FESTA DE INAUGURAÇÃO

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Fruto do projeto de manutenção, realizado com recursos do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do DF, o Teatro do Concreto apresenta temporada de seu nono espetáculo:

Festa de Inauguração Descoberta de frases deixadas por operários responsáveis pela construção do Congresso Nacional, inspirou o grupo a criar metáforas narrativas que versam sobre desmontes de políticas públicas, silenciamento de grupos minoritários, revisionismos históricos e reflexão sobre a história da arte Após bem-sucedida temporada no Sesc Pompéia, em São Paulo, o Teatro do Concreto, reconhecido por suas interações com o espaço urbano e intervenções públicas, volta para casa onde apresenta sua nona montagem que celebra os 16 anos de trajetória do grupo. Inédito para o público brasiliense, Festa de Inauguração, dirigido por Francis Wilker e com dramaturgia de João Turchi, será apresentada no Festival Internacional Cena Contemporânea, de 27 a 30 de agosto no Espaço Cultural Renato Russo, e depois segue para o Sesc Garagem, de 19 a 22 de setembro, e de 26 a 29, do mesmo mês, no CEM 01 – Centrão, escola pública de São Sebastião. Mensagens deixadas por trabalhadores, que construíram o Congresso Nacional nos anos de 1950, e encontradas em 2011 durante reforma no Salão Verde, foram o ponto de partida [para a criação do espetáculo] e endossado por seminários que reuniram sociólogos, arquitetos, artistas visuais, rappers e dramaturgos. “As frases são de autoria de quem quase nunca está à luz da história oficial e revelam, em si, desejos de um futuro melhor para o país e a crença nas instituições democráticas”, descreve Francis. Frases completas ou trechos delas são lidas durantes o espetáculo e uma delas entra em cena escrita em uma faixa. A obra, que investiga o tema da destruição como metáfora ao atual momento do país, explora a presença de um ciclo fragmentado onde o fim nada mais é do que a continuidade e a ruína é a afirmação do que existiu e do vir a ser. Desde a Grécia antiga à própria produção contemporânea do grupo, a montagem discorre sobre constâncias da humanidade, “notamos que no percurso da humanidade, nas artes e nas trajetórias pessoais, existem narrativas soterradas que precisam vir à tona e, normalmente, esse processo acontece por meio da destruição”, sugere o diretor da montagem. A cidade como algo repleto de textos que precisam ser lidos e de discursos que precisam vir à tona, a pesquisa fez com que Festa de Inauguração não fosse uma peça que falasse pelos operários ou sobre o processo de construção de Brasília, mas sim que esses fossem os elementos disparadores de uma série de reflexões sobre o ato de destruir e reconstruir. Goiano que reside em São Paulo, o artista João Turchi, apesar de já ter trabalhado com Francis Wilker, escreve pela primeira para o Teatro de Concreto. Na construção dramatúrgica, Turchi decidiu dar luz à questão da história como algo que sempre foi manipulado pelo homem. “Esses textos encontrados em Brasília apontavam uma possibilidade de futuro pensada por esses trabalhadores – podemos associar essas imagens às inscrições rupestres de uma caverna, por exemplo. O que esses registros têm a nos dizer nos dias de hoje? Como contar isso a outro? Quais são as possíveis narrativas que existem aí?”, questiona.


A partir dessa provocação e das características que já são comuns ao grupo, como uma relação direta com a plateia e criação de peças que não se resumem a um só espaço cênico, Festa de Inauguração começa nas imediações do teatro. Dessa forma, a peça cria as metáforas a partir de um olhar arqueológico, onde o fim representa a continuidade de um ciclo que irá gerar novas leituras sobre o que foi destruído. Sem tomar como base a noção de personagens ou de começo-meio-fim, Festa de Inauguração é um caleidoscópio. Em cena, os atores encenadores Gleide Firmino, Micheli Santini, Adilson Diaz e Diego Borges tecem a trama a partir de falas e narrativas em um jogo cênico que apresenta o próprio eu a partir do teatro, músicas e coreografias, próprias do teatro performático. O espetáculo tem ainda cenário e figurino assinados por André Cortez e luz de Guilherme Bonfanti, do Teatro da Vertigem. Fotos de divulgação do espetáculo: bit.ly/FestadeInauguração Fotos das frases encontradas: dropbox.com/sh/z3qrvl2ujd61u8m/AAAiuWSlm7sSH5r144BNMHOma?dl=0 Vídeo do espetáculo na íntegra, trecho para divulgação aos 25 min: youtube.com/watch?v=Q_w1koZif-Q&feature=youtu.be Teatro do Concreto Fundado em 2003, o Teatro do Concreto é um grupo de Brasília que reúne artistas interessados em dialogar com a cidade e seus significados simbólico e real por meio da criação cênica. Assume, desde sua origem, a diversidade e a pesquisa como princípios de gestão e composição artística, mobilizando criadores de diversas regiões do Distrito Federal e aprofundando a interação com diferentes artistas e áreas do conhecimento. Suas criações se orientam pela perspectiva do processo colaborativo e se caracterizam, principalmente, pela elaboração de uma dramaturgia própria, pela radicalização no uso de depoimentos pessoais, pela investigação da cena no espaço urbano, pela relação com as práticas da performance e pela busca por diferentes modos de engajar o espectador. Ao longo de sua trajetória, o grupo estreou nove espetáculos e intervenções cênicas, publicou três obras de referência para o campo da pesquisa teatral e realizou diversos projetos de interação com a comunidade os quais extrapolam a dimensão dos palcos, consolidando-se como referência para o teatro de grupo na região Centro-Oeste. Ganhou projeção nacional com a circulação dos espetáculos Diário do Maldito (2006) – que recebeu o Prêmio SESC do Teatro Candango nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Cenografia – e Entrepartidas (2010) – que recebeu o Prêmio SESC do Teatro Candango nas categorias de Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Ator e Melhor Dramaturgia. As principais criações do grupo são Sala de Espera (2003); Borboletas têm vida curta (2006); Diário do Maldito (2006); Inútil Canto E Inútil Pranto Pelos Anjos Caídos (2007); Ruas Abertas (2008); Entrepartidas (2010); Mirante (2010); Extraordinário (2014); e Festa de Inauguração (2019).

Sinopse Festa de Inauguração é uma obra sobre a destruição. Quatro atores recolhem os cacos que sobraram do choque entre placas tectônicas, das inundações, das bibliotecas em chamas, das estátuas que perderam a cabeça e dos nossos próprios corpos, palavras e desejos. Ao vasculhar ruínas, descobrem discursos que nunca foram inaugurados, fósseis sem palavras. O difícil é escolher entre aquilo que sobrou o que tem relevância para a linha do tempo que fica. Ficha técnica Elenco: Gleide Firmino, Micheli Santini, Adilson Diaz, Diego Borges Direção: Francis Wilker Dramaturgia e codireção: João Turchi Assistente de direção: Diego Borges Light design: Guilherme Bonfanti Assistente de iluminação: Higor Filipe


Estagiários de iluminação: Diogo Sikins e Manu Maia Cenografia e figurinos: André Cortez Assistente de cenografia e figurinos: Marina Fontes Direção musical: Diogo Vanelli Projeções e registro audiovisual: Thiago Sabino e Fábio Rosemberg Colaborações artísticas: Nei Cirqueira, Kenia Dias, Edson Beserra, José Regino e Giselle Rodrigues Produção executiva: Tatiana Carvalhedo (Carvalhedo Produções) Produção nacional: Júnior Cecon Coordenação administrativa Teatro do Concreto: Ivone Oliveira Assessoria de imprensa: Território Assessoria de Comunicação Debates temáticos que alimentaram o processo criativo: Edson Farias (sociólogo), George Alex da Guia (arquiteto e urbanista), Íris Helena (artista visual), João Estevam de Argos (arqueólogo) e Thabata Lorena (cantora, compositora e MC). Agradecimentos: Daniele Sampaio, Cynthia Margareth, Felipe Sabatini, Glauber Coradesqui, Gustavo Colombini, Guilherme Giufrida, João Gabriel Dantas, Laysa Elias, Jéssica Varrichio, Carol Bianchi, Viviane Garbelini, Cristina Carvalhedo, UNIPAZ, Samuel Araújo, Cristina Nogueira, Elenice Barbosa, João Generoso, SESC Estação 504 Sul (DF); Rodrigo Quintiliano (Restaurante C’est La Vie, DF); Casa dos Quatro; IESB; Vania Praia (Praia Salão de Boniteza, DF); Teatro da Vertigem.

Dia 24 de agosto, a partir das 17h, o Teatro do Concreto ministra oficina gratuita Pequenos Textos em Guardanapos - no BEM-TE-VI - Restaurante, café e algo mais. Tudo o que se tem escrito nos últimos anos está preso em uma nuvem eletrônica, um HD externo, uma cápsula de armazenamento situada em alguma cidade dos Estados Unidos e que provavelmente jamais será acessada. Arriscam-se dizer que se produzam mais textos que lixo. E se esse espaço de armazenamento um dia se esgotasse? O consolo é que a palavra é inteiramente descartada. Na oficina, a última narrativa que interessa será escrita em guardanapos de um restaurante. Temporada Plano Piloto Dias: 27, 28, 29 e 30/08* Local: Espaço Cultural Renato Russo Horário: às 20h Ingressos: R$ 20 (inteira) Debate dia 29* na Faculdade Dulcina a partir das 10h30, com as presenças de Francis Wilker, João Turchi e Guilherme Bonfanti. Mediação de Sérgio Maggio e Carlos Gil. *Na programação do Festival Internacional Cena Contemporânea Dias: 19, 20, 21 e 22/09 Local: Sesc Garagem Horário: quinta a sábado as 20 horas e domingo as 19h Ingressos: R$ 20 (inteira) Dia 18, às 16 horas: Sessão gratuita para alunos do ensino médio e com tradução para Libras. Temporada São Sebastião Dias: 26, 27 e 29/09 Local: CEM 01 - Centrão Horários: Quinta e sexta, às 20h, e domingo, às 19h Entrada franca Dias 26 e 27, sessões gratuitas para o estabelecimento de ensino Dia 27, sessão com tradução para Libras Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos Duração: 80 minutos Informações: www.teatrodoconcreto.com.br e @TeatroDoConcreto, no Facebook.


Espetáculos do Teatro do Concreto:

Sala de Espera (2003/2004) Adaptado do original A Doença: Uma Experiência, do roteirista de cinema Jean-Claude Bernardet, a peça narra, com a preciosidade imagética de um cineasta, uma história que trata de amor, preconceito, descobertas, perda e superação. Uma trajetória de extrema sensibilidade que transforma o relato narrativo, tendo como ponto de partida a presença da AIDS, em uma metáfora de amor à vida.

Diário do Maldito (2006) Resultado de pesquisa sobre a vida e a obra de Plínio Marcos, um dos maiores expoentes da dramaturgia brasileira que incorporou o tema da marginalidade na cena nacional em textos de desconhecida violência. Na sua obra, os “marginais” são retratados como gente na boca de cena, com direito a vez e voz. A opção em falar da “banda podre do mundo” o tornou conhecido como o “autor maldito” do teatro brasileiro - jargão que nunca o incomodou já que reconhecia na vida dos excluídos a extensão de sua própria vida e a matéria prima para as suas histórias e personagens.

Borboletas têm vida curta (2006) Conta a história de Heitor, um adulto, que tenta, através das lembranças que estão marcadas em sua memória, atenuar a saudade e o vazio deixados por alguém especial. Sua constante busca por fatos, experiências e acontecimentos vividos na infância, o leva a ressignificar a maneira em que se relaciona e vive com o presente.

Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos (2007) Os últimos momentos da vida de enclausurados numa cela de presídio e que morrem queimados durante uma rebelião. A obra é inspirada em fato verídico ocorrido em Osasco, SP, a partir do conto 25 homens do livro INÚTIL CANTO E INÚTIL PRANTO PELOS ANJOS CAÍDOS. O texto chama a atenção para questões importantes como distribuição de renda, violência, justiça, dignidade humana, fome e saúde. Neste conto, mais uma vez, Plínio Marcos dá vez e voz aos excluídos, criando na sua narrativa detalhada do episódio uma verdadeira poética da crueldade.

Ruas Abertas (2008) Intervenção cênica no espaço urbano, a partir do tema Amor e Abandono, ponto de partida do Teatro do Concreto que resultou no espetáculo Entrepartidas. As investigações iniciais do grupo partiram de uma questão central: qual é a relação entre amor e abandono na sociedade contemporânea? Para um grupo que trabalha na perspectiva do processo colaborativo e se pauta pelo diálogo visceral com Brasília, Ruas Abertas significa uma aproximação maior com a dimensão autoral da plateia.

Mirante (2010) Essa criação partiu da investigação de diferentes espaços que dialogam com o imaginário de Brasília. Ao reler a cidade como texto, instala-se no espaço situações de encontro e elementos que discutem sua geografia, suas relações, suas proximidades e distâncias, seus encontros e desencontros. A Cidade e seu céu, desejos, símbolos e seus mortos. A cidade e sua memória. A cidade e seus sonhos.

Entrepartidas (2010) Início da noite, a cidade se move como um complexo organismo. É hora do embarque! O público toma um ônibus e viaja pelas ruas da cidade onde conhece diversos personagens que se equilibram no fio do tempo e nos lembram que a vida se realiza no encontro com o outro e o instante é agora. Um espetáculo que fala, sobretudo, daquilo que é efêmero, chegadas e partidas, saudades, desejos, possibilidades, vida e morte. A viagem pela cidade como pretexto para viajar pelas ruas de si mesmo.

Concreto Extraordinário (2014) Cinco personagens são convocados para a cobertura de um evento extraordinário: a descoberta de um homem que habita um lugar nunca antes visitado, ainda sem contato com


nossa sociedade. Em jogo, questões sobre a complexa vida urbana, fragmentos de vidas, recortes de sonhos, quadros de pós-modernidade. Um múltiplo olhar sobre o mundo contemporâneo e "para aonde estamos indo...".

Fotos de divulgação: bit.ly/ObrasTeatrodoConcreto Contatos para entrevistas: Francis Wilker, diretor do grupo - (85) 9.8865-7030; Micheli Santini, atriz que acompanha o grupo desde as primeiras montagens - (61) 9.9274-4495; e Gleidi Firmino, atriz que acompanha o grupo desde as primeiras montagens - (61) 9.8329-9683. Mais informações: www.teatrodoconcreto.com.br/

Publicações sobre o Teatro do Concreto: Concreto em 7 Atos Compilação de textos acerca de sete montagens do Grupo, com autoria de atores, atrizes, doutores e pesquisadores da cena teatral de Brasília e nacional. www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000943.pdf Dissertação de Mestrado – Francis Wilker Investiga a relação da cena com a cidade, na perspectiva da encenação, com o propósito de identificar e analisar procedimentos metodológicos que possam contribuir para o do diretor teatral. www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-24112014150956/publico/FRANCISWILKERDECARVALHO.pdf Encenação no Espaço Urbano, de Francis Wilker (Ed. Horizonte/2018) Se debruça sobre os processos criativos do grupo brasiliense Teatro do Concreto para discutir as relações entre teatro e cidade, ampliando assim as reflexões contemporâneas voltadas à prática da encenação. Para o autor Francis Wilker, “as publicações tratam de assuntos com pouca referência no mercado editorial nacional. O desejo com a difusão desses livros é gerar encontro, diálogo e inspirar práticas artísticas, o ensino das artes e a análise crítica de produções no campo do teatro, da dança e da performance, valorizando principalmente as reflexões que nascem das experiências localizadas no DF”. www.editorahorizonte.com.br/index.php?route=product/product&product_id=88 Do Concreto: Inventário Fotográfico uma Década de Teatro, de Thiago Sabino (Ed. Cfb/2016) Organizado de forma cronológica, a publicação apresenta imagens de sete espetáculos, concebidos pelo coletivo - “Teatro do Concreto” - ao longo de dez anos de intenso trabalho dedicado às artes cênicas. Uma justa homenagem a um dos grupos mais importantes do cenário teatral brasiliense. www.estantevirtual.com.br/armazemdolivrousado/thiago-sabino-do-concretoinventario-fotografico-uma-decada-de-teatro-358278382


Clipping de mĂ­dia estimulada






aquitemdiversao.com.br/festa-de-inauguracao/ timesbrasilia.com.br/2019/08/20/o-teatro-do-concreto-apresenta-temporada-de-seunono-espetaculo-festa-de-inauguracao/ jornaldebrasilia.com.br/clica-brasilia/teatro-danca/espetaculo-festa-de-inauguracaoacontece-em-brasilia/ df.divirtasemais.com.br/app/noticia/programese/2019/08/30/noticia_programese,161762/teatro-do-concreto-cenacontemporanea.shtml CrĂ­tica: metropoles.com/entretenimento/teatro/o-melhor-e-o-pior-do-cenacontemporanea-2019 Programa Trilha das Artes: camara.leg.br/radio/programas/577493-francis-wilker-eo-teatro-do-concreto


Realizado com recursos do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do DF, o Teatro do Concreto apresenta sua nona montagem, em 16 anos de trajetória:

Festa de Inauguração Frases deixadas por operários responsáveis pela construção do Congresso Nacional, inspiram o grupo a criar metáforas questionadoras sobre silenciamento de grupos minoritários e revisionismos históricos O Teatro do Concreto, após estreia no Festival Internacional Cena Contemporânea, com três sessões lotadas, e breve passagem pelo 34º Festivale, em São José dos Campos (São Paulo), o Grupo volta para casa onde dá sequência à temporada de Festa de Inauguração no Sesc Garagem, de 19 a 22 de setembro, e de 26 a 29, do mesmo mês, no CEM 01 – Centrão, escola pública de São Sebastião. Mensagens deixadas por trabalhadores, que construíram o Congresso Nacional nos anos de 1950, e encontradas em 2011 durante reforma no Salão Verde, foram o ponto de partida [para a criação do espetáculo] e endossado por seminários que reuniram sociólogos, arquitetos, artistas visuais, rappers e dramaturgos. “As frases são de autoria de quem quase nunca está à luz da história oficial e revelam, em si, desejos de um futuro melhor para o país e a crença nas instituições democráticas”, descreve Francis. Frases completas ou trechos delas são lidas durantes o espetáculo e uma delas entra em cena escrita em uma faixa. A obra, que investiga o tema da destruição como metáfora ao atual momento do país, explora a presença de um ciclo fragmentado onde o fim nada mais é do que a continuidade e a ruína é a afirmação do que existiu e do vir a ser. Permeando a própria produção do grupo, a montagem discorre sobre constâncias da humanidade, “notamos que no percurso da humanidade, nas artes e nas trajetórias pessoais, existem narrativas soterradas que precisam vir à tona e, normalmente, esse processo acontece por meio da destruição”, sugere o diretor da montagem. A cidade como algo repleto de textos que precisam ser lidos e de discursos que precisam vir à tona, a pesquisa fez com que Festa de Inauguração não fosse uma peça que falasse pelos operários ou sobre o processo de construção de Brasília, mas sim que esses fossem os elementos disparadores de uma série de reflexões sobre o ato de destruir e reconstruir. Sem tomar como base a noção de personagens ou de começo-meio-fim, Festa de Inauguração é um caleidoscópio. Em cena, os atores encenadores Gleide Firmino, Micheli Santini, Adilson Diaz e Diego Borges tecem a trama a partir de falas e narrativas em um jogo cênico que apresenta o próprio eu a partir do teatro, músicas e coreografias, próprias do teatro performático. O espetáculo tem ainda cenário e figurino assinados por André Cortez e luz de Guilherme Bonfanti, do Teatro da Vertigem. Fotos de divulgação do espetáculo: bit.ly/FestadeInauguração Fotos das frases encontradas: dropbox.com/sh/z3qrvl2ujd61u8m/AAAiuWSlm7sSH5r144BNMHOma?dl=0 Vídeo do espetáculo na íntegra, trecho para divulgação aos 25 min: youtube.com/watch?v=Q_w1koZif-Q&feature=youtu.be


Ficha técnica Elenco: Gleide Firmino, Micheli Santini, Adilson Diaz, Diego Borges Direção: Francis Wilker Dramaturgia e codireção: João Turchi Light design: Guilherme Bonfanti Cenografia e figurinos: André Cortez Direção musical: Diogo Vanelli Projeções e registro audiovisual: Thiago Sabino e Fábio Rosemberg Colaborações artísticas: Nei Cirqueira, Kenia Dias, Edson Beserra, José Regino e Giselle Rodrigues Produção executiva: Tatiana Carvalhedo (Carvalhedo Produções) Produção nacional: Júnior Cecon Coordenação administrativa Teatro do Concreto: Ivone Oliveira Assessoria de imprensa: Território Assessoria de Comunicação

Seviço: Dias: 19, 20, 21 e 22/09 Local: Sesc Garagem Horário: quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h Ingressos: R$ 20 (inteira), adquira aqui Dia 18, às 16 horas: Sessão gratuita para alunos do ensino médio e com tradução para Libras. Dias: 26, 27 e 29/09 Local: CEM 01 - Centrão Horários: Quinta e sexta, às 20h, e domingo, às 19h Entrada franca Dias 26 e 27, sessões gratuitas para o estabelecimento de ensino Dia 27, sessão com tradução para Libras Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos Duração: 80 minutos Informações: www.teatrodoconcreto.com.br e @TeatroDoConcreto, no Facebook.

Teatro do Concreto - Fundado em 2003, o Teatro do Concreto é um grupo de Brasília que reúne artistas interessados em dialogar com a cidade e seus significados simbólico e real por meio da criação cênica. Assume, desde sua origem, a diversidade e a pesquisa como princípios de gestão e composição artística, mobilizando criadores de diversas regiões do Distrito Federal e aprofundando a interação com diferentes artistas e áreas do conhecimento. Suas criações se orientam pela perspectiva do processo colaborativo e se caracterizam, principalmente, pela elaboração de uma dramaturgia própria, pela radicalização no uso de depoimentos pessoais, pela investigação da cena no espaço urbano, pela relação com as práticas da performance e pela busca por diferentes modos de engajar o espectador. Ao longo de sua trajetória, o grupo estreou nove espetáculos e intervenções cênicas, publicou três obras de referência para o campo da pesquisa teatral e realizou diversos projetos de interação com a comunidade os quais extrapolam a dimensão dos palcos, consolidando-se como referência para o teatro de grupo na região Centro-Oeste. Ganhou projeção nacional com a circulação dos espetáculos Diário do Maldito (2006) – que recebeu o Prêmio SESC do Teatro Candango nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Cenografia – e Entrepartidas (2010) – que recebeu o Prêmio SESC do Teatro Candango nas categorias de Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Ator e Melhor Dramaturgia.


Sinopses das criações do Teatro do Concreto: Sala de Espera (2003/2004) - Adaptado do original A Doença: Uma Experiência, do roteirista de cinema Jean-Claude Bernardet, a peça narra, com a preciosidade imagética de um cineasta, uma história que trata de amor, preconceito, descobertas, perda e superação. Uma trajetória de extrema sensibilidade que transforma o relato narrativo, tendo como ponto de partida a presença da AIDS, em uma metáfora de amor à vida.

Diário do Maldito (2006) - Resultado de pesquisa sobre a vida e a obra de Plínio Marcos, um dos maiores expoentes da dramaturgia brasileira que incorporou o tema da marginalidade na cena nacional em textos de desconhecida violência. Na sua obra, os “marginais” são retratados como gente na boca de cena, com direito a vez e voz. A opção em falar da “banda podre do mundo” o tornou conhecido como o “autor maldito” do teatro brasileiro - jargão que nunca o incomodou - já que reconhecia na vida dos excluídos a extensão de sua própria vida e a matéria prima para as suas histórias e personagens.

Borboletas têm vida curta (2006) - Conta a história de Heitor, um adulto, que tenta, através das lembranças que estão marcadas em sua memória, atenuar a saudade e o vazio deixados por alguém especial. Sua constante busca por fatos, experiências e acontecimentos vividos na infância, o leva a ressignificar a maneira em que se relaciona e vive com o presente.

Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos (2007) - Os últimos momentos da vida de enclausurados numa cela de presídio e que morrem queimados durante uma rebelião. A obra é inspirada em fato verídico ocorrido em Osasco, SP, a partir do conto 25 homens do livro INÚTIL CANTO E INÚTIL PRANTO PELOS ANJOS CAÍDOS. O texto chama a atenção para questões importantes como distribuição de renda, violência, justiça, dignidade humana, fome e saúde. Neste conto, mais uma vez, Plínio Marcos dá vez e voz aos excluídos, criando na sua narrativa detalhada do episódio uma verdadeira poética da crueldade.

Ruas Abertas (2008) - Intervenção cênica no espaço urbano, a partir do tema Amor e Abandono, ponto de partida do Teatro do Concreto que resultou no espetáculo Entrepartidas. As investigações iniciais do grupo partiram de uma questão central: qual é a relação entre amor e abandono na sociedade contemporânea? Para um grupo que trabalha na perspectiva do processo colaborativo e se pauta pelo diálogo visceral com Brasília, Ruas Abertas significa uma aproximação maior com a dimensão autoral da plateia.

Mirante (2010) - Essa criação partiu da investigação de diferentes espaços que dialogam com o imaginário de Brasília. Ao reler a cidade como texto, instala-se no espaço situações de encontro e elementos que discutem sua geografia, suas relações, suas proximidades e distâncias, seus encontros e desencontros. A Cidade e seu céu, desejos, símbolos e seus mortos. A cidade e sua memória. A cidade e seus sonhos.

Entrepartidas (2010) - Início da noite, a cidade se move como um complexo organismo. É hora do embarque! O público toma um ônibus e viaja pelas ruas da cidade onde conhece diversos personagens que se equilibram no fio do tempo e nos lembram que a vida se realiza no encontro com o outro e o instante é agora. Um espetáculo que fala, sobretudo, daquilo que é efêmero, chegadas e partidas, saudades, desejos, possibilidades, vida e morte. A viagem pela cidade como pretexto para viajar pelas ruas de si mesmo.

Concreto Extraordinário (2014) - Cinco personagens são convocados para a cobertura de um evento extraordinário: a descoberta de um homem que habita um lugar nunca antes visitado, ainda sem contato com nossa sociedade. Em jogo, questões sobre a complexa vida urbana, fragmentos de vidas, recortes de sonhos, quadros de pós-modernidade. Um múltiplo olhar sobre o mundo contemporâneo e "para aonde estamos indo...".

Fotos de divulgação: bit.ly/ObrasTeatrodoConcreto Contatos para entrevistas: Micheli Santini - (61) 9.9274-4495; e Gleidi Firmino - (61) 9.8329-9683. Atrizes do grupo desde as primeiras montagens.


Clipping de mĂ­dia estimulada





TV Globo: globoplay.globo.com/v/7937854/programa/, Agenda Cultural, quadro “TĂ´ te Convidandoâ€?, aos 46min. aquitemdiversao.com.br/teatro-do-concreto-2/ timesbrasilia.com.br/2019/09/13/concreto-apresenta-sua-nona-montagem-em-16anos-de-trajetoria/ jornaldebrasilia.com.br/clica-brasilia/teatro-danca/espetaculo-festa-de-inauguracaoacontece-em-brasilia/


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