Colorir 2019

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ANO IX | Nº 09 | 2019

UMA PUBLICAÇÃO DA ESCOLA LÁPIS DE COR

DO SONHO À REALIZAÇÃO Escola nasce de sonho familiar e conquista outras famílias com afeto, acolhimento e inovação

ESCOLA EM MOVIMENTO Novo conceito educacional marca crescimento institucional da Escola Lápis de Cor

U M S E R Ú N I CO Abordagem pedagógica foca nas necessidades individuais das

crianças e propicia o desenvolvimento integral dos estudantes 1




EDITORIAL

A educação é cada vez mais um desafio para as escolas. A figura do professor mudou muito ao longo das décadas e hoje ele não é mais visto como alguém que detém todo o conhecimento na área em que atua. Tampouco é preciso que o aluno passe horas na biblioteca com uma pilha de livros para que encontre o que busca. Na educação do século XXI, o conhecimento está fora da redoma. Eis o grande desafio dos professores e escolas dos novos tempos: assimilar as transformações; criar métodos para atrair a atenção dos estudantes; e agregar conhecimento a eles, oferecendo algo além do que eles poderiam obter na internet. Quando pensei em uma escola para os meus filhos, pensei em uma instituição que pudesse agregar segurança, acolhimento, afetividade e desenvolvimento infantil em um único lugar. Desse sonho, nasceu a Escola Lápis de Cor. E a cada ano que se passa, vemos o quanto a maneira de fazer educação pede mudanças.

Nesta edição da Revista Colorir trazemos um histórico de como surgiu a Lápis de Cor e de como estamos posicionados no mercado educacional em Natal, sempre inovando, sempre buscando nos aproximar dos novos perfis de estudantes. E em busca dessa aproximação, apresentamos também nossa nova proposta que dará continuidade aos níveis de ensino da Lápis de Cor: a Escola MOV - Educação Integral. Agora você terá duas leituras

DIRETORA GERAL Lorene Gaspar

COORDENAÇÃO EDITORIAL Carolina Souza - JP 1855/RN

GESTOR ADMINISTRATIVO/ FINANCEIRO Arthur Gaspar

REPORTAGENS Kelvin Freitas Sthefanny Ariane

GESTORA DE RECURSOS HUMANOS Mariane Gaspar Escola Lápis de Cor Bilíngue Av. Amintas Barros, 2823 Lagoa Nova – Natal, Rio Grande do Norte. Fone: (84) 2030-5010 | www.escolamov.com.br

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através da dinamicidade que nos move. Desta página a diante você se aprofunda mais na proposta da Lápis de Cor. De trás para frente, comece lendo a Cor em Movimento e conhecendo mais da nossa proposta inovadora pensada para alunos do Ensino Fundamental Anos Finais. Boa leitura! Lorene Gaspar Pessoa Diretora Geral da Escola Lápis de Cor

FOTOS Ozair Lima Sthefanny Ariane DIAGRAMAÇÃO Terceirize Proj. Gráficos e Editoriais www.terceirize.com

@escolamovnatal escolamovnatal


sumário

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sumário

conhecimentos: Metodologias pedagógicas facilitam processo ensinoaprendizagem

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Métodos e cultura de outros países inspiram o ensino

ensino de pai para filho

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Brincando e aprendendo, projeto vida incentiva a busca de solução para problemas do dia a dia

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NASCIMENTO DA LÁPIS DE COR

Gleide Gaspar, Lorene e Mariane: três gerações de uma história educacional

Lápis de Cor: um sonho de escola construído em família Saiba como surgiu a instituição que abraça a todos com afeto, acolhimento, inovação e receptividade

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NASCIMENTO DA LÁPIS DE COR

O tempo passa, as lembranças ficam, a história se repete. É o caso da narrativa que embala o surgimento da Escola Lápis de Cor, em Natal. Desde a sua concepção, foi pensada no desenvolvimento integral da criança, com foco no afeto, no respeito à vida e à cidadania. O ano é 1990. A Lápis de Cor nasce de uma inquietação da matriarca Lorene Gaspar após não conseguir encontrar um colégio que atendesse aos interesses de educação para o seu primogênito, Arthur Gaspar, à época com três anos de idade. “Assim como toda mãe, especialmente as de primeira viagem, sempre quis o melhor para o meu filho”, conta Lorene. A estrutura da Escola existente até os dias atuais, na esquina da Avenida Amintas Barros com a Rua Dr. Emílio Salém, no tradicional bairro de Lagoa Nova, zona Sul, antes sediava a residência paterna de Lorene. Seus pais, Gleide e Henrique Gaspar, não pensaram duas vezes: acreditaram no desejo da filha e cederam a casa que, até então, estava desocupada. Aos poucos, os aposentos davam lugar a concretização de um sonho construído em família. Foram mantidos a área verde, o Ateliê de Pintura e a Sala de Música que antes eram da dona Gleide, conhecida por apresentar dom artístico aflorado. “A casa de papai e mamãe já era bastante ampla, haviam muitos cômodos, o que facilitou para transformá-la em uma grande escola, mas sob medida para atender os anseios de famílias inteiras com afetividade, acolhimento e receptividade”, lembra Lorene.

Casa do pai de Lorene: onde tudo começou

Colônia de Férias: projeto que fez nascer uma escola

Mariane, Rafael e Arthur(dir.), filhos de Lorene

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NASCIMENTO DA LÁPIS DE COR Inovação também é outro motivador que está sempre presente na Lápis de Cor, tornando-se referência nos aspectos educacionais para o desenvolvimento infantil. Ainda na década de 1990, a Escola trouxe para Natal a primeira piscina de bolinhas da cidade, uma expertise adquirida pela direção em um intercâmbio em Barcelona, na Espanha. “Foi uma sensação na época. Todos queriam ter uma”, comenta a diretora. O primeiro ensino bilíngue oferecido em uma escolar regular da capital potiguar também foi proporcionado pela Lápis de Cor, em 2007, após uma parceria

com a Editora Systemic, pioneira em metodologia educativa do segundo idioma – língua inglesa – no Brasil. O sucesso do ensino em Tempo Integral na principal cidade do Rio Grande do Norte começou a acontecer na Lápis de Cor. Há 20 anos, era lançada a Escola Ampliada, metodologia caracterizada pela integração dos estudantes em uma rotina diferenciada, contemplando atividades diversificadas no contraturno escolar. Nela, são valorizados a realização de projetos próprios, como a Iniciação Científica (PICJúnior), além do acompanhamento das tarefas de casa,

Ensino Bilíngue

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monitoramento das dificuldades, necessidades de aprendizagem e hábitos de higiene, diferenciando-se das demais instituições. A Pedagogia de Projetos, método que norteia a Lápis de Cor ao permitir que o aluno construa o conhecimento baseado em suas descobertas espontâneas, bem como a oferta de educação socioemocional proporcionada pelo Programa Escola da Inteligência, do Dr. Augusto Cury; e a maior metodologia de desenvolvimento de natação no Brasil e na América Latina, ofertada pelo medalhista olímpico Gustavo Borges, também são iniciativas pioneiras na Lápis de Cor.


NASCIMENTO DA LÁPIS DE COR

Todas essas mudanças estruturais e curriculares não passam despercebidas pelos olhares atentos dos colaboradores. Ana Oliveira foi uma das primeiras professoras polivalentes contratadas e ministra aulas na Lápis de Cor até a atualidade. “Vi a escola crescer ao longo dos anos, acompanhei o desenvolvimento de crianças que hoje já são adultas e estão no mercado de trabalho, bem sucedidas, algumas já construíram suas famílias. Outras até são pais dos meus alunos hoje em dia”, sinaliza a mestre que foi a primeira professora de Arthur Gaspar, atual diretor financeiro administrativo da instituição e também professora de sua filha, a pequena Helena. “Relembrar o período da minha infância escolar é como voltar ao

tempo sem ter saído dele. Hoje em dia, minha filha tem a oportunidade de reviver o que eu puder viver em cada canto do colégio e isso é muito gratificante”, conta Arthur. O desejo de fortalecer a Lápis de Cor também se estende à caçula da família, Mariane Gaspar, gerente de Recursos Humanos. “Eu não podia deixar de continuar esse sonho com para a minha mãe. Sou muito feliz em poder proporcionar as crianças uma infância parecida com a que eu tive na Escola”, emociona-se. “A responsabilidade é grande, mas o propósito é ainda maior. Estamos no caminho certo. Essa certeza é o que nos move para continuar oferecendo uma educação integral às crianças. Que venham os próximos 28 anos de Lápis de Cor”, comemora Lorene.

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Relembrar o período da minha infância escolar é como voltar ao tempo sem ter saído dele. Hoje em dia, minha filha tem a oportunidade de reviver o que eu puder viver em cada canto do colégio e isso é muito gratificante” Arthur gaspar, diretor


abordagem pedagรณgica

Conhecimentos que

constroem conhecimentos Metodologias pedagรณgicas facilitam processo ensino-aprendizagem e desenvolvem seres humanos aptos a solucionar conflitos do dia a dia

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abordagem pedagógica Fomentar o desenvolvimento do pensamento científico ainda na infância. Assim está centrada a abordagem pedagógica da Escola Lápis de Cor que, ao longo de quase três décadas de existência, tornou-se referência em Educação Infantil e Ensino Fundamental anos iniciais graças a uma perspectiva educacional inovadora e transformadora para a formação plena de estudantes e professores. Do Berçário ao 4º ano, as crianças recebem estímulos para enriquecer o seu desenvolvimento integral por meio de estratégias didático-pedagógicas, baseadas na pedagogia da pergunta. Dessa forma, aprendem a formular e a testar hipóteses e elaborar estratégias de soluções para situações do dia a dia. Neste sentido, os alunos recebem estímulos no desenvolvimento da língua portuguesa e inglesa a partir dos quatro meses de vida, no Berçário; na área tecnológica; na prática esportiva; nas artes cênica e musical e na culinária, responsável por aguçar os cinco sentidos do corpo humano.

“Compreender a criança como um ser único, ou seja, com necessidades individuais, é o primeiro passo para ter um ensino de referência. Atribuo o sucesso da Lápis de Cor às experiências diversas oportunizadas para as crianças, desde as atividades em sala de aula ao contato com os animais no parquinho, como primordiais para o desenvolvimento total dos estudantes”, afirma a coordenadora da Educação Infantil, Luciana Fortunato. Todas as formas de pensar e fazer a educação na Escola ficam mais fáceis com a intervenção da ludicidade, presente nas atividades realizadas para crianças de todas as faixas etárias. As tarefas passeiam por temas integradores e facilitadores de compreensão de conhecimento de mundo. “Não distante dos olhares de quem passeia pelos corredores da instituição, é possível observar os materiais criativos produzidos pelos alunos, o que ratifica a construção de novas ideias e novos saberes”, complementa Luciana.

Através da pedagogia da pergunta e da escuta, é possível reconhecer as múltiplas potencialidades das crianças

Método pedagógico é adotado com crianças a partir do berçário

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abordagem pedagógica A abordagem pedagógica da Lápis de Cor segue orientações de documentos oficiais vigentes do Brasil e é inspirada nos métodos montessoriano (quando oferece uma sala de aula com móveis e objetos na altura dos olhos da criança para que ela possa desenvolver suas habilidades), do sociointeracionismo (quando a instituição oferece inúmeras possibilidades de interação com o meio em que a criança vive), do construtivismo (quando o professor é um mediador do conhecimento que os alunos já possuem e são convidados a experimentar situações e atividades interativas, nas quais ele próprio vai construir os saberes, o aprender a aprender) e de Reggio Emilia (quando o ensino revelado ao estudante o torna protagonista do conhecimento adquirido e não apenas reprodutor).

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abordagem pedagógica

Mariane Gaspar, gestora de Recursos Humanos

Formação de professores Para agregar valor à prática pedagógica, a Lápis de Cor conta com o Transforma. A iniciativa corresponde a um centro de formação continuada para professores das escolas do grupo – Lápis de Cor e MOV – Educação Integral – e abre as portas para demais profissionais de instituições da rede pública e privada. Na Lápis de Cor e MOV, o Transforma intensificou as capacitações dos docentes ao ser lançada oficialmente no ano letivo 2017. Desde então, são ofe-

recidos workshops, oficinas, minicursos, palestras e seminários, atendendo também professores do ensino integral, com foco em suas necessidades formativas. A formação acontece com os profissionais veteranos e com aqueles que são selecionados para fazer parte do quadro efetivo das escolas, onde é aplicada uma avaliação diagnóstica para obter resultados com informações sobre o que os professores precisam saber para incorporar em sua prática de sala de aula. Os resultados de-

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monstram aumento na qualidade do ensino-aprendizagem de profissionais e estudantes. “A capacitação continuada do nosso corpo docente sempre foi uma marca registrada do Grupo ao longo dos anos. Nos enche de orgulho em saber que estamos contribuindo com a formação profissional da equipe, e que essa iniciativa corrobora para o aprendizado repassado pelos professores aos alunos em sala de aula”, pontua a gerente de Recursos Humanos, Mariane Gaspar.


inspiração nacional e internacional

Japão

Modelos que inspiraram

o ensino Muitos modelos educacionais inspiram mudanças. Projetos mais ousados podem ser mais eficientes na formação da criança, do que aqueles que caracterizam as escolas tradicionais, onde o ensino básico é focado na leitura e escrita, esquecendo-se das habilidades mais sensíveis na infância. Quando se usa a curiosidade natural das crianças, amplia-se as leituras de mundo que ela traz consigo, como o sentir, o viver e o ver, coisas que escolas comuns não

Métodos e cultura de outros países agregam valor à filosofia de ensino da Lápis de Cor

privilegiam tanto. E é nesse sentido que se firma a política pedagógica da Escola Lápis de Cor, que está sempre em busca de modelos consistentes na educação, capazes de atender a individualidade de cada criança. O surgimento de escolas construtivistas no Brasil, em meados da década de 80, fez Lorene Gaspar, diretora da Lápis de Cor, pensar nesse método para a sua escola. Logo, sua primeira inspiração foi a filosofia de Jean Piaget,

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biólogo e psicólogo do século XX, que se dedicou a estudar o processo de aquisição do conhecimento - considerando que a criança passa por estágios para adquirir e construir o conhecimento. “Foi com a abordagem do construtivismo que tudo começou. Mas eu sempre soube que o mundo da educação é muito amplo e bastante subjetivo, o que me faz querer conhecer o máximo de propostas que eu puder”, enfatiza Lorene.


inspiração nacional e internacional O surgimento da Lápis de Cor marcou o início de uma grande trajetória em busca de inspirações e inovações no cenário educacional de Natal. Em Barcelona, na Espanha, foi onde Lorene se aprofundou na Pedagogia de Projetos, de Fernando Hernández, educador espanhol, descobrindo uma nova perspectiva que trabalha a relação ensino/aprendizagem voltada à construção contínua do conhecimento de forma dinâmica, contextualizada, compartilhada, envolvendo efetivamente a participação dos professores e aluno. Os países nórdicos também trouxeram influência para filosofia de ensino da Escola Lápis de Cor, como a Finlândia - considerado o país que possui o melhor modelo de ensino do mundo. “Cada local que visitamos nos encantamos com alguma coisa. E na Finlândia me encantei com a formação e qualificação dos professores. Foi quando tive a certeza de que precisava investir no professor”, comenta a diretora. “Os finlandeses respeitam muito o educador. É a profissão mais bem respeitada, até mais que o médico. Lá eles têm autonomia e eu procuro oferecer isso para os professores aqui da escola também”, disse. Países como Estados Unidos, Inglaterra, Polônia e Rússia também entraram na rota do conhecimento. Mas foi no Japão que a Lápis de Cor encontrou o melhor exemplo de disciplina e foco com as crianças e jovens. Populares por sua inteligência, educação e bem estar, os japoneses se destacam por causa da disciplina.

“Eles valorizam as boas maneiras antes do conhecimento. As escolas nem contratam faxineiros. São as próprias crianças que ajudam na limpeza, já que são elas que sujam”, comenta Lorene. “Sempre que conheço um país novo, procuro trazer um pouco do que é bom dessa nova cultura para agregar à realidade da nossa escola”. Mas, de todos os lugares e metodologias utilizadas no mundo, uma em particular nunca inspirou tanto a Lápis de cor quanto o sistema educacional da pequena ci-

dade de Reggio Emilia, na Itália. Um modelo idealizado pelo pedagogo Loris Malaguzzi, que traz uma abordagem voltada a tornar a criança protagonista do seu processo de aprendizado (principal metodologia utilizada na Escola Lápis de Cor atualmente). “Todas essas propostas que trago dos países que visitei são para que as criança se sintam bem. Meu maior orgulho é quando um pai visita a escola e sente-se acolhido. Sente um ar diferente, acolhedor, afetivo, inovador”, afirma a diretora.

Inglaterra

São Paulo

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faz parte da minha história

De

pai

para

filho

De geração em geração, escola acolhe membros da mesma família “A infância é um dos períodos mais significativos da vida. Fico alegre por ter passado parte dela nesta escola e, mais feliz ainda, por meu filho também estar vivenciando isso agora”, relembrou André Vasconcelos Barros, 28, ex-aluno da Escola Lápis de Cor e pai de Caio, de um ano e quatro meses. Base, como o próprio nome já diz, é um alicerce indispensável para sustentação de algo em construção. E é na primeira infância que se formam as bases de aprendizado primordiais para a vida do ser humano. Além, é claro, das memórias. Intervenções e estímulos recebidos nos primeiros anos de vida são capazes de marcar a rotina, aprendizado, afetividade e desenvoltura de uma criança. A escola, por ser um lugar de socialização, múltiplas possibilidades e projetos acontecendo, possui um papel essencial e marcante na formação das pessoas, entendendo a criança como um ser completo e trabalhando suas habilidades. Entre tantas e boas recordações guardadas, André explica o motivo de escolher para o seu filho a mesma escola em que passou grande parte da sua infância: os valores transmitidos pela instituição.

A infância é um dos períodos mais significativos da vida. Fico alegre por ter passado parte dela nesta escola e, mais feliz ainda, por meu filho também estar vivenciando isso agora” André Vasconcelos Barros, ex-aluno

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faz parte da minha história “A escola tem um lugar especial em meu coração, uma vez que muitas das minhas lembranças de infância se passaram lá. Lembro nitidamente dos funcionários. É sempre um prazer voltar a escola e ser novamente recepcionado por Eriberto (porteiro), por exemplo! Sem falar dos professores”, conta o ex-aluno. “Até hoje tenho contato com os amigos da época do meu ensino fundamental e são todos ótimas pessoas. Acredito que estudar na Lápis de Cor foi importante para minha formação pessoal e estou feliz pelo adulto que me tornei”, afirma. A Escola Lápis de Cor entende o convívio escolar como um universo de possibilidades - um espaço que proporciona inúmeras vivências que serão úteis para

toda a vida, buscando auxiliar seus alunos a encontrar seu lugar no mundo. O foco deixa de ser apenas nos componentes curriculares básicos, passando a valorizar as competências sociais e emocionais da criança, como em um ambiente familiar. Na opinião de pais, eles se sentem seguros ao escolher um ambiente familiar para os filhos, mas os métodos pedagógicos e a preocupação em inovar o currículo também são fatores levados em conta no momento de decidir a escola. “Eu e minha esposa visitamos várias escolas antes de decidir, mas a Lápis de Cor nos encantou. Além da ótima recepção dos funcionários, nos sentimos bem com as instalações e os ambientes abertos, conectados à natureza. E esse

É uma sensação muito boa saber que minha filha estuda na mesma escola que estudei. Realmente é uma felicidade. Um orgulho e falo para todo mundo”

Pedro Oliveira, ex-aluno

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é o grande diferencial, pois, mesmo adultos, nós nos sentimos confortáveis e relaxados no ambiente da escola”, contou André Vasconcelos. O pai de Raquel, que tem nove meses de idade, também se alegra em ver sua filha no berçário da mesma escola que ele frequentou, com o mesmo tempo de vida dela. “Entrei na escola no berçário e fiquei até a segunda série. Portanto, ela significa muito para mim, pois, foi aqui que aprendi os conceitos básicos de educação e esportes, além de vários outros que servem para a vida”, contou o empresário Pedro Oliveira, 23. “É uma sensação muito boa saber que minha filha estuda na mesma escola que estudei. Realmente é uma felicidade. Um orgulho e falo para todo mundo”, acrescentou.


aprendendo e desenvolvendo

Projeto Vida:

crianças críticas, reflexivas e solidárias Brincando e aprendendo, estudantes analisam situações-problema na sociedade e buscam a resolução A escola está deixando de ser o local onde os conhecimentos se concentram apenas no professor. Ela é cada vez mais um lugar de reflexões, que possibilita ao estudante, através de debates e práticas diárias, o surgimento de novas ideias que alimentam novas atividades. Dessa forma, trabalhar com projetos dentro do ambiente escolar, levando em consideração o que as crianças perguntam, como pensam e de que modo aprendem, ajuda no

desenvolvimento dos estudantes. Uma iniciativa que tem como objetivo apresentar às crianças uma proposta diferenciada é o Projeto Vida, realizado com alunos da Lápis de Cor e da Escola MOV. Esse projeto busca instigar a criança para a resolução de problemas em todas as áreas do conhecimento nos aspectos individual, coletivo e produtivo da criança, utilizando a experiência de vida do estudante. A ideia é

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transformar os estudantes em adultos críticos, reflexivos e solidários que utilizam a ciência e o pensamento estratégico como via para melhorar a vida das pessoas. As crianças desenvolvem soluções para os impasses sociocientíficos na escola e na sociedade, através de observação e discussões. “Semestre passado os alunos encontraram um problema na tampa da cisterna e resolveram construir um protótipo no computador da escola, uti-


aprendendo e desenvolvendo lizando a impressora 3D”, contou André Ricardo, biólogo e professor orientador do Projeto Vida. “Eles aprenderam a usar essa ferramenta computacional para criar plantas, objetos e projetos, e aos poucos estão se apropriando e dominando a ferramenta”, acrescentou. O Projeto Vida possui um planejamento flexível que escuta, entende e compreende os conhecimentos prévios do aluno e, a partir deles, trabalha o seu desenvolvimento. A criança analisa o que é um problema e trabalha em sua resolução, mesclando curiosidade com suas potencialidades. “É muito importante porque mexe, também, com o lado emocional e afetivo, além da autoconfiança, autonomia e criatividade. Então não é só passar conhecimento para a criança, mas trabalhar as relações dela com o coletivo mostrando que são capazes de produzir algo importante”, falou Heloisa Cruz, pedagoga do projeto.

Luiz Arthur e Pedro Borges realizando impressões na máquina 3D

Eles aprenderam a usar essa ferramenta computacional para criar plantas, objetos e projetos, e aos poucos estão se apropriando e dominando a ferramenta.”

André com alunos do Projeto Vida

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André Ricardo, orientador


aprendendo e desenvolvendo As oficinas funcionam em dois dias da semana, no contraturno das aulas. As crianças começam em um momento de alongamento (para relaxar o corpo e a mente, desenvolvendo a consciência corporal), depois participam de um direcionamento em grupo para que possam realizar de maneira autônoma as atividades planejadas e no final acontece o momento livre, a fim de deixar que

brinquem e se divirtam. “A gente aprende a ser paciente na hora de criar, assim, conseguimos produzir ideias inovadoras que são boas para a escola, para sociedade e principalmente para o meio ambiente”, explicou Luiz Arthur, aluno da Escola MOV. No início deste ano, as crianças desenvolveram uma cisterna para captar água da chuva que ficava acumulada no telhado da

Aluno Pedro Borges

Alunos desenvolvendo roteiro da rádio

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escola e, além dessa iniciativa, também criaram uma “lixeira ecológica”, onde os estudantes passam com um patinete pela escola, separando cada tipo de lixo: orgânico, papel ou plástico. Um dos princípios do Projeto Vida é que a criança aprenda a encarar os desafios da vida e saiba lidar com o erro - ou a falta de êxito - acreditando nela mesma e nas suas potencialidades. Mesmo que algo não tenha dado certo, é importante se envolver no processo e continuar tentando. “O Projeto Vida me ajuda a ter visão de mundo e a pensar mais antes de fazer algo. Nós (alunos) é que temos todas as ideias e trabalhamos nela. Os professores nos ajudam quando solicitamos, mas no final que faz tudo somos nós. E é muito bom, porque a gente aprende, se diverte e tem liberdade de construir e projetar tudo que quisermos”, explicou Pedro Borges, aluno da Escola MOV. A proposta é que o aluno sinta-se motivado a estudar e veja o aprendizado como algo natural e prazeroso, e ao mesmo tempo, seja capaz de se relacionar com ela mesma e com o grupo, trabalhando a igualdade, empatia e resiliência. Produções paralelas acontecem dentro do Projeto Vida, como, por exemplo, a rádio, onde os alunos apresentam os conhecimentos científicos trabalhados e descobertos nas oficinas, além de prepararem a programação com músicas e criarem móveis com materiais recicláveis para a sala da rádio.


jovens empreendedores

Educação e

empreendedorismo Projeto de educação empreendedora estimula a criatividade, autonomia e inovação A Educação empreendedora ocupa um espaço importante na Educação. Isso porque ela pode desenvolver algumas habilidades da sociedade contemporânea, como autonomia, capacidade de se adaptar a situações novas e criar soluções. Na Lápis de Cor e na Escola MOV, a proposta busca inspirar nos estudantes a vontade de empreender. Um dos principais objetivos da educação empreendedora é desenvolver atitude e mentalidade empreendedora, que visam estimular o raciocínio lógico e a busca por aprender conceitos e conhecimentos que contribuam para resolver problemas. Com a preocupação de transmitir o conhecimento a partir de diversas vertentes, em parceria com o SEBRAE, a Lápis de Cor e a MOV desenvolvem projeto JEEP – Jovens Empreendedores, junto aos alunos da instituição. No final do ano os estudantes são incentivados a participar da Feira de Empreendedorismo, ação realizada no próprio ambiente escolar.

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jovens empreendedores “A escola é um bom espaço para que essas habilidades possam ser desenvolvidas e vivenciadas, preparando os estudantes para este novo tempo, em que a criatividade, inovação e autogestão são cada vez mais valorizadas”, destaca Isabel Dantas, coordenadora da Escola MOV. Saber resolver dilemas é uma das habilidades exigidas na contemporaneidade, exigindo da sociedade tomada de decisão com conhecimento e de modo consciente. Para participar da Feira, os estudantes elaboram e desenvolvem projetos que permitem apropriar-se de conceitos, habilidades e atitudes, conteúdos de aprendizagem necessários para o devido momento. “Pensando nessa direção, dentre os diferentes projetos desenvolvidos na escola, a educação empreendedora consiste em possibilitar aos estudantes a formação e o desenvolvimento de diferentes habilidades que possivelmente os propiciará mobilizar saberes para resolucionar problemas nos contextos individual, coletivo e produtivo em suas vidas”, afirma Isabel.

A escola é um bom espaço para que essas habilidades possam ser desenvolvidas e vivenciadas, preparando os estudantes para este novo tempo, em que a criatividade, inovação e autogestão são cada vez mais valorizadas.” Isabel Dantas, coordenadora

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