NORDESTE - A POESIA DO SERTÃO MUSICAL

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FAC - Fundo de Apoio à Cultura do DF, apresenta:

Nordeste - A Poesia do Sertão Musical Espetáculo cênico-musical celebra o registro do Forró e da Literatura de Cordel como bens do Patrimônio Imaterial Cultural Brasileiro Concebido pelo cantor e compositor forrozeiro Nilson Freire e de direção musical do maestro Fabiano Medeiros e cênica do mestre bonequeiro Chico Simões, a obra musical teatralizada enaltece as artes do Sertão, do Cariri e do Agreste nordestino e reverencia as obras e legados de Luiz Gonzaga, Leandro Gomes de Barros e Domingos da Fonseca. Atuam na montagem o cantor forrozeiro Nilson Freire e os repentistas Chico de Assis e João Santana, acompanhados de três instrumentistas. De curta temporada, a peça será apresentada dia 15 de dezembro, no Instituto Invenção Brasileira do Mercado Sul, em Taguatinga; no Espaço Pé Direito, da Vila Telebrasília, no dia seguinte; e se despede no dia 19 em Ceilândia, na Casa do Cantador. As três sessões, com entrada franca e todas a partir das 20h, também serão transmitidas - ao vivo - através do canal youtube.com/nilsonfreire. Fortalecer a imagem da poética literária e musical da cultura matuta brasileira está no centro do projeto, que prevê a publicação de Livreto de Cordel sobre Luiz Gonzaga e o Forró, com autoria do mestre Donzílio Luiz com xilogravuras de Valdério Costa. Ouça a declamação do livreto, na voz de Nilson Freire, aqui. Hoje, Patrimônio Imaterial Cultural do País, a poesia métrica chegou ao Brasil a partir de Portugal. Por aqui, mas especificamente no Nordeste brasileiro, conformou suas principais vertentes e atingiu seu apogeu com mais de 40 modalidades. Entre os principais representantes desta vasta cultura, estão Luiz Gonzaga, pernambucano ícone imortalizado do Forró, Leandro Gomes de Barros, paraibano, considerado o “Pai da Literatura de Cordel”, e Domingos da Fonseca, negro piauiense, fundador da primeira associação de repentistas do Nordeste e considerado o maior poeta lírico do Repente de seu tempo. Três personalidades fundamentais na difusão e consolidação do Forró, do Repente e da Literatura de Cordel por todo o Brasil até os dias atuais. Isso graças à memória popular conservada pela oralidade, à renovação das gerações de artistas devotos das mesmas vertentes, aos fãs e aos pesquisadores. O espetáculo Nordeste - A Poesia do Sertão Musical mescla música, interpretação, canto, declamação, narrativa e, inclusive, improviso a pedido da plateia, conduzindo o espectador em uma viagem sonora e visual pela essência da poesia popular do Sertão do Nordeste. O fio condutor é a trilha musical, numa releitura de melodias das toadas do Repente - improvisadores, folguedos, aboiadores e coco; e das vertentes ascendentes - barroca, sefardita, magrebina, árabe, ameríndia e africana. Harmonizações e timbragens contemporâneas adornam o repertório com recursos sonoros de pedais e sintetizadores agregados a instrumentos como a sanfona.


Entremeando a encenação, Chico de Assis e João Santana atenderão a solicitações da plateia, interagindo com o público em diversas modalidades do Repente e declamarão poemas e recitarão cordéis. As composições de Nilson Freire, que integrarão o repertório, têm influências métricas e rítmicas no formato poético que alicerçam o Forró de Luiz Gonzaga e retratam a vida e ambiente social dos sertanejos e cantadores nordestinos.

Os três homenageados foram escolhidos não apenas por sua arte, mas também por seus IDEAIS DE IGUALDADE Domingos da Fonseca (1913-1958), negro de origem humilde do interior do Piauí, foi alvo de discriminação entre colegas repentistas: Dimas Batista (loiro de olhos azuis e de razoável condição financeira), construiu estrofe que dizia: - Domingos, além de pobre - Pertences à triste cor; Domingos rebateu: - Falar em nobreza e cor - É um grande orgulho seu - Morra eu e morra o rico - Enterrem-se o rico e eu - Que depois ninguém separa - O pó do rico do meu. Domingos fundou a primeira associação de cantadores do Nordeste, sediada em Fortaleza, e com o apoio de companheiros captou recursos e adquiriu o terreno onde foi construída, na década de 50, a Casa do Cantador. Luiz Gonzaga, radicado em São Paulo, mostrou altivez e condenou o preconceito: Seu Doutor, os nordestinos têm muita gratidão pelos auxílios dos sulistas nessa seca do sertão, mas, doutor, uma esmola, a um homem que e são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão. Leandro Gomes de Barros se consagrou o único escritor brasileiro da época a viver exclusivamente de sua criação literária, de alta receptividade em todo o país, a Literatura de Cordel. Gênero alvo de preconceitos por parte da elite acadêmica que chegou a atribui-lo, em dicionários, o significado de “baixo valor”.

Imagens de divulgação: bit.ly/APoesiadoSertaoMusical Serviço: Nordeste - A Poesia do Sertão Musical Dias, locais e horário: 15/12 (terça-feira), às 20h: Instituto Invenção Brasileira no Mercado Sul, em Taguatinga (St. B Sul QSB 12, Loja 5) 16/12 (quarta-feira), às 20h: Espaço Cultural Pé Direito, na Vila Telebrasília (Rua 1, Casa 23) 19/12 (sábado), às 20h: Casa do Cantador, em Ceilândia (QNN, Quadra 32, Área Especial G) Entrada franca Transmissões ao vivo pelo canal: www.youtube.com/nilsonfreire Informações: nilsonfreire@nilsonfreire.com

Contato para entrevistas: Nilson Freire - (61) 9.8211-1552 ou 9.8531-1670


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