LET’S TALK ABOUT
wings
HEAD
EYEs
And minds...
Thanks:
Q
uando embarquei nessa náu, não imaginava que a tripulação se formaria tão rápida. Queria agradecer a todos que colaboraram com a realização da TEREZONA. Ela nasce com levíssimos toques de Bakunin, destruir as "coisas" (o Estado estagnado) e não as "pessoas". Nessa desordem, organizaremos nossos orientes e navegaremos pelo caos artístico. Deixo aqui meu grande e carinhoso MUITO OBRIGADO! Mirton
Irakerly Filho, Márcio e Talita Bigly, Josélia Neves, Hudson Melo, Validuaté, Sanatiel Costa, Durvalino Filho, Fraga, Solda, Mariel Werneck, Lúcia Santos, Tatiana Cesso, Masha Rumyantseva, Aline Neves, Paulo Tabatinga, Cícero Manoel, Phylippe Moura, Rafael Solano, Igor Drey, Pecê Lopes, Mirton. Diagramação: Xeque Marketing.
Revisão: José Quaresma Quer participar? Envie um email com sugestões para: terezona.revista@gmail.com
Idealização: Mirton Realização: Mirton e Pecê Lopes Colaborações: Juliana Alves, Flávio Stambowsky, Karine Tito,
Twitter: twitter.com/revistaterezona Gostou? Então curta nossa página no FACEBOOK. https://www.facebook.com/pages/ Terezona/241481812558254
#EDITORIAL
#pronto_falei
Por Pecê Lopes
Por @mirton3
T
Resolvi estrear essa coluna que vai ser um espaço de críticas ou elogios a um serviço da sua cidade, país ou planeta. Vamos lá!
udo ao mesmo tempo agora! É tempo de convergir, compartilhar, de redes sociais, e o que mais interessar – cabendo ou não em 140 caracteres. A convergência leva tudo para a grande rede. Podemos há muito ler notícias nela, lá a rádio toca, vê-se TV . Agora, nossa revista vai ao ar. Isso. A TEREZONA vai ao ar. Não irá para o papel. Ela é lançada ao mundo agora, publicada em seu computador, note ou netbook, IPad, celular. A sustentabilidade não é moda. É necessidade! Mas a consciência ecológica não é tudo aqui. Vamos desbravar tendências e suas possibilidades. Reforçamos: a revista é nossa! Vamos levar à prática conceitos atuais de interação. Ela será zona de compartilhamento, zona de coletividade. Aqui você poderá ler, ver, clicar, sugerir... Publicar matérias, poemas, fotos. Será uma verdadeira zona de arte para ver o que não se vê por aí. A TEREZONA é uma revista eletrônica com foco em arte e comportamento. Uma revista para deleite visual, para entretenimento e para discussão. E que se lança agora, para você ter uma zona de prazer, de informação, de arte, de vida. Não se acanhe e participe, recomende, faça conosco.
Tudo acaba em pizza e arte.
Q
uem não lembra de como era difícil degustar uma boa pizza na cidade há alguns anos pretéritos? A deficiência de galerias de arte então, nem se fala, aliás, essas andam sumidas por aqui até os dias de hoje. Meu destaque vai para a pizzaria Ateliê do Chef, que investe nos pontos que citei: Sabor e Arte. A casa foi uma grata surpresa no meu retorno a Teresina. A minha avaliação como cliente foi: • Uma pizza deliciosa com uma massa fina, crocante e com ingredientes frescos que lembraram até as típicas pizzarias paulistanas (Castelões, 1900, etc). Perfeita até para aqueles que, cometem o crime do catchup e maionese, saboreá-la apenas com azeite de oliva; • Atendimento atencioso; • Espaço aconchegante; • Espaço disponível para eventos artísticos; • Boa música ( Ah! Como é bom ouvir coisa nova e de qualidade com um "volume educado". Fica minha dica para quem curte tudo isso. Minhas congratulações a Gunnar Campos, um jovem que investe e busca sempre melhorar os serviços oferecidos.
Av Dom Severino, 1631 - Fátima (86) 3232-6000 Teresina - Pi.
Hudson Me grafite
Teresina - São Paulo - São Luis - Curitiba - Chicago - Rússia
ponto de vista filme
musica
gastronomia
p
elo
Validuate textos
Poemas Visuais instagramadores
portifolio Masha rumyantseva
HUDSON
MELO
Cordel & Street Art na medida certa
A arte urbana se originou no E Hudson Melo, ou Magão, fim da década de 1960 e início está certamente nesse rol. O da década de 1970, na Fila- trabalho dele tem se destacadélfia, onde grafiteiros pionei- do onde quer que ele o apreros como Cornbread e Cool sente, com traço a mão livre Earl trabalhavam, e ganhou sob influência da street art, ele notoriedade em Nova York, usa ilustrações, cores, tintas e onde grafiteiros como Taki183 materiais inusitados. Conferie Stan153 deram vida à “Es- mos a exposição de Hudson cola Nova-Iorquina” de grafite que aconteceu no Ateliê do chefe, no mês de Julho. Senti-
moderno.
Atualmente, grandes talentos mentos, cores e diversas influse espalham pelo mundo.
Fotos: Mirton
ências para seu deleite visual.
Entrevista:Pecê Lopes
Seus traços negros e ro-
do hip hop, meu trabalho
bustos lembram a xilogra-
tem uma forma mais solta
vura. Ela é uma inspiração?
e sem amarras mesmo.
HM_ Sim! Xilogravura é
Onde podemos ver seus
uma das principais fon-
trabalhos?
tes na montagem do meu trabalho, tanto pelas co-
HM_
Meus
trabalhos
res como pelas formas do
exercitam no expectador
traço bruto e verdadeiro.
um olhar aguçado então pode estar em muitos lu-
A street art é muito ligada
gares inusitados mas, a
ao hip hop – arte original-
rua, é o ambiente natural
mente de guetos e grupos
dos meus trabalhos.
bem definidos. Mas, “sua street art” parece não ter
As ruas podem ser tratadas
fronteiras ou amarras. Ver-
como uma galeria de arte?
dade? Fale um pouco sobre isso.
HM_ Sim, a rua é um suporte incrível, cheio de
HM_ Apesar de gostar
texturas novas, ambien-
muito desse movimento
tes onde muita arte pode
e saber que o grafite se
transitar.
fortaleceu muito através
contato: magaohudson@hotmail.com
Foto: arquivo pessoal
Texto: Mirton
Grรกfico: Tudo Sobre Arte - Ed. Sextante
Fotos SP: Juliana Alves
Fotos PI: Mรกrcio Bigly
S
e os muros da minha cidade pudessem gritar em alto e bom tom, seria mais ou menos isso que ouviríamos. O grafite é uma das mais belas formas de expressão urbana, uma arte que ilustra pontos ociosos valorizando a cultura e dando um pouco de beleza para quem passa por ele. Como artista e publicitário, me revolta a má utilização dos muros com propagandas, cada uma mais tenebrosa que a outra. Os reclames já tem seu o espaço: Outdoors, TV, rádio, jornais,etc. Ainda precisam "tomar" os muros da cidade transformando-os em um grande e caótico "classificado"? Por isso, eu digo: mais grafites e menos propaganda! 1968
1971
1977
Cornbread e Cool Earl começam a pintar suas marcas em Filadélfia.
Taki183 aparece no New York Times quando a explosão do grafite domina a cidade.
Basquiat dá início a seu projeto SAMO ( Same Old Shit - A mesma porcaria de sempre ), com pinturas com tinta spray nas paredes dos prédios de Manhattan
SP
1980
1980 - 1984
Haring cria suas imagens registradas: o Bebê Radiante e o Corredor.
O grupo de arte de guerrilha urbana AVANT produz uma série de cartazes de cola de trigo e os espalham por toda cidade de Nova York
1981 O Projeto para as Artes de Washington exibe a obra de Fekner e Fab Five Freddy na exposição " Arte das Ruas".
cont.
SP
1984 Blek le Rat pinta ilegalmente o Louvre com estênceis de ratos, tanques de guerra e figuras humanas.
1989 Fairey dá início à sua campanha artística de adesivos "Andre, o Gigante tem um Bando", que foram distribuídos por skatistas e se espalharam pelos Estados Unidos.
1998 O artista de rua parisiense "Invader" começa a afixar marcas de cerâmica Space Invader em paredes, pontes, monumentos e estações de metrô. Ele prossegue marcando 35 cidades.
2000
2004
2008
Espo (Stephen Powers), Reas ( Todd James) e Twist (McGreen) produzem a mostra "Marca Indelével" no Instituto de Arte Contemporânea da Filadélfia.
O primeiro festival de rua é organizado em Melbourne, na Austrália. Ele se concentra principalmente na arte feita com estêncil.
A arte de rua enfeita a fachada da galeria Tate Modern, na primeira exposição londrina de arte urbana.
SP
THE
THE
SP
Uma conversa
sem prazo de VALIDADE
Fotos: Aline Neves
Entrevista:PecĂŞ Lopes
D
entro da embalagem, produtos que não perecem: criatividade, música sem preconceito e poesia. E parece que com dosagens que vêm se aprimoran-
do a cada disco, a cada música nova. A banda Validuaté vem colocando um produto de qualidade em prateleiras carentes de música que alimente de verdade. Conquistando o cenário de seu estado e começando a mostrar a cara fora dele, o pessoal da banda fala aqui sobre sua música, suas ambições, realidade das rádios e apoios do poder público, além dos planos para o futuro próximo e parcerias que devem pintar.
TZ_Os jornalistas e o público rock pesado, a gente faz... Mas / Somos o que somos / Inclassitem uma necessidade e ação olha só o que acontece. No co- ficáveis”. espontânea de querer rotular meço tocávamos mais algo tipo o que ouvem. Trabalho difícil baião misturado com rock, e por TZ_ Sem medo de errar, hoje, pra quem ouve Validuaté. En- a gente ser do Piauí, a galera a Validuaté é a banda da vez tão, “o que é Validuaté”?
já dizia que era música regio- na cidade. O que vocês ainda nal. Mas, se fosse um paulista querem conquistar por aqui,
Thiago E – A gente nunca se fazendo baião com rock ele não no estado? O que almejam auto-intitulou com nenhum rótu- seria regional. Se for um cara de neste cenário? lo. Até porque, quem acompa- Curitiba misturando baião com nha o trabalho da banda sabe rock ele não é regional. Só di- Quaresma – Acho que o rádio... que a gente sempre defendeu zem que regional é do Nordes- Tocar mais também pelo estado. e praticou essa diversidade. A te, como se São Paulo ou Rio E a gente tem começado agora gente sempre fica aberto e dis- não fosse de região nenhuma. e está sendo muito bom. Tocaponível pra fazer música em Então, a gente não é preocupa- mos em Piripiri, Picos... Em Parqualquer gênero que seja. Se do com essa coisa de rótulo e naíba a gente formou um públia gente achar que vai ser legal não liga pra isso. Tem uma mú- co incrível que a gente não tinha gravar um disco só de samba a sica do Arnaldo Antunes que idéia. Piripiri foi muito bom tamgente faz, só de reggae, só de diz assim “Somos o que somos bém, muita gente, mais do que
em muita festa que a gente faz da cidade...
CD. Ou seja, era o dinheiro que
aqui em Teresina. E tem muito
a gente iria fazer banner, divul-
mais coisa pra gente fazer.
TZ_ ...Será que eles estão gar o CD... cumprindo a cota de madru-
TZ_ Tomando o gancho da rá- gada e a gente não sabe?
TZ_Divulgar inclusive eles...
dio. Como vocês avaliam a rádio no cenário em que vivem? Todos – Risos...
Thiago E – Exatamente!
Thiago E – Outro dia a gen- Vazin – O disco foi lançado há John Well – Converso muito so- te tava até conversando sobre dois anos e já acabou! Na verbre isso com meus amigos e mi- isso... Se a música piauiense dade, a Lei A Tito Filho é uma nha família... O rádio não só do deu esse salto nos últimos cin- iniciativa boa. É um exemplo Piauí, mas do Brasil todo, tem co anos não teve nenhum dedo que o poder púbico tem como esse lance de tocar mais coisa político. Ou seja, era uma coisa fazer e pode fazer as coisas. que a gente nem sabe de onde pra andar junto, mas não anda. Agora, a omissão é muito granvem. E a gente praticamente é Então se a gente tem um cer- de. O dinheiro circula, as verbas obrigado a ouvir. Então deixa to respaldo, se a gente é vis- estão por aí... Mas, a conversa muito a desejar, parece que não to – assim como várias outras é muito grande e ninguém vê dão muito valor.
bandas – é mérito dos próprios nada. É justamente por isso que
Vazin – Porque macaco gosta músicos. Por exemplo: a gente estamos em movimento. mais de banana? Porque não botou um projeto na Lei A. Tito dão outra coisa pra ele! (risos Filho e até hoje falta a gente re- TZ_ Já falamos do que ainda generalizados)
ceber a última parcela de um querem por aqui. Mas, e os projeto que a gente botou há planos de ampliar fronteiras.
TZ_ Há até uma Lei que obri- anos atrás...
Como estão?
garia as rádios a ter uma parcela mínima de músicas lo- TZ_ Há quanto tempo estão Quaresma – A gente já está cais...
esperando?
com uma parceria com o ANDRÉ VALUCHE – produtor que
Quaresma – ...Uma vez ouvi Thiago E – O projeto é de 2007. trabalha no Rio e em São PauFullreggae às três horas da E era pra gente receber a par- lo. E ele já está articulando para manhã numa grande rádio cela referente à divulgação do criar espaços dentro da cidade
de São Paulo, dentro do esta- cês lançaram clipes, agora disse logo que chegamos a São do de São Paulo, no interior, falam de planos para lançar Paulo: “O DVD está garantido, em SESCs, teatros... O que era DVD. Como está o planeja- viu?”... uma necessidade mínima que a mento para isso?
Thiago E – E a gente vai ten-
gente tinha. Tipo, porque a gen-
tar trazer também o Isaac Bar-
te não sai? Porque a gente não Quaresma – O plano maior é david, o (Jorge) Mautner – que tem nada marcado ainda fora. mesmo o DVD. A gente ainda tocou com a gente no Trilhos, de Porque não tem como a gente ir vai ver direitinho como fazer, repente o Arnaldo Antunes tamlá e ainda batalhar por um show, mas já ta surgindo uma idéia de bém... que a gente já fez uma batalhar por um espaço... Ago- local, equipamento, orçamen- música – eu e Joniel Veras – ra há projetos de fazer um DVD to... Já tem participações confir- pensando para ele cantar. e fazer o terceiro disco. Esses madas... TZ_ Bom. Pra concluir. Até
próximos projetos é que devem
procurar um espaço para a ban- TZ_ Pode adiantar quem se- onde vai Validuaté? da no mercado nacional.
riam? Thiago E – Validuatéééé quan-
TZ_Não faz muito tempo vo- Quaresma – Ah, o Zéu Britto do Deus quiser! (risos)
http://www.validuate.com/ http://www.myspace.com/validuate @Validuate
Portifolio Masha Rumyantseva
N
esse primeiro número da TEREZONA, tivemos a honra de conhecer o trabalho da ilustradora russa MASHA RUMYANTSEVA, que gentilmente abriu seu portfólio para nos mostrar seus belos trabalhos de ilustração e colagem.
Foto Ilustrativa
SOLDA Algumas Idéias para Peças de Teatro
lhe promete a juventude eterna, a satisfação dos desejos e dois ingressos para o show da Rita Lee. A empregada, encarnando o conflito humano entre a matéria e o espírito, ignorando
a
situação,
pede aumento. Surge Godot, não se sabe de onde, representando as obras de cunho universal. Alguém ten-
J
ta servir o cafezinho. As
oão Maria tenta de- são de pureza e virtude. luzes se apagam. Mefissesperadamente es- João Maria se recusa. tófeles passa a mão na
crever uma peça de tea- Tem que lavar toda a lou- empregada. Tumulto. O tro para participar de um ça e levar as crianças no inspetor Poirot invade o concurso. Folheia livros, colégio.
apartamento. Fica no ar
consulta anotações. A
aquele cheiro de carta
campainha toca, ele vai Mefistófeles, escondido rasgada. atender. É Fausto, acom- atrás da cortina, ouve panhado do Diabo. João toda a conversa. Miste- *** Maria esperava Godot, riosamente, o telefone mas não diz nada. Faus- toca.É Goethe. Começa Bentinho e Capitu esto, que firmara um pacto o bate-boca. A mulher de tão almoçando. Em oucom o Diabo, quer que João Maria reclama do tra mesa do restaurante, João Maria o ajude a pro- barulho. João Maria ven- Tom Jones, o andarilho curar Margarida, expres- de a alma a Goethe, que generoso e irreverente,
Traços Primitivos fazen-
interrompe o licor e ob- ***
serva a salada dos Ir- João é noivo de Maria. do algazarra no banheimãos Karamazov. É sá- Trocam carícias no velho ro. O Grande Vazio perbado. Um baiano reclama sofá desbotado. O re- gunta pelo salsão. Não trato do pai os observa. havia salsão na feira. A
da feijoada.
Dona Rosinha prepara Fantasia Exótica chama o jantar. Dalton Trevisan todo mundo e faz uma
***
passa pela sala na ponta descrição do mundo tal Um rei é assassinado. No dos pés, tropeça num lu- como ele realmente é. velório, os presentes re- gar comum e cai nos bra- Tolstoi, apavorado, foge fletem sobre as paixões ços do vampiro de Curi- de casa. O Compêndio humanas,
a
harmonia tiba.
Mistério. Tchekov de
Gramática
explica
social e a moral da so- e Maupassant zombam que o artigo é a parte da ciedade. Três feiticeiras dos
leitores.
Trevisan, palavra que serve para
horrendas mandam um observador atento dos exprimir a extensão em pombo-correio para Rio- pormenores da realida- que o substantivo será baldo, General do Exér- de, se afoga. Um moço tomado. Pânico no palcito Real, avisando que em Curitiba só tem um co. A omissão do Artigo ele será o futuro sobe- remédio: afogar-se. Pára Definido acaba incrimirano do Nordeste. Sem a música, fecham-se as nando a Formulação do saber de nada, Riobaldo cortinas e ninguém mais Plural, que foge do país. come o pombo. Chove toca no assunto. em todo o sertão. Riobal-
O Grande Vazio da Alma
do, com disenteria, mata ***
Humana continua vendo
o Rei Duncan, tornando
televisão
o clima sombrio. Intriga. O Grande Vazio da Alma
Texto: Solda
Medo. Violência. Todos Humana está na sala vão ao McDonald’s mais vendo televisão. A Fanta-
http://cartunistasolda.com.br/
sia Exótica Magistral vol-
luizsolda@uol.com.br
ta da feira e encontra os
@soldasolda
próximo.
Poesia ilustrada
Foto: Mirton
Obra sem tĂtulo: CĂcero Manoel
Autor: Durvalino Filho Ilustração: Sanatiel Costa
Foto e poema: Paulo Tabatinga
por falar em futebol venha jogar sob meu lençol
Poema: LĂşcia Santos
A escuridĂŁo ĂŠ a luz em ponto morto
Autor: Fraga Foto: Mariel Werneck
Irakerly Filho
Editor chefe da revista YAY!Hype Magazine
D
ono de um olhar insuperável e de um bom gosto indiscutível. Sua sintonia com o novo e o clássico é encantadora. Seguimos Irakerly nas redes sociais e na vida real. Afirmamos: Ele é verdadeiro! Um dos nossos "instagramadores" favorito.
Siga no Instagram >> @irakerly
Maravilhas e curiosidades de uma brasileira em Chicago. Tatiana Cesso é uma paulistana verdadeira. Jornalista, foi editora de cultura da revista Estilo. Hoje, mora em Chicago e escreve para revistas como: Trip, Playboy e Marie Claire. Teremos um link direto com suas descobertas "instagramadas" do seu blog WONDERBEANS. Para ver mais, siga Tati no instagram: @wonderbeans
De um feijão, uma feijoada!
suposto grão mágico. Depois de do mais popular prato brasileiro,
T
comandado por um gigante.
he Cloud Gate, ou "O Portão das Nuvens" em português,
o imenso feijão de mercurio feito por Anish Kapoor, foi responsável pela minha primeira palpitação de amor por Chicago. Refletindo um imenso skyline de prédios históricos e toda a agitação do centro da cidade, o Feijão é dessas obras de arte que fazem o espectador interagir, filosofar, viajar. Olhando para ele, pensei naquela velha fábula do "João e o Pé de Feijão", do menino pobre que bota toda sua fé em um
cultivá-lo, vê nascer em seu quin- quando vejo aquele feijão imental um pé tão grande que o leva so no meio da cidade, confesso para um mundo além das nuvens, que me sinto confortada, familiarizada. "Dez entre dez brasileiros preferem feijão...", costumo cantar Dai que João entra escondido na baixinho quando passo por lá. A casa do grandalhão, ganha a sim- música vem da abertura da novepatia de sua esposa para depois la Feijão Maravilha, de 1979. Eu roubá-los e matá-los. O final é fe- só tinha 2 aninhos, mas registrei liz para João, que está mais para muito bem o sassarico das Frenéanti-heroi infantil, que foge com ticas. a galinha dos ovos de ouro, sem conflito moral ou punição. Não é Com feijão pra cá, feijão pra lá, maluco?! Dá para relacionar essa pintou a idéia do WonderBeans, fábula com mil historias do ameri- um blog para falar das minhas can dream...
descobertas, uma brasileira curiosa em Chicago. A semente foi lan-
Anyway, outras idéias me brota- çada. De um feijão pretendo fazer ram do Cloud Gate. Matéria prima uma feijoada! Servido?
Calvin Jones
E
u não sabia nada sobre Calvin Jones até me deparar
com o mural assinado por ele na 79th street, lado sul de Chicago. Na enorme parede lateral de um teatro desativado, está lá uma das maiores obras do artista nascido na cidade, em 1934. Stevie Wonder, Sam Cooke e Louis Armstrong são alguns dos músicos retratados por ele na pintura com ares de colagem, conectada por estampas de inspiração africana. Um verdadeiro show de street art! Existem mais seis murais de Calvin Jones em Chicago. Visitei também o que fica na 41th street com Drexel Avenue, mas estou em falta com os outros que parecem ser tão fantásticos quanto os que fotografei acima. Quem puder ver ao vivo, eu recomendo!
Ponto de vista
Karine Tito Arquiteta @karinetito
SEM CULPA Especializado em gastronomia light, o novo restô Buganville abre as portas seguindo tanto as propostas de delivery quanto de self-service. Funcionando de segunda a segunda com um cardápio que tem pelo menos 15 tipos de saladas, uma variedade de molhos opcionais e também carnes vermelhas magras, carnes brancas, peixes e massas artesanais, sem adição de temperos prontos, creme de leite, manteiga e óleos. As opções de prato para delivery mudam todos os dias e há sempre uma boa surpresa esperando por você. Vai lá. Rua Prof. Joca Vieira, 1311, tel. (86) 3234 2873 UM AMOR DE JÓIA Fashionistas, tremei. A designer de moda Rita Prado não para. Além das roupas que vestem as meninas mais antenadas por aí a fora, ela agora se prepara para lançar sua primeira linha de jóias. Totalmente inspirada na sua lua de mel em Londres, a coleção já surge com pinta de sucesso. São peças em prata, com detalhes em couro e veludo que vão fazer sua cabeça, pescoço e orelhas. Do tipo “tem que ter”. Rua Des. José Lourenço, 258, tel. (86) 3233 7561/9432 5415 www.ritaprado.com.br CASA NOVA A partir de agosto os descolados vão bater ponto na sala 02 do número 1821, da Av. Sen. Area Leão. É que a Superfreak Store, loja dos sócios Sérgio Donato e Jana Lobo, abre as portas em novo endereço. Que lugar é esse? A Superfreak é um espaço multidisciplinar que vende camiseta como objeto de arte e também objetos de design importados, toy art e acessórios geeks de pirar. Lá você encontra marcas de camiseta como: Camiseteria, AMP, Reverb City, Hotel Tees, Chico Rei, El Cabriton, além de objetos de design Fred e Corrupiola. Pra quem tem muito estilo. Av. Sen. Area Leão, 1821, sala 02, tel. (86) 3233 5580 www.superfreakstore.com.br
Juliana Alves Arquiteta @azaroseu
Flávio Stambowsky Músico / Guitarrista @Fstambowsky
S
e você gosta de rock n’ roll o bastante para se interessar pela sua origem e história já sabe que Charles Hardin Holley (ou Buddy Holly para os íntimos, tipo eu, você e alguns de nós) foi um dos pioneiros da coisa toda e influenciou um monte de gente no negócio. Você também deve saber que a carreira do moço durou pouco, visto que ele morreu num acidente aéreo (sim aquele mesmo que matou o cara do La Bamba - Ritchie Valens) apenas um ano e meio depois de ter se tornado um sucesso. O que talvez você não saiba é que este ano Buddy Holly, se estivesse vivo, faria 75 anos; e que alguém (no caso o selo Fantasy Records/Concord Music Group) achou que lançar um álbum tributo ao jovem gênio do iêiêiê, com a participação de nomes de peso da música atual, seria uma ótima idéia. De fato, foi. Obviamente os fãs mais puristas (ou exigentes) vão encontrar alguns equívocos ao longo das 19 faixas que compõem o disco. Quem não é fã purista, tampouco exigente, também. Falar mal de Paul McCartney é pecado, mas dizer que Lou Reed destroçou “Peggy Sue”, por exemplo, não. Mas os acertos nos discos estão em maioria, e é isso que conta. The Black Keys abre bem o disco com a sua versão do hit “Dearest”; Fionna Apple & Jon Brion arrasam a seguir com “Every Day” e Florence + The Machine fica responsável pela experimentação com a faixa “Not Fade Away”. No mais, Cee Lo Green entrega uma versão animada de "(You're So Square) Baby, I Don't Care"; Zooey Deschanel entra com a fofura em “Oh Boy”, Patti Smith arrasa corações em “Words of Love” e a versão de Julian Casablancas para “Rave On” é melhor que o disco novo do Strokes inteiro. Indicado para sábados ensolarados com banho de piscina.
Admirável Mundo Novo Baiano
T
alvez eu seja o pior cinéfilo do mundo. Não entendo nada, nada. Nem da linguagem, nem de roteiro, fotografia, trilha, montagem... Tenho horror à festa do Oscar e é mais fácil eu saber o prato preferido da Cláudia Leitte a reconhecer artistas da telona que toooodo mundo sabe quem é. Mas me chame pra ver um documentário musical que vou correndo com você e ainda fico sendo aqueles chatos que comentam bobagens a cada cena. Penso que recentemente tivemos dois acima da média. Refiro-me ao dos Titãs, “A vida até parece uma festa”, com edição de dar vertigem; e o “Lóki”, sobre o Arnaldo Batista, pela linda homenagem ao “incompreendido” doidão dos Mutantes. E nesta minha estreia em Terezona destaco o sensacional “Os Filhos de João”, cujo subtítulo é o título – trocadilho – desta coluna. E é claro que este João, padrinho maior da banda, é o nosso maior artista de todos os tempos João Gilberto Prado Pereira de Oliveira. A história é bem conhecida: o sítio, a atitude hippie e a excelência dos músicos e tal. Mas vê-se ali um olhar muito maduro e terno, principalmente de Moraes Moreira e de Pepeu. Dá pra morrer de rir e de se encantar com uma coisa que infelizmente andamos meio desacostumados, que é música brasileira de primeira. Tocada e contada por nossos mestres. E no cinema! Novos Baianos foi a vitória eterna da qualidade sobre a preguiça musical, da fonte de água límpida Pepeu Gomes sobre todos os guitarristinhas e, sem dúvida, do melhor proveito pop que alguém podia tirar de João Gilberto. Infelizmente, creio que muita gente vai ter dificuldade de ver. Pois, nem todas as cidades contam com cinemas sensíveis a esse tipo de cinema. Se não conseguir ver na telona, é esperar sair em DVD. Vale muito uma busca para conseguir esse o DVD. Ferro na boneca! “Só entro no jogo porque estou mesmo depois de esgotar o tempo regulamentar.” (“A menina dança” – Galvão/Moraes Moreira)
Por Phylippe Moura
C
omeçar a #terezona com um top 10 do primeiro semestre de 2011 é uma responsabilidade grande. O critério: filmes que eu vi até junho.Então, vamos lá.
Four Lions
O filme, sem spoiler: um rapaz, de uns 30 anos, foi enterrado vivo. Isso mesmo. Em um caixão. Lá dentro deixaram pra ele um celular, um isqueiro e aqueles canudinhos que iluminam festa flúor. O sufoco dentro do caixão dura 1 hora e meia. Destaque pra atuação de Ryan Reynolds e a segurança de ritmo do diretor Rodrigo Cortés.
durante boa parte do filme.
O Vencedor Gênero: Drama
Ano: 2010 País: EUA
O melhor trabalho de um ator está em “O Vencedor”. Christian Bale é um viciado visceral. É como se ele pegasse o elenco inteiro, colocasse em suas costas e saísse correndo pelo roteiro do começo ao fim do filme. Co-pilota dessa jornada tem uma Melissa Leo em perfeita forma, um talento descoberto em Hollywood lá pelo 10 round.
Inverno da Alma Gênero: Drama Ano: 2010 País: EUA
Foto: Divulgação
Gênero: Comédia Ano: 2010 País: Inglaterra O humor inglês em sua melhor forma. Quatro mulçumanos que moram em Sheffield, Inglaterra, viajam para o Paquistão em busca de treinamento de homem-bomba. O resultado é uma atrapalhada atrás da outra que deixa qualquer fã de Monty Python chorando de rir.
Enterrado vivo Gênero: Suspense Ano: 2010 País: Espanha
127 horas Gênero: Drama Ano: 2010 País: Inglaterra/EUA Se Ryan Reynolds segura as pontas dentro de um caixão, James Franco, em “127 horas” segura as dele também numa única locação. Ele, Franco, é um alpinista, que fica preso ao acaso no meio das montanhas com água, alimentação e tudo a conta gotas. É que uma rocha caiu sobre o braço dele e uma hora ele decide sair cortando o... Assista! Destaque também para Danny Boyle, que cria fugas na edição em um trabalho difícil em uma única locação
Outro excelente trabalho de atuação é o da novata Jennifer Lawrence, que também põe o elenco nas costas e se manda durante o filme inteiro. Ela vive uma garota de 17 anos que se torna pai e mãe da família que está diante de perder a casa. É um dos filmes mais emocionantes do ano e vem da safra independente, com jeito de gente grande, do cinema americano.
Trabalho Interno Gênero: Documentário Ano: 2010 País: EUA “Trabalho Interno” faz parte daquele livro seu que você deixa em um lugar especial e sempre que algo acontece você dá uma relida pra entender mais a situação. Ele pode ser também aquele CD ou música que te faz recordar de algo. “Trabalho Interno” é a enciclopédia
da economia mundial, esmiuçada por dentro e por fora em cada um dos integrantes da catastrófica crise mundial e recessão do bolso do Tio Sam. Histórico e indispensável.
Quando Partimos Gênero: Drama Ano: 2010 País: Alemanha “Quando Partimos” segue a vida de Umay, jovem, casada, com um filho. Umay é mulçumana e sem aguentar a submissão que lhe é obrigatória diante do marido ela foge para Alemanha, onde moram seus pais. Lá, Umay se vê diante de uma nova vida, se vê diante de direitos que jamais teria sentido o gosto antes. “Quando Partimos” deixa Umay, entre a família, regrada na cultura mulçumana e o mundo de oportunidades que engolem seus olhos fora do radicalismo islâmico imposto às mulheres.
I Saw The Devil Gênero: Terror Ano: 2010 País: Coréia do Sul A melhor escola de suspense mora no Oriente. A melhor escola de puro sangue mora no Oriente. E, por favor, não cause nenhum problema aos orientais, principalmente um sul-coreano, eles são perfeitos em vingança. “I Saw The Devil” é da escola vingativa do cinema de horror dos sul-coreanos. Um cinema moderno, com planos arrojados e tramas avassaladoras. O único problema de “I Saw The Devil” pode ser de chegar um americano querendo direitos para um remake.
Em Um Mundo Melhor Gênero: Drama
Ano: 2010 País: Dinamarca, Suécia O grande conflito do personagem Anton, médico voluntário em um hospital improvisado na África é mostrar ao filho que na vida você deve ser correto, ético. O filho de Anton sofre bullying na escola, o que para reagir diante da situação todos os caminhos aparecem, menos o correto e ético. “Em Um Mundo Melhor” venceu a categoria de Melhor Filme Estrangeiro em 2011 no Oscar, categoria essa, diferente das outras, tem nos mostrado grandes filmes fora do eixo Hollywood.
Dente Canino Gênero: Drama Ano: 2009 País: Grécia Uma família. Uma casa distante da cidade. Três filhos criados como bichos. Não tem TV, não tem telefone, computadores. No máximo um banho de piscina, às vezes uma música. Um filme fundo capaz de extrair as mais complexas análises sobre o ser humano. Veja e faça você a sua, de um dos filmes mais assustadores do ano.
Em cartaz por aí...
G
ainsbourg é um monstro da arte francesa. Talentoso desenhista desde moleque, entrou para o mundo da música, do cinema e agarrou todas as vertentes artísticas. Em “Gainsbourg – O homem que Amava as Mulheres” ele ganha vida através do ator Eric Elmosnino, que ficou inacreditavelmente idêntico a Serge Gainsbourg.
Senna O documentário percorre todas as etapas da vida de Ayrton Senna, um dos maiores ídolos brasileiros. Procure assistir a versão estendida. São mais de duas horas e depoimentos emocionantes de Ron Dennis e repórteres da imprensa mundial relatando visões fora do eixo cego apaixonado de pasquim brasileirinho. Ao invés de assistir o Rubinho em 17º, pega carona com Senna.
Estômago A comédia com tempero de tragédia grega mais gostosa do Brasil. O filme que revelou o ator João Miguel para o mundo, com cozinhas deliciosas e boas doses de riso. “Estômago” é o cinema brasileiro na medida certa, sem passar dos limites do rasteiro, como em muitas produções por ai.
Diante das peripécias do garotinho Gainsbourg até suas relações com estrelas do nível de Brigitte Bardot, o diretor Joann Sfar cria um universo fantástico, evidenciando ainda mais a veia da arte que percorria dentro do astro francês. Biográfico e ousado “Gainsbourg – O homem que Amava as Mulheres”, é o filme pra você que tá por aí. #ficadica.
exemplo – criticaram tal reprodução em massa dizendo que aquilo não era arte. Para estes, quando a música era colocada naquele disco virava outra coisa. Pois, arte mesmo seria ver/ouvir as músicas executadas em câmaras, por músicos, ali, em carne e osso. E assim foi com o rádio, a TV... Então, quem será o culpado (trovões e trilha sinistra)? Ou culpados? Mole: eu, você, o amigo aí do seu lado, quem só reclama, quem tem Por Pecê Lopes preguiça, quem é alheio,... Todos pc.jornalista@hotmail.com nós. Fato: a culpa não é nem nunca @pc_lopes foi da ferramenta e sim de quem a usa. Mas, isso todo mundo já sabe. tempo em que “celebridades” instantâneas são tratadas como artistas Mas, precisamos entender o poder e “artistas” parecem teimar em ser tão instantâneos quanto essas ce- disso. lebridades. Vejo tais celebridades ditando moda e esses artistas temendo até mesmo dar opinião. Estou cheio de ver todos eles colocados na mol- É bom que fique claro, o meio não dura da arte, serem chamados de artistas. Na minha visão, o público em é o problema. Não me vejam como geral não tem mais ideia do que é exatamente cultura, arte e entretenimen- um velho ranzinza levantando as to (seja qual nível ou objetivo tenha). Algumas diferenças e definições são tochas contra a internet. Pelo contrário, ela pode vir a ser a solução. importantes, e nos ajudam a compreender muita coisa. Ou ajudar nisso. Como disse antes, Uma vez ouvi um artista plástico – perdoe por não lembrar seu nome – a ferramenta não faz sem alguém dizer em uma reportagem de TV: “a verdadeira arte tem que incomodar”. para manipulá-la. A Internet pode Fiquei feliz por ouvir aquilo e incomodado até hoje com as variantes e a ser usada para ajudar na divulgação, discussão e até produção de verdade de seu julgamento. arte de qualidade. Mas, o que é arte afinal? Essa discussão é ótima, quase propriamente uma arte. Mas, fugindo dessa discussão sinuosa, hoje, o que realmente Eu, você, o internauta, blogueiro, me incomoda – no pior dos sentidos – é a velocidade que as coisas são tuiteiro, tem uma potencialidade de montadas, alastradas, espetacularizadas e... foi. Já era! Já tem outra coisa mobilização que é menosprezada. ali. E acolá. E, assim, o que se entende em geral por cultura, ou “produtos Já tivemos prova disso, infelizmente muitas vezes em causas pífias e/ culturais”, cai numa banalidade sem precedentes. ou levantadas pelo sentimento de O grande veículo da atualidade – a Internet – com blogs, tubes e redes so- linchamento. Claro, então, devemos ciais está sendo palco de criação/destruição de muita coisa – muitas vezes ter a motivação certa. E acredito em troca de alguma visibilidade, likes ou seguidores. Esse é o maior palco que devemos também tirar um pouda velocidade atroz que me refiro. E nessa velocidade burlesca, sobretudo, co o pé do acelerador. Darmos mais o internauta passa batido (ou longe de) por muita coisa boa e que poderia tempo para curtir um livro, um disco, lhe interessar, educar, emocionar... Incomodar – ou seja, tirar do conforto, uma foto, um texto sequer... Sem ter da inércia. Mudar um pouco a vida. Inevitavelmente, a pergunta vem à que sair correndo sem tempo de ditona: e a culpa dessa fragmentação e rasidão do que se chama de “arte” e gerir aquilo pra outra coisa. A arte tem que ser saboreada. Prazer... “cultura” é dos meios de comunicação atuais? É da Internet?
É
Claro que não! E digo mais, discussão semelhante vem sendo feita há Esse cenário pode mudar. Podemos anos e anos e anos... Só que com outros “vilões”. Quando foram reprodu- mais. Pra mim, o copo está meio zidas as primeiras bolachas de goma-laca, alguns músicos eruditos – por cheio. E pra você?
A gente queria te homenagear, mas sem ponte estaiada. ent達o...
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