, constando com poltronas individuais, assim como o ar condicionado.

Requinte e refinamento são marcas registradas da Porsche

Devido ao design esportivo, o carro não aparenta ter mais de 5 metros de comprimento Na tela é possivel regular o modo de condução, altura do carro, calibração dos amortecedores, aerofólio, ronco do escapamento

Conforto e espaço para os dois ocupantes do banco traseiro

Unidade motriz e câmbio

Esta versão, Panamera 4, vem com um motor dianteiro à combustão, V6, 2.9 l, biturbo, de 330 cavalos de potência alcançados de 5.250 a 6.500 rpm e 45,9 kgfm de torque alcançado de 1.750 a 5.000 rpm, associado a um motor elétrico de 136 cavalos de potência a 2.800 rpm e 40,6 kgfm de torque de 100 a 2.300 rpm. Juntos, eles fornecem 462 cavalos de potência a 6.000 rpm e 71,4 kgfm de torque de 1.100 a 4.500 rpm. Isso é necessário para o bólido de 5,05 metros e 2.170 kg alcançar os 100 km/h em míseros 4,6 segundos e atingir 278 km/h de velocidade máxima. Aliado ao conjunto motriz, vem uma caixa de transmissão PDK, automatizada sequencial com dupla embreagem, possuindo 8 marchas à frente, podendo ser passada automática ou manualmente através do próprio câmbio no console ou por intermédio do paddle shift, àquelas duas abas atrás do volante, e a tração integral nas 4 rodas, com a distribuição de potência entre elas variando em 10%, entre 80% nas rodas traseiras e 20% nas rodas dianteiras.

Modos de condução

O Panamera híbrido, como nos modelos 911, traz um botão circular no volante que tem como função alternar pelos modos de condução (mais opções do que nos 911 apenas à combustão). Inclusive a variação no consumo do carro está mais voltada ao modo de condução selecionado do que à maneira de se dirigir o veículo. Para entendê-los, vamos a cada um destes modos de condução: E-Power, Hybrid Auto, E-Hold, E-Charge, Sport e Sport Plus. No E-Power, usa-se o motor elétrico em tempo integral, independente se você estiver transitando em baixa ou alta velocidade. A rapidez de resposta do motor elétrico impressiona, ainda mais quando se trata de um carro que pesa mais de duas toneladas. O carro quase não faz barulho, pois o escapamento e o motor à combustão neste modo de condução ficam adormecidos, assim não há emissão de poluentes e nem o consumo de uma gota de gasolina. Também neste modo de condução, o carro alcança uma autonomia que vai de 25 a até 50 km e pode chegar à velocidade máxima de 140 km/h. Para alimentá-lo, há um pacote de baterias de lítio de 14 kW/h e 130 kg, fornecida pela Samsung, instalado abaixo do porta-malas. No Hybrid Auto, é a condução normal de um carro híbrido, quando os dois motores são utilizados, o à combustão e o à eletricidade, alcançando ro-

Andreas Marquardt, Presidente da Porsche do Brasil

Rodrigo Soares, Gerente de Comunicação e Imprensa da Porsche do Brasil

tações de 1.400 a 1.800 rpm indicadas no conta-giros (que fica bem ao centro do painel de instrumentos seguindo a tradição da Porsche nos seus modelos) quando o motor à combustão estiver em funcionamento, quando for o motor elétrico que estiver operando, o conta-giros é desativado. Nesta posição do botão seletor, o motor à combustão pode ligar dependendo de algumas situações, como maior pressão no pedal do acelerador, maior velocidade, inclinação do piso e quando as baterias do motor elétrico estiverem com pouca carga, mas a prioridade para a movimentação do carro é do motor elétrico. No E-Hold, função dentro do modo Hybrid Auto, o carro mantém o motor elétrico desativado para poupar energia, é sugerido que se use esta função quando se exige mais força do carro, quando a pressão no pedal do acelerador for maior, como nas estradas, por exemplo. No E-Charge, a outra função dentro do modo Hybrid Auto, o motor à combustão é acelerado para a recarga mais rápida das baterias do motor elétrico, é como fosse um gerador em tempo integral, porém nesta função, o consumo de gasolina também aumenta. No Sport, os dois motores trabalham juntos para a entrega da sua força, disponibilizando todo o seu torque e potência, muda o regime da troca de marchas, a altura da suspensão a ar, o enrijecimento dos amortecedores, a firmeza e a relação da direção que fica mais direta, a distribuição da força de tração entre os eixos, a posição do aerofólio e o som do escapamento. Ou seja, o câmbio nem precisou de um modo Sport próprio. No Sport Plus, o carro fica ainda mais apimentado e arisco com as mudanças nos itens já alterados no modo Sport. Demonstrando nesta opção a sua vocação para a pista, aonde a tradição da marca é forte. Há a possibilidade também de manusear a maioria das alterações citadas no modo Sport e Sport Plus de forma individual através da tela digital central que é intuitiva e touch screen, ou seja, sensível ao toque, onde se pode optar

por uma configuração pessoal, de acordo com o gosto do motorista. Há ainda o botão Sport Response, que quando é acionado, fornece uma força extra durante 20 segundos, através do aumento da pressão dos turbos, o overboost, extraindo todo o torque e potência do motor à combustão associado ao motor elétrico, muito útil para uma retomada ou ultrapassagem rápida. O carro conta ainda com o assistente de controle de largada, o launch control, que monitora a aceleração para não haver perda de tração numa arrancada forte.

Carregamento das baterias

As baterias do motor elétrico podem ser sempre carregadas no modo E-Charge, Sport e Sport Plus. Reaproveitando muito, além da energia gerada pelo motor à combustão nestes modos de condução, da energia gerada das frenagens e desacelerações, demonstrada no painel do carro. Outra forma de recarregar as baterias é através de um carregador interno de 3,6 kW que vem junto com o carro e pode ser plugado em uma tomada doméstica. O tempo para recarga varia entre quatro a oito horas em uma tomada convencional de 220V e 20 amperes. O aparelho permite decidir a velocidade desta recarga, o horário que será feita e quando deverá se desligar. A Porsche também disponibiliza opcionalmente um carregador rápido com uma tomada industrial de cinco pinos e 7,2 kWh, que é capaz de recarregar o Panamera por completo em apenas duas horas.

Sensação ao dirigir

A baixa velocidade, como no trânsito urbano, por exemplo, o rodar do carro é muito silencioso e suave, mesmo com o grande peso do carro, a suspensão macia absorve bem o piso. O motor elétrico apresenta a força suficiente para um deslocamento eficiente do veículo neste modo de condução. O carro, comprido e largo, chama a atenção por onde quer que se passe. Porém, quando se resolve pisar fundo e mudar o modo de condução de E-Power para Sport, pronto, o

O Panamera parece o modelo 911 alongado carro se transforma, você sente o carro mais firme, a direção mais precisa, dar a sensação de que o carro está rebaixado e, realmente ele fica mais baixo, o ronco do motor começa a soar forte do escapamento com quatro saídas e basta uma pisada um pouco mais forte no acelerador para você sentir o seu corpo grudar na poltrona no momento em que o carro dar um salto à frente e começa a ganhar velocidade de forma muito rápida. É puro prazer e divertimento!

Versões e preços

Dias atrás, a Porsche do Brasil começou a disponibilizar a nova linha 2021 dos modelos Panamera com pouquíssimas alterações estéticas e com alguns aprimoramentos tecnológicos. Além de uma versão do modelo Turismo (carroceria sw), a marca trás três versões do modelo tradicional (carroceria sedan), todos com a tecnologia híbrida. Os sedans são: Panamera 4 E-Hybrid, Panamera 4S E-Hybrid e Panamera Turbo S E-Hybrid. O Panamera 4 E-Hybrid é a versão de

entrada, foi a qual testamos, ela está vindo com a força combinada entre os dois motores (um à combustão e o outro à eletricidade) de 462 cv de potência e 71,4 kgfm de torque. O seu preço parte de R$ 604.582,00. O Panamera 4S E-Hybrid é a versão intermediária, ela tem a força combinada entre os dois motores de 560 cv de potência e 76,5 kgfm de torque. O seu preço parte de R$ 704.582,00. O Panamera Turbo S E-Hybrid é a versão top de linha, a sua força combinada rende 700 cv de potência e 88,7 kgfm de torque. O seu preço parte de R$ 1.109.000,00. Estes preços foram colhidos na última semana de abril deste ano e estes modelos foram beneficiados pela alíquota de importação mais baixa para carros híbridos, que de 35% incidentes para carros à combustão pode ser isento ou chegar até a 7% nesses tipos de carro, de acordo com a descrição do destaque-tarifário, dependendo da eficiência energética do veículo e agregação de valor no país.

Especificações Técnicas

UNIDADE MOTRIZ Motor à combustão – dianteiro, longitudinal, 6 cilindros em V, 24 válvulas, 2.894 cm³ (2.9 l), biturbo, injeção direta de gasolina, com 330 cv de potência de 5.250 a 6.500 rpm e 45,9 kgfm de torque de 1.750 a 5.000 rpm. Motor elétrico – acoplado ao motor à combustão com conjunto de baterias de lítios de 14 kW/h e 130 kg armazenadas abaixo do porta-malas. Fornece 136 cv de potência a 2.800 rpm e 40,6 kgfm de torque de 100 a 2.300 rpm. Os dois motores trabalhando juntos fornecem 462 cv de potência máxima a 6.000 rpm e 71,4 kgfm de torque máximo de 1.100 a 4.500 rpm.

pneus 275/35 ZR21. Traseiras – Aro 21 em liga leve com pneus 315/30 ZR21.

TRANSMISSÃO Câmbio PDK automatizado sequencial de dupla embreagem de 8 marchas com paddle shift, tração integral nas 4 rodas.

CAPACIDADES Tanque de combustível: 80 litros. Porta-malas: 405 litros.

SUSPENSÃO Dianteira – McPherson independente com braços duplos, a ar com regulagem eletrônica. Traseira – independente multilink, a ar com regulagem eletrônica. RODAS Dianteiras – Aro 21 em liga leve com

FREIOS Dianteiros – discos ventilados com ABS / EBD. Traseiros – discos ventilados com ABS / EBD. PESO 2.170 kg em ordem de marcha. DIMENSÕES Comprimento: 5.049 mm. Largura: 1.937 mm. Altura: 1.423 mm. Entre-eixos: 2.950 mm.

VELOCIDADE MÁXIMA 278 km/h. ACELERAÇÃO 0 a 100 km/h: 4,6 segundos CONSUMO Cidade: 19,2 km/l* Estrada: 21,3 km/l* *Fonte: Inmetro, na condição Hybrid Auto.


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02 A 08 DE MAIO DE 2021

OBRA-PRIMA

GENTE BACANA QUE É BOM VER POR AÍ LÁ DE CIMA

Se vivo estivesse, o querido e saudoso publicitário Guto Leite, falecido em 2020 afogado no mar de Barra do Furado, iria estrear de avô, um dos seus sonhos em vida. Sua filha Lysandra, fruto de seu casamento com Edenice Rinaldi, está grávida junto do marido Victor Azevedo. Guto sempre foi um profissional de alta qualidade, um ser humano inesquecível e um super orgulhoso dos filhos, que, além de Lysandra, tem o Thiago e o Noah, este último do seu casamento com Bárbara Gazineu, com quem viveu os últimos anos neste mundo. E o Goytacaz Futebol Clube, hein, gente! Com o projeto de Lei N° 0053/2021, agora tem o seu Estádio Ary de Oliveira e Souza, o querido Aryzão, reconhecido pela Câmara Municipal de Campos como patrimônio histórico do município, não podendo ser demolido futuramente. O estádio da Rua do Gás foi inaugurado em 9 de janeiro de 1938, tem capacidade para 15.000 pessoas e a sua primeira participação em um Campeonato Carioca foi em 1975. Com essa iniciativa da nossa Câmara Municipal, o Goytacaz já pensa em transformar o estádio em atração turística de Campos. E a primeira ideia do atual presidente D'artagnan é colocar esculturas em bronze de alguns ídolos do clube na entrada do estádio. O ator global Tonico Pereira (foto) e os craques Amarildo e Edevaldo Sarará podem ser os primeiros a receber a homenagem. Tonico é uma espécie de torcedor símbolo e já é, inclusive, nome de uma parte da arquibancada do estádio. Amarildo e Edevaldo são crias do Goytacaz que disputaram Copas do Mundo.

TRISTE

Notícias da semana que entristeceram a coluna. Lá se foi Layse Gama Cardoso, uma mestra da vida, grande dama da sociedade, ex-colunista social, professora, advogada, empresária, super mãe, avó, amiga dos amigos... que deixa uma história de vida linda e marcante para a gente lembrar, contar e perpetuar, além de uma família bacana pra gente conviver. Inesquecível Layse! Que Deus a tenha em lindo lugar. À família, o pesar da coluna. Também esta semana se foi para um outro mundo Elmo Siqueira, figura querida e gentil, fácil de se ver trabalhando pela gerência das Drogarias Isalvo Lima, empresa comandada pela família, a querida Maria Helena Patrão, uma gentileza e amabilidade em pessoa, que foi mais uma vítima desta doença terrível que assola o mundo, a Covid19. A coluna sente muito e envia o abraço apertado neste momento dolorido.

MOMENTO ESPECIAL

Bacana o trabalho da Santa Casa de Valença, que criou prontuário afetivo para pacientes com Covid-19. A campanha atende todos os 40 pacientes do setor de isolamento e UTI da instituição. A casa de saúde pensando no bem-estar e no cuidado com os seus pacientes e o serviço de psicologia criou a campanha Prontuário Afetivo. Em vez de medicamentos e prescrições de saúde, a ficha contém, por exemplo, coisas que os pacientes gostam, sua profissão e desejos. A iniciativa atende todos os 40 pacientes do setor de isolamento e UTI da instituição. O objetivo é aproximar a equipe médica daqueles que estão lutando contra o coronavírus. As informações são dadas pelos próprios pacientes e aqueles que estão intubados ou sedados contam com ajuda da família e amigos por ligação. Para Noemi Brito, psicóloga do hospital, a função da campanha é recolocar a identidade da pessoa que está sendo cuidada: "Quando uma pessoa se interna na UTI, perde parte da sua identidade, não leva nada consigo, além da própria roupa. O importante é resgatar a identidade dessa pessoa, sabendo que aquele paciente tem família, profissão, desejos e prazeres", afirma.

A aniversariante Helena Dias Tinoco Bousquet sob toda a boa energia da mãe natureza.

VIVA ELA!

AS ÁGUAS VÃO ROLAR

Foi instaurada na Câmara dos Vereadores de Campos uma CPI para investigar a situação dos serviços de água e esgoto no município. Na mira está a concessionária Águas do Paraíba, que tem uma lista fortalecida de reclamações vinda dos consumidores. Alegam que a empresa cobra uma alta tarifa nas contas para devolver em serviço precário que desagrada a população.

Da nossa melhor e jovem sociedade, o médico Ivan Salgado de Azevedo, tão elegante, educado, inteligente quanto profissional que faz a diferença. Os 60, bem chegados, anos de Rita Pinto, vão ficar para a história da cidade. Comemorou a data cheia de vida, saúde e alegria, além de muita gratidão e estilo. Seu cenário comemorativo foi o Centro da cidade, reunindo alguns poucos amigos e família em plena Praça São Salvador.

GRAÇAS

Depois de quase duas semanas internado, o fotógrafo e maquiador Binho Dutra deixou esta semana o Centro de Controle e Combate ao Coronavírus, e muito bem, obrigado! Ele rendeu elogios ao tratamento de profissionais da saúde que lá dentro usam do amor ao próximo para tornar os dias de angústia menos tensos. Também sai recomendando a todos que se cuidem, pois sentiu na própria pele o quanto essa doença é terrível e traiçoeira.

CHEF

Rita é uma mulher do povo e que ama gente, se identificou com o mundo virtual, virou Youtuber, grava vídeos, fotos e faz transmissão ao vivo para mostrar o seu amor e a suas críticas à cidade, de forma consciente, bacana e muitas vezes divertida.

Enquanto houver sol, Carmem Pires vive assim, a brindar a vida da melhor forma.

O que poucos sabem é que o vereador Raphael de Thuin é um craque em produzir risotos que suprem os pratos de muitos de seus convidados e ganha aplausos de quem prova. Na semana passada, recebeu em sua casa, ao lado da mulher Roberta, três amigos para um risoto de camarão que fez feliz aos presentes. O segredo é que quando entra na cozinha já cumpre o seu ritual: uma taça de um bom vinho ao alcance das mãos e uma seleção musical impecável que completa a alquimia gastronômica.

De forma "sui generis", saiu pelas ruas sobre um caminhão de som, cantou parabéns com bolo em plena praça, orou pela cidade e pediu a São Salvador bênçãos pelo seu dia e pela vida.

MUNDO CRUEL

E a guerra no mundo não cessa e cada país usa sua força brutal tanto para mover ou para proteger o seu povo. Triste demais as 44 pessoas que morreram e mais de 100 que ficaram feridas durante um evento religioso em Jerusalém esta semana, onde cerca de 100 mil pessoas se reuniram na Festa da Colheita, evento importante da tradição judaica.


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