Natal Por Canindé Soares
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Por Canindé Soares Natal por Canindé Soares 3
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Fotografia Canindé Soares www.canindesoares.com fotografia@canindesoares.com (84) 9994-2841 Projeto e diagramação Terceirize Editora www.terceirize.com
Textos Rubens Lemos Filho Sandro Fortunato Anna Maria Cascudo Barreto Agradecimento especial Jailson Fernandes
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O itinerário O itinerário sonhado pelo gênio e escritor francês Marcel Proust era o da volta à juventude. Viveu recluso boa parte de sua vida entregue às lembranças e aos lugares que andou e amou. Morreu aos 51 anos refém da quimera, que é o combustível do nostálgico. Meu tempo desejado é o da infância e adolescência. É uma vontade prosaica, corriqueira, conheço muita gente que pensa igual por não ser mais ou menos do que ninguém. Apenas observo o quanto é bom e inútil reviver os dias de calções curtos e cidade amena. De passeios a pé, sem hora nem destino, cruzando a Cidade Alta, a Ribeira, as Rocas, mudando o percurso pela eletricidade do Alecrim. Do banho na água morna da Praia do Forte, cidadela. Dos clássicos inesquecíveis no querido Estádio Castelão(Machadão). Problema meu. O tempo passa e o seus rigores sequer admitem réplicas ou tréplicas. Quem manda no mundo é o tempo, enganam-se os que fazem do dinheiro, objeto fundamentalista. O tempo avança e inverte o novo. Deixa-o, muitas vezes, caquético. A cidade avança no ritmo da metrópole de ar grave e cidadãos sufocados e impacientes. O pragmatismo é uma modernidade tática incoerente a Natal. Uma terra moldada pela areia da ternura emoldurada pelo sol festeiro. O trabalho de Canindé Soares, o vigilante das lentes fotográficas, um faroleiro ou a versão ambulante do Farol de Mãe Luiza a percorrer bairros, eventos e mergulhar em costumes recentes e antigos, é missão de protetor do seu lugar. Canindé Soares é o repórter de sempre, a presença na rua em todas as horas, decifrando personagens, imortalizando a essência de
Natal, seja em sua paisagem física ou humana, em seus monumentos, pratos típicos ou flagrantes que desafiam a lógica. Há pelo menos 8 anos, como um bom ourives dedilhando e contemplando a joia, Canindé Soares colhe os frutos que compartilha com Natal. Ele oferece aos nativos e turistas, a cidade onde esbanja o seu talento e desvenda seus segredos, manias e esconderijos. A Pedra do Rosário da fé e do amor escondido, é retratada à perfeição como se nela estivessem, em forma de fantasmas, o mestre Câmara Cascudo e o ex-governador Silvio Pedroza, que de lá observavam a despedida diária do sol, nos primórdios da década de 1950. No silêncio irmanado com a imaginação de Marcel Proust. Aqui estão, páginas à frente, as igrejas, de onde os alvissareiros faziam a guarda inofensiva de Natal, captando em seus telhados, o movimento dos que iam e viam, para depois dar as boas e más notícias que surgiam no jornalismo do pé de ouvido. O sumo da produção de Canindé Soares é a sua silenciosa sensibilidade. Canindé Soares jamais será um fanfarrão, tipo típico da Natal sofisticada, mas ainda abafada pela veia de simplicidade dos seus antepassados. Natal é chão de querer bem. É chão de bem querer, de abraçar, de receber, de se deixar levar, na onda do mar, ou no repousar da varanda da rede da casa de arquitetura antiga. Engana-se o desavisado: O livro não pertence a Canindé Soares. Dele, o brilho e o fôlego de caminhante de avenidas, ruas, vielas, tráfegos e congestionamentos. A obra é da cidade e do tempo. Tempo que irá guardá-la, para quem vier depois.
Rubens Lemos Filho, Jornalista 6
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Natal, a amante compartilhada
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Escrever em um livro de fotos é uma tarefa inglória! Quantas mil palavras deverão se calar para não parecer uma total inutilidade ao lado de tantas imagens maravilhosas? De Natal! E registradas por Canindé Soares! É muita covardia. Se este país é abençoado por Deus, a Cidade do Natal é favorecida e escolhida pelo filho d’Ele. Quem sou eu – pobre mortal carioca que aqui gerou frutos – para não render graças diárias a este lugar? Ao receber amigos que elogiam a cidade, sempre peço que guardem segredo, que quando perguntarem suas impressões, por favor, falem mal. “Mas por quê?!”. Para que continue linda. Se encher de gente, pode virar bagunça. Aí vem Canindé, com sua lógica contrária, desmontando minha estratégia. Quem, apreciando suas fotos, vai duvidar das belezas de Natal? Como não se encantar, não cair de amores, não querer morar aqui? Como posso continuar mentindo – e tentando preservar o paraíso – quando ele insiste em arruinar meus planos com essas fotos?
Quase por vingança, revelo um segredo: Natal fica ainda mais linda quando vista pelos olhos de Canindé. Eles têm um caso de amor. Sabe todo aquele azul atrás das igrejas, aquele céu de fogo na Pedra do Rosário ou aquela Lua cheia definindo a silhueta da cidade? Só aparecem quando ele está por perto. A cidade fica toda toda e se mostra a ele como não faz a qualquer outra pessoa. São amantes. Pronto, falei! Nesse relacionamento, segredos são revelados. Todas as curvas, cada pedacinho, de dia ou à noite, tudo de Natal é mostrado em detalhes. De Canindé, descobrimos que não é só fotógrafo. É cronista, memorialista e, dizem alguns, uma criatura onipresente. No futuro, será impossível querer estudar ou simplesmente conhecer a Natal quatrocentona, do final do século XX e início do XXI, sem passar pelas fotos de Canindé. Diante de relação tão sincera, de um amor verdadeiro, desse encanto sem palavras, me calo e me rendo. É linda mesmo, admito. E é para todos. Aproveitem.
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Flagrantes de beleza
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Canindé nos apresenta cento e cinquenta fotos de beleza. São momentos de ternura, ótica artesanal, registrando o real e o sonho ao alcance dos sentidos. Fantasias coloridas, sorrisos da inocência, fazem parte do universo paralelo da vida, alimento do efêmero e do eterno. Artista do cotidiano, Canindé renasce diariamente, através do seu amor à cidade do Natal, que meu pai, Luíz da Câmara Cascudo, definia como a “a noiva do sol”. Testemunhando os acontecimentos, o artista fotogra-
fa não apenas o que vê, mas a alma urbana, milagre diário do povo e suas manifestações. Busco o seu olhar, através de uma senha emocional, definida pela chegada à terra prometida. Reconhecimento de que em Natal encontramos o povoamento das nossas solidões. A aquarela de fotos possui atmosfera de fluidez e desafio. Referência na leveza de texturas diferenciais. Confiram o encanto da natureza potiguar e do seu rico folclore, recolhidos canindeanamente.
Anna Maria Cascudo Barreto 10
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Panomorâmica da cidade, com o rio Potengi ao fundo 12 Natal por CanindÊ Soares
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Cais do Porto, no rio Potengi
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Vista aĂŠrea do Parque das Dunas e Via Costeira com a praia de Areia Preta em primeiro plano Natal por CanindĂŠ Soares 17
Fortaleza dos Reis Magos
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Vista aĂŠrea da cidade com a praia do Meio em primeiro plano Natal por CanindĂŠ Soares 23
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Via Costeira
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Morro do Careca, em Ponta Negra
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Pria de Ponta Negra
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Casarios da rua da Conceição
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Teatro Alberto Maranhão
Memorial Câmara Cascudo
Capitania das Artes
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Instituto Ludovicus, casa de Câmara Cascudo
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Rua Chile, Ribeira
Centro de Turismo
Palácio Felipe Camarão, atual sede da prefeitura do Natal
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Vista aĂŠrea da cidade com viaduto de Ponta Negra
Vista aĂŠrea da cidade com viaduto de Ponta Negra
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Vista aĂŠrea da cidade com viaduto do Baldo e foto ao lado com vista do viaduto do BaldoVista aĂŠrea da cidade com viaduto da 36
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Vista aérea das dunas de Jenipabu, da lagoa e dos dromedários Natal por Canindé Soares 39
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Praias do Litoral Norte Natal por CanindĂŠ Soares 41
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Praia da Redinha
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Parrachos do Litoral Norte (foto ao lado)
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Esporte naĂştico
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Esporte naĂştico
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Aventuras de buggys pelo litoral
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P么r-do-sol no rio Potengi 58
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Foto aĂŠrea da ponte da Zona Norte
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Ponte Newton Navarro Natal por CanindĂŠ Soares 65
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Praia de Pipa, no litoral sul
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Praia da Redinha
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Praia de Pirangi e o maior cajueiro do mundo Natal por CanindĂŠ Soares 71
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Procissão de Santos Reis e a Padroeira da cidade
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Prociss達o de S達o Sebasti達o Natal por Canind辿 Soares 79
Antiga Catedral
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Catedral Metropolitana Natal por CanindĂŠ Soares 81
Igreja de Santo Ant么nio
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Igreja de Santa Terezinha
Igreja do Galo
Igreja São João
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Igreja da Redinha
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Igreja Bom Jesus
Igreja do Rosário
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P贸rtico do Sol
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Parque da Cidade Natal por CanindĂŠ Soares 87
Farol de Mãe Luíza
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Aeroporto de Augusto Severo
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Obras do aeroporto de São Gonçalo
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Festas juninas
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Solar Bela Vista
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Pinacoteca do Estado
Instituto Histórico e Geográfico
Museu da Cultura Popular Djalma MaranhĂŁo
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Vista aérea com o antigo estádio Machadão
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Centro de Convenções Natal por Canindé Soares 97
Barreira do Inferno
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Carnaval da cidade
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Os Cão
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Pratos regionais
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Carnatal
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Feira do Alecrim
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Dunas douradas de Pitangui, Litoral Norte
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