UM PAINEL DA MÚSICA DE CÂMARA DE CAMARGO GUARNIERI

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SÉRIE DE CONCERTOS PRESTA HOMENAGEM A GÊNIO DA MÚSICA DE CÂMARA Celebrando o centenário de nascimento de Camargo Guarnieri, CCBB Brasília apresenta Um Painel da Música de Câmara de Camargo Guarnieri.

Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993) é considerado um dos maiores compositores do século vinte. Pouco conhecido do grande público, é comparado por muitos musicólogos a Villa-Lobos. As obras de ambos são igualmente vastas, diversas e genuinamente brasileiras. Camargo Guarnieri foi fundador do Coral Paulistano do Theatro Municipal de São Paulo e da Orquestra Sinfônica da USP. Compôs mais de setecentas obras, tendo assim, construído o segundo maior conjunto de criação musical que o Brasil já produziu. Internacionalmente reconhecido, Guarnieri foi premiado várias vezes, inclusive com o título de “Maior Compositor Contemporâneo das Três Américas”, concedido pela OEA. A série “Um Painel da Música de Câmara de Camargo Guarnieri”, promovida pelo CCBB, presta uma homenagem ao compositor, que completaria cem anos em 2007. Serão quatro concertos, com a riqueza, apuro técnico e alto refinamento artístico, características da música de câmara e da obra de Camargo Guarnieri. As apresentações ocorrem todas as terças do mês de março, no teatro do CCBB, sempre às 13h (gratuito) e às 21h. (R$ 15,00 a inteira e R$ 7,50 para estudantes e pessoas com mais de 65 anos). A cada semana será apresentado um conjunto de obras, divididas segundo estilo e ordem cronológica: As Sonatas, Os Ponteios, As Canções e Os Quartetos. Cada concerto será interpretado por músicos e cantores renomados na cena brasileira e intimamente envolvidos com a obra de Guarnieri. Além disto, todas as apresentações terão caráter didático, com explicações sobre as obras. Guarnieri foi discípulo de Mário de Andrade, daí sua intelectualidade e formação humanística que orientou toda a sua atuação como compositor. Por essas razões, Guarnieri encarnou tão bem os princípios do modernismo brasileiro, refletindo alto conhecimento e amor ao país. Em sua música, o Brasil é retratado de maneira inquieta, questionadora e apaixonada, fora do convencional. Após longas pesquisas, surgiram às terças caipiras, as escalas nordestinas, os ritmos afro-brasileiros. Os concertos Abrindo a programação, dia 6 de março, As Sonatas para piano e violino, com a apresentação da filha do compositor, a violinista Tânia Camargo Guarnieri. O autor estudou violino quando criança, e sua obra demonstra grande conhecimento sobre este instrumento. A presença de Tânia confere a esta homenagem um lado afetuoso e mostra que seu legado à música brasileira vai além de suas composições.


Para conhecer Guarnieri em seu ambiente mais natural, no dia 13, obras para piano solo - Os Ponteios. São prelúdios com caráter clara e definitivamente brasileiro, com a presença forte de elementos musicais folclóricos, com alterações harmônicas modernas e ousadas, complexidade rítmica e uma certa flexibilidade nos desenhos rítmicos, muito própria da música brasileira. Para apresentar este programa, a pianista russa Olga Kiun, descende de uma tradicional família de músicos soviéticos, doutora pelo Conservatório de São Petersburgo sob a orientação de Pavel Serebriakov. No concerto do dia 20, As Canções. “Pela beleza e pela originalidade das melodias, são a sua melhor contribuição para a música brasileira” escreveu Mario de Andrade em 1940. Ao todo são quase 300 canções escritas por Guarnieri, que mostram grande equilíbrio entre piano e voz. A interpretação das canções pelo trio “Pleno Canto” traz à série um sangue novo: são jovens músicos que se unem para valorizar o repertório de voz e piano com especial ênfase na música brasileira. A série será encerrada com chave de ouro, dia 27, com a música sublime de Os Quartetos, com a interpretação emblemática do Quarteto Camargo Guarnieri. O quarteto de cordas se firmou no século dezoito, a partir de Haydn, como o mais refinado dos conjuntos de música de câmara. De Mozart a Berg, de Beethoven a Schnittke, tem desafiado todos os grandes compositores eruditos dos últimos 300 anos. A qualidade dos quartetos aqui apresentados foi reconhecida no Brasil e no exterior. Em 1944 o Quarteto Nº 2 recebeu nos EUA o 1o prêmio no Primeiro Concurso Internacional para Quartetos patrocinado pela Chamber Music Guild de Washington, em conjunto com a RCA Victor Recording Company. Já o 3 o Quarteto foi premiado com a Medalha de Prata da Associação Paulista de Críticos de Teatro e Música como melhor obra de câmara do ano de 1963. O Quarteto Camargo Guarnieri tem levado o nome do compositor a ser ligado a uma prática interpretativa do mais alto nível técnico-musical, haja vista o prêmio Carlos Gomes que acabam de receber como melhor grupo de música de câmara de 2006. Em 1970, o crítico, musicólogo e fundador da Academia Brasileira de Música Eurico Nogueira França, afirmou o seguinte: “Guarnieri é um compositor de formas intimistas e suas obras mais bem sucedidas são as de câmara: quartetos, canções e música para piano. Na minha opinião, ele é um mestre de pequenas formas, um miniaturista”. Some-se a isto, o grande apreço que o compositor tinha pelas formas clássicas, onde sempre se desincumbiu com sucesso da dura tarefa de criar música nova sem abandonar as formas tradicionais.


PROGRAMA: A série se divide em quatro concertos:

As Sonatas; Os Ponteios; As Canções e Os Quartetos cada um com duração de cerca de 60 min. As apresentações das 13h têm entrada franca, mediante retirada de senha 30 minutos antes do início do espetáculo. As apresentações das 21h têm ingressos a R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia -para estudantes e pessoas com mais de 65 anos)

As Sonatas 6/03/07 Terça-feira, às 13h e 21h. Tânia Camargo Guarnieri – Violino Maria Di Pasquale – Piano Sonatina (1974) (dedicada à sua filha Tânia) Com Alegria Triste e Melancólico Festivo Sonata n. 3 (1950) Moderato espressivo Terno Decidido Encantamento (1941) Sonata n. 4 (1956) Energico ma espressivo Íntimo Allegro appassionato

Os Ponteios Olga Kiun – Piano

13/03/07

Terça-feira, às 13h e 21h.

1º Caderno

2º Caderno

5º Caderno

Nº 1 - Calmo, com Profunda Saudade Nº 2 - Raivoso e Ritmado Nº 3 - Dolente Nº 4 – Gingando Nº 6 - Apaixonado Nº 7 – Contemplativo Nº 8 – Angustioso Nº 10 – Animado

Nº 12 - Decidido Nº 15 - Incisivo Nº 17 - Alegre

Nº 43 - Grandeoso Nº 45 - Com Alegria Nº 49 - Torturado Nº 50 - Lentamente e Triste

3º Caderno Nº 22 - Triste Nº 24 - Tranqüilo Nº 25 - Esperto Nº 29 - Saudoso Nº 30 - Sentido

As Canções 20/03/07 Terça-feira, às 13h e 21h. Trio Pleno Canto Carlos Eduardo Vieira – Barítono; Elaine de Moraes – Soprano; Miroslav Georgiev – Piano As Canções Prelúdio Nº2.........................................................Guilherme de Almeida (1928) O Impossível Carinho.......................................... Manuel Bandeira (1930) Minha Viola.......................................................... Galeno Juvenal (1929) Quando Te Vi pela Primeira Vez......................... Cleomenes Campos (1939) As Flores Amarelas dos Ipês............................... Marques Azevedo (1928)


Tristeza................................................................. Rossine C. Guarnieri (1939) Dengues da Mulata Desinteressada..................... Ribeiro Couto Isto é Você............................................................ Suzanna de Campos (1955) Canção.................................................................. Tasso da Silveira (1930) Canção Ingênua.....................................................Waldisa P. Russio (1959) Ronco do Eco e do Descorajado............................Mario de Andrade (1949) Vai Azulão..............................................................Manuel Bandeira (1938) Seca.......................................................................Sylvia C. de Campos (1958) A Serra do Rola-Moça...........................................Mario de Andrade (1941)

4 Canções A Cantiga da Mutuca – (1949) Cantiga – (1955) Não Sei - (1956) Vamos dar a Despedida – (1956)

Três Canções Brasileiras Quando Embalada (1939) Quebra o Coco, Menina – Juvenal Galeno (1948) Vou-me Embora (1948)

Os Quartetos 27/03/07 Terça-feira, às 13h e 21h. Quarteto Camargo Guarnieri Elisa Fukuda – Violino; Maria Fernanda Krug – Violino; Renato Bandel – Viola; Fábio Presgrave – Violoncelo Quarteto No 1 para Cordas (1932) Enérgico e ritmado Amarguradamente, muito expressivo Depressa

Nostálgico e expressivo Alegre, solto

Quarteto No 3 para Cordas (1962)

Quarteto No 2 para Cordas (1944)

Violento Lento Vivo e ritmado

Enérgico

Produção:

Dinâmica Eventos e Produções

Diretor Artístico e Musical:

Carlos Eduardo Vieira

Produtor Executivo e Coordenador: Carlos Hamilton Martins Feltrin Assistente de Produção:

Lucas Reyes

Patrocínio:

Banco do Brasil

Apoio:

Hotel Meliá - Tryp Park


Biografia

Mozart Camargo Guarnieri nasceu em Tietê-SP, a 1º de fevereiro de 1907. Filho de imigrante italiano, Miguel Guarnieri, que batizava seus filhos com nomes de grandes músicos, iniciou seus estudos aos 10 anos com o professor Virgínio Dias, a quem dedicou a sua primeira composição, Sonho de Artista. Em 1923, mudou-se com a família para a capital paulista. A fim de ajudar no orçamento de casa, começou a trabalhar, tocando piano nas pequenas orquestras de cinemas paulistas, em Cafés e no Teatro Recreio, no bairro da Lapa. Ao mesmo tempo, freqüentava as classes do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde mais tarde passou também a ensinar. Deu continuidade aos estudos de piano com Sá Pereira e Ernani Braga, e composição e direção com Lamberto Baldi, que o influenciou de maneira decisiva em sua formação musical. Em 1928, através do amigo pianista Antônio Munhoz, Guarnieri, com apenas 21 anos, mostrou suas composições Dança Brasileira e Canção Sertaneja a Mário de Andrade, que, entusiasmado, o adotou, tornando-se seu mestre intelectual. A orientação estética de Mário de Andrade foi fundamental para Guarnieri, que, em entrevista à revista Brasileira de Música (vol. IX, 1943), afirmou: "Passei a freqüentar a sua residência assiduamente. Essa convivência ofereceu-me a oportunidade de aprender muita coisa (...) Discutia-se literatura, sociologia, filosofia, arte! Aquilo para mim era o mesmo que estar assistindo a aulas numa universidade”. De acordo com Vasco Mariz (In: História da Música no Brasil, p. 221), "o catálogo de obras de Camargo Guarnieri (...) é o maior conjunto de criação musical que o Brasil produziu, depois de Villa-Lobos, e não lhe fica muito atrás, nem em número nem em qualidade”. Em 1942, A Union Pan-Americana convidou-o a visitar os Estados Unidos para receber o prêmio que lhe foi conferido, na Filadélfia, pela obra Composição N°1, para violino e orquestra. Realizou ainda um concerto com a Orquestra League of Composers of New York e dirigiu a Orquestra Sinfônica de Boston, apresentando sua Abertura Concertante.

Em 1944, obteve o prêmio instituído pela Chamber Music Guild, de Washington, e também pelo RCA Victor, que firmou solidamente sua reputação nos Estados Unidos. Quatro anos depois, classificou-se em 2° lugar em um importante concurso em Detroit, destinado a escolher a Sinfonia das Américas, ganhando notoriedade e um grande prêmio com a 2ª Sinfonia. Em defesa de uma arte brasileira autêntica, publicou, em 1950, uma Carta Aberta aos Músicos e Críticos do Brasil. Revoltava-se contra o atoleiro em que se encontravam os jovens compositores influenciados pelo dodecafonismo de


Koellreutter, alertando-os para o fato de que aquelas técnicas haviam destruído os princípios básicos de toda cultura musical européia. Coerente com essa posição, foi o único compositor brasileiro a manter um curso de composição com o intuito de formar artistas conscientes das questões da música nacional quanto à estética, à linguagem e aos meios de realização. Em 1975, um grande sonho se realizou. Passou a ser o diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo. "(...) É o maior prêmio da minha vida, ter uma orquestra para dirigir”. Guarnieri compôs uma vasta obra, atingindo mais de setecentas peças, sendo um dos autores nacionais mais interpretados no exterior. Foi agraciado com inúmeros prêmios, condecorações e medalhas, somando mais de cem títulos nacionais e estrangeiros. Foi premiado também em mais de dez concursos nacionais e internacionais de composição. Mozart Camargo Guarnieri faleceu a 13 de janeiro de 1993, aos 85 anos, em São Paulo, logo após ter sido agraciado com o prêmio "Gabriela Mistral" pela OEA (Washington), considerado o Nobel das Américas, com o título de "Maior Compositor Contemporâneo das Três Américas".


CURRÍCULOS Tânia Camargo Guarnieri - Violino Natural de São Paulo, filha do compositor M. Camargo Guarnieri, Tânia Camargo Guarnieri estudou com Lola Benda, Alberto Jaffé e Jerzy Milewski. Em 1977, recebeu o 1º Prêmio no IV Concurso Jovens Instrumentistas do Brasil e, um ano depois, venceu o Concurso Novos Talentos. Também em 1978, recebeu o Prêmio Revelação Artística do Ano pela APCA. Outros concursos vencidos por Tânia Camargo Guarnieri foram o Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Estado de São Paulo (1979) e o Delta Omicron, realizado na cidade de Milwaukee (EUA), em 1984, quando foi premiada pela University of Winsconsin, com o Talent Award Leonard Sorkin. Tânia Camargo Guarnieri tem se apresentado por todo o Brasil como recitalista e solista de varias orquestras, entre as quais a Orquestra Sinfônica de Belo Horizonte, a Orquestra Sinfônica da USP, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Sinfonia Cultura e a Orquestra Sinfônica do Paraná. Foi dirigida por renomados maestros, tais como Eleazar de Carvalho, M. Camargo Guarnieri, Ernest Mahle, Alessandro Sangiorgi, Janos Acs. Nos Estados Unidos aperfeiçoou-se com Leonard Sorkin, Gerard Fishbach e Ralph Evans. Estudou também viola com Jerry Horner e participou de Master Classes de grandes músicos como Wolfgang Laufer, Josef Gingold, M. Dubinsky e Chaim Taub. Desde 1995 reside na Itália, onde desenvolve sua carreira como solista e em vários grupos de câmara: em especial com o Duo Henosis (violino e violão), com o qual realizou turnês na Europa, Estados Unidos e Brasil, obtendo o aplauso do publico e da critica especializada. Sua atividade discográfica inclui um CD com as Sonatas para violino e piano de M.Camargo Guarnieri, em duo com a pianista Laís Brasil, e o CD “Henosis”, em duo com Marco Pisoni, com musicas de N. Paganini e M. Camargo Guarnieri.


Maria Di Pasquale - Piano Diplomou-se em piano no Conservatório de Brescia (Itália) sob a orientação do Maestro A. Ferrari e aperfeiçoou-se em Paris com A. Fidler e G. Cziffra (piano) e em varias outras cidades européias com N. Brainin, C. Chiarappa, E. Wulfson, P. Sigrist, K. Bogino e com o Quarteto Acadêmica (musica de câmara). Freqüentou também os cursos de cravo e música de câmara barroca com O. Dantone no Conservatório de Lugano (Suíça). Venceu vários prêmios em concursos internacionais de música de câmara integrando o grupo "Contrarco" de Genova. Mantém uma intensa atividade como solista e em vários grupos camerísticos (Milão, Napoli, Paris, Basel, Linz, Rio de Janeiro...) tendo sido também intérprete de primeiras audições de compositores italianos (Morricone, Da Ross, Fanticini, Pasquotti...) e de estréias italianas (Kagel, Camargo Guarnieri, Santoro...) e colaborando com o grupo instrumental do Maestro A. Ballista, do qual é integrante. Participou do Festival "Dissonanzen" em Napoli com um programa dedicado a C.E. Ives, obtendo o aplauso do público e da critica especializada e gravou pela Rai-Radiotelevisão Italiana. Ministrou cursos de interpretação sobre obras de D. Scarlatti e M. Clementi na UFRJ e na UFRN, também realizou uma turnê pelo Brasil em duo com a violinista Tânia Camargo Guarnieri.


Olga kiun – Piano A pianista russa Olga Kiun descende de uma tradicional família de músicos soviéticos. Começou a estudar piano aos seis anos de idade com sua mãe e sua avó, ambas professoras do Conservatório Musical de Kishnev. Aos nove anos fez seu primeiro recital solo e aos 12 realizou seu primeiro concerto como solista de orquestra. Em Moscou, estudou no Conservatório Tchaikowski. Foi aluna do consagrado pianista e professor russo Lev Oborin e no terceiro ano desse curso foi laureada no Concurso Internacional Enescu, na Romênia. Graduou-se com distinção com nota máxima em todas as disciplinas. Fez doutorado no Conservatório de Leningrado, hoje São Petersburgo, sob a orientação de Pavel Serebriakov. Ao terminar esse curso, integrou o Mosconcert, extinta Sociedade Artística Estatal, realizando recitais, concertos com orquestra e inúmeras gravações para a Radio e Televisão de Moscou por toda a ex-União Soviética. O repertório da pianista abrange desde os compositores do século XVII aos contemporâneos, com ênfase aos românticos. Olga tocou na Romênia, Bulgária, Polônia, Uruguai e Peru, apresentando-se pela primeira vez no Brasil em 1991, em Curitiba, e segundo o crítico Andréas Adriano do jornal Gazeta do Povo “Olga Kiun mostra musicalidade imensa e a maneira emocional e apaixonada de tocar, necessárias a quem se dedica ao repertório romântico... uma das melhores pianistas que já pousaram em terras tupiniquins”. No Brasil Olga atuou como solista nos mais conceituados grupos sinfônicos do país, tais como a Orquestra Sinfônica do Estado do Paraná, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), a Orquestra Nova Filarmônica de São Paulo, a Orquestra Sinfônica de Campinas, a Camerata Antiqua de Curitiba e a Orquestra Sinfônica Paulista. Entre outros regentes trabalhou com Alceo Bocchino, Benito Juarez, Paulo Torres, Adriano Machado, Roberto Duarte, Lutero Rodrigues, Oswaldo Colarusso e Roberto Minczuck. De 1993 a 1997 foi professora contratada da Escola de Musica e Belas Artes do Paraná, em Curitiba, visando o aprimoramento e melhor qualificação do corpo docente desta instituição. Hoje Olga é professora concursada desta mesma escola. Olga Kiun desenvolve ainda intensa atividade artística e pedagógica, como recitalista, camerista, solista de orquestra, jurada em concursos e professora convidada em festivais de musica em todo o mundo.


Trio Pleno Canto (Elaine de Moraes, Carlos Eduardo Vieira e Miroslav Georgiev) Recém-formado por jovens músicos atuantes na cena paulistana, o trio “Pleno Canto” vem preencher duas grandes lacunas na atual cena de canto no Brasil: o domínio da música contemporânea e a pesquisa e divulgação do repertório brasileiro para canto. Estas características advêm da formação heterogênea de seus membros, que enriquece o processo interpretativo com variados pontos de vista, do sólido domínio técnico de seus integrantes e de uma familiaridade com as linguagens musicais do século XX. A presença de um músico do leste europeu fazendo música brasileira cria ainda uma ponte interpretativa entre culturas de extrema complexidade rítmica, trazendo um surpreendente resultado onde a ginga e as nuances rítmicas da composição nacional são exploradas com sutileza e bom gosto. Elaine de Moraes – Soprano Iniciou seus estudos musicais aos 10 anos de idade cursando piano técnico e teoria musical. Em 1990, recebeu a orientação do Maestro Orestes Sinatra, podendo assim, aperfeiçoar sua técnica e performance ao piano. Seus estudos de canto iniciaram-se em 1997 na Universidade Livre de MúsicaTom Jobim. Recebe orientação da professora Lenice Prioli. De outubro de 1999 a dezembro de 2002, fez parte do Coral Sinfônico do Estado de São Paulo. Em janeiro de 2003 passou a fazer parte do Coral Lírico do Theatro Municipal de São Paulo, atuando como coralista e solista também nas séries gratuitas do Teatro Municipal. Em 2006 foi Lady Billows na ópera Albert Herring de Britten e em 2007 atuará em La Cenerentola de Rossini no Municipal de São Paulo. Carlos Eduardo Vieira – Barítono Nascido em 1973, é graduado em Canto pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) na classe de Márcia Guimarães, e pelo Centro de Estudos Musicais Tom Jobim (ex-ULM), sob orientação do professor Francisco Campos Neto. Também estudou canto com Antonio Lotti, Benito Maresca e, na Bulgária, com Valchev Georgiev. Realizou ainda estudos de composição e regência com Othonio Benvenuto, Graham Griffits e José Gregori. Desde 2001 é regente titular da Catedral Evangélica de São Paulo. Foi premiado em diversos concursos de canto, entre os quais o XV Concurso Nacional Cidade de Araçatuba e o V Concurso de Interpretação da Canção de Câmara Brasileira (prêmio de melhor intérprete de Osvaldo Lacerda). Em 2000 recebeu medalha do mérito profissional no grau de cantor e intérprete, outorgada pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e História. Em 2003 foi finalista do IV Concurso Internacional de Canto Lírico Bidu Sayão. Em 2001 atuou junto ao coro Berliner Singakademie em Berlim, Alemanha. Em 2002 realizou turnê em Portugal apresentando obras brasileiras como solista do Coral Camargo Guarnieri. Também em 2002 foi solista do Coral Cantores Evangélicos, na gravação do CD “Nossos Hinos Favoritos II” sob a regência de Dorotéa Kerr.


Há 10 anos é integrante do grupo de música antiga Il Dolce Ballo com o qual gravou o CD “Amor e Devoção”. Em 2005 atuou como Guglielmo em montagem da ópera Cosi Fan Tutte de Mozart com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e como Figaro no Barbeiro de Sevilha de Rossini com a Orquestra Sinfônica de Americana. Em 2006 foi Escamillo na Carmen de Bizet com a Orquestra Sinfônica de Limeira e Mr. Gedge (Vigário) em Albert Herring de Britten, com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Já se apresentou sob a batuta de renomados regentes brasileiros como Abel Rocha, Gil Jardim, João Maurício Galindo, Osvaldo Colarusso, Mônica Giardini, Fábio de Oliveira, David Castelo entre outros. Seu repertório atual compreende, além de extensa obra desde o século XIII até o XX. incluindo música de câmara, música de concerto e ópera. Miroslav Georgiev – Piano Formado em piano pela Escola Nacional de Música da Bulgária, cursou dois mestrados em piano na Academia de Música “Pancho Vladigerov” Sofia (Bulgária) e na Universidade do Sul da Flórida (EUA); aos 27 anos, já com 23 anos de experiência musical, é um músico bem conceituado. O contato que teve com professores e artistas de ambas as tradições eslava e ocidental possibilitou-lhe ter uma visão ampla da técnica e interpretação do piano. Além disso, a experiência por ele adquirida em muitas áreas da música, que incluem canto, regência, acompanhamento e música de câmara, capacita-o a ter uma abordagem universal e complexa tanto do estilo clássico como do popular. Suas apresentações solo, de câmara e em gravações conferiram-lhe reconhecimento tanto do público como dos críticos na Europa e Estados Unidos. O seu repertório é vasto e abrange todos os estilos e épocas da música, incluindo gêneros que vão do pré-clássico ao contemporâneo. Fixou residência no Brasil em 2006 e atua como pianista co-repetidor da classe de regência orquestral no CEM-Tom Jobim. Realiza recitais solo e camerísticos e atuou, em 2006, junto à Orquestra de Bolsistas do Festival de Campos do Jordão.


Quarteto Camargo Guarnieri (Elisa Fukuda, Maria Fernanda Krug, Renato Bandel e Fábio Presgrave) O grande compositor brasileiro certamente ficaria orgulhoso de ver seu nome num dos mais qualificados grupos de câmara da atualidade. Formado por quatro músicos de excelência e competência magistrais, o quarteto atua em recitais nas melhores séries de concerto do Brasil. Embora jovem, o grupo possui repertório vasto e solidamente trabalhado, já tendo gravado um CD com obras brasileiras, incluindo o Quarteto Nº 2 de Camargo Guarnieri (Selo Y´Brazil). Com carreira internacional consolidada, os quatro músicos obtiveram formação nas melhores e mais renomadas escolas do mundo. Elisa formou-se em Genebra e aperfeiçoou-se com Sandor Vegh no Mozarteum de Salzburg, Maria Fernanda estudou na Itália, sob orientação do inigualável Salvattore Accardo. Renato foi para Berlim aprimorar seu talento e Fábio obteve título de graduação e mestrado na conceituada Juilliard School of Music em Nova York. Convergindo os ensinamentos das escolas européia e americana, o Quarteto Camargo Guarnieri traz ao público o melhor da música de câmara. Elisa Fukuda - Violino Graduou-se no Conservatório de Música de Genebra, na classe do professor Corrado Romano e recebeu o Primeiro Prêmio de Virtuosidade “com distinção e cumprimentos do Júri”. Aluna de eminentes violinistas como Henryk Szering, Arthur Grumiaux e Nathan Milstein, sua formação foi complementada no Mozarteum de Salzburg com Sandor Vegh. Na Europa, Elisa Fukuda apresentou-se com várias orquestras, entre elas a Orchestre de la Suisse Romande, a Orquestra G. Enesco de Bucarest e a Orquestra de Câmara de Moscou, também realizou recitais na Rússia, Itália, Hungria, Alemanha e Suíça. Além da atividade didática que vem desenvolvendo na Escola Fukuda, é também Diretora Artística da Camerata Fukuda, fundada em 1988. No ano de 1992, formou junto com o pianista Giuliano Montini e o violoncelista Peter Dauelsberg o Trio Dell’Arte que já no seu segundo ano, recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA, Brasil), como o “Melhor Conjunto Instrumental do Ano”. O Trio realizou extensas turnês por Argentina, Espanha, Portugal, Alemanha, Suíça, Açores. Em setembro de 2001 fundou o quarteto de cordas “Camargo Guarnieri”. Sua discografia é composta por dois CDs gravados com o Trio Dell’Arte, três CDs com a Camerata Fukuda (Obras de Vivaldi, Bach e compositores brasileiros) e um CD com o Quarteto Camargo Guarnieri. Recebeu vários Prêmios ao longo de sua carreira, entre os quais se destacam o de “Melhor Solista do Ano” pela APCA (1989) e Prêmio Carlos Gomes na categoria de “Solista Instrumental” (2000). Em 1999 participou da banca julgadora do Concurso Ibero-americano de violino em Cuba e em 2003 do Concurso de Liuteria em Querétaro, México. Em julho de 2003 foi convidada a participar do corpo docente do 1o Festival “Instrumenta Verano” em Puebla, México.


Maria Fernanda Krug - Violino Maria Fernanda Krug iniciou seus estudos de violino aos 7 anos com sua mãe, Maria Lúcia Krug na Escola de Música de Piracicaba. Posteriormente estudou com Nelson Rios na mesma escola, aos 13 anos continuou seus estudos com a violinista Elisa Fukuda em São Paulo e entre 1998 e meados de 2000 foi orientada pela violinista búlgara, Evgenia-Maria Popova na Escola de Comunicações e Artes–USP. Recebeu o 1o prêmio no Concurso “Jovens Instrumentistas do Brasil” em 1993 e 1995, neste último, recebeu também o Prêmio de Melhor Intérprete de Música brasileira. Em maio de 1998, fez a sua primeira apresentação na Europa juntamente com o pianista Antonio de Arruda Ribeiro, no Aachen Ludwig Museum da Alemanha, na comemoração dos 10 anos do Consulado Honorário do Brasil na Alemanha, convidados pelo cônsul desta entidade. Em 1999, ao participar do Festival de Inverno de Campos de Jordão, recebeu o Prêmio “Eleazar de Carvalho” como a aluna que mais se destacou naquele festival. Este prêmio proporcionou sua ida à Europa em 2000, onde ingressou na Escola Superior de Música de Colônia-Alemanha e na Academia Walter Stauffer em Cremona–Itália, na classe do violinista Salvatore Accardo, desde então, seu professor. Participou como solista de diversas orquestras brasileiras como Camerata Fukuda, Orquestra de Câmera de Blumenau, Orquestra de Câmera UNESP, Orquestras de Câmera e Sinfônica da Escola de Música de Piracicaba, e Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo, Bachianas Chamber Orchestra. Apresentou-se em Master Classes e Festivais Internacionais com diversos violinistas como Paulo Bosísio, Corrado Romano, Boris Belkin, Ole Böhn, Sergei Girchenko, Gerrold Rubinstein, Mihaela Martin, entre outros. Em 2001, ingressou na Orquestra Salzburg Chamber Soloists, sediada em Salzburg–Áustria, participando de concertos na Áustria, Alemanha, Holanda, Itália, Líbano e Finlândia. Em 2002 foi solista dessa orquestra em turnê no Japão. Em 2002 iniciou apresentações com o Ariadne Quartett, juntamente com o violinista Lavard Skou-Larsen, a violista canadense Lena Fankhauser e a violoncelista brasileira Adriane Savytsky, apresentando-se em concertos em importantes salas na Europa e Brasil. Em 2003 se apresentou com a Salzburg Chamber Soloists em turnê pela Europa e em recital com a pianista russa Elena Braslavsky no Castelo Mirabel, na série Sclosskonzerte em Salzburg–Áustria e foi solista com a Kremlin Chamber Orchestra, em uma série de concertos em São Paulo. Desde 2003 integra a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo, e desde 2004 a Bachianas Chamber Orchestra. “Eccellenti doti tecniche e una musicalità fuori dal comune...”. Salvatore Accardo, violinista.


Renato Bandel - Viola Nascido em 1973 em Piracicaba (SP), iniciou seus estudos de música aos seis anos de idade. Aos treze optou pela viola, tendo como professores Elisa Fukuda, Marcelo Jaffé e Paulo Bosisio. Em 1993 foi premiado como melhor instrumentista do Concurso Prêmio Editora Abril-Nascente III, realizado na Universidade de São Paulo. Com o apoio da Fundação Vitae parte para um estágio de dois anos junto à Orquestra Filarmônica de Berlim, onde estudou com Neithard Resa, líder das violas, além de realizar concertos de música de câmara e com a orquestra, sob regência de Claudio Abbado, Daniel Barenboim, Seiji Ozawa, Günter Wand, Zubin Mehta, Bernard Haitink, Simon Rattle, Nikolaus Harnoncourt entre outros, em várias cidades européias. Com esta orquestra, realizou diversas gravações de CD e DVD. Em 1997 passou a freqüentar a Universidade de Artes de Berlim, onde foi aluno regular do curso de viola, sob orientação do professor Hartmut Rohde. Após se formar com nota máxima, passa a integrar a classe de solistas. Durante sua estadia de sete anos em Berlim integrou a Ensemble Oriol Berlin, realizando concertos na Alemanha, México e Portugal, com renomados solistas internacionais. Atuou também como músico convidado na Orquestra Gulbenkian (Lisboa / Portugal). Atualmente integra a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, a Orquestra de Câmara Villa-Lobos, o Quarteto Camargo Guarnieri e o Duo Violapso, além de exercer atividades didáticas junto aos Festivais de Campos do Jordão, Juiz de Fora, João Pessoa, Poços de Caldas e São Leopoldo. É professor da Faculdade de Música FAAM e do Instituto Pão de Açúcar, São Paulo. Fábio Presgrave - Violoncelo Iniciou seus estudos no Rio de Janeiro com o professor Fernando Bru, e aperfeiçoou-se com o professor Alceu Reis. Seguiu para Nova Iorque aos 17 anos para estudar na Juilliard School of Music, onde estudou com Harvey Shapiro e Ardyth Alton, obteve sua graduação em violoncelo e, em 2002, concluiu seu mestrado com distinção máxima na classe de Joel Krosnick. Como membro integrante do Rio Cello Ensemble realizou turnês pela Inglaterra, França, Portugal, Argentina e Brasil. Foi artista residente nos festivais de Dartington, Inglaterra e Kinhaven, EUA. Participou também do renomado FOCUS Festival em Nova York, onde se apresentou com o pianista libanês Rami Khalife. Vencedor do primeiro prêmio do Concurso Nacional de Cordas de Juiz de Fora em 1993, foi bolsista da Fundação VITAE durante três anos e recebeu os prêmios Eleanor Slatkin, Felix Salmond e Stonzek Award em Nova York. Apresentou-se como solista com a Orquestra Sinfônica Brasileira (Elgar e Saint-Saens), Orquestra Petrobrás Pró-Música (Bruch), Orquestra Sinfônica Nacional (Jevtic), Orquestra de Câmara da ULBRA (Boccherini, Castellar e Tchaikovsky) e Orquestra Sinfonietta Rio (Guarnieri). Apresentou-se como recitalista em grandes salas de concerto do Brasil e do exterior, tais quais Paul Hall, Morse Hall, Carnegie Hall, Sala Cecília Meirelles, Centro Cultural do Banco do Brasil–SP, Centro Cultural Banco do Brasil (RJ),


Fundação Oscar Americano e Pinacoteca do Estado de São Paulo. Em 2003 foi escolhido por Maria João Pires para tocar o Adágio de Bach/Casals para violoncelo e piano no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Músico atuante no cenário da música de câmara, apresenta-se constantemente com Daniel Guedes, Paulo Gori e Marcio Malard. Foi primeiro violoncelo da Orquestra Sinfônica Brasileira. Foi professor assistente no Pré-College da Juilliard School durante dois anos. Ofereceu “Masterclasses” em grandes centros de ensino musical, como a USP, Unisinos, Festival de Campos (RJ), OSB Jovem, dentre outros. Atualmente é professor do Instituto Baccarelli. Recentemente foi escolhido pelo “Jornal do Brasil” como um dos destaques da temporada 2003.


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http://www.overmundo.com.br/agenda/serie-de-concertos-presta-homenagem-a-genioda-musica-de-camara http://falardemusica.blogspot.com.br/2007/02/coral-paulistano-canta-guarnieri.html


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