É chegada a hora de os brasileiros conhecerem a indestrutível confluência de culturas que somos nós, sul-americanos, e de saberem o que se passa do outro lado da fronteira.
MercoSul Musical De 6 a 29 de setembro, o Centro Cultura Branco do Brasil Brasília apresenta quatro encontros inéditos entre brasileiros, argentinos e uruguaios, músicos que vivem se encontrando num Mercosul sem embargos econômicos, sem medidas protecionistas e com lucro para todos os lados. Carlos Gardel, Astor Piazzolla, Fito Paez, Jorge Drexler - Apesar da proximidade física, a lista de músicos argentinos e uruguaios conhecidos no Brasil é ainda muito pequena sendo que os dois contemporâneos citados acima, Paez e Drexler, estão restritos a pequeno grupo de iniciados ao contrário de Gardel e Piazzolla, que realmente fizeram sucesso aqui e no mundo. Nesse sentido, podemos afirmar que, musicalmente, no século XXI o Brasil está mais distante ainda de "nuestros hermanos". E se economicamente os países do Mercosul começam a quebrar barreiras, culturalmente há muito o que avançar. A língua e principalmente a auto-suficiência e a diversidade da música brasileira têm nos mantido distantes de "nuestros hermanos sudamericanos". Mesmo que nos últimos 30 anos tenham ocorrido aproximações e parcerias, esses casos são mais exceções do que regra. A série "MercoSul Musical" visa mostrar as afinidades possíveis entre a música do Brasil e a de países como Uruguai e Argentina, em quatro shows de artistas que, mesmo sem grande retorno de mídia, já vinham estabelecendo nos últimos anos um rico intercâmbio cultural estreitando esses laços. Cantores, compositores e instrumentistas como os uruguaios Jorge Drexler e Luciano Supervielle e os argentinos Pedro Aznar e Kevin Johansen participam desse bate-bola musical com brasileiros como Arnaldo Antunes, Paula Toller, Celso Fonseca, Vitor Ramil, Moska e Marcos Suzano. Pandeiro com mate, samba com tango. O calor e o frio sintetizados na melancholia e na alegria que unem essa América Sulista. - 6 a 9/set - Jorge Drexler e Arnaldo Antunes - 13 a 15/set - Kevin Johansen e Paula Toller - 20 a 22/set - Pedro Aznar e Celso Fonseca - 27 a 29/set - Luciano Supervielle e Vitor Ramil
Apresentador: Moska Formado em teatro, o cantor, compositor e violonista Moska, que vem realizando desde o começo desta década um intenso intercâmbio com seus colegas e contemporâneos hispano-americanos, é o mestre de cerimônias do projeto MercoSul Musical, recebendo, tocando e cantando com todos os convidados e fazendo a ligação entre cada um. Com Jorge Drexler e Kevin Johansen, Moska tem se apresentado com freqüência no Uruguai, na Argentina, no Chile e na Espanha. Já se apresentou também muitas vezes com Celso Fonseca (Rio de Janeiro), com Vitor Ramil
(Florianópolis e Porto Alegre) e com Luciano Supervielle (Montevideo). Criador e apresentador de um programa de TV no Canal Brasil, o Zoombido, no qual entrevista, fotografa e canta com compositores brasileiros, Moska tem seis discos autorais lançados. O mais recente, "Tudo Novo de Novo" ganhou no início do ano um registro ao vivo lançado em DVD, em que mistura o show com um "falso documentário". Nesse álbum, Moska gravou duas canções de Drexler. Músico convidado: Marcos Suzano Mestre que revolucionou a percussão por meio da técnica e da inventividade, Suzano trabalhou com nove entre dez estrelas da MPB brasileira, e também do pop internacional (como Sting, do grupo Police). Em sua rica carreira, fez parte também do grupo Aquarela Carioca e dividiu com Lenine a autoria de um dos discos brasileiros mais importantes da década de 90, "Olho De Peixe". Tocou em quase todos os discos de Moska, chegando a produzir um deles ao lado de Celso Fonseca. Gravou o álbum "Eco" de Jorge Drexler. Nos últimos anos tem tocado com freqüência no Japão, onde tem mais de mil alunos. Com seus discos solos e shows, mostra as infinitas possibilidades de um instrumento como o pandeiro, geralmente relegado ao acompanhamento. Artistas convidados JORGE DREXLER convida ARNALDO ANTUNES Ganhador do Oscar de melhor canção em 2005 ("Al otro lado del río"), do filme "Diários de motocicleta", sobre a juventude de Che Guevara, e dirigido por um brasileiro, Walter Salles, Jorge Drexler já tem uma longa carreira discográfica. São sete discos solos. Seu trabalho autoral tem influência da bossa-nova e do refinamento sonoro e poético da geração de Chico e Caetano, junto com a música tradicional de sua terra (milongas, candombes e tangos). Seu disco "ECO" foi dedicado a Paulinho Moska. Drexler é parceiro de Kevin Johansen, já gravou com Celso Fonseca e em seu mais recente disco, "Doze segundos de obscuridad", gravou uma versão curiosa de "Disneylândia", canção de Arnaldo Antunes, seu convidado brasileiro. Depois de uma década com o grupo Titãs, Arnaldo iniciou seu trabalho solo em 1993, e pode ser considerado um multi-artista, pois consegue juntar muitas linguagens, como o canto, a composição, a poesia, a performance e as artes plásticas numa mesma linguagem. Na música, encontrou uma assinatura própria juntando ludicamente pop-rock, MPB, poesia concreta e ecos da Tropicália. Algo que se confirma em seu recente novo disco, "Qualquer", em que buscou uma sonoridade acústica para suas canções singulares. Arnaldo está acostumado a parcerias, e afirmou isso com o seu trabalho nos Tribalistas (com Marisa Monte e Carlinhos Brown, que atualmente se apresenta mais na Espanha que no Brasil). KEVIN JOHANSEN convida PAULA TOLLER Cantor de voz grave e compositor que mistura sua poesia bem humorada com surpreendentes jogos de palavras, Kevin nasceu no Alasca mas, de mãe argentina e pai americano, foi criado em Buenos Aires até 1990, quando se mudou para Nova York. Foi na Big Apple que Johansen começou a se envolver profissionalmente com música, sendo residente do bar CBGB por muitos anos e tendo como uma das fontes de inspiração os ritmos da terra de sua mãe. De volta a Buenos Aires em 2000, lá lançou seu disco de estréia, "The nada", por um selo independente. O reconhecimento junto à crítica portenha garantiu-lhe um contrato com a Sony Internacional, onde gravou em seguida "Sur o no Sur" (2003) e "City Zen" (2005). Está em pleno trabalho de divulgação de seu novo projeto: um disco duplo chamado "Logo" & "Jogo".
Johansen convidará PAULA TOLLER, cantora da banda pop Kid Abelha, que acaba de lançar seu segundo disco solo, "Sónós" (Warner). Nesse trabalho, ela gravou duas canções de Kevin, que canta em uma delas. Paula também dividiu uma faixa com o cantor e compositor americano Donavon Frankenreiter, num disco que ainda traz parcerias da cantora com Fausto Fawcett, Dado Villa-Lobos e Paul Ralphes. PEDRO AZNAR convida CELSO FONSECA O argentino Pedro Aznar despontou no cenário do jazz nos anos 80 como percussionista e vocalista do guitarrista americano Pat Metheny e na época a sua participação remetia aos vocalises de Milton Nascimento. A partir dos anos 90, no entanto, ele vem desenvolvendo um trabalho solo no qual mostra identidade própria como cantor, compositor e produtor. Produziu o disco de Vitor Ramil "Longes". Pedro convidará CELSO FONSECA, guitarrista que rodou o mundo a partir dos anos 80 nas bandas de artistas como Milton Nascimento, Djavan e Gilberto Gil. A partir dos anos 90, ele investiu na sua carreira de cantor e compositor, e, além de seus discos solo, gravou uma trilogia com Ronaldo Bastos nos discos "Sorte" (1994), "Paradiso" (1997) e "Juventude/Slow motion bossa nova" (2001). Seus dois últimos CDs, "Natural" (2003) e "River Gauche Rio" (2005), foram lançados primeiro na Europa e têm rodando o mundo com suas canções eletro-bossa-novistas e seu violão preciso. LUCIANO SUPERVIELLE convida VITOR RAMIL Vindo de um grupo que botou o tango no século XXI, o Bajofondo Tango Club, o pianista uruguaio de 27 anos, arranjador, e DJ (seus scratches são poderosos!) acaba de lançar seu primeiro CD/DVD solo, "Supervielle". Nele, mistura dois estilos dançantes: o contemporâneo hip hop e o ancestral tango. Luciano Supervielle viveu até os 17 anos em Montevidéu, quando se transferiu para Paris, voltando à capital uruguaia para se juntar ao Bajofondo. Além dos trabalhos solo e no grupo, Supervielle toca habitualmente com seu conterrâneo, mas radicado na Espanha, Jorge Drexler. Luciano se apresentará ao lado de três músicos do Bajofondo Tango Club, Javier Casalla (violino), Gabriel Casacuberta (baixo) e Pablo Mainetti (bandoneon). Supervielle convidará VITOR RAMIL, gaúcho de Pelotas que tem cruzado a fronteira com o Uruguai e a Argentina com freqüência, física e culturalmente. Seu primeiro disco solo ("Ramilonga") é inteiramente dedicado às milongas, ritmo e estilo característico da região sul do continente. Irmão misantropo da dupla Kleiton & Kledir, o cantor, compositor e também escritor Vitor Ramil tem sete discos autorais, incluindo "Tango", "A paixão de V Segundo ele próprio", "Ramilonga", "Tambong" e "Longes" este, lançado em 2004, foi produzido por Pedro Aznar e gravado entre Buenos Aires e Rio. Seu novo projeto, "Satolep Sambatown", é todo em parceria com o percussionista Marcos Suzano. Curadoria & direção artística Antônio Carlos Miguel & Moska Crítico musical e repórter especial do jornal "O Globo", Antonio Carlos Miguel é o autor do livro "Guia de MPB em CD" (Jorge Zahar Editor), membro do conselho e do júri do Prêmio TIM de Música, jurado dos prêmios Rival BR e Grammy Latino. É o curador e diretor da série "MPBC Música Popular Brasileira Contemporânea", que, em 2006, foi apresentada nos CCBBs de Brasília (fevereiro), São Paulo (abril) e Rio (dezembro). Ficha técnica: Produção: Tema Eventos Direção artística e apresentação: Paulinho Moska Curadoria e textos: Antônio Carlos Miguel Produção executiva e coordenação geral: Amanda Menezes Produtores assistentes: Márcia Virgínia e Maria Ângela Menezes
- 6 a 9/set - Jorge Drexler e Arnaldo Antunes www.jorgedrexler.com www.arnaldoantunes.com.br - 13 a 15/set - Kevin Johansen e Paula Toller www.kevinjohansen.com www.paulatoller.com - 20 a 22/set - Pedro Aznar e Celso Fonseca www.pedroaznar.com.ar www.celsofonseca.com.br - 27 a 29/set - Luciano Supervielle e Vitor Ramil http://lucianosupervielle.com www.vitorramil.com.br Os shows acontecem de quinta a sábado às 21h e domingo às 20h, no teatro do CCBB Brasília, com entrada a R$ 15,00 a inteira e R$ 7,50 a meia para estudantes, correntistas do BB e pessoas com mais de 65 anos de idade. Os ingressos para cada show estarão disponíveis para compra, na bilheteria do CCBB, a partir da terça-feira anterior a cada estréia. CCBB Brasília Aberto de terça-feira a domingo das 10h às 21h SCES Trecho 2, lote 22 – Brasília/DF Tel: 61 3310-7081 e-mail: ccbbdf@bb.com.br site: www.bb.com.br/cultura O CCBB disponibiliza ônibus gratuito, identificado com a marca do Centro Cultural. O transporte funciona de terça a domingo, saindo do Teatro Nacional a partir das 11h. Trajeto e horários: Teatro Nacional: 11h, 12h25, 13h50, 15h15, 16h40, 18h05, 19h30, 20h55, 22h. SHN - Manhattan: 11h05, 12h30, 13h55, 15h20, 16h45, 18h10, 19h35, 21h, 22h05. SHS - Hotel Nacional: 11h10, 12h35, 14h, 15h25, 16h50, 18h15, 19h40, 21h05, 22h10. SBS - Galeria dos Estados: 11h15, 12h40, 14h05, 15h30, 16h55, 18h20, 19h45, 21h10, 22h15. Biblioteca Nacional: 11h20, 12h45, 14h10, 15h35, 17h, 18h25, 19h50, 21h15, 22h20. UNB Inst. Artes: 11h30, 12h55, 14h20, 15h45, 17h10, 18h35, 20h, 21h25, 22h30. UNB Biblioteca: 11h35, 13h, 14h25, 15h50, 17h15, 18h40, 20h05, 21h30, 22h35. CCBB: 12h10, 13h35, 15h, 16h25, 17h50, 19h15, 20h40, 21h45, 22h45.
CCBB realiza primeiro projeto neutro em carbono 155 árvores de 25 espécies diferentes, todas nativas do cerrado, serão plantadas próximo à Escola Parque do Jardim Botânico de Brasília, com o propósito de neutralizar a emissão de estimadas 20 ton de CO2, decorrente da realização do evento MercoSul Musical.
O efeito estufa é um processo natural de aquecimento da terra. O que se tem observado é um agravamento deste efeito, extrapolando a faixa toleravel de emissão de gases de estufa, o que desestabiliza o equilibrio energético no planeta e dá origem ao que chamamos de aquecimento global. Diferentes iniciativas que buscam soluções para o aquecimento global vêm sendo tomadas por inúmeras empresas ao redor do globo, sinalizando que o compromisso com a cidadania ambiental é chegada à consciência mundial. Indo ao encontro desta tendência, o Centro Cultural Banco do Brasil realiza o seu primeiro evento carbono zero. Com base em dados fornecidos pelo CCBB e pela equipe de produção do MercoSul Musical, seguindo uma 'planilha inventário' criada pelo Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC) que detalha o consumo de combustível e de energia, foi possível calcular a quantidade de carbono que será emitido na atmosfera com a realização do projeto, que neste caso chega a 20 ton de gases de estufa. Através da ação Plante sua Parte da ONG Instituto República, uma intervenção ambiental desenvolvida por um grupo de pesquisadores e especialistas, toda a emissão de gases nocivos será neutralizada com o plantio de 155 árvores, o que garante ao evento o selo "Neutro em Carbono".
Esta intervenção é uma das pioneiras no Cerrado e que deixa um legado verde permanente neste bioma tão fragmentado.
Para o bioma Cerrado a época mais adequada para o plantio é no período das chuvas, a partir de outubro, evitando assim a perda de mudas e o gasto excessivo de água. Por este motivo, haverá um plantio simbólico no dia ______ na área externa próxima ao teatro do CCBB, com a presença dos músicos que participam do projeto MercoSul Musical, selando o compromisso com as questões ambientais. O projeto MercoSul Musical ficará em cartaz de 6 a 29 de setembro, e reunirá grandes nomes da música brasileira e sul-americana no palco do CCBB, será também um marco na história do Banco do Brasil, que já realizou eventos neutros em carbono na área do esporte.
SELO – Neutro em Carbono
COMO É FEITO O CÁLCULO
SOBRE O EFEITO ESTUFA
O cálculo do carbono liberado na atmosfera pode ser feito de acordo com inúmeras variáveis a serem consideradas para cada caso, como: transportes utilizados na ocasião (coletivo ou particular, terrestre, aéreo ou naval) e o consumo de combustível fóssil por quilômetro rodado; e gastos com energia elétrica (kWh).
O efeito estufa aquece a superfície da Terra em 33°C em média. Esse aquecimento natural permite a existência de água líquida no planeta. A temperatura média na superfície da Terra seria -18°C sem efeito estufa. Porém, com o aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, existe uma tendência para o aumento da temperatura global média fora dos padrões naturais.
O cálculo de compensação de carbono compreende duas equações: uma calcula o valor das emissões de gases do efeito estufa através de cálculos baseados em CO2 equivalente (CO2e) e outra que calcula a absorção de carbono da atmosfera por um indivíduo vegetal. A estimativa das emissões relativas a cada um dos itens considerados é baseada no software Global Emissions Model For Integrated Systems (GEMIS 4.3) do instituto OEKO, o qual se baseia na ferramenta de análise de ciclo de vida associada a fatores de mudanças climáticas para obter o fator de emissão de GEE de cada variável levantada pela organização do evento. Além desta ferramenta foram utilizadas como base para realização dos cálculos publicações científicas nacionais e internacionais. Os cálculos são sugestivos e baseados em médias de cálculos científicos. É importante ressaltar que os resultados podem variar de acordo com o levanto das variáveis realizado pelos organizadores do evento. Acreditamos que a ação de compensação das emissões dos gases do efeito estufa e a elevação da consciência ecológica social sobrepõem estas pequenas variações.
O excesso de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera provoca a elevação da temperatura média do planeta e a este fenômeno dá-se o nome de Efeito Estufa. Como efeito mais imediato, podemos citar o degelo das calotas polares e como conseqüência o aumento do nível do mar, causando inundações nas cidades litorâneas. Os principais gases de Efeito Estufa (GEE) são: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nítrico (N2O). A combustão de grandes quantidades de combustíveis fósseis (óleo diesel, gasolina e carvão), a derrubada e queimada de florestas aumentaram a concentração de GEE, em especial o dióxido de carbono, na atmosfera.
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