EDIÇÃO 10.132 | 31 DE JANEIRO DE 2019
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SUPLEMENTO ESPECIAL |
Início do ano letivo movimenta economia Período de volta às aulas gera otimismo para papelarias locais Deivid Rodrigues (Do site atribunamt.com.br)
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início do ano letivo tem movimentado e trazido bastante expectativa para as papelarias de Rondonópolis. Nesses estabelecimentos, os estoques de materiais escolares foram reforçados para essa época do ano e os empresários acreditam que as vendas devem se intensificar agora entre os meses de janeiro e fevereiro. Para o proprietário da Papelaria Macropel, Edson Ferreira, a expectativa para este ano é boa. Ele repassou que aguarda um aumento nas vendas de oito a 10% em comparação com o ano passado. Edson comentou que anda boa a procura por materiais escolares e revelou que o movimento tem se intensificado, com pico no final de janeiro na rede particular. Porém, segundo ele, para os pais com filhos na rede pública o pico na procura pelos materiais escolares começa a partir da primeira quinzena de fevereiro. E para atender toda a clientela, Edson afirmou que o seu estabelecimento preparou um estoque de produtos bem variados e, inclusive, com lançamentos. “Estamos prontos para atender toda a
demanda da cidade”, enfatizou o empresário. O proprietário disse ainda que há saída de todos os tipos de materiais escolares, sendo desde uma borracha até uma mochila. Já o dono da Papelaria Perpétuo Socorro, Rafael Merlim Rocha da Silva, acredita que a expectativa das vendas nessa época de volta as aulas está melhor que no ano passado. Segundo ele, em 2018 o movimento foi fraco e os clientes deixaram para comprar materiais escolares muito em cima da hora e preferiram efetuar o pagamento de forma parcelada. Agora, em 2019, a situação para Rafael é outra, visto que as pessoas foram a procura dos itens para este ano letivo mais cedo. Além disso, o dono da papelaria reiterou que há clientes que estão comprando no dinheiro à vista ou em uma vez no cartão. “É sinal que o povo está com
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mais dinheiro”, observou o empresário. Questionado sobre como está a procura por materiais escolares, o comerciante da Perpétuo Socorro respondeu que está boa e que as pessoas têm procurado o seu estabelecimento com orçamento pronto para pegar os materiais escolares e fechar a venda.
Rafael afirmou que o movimento na papelaria deve se intensificar com a proximidade do início das aulas. “Para compras de materiais para rede particular deve ser agora entre o final de janeiro e início de fevereiro. Já no meio de fevereiro deve intensificar a procura com foco nas aulas da rede pública”, revelou.
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Material escolar de uso coletivo: pode? Instituições privadas devem incluir o custo dos itens de material coletivo na mensalidade
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ale lembrar que a escola não pode exigir a aquisição de material coletivo (como por exemplo: giz, álcool, canetas para lousa, cartucho ou tinta para impressora, guardanapos ou mesmo um volume grande de resmas de papel), cujo custo, no caso das instituições privadas, já deve estar incluído na mensalidade. A lista deve conter única e exclusivamente o material de uso individual do aluno, necessário para o desenvolvimento dos estudos. Caso os pais verifiquem alguma anormalidade na lista de materiais, é importante solicitar esclarecimentos da escola, buscando entender qual a finalidade ou justificativa daquele pedido. Além disso, não se pode exigir a compra de um produto de determinada
marca, ainda que ela seja de qualidade superior. Ao consumidor/aluno deve ser dada a opção de escolha.
É vedada ainda a imposição de que o material seja adquirido numa única loja ou que seja comprado na própria
escola. Procedimentos como esses configuram venda casada, conforme Código de Defesa do Consumidor.
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Técnica em pincéis: decorando porta lápis A personalização do item é uma forma de promover a criatividade das crianças
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mês de janeiro é marcado pelas férias escolares de verão. Para muitos pais essa é uma ótima oportunidade para incentivar as crianças a realizarem trabalhos manuais. A técnica em pincéis da Condor, Denise Emery, educadora e pós-graduada em arteterapia e história
da arte, ensina o passo a passo de um item que será bastante útil na volta às aulas: o porta lápis. “A decoração da peça artesanal é feita com batedores. As crianças poderão produzir os porta lápis sozinhas e colocar em prática toda a sua criatividade. Além disso, personalizar os itens escolares será um incentivo a mais na hora dos estudos”, afirma Denise.
PASSO A PASSO Material: • Porta lápis em MDF • Rolo de espuma Ref. 989 • Kit Ana Bolinha Ref. 515 • Tinta Acrílica nas cores: preta, rosa neon, laranja neon, azul neon, vermelho neon, verde neon, verde metálico, amarelo claro e branco. Descrição do Passo: Com o rolo de espuma ref. 989 passe a cor preta por toda a peça. Aguarde a secagem e repita o procedimento. Use o batedor de espuma do Kit Ana Bolinha para fazer as flores. O tamanho e as cores ficam por conta da criatividade.
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Mochila não deve ultrapassar 10% do peso Excesso de peso pode gerar queixas como dor nas costas, nos braços e nos ombros
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mochila escolar é um item que faz parte da rotina de crianças e adolescentes e a forma com que eles gostam de usar vai mudando ao longo do tempo. Por isso é importante que os pais fiquem atentos para evitar peso em excesso e ajuste incorreto, já que isso pode causar lesões e dores. É o que orienta a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot). Segundo o ortopedista e membro da Sbot, Miguel Akkari, o peso correto da mochila não deve ultrapassar 10% do peso da criança. As queixas de dores são frequentes nos consultórios, segundo Akkari. “O que nós observamos são as queixas agudas, geralmente dor nas costas, nos braços e nos ombros”, explicou. O ortopedista ressalta, entretanto, que os problemas podem ser mais sintomáticos para aquelas crianças e adolescentes que precisam caminhar até a escola levando o material. “É mais significativo pelo tempo de esforço que ele faz”, disse. Para o ortopedista, os pais devem ficar de olho e orientar seus filhos a evitar carregar materiais desnecessários.
BLITZ DAS MOCHILAS Atualmente tem escola que realiza uma campanha de conscientização com pais e alunos, com uma “blitz da mochila”, para pesagem, e orientação em sala de aula. O QUE COMPRAR E COMO UTILIZAR O ortopedista da Sbot, Miguel Akkari, orienta que na hora da compra se dê preferência a mochilas de duas alças porque distribuem o peso linearmente nos ombros; e que as alças sejam largas (mínimo de 4 cm) e acolchoadas. Mochilas com vários compartimentos e com cinto abdominal também são recomendadas. Ao utilizar é importante, além de evitar o excesso de peso, usar as alças nos dois ombros, segundo Akkari, e regular para que ela fique na altura da cintura (que termine no início da região glútea). O material mais pesado deve ser colocado junto às costas. O uso de mochilas com rodinhas pode ser uma alternativa, no entanto, é preciso ter cuidado com a alça do carrinho que deve estar a uma altura apropriada, as costas devem estar retas ao puxá-la. É importante observar também o percurso a ser feito. “Se é ambiente com escada e desnível, em vez de facilitar vira um empecilho. A mochila de rodinha tem sua utilidade se o percurso for com poucos obstáculos”, explica Akkari.
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Material escolar: 8 orientações para economizar Educação financeira é primordial para quem não quer pagar a mais na hora da compra
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ara quem tem filhos, um dos maiores gastos do início do ano, sem dúvida, é o material escolar. A situação pode ficar ainda mais complicada para aqueles que não se planejaram, isso porque os itens ficarão, em média, 10% mais caros a partir de janeiro segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae). Devido à falta de educação financeira, diversas despesas se acumulam e as famílias se perdem em meio a tantas contas para pagar, muitas vezes, ultrapassando o limite de seu orçamento financeiro. Para começar, o doutor em educação financeira Reinaldo Domingos, do canal Dinheiro à Vista, sempre recomenda que as pessoas pensem o quanto precisam trabalhar para conseguir o seu salário. A partir daí, diz que fica fácil valorizar esse dinheiro, aprendendo a pesquisar preço e, principalmente, a negociar os valores das compras. Então, o primeiro passo é realizar um diagnóstico da vida financeira da família, para saber exatamente quais são os ganhos e gastos mensais e quanto poderá dispor para a aquisição
do material escolar. Reinaldo Domingos elaborou algumas orientações sobre o assunto. São elas: 1. Essa despesa é recorrente, ou seja, precisa fazer parte do planeja-
mento anual. Para que os gastos não fiquem muito pesados em janeiro, é válido poupar durante todo o ano para conseguir fazer os pagamentos à vista e obter bons descontos;
2. Antes ir às compras, a família pode analisar itens do ano passado e selecionar tudo o que pode ser usado novamente este ano, como tesoura, régua e mochila, por exemplo; 3. No caso dos livros, vale a pena procurar pais de alunos mais velhos para emprestar ou comprar por um preço mais acessível, se estiverem em boas condições de uso; 4. Algo interessante é reunir alguns pais e comprar itens em atacado, como caixas de lápis, cadernos e agendas; 5. A partir daí, é preciso fazer muitas pesquisas e traçar um orçamento para ter noção do gasto total; 6. Não é preciso necessariamente comprar todos os itens na mesma loja, mas se for fazer é válido pedir descontos; 7. No dia das compras, converse com o(s) filho(s) sobre o orçamento, para que não corram o risco de se deixar levar pelo impulso e gastar mais do que o planejado; 8. O ideal é sempre fazer os pagamentos à vista, mas se não for possível, opte por poucas parcelas que caibam no bolso, para não comprometer as finanças de 2019 por vários meses.
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O que saber para contratar transporte escolar Além das normas legais, busca de referências do prestador de serviço pode ajudar
Os pais devem estar atentos para garantir a segurança dos filhos no momento de contratar um serviço de transporte escolar. Cuidados como buscar referências sobre o
profissional com outras pessoas que tenham contratado o serviço é sempre importante, além de obter informações sobre o profissional junto à instituição escolar e os sindicatos dos transportadores.
Também é necessário que os pais observem se os veículos seguem as regras do Código Nacional de Trânsito (CNT) e da legislação estadual e municipal. Deve ser verificado se o veículo possui registro de passageiros, faixa amarela com a inscrição “ESCOLAR”, tacógrafo para o controle de velocidade e possuir cinto de segurança em número igual à lotação de passageiros do veículo. Além disso, fiquem atentos se os seguintes itens estão em perfeitas condições: • Extintor de incêndio; • Pneus; • Faróis; • Buzina; e • Janelas com abertura de até 10 cm. Por último, o condutor deve estar habilitado e o veículo deve ter autorização para o transporte de crianças. Para conduzir veículos escolares o motorista deverá: • Ter idade superior a vinte e um anos; • Portar carteira de habilitação na categoria D; • Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias durante os 12 últimos meses; e • Ser aprovado em curso especializado. Caso algum dos seus direitos não esteja sendo respeitado, o consumidor deve primeiramente procurar a instituição de ensino, solicitando meios para resolução do problema. Não obtendo sucesso, deve se dirigir ao Procon da sua localidade e formalizar reclamação.
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Colégio Adventista tem a preocupação de formar bons cidadãos DEIVID RODRIGUES / ATRIBUNAMT.com.br
Deivid Rodrigues (Do site atribunamt.com.br)
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preocupação com a formação da criança para ser o cidadão de amanhã é um dos valores e diferenciais do Colégio Adventista de Rondonópolis. De acordo com o diretor da instituição, Hitchelly Betzel, esse papel exercido pela escola vem do fato da Adventista ser um colégio confessional, estando ligada a uma religião e, por isso, todos os preceitos e conceitos bíblicos são seguidos. Conforme Hitchelly, a Rede Adventista tem a preocupação de fazer com que o aluno receba uma educação de forma integral. “Que não vise apenas o lado acadêmico dele, mas que entenda ele como um ser humano, uma pessoa que participa da sociedade e, participando da sociedade, ele tem que se preocupar com o meio onde está inserido, com o seu próximo, com as pessoas que estão em contato com ele”, explicou o responsável pelo Colégio Adventista de Rondonópolis. Por isso, dentro dessa preocupação, o colégio desenvolve vários projetos que visam promover o bem-estar ao próximo, repassando a ideia de igualdade de que todas as pessoas são criadas com o mesmo propósito. Dentre essas iniciativas
estão as que envolvem arrecadação de alimentos para crianças carentes, para entidades carentes, creches, orfanatos, asilos e entre outros. Dois exemplos dessas ações foram um café da manhã para moradores de rua, no início do ano passado, e um projeto acadêmico onde os alunos produziram brinquedos com materiais recicláveis e doaram para uma creche da cidade, no decorrer de 2018. METODOLOGIA DE ENSINO O diretor do Colégio Adventista de Rondonópolis, Hitchelly Betzel, comentou que a instituição trabalha muito com a interação com a tecnologia. De acordo com ele, o aluno tem acesso a uma plataforma virtual onde pode fazer exercícios online produzidos pelo professor. Para 2019, haverá uma novidade. Não será mais necessário o uso de um laboratório de informática fixo. Pelo contrário, as máquinas serão levadas até os estudantes, disponibilizando uma plataforma educacional que poderá ser utilizada quando o professor tiver necessidade. Outro recurso citado pelo diretor são as provas do colégio, que são construídas em outra plataforma online. Hitchelly falou que nesse sistema há várias questões de vestibulares e de provas do Exame Nacio-
Hichelly Betzel, diretor do Colégio Adventista de Rondonópolis, comentou sobre o trabalho da instituição na cidade
nal do Ensino Médio (Enem). Com essa metodologia, o Colégio Adventista tenta trabalhar a interpre-
tação de enunciados das questões desses exames desde os mais pequenos até o pessoal do Ensino Médio.
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Como escolher a faculdade Cinco dicas para fazer a checagem da instituição e do curso escolhidos
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corpo docente, projeto pedagógico e infraestrutura. As notas vão de 1 a 5, sendo 1 e 2 resultados considerados ruins, 3 satisfatório e 4 e 5 bons. A nota de cada curso ou instituição pode ser consultada no e-MEC.
scolher um curso superior não é tarefa fácil. Além da dúvida sobre qual carreira seguir, muitos futuros universitários têm dificuldade em saber se o curso ou instituição escolhidos são de qualidade. Cursos mal avaliados são com frequência desativados ou têm vagas cortadas pelo Ministério da Educação (MEC). Por isso é importante checar algumas informações para evitar dores de cabeça no futuro. Confira alguns critérios para avaliar a qualidade dos cursos e garanta uma escolha segura. 1. VERIFIQUE SE O CURSO É AUTORIZADO PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Para começar a funcionar, um curso precisa antes ser autorizado pelo MEC. Pelo sistema “e-MEC“ você pode conferir a situação do curso em que pretende se matricular. Se ele não for autorizado estará funcionando de forma irregular. 2. SAIBA SE O CURSO JÁ FOI RECONHECIDO Um curso é autorizado pelo MEC, mas só quando a primeira turma com-
4. VISITE AS INSTALAÇÕES, CONVERSE COM OS ALUNOS Depois de pesquisar a qualidade do curso a partir dos indicadores do MEC, outra dica importante é visitar a instituição para conhecer as instalações e ver de perto o seu funcionamento. Vale conversar com os alunos que já estudam lá para descobrir qual é a impressão deles sobre o ensino. pleta 50% do currículo ele poderá ser ou não reconhecido. Se os parâmetros de qualidade não forem cumpridos, o curso fica sem o reconhecimento e não pode expedir diplomas para os alunos. Por isso, ao ingressar em um curso recém-criado que ainda não recebeu o reconhecimento, o aluno está assumindo um risco. Para saber se o curso já está reconhecido, acesse o e-MEC.
3. CONHEÇA OS INDICADORES DE QUALIDADE Depois de checar se o curso é autorizado e reconhecido pelo ministério, o próximo passo é conferir os indicadores de qualidade. O MEC possui vários deles, sendo os principais o IGC e o CPC. Eles procuram determinar qual é a qualidade do ensino a partir de avaliação do desempenho dos estudantes, formação do
5. CURSOS A DISTÂNCIA Os cursos a distância também passam pelo mesmo processo de avaliação que os presenciais. Mas, no caso deles, vale um cuidado especial: confira quais são as condições de infraestrutura e de pessoal dos pólos presenciais. Esses espaços servirão de apoio ao aluno e são essenciais para garantir a qualidade do aprendizado a distância.
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Que tipo de curso escolher? Entenda a diferença entre o bacharelado, licenciatura, tecnólogo e técnico
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momento de definir a carreira é um dos mais difíceis para muitos jovens. E muitas decisões precisam ser tomadas. Uma delas diz respeito ao tipo de curso, se de graduação ou técnico. Existem três tipos de graduações diferentes, com características e formatos distintos, que são os cursos de bacharelado, licenciatura e tecnólogo. Todos eles são considerados cursos superiores, ou seja, graduações, e habilitam o formado para ingressar em cursos de pós-graduação, da mesma maneira. Existem ainda os cursos técnicos, que podem ser cursados durante o Ensino Médio. O que diferencia os cursos de ensino superior e técnico está relacionado ao tempo de duração e ao foco profissional. Um curso de bacharelado ou licenciatura, por exemplo, durante de quatro a seis anos, oferecendo ao aluno uma maior bagagem de conhecimento teórico e prático sobre a área escolhida. Já o tecnólogo, embora também seja considerado uma graduação, dura de dois a três anos. O foco maior desses cursos está nas necessidades do mercado de trabalho e não há um aprofundamento maior nos conteúdos. Uma versão mais reduzida entre todos os cursos são os técnicos. Eles podem durar poucos meses e são bem focados em necessidades profissionais específicas das empresas. Eles são o melhor caminho para quem pensa em ingressar rapidamente no mercado.
SAIBA MAIS BACHARELADO O estudante obtém uma formação superior abrangente, pois os cursos têm duração que variam de quatro a seis anos, podendo durar mais, dependendo do número de cadeiras cursadas a cada semestre. O bacharel estuda de forma mais aprofundada todas as disciplinas necessárias para exercer a profissão escolhida. Ele ainda poderá, após formado, se especializar frequentando cursos de pós-graduação ou MBA. Hoje, existem cursos que podem ser presenciais ou na modalidade EaD, que é o ensino à distância. Para fazer um curso é preciso ter Ensino Médio e participar do processo seletivo, o vestibular, que pode ser substituído pela apresentação da nota do Enem. LICENCIATURA Os cursos de licenciatura são focados em preparar profissionais aptos a ministrarem aulas no ensino fundamental e médio. O tempo de duração e a sua abrangência são similares aos bacharelados, porém, a grande diferença curricular está nas matérias de cunho pedagógico, presentes na licenciatura. Assim como os bacharéis, o formado em licenciatura pode focar, ou mudar a área de atuação por intermédio de pós-graduações (especializações). Com isso, também pode atuar como um pesquisador ou especialista técnico de um curso. Também é necessário ter o Ensino Médio e passar por um processo seletivo para ingressar no curso escolhido. TECNÓLOGO Assim como nos cursos de graduação (bacharelado e licenciatura), os alunos que concluem uma graduação tecnológica do Ensino Superior também recebem um diploma de faculdade, formando-se Tecnólogos. Os cursos de graduação tecnológica, no entanto, são mais voltados para as demandas do mercado de trabalho e duram de dois a três anos. As graduações tecnológicas são igualmente reconhecidas pelo MEC, tanto na modalidade presencial quanto a distância (EaD). Para entrar em um curso é preciso ter concluído o Ensino Médio. TÉCNICO Os cursos técnicos podem ser feitos por quem já terminou ou ainda está fazendo o Ensino Médio. Oferecem conhecimento bastante específico sobre o assunto do curso e geralmente são focados em aspectos práticos, sendo de curta duração.
Os benefícios do estágio
Estudantes têm esta vantagem para ingressar no mercado de trabalho
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onseguir uma boa colocação no mercado de trabalho é uma tarefa árdua para todos, ainda mais em tempos de crise. Quem está estudando acaba se beneficiando da possibilidade de estagiar, garantindo experiência e preparo para o segmento escolhido. O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) destaca três vantagens dessa prática. A primeira é o tempo. Conforme a Lei nº 11.788/2008, pode-se estagiar no máximo 6 horas diárias e 30 horas semanais. Dessa forma, o aluno consegue realizar suas obrigações acadêmicas e quaisquer outras atividades do seu interesse durante o dia. Com essa experiência é possível ter um amadurecimento profissional. “O estágio é uma extensão da formação, pois por meio dele se torna possível aplicar na prática o conteúdo ensinado em aula”, diz Marcelo Cunha, analista de treinamento do Nube.
A segunda vantagem é a responsabilidade. O novo colaborador é apresentado, aos poucos, às obrigações e cobranças, como a de seguir normas e regulamentos internos da empresa. Isso causará menos dificuldades de adaptação quando a pessoa conseguir
um cargo efetivo. “Muitas habilidades podem ser desenvolvidas, desde o aperfeiçoamento na área de estudo, até a melhoria na administração do tempo, postura, qualidade do atendimento, adaptação a diferentes equipes e ampliação das formas de comunicação”,
comenta o especialista. Já a terceira é o aprendizado. Considerado um ato educativo supervisionado, o estágio fornece um contato inicial com o segmento pretendido e proporciona conhecimentos específicos de variadas funções, além do acompanhamento direto, regulamentado pela legislação, de um superior qualificado para a gestão em tal área. Com isso, o aluno vê seu desenvolvimento acontecer não apenas na escola ou faculdade, mas também no ambiente de trabalho. Devido à importância da atividade, os futuros profissionais devem prezar pela sua máxima preparação, a fim de conseguir se destacar em meio à concorrência. “O estudo é o principal alicerce da vida profissional. A dedicação do aluno com a sua formação e o seu engajamento no curso são os primeiros passos para construir um futuro respeitoso e bem-sucedido”, conclui Cunha.
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A escolha da profissão. Fácil ou difícil? Especialistas dão dicas sobre a melhor forma de escolher o curso superior
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escolha da profissão, para muitos, não é uma tarefa muito difícil, mas para outros a missão é cercada de dúvidas e anseios. Identificar habilidades, limitações, participar de feiras de profissões e conversar com profissionais que estão no mercado de trabalho são algumas formas de definir que caminho seguir. “A escolha da profissão envolve vários aspectos: é importante trabalhar o autoconhecimento, identificar o tipo de perfil de personalidade, habilidades, aptidões, preferências, interesses e até mesmo limitações”, diz a psicóloga Gilvanise Guliczou. Especializada em psicoterapia e orientação vocacional, Gilvanise alerta que o estudante tem de levar em conta aquilo de que não gosta, porque isso poderá interferir no exercício da profissão. Gilvanise recomenda que o estudante analise o tipo de ambiente de trabalho de cada atividade, avalie se prefere atuar sozinho ou com muitas pessoas, se prefere trabalhar com máquinas, animais ou plantas. “É preciso pensar em tudo o que prende sua atenção. Até mesmo um hobby pode se transformar em profissão, desde que bem conduzido”, acrescentou. O coach Márcio Micheli aconselha jovens e adultos a conhecer a atividade
profissional da área de seu interesse, conhecer pessoas que trabalham nela. “Busque conhecer o que esse profissional faz, onde ele pode atuar, quem são as pessoas beneficiadas pelo trabalho dele, em que área a atividade que ele faz vai impactar.” Para Micheli, os estudantes precisam ficar atentos aos critérios usados no momento da escolha. Ele lembra que muitas pessoas optam por uma profissão levando em consideração o interesse econômico, e não a aptidão. “É comum ver
filho de médico querendo fazer medicina porque viu as recompensas que os pais obtiveram, achou interessante, e então desistiu de descobrir sua aptidão e foi fazer o que era interessante.” Por isso, descobrir a vocação pela aptidão é muito difícil, porque quando a pessoa chega à idade de fazer a escolha, o que é interessante já é muito forte, acrescentou Micheli. “E o que é interessante é ganhar dinheiro. Aptidão é fazer o que você gosta.” Uma vez escolhida a profissão, o doutor
em educação Silvio Bock, que defendeu tese em orientação vocacional, destaca que o estudante não deve pensar que esta é uma escolha definitiva e sem possibilidade de mudança. “Pensar a profissão [como se fosse] para o resto da vida é pensar que não há história, que a economia será sempre a mesma, que o jeito de ser será sempre o mesmo.” Bock lembra que as pessoas mudam muito em função da realidade, da vivência. “O estudante não está definindo o resto da sua vida, está definindo o ponto de partida do resto da sua vida”, ressalta o educador, ao falar das escolhas para o Enem. A participação e orientação da família também é defendida pelos especialistas. De acordo com Silvio Bock, os pais precisam encontrar um meio de orientar sem pressionar. “Os pais têm todo direito de colocar suas posições e, se possível, fazer isso de forma dialogada. Se têm quanto à escolha profissional do filho, devem expor sua opinião, não esperando que ele obedeça cegamente, mas que tenha mais elementos para refletir e até refutar a posição do pai.” A opinião é compartilhada pela psicóloga Gilvanise. Para ela, é importante os pais encontrarem o meio termo para ajudar o filho, sem impor uma profissão ou abandoná-lo para que escolha sozinho.
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As vantagens do curso técnico Uma das principais é que ele acelera o ingresso no mercado de trabalho
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azer um curso superior, seja uma graduação ou licenciatura, nem sempre é a única alternativa para quem está começando a construir sua carreira ou querendo mudar de área. Uma das principais vantagens é que os cursos técnicos permitem um ingresso mais rápido no mercado de trabalho. Eles também são uma alternativa para quem deseja fazer uma graduação mas ainda não tem uma renda suficiente para dar conta de todas as despesas. Os cursos técnicos, em geral, são de curta duração e focados nas necessidades das empresas da cidade ou região. Além disso, o valor a ser investido não é alto e quem tem o diploma se destaca em processos seletivos, pois as empresas dão uma preferência maior para quem tem formação na área para a qual
estão buscando profissionais. Por não terem um pré-requisito, os cursos técnicos podem ser frequentados enquanto o estudante está fa-
zendo o Ensino Médio. Se a intenção não for a de começar a trabalhar logo, os cursos permitem ao jovem conhecer melhor uma profissão, ajudando na escolha do curso superior que pretende fazer. Uma pesquisa realizada pelo Ibope há alguns anos, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou que 90% dos entrevistados acreditam que pessoas com formação em curso técnico têm mais oportunidades no mercado de trabalho. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas a partir de 16 anos em 143 municípios. Dos entrevistados, 53% apontaram o ingresso mais rápido no mercado de trabalho como uma das três principais razões para fazer um curso profissional. Em relação aos salários, 82% concordam total ou parcialmente que os profissionais com certificado de qualificação têm salários maiores do que aqueles que não têm.
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Bilinguismo traz benefícios Ele pode influenciar o curso e a eficiência do desenvolvimento infantil
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impacto potencial do bilinguismo no desenvolvimento da criança tem surgido como uma preocupação crítica nas sociedades modernas, e em particular no Canadá. Além do comprometimento oficial com uma política nacional de bilinguismo e aquisição de um segundo idioma, o programa de imigração do Canadá transformou o país em uma nação rica em termos de multilinguismo e multiculturalismo. As escolas públicas recebem um grande número de crianças para as quais o inglês ou o francês são um segundo idioma. É imperativo, portanto, compreender o impacto desses backgrounds linguísticos sobre o futuro cognitivo e educacional das crianças. As pesquisas mostram que, ao contrário do que muitos acreditavam, o bilinguismo não provoca confusões, não tem nenhum impacto negativo inerente sobre o desenvolvimento da criança, e tem até mesmo algumas vantagens sociocognitivas, segundo a Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância. Em especial, crianças bilíngues evidenciam algumas vantagens na compreensão de crenças dos outros e nas necessidades de comunicação de seus parceiros de
conversa, na seleção de variáveis importantes para a resolução de problemas, e na consideração simultânea de duas interpretações possíveis de um mesmo estímulo. Obtêm também escores mais altos do que crianças monolíngues em diversos testes de capacidade cognitiva, tais como flexibilidade mental, tarefas não verbais
de resolução de problemas, compreensão da origem convencional de designações, diferenciação entre semelhança semântica e semelhança fonética, e capacidade de avaliar a qualidade gramatical de frases. No entanto, é importante o contexto em que ocorre o bilinguismo ou a aprendizagem do segundo idioma. As variáveis que podem afetar os resultados do desenvolvimento bilíngue incluem as atitudes dos pais em relação ao bilinguismo, o status dos idiomas na comunidade e o contexto sociocultural em que a criança vive. Os aprendizes de um segundo idioma levam muito tempo para desenvolver a proficiência oral nesse idioma. Mesmo depois de cinco a seis anos de frequência à escola no ambiente do segundo idioma, as crianças talvez não falem tão fluentemente esse idioma quanto seus pares monolíngues. Pais e educadores precisam estar cientes, conforme a Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância, de que, nos primeiros estágios de aquisição de um segundo idio-
ma, é possível que as crianças apresentem atrasos nesta aquisição em comparação com crianças monolíngues. No entanto, normalmente esses atrasos são pequenos e não se mantêm por muito tempo. Em termos de proficiência geral em linguagem, as crianças bilíngues tendem a ter um vocabulário menor em cada idioma do que as crianças monolíngues em seu próprio idioma. Entretanto, sua compreensão da estrutura linguística é no mínimo tão boa e frequentemente melhor do que a de seus pares monolíngues. Quando aprendem a ler em dois idiomas que compartilham um sistema de escrita – por exemplo, inglês e francês –, as crianças apresentam progressos mais rápidos na aprendizagem de leitura; crianças que aprendem em dois idiomas escritos em sistemas de escrita diferentes – por exemplo, inglês e chinês – não evidenciam nenhuma vantagem especial, mas também não apresentam nenhum deficit. No entanto, o benefício da aprendizagem de leitura em dois idiomas requer que as crianças sejam bilíngues, e não aprendizes de um segundo idioma cuja competência em um dos idiomas é limitada, em decorrência de menor de envolvimento com o segundo idioma.
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Intercâmbio gera dúvidas Especialista destaca os aspectos positivos para crianças e adolescentes
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ual a idade certa? Quanto tempo ele deve ficar em outro país? Ele vai sozinho? O que fazer se ele ficar doente? Vale mesmo o investimento? Estas são algumas das dúvidas de pais quando o filho chega falando no interesse em fazer um intercâmbio. Crianças e adolescentes cada vez mais têm conhecimento sobre o assunto (a internet ajuda muito nisso) e a vontade de morar em um outro país pode assustar um pouco a família no primeiro momento, mas pode ser algo benéfico para todos. A especialista da CI Intercâmbio e Viagem, Fabiana Fernandes, destaca que é muito importante que pai, mãe, filho e filha entrem juntos nessa jornada. “Procurem e pesquisem juntos tudo sobre o assunto”, salienta. Não existe uma idade ideal para se fazer intercâmbio. Algumas escolas no exterior aceitam crianças a partir de 7 anos, mas cada caso é um caso. Fabiana alerta sobre a importância da participação dos pais na avaliação do perfil do filho e assim definir qual o momento certo para essa experiência. “Um sinal que eles já estão prontos para fazer um intercâmbio é quando eles viajam com os amigos no final de semana e se adaptam fácil”, explica.
As vantagens de fazer um intercâmbio desde cedo é que a aprendizagem de um novo idioma é bem mais fácil, além de tornar a criança mais independente e proativa. Quanto ao tempo, o curso pode ser de duas semanas, seis meses ou até um ano letivo
(no caso do High School). Existem muitas opções que atendem a necessidade de cada família. Neste momento, pais e filhos devem conversar e avaliar não só o perfil da criança e do adolescente, mas também a questão financeira e os objetivos do intercâmbio. “O Inter-
câmbio Teen, curso de curta duração, é excelente para que os filhos tenham um primeiro contato com outras culturas e com uma nova língua durante o período de férias escolares”, comenta a especialista. “Uma outra opção é o adolescente fazer o Ensino Médio no exterior, o High School. Neste programa, ele ganhará mais fluência e terá uma educação diferenciada que trará benefícios pessoais e profissionais. Os pais só terão que aguentar um pouco a saudade, mas a vantagens serão para toda vida” exemplifica. Já a questão da moradia pode ser resolvida pela opção da moradia em casa de família. Para os imprevistos, alerta Fabiana, os pais precisam pensar em um seguro. Para os pais que relutam em oportunizar o intercâmbio por medo, Fabiana argumenta que em um mundo globalizado é importante criar os filhos fora de uma bolha. “Trabalhar para desenvolver a independência deles é de grande importância pessoal, acadêmica e profissional. O papel do pai e da mãe é determinante para que as crianças e adolescentes sigam um caminho de sucesso”, frisa.
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Avaliação oftalmológica passa a ser Lei Estadual Exigência de exame na matrícula foi uma decisão certa, avalia profissional Roberto Nunes (Da reportagem)
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Lei Estadual nº 10.739, que exige o exame oftalmológico para matrícula dos alunos na rede estadual de ensino, foi uma decisão certa do autor da lei e dos políticos que votaram a favor. É o que avalia a médica oftalmologista especialista em pediatria Drª Adriana Paula Malafaia. “Esta lei foi pontual e fundamental. Existem algumas doenças que, se não forem diagnosticadas na infância, podem ser irreversíveis, pois existem doenças que já não tem mais tratamento na fase adulta e que podem acarretar desde a perda da visão e algumas podem levar à morte”, alerta. A médica explica que a questão do aprendizado é intimamente relacionada com a visão. “Se a criança não tem a visão adequada pode ser reputada como uma criança com déficit cognitivo diante das dificuldades de relacionamento, quando na verdade a única coisa que a criança teria seria um problema de visão. A visão também é importante no relacionamento interpessoal. O legislador foi nobre com sua ação de exigir o exame do aluno no ato da matrícula,
mas faltou cobrar do Estado o oferecimento do exame, pois muitas vezes o serviço não está disponível na rede pública de saúde e a família precisa pagar”, externou. Segundo a té c n i c a ó p t i c a Vanilda Rezende, da Ótica e Relojoaria Guzzi, a receita confeccionada pelo oftalmologista traz consigo todas as necessidades do paciente e recomendações de lentes graduadas corretivas. O técnico óptico, por sua vez, auxilia o paciente na escolha das lentes e armações adequadas de acordo com as instruções do oftalmologista. “Para cada tipo de grau ou
ROBERTO NUNES/A TRIBUNA
necessidade são indicadas as melhores opções de lentes e armações, para que a correção visual seja efetiva, aliando também a estética, afinal o óculos de
grau também se tornou um acessório moderno e elegante”, disse a profissional, que oferta uma grande variedade de lentes e armações.