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Liderança e associação de moradores
COMUNIDADE
Percepção atual e expectativas para o futuro
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Grande parte dos moradores da Santa Cruz têm uma percepção positiva em relação à comunidade, considerando que a mesma melhorou nos últimos dois anos (77,5%). 8,3% acredita que ela está igual e apenas 3,4% afirma que está pior, se comparado a dois anos atrás. 10,8% não soube ou não quiser responder.
Quanto a perspectiva para o futuro, a grande maioria (94,1%) apresenta uma opinião positiva e acredita que a comunidade estará melhor daqui a dois anos. Uma pequena parcela acredita que a comunidade permanecerá igual (2,5%) ou e uma parcela ainda menor que a mesma piorará (0,5%). 2,9% não soube ou não quiser responder.
Gráfico 53 – A comunidade está melhor se comparada a 2 anos atrás?
3,4% pior 10,8% NS/NR
8,3% igual 77,5% melhor
Gráfico 54 – A comunidade estará melhor daqui a 2 anos?
2,5% igual 0,5% pior 2,9% NS/NR
94,1% melhor
CONCLUSÃO
O presente relatório apresentou os dados recolhidos durante o evento “ECO – Escutando Comunidades” realizado na comunidade Santa Cruz, em Abril de 2019. Durante o evento foram entrevistadas 204 famílias, representando um total de 617 pessoas. A margem de erro da pesquisa foi de 3,26% para cima ou para baixo.
Com base nos dados, foi possível entender melhor o perfil socioeconômico da comunidade, seus principais problemas e sonhos. Esses dados são fundamentais para a continuação do trabalho do TETO na Santa Cruz, possibilitando a discussão em conjunto com os moradores de estratégias para tentar solucionar os problemas identificados. Ter um retrato geral dos moradores também permite à comunidade se enxergar como um todo, aumentando seu senso de identidade.
Os dados aqui apresentados, principalmente quando comparados com os números referentes ao estado do Paraná ou ao Brasil como um todo, permitem visualizar que muitas famílias da Santa Cruz se encontram em uma situação de grande vulnerabilidade social e econômica.
Entre os dados coletados, é relevante citar que o índice de analfabetismo na comunidade é de 7,9%, atingindo principalmente a população acima de 18 anos. Há também uma grande quantidade de pessoas com 18 anos ou mais que não terminaram o Ensino Fundamental (49,7%) e um número baixo de moradores com o Ensino Médio completo (21,8%). Esses dados apontam para
Muitas famílias da Santa Cruz se
a necessidade de ações de redução do déficit educacional entre os moradores da Santa Cruz.
Quanto à taxa de desemprego, ela é de 18,4%, número pouco maior que o dobro da taxa do Paraná e quase 7% maior que a taxa nacional. Entre os moradores com 18 anos ou mais,
44,0% não tem nenhuma fonte de renda ou ela é inferior ao salário mínimo. A renda per capita considerando todos os moradores é de R$ 460,57, duas vezes menor que a média do Estado (R$ 1.191,70) e pouco menor que a metade da média nacional (R$ 967,75). É relevante ressaltar também como o trabalho informal divide espaço com trabalhos formais, já que a diferença entre as formas de trabalho representa 8,6%.
Em relação à saúde, foi possível notar que a declaração por parte dos moradores de doenças como hipertensão, diabetes, câncer e obesidade foi bem inferior que às médias paranaenses e brasileiras. Isso indica que, possivelmente, existam vários casos não diagnosticados dessas e de outras doenças.
Quanto às moradias, aproximadamente um terço das casas (32,8%) da comunidade é feita com retalhos de madeira ou ou