As Artes Performáticas ganham protagonismo em Brasília, com a primeira edição do festival internacional
Travessia Mostra interseccional de linguagens artísticas com exibições em palcos e espaços públicos da cidade, bem como em plataformas virtuais
Atravessada por vertentes distintas do fazer artístico, as Artes Performáticas sugerem uma mudança de paradigma. A partir do hibridismo e da experimentação, expõem peças que não mais descrevem ou representam algo, mas se resumem a experiências que produzem no espectador, por vezes, também participante. Conduzir o público de Brasília através de uma jornada no universo dessas artes provocantes é o que propõe o Travessia. Festival com idealização e curadoria de Alaor Rosa que vai ocupar, entre os dias 13 e 19 de dezembro de 2021, o palco do SESC Garagem e o Conic, além de espaço público. Em formato híbrido, com sessões presenciais e outras virtuais, o Festival convidou, para esta edição inaugural, três montagens internacionais, duas locais e três de outras regiões do Brasil. Polissêmico, Travessia apresenta, ainda, dois shows musicais e uma oficina. Segundo Alaor Rosa, criador do Festival, “buscamos tangenciar o novo e desta forma levar experiências inesquecíveis ao encontro do público”, sugere o curador, cuja trajetória, de 40 anos dedicados às artes, acumula experiências vividas em festivais e mostras de teatro e dança pelos quatro cantos do mundo. Com critério e olhar apurado, Alaor convidou para a primeira edição de Travessia a atrações que seguem: Entre os internacionais, poderão ser conferidos o espetáculo da Bolívia, “Hamlet Tercero”, inédito no Brasil e com direção de Diego Aramburo, tem sessões presenciais e on-line; o francês “Blanc”, dirigido por Vania Vaneau; e “Eu quero acreditar que estou voltando”, do grupo cultural peruano Yuyachkani, ambos com sessões on-line. Entre os nacionais, “Cartografia do Abismo - Diálogos com Antonin Artaud”, da Bahia; “Heróis”, de São Paulo, com sessões presenciais e on-line; e de transmissão on-line, diretamente de São Paulo, e com interação com público expectador, “Caso Cabaré Privê”, dirigido por Pedro Granato. Desenvolvendo ações de Ocupação Urbana, duas atrações do DF, “Malacatifa”, idealizado por e com atuações de Ana Flávia Garcia, Elisa Carneiro e Gabriel Guirá; e “Carnaval Silencioso”, da Andaime Cia de Teatro. Travessia nasceu “para criar pontes, alicerçar conexões”, ressalta o curador. Interrelações pessoais, no seu ponto de vista, vêm do conhecido, daquilo que afeta, do contato, entretanto, através da arte, da diversidade, do simbólico, “nos entregamos ao desconhecido”, provoca. Todas as estreias serão seguidas de bate-papo, de cerca de meia hora, entre a plateia e o elenco e direção da obra apresentada.
Não obstante, a linha curatorial do festival convida a sentir expressões que transitam em um campo comum, entre experiências diversas do texto e da matéria, da palavra e da física humana e da poesia dos corpos em ação. As pontes, por este prisma, ganham corpo na integração consonante das linguagens do teatro, da música, do cinema, da fotografia, da arte & tecnologia e da performance. No campo da música, o festival traz a cantora brasiliense Ligiana Costa, que se apresenta na abertura do Festival acompanhada de Coralistas; e no encerramento de Travessia, a atração local Thabata Lorena abre show da baiana Josyara. Antecipando a estreia do Festival, a cantora e letrista Ligiana Costa promove uma oficina de canto. Na qual, a cantoras de Brasília, será apresentado o repertório completo de seu show EVA, que abre o Festival no dia 13. As participantes [da oficina] comporão o coro de sua apresentação. Travessia é uma realização da Arte Viva e Ibranova, com produção executiva de Formiga Produções, e apoios do SESC Garagem, Espaço das Árvores Restaurante Tropical, Jamburita Cozinha e Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Fotos de divulgação: bit.ly/AtracoesTravessia Serviço: Festival Travessia Curadoria: Alaor Rosa Duração: de 13 a 19 de dezembro de 2021 Locais: SESC Garagem (513 Sul), YouTube e Birosca (Conic) Ingressos para os espetáculos no Teatro SESC Garagem: promocional 1º Lote a R$ 30,00 (inteira), e R$ 15,00 (meia entrada para professores, estudantes, idosos e pessoas com deficiência), à venda em www.sympla.com.br/1-travessia---festivalinternacional-de-artes-performaticas---ingressos-dos-espetaculos-teatrais__1437472 Ingressos para a festa show de encerramento, dia 19/12, na Birosca: à venda em https://pro.shotgun.live/pt/events/296414 Espetáculos exibidos via YouTube têm acesso gratuito Horários e classificação indicativa: confira a programação Informações: www.travessiafestival.com e www.instagram.com/travessiafestival
Programação: Oficina com Ligiana Costa Presencial, o local será informado apenas aos/às participantes, de 9 a 12/12. Show de abertura com Ligiana Costa Presencial, no Teatro SESC Garagem, dia 13/12, às 20h. Exibição on-line a partir das 20h do dia 14 e ao longo das 48 horas seguintes, na plataforma do Festival. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos. Cartografia do Abismo Presencial, no Teatro SESC Garagem, dias 14 e 15/12, às 20h. Exibição on-line a partir das 20h do dia 15 e ao longo das 48 horas seguintes, na plataforma do Festival.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos. Blanc Exibição on-line, via YouTube, dia 14/12, às 21h, e disponível ao longo das 48hs seguintes, na plataforma do Festival. Classificação indicativa: Livre para todos os públicos. Caso Cabaré Privê Transmissão on-line ao vivo, acessando www.travessiafestival.com, nos dias 15 e 16/12, às 21h. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos. Malacatifa Presencial, dia 16/12, na Birosca (Conic), das 16h às 19h. Classificação indicativa: Livre para todos os públicos. Carnaval Silencioso Presencial, dia 17/12, Devido à Pandemia de Covid-19, o local de partida não será divulgado. Classificação indicativa: Livre para todos os públicos. Heróis Presencial, no Teatro SESC Garagem, dias 16 e 17/12, às 20h. Exibição on-line a partir das 20h, do dia 17, e ao longo das 48 horas seguintes, na plataforma do Festival. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos. Hamlet Tercero Presencial, no Teatro SESC Garagem, dias 18, às 20h, e 19/12, às 19h. Exibição on-line a partir das 20h do dia 19 e ao longo das 48 horas seguintes, na plataforma do Festival. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos. Eu Quero Acreditar que Estou Voltando Exibição on-line, via YouTube, dia 18/12, às 21h, e disponível ao longo das 48hs seguintes, na plataforma do Festival. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos. Festa show de encerramento com Thabata Lorena, Josyara e DJ Presencial, na Birosca, dia 19/12, às 21h. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.
Sinopses dos espetáculos Cartografia do Abismo, direção de Luis Alonso A partir de textos do autor Antonin Artaud e de depoimentos pessoais do ator Caio Rodrigo, a ação cênica propõe uma investigação das fronteiras entre Loucura/lucidez, ficção/realidade, linguagem/vida e provoca questionamentos acerca da matéria do discurso em seus papéis artísticos, sociais, éticos. O espetáculo intervém em espaços desconstruídos, em construção ou abandonados, prezando pelo diálogo entre o asséptico do que é vivenciado e o sujo e o opressor do que está em volta. Diálogo que gera um discurso com a sociedade na busca de uma limpeza das estruturas no meio da desordem que atinge o ser humano. Inspirado no universo de Artaud, Caio faz uma viagem pelo pensamento fragmentado da obra, expondo as vísceras do seu universo. Traça um paralelo entre a personalidade como ente ético e
social do ator contemporâneo e o pensamento filósofo-teatral de personagem francesa, interpretada por Caio. Malacatifa, da Tríade Brinquedo Projeto multiartístico de ocupação dos espaços públicos. Criado pelos artistas brasilienses Ana Flavia Garcia, Elisa Carneiro e Gabriel Guirá, o projeto é despertado pela força simbólica da serpente, que surge no caminho dos transeuntes quase imperceptível causando curiosidade, fascínio e espanto. No formato de exposição interativa, Malacatifa é estruturado pela interseção entre artes visuais, teatro, poesia, literatura e música. Gestada e nascida em tempos de isolamento social, o projeto nasceu do desejo de esgarçar as possibilidades de encontro, como desdobramento de uma investigação contínua da Tríade Brinquedo sobre a relação entre arte e cidadania, e de uma característica já identitária do grupo: poéticas e estéticas que bebem do território dos sonhos e da brincadeira. Carnaval Silencioso Idealizado pela Andaime Cia. de Teatro em parceria com o DJ Ops, Carnaval Silencioso é o bloco fora de época que atravessa a cidade com foliãs ouvindo a mesma música em fones de ouvido. Quem sintoniza a estação ouve músicas de carnaval em uma deliciosa festa itinerante. De longe o que se vê são pessoas a dançar, muita alegria e um silêncio que não cala. O Carnaval Silencioso é uma manifestação artística que atravessa questões políticas sobre cultura, diversidade e ocupações artísticas urbanas. É arte política contra os silenciamentos que as leis, as morais e as políticas aplicadas no Brasil têm sido praticadas, o que desperta debates nas esferas pública e pessoal da Capital e do país. A folia acontece há 11 anos consecutivos e já aportou na República Tcheca e Portugal. Heróis, escrito e encenado por Paulo Azevedo Ele é um astro do rock no auge da fama. Está esgotado pelas demandas e precisa apenas de um respiro. No caminho para mais um compromisso, se depara com uma formiga. Encontro inesperado que desencadeia em uma jornada interna de resgate a questões deixadas para trás. Nesse mergulho, busca razões íntimas para seguir. Heróis é livremente inspirado nas canções e biografias de David Bowie, Lou Reed e outros stars dos anos 60 e 70. O roteiro original cria um panorama do rock, daquelas décadas, com músicas de David Bowie, Elton John, Lou Reed, Pink Floyd, The Rolling Stones, The Doors e outros. A montagem parte dos mitos em torno do artista para abordar a relação com o tempo e os valores do mundo contemporâneo. O espetáculo é o episódio “Música” da “Trilogia Solo”, idealizada, escrita, dirigida e interpretada por Paulo Azevedo, com realização da Suacompanhia Criações Artísticas. Hamlet Tercero, com direção de Diego Aramburo Com a morte do pai, os filhos entram na disputa pela herança que lhes corresponderia. Surgem, a partir daí, questionamentos, Essa herança é de fato desejada?; O que essa herança implica, além de privilégios?; Manter-se no mesmo círculo e na mesma lógica, ainda é aceitável?. Acontece que na Bolívia o pai não é tudo. Apesar da masculinidade permear tudo, a mãe é e sempre será o elemento central e mais decisivo em seus cotidianos. Qual será a posição assumida por esta figura materna, em relação ao dilema?; Será, que por fim, o reflexo característico da humanidade (que não é apenas o homem cis e heterossexual europeu), finalmente os levará a agir? Blanc, de Vania Vaneau A obra reúne a linguagem física, a coreográfica e um forte componente plástico com a produção e uso de diversos trajes e máscaras. O movimento é combinado com a dimensão visual em um trabalho sobre o colorido em contraste com o preto e o branco, evocando um tipo de carnaval onde são convidadas figuras situadas entre o
humano, o animal e a natureza, pertencentes a lugares e a temporalidades indeterminadas. O acompanhamento musical faz do trabalho uma obra entre a performance, o concerto e a peça de dança. Blanc nasce do desejo de acessar um local de vertigem, explorando as diferentes facetas do indivíduo, revelando a multidão, o múltiplo que vive o singular, assim como a luz branca, composta de todas as cores. Caso Cabaré Privê, com concepção e direção de Pedro Granato, A montagem estreou pela plataforma Zoom em agosto de 2020 tendo todas suas sessões lotadas. Vencedor do Prêmio APCA na categoria jovem e pelo Prêmio We Do! nas categorias Interatividade, Direção e Juri Popular. O espetáculo faz parte da pesquisa do Núcleo Pequeno Ato a respeito do teatro imersivo e a formação de novos públicos. Na trama, o filho do Presidente é encontrado morto em um cabaré privativo e o público é convidado a investigar as pistas antes do anúncio oficial para imprensa. Nenhuma performer do estabelecimento pode sair e começam as interrogações conduzidas por um delegado. O público é direcionado para cabines privê e pode interrogar as personagens. Os atores fazem a encenação em tempo real, executando as cenas e interagindo com a plateia, que assiste tudo direto de suas casas por meio de salas virtuais. Dessa forma se estabelece um jogo imersivo a partir dos registros do celular do filho do presidente, que funciona como um flashback, para ajudar na elucidação do que aconteceu naquela noite. Essa é a única cena gravada previamente onde o grupo respeitou todos os protocolos de segurança e distanciamento físico. Para a adaptação, os atores usaram suas próprias casas como cenário e pensaram as ambientações utilizando elementos cênicos e a iluminação que tinham disponíveis para construir o universo de cada interpretação. Eu Quero Acreditar que Estou Voltando, com direção de Vivian Martínez Tabares Com referências iniciais de Augusto Boal (criador do Teatro do oprimido), do teatro documento, de Bertolt Brecht, e do teatro de agitação e propaganda, nasceu essa experiência de criação artística, vocação popular e compromisso, que soube incorporar novas fontes e amadurecer um trabalho sempre articulado ao processo social e político do Peru. Sua permanência e fecundidade demonstram a vitalidade do grupo, sua constante capacidade para a autocrítica e sua habilidade organizadora, que combina projetos grupais e espaço para a expressão individual diferenciada de seus membros. O espetáculo celebra os 50 anos do Grupo Cultural Yuyachkani.
Sobre as atrações musicais: Josyara apresenta Mansa Fúria, show de seu 2º disco, lançado em 2018. O disco traz um retrato da cantora, compositora e violonista baiana em seu percurso sertão/litoral/metrópole. Nascida em Juazeiro, interior da Bahia, Josyara traz em suas composições um olhar sensível sobre seu cotidiano e história, embaladas por seu violão percussivo e potente. Ligiana Costa nasceu em São Paulo, mudou-se para Brasília ainda muito jovem e, depois de rodar o mundo, fixou residência de volta em São Paulo. Estudou canto lírico na UnB e fez especialização em canto barroco na Holanda. De lá, seguiu para a Itália onde concluiu mestrado em filologia musical da renascença e idade média e depois para a França, onde fez doutorado sobre ópera barroca junto ao Centro De Estudos da Renascença de Tours. Nesta época começou a cantar música brasileira e, logo em seguida, descobriu o gosto pela composição. Em 2013 Ligiana lançou o disco Floresta, produzido e arranjado pelo maestro Letieres Leite e gravado em Salvador. Desde 2015 Ligiana vem se dedicando ao seu duo de música eletrônica barroca, NU (Naked Universe), em parceria com Edson Secco. Para o Festival Travessia, Ligiana apresenta o show de seu novo álbum EVA (Errante Voz Ativa). Cada canção deste
projeto carrega o nome de uma mulher, cada canção é uma homenagem à multiplicidade de vozes femininas, mas também um discurso único. Thabata Lorena, imperatrizense radicada em Brasília. A cantora e compositora é nascida no rap e artista independente. Sua voz e swing poderosos ressaltam os elementos da cultura hip hop em fusão com a cultura popular brasileira. O show Novidades Ancestrais leva as pessoas a experiências sensoriais que vão do sagrado ao profano, do pensar ao sentir, do abstrato ao encarnado.
Festival Travessia apresenta ao público brasiliense espetáculo imersivo, com transmissão e interação em tempo real pela internet
Caso Cabaré Privê Vencedor do prêmio APCA 2020 na categoria jovem, no Prêmio We Do nas categorias Interatividade, Juri Popular e Direção e no Guia da Folha ficou entre as 5 melhores atrações do ano de 2020 para se ver pela internet
Link para fotos – https://bit.ly/3eUreCy (crédito Ana Alexandrino)
O espetáculo Caso Cabaré Privê inovou ao colocar o espectador em cena assumindo o papel de investigador do assassinato do filho do presidente. O texto de Tainá Muhringer e Felipe Aidar, com concepção e direção de Pedro Granato promove uma imersão [virtual] por um cabaré onde todos são suspeitos de um crime. O espetáculo musical é feito por jovens atores do Núcleo Pequeno Ato, em resposta direta às questões que os afligem no Brasil de 2020, uma característica marcante do processo de pesquisa e criação do grupo junto ao diretor. Na trama, o filho do presidente é encontrado morto em um cabaré privativo e o público é convidado a investigar as pistas antes do anúncio oficial para imprensa. Ninguém pode sair do estabelecimento e começam as interrogações conduzidas por um delegado. O público é direcionado para cabines privê e pode interrogar as personagens. Os atores fazem a encenação em tempo real a partir de São Paulo, executando as cenas e interagindo com a plateia. Dessa forma se estabelece um jogo imersivo a partir dos registros do celular do filho do presidente, que funciona como um flashback, para ajudar na elucidação do que aconteceu naquela noite. O formato já faz parte da pesquisa do diretor, que estreou em 2019 o espetáculo Babylon: Beyond Borders, encenado simultaneamente em quatro países com transmissão ao vivo pela internet. “Como eu já tinha feito uma peça de forma online e em países diferentes, me deu uma certa tranquilidade por saber que era possível realizar. O maior desafio de produzir, no único formato possível de se fazer naquele momento, foi buscar novas maneiras para resolver os problemas. Existe a novidade tecnológica que eu já estava experimentando e que a pandemia universalizou permitindo assim uma nova conexão com o público”, Pedro Granato. Como possivelmente houve um crime, cada personagem está fechada em sua cabine. Os atores pensaram as ambientações utilizando elementos cênicos e a iluminação que tinham disponíveis em casa para construir o universo de cada interpretação. Mesclando recursos contemporâneos como números de lip sync, que se popularizaram com as Drag Queens, e a estética de coreografia de videoclipes e redes sociais, a encenação bebe na fonte da realidade e na riquíssima herança musical brasileira.
Inspirado em táticas de ação direta que tem tomado protestos contra o autoritarismo no mundo todo, a ideia do projeto é retrabalhar a visão Brechtiana de musical que se propõe a questionar o funcionamento da sociedade com os elementos de hoje. O objetivo é construir um musical vibrante que dialogue com a nova geração e se posicione de maneira clara contra a onda reacionária que se espalha pelo mundo. “O teatro preserva a comunhão do tempo-espaço, só que agora de forma on-line. O jogo continua com a efemeridade que só fazer teatral pode proporcionar, pois para cada plateia acontece um espetáculo diferente”, conclui Granato.
Ficha técnica: Concepção e Direção: Pedro Granato. Dramaturgia: Tainá Muhringer e Felipe Aidar. Elenco: Andressa Lelli, Bella Rodrigues, Bruna Martins, Carolina Romano, Claudia Garcia, Gabriela Gonzalez, Gustavo Zanela, Helena Fraga, Jade Mascarenhas, Letícia Calvosa, Ludmilla Cohen, Luiza Guilien, Isabella Melo, Manuela Pereira e Renan Ramiro. Detetive: Felipe Aidar. Convidado Especial: Thiago Albanese. Videomaker e Operador de Zoom: Gustavo Bricks. Direção Musical: Pedro Monteiro. Direção de Arte: Renan Ramiro. Iluminação: Ariel Rodrigues. Figurino: Isabella Melo e Gustavo Zanela. Confecção de Figurino: Haus of Le Blanc. Coreografia: Ines Bushatsky. Produção: Contorno Produções e Pequeno Ato. Direção de Produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez.
O Festival Internacional Travessia apresenta uma mostra interseccional de linguagens artísticas com exibições em palcos e espaços públicos da cidade, bem como em plataformas virtuais. Conduzir o público de Brasília através de uma jornada no universo das artes provocantes, como as Artes Performáticas, é o que propõe o Travessia. Festival com idealização e curadoria de Alaor Rosa que vai ocupar, até 19 de dezembro de 2021, o palco do SESC Garagem e o Conic, além de espaço público. Em formato híbrido, com sessões presenciais e outras virtuais, o Festival convidou, para esta edição inaugural, três montagens internacionais, duas locais e três de outras regiões do Brasil. Polissêmico, apresenta, ainda, dois shows musicais e uma oficina. A programação completa está em www.travessiafestival.com Travessia é uma realização da Arte Viva e Ibranova, com produção executiva de Formiga Produções, e apoios do SESC Garagem, Espaço das Árvores Restaurante Tropical, Jamburita Cozinha e Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Serviço: Espetáculo: Caso Cabaré Privê Local: transmissão on-line e ao vivo, via aplicativo Zoom Dias e horário: 15 e 16 de dezembro, às 21h Ingressos: gratuito - retirada de bilhete em www.sympla.com.br/produtor/pequenoato Capacidade: 50 espectadores Duração: 90 minutos Classificação indicativa: não recomendado para menores de 16 anos Informações: www.travessiafestival.com e www.instagram.com/travessiafestival
1ª Edição do Festival Internacional de Artes Performáticas
Travessia Mostra interseccional de linguagens artísticas chega ao seu encerramento com festa show, ocupação urbana, estreia internacional no Brasil e muito mais
Conduzir o público de Brasília através de uma jornada no universo das provocantes Artes Performáticas é o que propõe o Travessia. Festival com idealização e curadoria de Alaor Rosa que vem ocupando o palco do SESC Garagem e o Conic, além de espaço público. Segundo Alaor Rosa, criador do Festival, “buscamos tangenciar o novo e desta forma levar experiências inesquecíveis ao encontro do público”, sugere o curador, cuja trajetória, de 40 anos dedicados às artes, acumula experiências vividas em festivais e mostras de teatro e dança pelos quatro cantos do mundo. Entre os internacionais, poderá ser conferida a estreia no Brasil do espetáculo boliviano, “Hamlet Tercero”, do grupo cultural peruano Yuyachkani. As sessões de Hamlet acontecem no SESC Garagem dias 18 e 19. E “Eu quero acreditar que estou voltando”, do grupo cultural peruano Yuyachkani, com sessões on-line a partir do dia 18. Desenvolvendo ação de Ocupação Urbana, o “Carnaval Silencioso”, da Andaime Cia de Teatro, acontece dia 17. Entre os nacionais, ainda poderá ser conferido “Heróis”, de São Paulo, com sessões presenciais e on-line, a partir do dia 16. No campo da música, o festival apresenta para seu encerramento a atração local Thabata Lorena abrindo o show da baiana Josyara, dia 19 na Birosca. Travessia nasceu “para criar pontes, alicerçar conexões”, ressalta o curador. Interrelações pessoais, no seu ponto de vista, vêm do conhecido, daquilo que afeta, do contato, entretanto, através da arte, da diversidade, do simbólico, “nos entregamos ao desconhecido”, provoca. Todas as estreias serão seguidas de bate-papo, de cerca de meia hora, entre a plateia e o elenco e direção da obra apresentada. Travessia é uma realização da Arte Viva e Ibranova, com produção executiva de Formiga Produções, e apoios do SESC Garagem, Espaço das Árvores Restaurante Tropical, Jamburita Cozinha e Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Fotos de divulgação: bit.ly/AtracoesTravessia Serviço: Festival Travessia Curadoria: Alaor Rosa Duração: até 19 de dezembro de 2021 Locais: SESC Garagem (513 Sul), YouTube e Birosca (Conic) Ingressos para os espetáculos no Teatro SESC Garagem: promocional 1º Lote a R$ 30,00 (inteira), e R$ 15,00 (meia entrada para professores, estudantes, idosos e pessoas com deficiência), à venda em www.sympla.com.br/1-travessia---festivalinternacional-de-artes-performaticas---ingressos-dos-espetaculos-teatrais__1437472
Ingressos para a festa show de encerramento, dia 19/12, na Birosca: à venda em https://pro.shotgun.live/pt/events/296414 Espetáculos exibidos via YouTube têm acesso gratuito Horários e classificação indicativa: confira a programação Informações: www.travessiafestival.com e www.instagram.com/travessiafestival
Programação: Carnaval Silencioso Presencial, dia 17/12, Devido à Pandemia de Covid-19, o local de partida não será divulgado. Classificação indicativa: Livre para todos os públicos. Heróis Presencial, no Teatro SESC Garagem, dias 16 e 17/12, às 20h. Exibição on-line a partir das 20h, do dia 17, e ao longo das 48 horas seguintes, na plataforma do Festival. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos. Hamlet Tercero Presencial, no Teatro SESC Garagem, dias 18, às 20h, e 19/12, às 19h. Exibição on-line a partir das 20h do dia 19 e ao longo das 48 horas seguintes, na plataforma do Festival. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos. Eu Quero Acreditar que Estou Voltando Exibição on-line, via YouTube, dia 18/12, às 21h, e disponível ao longo das 48hs seguintes, na plataforma do Festival. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos. Festa show de encerramento com Thabata Lorena, Josyara e DJ Presencial, na Birosca, dia 19/12, às 21h. Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.
Sinopses dos espetáculos Carnaval Silencioso Idealizado pela Andaime Cia. de Teatro em parceria com o DJ Ops, Carnaval Silencioso é o bloco fora de época que atravessa a cidade com foliãs ouvindo a mesma música em fones de ouvido. Quem sintoniza a estação ouve músicas de carnaval em uma deliciosa festa itinerante. De longe o que se vê são pessoas a dançar, muita alegria e um silêncio que não cala. O Carnaval Silencioso é uma manifestação artística que atravessa questões políticas sobre cultura, diversidade e ocupações artísticas urbanas. É arte política contra os silenciamentos que as leis, as morais e as políticas aplicadas no Brasil têm sido praticadas, o que desperta debates nas esferas pública e pessoal da Capital e do país. A folia acontece há 11 anos consecutivos e já aportou na República Tcheca e Portugal. Heróis, escrito e encenado por Paulo Azevedo Ele é um astro do rock no auge da fama. Está esgotado pelas demandas e precisa apenas de um respiro. No caminho para mais um compromisso, se depara com uma formiga. Encontro inesperado que desencadeia em uma jornada interna de resgate a questões deixadas para trás. Nesse mergulho, busca razões íntimas para seguir. Heróis é livremente inspirado nas canções e biografias de David Bowie, Lou
Reed e outros stars dos anos 60 e 70. O roteiro original cria um panorama do rock, daquelas décadas, com músicas de David Bowie, Elton John, Lou Reed, Pink Floyd, The Rolling Stones, The Doors e outros. A montagem parte dos mitos em torno do artista para abordar a relação com o tempo e os valores do mundo contemporâneo. O espetáculo é o episódio “Música” da “Trilogia Solo”, idealizada, escrita, dirigida e interpretada por Paulo Azevedo, com realização da Suacompanhia Criações Artísticas. Hamlet Tercero, com direção de Diego Aramburo Com a morte do pai, os filhos entram na disputa pela herança que lhes corresponderia. Surgem, a partir daí, questionamentos, Essa herança é de fato desejada?; O que essa herança implica, além de privilégios?; Manter-se no mesmo círculo e na mesma lógica, ainda é aceitável?. Acontece que na Bolívia o pai não é tudo. Apesar da masculinidade permear tudo, a mãe é e sempre será o elemento central e mais decisivo em seus cotidianos. Qual será a posição assumida por esta figura materna, em relação ao dilema?; Será, que por fim, o reflexo característico da humanidade (que não é apenas o homem cis e heterossexual europeu), finalmente os levará a agir? Eu Quero Acreditar que Estou Voltando, com direção de Vivian Martínez Tabares Com referências iniciais de Augusto Boal (criador do Teatro do oprimido), do teatro documento, de Bertolt Brecht, e do teatro de agitação e propaganda, nasceu essa experiência de criação artística, vocação popular e compromisso, que soube incorporar novas fontes e amadurecer um trabalho sempre articulado ao processo social e político do Peru. Sua permanência e fecundidade demonstram a vitalidade do grupo, sua constante capacidade para a autocrítica e sua habilidade organizadora, que combina projetos grupais e espaço para a expressão individual diferenciada de seus membros. O espetáculo celebra os 50 anos do Grupo Cultural Yuyachkani.
Sobre as atrações musicais: Josyara apresenta Mansa Fúria, show de seu 2º disco, lançado em 2018. O disco traz um retrato da cantora, compositora e violonista baiana em seu percurso sertão/litoral/metrópole. Nascida em Juazeiro, interior da Bahia, Josyara traz em suas composições um olhar sensível sobre seu cotidiano e história, embaladas por seu violão percussivo e potente. Thabata Lorena, imperatrizense radicada em Brasília. A cantora e compositora é nascida no rap e artista independente. Sua voz e swing poderosos ressaltam os elementos da cultura hip hop em fusão com a cultura popular brasileira. O show Novidades Ancestrais leva as pessoas a experiências sensoriais que vão do sagrado ao profano, do pensar ao sentir, do abstrato ao encarnado.
Clipping de mídia estimulada
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