TYPOGRAPHY BOOK

Page 1


Tipografia Turma 1 Licenciatura em Design de Comunicação, 1º ano Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto Título original Tiporto de A a Z Docente Antero Ferreira Discentes Cláudia Queirós Helena Soares Patrícia Carvalho Teresa Silva Suporte e dimensões Papel, formato livro, medida 14,8 x 21,0 cm ( A5) Impressão gráfica Norcópia




Este projecto desenvolveu-se no âmbito da disciplina de Tipografia da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto com o intuito de desenvolver a tipografia perante seis temas propostos pelo docente. Perante estes, resolvemos criar um projecto baseado em fotografias de pormenores ou fachadas arquitectónicas que se assemelham a um determinado carácter do alfabeto. Para os contextualizar, acompanhamo-los com uma pequena descrição sobre a rua ou edifício em que foram encontrados os mesmos, descrevendo também um pouco da toponímia do Portuense. O objectivo principal deste projecto é levar as pessoas a descobrir as letras que nós “descodificamos” e fazê-las olhar as fachadas arquitectónicas da cidade do Porto e todos os seus pormenores duma maneira diferente.


Avenida Rodrigues de Freitas

A

Foi-lhe concedido este nome em homenagem ao notável e honrado Professor José Joaquim Rodrigues de Freitas (1840 – 1896), um dos embaixadores da República Portuguesa em 1840. É uma extensa avenida com alguns arruamentos tais como a Rua de São Lázaro e a Rua do Reimão. Esta última adquiriu esse nome devido a existir nela uma Quinta pertencente a Pedro Anes de Santa Cruz e ao seu filho Gonçalo Reimão.



Campo 24 de Agosto

B

Foi durante muito tempo mais conhecido por Campo de Mijavelhas e era um dos principais aquedutos da cidade do Porto. A Fonte de Mijavelhas ficava anteriormente onde se encontra a actual estação do Metro deste local e pode lá encontrar-se ainda um vestígio arqueológico desta mesma fonte, que retrata aquela que foi a “Arca de Mijavelhas”, antigo chafariz.



Praça do Bolhão

C

Há cerca de dois séculos atrás, onde hoje é o coração da baixa do Porto, havia ali um grande lameiro, perto da quinta que pertencia aos condes de S.Martinho, onde serpenteavam ribeiros, vielas e ruelas, das quais apenas temos alguns vestígios. No ano de 1838, a Câmara Municipal do Porto mandou construir o Mercado do Bolhão (“bolha grande” ou borbotão de água), um dos mais emblemáticos mercados da cidade, sobre uma nascente de água que ali existia.



Rua Dr. Ferreira Silva

D

Foi uma das mais ilustres figuras oliveirenses pelo que, mereceu a nossa homenagem e por isso foi consagrado na nossa toponímia. Frequentou a Universidade de Coimbra na qual se formou brilhantemente em Filosofia, no ano de 1876. Foi director do Laboratório Municipal de Química sendo considerado um “sábio químico”. Esta rua também já teve o nome de “Rua da Academia Politécnica” e terá sido aqui que se situava a antiga Calçada dos Órfãos.



Rua Dr. Ferreira Cardoso

E

Era ainda em finais do século XIX um estreito caminho rural de difícil acesso que ligava a estrada do Bonfim com o Largo da Quinta do Prado (actual Prado do Repouso), e era chamada Viela de Sacais. Após vários acontecimentos, foi promovida a sua urbanização e consequentemente, a construção de novos arruamentos como a Rua do Conde Ferreira, do Barão de S. Cosme e a de Ferreira Cardoso, anteriormente chamada Viela de Sacais. Foi assim denominada em sua homenagem, principalmente pelo facto deste se tratar de um importante proprietário das redondezas.



Praça D. João I

F

Foi assim denominada em homenagem a D. João I e nela situa-se o teatro Rivoli (inaugurado em 1932). Podemos ainda encontrar na mesma dois prédios, um dos quais foi chamado o “arranha-céus” aquando da sua construção. O outro foi a sede do Banco Português do Atlântico de Cupertino de Miranda. Esta praça foi completamente redesenhada em 2001 e integrada no Porto: a capital da cultura.



Jardim de São Lázaro

G

Foi o primeiro jardim público da cidade do Porto e só ficou concluído sete anos após a sua inauguração, em 1834. Foi desenhado por João Gomes, primeiro jardineiro municipal do Porto. A norte do mesmo, sita a Biblioteca Pública Municipal do Porto e a sul a magnífica fachada barroca do antigo convento de São Lázaro, atribuído a Nicolau Nasoni (1691 – 1773). Apesar de bastante modificado desde a origem, é hoje o único jardim da cidade ainda envolvido por um gradeamento com quatro portões.



Rua de Sá da Bandeira

H

Situada na freguesia de Santo Ildefonso, da cidade do Porto, foi assim chamada em homenagem a Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo (1795­­– 1876), figura das Guerras Liberais, nomeadamente do episódio do Cerco do Porto. Começou a ser construída em 1836, em terrenos que pertenciam à abandonada cerca dos Padres Congregados, com o intuito de estabelecer uma ligação rápida e directa entre a Praça de D. Pedro e a Rua do Bonjardim e, desde aí, foi sofrendo alterações.



Rua das Carmelitas

I

Situada na freguesia da Vitória,é uma rua com grande história e teve várias denominações ao longo do tempo. Era conhecida até ao século XVIII como Campo da Via Sacra ou Calvário Velho e ainda mais tarde, como Rua do Anjo. No ano de 1704, o bispo D. Frei José de Santa Maria de Saldanha (fundou aí o Convento de São José e de Santa Teresa das Carmelitas Descalças, do qual hoje já não resta nenhum vestígio, a não ser na designação oficial da Rua das Carmelitas e da Rua de Santa Teresa. Segue-se, actualmente, à Rua do Clérigos, após a esquina com a Rua do Conde de Vizela.



Rua António Granjo

J

Situada na freguesia do Bonfim do Porto, foi assim designada em homenagem ao ilustre advogado, político e revolucionário António Joaquim Granjo (1881­­–1921). Foi republicano e era, também, membro da Assembleia Nacional Constituinte. Foi brutalmente assassinado na noite de 20 de Outubro de 1921, por marinheiros e soldados da GNR integrantes do movimento revolucionário comandado pelo cabo Olímpio. Nessa noite, foram também assassinados revolucionários como Machado Santos e José Carlos da Maia, todos pelo facto de serem opositores da corrente radical que dominou a República Portuguesa da época.



Rua das Taipas

K

O seu nome deriva da ordem da Câmara Municipal do Porto, que determinou o entaipamento da Rua do Olival, seu antigo nome, devido à peste que surgiu naquela altura, os empestados foram mandados para a Torre do Pêro do Sem. Nos séculos XVII e XVIII era habitada pela grande burguesia no Palacete dos Vilares de Perdizes, casa armoriada onde residiu o contador da Real Fazenda, Brito e Cunha.



Rua São Filipe de Nery

L

Provém da Irmandade de Nossa Senhora da Misericórdia, São Pedro da Víncula e São Filipe de Nery da cidade do Porto que, desde 1707, funcionava, em precárias condições, na Igreja da Misericórdia. Mais tarde, graças a doações, veio a edificar-se, nesta rua, a grandiosa e tão conhecida Torre e Igreja dos Clérigos. Filipe de Nery (1515 – 1596) estudou humanidades mas, mais tarde, veio a descobrir a sua vocação numa pequena capela situada na montanha que pertencia aos beneditinos do Monte Cassino, onde costumava orar. Decidiu então, posteriormente, ir para Roma seguir a sua vocação.



Rua de Santa Catarina

M

Em 1662, havia em Fradelos uma quinta com uma capela da invocação de Santa Catarina Mártir. Essa quinta, partia de um atalho que vai desde o caminho de Fradelos para a Porta de Cima de Vila. Este caminho é o antepassado mais antigo que se conhece da actual Rua de Santa Catarina que provavelmente dessa capela teve a sua designação. Santa Catarina nasceu no Egipto, é padroeira dos estudantes, filósofos, advogados e costureiras. Hoje em dia, a Rua de Santa Catarina é uma das ruas do Porto mas propícia para o comércio.



Rua da Firmeza

N

Esta rua resultou da junção da Travessa de Alegria e da Rua de São Jerónimo. O seu nome faz alusão ao cerco do Porto de 1832 a 1833 e à firmeza dos portuenses que resistiram às tropas absolutistas de D. Miguel. A Escola Artística Soares dos Reis foi transferida, em 1927, para as antigas instalações de uma fábrica de chapéus situada na Rua da Firmeza, tendo permanecido aí durante oitenta anos.



Igreja/Torre dos Clérigos

O

Denominam-se com este nome porque foram construídas para uma associação que tinha como objectivo ajudar os clérigos pobres. Os clérigos eram todos os sacerdotes que se preparavam para o sacerdócio. A Igreja e a torre dos Clérigos foram construídas no século XVIII e têm como autor Nicolau Nasoni (1691 ­– 1773). Este artista, decorador e arquitecto italiano foi considerado um dos mais importantes arquitectos da cidade do Porto.



Praça dos Poveiros

P

Situa-se junto do Jardim de São Lázaro e a sua designação é uma alusão aos habitantes da Póvoa do Varzim, mais concretamente aos seus pescadores. Antigamente, esta praça era denominada de Praça de Santo André. Foi neste local que foi fundado o Centro Democrático Federal. Na respectiva fachada ainda se pode ler «Casa onde foi hasteado o edifício da Câmara Municipal do Porto na Revolução do 31 de Janeiro de 1891».



Praça dos Poveiros

Q

Este lugar pertence à freguesia de S. Nicolau. Acredita-se que esta denominação é relativamente recente, o seu nome anterior era de Travessa do Outeiro. Localizado numa das mais típicas ruas do Porto, o antigo prédio da Reboleira nº 55, é um dos exemplares mais interessantes da arquitectura civil dos finais da Idade Média. Situa-se no ângulo da Rua da Reboleira com a Rua do Outeirinho. É um dos maiores edifícios da zona e contém elementos arquitectónicos de várias épocas.



Rua das Flores

R

Inicialmente, esta rua foi chamada de “Rua de Santa Catarina das Flores”, nome que resultou do grande número de hortas que aí existiam. Foi mandada abrir em 1518 pelo rei D. Manuel I, desde então, passou a ser eleita por nobres e burgueses para construírem aí os seus palacetes. Esta rua tem um aspecto oitocentista e burguês, com vários edifícios em ferro.



Rua do Almada

S

Começa na Rua dos Clérigos e termina na Praça da República. O nome da rua homenageia João de Almada e Mello (1703 – 1786), governador do Porto na segunda metade do século XVIII, o qual foi enviado para a cidade pelo Marquês de Pombal, com a incumbência de reprimir a Revolta dos Taberneiros. Outrora, foi designada de Rua das Hortas, e é tradicionalmente conhecida como a “Rua dos Ferreiros”. Este nome provém do facto desta rua se dedicar bastante ao comércio de ferragens.



Rua do Carmo

T

Foi assim denominada devido à vinda dos Carmelitas para o Porto no século XVII. O Hospital de Santo António está localizado entre o Carmo e os jardins do Pavilhão Rosa Mota. É uma instituição centenária na cidade do Porto e pioneira em muitas áreas de medicina. Este hospital foi mandado construir por D. José I na Rua das Flores, porém, devido ao seu rápido crescimento, esta instituição foi transferida para o local actual.



Largo de São Domingos

U

O aspecto deste local foi bastante modificado nos tempos modernos, todavia, ainda conserva bastante das suas edificações tipicamente portuenses. Foi durante séculos o centro de comunicações de vários bairros. Em 1236, o bispo D. Pedro Salvadores deu aos dominicanos um terreno, erguendo-se assim o Convento de São Domingos neste largo.



Rua 31 de Janeiro

V

Pertence à freguesia de Santo Ildefonso da cidade do Porto. A sua designação anterior era Rua de Santo António, tendo sido alterado para o actual em homenagem à revolta republicana, que ocorreu a 31 de Janeiro de 1891. Esta rua de elevado declive, foi construída no século XVII a mando de João de Almada e Melo com o objectivo de estabelecer uma comunicação entre o bairro de Santo Ildefonso e o bairro do Bonjardim.



Rua de Santo Ildefonso

W

Já em 1542 esta rua era mencionada como Rua de Santo Ildefonso, porém, passou a chamar-se de Rua Direita de Santo Ildefonsó em 1632 e Rua 23 de Julho em 1839. Mais tarde, voltou a designar-se Rua de Santo Ildefonso. Este Santo deu também nome a uma capela que se encontra numa das extremidades desta rua. Santo Ildefonso nasceu numa família ilustre, no ano de 1605 e morreu a 23 de Janeiro de 1667.



Rua do Morgado Mateus

X

Esta rua, desde 1933, tem o nome de D. José Maria de Sousa Morgado de Mateus (1758 – 1825) enviado em França e mecenas de «Os Lusíadas» da edição parisiense. Antes de ser denominada de Rua Morgado Mateus, era conhecida como Rua de Mija Vinagre no século XVIII e pouco tempo depois, por meados do século XIX designava-se Rua da Murta. A explicação para este nome poderá ter sido o facto de ter vivido nas imediações D. Maria Margarida de Guimarães Ribeiro, viúva de Boaventura José Vaz Murta.



Avenida Gustave Eiffel

Y

Situa-se junto ao rio Douro e o seu nome resultou de uma homenagem a Gustave Eiffel, autor da ponte D. Maria Pia do Porto. Esta ponte foi edificada entre Janeiro de 1876 e Novembro de 1877, sendo a primeira ponte ferroviĂĄria a unir as duas margens do rio Douro. Gustave Eiffel foi um engenheiro francĂŞs que nasceu a 15 de Dezembro de 1832 e faleceu a 27 de Dezembro de 1923.



Campo dos Mártires da Pátria

Z

Largo do Olival era como se denominava este local, todavia, em 1835, passou a chamar-se Campo dos Mártires da Pátria em homenagem aos doze “Mártires da Liberdade” que foram enforcados a mando dos tribunais miguelistas, em 1829. De entre estes doze Mártires, destaca-se António Bernardo de Brito e Cunha (1781 – 1829). No jardim deste Campo dos Mártires da Pátria encontram-se curiosas esculturas em bronze também elas em memória dos liberais mortos em Maio e Outubro de 1829.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.