Mulher Potiguar - PSDB

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A FORÇA DA MULHER POTIGUAR O partido elegeu 8 prefeitas, 7 vice-prefeitas e 62 vereadoras. Para 2022 a prioridade é valorizar a participação feminina na política


Editorial | Sumário

Mulheres representam 52% do eleitorado brasileiro

APP PréVIAS Pag 13

Dados estatísticos da Justiça Eleitoral mostram que 52% do eleitorado brasileiro é formado por mulheres, somando 77.076.395 até fevereiro deste ano. A maioria, que representa 18.710.832 mulheres, está na faixa etária de 45 a 49 anos. Em seguida,

Legislativo Pag 26

aparecem as mulheres de 25 a 34 anos, que somam 16.241.206. Já em terceiro lugar aparece a faixa etária de 34 a 44 anos, somando 15.755.020 eleitoras. Os números mostram que essas mulheres estão em plenas condições de exercer a soberania popular prevista na Constituição Federal de 1988, que define a possibilidade de votar e se candidatar nas eleições como um valor igual para todos.

Nísia Floresta Pag 23

No entanto, os dados estatísticos também mostram que o número de candidatas mulheres é desproporcional ao número de mulheres politicamente ativas no país, ou seja, aptas a votar e a serem votadas. Uma das saídas para solucionar esse desequilíbrio na disputa seria os partidos assegurarem que homens e mulheres disputassem eleições com igualdade efetiva de chances. Para tanto, é necessário que

TSE Pag 12

as legendas incentivem as mulheres a se candidatar e também invistam em suas candidaturas, oferecendo verbas para campanha, tempo de propaganda no rádio e na televisão, entre outras garantias de espaço

diversidade Pag 22

dentro das agremiações. Assim faz o PSDB.

Expediente Presidente do PSDB/RN – Deputado Ezequiel Ferreira de Souza Presidente do Secretariado das Mulheres Potiguares – Larissa Rosado Prefeitas: Areia Branca: Iraneide Rebouças

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Coronel João Pessoa: Fátima Pachica Grossos: Cinthia Sonale Ielmo Marinho: Rossane Patriota Lagoa de Velhos: Sonyara Ribeiro Olho D’Água do Borges: Maria Helena Pedro Velho: Dejerlane Macedo Tibau: Lidiane Marques

Vice-prefeitas Alexandria: Rosângela Nunes Coronel Ezequiel: Irma Dias Jaçanã: Riane Guedes Jardim do Seridó: Dra. Aninha Vilar Nísia Floresta: Marize Leite São Bento do Trairi: Juliana Dantas Produção e editoração RN Editora


Ezequiel Ferreira de Souza Presidente Estadual do Psdb Potiguar

PSDB tem lugar para as mulheres e vamos fortalecer nossa representação O PSDB no Rio Grande do Norte saiu das urnas como o partido mais votado. Elegemos 31 prefeitos, 25 vice-prefeitos e 244 vereadores. Gestões tucanas administram a maior fatia do PIB local e trabalham para atender diretamente 1.314.104 dos cidadãos potiguares, ou seja, mais de 30% da população do Estado. O bom resultado é fruto de uma campanha responsável, equilibrada, afastada das promessas populistas e focada naquilo que realmente interessa: melhorar a vida das pessoas. Desse resultado, é parte essencial o desempenho das nossas tucanas. No Rio Grande do Norte, 17 mulheres estão como prefeitas e vice-prefeitas em todas as regiões do Estado. Também ocupam mais de 60 cadeiras em Câmaras Municipais, sendo sete mulheres como chefes dos Poderes Legislativos locais. Muito nos orgulha a reeleição das prefeitas Iraneide Rebouças (Areia Branca), Maria Helena (Oho D’Água do Borges), Dejerlane Macedo (Pedro Velho) e Sonyara Ribeiro (Lagoa de Velhos), prefeita mais jovem com 29 anos e também a maior vitória proporcional feminina pelo nosso partido, com 62,91% dos votos. Temos avanços em cidades importantes com Rossane Patriota em Ielmo Marinho na região Metropolitana, Cinthia Sonale de Grossos, Lidiane Marques de Tibau na Costa Branca e Fátima de Pachica em Coronel João Pessoa, no Alto Oeste Potiguar – apenas para citar algumas. Essa diversidade nos dá a certeza de que continuaremos, sim, buscando o que há de melhor em cada canto desse Estado, para gerar desenvolvimento com justiça social. Outro ponto que merece destaque é o trabalho inovador do PSDB-Mulher, que ajuda no desempenho eleitoral e da gestão das nossas tucanas. A presidente da União dos Vereadores e Vereadoras do Rio Grande

do Norte (UVERN), Larissa Rosado, que foi deputada em vários mandatos e hoje defende a luta das mulheres na Câmara de Mossoró, tem percorrido os municípios e lutado a favor do crescimento das mulheres, como presidente do PSDB Mulher RN. Queremos ainda destacar a luta da ex-presidente da Câmara Municipal, Irmã Lila, única índia candidata a prefeita pelo PSDB e que conquistou 6.064 votos. E agora vai mobilizar o Tucanafro Potiguar, núcleo do partido em combate ao racismo, melhorando as condições políticas, econômicas e sociais dos negros, pardos e índios. A vice-prefeita Riane Guedes (Jaçanã) também merece destaque na Diversidade Tucana, que aqui no Rio Grande do Norte vai lutar pelos interesses das causas LGBTQ+. Para além do resultado das urnas, outras conquistas como partido também foram importantes. Uma delas os desafios atuais que a pandemia da Covid-19 trouxe aos gestores públicos e para as mulheres que estão à frente das prefeituras. O PSDB se sente muito orgulhoso de dar espaço para as mulheres e te m pessoas com qualificação e competência. A pandemia é um momento difícil para a humanidade. Ninguém poderia imaginar, é um desafio imenso. Gerações de políticos não tiveram a oportunidade de lidar com algo inédito, que exige demais de nós gestores. O PSDB Potiguar vai lutar em 2022 para ampliação da participação de todos e todas na vida pública e partidária. Vamos juntos e juntas criar oportunidades e bandeiras para inserir a mulher e fortalecer nossa representação na Assembleia Legislativa e também na Câmara dos Deputados. Ezequiel Ferreira de Souza é atualmente presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e do PSDB RN.

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entrevista | Larissa Rosado

“Vamos fortalecer a participação feminina nos espaços de poder”

LARISSA ROSADO Vereadora de Mossoró e presidenta do PSDB Mulher do RN

Natural de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Larissa Daniela da Escóssia Rosado tem 47 anos. Formada em Administração de Empresas, mãe de três filhos, casada, sua vocação para a política começou muito cedo, quando, em 1992, com apenas 18 anos, foi presidenta do PMDB Jovem de Mossoró, condição na qual permaneceu até 1998. Larissa Rosado foi eleita deputada estadual pelo RN por quatro mandatos, sendo o primeiro aos 28 anos. Como deputada, foi a primeira mulher a ser presidente da Assembleia Legislativa e participou das mais importantes comissões da Casa Legislativa. Também foi secretária de Agricultura do Estado. Hoje, vereadora de Mossoró, Larissa é também presidente do PSDB Mulher Estadual e presidente da União de Vereadores do Rio Grande do Norte (Uvern). Sempre defendeu a mulher, seu espaço no mercado, sua proteção contra a violência, sua participação nas lutas sociais como protagonista na construção da tão sonhada igualdade.

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entrevista | Larissa Rosado

Quantas prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras tem atualmente o PSDB e qual a expectativa para as próximas eleições? O PSDB no Rio Grande Do Norte ampliou a quantidade de mulheres com mandato. Hoje temos 8 prefeitas, 8 vice-prefeitas e 62 vereadoras. Um número expressivo se compararmos com outros partidos. O que não significa que achamos o ideal, pois defendemos a ampliação dos espaços e mais mulheres com mandatos. Para as próximas eleições, o partido nacionalmente tem estimulado bastante a inclusão de candidaturas femininas, promovendo qualificações e discutindo formas de ampliar os espaços. Em nível de estado, estamos dialogando com possíveis candidatas a deputada com intuito de fortalecer a participação feminina nos espaços de poder. Qual a importância das mulheres participarem da política e conquistarem mandatos? Nós já sofremos muito com a ausência de políticas públicas para às mulheres em todos os governos. A ocupação dos espaços políticos pelas mulheres fará com que esse déficit seja reduzido, visto que, ninguém melhor do que quem sofre na pele a ausência dessas políticas, o preconceito, a violência, para criar leis que beneficiem de verdade a todos nós. Ainda existe discriminação quanto a participação das mulheres na política? Apesar dos avanços ainda existe sim e isso pode se tornar uma barreira para muitas e fazer com que desistam da vida pública. Alterações legislativas foram realizadas devido a preocupação do Estado brasileiro com a promoção das mulheres na política, como a instituição de cotas e garantia de parte do fundo partidário para financiar a qualificação das mulheres e do fundo eleitoral para garantir o mínimo de recursos para campanhas femininas. Embora alguns instrumentos legais tenham sido criados, o Brasil ainda ocupa a posição 142º, tendo 193 de mulheres na política. De acordo com dados da Inter Parliamentary, a previsão é que em 56 anos conseguiremos a paridade no legislativo municipal e em 300 anos nas prefeituras do nosso país. Como o PSDB encara a candidatura de mulheres a cargos eletivos?

Olha, o PSDB é um partido muito democrático, a gente pode observar isso a partir das prévias partidárias. Qual partido faz isso? Uma discussão dentro da sigla para escolher o nome que concorrerá à Presidência? Com relação às mulheres, nós temos tido muito espaço para levar a nossa voz, nossas pautas. Inclusive, estivemos com um dos presidenciáveis, entregando a pauta das mulheres. Estaremos com o outro. Nós sentimos muita liberdade dentro do partido. É claro que o PSDB tem que seguir a ordem do jogo eleitoral, segue o que é determinado pela Justiça Eleitoral, mas, pessoalmente, temos encontrado muita abertura para discutir as pautas femininas. O PSDB tem um olhar especial para as mulheres na hora de governar ou legislar? Sim. Como mulher repito constantemente que no nosso exercício diário da política precisamos e não podemos esquecer que somos mulheres permanentemente em luta . Temos que olhar para as questões da sociedade como um todo, mas não podemos nos afastar das pautas femininas. Temos que lutar e legislar para que tenhamos instrumentos contra a violência que a mulher sofre, acesso à saúde , ao mercado de trabalho, à educação e tudo o que precisamos para vivermos e sermos respeitadas. Com relação a governos estaduais e municipais do partido, devo reconhecer o esforço dos governadores e prefeitos para garantirem políticas públicas que constam da pauta feminina. Que tipo de ações o PSDB Mulher tem realizado para incentivar mulheres a ingressarem ou permanecerem na política? Mesmo durante o período mais severo da pandemia, o secretariado nacional se manteve ativo e promovendo encontros virtuais de discussão e de formação. O PSDB mulher estadual retoma agora os seus encontros de qualificação e debates. A união das mulheres e homens sensíveis à causa é muito importante para a ampliação de espaços e presença feminina na política.

“o Brasil ainda ocupa a posição 142º, tendo 193 de mulheres na política” PSDB Mulher Potiguar 5


Yeda Crusius

Presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB

Política é Trabalho de Mulher Desde que criado na Convenção Nacional do PSDB em 1998, com trabalho ininterrupto há 22 anos e registrado com essa marca no próprio partido desde maio de 1999, o Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, as tucanas ganharam voz e voto na Comissão Executiva Nacional. Ganhamos também, através da Lei dos Partidos Políticos, direito a 5% do Fundo Partidário. O esforço tem sido para ampliar essas conquistas nas esferas além da nacional, estadual e municipal. A igualdade entre mulheres e homens nos colegiados de decisão e a democratização interna a partir dos denominados Segmentos Partidários, avança com a nossa Carta Compromisso do PSDB-Mulher, enviada para todas as lideranças partidárias neste 2021. Seguimos a tendência mundial de buscar, como em outros setores - empresas e organizações da sociedade, a Paridade de Gênero (50/50) nos quadros internos do partido. A formação política para as mulheres tem sido permanente e qualitativamente transformadora. Temos tido também um “trabalho de formiguinha”, que começa na base, estimulando as tucanas a fazer política na vida cotidiana, com o engajamento de candidaturas de lideranças e simpatizantes nos movimentos femininos, qualificando e incentivando a participação das filiadas, lideranças e simpatizantes em Conselhos, Sindicatos e Movimento de Mulheres nas comunidades. É fundamental fortalecer as mulheres com

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potencial, principalmente as que foram candidatas em 2018 e 2020 e não foram eleitas, estimulando as militantes a apoiarem candidaturas femininas, inclusive incentivando as candidaturas de mulheres à presidência dos Diretórios do PSDB nos municípios, estados e na esfera federal. Com organização e apoio, vamos avançar! A menos de um ano das eleições gerais e estimulando a participação das filiadas nas prévias do partido em novembro de 2021, é preciso olhar para os resultados das eleições gerais de 2018, quando tivemos progresso significativo na representação feminina no Congresso. Foram eleitas 77 mulheres para a Câmara dos Deputados (15%), um avanço em relação à eleição de 2014, quando 51 mulheres foram eleitas deputadas (10%). Podemos afirmar que esses números foram alcançados graças aos nossos esforços para preparar as tucanas através dos cursos de formação política, em parceria com a Konrad Adenauer (KAS) e em especial, à nossa Plataforma Digital PSDB-Mulher 2020, que capacitou, de modo virtual, mais de três mil mulheres para as eleições em tempos de pandemia. Precisamos avançar. Mas para isso é preciso trabalharmos juntas, de forma incansável, como sempre fizemos. São tempos de trabalho político cotidiano, que se soma às demais jornadas que as mulheres cumprem no dia-a-dia. Vamos poder descansar depois...com os avanços e a vitória garantida!


Rossane Patriota, Ielmo Marinho

Sem dúvida, o fato de ser jovem gerou um certo tipo de desconfiança”

Sonyara Ferreira, Lagoa de Velhos

é preciso que mais jovens e também mulheres se insiram na política”

Mulheres, jovens e prefeitas a história se repete no interior do RN Em 1928, um acontecimento político ocorrido em uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Norte teve repercussão até nos Estados Unidos. No dia 8 de setembro daquele ano, o jornal The New York Times dedicou espaço a uma notícia inusitada sobre o Brasil. Numa época em que as mulheres brasileiras sequer tinham direito ao voto e política era assunto exclusivo do universo masculino, a jovem Alzira Soriano, de 32 anos, não apenas votou como disputou e venceu as eleições municipais daquele ano em Lajes. O que Sonyara Ferreira (PSDB) e Rossane Patriota (PSDB) têm em comum com Alzira Soriano é que elas são mulheres, potiguares e foram eleitas prefeitas em plena juventude. Sonyara é a prefeita mais jovem da história de Lagoa de Velhos, foi eleita com 29 anos e teve 62,91% dos votos no município. Para Sonyara,

que é secretária geral da Juventude Tucana, é preciso que mais jovens e também mulheres se insiram na política, provocando uma renovação necessária. Rossane Patriota também entrou para a história, sendo a primeira mulher eleita em Ielmo Marinho, aos 36 anos. “Sem dúvida, o fato de ser jovem gerou um certo tipo de desconfiança. Mas a juventude também traz um sentimento de inovação, disposição e vontade de transformar”, conta a prefeita. Na pandemia, a gestão de Rossane à frente da prefeitura foi destaque na área da educação de crianças e adolescentes. De forma inovadora, através da internet, transformou o ensino presencial em ensino remoto, com direito ao atendimento individualizado e aulas virtuais. “O que chamou atenção foi que mais de 80% dos nossos alunos moram em comunidades rurais e com muita eficiência conseguimos chegar até eles”, concluiu.

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O papel ascendente, no interior, das

vice-prefeitas tucanas

Em 2020, além de eleger oito prefeitas, o PSDB também elegeu sete vice-prefeitas. Em uma campanha de filiação que aumentou o PSDB em todas as regiões do Estado, o partido ainda conquistou uma mulher na região Metropolitana. A vice-prefeita Marize Leite, da terra de Nísia Floresta, que leva o nome da maior feminista do Estado, também tem história. Filha do saudoso ex-prefeito Almir Leite, Marize foi secretária de Articulação Institucional e se tornou uma mulher líder política no município. Professora, herdou do pai o legado da boa relação, qualidade que facilita sua atuação. Em 2016, chegou a disputar a prefeitura e obteve 25,84% dos votos. Com 45 anos, Rosângela Patrício foi reeleita vice-prefeita de Alexandria, na chapa de outra mulher, Jeane Ferreira, coligação do PSDB com o PSD. Em suas redes sociais, Rosângela se define como palestrante, formada em direito, com pós em psicologia positiva. Também é mentora do grupo “Mulheres Iluminadas”, projeto de desenvolvimento de inteligência emocional para mulheres. Esposa do ex -prefeito Alberto Patrício, Rosângela já realizava trabalhos voluntários no Alto Oeste Potiguar. Já na região do Trairi, o PSDB tem três mulheres vice -prefeitas: Riane Guedes (Jaçanã), Irma Dias (Coronel Ezequiel) e Juliana Dantas (São Bento do Trairí). Trabalhos e municípios diferentes, mas lutas parecidas. Professora de ensino fundamental, Irma ingressou para política sob influência do pai, o ex-prefeito Antônio Faustino. Ela assinou a ficha do PSDB e foi reeleita vice em Coronel Ezequiel. Em seu primeiro mandato, Juliana Dantas foi eleita vice-prefeita também em 2020. Entrou para política por intermédio do esposo, Kleber Dantas, que foi vice-prefeito e vereador em São Bento do Trairí. As mulheres têm participado cada vez mais em todas as áreas da sociedade. Na vida pública não poderia ser diferente. Juliana, mesmo sem contar com um mandato, exerceu o cargo de secretária de Educação e apoiava a luta do esposo em diversos segmentos sociais da cidade. Também as dentistas Dra. Aninha Vilar (Jardim do Seridó) e Dra. Aninha Moreira (Nova Cruz) defenderam as bandeiras do PSDB.

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Vice-prefeita de Alexandria, Rosângela Patrício

Vice-prefeita de Coronel Ezequiel, Irma Dias

Vice-prefeita de Nísia Floresta, Marize Leite

Vice-prefeita de São Bento do Trairí, Juliana Dantas


Fátima de Pachica: Tradição na política e coragem para administrar Fátima de Pachica (PSDB) foi eleita para seu primeiro mandato como prefeita aos 65 anos e agora encoraja as mulheres a não terem medo de buscar espaços na política Eleita em 2020 com mais de 62% dos votos, Maria de Fátima Alves da Costa (PSDB) tornou-se prefeita pela primeira vez aos 65 anos de idade. Apesar de ser esse seu primeiro mandato no executivo municipal, Fátima de Pachica, como é mais conhecida, pertence a um grupo tradicional na política do município, que tem elevado a cidade ao patamar de uma administração sólida e responsável, que se preocupa com o bem-estar dos munícipes. Um exemplo dessa dedicação foi durante a pandemia da Covid-19. Apesar das dificuldades geradas pela crise sanitária, a prefeita afirma que a gestão conseguiu honrar seus compromissos pagando servidores e fornecedores em dia e ainda conseguiu realizar algumas obras, como a reforma de escolas e creches, por exemplo. A gestora conta como a pandemia foi encarada de frente pela administração, que montou todo um aparato para a vacinação da população e deu condições de trabalho para os profissionais de saúde exercerem suas funções com dignidade.

“Providenciamos os EPI’s para os servidores da saúde trabalharem, fizemos cadastros desses trabalhadores, montamos os pontos de vacinação e incentivamos as pessoas a se vacinarem. Graças a Deus tem dado certo e estamos vencendo essa pandemia”, destacou a prefeita. Com todo esse suporte dado à saúde, o município já está vacinando os idosos com a dose de reforço contra a Covid-19, após finalizado o cronograma de vacinação dos demais públicos. Mulheres na política

Apesar da prefeita Fátima Alves da Costa estar em seu primeiro mandato à frente do Executivo municipal, sua família tem tradição na política. O esposo dela, conhecido por todos na região como Pachica, já foi prefeito por dois mandatos. Hoje sua filha Mytsa Carla Alves Costa é sua vice-prefeita. “Para mim, a mulher sabe administrar melhor, é mais organizada e sabe fazer diferente. Eu vejo como muito importante termos uma representante feminina no município de Coronel João Pessoa, pois a mulher ainda tem uma representatividade muito baixa na administração de uma maneira geral”, finaliza.

Fátima de Pachica com a vice Mytsa

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Vereadoras negras

Professora Beta

quebram paradigmas no RN A população brasileira é composta por maioria negra. Em recente amostragem feita pelo IBGE, 50,7% dos brasileiros se declararam pretos ou pardos. No entanto, essas pessoas ainda estão, em grande parte, excluídas de cargos políticos. A realidade brasileira expõe o tamanho da dificuldade que a população negra enfrenta para vencer os desafios no país. E, no interior do Rio Grande do Norte, esta situação vem sendo desafiada por três mulheres que estão se destacando na política potiguar. Professora Beta, Professora Zezé e Jozy de Cabelinho são negras e compõem a bancada do PSDB no município de Bom Jesus, que possui pouco mais de 10 mil habitantes segundo o IBGE, localizado na região Potengi e distante cerca de 46 km de Natal. “Ingressei na vida política em 2008 e desde então venho me colocando para avaliação do povo e sendo reconduzida ao Legislativo, graças ao reconhecimento da população com o nosso trabalho. Estamos aqui buscando sempre atender as demandas que nos são apresentadas, contribuindo de todas as formas possíveis com a melhoria do nosso município. E a avaliação que fazemos é muito positiva”, disse a vereadora Professora Beta. As três parlamentares do PSDB venceram não apenas as dificuldades impostas pela cor da pele, como também os desafios impostos pela questão de gênero. Também são poucas as mulheres que topam participar do processo eleitoral e menos ainda aquelas que conquistam sucesso nas urnas. Essa é, inclusive, outra conta diferente da realidade brasileira, onde a maioria da população é do sexo feminino. Mas, apesar disso tudo, a expectativa das vereadoras tucanas de Bom Jesus para o futuro vai exatamente no caminho contrário. Segundo a Professora Beta, o trio ainda pode contribuir muito com o município de Bom Jesus e, consequentemente, com o Rio Grande do Norte. “Queremos poder desenvolver políticas públicas de melhorias para a nossa população. Utilizando nossa experiência, nossa sensibilidade e nosso olhar como mulheres. Eu acredito muito na força da mulher, na ética que nós temos e principalmente no instinto de cuidar dos outros”, disse a vereadora.

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Professora Zezé


Sonyara Ribeiro, prefeita do município de Lagoa de Velhos

Prefeita mais jovem do PSDB

enfrenta grandes desafios em Lagoa de Velhos Apenas trinta anos e a reponsabilidade de comandar o futuro da sua cidade. A prefeita mais jovem do PSDB, Sonyara Ribeiro, assumiu a Prefeitura do município de Lagoa de Velhos, no interior do Rio Grande do Norte, com 62,95% dos votos, sendo assim a primeira mulher eleita e reeleita na cidade. E jamais imaginaria que, ainda tão jovem e em seu primeiro mandato no Executivo, teria que enfrentar uma pandemia e tomar medidas para salvar a vida do seu povo. “Ser gestora diante de um período pandêmico e de tantas crises ao longo dos últimos anos tem sido desafiador, mas temos cumprido nossa missão com muita dedicação e amor”, disse a prefeita, que também ocupa a função de secretária geral da

Juventude Tucana no Estado. “Fazer parte de um partido que apoia a representatividade da mulher na política me deixa muito lisonjeada. Hoje sei que junto ao PSDB, conseguimos levar à nossa sociedade a importância da participação feminina, o quanto temos a contribuir para o desenvolvimento e a importância de abrirmos esse espaço de representação”, completou a gestora. Além de Sonyara, o PSDB de Lagoa de Velhos conta ainda com uma representação feminina também na Câmara Municipal: a vereadora Eliana Carla, além de três suplentes (as ex-vereadoras Apolliane Souza, Chaguinhas Costa e Nilda Pereira). O trio tem dado uma importante contribuição nas ações da Prefeitura sob o comando de Sonyara. “As mulheres têm um olhar mais profundo e sensível sobre as demandas e necessidades das nossas cidades e principalmente dos nossos cidadãos”, disse a prefeita. Por falar no trabalho realizado na cidade, a chefe do Executivo municipal destaca que sua administração tem conseguido realizar investimentos em áreas fundamentais para a população, como na questão da saúde pública – envolvendo entrega de novas ambulâncias, construção de posto de saúde e compra de mobiliários. Além disso, também aponta conquistas na Assistência Social, Obras, Educação Agricultura e Esporte. Ao ser questionada se teve mais dificuldades na política pelo fato de ser mulher, a prefeita de Lagoa de Velhos explicou que em seu município conquistou uma grande aceitação popular, e afirmou que representa a cidade “com muito alegria e gratidão no coração”. Para as mulheres, a gestora faz questão de mandar um recado: “Nosso lugar sempre será onde nosso coração queira estar, nunca desistam dos seus sonhos, temos muito a contribuir pela mudança e pela evolução da nossa sociedade”.

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Campanha do TSE incentiva participação feminina na política Nesta edição da campanha, que segue até dezembro deste ano, o TSE fez uma parceria com o Instituto Marielle Franco para coletar alguns depoimentos de mulheres que sofreram violência de gênero na política. Além de Camila Pitanga, as peças serão estreladas por atrizes que representam a diversidade feminina: idosas, indígenas, jovens, transgêneros e negras. Uma das preocupações do Tribunal é imprimir representatividade aos materiais de divulgação. A campanha foi elaborada pela Secretaria de Comunicação do TSE (Secom) e pela agência NBS e produzida pela Biruta FIlmes. Garantir mais mulheres na política tem sido uma das maiores preocupações e lutas do TSE nos últimos anos, além de um dos compromissos do ministro Luís Roberto Barroso à frente da Corte Eleitoral. Para a advogada Katarina Brasil, autora do livro “Mulheres na Política Brasileira: Reflexões sobre Gênero e Democracia Intrapartidária”, é essencial contar com mais mulheres na política por diversas razões, dentre as quais a redução das desigualdades de gênero. Além disso, um percentual maior de mulheres eleitas diminui as relações de poder entre os gêneros. Impactos na Democracia Katarina Brasil, uma das representantes do Movimento “200 Mil por Elas”, idealizado pelo Instituto Gloria, em parceria com o Instituto Maria da Penha, lembra que mulheres com espaço de voz, de fala,

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têm maiores chances de fomentar as discussões que devem ser pautadas em uma Democracia, pois impactam nos direitos das mulheres diretamente. Discussões sobre questões complexas como aborto, educação sexual, violência de gênero, o direito de dispor do próprio corpo, alienação parental, entre outros. O movimento, acima de tudo, conclama as pessoas a seguirem quem combate a violência contra a mulher e não quem a pratica. “Campanhas como essa do TSE e do movimento mobilizam as pessoas a ocuparem a internet com consciência crítica, entendendo que é papel de toda a sociedade o combate a violência contra a mulher”, destacou Katarina. Katarina acredita ainda que só se combate a violência política dando mais espaço às mulheres dentro dos próprios partidos políticos. “É preciso que haja renovação e que mulheres que se encontrem na base dessas agremiações tenham oportunidades iguais nas disputas eleitorais, podendo ascender à cúpula do partido, onde terão acesso à rede de contatos, recursos e maior visibilidade. Depois de eleitas, essas mulheres podem ainda estar na mira da violência política, que ocorre sempre quando o sistema machista e patriarcal busca maneiras de anulá-las, de não as reconhecer ou de impedi-las de exercerem as prerrogativas inerentes ao cargo que ocupam. Por isso, é preciso que condutas assim sejam criminalizadas”, disse.


10 passos para votar nas prévias O PSDB demonstra mais uma vez seu apreço pela democracia e pretende realizar, em 2021, as prévias mais democráticas da América Latina, como bem disse o presidente nacional da sigla, Bruno Araújo. O partido se organiza para as eleições de 2022 na busca por um nome forte e competitivo que se mostre como opção fora dos polos que estão estabelecidos no atual cenário para a Presidência da República. Todo o processo de escolha será feito por meio do aplicativo Prévias PSDB, que já está disponível para que os filiados possam se cadastrar e participar da escolha do candidato do partido à Presidência da República. A data da prévia, a grande festa da democracia do PSDB, está marcada para o dia 21 de novembro. Todos os filiados, com ou sem mandato, dispõem de um prazo para se cadastrar até o dia 14 de novembro. O cadastro é imprescindível para que todos estejam aptos a votar nas prévias e para garantir a segurança e a transparência no processo de votação. Também haverá votação presencial, mas exclusivamente para os prefeitos e vice-prefeitos; deputados estaduais e distritais; governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual presidente da Comissão Executiva Nacional do PSDB; além de senadores da República e deputados federais – Grupos I, II e III – com exceção dos vereadores. Os grupos supracitados participarão de evento em Brasília e poderão votar diretamente nas urnas eletrônicas fornecidas e auditadas pela Justiça Eleitoral. Fora de Brasília, os filiados poderão votar normalmente pelo aplicativo Prévias PSDB.

CONFIRA OS 10 PASSOS PARA CADASTRO E VOTAÇÃO NO APP: 1 - baixe o aplicativo pela Google Play ou pela APPStore; 2 - Tenha o número do título de eleitor em mãos. Ele é o seu login para o aplicativo; 3 – Para validar sua identificação, tire uma foto de um documento com foto frente e verso e depois uma foto sua segurando o documento. Clique em CAPTURAR FOTO e, feito isso, em VALIDAR; 4 – Para a validação facial, tire uma foto do seu rosto conforme o enquadramento indicado na tela; AGORA VOCÊ ESTÁ APTO A VOTAR 5 - Clique em VOTAÇÃO e escolha a eleição na qual deseja votar; 6 - Se sua participação for nas prévias nacionais, clique em PRÉ-CANDIDATURA PRESIDENCIAL 2022; 7 - Aberta a tela de votação, clique no candidato de sua escolha (uma nova tela será aberta, com a foto e o nome do candidato); 8 - Confira e, se for a sua escolha, clique em CONFIRMAR VOTO; 9 - Se não for a sua escolha, clique em VOLTAR e repita o processo; 10 - O comprovante estará disponível logo que seu voto for confirmado pelo sistema. Se quiser, clique em SALVAR COMPROVANTE.

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Mulher multitarefa Leila Maia conta como transformou sua vida através da resiliência

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Num busdoor, uma foto de uma jovem, bonita, chama a atenção no anúncio de uma palestra sobre equilíbrio da mente e do corpo em um evento bastante concorrido para homens e mulheres de negócios. Aos 32 anos, Leila Maia já falou para milhares de pessoas de diferentes classes sociais sobre a história de sua vida que foi marcada por uma tragédia, que mudou o rumo de sua trajetória. No dia 1 de dezembro de 1995, a notícia que seu pai havia morrido em um acidente de carro pegou a menina de 6 anos de surpresa. Diagnosticado com esquizofrenia, as cenas que ficaram marcadas na memória da garotinha foi de um pai agressivo com a mãe e de um homem completamente transtornado pela sua mente. Seis anos mais tarde, ela descobre que os segredos que giravam em torno da morte do pai escondiam o fato que ele não havia sofrido um acidente, mas sim teria cometido um suicídio. A jovem, agora filha de uma mãe solo, a funcionária pública Nadja Maia, estudou em escola privada através da bolsa que conquistou por ser atleta de ginástica olímpica, o que sem dúvida a levou a cursar Educação Física no futuro e depois pós-graduação em fisiologia. Aos 21 anos, Leila Maia teve Lívia, hoje com 12 anos, e teve que administrar estudo, trabalho, e as tarefas da maternidade desde muito cedo. “O meu segredo para administrar o que faço, ressignificar meus traumas, medos e ser livre para ser quem eu quiser ser e ajudar outras pessoas, está na busca constante pelo equilíbrio e espiritualidade”, conta. Foram anos de terapia e uma busca constante pelo fortalecimento da fé que a fizeram dar uma guinada na sua vida pessoal e profissional. Em março de 2018, outro fato marcou sua vida para sempre e o que poderia ter sido apenas algo muito ruim, se tornou em um incentivo para mudanças positivas. “Fui assaltada e levaram meu carro. Foi horrível. Mas o seguro ressarciu em dinheiro o valor do automóvel. Foi exatamente nesse momento, com esse dinheiro, que eu decidi mudar o rumo da minha história, realizar meu propósito na terra: Ajudar pessoas”. Leila Maia utilizou praticamente todo o recurso para investir em dois projetos sociais: o Ponte da Vida, com o objetivo de apoiar pessoas que

chegam até a Ponte Newton Navarro com o objetivo de suicidarem e o RN Saudável, que leva atividade física e palestras motivacionais para quase todos os municípios do Rio Grande do Norte. Os projetos já foram temas de reportagens em grandes veículos de comunicação. “No dia que colocamos as placas na ponte, uma pessoa que estava lá para cometer suicídio me agradeceu por ter salvado sua vida. Foi ali que meu vazio foi preenchido. Eu tive a certeza de estar cumprindo o meu propósito”, conta Leila, que é reconhecida pelo seu trabalho como palestrante, personal trainer e influenciadora digital. Hoje, Leila Maia, pela internet e em seus projetos, ajuda outras pessoas a ressignificarem seus traumas e através do equilíbrio do corpo e da mente chegarem mais longe. “Se eu não tivesse perdoado meu pai, a mim mesma, se eu não tivesse tido resiliência, ter me espelhado em pessoas guerreiras como a minha mãe, eu não teria conquistado o que conquistei”, finalizou.

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a força da

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mulher potiguar

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Gestão feminina

Prefeita de Areia Branca, Iraneide Rebouças

em meio a COVID-19 Uma pesquisa feita por economistas do Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo (INSPER) revelou que os municípios com prefeitas mulheres no Brasil, durante a pandemia, tiveram 44% menos mortes por COVID-19 e 30% menos internações. São elas também que exigem mais o uso de máscaras e outras regras de prevenção. A conclusão dos

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especialistas é que se todos os municípios fossem administrados por mulheres seria possível esperar que o país tivesse pelo menos 15% menos mortes. No Rio Grande do Norte, de acordo com o último boletim divulgado pelo município de Olho D’Água do Borges, administrado pela prefeita Maria Helena (PSDB) 10 pessoas morreram por COVID-19. A ci-


dade, que fica no Oeste Potiguar, é um exemplo quando o assunto é gestão na pandemia. Entre as ações mais importantes para conter internações e mortes na cidade estão a criação de um comitê de gestão e enfrentamento na pandemia, a criação de rondas de quarentena e dispersão de pessoas durante os momentos mais críticos, desinfecção de pontos de aglomerações, como mercado público, farmácias e comércios, distribuição de equipamentos de proteção Individual e máscaras, compra e instalação de lavatórios pela cidade. “Foi um trabalho intensivo de toda a equipe da área da saúde, educação. Demos total transparência a todas as ações através de lives e comunicados. Fizemos a nossa parte e conseguimos evitar muitas mortes num momento extremamente difícil para todos”, afirmou a gestora. Em Areia Branca, município também administrado por uma mulher tucana, Iraneide Rebouças, o município virou referência no quesito imunização. É uma das cidades com maior cobertura vacinal no Estado. “Areia Branca é um município com uma atividade econômica latente por causa do Porto Ilha, das muitas empresas de energias renováveis e salinas. Então tivemos que conter a contaminação e mortes com ações restritivas e urgentes. Não paramos um minuto sequer nessa pandemia”, conta a prefeita. Para conter a contaminação foram realizadas barreiras sanitárias nas entradas da cidade e nas praias e também visitas domiciliares para verificação da saúde de pessoas com comorbidades. Além disso, no Hospital Municipal foi criada uma ala para COVID-19 com 10 leitos e aquisição de três respiradores artificiais. Foi criado ainda o Centro Ambulatorial COVID-19 funcionando até hoje para atendimento de pacientes suspeitos da doença. Parcerias com a UFRN permitiram consultoria para enfermeiros e médicos locais e ainda exames rápidos de Swab nasal transformando a cidade em um dos locais que mais testou pacientes no RN.

Prefeita de Olho D’Água do Borges, Maria Helena

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Tucanas de olho no

aplicativo das Prévias Foto: Karla Vieira

Filiados com ou sem mandato, precisam se cadastrar pelo celular até o dia 14 de novembro

A votação nas prévias, em 21 de novembro, será indireta, com um colégio eleitoral que dá pesos diferentes a prefeitos, vices, vereadores, filiados e deputados. Só no Rio Grande do Norte cerca de 22 mil filiados podem participar da votação das prévias, que escolherá o candidato do PSDB à Presidência da República. Três nomes estão no páreo: o governador de São Paulo, João Doria (451), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (453), e o ex-senador e ex-prefeito de Manaus/AM, Arthur Virgílio (452). O PSDB do RN possui atualmente a maior bancada da Assembleia Legislativa, com 5 parlamentares. Conta ainda com mais de 31 prefeitos e 25 vice-prefeitos. São quase 250 vereadores e 22 mil filiados em terras potiguares. É no RN ainda que o PSDB tem seu único presidente de Legislativo estadual na região Nordeste, Ezequiel Ferreira e também o único prefeito de capital, Álvaro Dias. Segundo levantamento interno da legenda, o PSDB potiguar é ainda o que possui a quarta maior representatividade do país, somando mandatários e filiados, sendo o maior colégio eleitoral dos tucanos no Nordeste. Tudo isso só aumenta ainda mais a responsabilidade da legenda potiguar nas prévias internas.

Info: O Globo

o PSDB Conta ainda com mais de 31 prefeitos e 25 vice-prefeitos. São quase 250 vereadores e 22 mil filiados em terras potiguares

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CURIOSIDADE

Info: O Estado de São Paulo

Rejeitado por outro partido e adotado pelo PSDB, tucano foi definido como mascote antes da sigla

Foto: Karla Vieira

Cadastramento das prévias

Todos os filiados precisam se cadastrar até o dia 14 de novembro, no sistema eleitoral eletrônico oferecido pelo PSDB e se habilitar para votar. O aplicativo para votação está disponível para download na Google Play Store – para celulares que usam o sistema Android –, e na APP Store, que disponibiliza a ferramenta para quem tem o sistema IOS e usa Iphones. Para fazer o cadastro é preciso o número do título de eleitor, uma imagem de um documento com foto e uma foto do filiado segurando a sua identidade. Depois é exigida ainda uma validação facial. Por enquanto, as instruções para o dia da votação não foram disponibilizadas.

A foto emblemática data de 24 de junho de 1988, ano da criação do PSDB. Rodeavam a mesa figuras ilustres como os então senadores Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas e o ex-governador de São Paulo, Franco Montoro. No auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, havia cerca de 300 pessoas prestes a conhecer o nome da legenda que viria a se tornar o PSDB. Lá atrás, estampado nos banners, estava o tucano, um pouco diferente do que é hoje. Nos ternos dos políticos, lá estava ele também e tinha até uma réplica em pé em cima da mesa, como se estivesse aguardando o grande momento da definição. No instante em que foi tirada essa foto, as pessoas estavam prestes a assistir ao lançamento de um partido que ainda não tinha um nome definido, mas já havia escolhido seu mascote. Com a eleição do nome ainda indefinida, mas com o mascote já consolidado, a agremiação nasceu chamada por toda a imprensa de “partido dos tucanos”. O apelido pegou e é usado até hoje. Consolidado no PSDB antes mesmo do nome, o tucano, no entanto, não era tão original quanto se pensava. Uma reportagem do GLOBO de 3 de julho de 1988 contou que o próprio PMDB já havia pensado em ter a ave como mascote muito antes da criação do PSDB, em 1972, quando o partido ainda se chamava MDB e fazia oposição ao regime militar. Segundo a página da agremiação, “o tucano de peito amarelo lembra a cor da campanha das eleições diretas”, “é um dos símbolos do movimento ecológico” e “é uma ave brasileira”.

Tucanos. Franco Covas, Montoro, Mário ique e Fernando Henr ento outros no lançam do PSDB |

Foto de Gustavo cia O Miranda/Agên GLOBO

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Respeito à diversidade Ser mulher lésbica nunca foi um problema para a vida política de Riane Guedes, atual vice-prefeita de Jaçanã. No município, localizado na região Trairí do Rio Grande do Norte, ela foi eleita duas vezes vereadora. Em 2013, entrou para a história da cidade se tornando a parlamentar mulher mais bem votada, com 446 votos. “Há um certo preconceito por parte da classe política quando uma mulher entra nesse universo tido como masculino, imagina quando essa mulher é homossexual. Diferente da população, que se sente representada, não só pela diversidade, mas pelo trabalho que faço, principalmente pelos mais carentes”, disse ela, que ingressou na política com apoio do seu pai Nenel Borges, ex-vereador e sua mãe Rita Ferreira Guedes, suplente de vereador e presidente do PSDB em Jaçanã. Filiada ao PSDB desde 2020, Riane se sentiu acolhida pelo partido, que a convocou para formar um grupo em prol da diversidade. O objetivo é oferecer inclusão para essas pessoas que querem ingressar na política e levantar a bandeira pelos direitos LGBTQIAPN+. “Quanto mais mulheres lésbicas, gays, homossexuais, estiverem na política, mais teremos

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respeito e poderemos ser vistos diante da lei e da sociedade com igualdade, com menos discriminação”, ressaltou a vice-prefeita. Historicamente, a diversidade sempre foi uma preocupação do PSDB, assim como a luta contra a violência e a discriminação de homossexuais. Em 1985, o então senador Fernando Henrique Cardoso liderou abaixo-assinado pedindo a desclassificação do “homossexualismo” (termo usado na época) como desvio de conduta. Mário Covas, constituinte, teve papel determinante na defesa do fim da discriminação. Com 37 anos, casada há 10, agricultora, estudante de Gestão Pública e uma história de vida cheia de superação, a vice-prefeita Riane Guedes de Oliveira é uma mulher lésbica de origem simples e que orgulha o seu povo e o seu partido.

Quanto mais mulheres lésbicas, gays, homossexuais, estiverem na política, mais teremos respeito”


Na terra de Nísia Floresta mulheres ainda são minoria na política Em 12 de outubro de 1810 nascia Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto. Sua cidade natal, Papary, no Rio Grande do Norte, agora leva seu nome. O município de Nísia Floresta tem uma população de mais de 28 mil habitantes que preserva a história de sua mais ilustre conterrânea, a educadora, escritora, poetisa e primeira feminista brasileira. Nísia viveu em diferentes estados brasileiros e também na Europa, escreveu livros defendendo o direito das mulheres e abriu uma escola só para meninas em 1838. Cem anos depois, as mulheres conquistaram o direito ao voto, a trabalhar mesmo sem autorização do marido e a estudar disciplinas diferentes de culinária ou corte e costura. “Ela estava muito à frente de seu tempo e é uma inspiração para nós, mulheres, de Nísia Floresta e do Brasil”, conta a vice-prefeita do município, Marize Leite (PSDB). Para ela, é preciso incentivar a presença das mulheres na política e parafraseou um pensamento de Nísia. “Não há ciência, nem cargo público no estado, que as mulheres não sejam naturalmente próprias a preenchê-los tanto quanto os homens”. Além da vice-prefeita, Nísia Floresta tem uma vereadora na Câmara Municipal. Polyana Dias (PSDB) foi a única mulher eleita para a Casa nas últimas eleições, das 11 vagas cadeiras disponíveis. “Tivemos muitas candidatas, mas infelizmente só eu conquistei um mandato na Câmara”, lamentou a parlamentar. Com 4 mandatos como vereadora, Polyana Dias foi a primeira mulher presidente da Câmara de Nísia, durante 4 anos. “Muita gente dizia que por eu ser mulher, eu não conseguiria fazer uma boa adminis-

Acima Polyana Dias, ao lado Nísia Floresta e abaixo, Marize Leite

tração, diziam que eu não teria pulso e hoje o meu trabalho é reconhecido pela liderança e pela gestão”, conta Polyana, que além de vereadora é funcionária pública, enfermeira e mãe de dois filhos. “É claro que minha inspiração vem de Nísia Floresta, essa mulher que nunca baixou a cabeça e que sempre lutou pelos nossos direitos”, concluiu.

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Elizabeth Nasser

legado de luta pelo direito das mulheres A antropóloga Elizabeth Nasser morreu em 2020, aos 84 anos, vítima da Covid-19, em Natal. Pioneira e referência na defesa dos direitos das mulheres no Rio Grande do Norte, ela era filiada ao PSDB e foi uma das fundadoras do Coletivo Leila Diniz e do Fórum de Mulheres do RN. Ela é mãe do prefeito Miguel Cabral, do município de São Pedro. Em 1986, ela se tornou a primeira coordenadora do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de Natal e desenvolveu diversas atividades, como campanhas educativas sobre violência contra a mulher, levantamento sobre as creches, valorização da educação formal da mulher, além da realização de encontros para discutir a temática. Do 2º Encontro da Mulher Natalense, realizado em 1987, saiu a reivindicação da participação feminina na Constituinte. Durante sua trajetória, além de pesquisadora do

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tema com inúmeros trabalhos lançados, Elizabeth Nasser também foi uma mobilizadora da luta feminista potiguar. Cláudia Gazola relembra que foi a antropóloga uma das fundadoras da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), criada em 1994, e que reuniu um grupo de mulheres para participar da Conferência Mundial sobre a Mulher, que aconteceu em Pequim, na China, em 1995. Rodeada de livros, ela também deixou sua contribuição para a literatura feminista. Como já escrevia para jornais da capital potiguar, a antropóloga reuniu vários artigos no livro Viva a Diferença, Com Direitos Iguais, lançado em 2004. Elizabeth Nasser recebeu muitas homenagens em vida e in memoriam, como por exemplo, o Centro Municipal de Saúde da Mulher de Natal, que hoje leva o seu nome. Fonte: Tribuna do Norte


Uma mulher índia à frente do Tucanafro Potiguar Irmã Lila reside na comunidade indígena do Catu, da etnia Potiguara, situada nos municípios de Canguaretama e Goianinha. Em 2020, foi em Canguaretama, no Agreste Potiguar, que despontou a única candidatura majoritária indígena de todo o Rio Grande do Norte. Wilinhene Cristina da Silva, ou simplesmente Irmã Lila, encabeçou chapa do PSDB na disputa pela prefeitura na cidade, no Litoral Sul. Ela conquistou 6.064 votos e era vereadora e presidia a Câmara Municipal. Irmã Lila reside e tem origem na comunidade indígena Eleotérios do Catu, da etnia Potiguara, situada em dois municípios, Canguaretama e Goianinha. Segundo o Cacique Luiz Catu, a aldeia tem origem no século XVIII. O lugar teria abrigado famílias indígenas potiguaras e tapuias expulsos de suas terras e que resistiam à catequização compulsória. Segundo informações do repositório Povos Indígenas do RN, mantido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o lugar abriga hoje 142 famílias. São 726 pessoas autodeclaradas indígenas vivendo, prioritariamente, do cultivo do milho, feijão, macaxeira e batata doce. Irmã Lila do PSDB foi uma das seis de todo o país e a única no RN a se autodeclarar indígena e concorrer ao cargo máximo de um município, como destacou nacionalmente a revista AzMina. Em 2016, quando foi eleita vereadora, Lila foi uma das 28 mu-

lheres indígenas a ter assumido o cargo no legislativo municipal dentre cidades de todo o país. Também foi a primeira de Canguaretama a atingir o feito. Segundo levantamento do Elas no Congresso, mais mulheres concorrem em 2020 para prefeituras e Câmaras Municipais, um incremento de 49% em relação a 2016. No entanto, elas seguem representando apenas 32% do total de candidatos indígenas. “Ninguém melhor para criar políticas inclusivas nas cidades, do que aquele que viu de perto como o caminho de jovens pode ser destruído pela falta de oportunidades nesses locais. Com o nosso trabalho em criar o Tucanafro Potiguar, felizmente já estamos percebendo um avanço no interesse pela política e uma maior participação dos pardos, negros e índios nos diretórios do PSDB em toda as regiões do Estado”, afirmou Irmã Lila, que com um grupo de vereadores e lideranças do PSDB está fundando o segmento do Tucanafro Potiguar, que combate o racismo e promove a valorização dos pardos, negros e índios. A trajetória de atuação política da Irmã Lila, também evangélica, começa pelo apoio a outras candidaturas. Ela sempre participou ativamente de campanhas como cabo eleitoral e percebeu que poderia fazer mais se tivesse um mandato próprio. “Foi uma coisa que me despertou em meio às necessidades das nossas famílias”, conta.

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O desafio de liderar as

Câmaras Municipais Sete vereadoras do PSDB encaram a missão de presidir o plenário, promover o legislativo e valorizar a mulher vereadora. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) tem em seus quadros sete mulheres presidentes de Câmaras Municipais no Rio Grande do Norte. Maria Fernanda (Espírito Santo), Cristina de Natelmo (Barcelona), Carla Lopes (Maxaranguape), Jéssica Queiroga (Olho D’Água dos Borges), Edna Leiros (Pedro Velho) e Cris Azevedo (Serra Caiada) Para a vereadora Edna Leiros, de Pedro Velho, tem sido um desafio constante assumir várias atribuições. “O fato de ser o primeiro mandato como vereadora e já assumir a gestão da casa, também é um indicador que influencia bastante. Modernizamos, aprimoramos e melhoramos as estruturas e as relações em plenário da casa do povo”, disse. Já Maria Fernanda, da cidade de Espírito Santos, preside o plenário para segunda vez. Com 29 anos, procura presidir o plenário de forma leve e dinâmica, dando espaço a todos os vereadores de forma igualitária. “Para mim uma gestão de sucesso, responsabilidade, trabalho e compromisso deve ser pautada no respeito, na parceria e no diálogo”, disse Maria Fernanda, salientando que busca pensar e viver mais o presente. Acredita que o trabalho que vem realizando, com planejamento e uma gestão propositiva, poderá proporcionar bons frutos no futuro. “Sendo assim, me preocupo com a história que estou construindo hoje dentro da política, gerando crescimento e resultados positivos para o município, para deixar um legado digno da população de Espírito Santo”, deseja. Jéssica Queiroga de Olho D’Água do Borges diz que sempre procura dar o máximo, para fazer o melhor pela Câmara Municipal. “Tenho a consciência

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Presidente da Câmara de Olho D’Água do Borges, Jéssica Queiroga

Presidente da Câmara de Pedro Velho, Edna Leiros

Modernizamos, aprimoramos e melhoramos as estruturas e as relações em plenário da casa do povo” Edna Leiros


que a responsabilidade aumenta por estar presidente, busco sempre seguir e me embasar no nosso Regimento Interno, em Nossa Lei orgânica e principalmente, na Constituição Federal, para poder fazer um trabalho pautado na legalidade e ética”, explica. Em agosto deste, Jéssica Queiroga ganhou o troféu Destaque Nacional pelo projeto Câmara Espaço Cultural, que dispõe sobre a utilização da câmara de vereadores para fomentar a cultura, o artesanato e a descoberta de novos talentos. “É mais que uma honra ser reconhecida nacionalmente pela na União dos Vereadores do Brasil. Para mim, como vereadora do interior do estado e de uma cidade pequena, é uma conquista inestimável”, salientou. Edna Leiros chama a atenção para o fato de que em Pedro Velho, na câmara de nove vereadores, apenas duas são mulheres. “Isso evidencia a baixa representatividade da mulher na política. Tenho a honra de ser mulher e gestora da casa, apesar de me deparar dia a dia com várias situações em que tentam diminuir a capacidade da mulher. Entretanto, sei do peso e da representatividade que tenho em ser vereadora e tento honrar e incentivar mais mulheres na política”, comentou. Em seu primeiro mandato, Edna Leiros diz estar em constante aprendizado e cada vez mais dedicada a fazer muito pela cidade. “Acredito que o legislativo ainda precisa crescer e mostrar sua força para o município”, destaca ao acrescentar que as mulheres representam Mulheres. “Acredito que a comunidade feminina precisa se apoiar para crescer. Eleger mulheres para cargos importantes na política é um começo para uma sociedade mais igualitária. Levantar a bandeira da mulher deveria ser prioridade de qualquer gestora ou gestor. Acredito que a principal luta das mulheres dessa geração seja se tornar lideranças”, disse. Além de presidir a Câmara em Olho D’Água do Borges, Jéssica Queiroga ainda acumula a função de tesoureira da Federação das Câmaras Municipais do Estado do Rio Grande do Norte-FECAM. “Fico feliz demais em trabalhar ao lado de Paulinho Freire, um grande homem e poder representar nossa terrinha Olho d’Água, sendo a primeira tesoureira, que vem de um berço do interior, representar as mulheres por meio de muito trabalho e transparência na Fecam”, finalizou.

Presidente da Câmara de Espírito Santo, Maria Fernanda

Para mim uma gestão de sucesso, responsabilidade, trabalho e compromisso deve ser pautada no respeito, na parceria e no diálogo” Maria Fernanda

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PSDB de Espírito Santo faz história com 6 mulheres vereadoras entre os 9 representantes do Legislativo Enquanto no país o poder Legislativo é ocupado majoritariamente por homens, no município de Espírito Santo, região Agreste do Rio Grande do Norte, essa realidade vem sendo desafiada. Na Câmara Municipal o PSDB elegeu seis mulheres do total de nove vereadores da cidade. Um feito histórico, que só ocorreu em três cidades dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros em 2020. Simplesmente 2/3 da Casa é composto por mulheres tucanas. Entre as vereadoras do partido na cidade de Espírito Santo está Maria Fernanda, 29 anos. E, apesar da juventude, é uma das líderes do Parlamento, tendo sido eleita inclusive para a Presidência da Câmara Municipal de Espírito Santo. “ Comecei na vida pública com 19 anos, mas posso dizer que nasci e cresci vivenciando-a. Desde pequena vi o meu pai se doando e realizando uma política de resultado para os que mais necessitam, e é nisso que eu me inspiro, é isso que eu busco diariamente para o meu mandato”, disse Maria Fernanda, que é filha do prefeito da cidade, Fernando Teixeira (PSDB). Além de Maria Fernanda, a bancada feminina do PSDB na Câmara da cidade é composta pelas vereadoras Evania, Da Pia, Daize, Joelma Carronda e Ednalva Paulino (VEJA FOTO). “Temos uma boa sintonia em nosso trabalho a favor do povo de Espírito Santo, sempre colocando toda a nossa sensibilidade para compreender as necessidades da população e trabalhar na luta por melhorias” disse a vereadora. Sobre o trabalho que vem realizando no município por meio do seu mandato, Maria Fernanda disse que tem como foco os “problemas, anseios e necessidades” da população local. Além disso, acrescentou que seu objetivo é encontrar “soluções que atendam aos interesses da população e criando projetos

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e ações relevantes, que gerem oportunidades de emprego e melhorem a qualidade de vida de todos os espiritossanteses”.

Info: Folha de São Paulo


Evangélica, mãe e uma mulher que conquistou marca na política Adriana Pessoa fez uma campanha inovadora nas redes sociais com lives e usando apenas o Instagram e Facebook Uma das campanhas mais acirradas no Agreste Potiguar foi em Passa e Fica, município que de acordo com o IBGE tem estimado uma população de 13.667 pessoas. A família Lisboa está no poder por mais de 40 anos, sendo a 11ª eleição consecutiva que vence nas urnas. Mas em 2020 uma mulher, mãe e evangélica por apenas 234 votos não quebrou esse paradigma. Adriana Pessoa não fez comícios, passeatas e nem carreatas. Saiu de casa em casa e nas comunidades rurais mostrando propostas. Adriana Pessoa defendeu as bandeiras do PSDB e saiu com apenas seis nomes para a Câmara Municipal, todos do PSDB. Foram eleitos Edson Cazuza, o mais votado para vereador, além de Diorge Almeida e Cibelly Fonseca. “Fizemos uma política completamente nova para Passa e Fica. Apresentamos nossas propostas, nossa mensagem. Fizemos uma política limpa, respeitosa e democrática. Nunca um candidato pediu a opinião do povo para formar seu plano de governo”, afirmou Adriana. Ela nasceu em Passa e Fica, tem 31 anos de casada com o ex-vereador Josinaldo Mandú, que foi o vereador mais votado em 2016 com 1.016 votos, ou seja, 13,28% da votação. Adriana que reside no Centro da cidade, sempre morou nas últimas três décadas no município. “Vivemos em um país democrático onde as pessoas precisam ter seus direitos respeitados. E por isso que en-

trei para a política”, frisa Adriana Pessoa, que apesar de não ter sido eleita prefeita saiu fortalecida das urnas como uma mulher que poderá mudar a vida da cidade. Com a pandemia de Covid-19, a Justiça Eleitoral proibiu comícios e outras atividades presenciais em muitos municípios. Com o isolamento social, Adriana Pessoa focou em uma campanha para prefeita migrando com toda força para o ambiente virtual. Segundo ela, as ferramentas digitais permitem aos políticos segmentar a divulgação de suas ideias. “Fui uma mãe de todos. Pois também ajudei na campanha dos vereadores. Nosso grupo está unido e crescendo e converso com as pessoas sobre nova ideias. Somos a família 45”, comenta Adriana Pessoa, que teve 47,52% dos votos e fez até live de agradecimento com todos do PSDB, quando a campanha terminou. O cientista político Alessandro da Costa cita uma pesquisa, feita pelo Comitê Gestor da Internet, mostrando que 74% da população com mais de 10 anos, cerca de 130 milhões de pessoas, têm acesso à rede mundial de computadores no Brasil. Segundo ele, o uso da internet, que já foi forte nas eleições gerais de 2018, cresceu ainda mais em 2020 para tentar conquistar o eleitor a distância.

Adriana Pessoa fez uma campanha inovadora usando apenas o Instagram e Facebook

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Raio-x da pobreza menstrual no Brasil O veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que previa distribuição gratuita de absorvente menstrual para estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema causou uma grande repercussão e acendeu o debate sobre um tema visto como tabu por alguns e há muito negligenciado pela sociedade e pelas autoridades: a pobreza menstrual. A decisão do presidente da República argumentou que a iniciativa do Legislativo era “meritória”, mas contrariava o interesse público, uma vez que era incompatível com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino e não indicava fonte de custeio ou medida compensatória. A intenção da medida era combater a precariedade menstrual, que significa a falta de acesso ou a falta de recursos para a compra de produtos de higiene e outros itens necessários ao período da menstruação. O projeto justifica que a pobreza menstrual é um problema que já atingia milhões de mulheres no mundo e que teve seus efeitos agravados pela pandemia. Um dado estarrecedor levantado durante a votação no Plenário do Senado alertou sobre a dimensão do problema. Uma pesquisa informal do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) apontou que 62% das pessoas que menstruam afirmam já terem deixado de ir à escola ou ou-

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tros lugares por estarem menstruadas e 73% já sentiram constrangimento na escola ou em lugares públicos por causa da menstruação. Com os vetos interpostos pelo presidente, o alcance da nova lei ficou restrito à criação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, que tem como objetivos combater a precariedade menstrual, oferecer garantia de cuidados básicos de saúde e desenvolver meios para a inclusão das mulheres em ações de proteção à saúde menstrual. O projeto manteve a obrigatoriedade do poder público de promover campanha informativa sobre a saúde menstrual e as suas consequências para a mulher. A nova lei determina também que o programa seja implementado de forma integrada entre todos os entes federados, mediante atuação, em especial, das áreas de saúde, de assistência social, de educação e de segurança pública. Situação no RN A distribuição gratuita de absorventes íntimos para estudantes de baixa renda e mulheres em situação de vulnerabilidade já é lei no Rio Grande do Norte, mas não foi colocada em prática. A proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pela governadora Fátima Bezerra no dia 5 de julho. No entanto, o Governo do Estado diz que o projeto ainda está em fase de regulamentação.


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