GOTA D’ÁGUA

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Estreia em Brasília o musical de Chico Buarque

Gota d’água Nova montagem da peça Gota d’água, de Chico Buarque e Paulo Pontes, chega a Brasília no dia 5 de junho, depois de encerrar temporada de sucesso em Portugal. No elenco principal, estão, no papel de Jasão, Cláudio Lins – filho de Ivan e Lucinha Lins – e Izabella Bicalho, no papel de Joana, só vivido anteriormente por Bibi Ferreira. Izabella é uma das mais conhecidas Narizinho do Sitio do Picapau Amarelo. Em 1975, Chico Buarque em parceria com outro grande artista, Paulo Pontes, escreveu um texto que se tornaria um clássico nacional. Uma adaptação, para a realidade brasileira, da tragédia Medeia, de Eurípides. O resultado deste trabalho foi o espetáculo Gota d’água, um musical inédito estrelado por Bibi Ferreira, que conquistou críticos e público, marcando época no teatro brasileiro numa temporada de absoluto sucesso. No Brasil dos anos 70, época da Censura Federal e da repressão ideológica, o espetáculo Gota d’água trazia então, para a realidade brasileira, uma mensagem de consciência política para as dificuldades sofridas pelas classes menos privilegiadas no Brasil. A força poética dos seus diálogos rimados demonstra um texto com extraordinária riqueza, que cumpre dupla função: a de resgatar o valor da palavra, exaltando a poesia lírica, ao mesmo tempo em que expressa uma dura crítica social. Sob a direção de João Fonseca, esta é a primeira grande montagem deste clássico nacional desde o espetáculo de sucesso estrelado por Bibi Ferreira em 1975. Nesta versão, a protagonista não se chama mais Medeia e sim Joana. E seu amado traidor Jasão luta pelo sucesso em sua carreira como sambista. O Velocino de Ouro é o samba Gota d’água, que Joana ajudou a inspirar. Participam desta nova montagem os melhores profissionais do mercado. Centenas de pessoas, de todas as idades, já se emocionaram com esta importante e definitiva versão do musical Gota d’água. O entretenimento, associado à arte nacional da melhor qualidade, visa emocionar platéias, fomentando com intensidade o surgimento de novos artistas e o amadurecimento da consciência de uma nação com a grandeza do valor artístico que deve possuir. SINOPSE Em um conjunto residencial chamado Vila do Meio-Dia, localizado dentro de uma favela, nos subúrbios de uma grande cidade brasileira, mora Joana, uma mulher corajosa e batalhadora, abandonada pelo marido Jasão, que a trocou por uma menina muito mais jovem e rica. A peça começa com os vizinhos discutindo a situação de Joana e sua sorte infeliz. Alguns são a favor de Jasão, mas, a maioria, indignada com suas atitudes, demonstram preocupação com o desespero e angústia da protagonista, e discutem sobre o que fazer para tirar Joana daquele sofrimento. Jasão mora na casa do novo sogro, Creonte, e desfruta de seu romance com a jovem Alma e do sucesso do seu samba Gota d’água, que toca em todas as rádios da cidade – “Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa, e qualquer desatenção, faça não, pode ser a gota d’água...”


A mando de Creonte, Jasão vai a Vila falar com mestre Egeu sobre as prestações atrasadas e avisar que Joana será expulsa da vila. Jasão discute com mestre Egeu sobre a questão e este o alerta sobre a situação lamentável de Joana e seus filhos. Joana, em diálogo com as comadres, revela seu desespero insano, deixando as vizinhas alarmadas. A angústia e o desespero de Joana, causados pela enorme dor da traição, evoluem ao longo da peça até culminarem no trágico final. Joana manda chamar Jasão e, dissimuladamente, pede perdão pelos seus excessos e envia, pelas mãos dos filhos, alguns salgados para a festa da jovem noiva. Mas, Creonte, desconfiado de que havia algo de estranho naquela atitude, envia as crianças e os salgados envenenados de volta. Quando elas chegam em casa, começam os prenúncios da catástrofe que se abaterá sobre seu lar, alternando entre a consciência da mãe abandonada e a insanidade da mulher traída, que não se quer ver vencida, Joana articula seu fatídico plano de vingança: – “Olhando eles assim, sem sofrimento, imóveis, sorrindo até, flutuando, olhando eles assim, fiquei pensando: podem acordar a qualquer momento. Se eles acordam, minha vida assim do jeito que ela está destrambelhada, sem pai, sem pão, a casa revirada, se eles acordam, vão olhar pra mim. Vão olhar pro mundo sem entender. Vão perder a infância, o sonho e o sorriso pro resto da vida... Ouçam, eu preciso de vocês e vocês vão compreender: duas crianças cresceram pra nada, pra levar bofetada pelo mundo, melhor é ficar num sono profundo com a inocência assim cristalizada. ” – “A Creonte, à filha, a Jasão e companhia, vou deixar esse presente de casamento. Eu transfiro pra vocês a nossa agonia porque, meu Pai, eu compreendi que o sofrimento de conviver com a tragédia todo dia é pior que a morte por envenenamento.” FICHA TÉCNICA Texto: Chico Buarque e Paulo Pontes Música: Chico Buarque Direção Geral: João Fonseca Direção Musical e músicas adicionais: Roberto Bürgel Elenco: Joana | Izabella Bicalho Creonte | Claudio Lins Jasão | Armando Babaioff Alma | Maíra Kestenberg Egeu | Luca de Castro Corina | Claudia Ventura Zaíra | Sheila Matos Estela | Janaina Azevedo Cacetão | Lorenzo Martin Xulé | Ronnie Marruda Músicos: Piano| Maíra Freitas Baixo | Jorge Oscar Percussão | Julio Braga Bateria e Percussão | Roberto Kauffmann Cenário: Nello Marrese Iluminação e Operação de luz: Luiz Paulo Nenen


Figurino: Natália Lana Projeto de sonorização e Operação de som: Branco Coreografia: Édio Nunes Preparação vocal: Pedro Lima Programação visual: Mauro Ventura, André Castro e Chris Baroncini Fotos: Paula Kossatz Diretora assistente: Rafaela Amado Coreógrafa assistente: Mareliz Rodrigues Assistente de direção: Fabricio Belsoff Assistente de direção musical: João Bittencourt Diretor de cena: Dom Produção executiva: Gabriela Mendonça Gerenciamento de projetos: Paula Salles Direção de produção: Maria Siman Realização: Izabella Bicalho e Primeira Página Produções Culturais SERVIÇO TEATRO NACIONAL CLÁUDIO SANTORO - SALA VILLA-LOBOS Temporada: de 5 a 7 de junho de 2009 Sessões: Sexta e Sábado às 21h e domingo às 18h Ingressos: R$ 70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia para estudantes, professores, pessoas com mais de 60 anos e quem levar agasalho ou 1 kg de alimento não perecível). Classificação indicativa: 16 anos. Ingressos a venda na bilheteria do Teatro Informações pelos telefones: 61 3325-6240/ 3325-6239 / 8408-3666 Obs: o quilo de alimento doado será entregue ao Lar dos Velhinhos Bezerra De Menezes, em Sobradinho. Produção e realização em Brasília: Sheila Aragão Comunicação Assistente de Produção: Mateus Andrade Consultoria de Projeto: Milca Luna Assessoria de Imprensa Brasília: Rodrigo Machado Patrocínio: HOTEL MERCURE Parceiro Cultural: AMIL Apoios: Helio Coiffeur; Parrilla Madrid; Bacco Napolitana; Restaurante Oliver; Restaurante Camarões; Galeteria do Lago; Restaurante Francisco; SPA NU WA; Academia Body Tech; Brasília Shopping ; Terraço Shopping; Look Painéis; Mr. Job; Pix Gráfica Grandes Formatos; Gráfica Logomarca; Rádio Executiva; Correio VIP; Rosanna Tarcitano Consultoria de Imagem.


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