A MÁQUINA QUE MATAVA FASCISTAS

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O FAC – Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura do Governo do Distrito Federal, apresenta a temporada de estreia do espetáculo

A Máquina que Matava Fascistas Novo espetáculo da E.T.C.A. – Equipe Teatral Confins-Artísticos, juntamente com o Programa Trabalho de Mesa, acercar-se do que a História já nos provou: basta uma alteração de Poder para qualquer um se tornar vilão. A peça tem como inspiração as relações entre cidadãos comuns e os serviços públicos e privados.

Inspirado nas obras “1984”, de George Orwell, “O Matadouro 5”, de Kurt Vonnegut e na HQ “A Piada Mortal”, de Alan Moore, “A Maquina que Matava Fascistas” mostra que a realidade é bem mais absurda que a ficção. Com tom irônico e sombrio, a peça parece ser um arremedo de nossas instituições. Idealizado em 2014, ano que marcou os 50 anos do Golpe de 1964, o espetáculo foi elaborado à luz de temas antigos para a construção de um novo e atual produto artístico. “A Máquina que Matava Fascistas”, segundo o diretor e ator, Gustavo Reinecken, “é uma produção que insiste na importância de se conhecer os fatos do passado para que os mesmos erros não voltem a ser cometidos”. A montagem recorre a avaliações históricas que denunciam o equivoco moral do holocausto nazista e o legado pejorativo, em nossa história, decorrente do regime militar ditatorial brasileiro, para tratar temas como extermínio em massa e os cerceamentos das liberdades. Em contraponto, o espetáculo traz à cena a atual sensação de liberdade com o advento da internet. Para Reinecken, “é importante que os grupos de teatro abordem esses temas”, uma vez que a liberdade publicada e compartilhada exacerbadamente em Rede Sociais, em sua avaliação “nunca será suficiente”. Temas como estes já foram abordados em outras produções da E.T.C.A., no entanto, em “A Máquina que Matava Fascistas” os artistas propõem trazer à tona a falta de embasamento político e de conhecimentos históricos, explicitado em rasas discussões em Redes Sociais. “Isso se observa em ambos os lados de um diálogo político, neste sentido, a peça não defende nem ataca posicionamentos A ou B. Mas sim, aposta na politização do espectador”, comenta o ator Ricardo Cruccioli. Impactados com a insistência de ideias políticas, que vêm sendo retomadas como o apoio a um novo golpe militar, o conceito de “boa família”, a necessidade de moralizar a população, e ainda, o surgimento de grupos neonazistas, somados à aparente insanidade do ser humano em guerrear entre si, a dramaturgia da peça “faz um paralelo entre os jovens de hoje, a noção dos brasileiros sobre eles mesmos e a inerente necessidade à guerra e ao conflito”, comenta a atriz e também produtora Georgia Rafaela. “Mais do que falar sobre um Estado Fascista, ‘A Maquina que Matava Fascistas’ elucida o fascista que existe dentro de cada um e o fascismo existente em instituições, justificado pela burocracia”, conclui o diretor. Serviço:


TEATRO SESC PAULO AUTRAN, de Taguatinga: Dias 14 e 15 de junho, às 17h e às 20h, entrada gratuita. TEATRO SESC NEWTON ROSSI, em Ceilândia: Dia 16 de junho, às 17h e às 20h, entrada gratuita. TEATRO SESC PAULO GRACINDO, do Gama: Dia 21 de junho, às 16h e às 19h30, entrada gratuita. SALA CHACOVACHI - E.T.C.A. (SCLRN 711 Bloco C Loja 05): Temporada de 1º a 10 de julho, de sexta a domingo, sempre às 21h, ingressos a R$ 30,00 (inteira), e R$15,00 (meia) Classificação indicativa: 16 anos. Informações: (61) 3274-8160. Ficha técnica: Direção: Gustavo Reinecken. Elenco: Georgia Rafaela, Gustavo Reinecken e Ricardo Cruccioli. Iluminação: Camilo Soudant. Engenharia de som: Daniel Pitanga. Fotografia: Diego Bresani. Figurino: Ateliê Voador – Alice de Holanda Produção executiva: Georgia Rafaela e Ana Paula Martins. Vídeos: Trabalho de Mesa. Realização: E.T.C.A. – Equipe Teatral Confins-Artísticos e Trabalho de Mesa. Patrocínio: FAC – Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.


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