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Trimestral | 4ª Edição • 2015
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Mais Culturas
Apoiamos a excelência
Mais Inovação
A AGROMAIS reconhece a importância do papel social que representa junto das comunidades onde está presente. Assim, à imagem dos anos anteriores, patrocinou o prémio do Quadro Valor e Excelência para os melhores alunos do 12º ano da Escola Secundária José Gomes Ferreira (Ferreira do Alentejo), Escola Secundária Mestre Martins Correia (Golegã), Agrupamentos de escolas da Chamusca e Aljustrel.
Mais Destaque Mais Mercado Mais Responsabilidade
Editorial A razão da revista Agrotejo… Foi na verdade que assim tudo começou entre nós, no café! O nosso problema começou quando nos apercebemos que já não chegava estarmos perto, fisicamente falando, uns dos outros. Tínhamos que dialogar mais intensamente e sobretudo tínhamos que comunicar com o exterior da “nossa zona”. Tivemos que mudar, pois já não conseguíamos continuar como até aí, fechados sobre nós próprios. Já não éramos só os de alguns cafés, já éramos os dos cafés de muitos sítios, dos cafés dos Riachos, dos da Golegã, do Pinheiro Grande, da Azinhaga, da Carregueira, da Chamusca, de Vale de Cavalos, do Pombalinho, e por aí fora… Mas por outro lado, também já eram os nossos fornecedores, os dos adubos, os das sementes, dos fitofármacos, materiais de rega, combustíveis, etc.. Mas eram também, outros, como as Universidades, o Ministério da Agricultura. Foi assim que surge a necessidade de criar a revista da Agrotejo. Era necessário comunicar, informar e envolver agricultores e parceiros. Hoje em dia a revista da Agrotejo assume-se, a nível nacional, como um meio privilegiado de partilha da informação e do conhecimento no domínio do setor agrícola e meio rural. Luís Vasconcellos e Souza Presidente da Direção
Cartão de aplicador De acordo com a Lei nº 26/2013, a partir do próximo dia 26 de Novembro de 2015, todos os utilizadores de produtos fitofarmacêuticos para uso profissional, têm que possuir o cartão de aplicador. Para ter acesso ao cartão tem que frequentar um curso de aplicação de produtos fitofarmacêuticos ou fazer uma prova de conhecimentos. Se já frequentou o curso de aplicação de produtos fitofarmacêuticos ou um curso de proteção e produção integrada pode obter o cartão de aplicador. Para mais informações contacte a Agrotejo.
Emparcelamento O Concelho de Ministros, aprovou o projeto de emparcelamento rural das freguesias de Azinhaga, Golegã e Riachos, promovido pela Agrotejo.
Mais Milho A AGROMAIS recebeu, no passado dia 3 de Setembro, nas suas instalações na Golegã, agricultores e parceiros, no qual foram apresentados os resultados dos ensaios de 2014 e realizado, uma visita aos campos de ensaio do Mais Milho.
Pulverizadores Inspeção de equipamentos de aplicação de produtos fitofarmacêuticos: • Obrigatória a partir de 26 de Novembro de 2016 para equipamentos anteriores a 21-10-2010; • Obrigatória até 21 de Outubro de 2015 para equipamentos adquiridos a partir de 21-10-2010.
Rega Os agricultores que aderiram à medida do uso eficiente da água devem entregar à entidade reconhecedora do regante as leituras dos contadores. Qualquer dúvida contacte o Departamento de Rega!
Newsletter Agromais Trimestral | 4.ª Edição • 2015 MAIS CULTURAS CEBOLA Já se finalizaram as colheitas com uma produção total recepcionada acima das 11 000 toneladas brutas. A concentração da colheita nalguns campos, provocou que a colheita tivesse que se iniciar para big bags mais cedo do que o previsto e, pelo primeiro ano, a imposição de quotas à colheita nalgumas semanas. A quantidade total recepcionada reflecte não só o aumento de área mas também uma produção média de 60 ton/ha, a produção mais alta de sempre na Agromais. Ao nível de qualidade, a média geral é boa, não obstante alguns campos com menor qualidade essencialmente devido à pressão verificada das tripes. A expectativa de mercado é melhor do que a da campanha passada devido à menor quantidade de cebola em Espanha, maioritariamente nos calibres grandes. Dado se tratar de cebola de conservação e dada a quantidade, aguarda-nos uma campanha de comercialização bastante longa, até Março do próximo ano. A exportação assumirá, mais uma vez, um papel crucial no preço médio final.
sementeira, com o objectivo de concentrar um volume elevado para o período de armazenagem, de modo a aumentarmos o nosso poder de escolha na batata a armazenar. Com o objectivo de promover a qualidade do produto, a sua durabilidade e confiança dos nossos clientes, foi adquirido um novo chiller para as câmaras de armazenamento e stockshock´s para os reboques dos produtores. O primeiro tem como função um aumento na capacidade de arrefecimento das câmaras, de forma mais eficaz e num curto espaço de tempo, permitindo assim, que a batata esteja menos sujeita a stress nas câmaras. Os stock-shock´s instalados nos reboques dos produtores, que entregam batata para armazenagem, permite a redução a níveis mínimos das pancadas, defeito bastante frequente e prejudicial na qualidade final. Rita Caixinha (rita.caixinha@agromais.pt) Departamento Técnico
Para além da comercialização, factor mais importante à data, importa não perder o Norte e começar desde já a delinear a próxima campanha. Bruno Estêvão (bruno.estevao@agromais.pt) e Bruno Moura (bruno.moura@agromais.pt) Coordenador Técnico Hortoindustriais e Departamento Técnico
MILHO PIPOCA Terminámos mais uma campanha de milho pipoca, que correu dentro do previsto com uma produção média razoável. Apesar de ser um ano de muita lagarta e alguns campos terem a presença da praga verificou-se que, a quebra em algumas situações, não teve a ver com as pragas mas sim com problemas de densidade e rega.
BATATA INDÚSTRIA Das três variedades contratadas com a indústria, a Lady Rosetta é a mais precoce, tendo obtido nesta campanha produções altas em todos os produtores, com uma média final de 53,8 ton/ha.
Todos os anos são realizados ensaios cujos resultados servem para aconselharmos os agricultores nas densidades mais favoráveis e escolhermos as variedades mais adaptadas à nossa realidade, respondendo desta forma às especificações dos clientes. Susana Covão (susana.covao@agromais.pt) Coordenadora Técnica de Cereais
Estas produções levaram-nos a prever boas produções nas outras variedades, a Hermes e Brooke, situação que não se concretizou, onde as médias finais foram mais abaixo do esperado. Nesta campanha programou-se a antecipação da armazenagem em cerca de 15 dias (início de Agosto), altura em que o nível de defeitos é mais baixo trazendo melhor qualidade final, assim como longevidade do produto. Continuamos a ter como única variedade para armazenagem a Hermes. Houve também, uma programação criteriosa do plano de
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MAIS INOVAÇÃO O papel decisivo da investigação e desenvolvimento (I&D), nos desafios que se colocam ao setor Os desafios que se colocam ao sector são motivados essencialmente pela crescente exigência dos clientes, pela constante necessidade de produzir mais e melhor e também pela necessidade de diversificação. Devemos encarar os desafios como oportunidades! Oportunidades como novas culturas, ou mesmo, dentro das existentes, de segmentos diferenciados, como é o caso do milho para pipocas ou da cebola doce, entre outras. Dada a grande especificidade destes produtos, o seu conhecimento implica testar variedades e técnicas de produção, por vezes muito diferentes do que se considera mais correcto por ser prática usual. A introdução de novas culturas, como aconteceu recentemente com o alho e está a acontecer com o tremoço, batata-doce e abóbora, embora sendo culturas tradicionais já conhecidas, implica a necessidade de estudar novas variedades e técnicas culturais adaptadas à nossa realidade, não só pelas diferentes
condições edafo-climáticas, como pelo sistema de agricultura que se pratica, tendo sempre em conta a rentabilidade dos produtores e os parâmetros de qualidade que nos são exigidos. Esta exigência na qualidade é transversal a todas as culturas, mesmo naquelas em que há mais conhecimento, pelo que, a procura de novas soluções e métodos culturais que nos permitam alcança-la, implica contínua experimentação. Sendo um sector em constante mutação há a necessidade de nos adaptarmos, de não nos contentarmos com o que já fazemos, procurando sempre uma melhor solução, uma melhor prática, tendo sempre em conta a relação custobenefício. Pretendemos indicar o melhor caminho e novas soluções aos nossos produtores por isso…..experimentamos! …… analisamos!........e divulgamos! Susete Matos (susete.matos@agromais.pt) Departamento de Ensaios
MAIS DESTAQUE COMEMORAM-SE 25 ANOS DA REVISTA AGROTEJO! A revista Agrotejo surgiu da necessidade de informar o mundo rural, numa época em que escasseavam as edições escritas sobre as temáticas e políticas agrícolas, afirmando-se desde logo como uma publicação de referência. A informação atempada, envolvendo a participação de diversos protagonistas em diferentes momentos da nossa história recente, disponibilizando informação e esclarecendo associados, parceiros económicos e institucionais, de uma forma clara, isenta e objectiva, criou uma relação de confiança com os leitores. Esta confiança, associada a uma imagem de credibilidade e competência, permitiu à Agrotejo desenvolver projectos estruturantes na região, catalisadores do desenvolvimento da actividade agrícola. O projecto de emparcelamento da Azinhaga, Golegã e Riachos é um exemplo claro dessa relação que se estabeleceu entre os agricultores e a sua associação. O Projeto de Emparcelamento Rural das freguesias de Azinhaga, Golegã e Riachos, que envolve uma área de cerca de 6.000 ha foi concluído pela AGROTEJO – União Agrícola do Norte do Vale do Tejo em 2006, após 6 anos de trabalho de levantamento e depois da obtenção do acordo dos agricultores envolvidos.
Agricultura decidiu dar-lhe continuidade, criando condições para a sua execução. Este projecto originará uma reestruturação das explorações agrícolas no perímetro de intervenção, reconfigurando um elevado número de parcelas, aumentando a sua dimensão e optimizando a sua configuração, traduzindo-se numa maior eficácia e aumento de competitividade das explorações inseridas numa das regiões mais férteis do país. O projecto prevê a remodelação da rede de furos de captação de água para rega, assim como a reorganização da rede de distribuição de energia elétrica, o que permitirá baixar os custos de exploração, já que os agricultores ficam com parcelas maiores e em menor número. Aprovado em Conselho de Ministros no passado dia 24 de Setembro e com um encargo estimado em cerca de 9,6 M€, prevê-se que a candidatura ao financiamento da obra seja apresentada até final do presente ano. A execução do projecto levará em conta a situação actual das explorações agrícolas, procurando sempre minimizar o impacto da obra na estrutura produtiva da região. Mais uma vez, a comunicação e o diálogo entre a Agrotejo (entidade promotora do projecto) e os proprietários e agricultores serão decisivos para o sucesso da iniciativa António Godinho de Carvalho Presidente da Agrotejo
Após um período de 7 anos em que o projecto não foi prioritário na programação da politica agrícola nacional, por desinteresse de um ministro que não deixou saudade, a actual Ministra da
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MAIS MERCADO “MERCADO MUNDIAL DE MILHO – NOTAS DESTACADAS SOBRE A CAMPANHA 2015/2016” O período do ano em que nos encontramos (3º trimestre) é, para muitos dos produtores nacionais, o período crítico de decisão relativamente à campanha de 2016. Sendo certo que aquilo que o agricultor retém, para efeitos da sua tomada de decisão, é o preço da última campanha, sendo previsível, também, que o stock de final da campanha comercial 2015/2016 se manterá a um nível confortável, surgem, no entanto, sinais de que nos poderemos encontrar na fase terminal de um ciclo negativo. Limitar-me-ei a enumerar um conjunto de notícias e factos que surgiram nas últimas semanas, um pouco pelas diferentes fontes de informação internacionais do setor: • Apesar de um abaixamento global do preço da soja, a desvalorização do real está a ser compensada com preços internos mais altos, encorajando os agricultores a aumentar a área semeada no Brasil (Fonte: USDA – United States Department of Agriculture – Gain Report Brazil – 02.Out.15) • 83% do total da superfície de milho na Argentina pode ser economicamente inviável na campanha 2015/2016. O rendimento médio da cultura encontra-se 75% abaixo do nível de cobertura dos custos de produção, podendo gerar uma redução considerável nas intenções de sementeira na próxima campanha (Fonte: AACREA – Asociación Argentina de Consorcios Regionales de Experimentación Agrícola – Comunicado de Prensa – 23.Set.15) • A Bolsa de Cereales de Buenos Aires prognosticou uma redução na área de sementeira de milho de 20% para a campanha 2015/2016, fruto das condições de mercado e da falta de medidas que incentivem as sementeiras (Fonte: Bolsa de Cereales – Panorama Agrícola Semanal – 01.Out.15) • O fenómeno climático El Niño deverá atingir um pico entre Outubro de 2015 e Janeiro de 2016, prolongando-se até à primavera de 2016, segundo a WMO (World Meteorological Organization). Segundo a NOAA (USA National Oceanic and Atmospheric Administration), a intensidade do fenómeno poderá mesmo ultrapassar o de 1997/1998. A concretização deste fenómeno terá efeitos sobre as produções, esperando-se secas no Sudeste Asiático. Apesar da situação dos stocks mundiais ser confortável, ela poderá mudar rapidamente (Fonte: AGPM – Marchés Maïs – 02.Out.15) • As atenções focam-se na ausência de chuva e na instabilidade das temperaturas na região do Mar Negro e no sul da Rússia. As condições são verdadeiramente preocupantes para os trigos de inverno. A Ucrânia e a Rússia representaram, nos últimos três anos, 20% das exportações mundiais de trigo (Fonte: AGPM – Marchés Maïs – 02.Out.15) • Segundo os operadores, os primeiros resultados das colheitas de milho nos Estados Unidos levam a perspetivar uma revisão em baixa do rendimento da produção americana (Fonte: AGPM – Marchés Maïs – 09.Out.15) • Segundo a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento do Brasil), espera-se uma área semeada de milho em baixa na safra, este ano (cerca de 28,5 Mha contra 30,7 Mha no ano anterior), mantendo-se a área da safrinha. Prevê-se, assim, uma redução da área total de milho no Brasil na ordem de 2 a 3% relativamente ao ano anterior (Fonte: AGPM – Marchés Maïs – 09.Out.15)
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• Os analistas permanecem hesitantes sobre a estimativa da produção de milho ucraniana de 2015. A USDA prevê uma produção de 25Mt (contra 27 Mt anteriormente), a Agritel prevê uma produção inferior a 23 Mt, enquanto que o governo ucraniano estima a colheita em 22,2 Mt (Fonte: AGPM – Marchés Maïs – 09.Out.15) Sem entrar no campo das meras especulações, terreno em que os mercados de cereais são extremamente férteis, parece vir a conjugar-se, neste momento, um conjunto de episódios e circunstâncias, que se prestarão a interessantes leituras. Jorge Durão Neves Diretor Geral da Agromais
MAIS RESPONSABILIDADE O terceiro trimestre de 2015, trouxe ao Restolho uma atividade redobrada, que se prende em primeiro ligar com a disponibilização de campos com as culturas de Primavera/Verão, como sendo tomate, pimento, batata, abóbora e cebola, e em segundo pela maior propensão das empresas e outras entidades, a efetuarem atividades ao ar livre, potenciadas pelo bom estado do tempo. No total os últimos 3 meses representaram para nós uma mobilização de cerca de 500 voluntários! Entre eles destacam-se o ATL do Jardim de Infância “ O Coelhinho” da Chamusca, Grupo Eco (grupo de jovens numa parceria CM Golegã, Agrupamento Escolas concelho da Golegã, Agrotejo e Fundação Gulbenkian), Consultora KPMG, Universidade Católica de Lisboa, e ATL da Câmara Municipal da Golegã que efetuou 2 ações. Já no mês de Outubro recebemos também a Escola Superior Agrária de Santarém. Participaram alguns produtores aderentes ao programa, a quem naturalmente agradecemos o empenho, e que tornam ano após ano, esta iniciativa possível: Hortícolas Casal da Avó, Soc. Agrícola São João de Brito , Agro- Conventinho, Francisco Manuel Marques, Agro-Cartas, José Luís Inverno, Soc. Agro-Pec. Reis Mendes e José Pedro Nunes. Números mais concretos serão divulgados no final do ano, no entanto, podemos adiantar que já ultrapassamos, em cerca de 3 toneladas, a quantidade de produtos entregues no ano de 2014! De salientar ainda, que a Assembleia da República declarou que 2016 será o Ano Nacional do Combate ao Desperdício Alimentar. Sendo este o nosso principal objetivo, estamos a preparar várias iniciativas para o assinalar, e contamos com a sua participação. Vamos pois, continuar a “concatenar” força e vontade de ajudar! RESTOLHO UMA SEGUNDA COLHEITA PARA QUE NADA SE PERCA! Alexandra Fernandes (alexandra.fernandes@agrotejo.pt) Técnica da Agrotejo Ficha Técnica: Propriedade: AGROMAIS, CRL Coordenação: Departamento de Comunicação Textos: Departamento Técnico / Departamento Comercial / Agrotejo
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