Caliban - A Tempestade de Augusto Boal

Page 1

TRIBO DE ATUADORES ÓI NÓIS AQUI TRAVEIZ celebra

A Tempestade

de

Augusto Boal

Criação Coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz a partir do texto “A Tempestade” de Augusto Boal


Foto: Pedro IsaĂ­as Lucas


TRIBO ATUADORES DE

OI NOIS AQUI TRAVEIZ O Ói Nóis Aqui Traveiz foi formado em 1978, em plena ditadura militar, sendo o primeiro grupo em Porto Alegre a conjugar em sua prática arte e vida, estética e política, a radicalidade de comportamento e linguagem transbordando do espaço cênico para o cotidiano da cidade. Para o Ói Nóis, o teatro é um lugar de invenção e experimentação, um meio de transformação, de mudança de mentalidades, a nível social e, também, individual. Seu trabalho de investigação sobre a linguagem procura uma lógica diversa da cultura dominante, que provoque um estranhamento em relação à percepção usual de mundo e que seja expressão das contradições da sociedade na qual está inserido. Toda a produção artística e a batalha pela sobrevivência do grupo e de sua sede, a Terreira da Tribo, se dá de forma coletiva em todos os âmbitos. O grupo desenvolve seu trabalho através de três vertentes: o Teatro de Vivência, no qual o público participa da ação, ou seja, está comprometido com o acontecimento teatral, inspirado pelas ideias de Antonin Artaud; o Teatro de Rua, que tem sua origem nas interferências cênicas nas manifestações políticas que o Ói Nóis começa a realizar no início dos anos 80 e a Ação Artístico-Pedagógica, que junto à comunidade local realiza oficinas e fomenta a criação de grupos culturais nos bairros populares e região metropolitana de Porto Alegre. A tribo ainda realiza o Festival de Teatro Popular - Jogos de Aprendizagem e possui um selo editorial chamado “Ói Nóis na Memória” que já lançou diversos livros e DVDs, além da revista de teatro “Cavalo Louco”.


SOMOS TODOS CALIBAN

A Tempestade

de

Augusto Boal

"O golpe precipitou o País em um beco sem saída, jamais conheceu crise igual, política, econômica, social, moral e intelectual. Institucional. O Estado está falido, os poderes da República não existem, há uma destruição por dentro, uma implosão irreparável. É como se o momento de caos absoluto condensasse toda a prepotência, toda a irresponsabilidade, toda a insensibilidade, toda insensatez, todos os desastres provocados pela inextinguível casa-grande ao longo de 500 anos de história (...)” (Mino Carta - Carta Capital, 16/01/2017).

Para dar continuidade à pesquisa de teatro de rua, o Ói Nóis escolheu a versão de Augusto Boal de “A Tempestade”. Impulsionado pela ideia de que “somos todos Caliban”, a encenação quer analisar criticamente a “tempestade” conservadora que hoje sofre a América Latina, e especialmente o grande retrocesso nos direitos sociais e na luta pela autonomia econômica, política e cultural que vivemos no Brasil. Boal apropria-se da peça de Shakespeare, escrita em 1611, e da ideia do escritor cubano Roberto Fernández Retamar, para questionar a exploração da América do Sul pelo colonialismo europeu e para discutir a postura neocolonialista dos Estados Unidos. “A Tempestade” de Shakespeare se interpretada por uma ótica subversiva e questionadora, reproduz as decor-


rências sociais e políticas da colonização que se estenderam ao período póscolonial e que interpretam Caliban como um emblema das populações nativas colonizadas. Boal recria a caracterização de acordo com sua própria teoria do Teatro do Oprimido e em consonância com sua visão sobre a exploração, pelo centro, dos países menos desenvolvidos, e afirma que a peça é uma resposta ao clássico de Shakespeare, pois a história é vista pela perspectiva de Caliban. “A Tempestade” é escrita enquanto Boal estava no exílio em 1974, período em que os movimentos sociais latino-americanos sofriam uma grande derrota frente ao imperialismo estadunidense e eram terrivelmente reprimidos pelas ditaduras civil-militares, - momento fecundo para retomar Caliban enquanto representante das opressões advindas deste encontro colonial - colocando em foco o discurso de resistência evidenciado nesta figura. Agora Caliban não é mais somente o colonizado. Ele é a representação dos oprimidos de toda a sorte que residem neste país chamado Brasil. Na versão de Boal, Próspero é tão perverso quanto os nobres europeus que usurparam o seu poder. Todos representam a violenta dominação colonial e cultural. A filha de Próspero, Miranda, e o príncipe de Nápoles, Fernando, fazem uma aliança não por amor como na peça de Shakespeare, mas sim por interesses capitalistas. Ariel, o “espírito do ar”, representa o artista alienado, mescla de escravo e mercenário a serviço da ordem constituída. Somente Caliban se revolta até ser derrotado. Os vilões permanecem na “ilha tropical” para escravizálo. Mesmo escravo, Caliban resiste. O Teatro de Rua requer uma pesquisa estética levada às últimas consequências para prender a atenção do público passageiro, onde surgem elementos como máscaras e bonecos de grandes proporções, pernas de pau e música, canto e dança, figurinos e adereços criativos e coloridos, e o Ói Nóis utiliza-se de todos os elementos. A Tribo já realizou 12 espetáculos de teatro de rua, sendo que o último “O Amargo Santo da Purificação” ganhou o principal prêmio do teatro gaúcho (Prêmio Açorianos de Melhor Espetáculo, Produção, Figurino, Atriz e Trilha Sonora).


ROTEIRO 1

Cena

"O SOLDADO QUE BATALHA OBEDECE AO GENERAL: SUA VIDA INTEIRA OFERECE, COISA QUE É BEM NATURAL.”

Uma tempestade em alto-mar. Marinheiros cantam narrando sua vida de submissão enquanto os nobres europeus estão no camarote. O rei ordena que cesse a tormenta, mas "a tempestade não conhece autoridade". Os trabalhadores instauram uma greve exigindo algo para comer antes da morte. O navio naufraga. Fica evidenciada a luta de classes.

2

Cena

“A NEGRA FEITIÇARIA, MINHA BRANCA MAGIA REAL, ASSESTOU CIVILIZADO E BELO GOLPE FINAL."

Através da violência, Próspero toma a ilha para si, mostrando a perversidade do colonialismo, a dizimação e escravidão da cultura dos originais donos da terra. As cores da magia negra e branca são associadas, a partir da ótica eurocêntrica, ao mal e ao bem, como a cor da pele dos que a praticam.


CENAS

DE 3

Cena

“NÃO PEÇO NADA CONTRA ELES QUE JÁ NÃO TENHAM FEITO CONTRA NÓS!”

Entre colonizador e colonizado não existe troca de favores, mas uma relação de dominação bruta e cultural. O colonizado pode antropofagicamente resistir. Caliban reage, pois é consciente da injustiça que sofre, produz o discurso de rebeldia anticolonial desnudando a verdade do colonizador. O coro de Calibans o acompanha, multiplicando a voz dos oprimidos. Utilizando a cultura do colonizador, Caliban narra o massacre imperialista e evidencia a dívida histórica que marca a América Latina. "(...) A todos os seus agentes e ao seu brutal imperialismo, que sejam já destruídos por colossal cataclismo!”

4

Cena

“MAS QUE NUNCA, TENHAM MINHAS MÃOS, QUE TRABALHAR!”

Ariel canta a Canção da Liberdade Burguesa para induzir o Fernando a se encontrar com Miranda, executando o plano de Próspero. O casamento é uma ferramenta de negócios. A canção é suave, e retrata o oprimido que se integra ao sistema opressivo para usufruir os ínfimos benefícios da exploração de seus iguais.


5

Cena

"QUANDO ALGUÉM É DESGRAÇADO, TEM GENTE EM PIOR ESTADO!”

A resignação é uma arma ideológica contra os pobres, como uma arma alienadora das ações que poderiam conduzir ao fim do sofrimento. ANTÔNIO - Este, quanto menos tem, mais quer perder... REI ALONSO - Ele tem a filosofia do pobre. Vou nomealo grande catedrático das massas. Todas as escolas terão uma nova matéria: Civismo e Sacrifício. (...) ao povo faz falta alguém que saiba explicar filosoficamente a necessidade do sofrimento.

6

Cena

“AS PESSOAS PRECISAM SE ACOSTUMAR COM AS TRANSFORMAÇÕES!”

Caliban questiona a obediência cega de Trínculo e lhe oferece uma alternativa revolucionária. Próspero desarma a revolta com uma atitude paternalista e pacífica, argumentando que há uma ordem natural que justifica os lugares que cada um ocupa na sociedade. Próspero pergunta: “Quem é Caliban?”. Ele responde dando voz a todos os oprimidos do mundo.


7

Cena

“LAVAR A PRIVADA... AH, QUE TERRÍVEIS HUMILHAÇÕES!”

Fernando faz trabalhos domésticos. Fica clara a divisão social do trabalho. Para ele, na condição de príncipe, deveria cumprir heroicas façanhas ao invés do “trabalho sujo” e pesado destinado às classes baixas.

8

Cena

“SE VOCÊ ESTÁ ESTRESSADO PRECISA DE FÉRIAS... NÃO VÁ LONGE, VENHA PARA A AMÉRICA DO SUL!”

GONÇALO - Se nota que são todos tropicais... REI - Sim, pela maneira rude e rústica como dançam. Os movimentos são lindos, porém mal acabados, primitivos, como convém à arte selvagem. Os nobres possuem a visão colonialista e preconceituosa com relação aos nativos da ilha, consequentemente sobre as culturas latino-americanas. Consideradas mercadoria turística, não são comparáveis aos conceitos europeus de arte.


9

Cena

“ESTAMOS SUBMETIDOS AO MAIS VIL, CRUEL, SANGRENTO, FACÍNORA AGRESSOR, QUE NOS ROUBOU NOSSA ILHA, QUE NOS ESCRAVIZA”

Caliban convence Trínculo e Estevan a insurgir-se contra Próspero. CALIBAN - Por isso eu proponho nós tomarmos dele tudo o que ele tomou de nós! TRÍNCULO - Eu creio que é possível, é uma questão puramente militar.

10

Cena

“ESTE FELIZ HAPPY-ENDING RESOLVERÁ TODOS OS MEUS PROBLEMAS”

O casamento entre Fernando e Miranda se consuma, a música cantada pelo coro ilustra o casamento burguês. “Um pobre quando se casa é porque ama sua amada; entre nós nos juntamos em sociedade limitada.”


11

Cena

“NÃO TENHO NENHUM DIREITO, TENHO FORÇA E COVARDIA, TENHO MEUS CÃES TREINADOS, CHEIOS DE VALENTIA!”

Caliban afirma a Trínculo e Estevan que Próspero não possui nenhum direito sobre a ilha, muito menos de escravizá-los. Próspero chama cães ferozes para reprimir Caliban e seus companheiros cantando a “Canção do direito das bestas”.

12

Cena

“ESTÃO TODOS DE ACORDO COM O PIOR CASTIGO? COM A MAIS TERRÍVEL VINGANÇA?”

Como parte final do plano político, os nobres são perdoados pela traição. Próspero lhes propõe uma sociedade mercantil. Sebastião e Antônio ficam encarregados de explorar a ilha, ele será o único importador das mercadorias na Europa. Caliban continuará escravo. A ação colonialista e imperialista se amplia. A ordem se reestabelece. PRÓSPERO - (...) Eu voltarei a Milão, mas tu ficarás aqui como meu representante nessa ilha, com carta branca para exercer a mais dura repressão e obrigar esses negros a trabalhar e a produzir até a morte!


13

Cena

“TEM UNS QUE FICAM POR CIMA, OUTROS DE BAIXO NÃO SAEM”

“Não se pode confiar em gente tão singular, todos se juntam no final, volta tudo a ser igual. Roda o mundo, roda, roda, passa o tempo, passa, passa, ganha o rico, sempre ganha, perde o pobre, sofre, sofre, sempre espera, nunca alcança, vive sempre, a trabalhar, já perdeu a esperança, já não pode confiar”. Apesar de pequenas coisas mudarem, tudo permanece igual. O Ói Nóis Aqui Traveiz acrescenta a alternativa revolucionária: “Enquanto a gente aceitar tudo fica como está vive sempre a trabalhar quando isso vai mudar?”


A IDENTIDADE

LATINO-AMERICANA COLONIALISMO EO

As sociedades latino-americanas são marcadas pelas feridas coloniais. São visíveis as inúmeras contradições e complexidades que configuram essas sociedades contemporâneas. Para o Ói Nóis Aqui Traveiz, encenar “Caliban - A Tempestade de Augusto Boal” é gerar outros discursos, histórias e narrativas, produzir e reconhecer outros lugares de enunciação. Caliban é a reivindicação da legitimidade do “diferente”. Caliban é símbolo da identidade latino-americana. Segundo Retamar: “Caliban (que é um anagrama de canibal) (...). Vários escritores o tomaram depois como um símbolo. (...) Para mim, um símbolo do povo de Nuestra América e dos povos

do Terceiro Mundo.” Miguel Rubio, fundador do grupo peruano Yuyachkani, ao se perguntar sobre o que é o teatro latino-americano agora, reflete: “O teatro é uma construção cultural que nasce de valores determinados de acordo com a comunidade onde surge, respondendo a relações sociais específicas (...) Torna-se necessário que a linguagem do nosso ofício não resista a usar novos termos e que possamos ir ao encontro de uma teatralidade complexa, que tenha a ver com reconhecernos em todos os matizes de uma identidade inclusiva (...) América Latina e Caribe não significam uma coisa única. É o indígena, o africano, o europeu e o contemporâneo, um lugar aberto a todas as práticas cênicas do século XXI.


CANÇÃO DA IDENTIDADE Nosso teatro recolhe o espírito dos três continentes e se alimenta culturalmente dessas três raízes e com elas dialoga em igualdade de condições com os teatros de todo o mundo”.

O

O

A figura de Caliban em “A Tempestade”, de Boal, ratifica a fundação mais firme de uma representação voltada para as margens. Falar em Caliban como símbolo de nossa identidade e do teatro latinoamericano, nos leva a enxergar novas sendas, novas categorias e a possibilidade de pensar e fazer teatro de outro modo. Caliban, oprimido mas não derrotado, simboliza, desde logo, os povos latino-americanos dominados, mas em pé de luta.

Eu sou negro, todo negro. Eu sou negro como um negro! Venho da negra matriz grossos tenho meus lábios tenho largo o meu nariz. Meu cabelo é carapinha é carapinha meu zelo. Negro me quer meu amor. Nesta terra eu sou senhor. Da Ásia e da África venho meu povo é um torvelinho. Todos os pobres da América conquistarão seu destino. Eu também sou amarelo, sou terra, sou campesino. Um dia nos vingaremos de todo branco assassino. (...) Com armas em negras mãos, eu canto, branco, eu canto! Eu canto porque sou gente, sou gente, sou mais que santo, que negro, que vermelho amarelo ou branco. Por isso eu canto, canto, com foices nas mãos, eu canto, branco, eu canto.


AUGUSTO

BOAL

"(...) Para mim, o importante é que [o espetáculo] seja feito com muita verdade, muita sinceridade, muita cor, que pode até exagerar um pouco, mas que fique claro, bem claro, que somos belos porque somos nós, e nenhuma cultura imposta é mais bela do que a nossa. É preciso que fique claro que nós somos Caliban" (BOAL, 1979). Augusto Boal nasceu no Rio de Janeiro em 1931. Formou-se em Engenharia Química pela UFRJ, mas desde a infância interessouse pelo teatro. Em 1952, viaja para os Estados Unidos para estudar na Escola de Arte Dramática da Universidade de Columbia, onde frequenta os cursos de John Gassner, professor de alunos como Tennessee Williams e Arthur Miller. De volta ao Brasil, em 1956, passa a integrar o Teatro de Arena, onde aos poucos adapta o que aprendera nos Estados Unidos em espetáculos que buscam encenar e discutir a realidade brasileira, transformando o espectador em cidadão ativo. Formado por Boal, José Renato, Gianfrancesco Guarnieri, Oduvaldo Vianna Filho e outros, o grupo de dramaturgos do Arena promove uma verdadeira revolução estética nos palcos brasileiros. O golpe de 1964


torna cada vez mais difícil a situação dos artistas que haviam se engajado na transformação social do período precedente. Em 1971, Boal é então preso e torturado. Exila-se na Argentina com Cecília Thumim, onde organiza Teatro do Oprimido, seu livro mais conhecido. A partir de então, os princípios e as técnicas desenvolvidos por Boal alcançam um público cada vez maior, difundindo-se inicialmente pela América Latina e, ao longo dos anos 1970, pelo mundo inteiro. Em Paris, onde passa a morar e atuar, cria vários núcleos baseados em sua obra. Com o fim da ditadura, retorna ao Brasil em 1986, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. Em 1992 é eleito vereador e desenvolve mais uma de suas técnicas, o Teatro Legislativo, que discute projetos de lei com o cidadão comum em ruas e praças da cidade. A Unesco conferiu a Boal, em 2009, o título de "Embaixador do Teatro Mundial". No mesmo ano, ele falece no Rio de Janeiro. Suas obras estão traduzidas para várias línguas, ocidentais e orientais. (BOAL, 2015)

MANDUKA

Alexandre Manuel Thiago de Mello ou Manduka foi um compositor e artista plástico brasileiro. Era filho da jornalista Pomona Politis e do poeta Thiago de Mello. Compôs canções com Geraldo Vandré e em 1971 foi convidado pelo cineasta Glauber Rocha para participar, como ator e compositor, de "A Estrela do Sol", filme que, embora inacabado, registrou a realidade do exílio. Em 1974, também exilado na Argentina, compôs com Boal a trilha musical da peça "A Tempestade". Um dos seus maiores sucessos é a música "Quem me levará sou eu", composição em parceria com Dominguinhos e que venceu, em 1980, o Festival Internacional da Canção da TV Tupi.


Ficha Técnica Criação coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz a partir do texto “A Tempestade” de Augusto Boal. Concepção, direção, figurinos, máscaras, estrutura cenográfica, elementos e adereços: criação coletiva Texto: Augusto Boal Música original: Johann Alex de Souza Produção: Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz Atuadores: Paulo Flores, Tânia Farias, Clélio Cardoso, Marta Haas, Paula Carvalho, Eugênio Barboza, Roberto Corbo, Leticia Virtuoso, Mayura Matos, Keter Velho, Luana Rocha, Alex Pantera, Pascal Berten, André de Jesus, Márcio Leandro, Lucas Gheller, Thales Rangel, Dal Vanso, Daniel Steil, Eduardo Arruda, Júlio Kaczam, Jana Farias, Rochelle Silveira, Pedro Isaias Lucas Preparação musical: Johann Alex de Souza e Guilherme Bregon Preparação corporal: Beatriz Britto, Grupo de Teatro de Pernas pro Ar e Rita Rosa Confecção de tramas de tricô e crochê para figurinos do Coro de Calibans: Margane Pagno e Maria Cardoso de Carvalho Agradecimentos: Cecília Thumim Boal, Instituto Augusto Boal e SBAT (Sociedade Brasileira de Autores Teatrais), Sérgio de Carvalho, Douglas Kaingang, Elisabeth, Alessandro Müller e Renan Leandro.


Augusto Boal

Foto: Pedro Isaías Lucas

Bibliografia BOAL, Augusto. A Tempestade. In: A Tempestade e As Mulheres de Atenas. Lisboa: Plátano, 1979. BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Organização Julián Boal. São Paulo: Editora SESC, 2015. CORZO, José Ramon Fabelo; TRONCOSO, Ana Lucero. Entre dos tempestades: Boal dialoga con Shakespeare. Disponível em: https://institutoaugustoboal.org/2016/12/03/entre-dos-tempestades-boaldialoga-con-shakespeare/, 2016. RETAMAR, Roberto Fernández. Caliban e outros ensaios. São Paulo: Editora Busca Vida, 1988.


Augusto Boal

Foto: EugĂŞnio Barbosa


Apoio

Realização

A TRIBO DESIGN GRÁFICO - FOTO TÂNIA FARIAS - MARÇO 2017

Rua Santos Dumont, 1186 - São Geraldo CEP: 90230-240 - Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil Fones: 51 99999.4570 - 51 3028.1358 - 51 3286.5720 oinoisaquitraveiz.com.br terreira.oinois@gmail.com @oinoisaquitraveiz2 @oinoisaquitraveiz @oinois


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.