Com raízes no atemporal, brechó na 704/705 Norte chega ao seu segundo ano de atividade com acervo diversificado e para todos os gostos, idades e bolsos
La Sacuelita Onde a autenticidade das roupas, acessórios, objetos de casa, decoração e arte têm significado e muita história para contar Com o desacelerar da vida durante a pandemia, o olhar sobre o consumo, para muitos, foi transformado. O que antes era urgente, agora pode esperar um pouco. Um tanto do que antes era necessário, agora pode ficar meio de lado. Com isso, houve uma guinada ao sustentável em respeito ao próximo, ao meio ambiente e por momentos mais tranquilos. Uma prática que também ganhou força, foi o desapego. Conceitos que vão de encontro com o ideal que deram vida à La Sacuelita dois anos atrás. E fez com que Lana Guimarães e Mariana Dap criassem uma loja onde, hoje, quem a visita tem uma experiência enriquecida de cores, texturas e memórias afetivas. Resultado de uma seleção feita com muito cuidado, a La Sacuelita expõe, em seu acervo, peças raras e únicas. No vestiário e acessórios, um desfile de possibilidades que resultam em modelitos moderninhos, clássicos ou vintage. Para o lar, objetos decorativos e artísticos podem dar um toque especial e atraente a qualquer cantinho da casa. O acervo está sempre em transformação e se dá, também, por meio da participação de clientes, amigas e amigos. Pessoas que encontram na La Sacuelita o merecido carinho e valorização às peças que desejam se desapegar. Essa troca tem início no meio virtual, “la persona faz contato por el telefonito 97401.2626 e diz que quer passar pela seleção, daí enviamos a listinha com o passo a passo e todas as informações. Estando de acordo, ela envia fotos [das peças] para a curadoria. Depois é só combinar a entrega de tudo bem limpinho e cheirosinho”, detalha Lana. Dá-se preferência às peças em perfeito estado, mas, às vezes, pequenas avarias, que não interferem no desempenho, são permitidas. “Roupas, calçados e objetos são matéria e algum desgaste não só é inevitável, como faz parte da sua história. E isso também é sobre reuso e sustentabilidade.”, sugere. O movimento de troca, venda ou doação de coisas usadas e em bom estado, é possível arriscar, que venha de uma cultura familiar, quando o mais novo “herda” do mais velho, ou de vizinhança, quando aquilo que não te serve mais é passado para quem mora ao lado. Evitando assim o descarte e ampliando a cooperação. Para Lana, “isso passa pelas questões socioambiental, uma vez que a roupa mais sustentável é aquela que já existe, econômica, ao se poder oferecer peças a preços justos, e sociocultural, que se destaca com a importância do reuso, do reaproveitamento e do upcycling.” A La Sacuelita é um projeto construído aos poucos e a sintonia entre as sócias foi determinante em face às restrições impostas pela pandemia. De mãos dadas, impulsionaram as vendas on-line e, mesmo que timidamente, conseguiram crescer. “Comemorar dois anos com essa pandemia no meio é uma vitória!”, celebram Mariana e Lana.
Tudo começou com uma arara de vestidos, em seguida, criaram o “Mari e Lana botando banca!”, com desapegos [roupas e objetos], das duas. Pouco tempo depois, já como La Sacuelita, passaram a ocupar um bom espaço do subsolo do Mercado Cobogó. “E, passito a passito, vamos lapidando melhor nossa identidade e sendo reconhecidas por isso”, orgulha-se Lana. Mensalmente, La Sacuelita sobe as escadas do Cobogó para ocupar a área externa do Mercado, quando ocorrem os encontros temáticos de Brechós. A próxima edição, de número quatro, será neste sábado, dia 23, sob o tema “A Vida é Uma Festa!”. O evento tem espírito colaborativo e reúne em média dez brechós do DF. Este encontro motivou doações (ainda antes da pandemia) e, para essa edição, “vamos arrecadar absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade social”, avisa Lana. A instituição parceira que receberá e distribuirá os absorventes é a Rede Solidária Entre Nós. La Sacuelita habla portunhol, porque está em sua essência aproximar-se da cultura latina, e se autointitula o brechó mais ‘chévere’ da cidade. Chévere, palavra Castellana usada em diversos países “hermanos”, corresponde ao nosso “massa”, mas também significa “enfeitar-se ricamente”. De acordo com o escritor e etnomusicólogo cubano Fernando Ortiz, essa palavra pode ter vindo do dialeto africano Calabar que significa “adornar-se profusamente”.
As sócias Mariana Dap é empreendedora e curadora de objetos para o lar de mão cheia que há 13 anos criou o Cobogó, Mercado e Café. Um local alto astral com identidade e qualidade, e pioneiro a ocupar comercial e culturalmente as 700 Norte. Hoje, o Mercado Cobogó é referência em Brasília, quando a pedida é encontrar produtos originais e plantas ornamentais aliada a experiências de gastronomia afetiva. Lana Guimarães é formada em turismo, com especialização em cultura e patrimônio, e fotógrafa. Criou muitos roteiros culturais especializados nas essências em territórios urbanos e naturais e, para tanto, sempre teve um olhar para o especial e autêntico em meio a tanta oferta padronizada do ‘mais do mesmo’ e fórmulas prontas. Praticamente todos os seus projetos ganharam destaque como tendência.
Fotos de divulgação: bit.ly/ModelitosLaSacuelita Onde fica, quando ir e contatos La Sacuelita SCRN 704/5 Norte, Bloco E, Loja 51 No subsolo do Mercado Cobogó De segunda a sábado, das 10h às 20h Contatos: @la.sacuelita, no Instagram, ou 6174012626, via WhatsApp
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