Queimado: a insurreição que virou mito

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© 2012 Luiz Guilherme Santos Neves 2ª edição: 2012 Tiragem: 1.000 exemplares Projeto gráfico, impressão e acabamento Gráfica e Editora Formar Editores Luiz Guilherme Santos Neves e Pedro J. Nunes

A coleção Memória Capixaba se dedica ao estudo de assuntos específicos da memória e da história do Espírito Santo. É dedicada a Renato Pacheco.

Neves, Luiz Guilherme Santos Queimado - A insurreição que virou mito. Vitória: Cultural & Edições Tertúlia, 2012. 64 p.; 21 cm. - (Coleção Memória Capixaba; nº 01). 2ª ed. ISBN

978-85-99380-06-2

1. Escravidão. 2. Rebelião de escravos. 3. História. 4. Espírito Santo. I. Título. II. Série: Coleção Memória Capixaba.

Todos os direitos reservados. A reprodução de qualquer parte desta obra, por qualquer meio, sem autorização do autor ou dos editores, constitui violação da Lei de Direitos Autorais - Lei 9.610/98.

Cultural & Edições Tertúlia Vitória, ES www.tertuliacapixaba.com.br tertulia@tertuliacapixaba.com.br

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Índice Escravos se revoltam na Serra................... 11 A Insurreição do Queimado......................... 14 Os dois tempos da insurreição................... 15 A trama da insurreição............................... 16 A inauguração da igreja.............................. 17 O estopim da revolta................................... 19 Frei Gregório se declara inocente................ 20 Um desmentido a frei Gregório................. 23 O desdobramento da insurreição............... 26 Fracassa a Insurreição do Queimado........ 29 Uma escrava na insurreição...................... 31 Perseguição aos revoltosos............................ 32 Confirma-se o plano da insurreição........... 34 Prisão em massa dos revoltosos................ 37 Desespero e suicídios.................................. 38 Júri popular julga os escravos................... 40 Chefes da insurreição fogem da cadeia.... 43 O carrasco que veio de longe.................... 44 O ritual da execução.................................. 46 O destino de frei Gregório........................ 47 Fim de uma igreja, começo de um mito....... 48 Leitura suplementar.................................... 51 Nota final......................................................... 60

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Ruínas da igreja do Queimado Fotografia de Pedro J. Nunes (2009)

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Que fizeram do negro, do negro que ousou e se atreveu? Que fizeram dele, que a voz ousou levantar num brado de guerra? Que fizeram dele, que se atreveu a sonhar com a esperança de liberdade, da impossível liberdade? (Trecho de um poema de Reinaldo Santos Neves sobre os negros do Queimado)

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Detalhe de gravura de Jean-Victor Frond

Durante mais de três séculos e meio, desde o início da colonização portuguesa, existiu no Brasil o regime da escravidão negra que, no meio rural, predominou nas grandes e pequenas fazendas. Quando as cidades começaram a se desenvolver no Brasil, também nelas a exploração do trabalho do escravo pelo senhor encontrou campo propício nos muitos serviços urbanos em que os escravos foram empregados. Não é de surpreender, portanto, que reações e revoltas de escravos em favor da liberdade ocorressem em diferentes partes do território brasileiro. No século XIX, elas se tornaram mais frequentes na época da expansão das lavouras de café. Com o surgimento das fazendas cafeeiras, o braço escravo se fez indispensável para os proprietários de terras onde os cafezais foram

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LUIZ GUILHERME SANTOS NEVES

implantados. Apesar de duramente combatidas, as reações dos escravos pela liberdade ganharam força ao longo do tempo, preparando o caminho para a abolição da escravatura. A Insurreição do Queimado não foi, pois, um fato isolado, quando escravos ergueram vivas à liberdade numa desesperada tentativa de se livrar da escravidão. Tampouco a reação contra os revoltosos, condenando-os de forma imediata em nome da justiça, representou um ato ocasional em favor da manutenção do sistema escravista diante da possibilidade de novas revoltas. Ambas as situações verificaramse no regime da escravidão. O contexto em que se deram os fatos que envolveram a Insurreição do Queimado correspondeu, assim, a uma dolorosa fase na história do Brasil. Nela a exploração do homem pelo homem atingiu níveis inimagináveis, colocando em campos opostos os senhores e os escravos, formando os extremos de uma estrutura social profundamente injusta e condenável.

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Duas imagens que demonstram a distinção clara entre os escravos e seus senhores. Acima, reprodução da gravura de Debret que ilustra o jantar de uma família rica. Abaixo, reprodução de fotografia de Militão Augusto de Azevedo, anterior a 1886, de um senhor com seus escravos.

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Detalhe de gravura de G. Bramati

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Termina aqui a amostra do livro.

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